2. Revestimentos cerâmicos
Os revestimentos por placas cerâmicas não
argamassados, estão condicionados, durante
a vida útil da obra, a conferir, dentre as
principais características, um revestimento de
vedação que apresente, sobretudo:
resistência mecânica, e estanqueidade,
relativo comportamento térmico e à
intempéries e resultados satisfatórios quanto
às solicitações de esforços.
3. Principais funções do
revestimentos
cerâmicos:
Proteção dos elementos de vedação;
Qualidade do acabamento final;
Isolamento térmico e acústico;
Estanqueidade a água e aos gases;
Segurança ao fogo;
Aspecto estético e visual agradável.
4. Classificação das Placas Cerâmicas
- Quanto à fabricação:
Extrudadas
Prensadas
- Quanto ao acabamento superficial :
Esmaltadas
Não Esmaltadas
5. - Quanto à textura:
Lisas
Rugosas
- Quanto à cor :
Cores claras ou “frias’’
Cores escuras ou “quentes’’
7. 1.Rugosidade – fatores de
influência
- As propriedades óticas;
- A durabilidade química;
- A resistência ao desgaste por abrasão;
- A facilidade de limpeza e retenção de sujeira;
- A resistência ao escorregamento.
9. 2. Absorção de água
A absorção da água esta diretamente ligada a
porosidade da placa cerâmica,que depende
do processo de produção(via seca ou úmida).
Medida conforme porosidade da massa, tendo
influencia direta na resistência ao peso
(mecânica), ao impacto, a abrasão profunda, a
química e ao gelo.
10. 2. Absorção de água
Esse índice originou a classificação dos cinco
grupos cerâmicos:
Poroso;
Semi poroso;
Semigres;
Gres;
Porcelanato, sendo este ultimo o mais
resistente e durável, conforme tabela 1, do
Centro Ceramico do Brasil (CCB) que segue:
11. 2. Absorção de água
Tabela 1 - Centro Ceramico do Brasil (CCB):
16. 4. Resistência à flexão
Essa medida indica a capacidade da placa
cerâmica em suportar esforços exercidos por
cargas através do tráfego de
pessoas, objetos, móveis, equipamentos ou
veículos, que possam levar à
rupturas, esmagamentos e ou quebras.
Tabela 03 – Resistência à flexão – Cerâmica Portobello Brasil (CCB):
17. 4. Resistência à flexão
Esboço do corpo de prova ensaiado numa prensa hidráulica:
18. 4. Resistência à flexão
Esboço do corpo de prova ensaiado numa prensa hidráulica:
19. 5. Resistência à Gretagem
O gretamento ocorre em placas esmaltadas
quando a expansão/dilatação do corpo da
placa cerâmica não é acompanhada pela
camada de esmalte superficial.
Provocam deficiências estéticas e funcionais,
comprometendo a impermeabilidade da peça
e formando microfissuras.
20. 5. Esmalte superficial
PEI vs Dureza Mohs
O teste PEI nos informa a resistência à
abrasão, mas não garante que a placa
cerâmica não riscará em contato com
materiais de alta Dureza Mohs.
O índice de Dureza Mohs deve ser levado em
consideração nos seguintes locais:
Entradas, acessos, térreos dos prédios;
Halls de elevadores, corredores públicos;
Garagens em ruas não calçadas, áreas
praianas sujeitas ao tráfego permanente
com areia abrasiva.
21. 5. Esmalte superficial
PEI vs Dureza Mohs
A Dureza MOHS varia de zero a 10. A areia
tem dureza 7.
Os pisos já assentados não podem ser
castigados pelo tráfego intenso de obra.
Sugere-se que após o assentamento das
placas cerâmicas deve-se proteger com
papelão o revestimento contra o tráfego
abrasivo de obra.
O pior inimigo do revestimento nesta etapa
é a própria obra!
22. 6. Dilatação térmica e expansão
por umidade
A expansão por umidade (EPU), também
chamada dilatação higroscópica, é portanto o
aumento de tamanho da placa cerâmica na
presença de umidade.
Em regiões frias, a água que penetra nos poros
da placa cerâmica, ao se congelar, aumenta de
volume, danificando a placa. Este efeito é uma
característica que depende sobretudo da
absorção de água da placa cerâmica.
23. 6. Dilatação térmica e expansão
por umidade
A dilatação térmica é um fenômeno reversível
e ocorre em locais sujeitos a aquecimento. A
expansão por umidade (EPU) é um processo
irreversível e ocorre com maior intensidade
em locais com alta incidência de umidade.
24. JUNTAS DE REVESTIMENTOS
CERÂMICOS
As juntas estruturais no sistema de revestimento
cerâmico, estão relacionadas principalmente ao
aumento da capacidade de absorver as
deformações sofridas pelo revestimento
dissipando-as. Dentre os seus principais
requisitos funcionais pode-se destacar:
Reduzir o módulo de deformação do pano de
revestimento aumentando a capacidade de
absorver deformações;
Estanqueidade;
25. JUNTAS DE REVESTIMENTOS
CERÂMICOS
Garantir a integridade física do revestimento;
Permitir alinhamentos precisos das placas
cerâmicas;
Permitir harmonização estética do conjunto.
26. JUNTAS DE REVESTIMENTOS
CERÂMICOS
Detalhamento das juntas de assentamento – Diagonal,
Alinhada e Intertrevada:
A abertura das juntas de movimentação, tanto na direção
vertical como na horizontal, deve estar entre 8 e 12 mm,
sendo que a junta deve absorver no máximo 30% de sua
espessura.
27. JUNTAS DE REVESTIMENTOS
CERÂMICOS – Detalhes
Construtivos
Sugere-se que o rejuntamento seja iniciado
após 72 horas do assentamento das placas
cerâmicas para evitar o surgimento de tensões
pela retração de secagem da argamassa
colante.
O rejunte se refere ao material de enchimento
das juntas do revestimento – elemento
construtivo.
As placas cerâmicas sem rejuntamento
contam apenas com sua própria resistência
mecânica, e estão sujeitas a danos acidentais.
28. JUNTAS DE REVESTIMENTOS
CERÂMICOS – Detalhes
Construtivos
Rejunte – composto destinado à preencher as
juntas entre as placas cerâmicas apresentado-
se trabalhável durante a etapa de aplicação e
se tornando rígido após determinado intervalo
de tempo. Com o advento de novas
tecnologias surgiram os rejuntes
industrializados disponíveis basicamente nas
seguintes formas:
Rejuntes cimentícios monocomponentes;
Rejuntes cimentícios bicomponentes;
29. JUNTAS DE REVESTIMENTOS
CERÂMICOS – Detalhes
Construtivos
Rejuntes de base orgânica;
Rejuntes à base de cimento;
Rejuntes epóxi;
30. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Preparação das juntas
Para um correto preenchimento das juntas de
assentamento, estas devem estar limpas,
isentas de óleos e graxas; (aconselha-se o
uso de escovas plásticas);
Deve-se remover os excessos de argamassa
colante; (orientar que estes excessos sejam
removidos na etapa de assentamento das
placas).
31. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Preparo do rejunte
Os rejuntes industrializados são basicamente
preparados com adição de pó à água em
proporção especificada pelo fabricante;
O rejunte deve ser preparado em recipiente
inerte e que não absorva água; se for de metal
não deve estar sujeito à corrosão
A mistura geralmente é feita com auxílio de
misturadores ou hastes com baixa rotação
afim de se evitar incorporação de ar no
rejunte.
32. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Preparo do rejunte
A mistura não deve ter grumos secos e
imersos na massa. O pó deve ser adicionado
aos poucos sobre a água evitando a formação
de partes secas no fundo garantindo
homegeneidade na mistura.
Após a atividade de mistura deve-se aguardar
em torno de 15 minutos para conferir
hidratação dos componentes. Somente após
este intervalo deve-se liberar o rejunte para o
rejuntamento.
33. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Aplicação do rejunte
Antes da aplicação do rejunte, deve-se
verificar se este não mancha as placas; (
aconselha-se fazer um teste em região menos
visível do pano).
Alguns fabricantes sugerem o umedecimento
da junta assegurando a limpeza e aderência
do rejunte na junta;
O rejunte deve ser aplicado preferencialmente
com o auxilio de uma desempenadeira de
borracha dura; ( rodos de borracha e até
mesmo chinelos são utilizados).
34. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Aplicação do rejunte
Deve-se adotar uma aplicação cuidadosa
evitando excessos de material nas placas
facilitando o a limpeza posterior; (cuidados
especiais devem ser adotados nos encontros
de várias placas e nos encontros piso/parede).
Após preenchidas as juntas e removido os
excessos sobre as placas pode-se iniciar a
fase de acabamento;
35. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Acabamento
O acabamento pode ser efetuado com um
frisador e um bloco de espuma úmida;
O frisador deve ser inerte de modo a não
deixar resíduos que possam manchar o
rejunte;
O bloco de espuma deve ser passado
repetidas vezes sobre as juntas sem
comprimi-lo;
Quanto mais limpo estiver o bloco de
espuma, mais fina será a película que restará
sobre as placas, facilitando a limpeza final;
36. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Situações específicas
Os revestimentos cerâmicos podem
apresentar comportamentos complexos logo o
desempenho de um SEL - Selante
elastómérico- frente a essas movimentações é
muito superior do que um rejunte cimentício
convencional.
Segue a relação de situações específicas e os
detalhes do rejuntamento:
37. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Situações específicas
Encontros com selante em juntas da
fachada
Esses elementos construtivos tem com
principal função o alívio de tensões em um
pano contínuo. Quando esse alívio é
proporcionado pela descontinuidade mecânica
existente no revestimento sua função é de
vedar esta decontinuidade, impedindo a
penetração de água e outros agentes nocivos
ao revestimento.
38. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Situações específicas
Interface entre planos e materiais distintos
Quando o revestimento cerâmico é aplicado
num ambiente por inteiro, foman-se ângulos
variados; parede/piso, teto/parede:
39. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Situações específicas
Detalhe do encontro piso/parede:
40. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Situações específicas
Detalhes de rejuntes em escadas:
41. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Situações específicas
Detalhes de rejuntes em escadas:
42. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Situações específicas
Detalhes de rejuntes em janelas:
43. Técnicas de aplicação de rejuntes
– Situações específicas
Detalhes de rejuntes em janelas: