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CONTROLE LINEAR I

  Parte A – Sistemas Contínuos no Tempo




PROF. DR. EDVALDO ASSUNÇÃO
PROF. DR. MARCELO C. M. TEIXEIRA




                          -2010-
AGRADECIMENTOS



     Os autores desejam agradecer ao aluno Pierre Goebel, que em uma tarde
de verão decidiu digitar toda apostila de forma voluntária e com o prazer de
proporcionar uma leitura agradável aos demais alunos.


                                Muito obrigado Pierre!




                                                                               1
Índice

1- Introdução                                                                   5.


2- Classificação e linearização de Sistemas                                     10.
      2.1- Sistemas Lineares                                                    10.
      2.2- Linearização                                                         17.
      2.3- Linearização Envolvendo Equações Diferenciais                        24.
      2.4- Linearização Exata por Realimentação                                 26.


3-Transformada de Laplace (revisão)                                             28.
      3.1- Definição                                                            28.
      Tabela de Transformadas de Laplace                                        30.
      3.2- Propriedades das Transformadas de Laplace                            31.
      3.3- Transformada Inversa                                                 36.
      3.4- Resolução de Equações Diferenciais Lineares e Invariantes no Tempo   44.


4- Função de Transferência                                                      48.
      4.1 - Definição                                                           48.
      4.2- Função de Transferência de Circuitos com A.O                         56.
      4.2.1- Função de Transferência do A.O. Integrador                         57.
      4.3- Simulação com o MATLAB                                               59.
      4.4- Função de Transferência de um Sistema Rotacional Mecânico            63.
      4.5- Função de Transferência de um Motor de Corrente Contínua (CC)        64.


5- Diagrama de Blocos                                                           66.
      5.1- O Detector de Erros                                                  66.
      5.2- Função de Transferência de Malha Fechada                             66.
      5.3- Manipulação no Diagrama de Blocos                                    67.
      5.4- Algumas Regras Úteis                                                 69.
      Tabela das Principais Regras para Redução de Diagrama de Blocos           71.
      5.5- Simplificação de Diagrama de Blocos com o MATLAB                     77.


                                                                                     2
6- Modelo em Diagrama de Fluxo de Sinal                                           79.
7- Estabilidade de Sistemas Dinâmicos                                             85.
      7.1- O Conceito de Estabilidade                                             85.
      7.2- O Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz                            95.
      7.3- Estabilidade Relativa                                                103.
      7.4- Exemplos Completos de Projeto                                        105.


8- Resposta Transitória de Sistemas de 1a e 2a ordem                            113.
      8.1- Introdução                                                           113.
      8.2- Resposta Transitória de Sistema de 1a ordem (devido a entrada degrau) 113.
             8.2.1- Exemplo                                                     113.
             8.2.2- Caso Genérico                                               115.
      8.3- Resposta Transitória de sistemas de 2a ordem (devido a uma entrada degrau)
      .                                                                         117.
             8.3.1- Exemplo                                                     117.
             8.3.2- Caso Genérico                                               119.
             Variação de P.O. em função de                                     124.
             8.3.3- Resposta Transitória X Localização dos Pólos no Plano s     126.
             8.3.4- Resposta ao Degrau de Sistemas de Ordem Superior            131.
      8.4- Resposta Transitório Usando o MATLAB                                 134.
      8.5- Índices de Desempenho ITA, ISE, IAE                                  136.


9- Erros de Regime (regime permanente)                                          139.
      9.1- Introdução                                                           139.
      9.2- Exemplos de Erro de Regime                                           139.
      9.3- Erros de Regime                                                      141.
      Tabela de Erros de Regime                                                 146.


10- Sensibilidade de Sistemas de Controle a Variação de Parâmetros              150.
      10.1- Introdução                                                          150.
      10.2- Generalização                                                       152.




                                                                                    3
11- Sinais de Perturbação (ou ruído) em Sistemas de Controle           155.


12-Método do Lugar das Raízes (Root-Locus)                             162.

APÊNDICE A – Laboratório 1 – Curso e Lista de Exercícios do MATLAB     206.

APÊNDICE B – Laboratório 2 – Introdução à Robótica                     222.

APÊNDICE C – Laboratório 3 – Controle de Motor CC                      226.

APÊNDICE D – Laboratório 4 – Resposta Transitória de Sistemas
             Dinâmicos e Erros de Regime Permanente                    230.


APÊNDICE E – Bibliografia Básica e Critério de Avaliação               238.

APÊNDICE F – Alguns Artigos Científicos Publicados pelos Professores
                   Marcelo C. M. Teixeira e Edvaldo Assunção           239.




                                                                          4
1-Introdução
      A engenharia diz respeito ao conhecimento e ao controle de materiais e forças da
natureza para o benefício da humanidade. Dizem respeito aos engenheiros de sistemas de
controle o conhecimento e controle de segmentos à sua volta, chamados de sistemas, com a
finalidade de dotar a sociedade de produtos úteis e econômicos. Os objetivos duplos de
conhecimento e controle são complementares, uma vez que o controle efetivo de sistemas
requer que os sistemas sejam compreendidos e modelados. Além disso, a engenharia de
controle deve considerar muitas vezes o controle de sistemas mal conhecidos, como sistemas
de processos químicos. O presente desafio ao engenheiro de controle é a modelagem e o
controle de sistemas modernos, complexos e interligados, como sistemas de controle de
tráfego, processos químicos, sistemas robóticos e automação industrial e controla-los em
benefício da sociedade.
      Um sistema de controle é uma interconexão de componentes formando uma
configuração de sistemas que produzirá uma resposta desejada do sistema. A base para
análise de um sistema é formada pelos fundamentos fornecidos pela teoria dos sistemas
lineares, que supõe uma relação de causa e efeito para os componentes de um sistema.
      Apresentamos a seguir uma definição de sistema.
      Sistema: é qualquer coisa que interage com o meio ambiente, recebendo deste
informações ou ações chamadas entradas ou excitações e reagindo sobre ele dando uma
resposta ou saída. Isto está sintetizado na figura abaixo:




      Geralmente, u(t) e y(t) são relacionados matematicamente através de uma equação
diferencial.
      Exemplos de sistemas: i) um avião cuja entrada é o combustível e a saída é seu


                                                                                   5
deslocamento, ii)uma caldeira cujas entradas são ar e combustível e a saída é a temperatura
da água, iii) um automóvel cuja entrada é o ângulo do acelerador e a saída é a velocidade do
automóvel, iv) o rastreador solar cuja entrada é a posição relativa do sol e a saída é a posição
angular das placas conversoras de energia solar.
      O modelo matemático de um sistema é muito importante (fundamental) para o projeto de
controle automático. O modelo de um sistema é a relação entre a entrada u(t) e a saída y(t) do
sistema. O modelo pode ser obtido usando-se leis físicas, por exemplo, leis de Newton, leis de
Kirchoff, etc. Ou então usando-se metodologias experimentais, com por exemplo respostas
transitórias, respostas em freqüência etc.
      Controle de um sistema significa como agir sobre um sistema de modo a obter um
resultado arbitrariamente especificado.
      Um fundamento básico da teoria de controle é o uso da realimentação. Através de
exemplos, iremos introduzir o conceito de realimentação.


1o Exemplo: Considere o seguinte problema no qual o homem deseja aquecer o interior de
um prédio, tendo em vista que a temperatura externa é 0ºC. Para isto ele dispõe de um
aquecedor e um termômetro para leitura da temperatura interna da sala. O objetivo de
controle é manter a temperatura da sala em Ts=22ºC, mesmo na ocorrência de alguns
eventos: abrir a porta, desligar o fogão etc. E que ele possa dormir.




1a estratégia: o homem fecha a chave e então vai dormir. O sistema de controle pode ser
esquematizado no seguinte diagrama:


                                                                                        6
Neste caso temos que o sistema de controle é uma conexão série de três outros
sistemas: HOMEM-CHAVE-AQUECEDOR. Esta configuração é chamada de sistema de
malha aberta.
     O resultado é que a temperatura da sala irá crescer indefinidamente se o aquecedor
estiver super dimensionado e Ts>>22ºC. Essa estratégia falhou. Neste caso:




2a estratégia: o homem lê o termômetro e usa a seguinte tática:
                  Se Ts22ºC ele liga a chave
                  Se Ts>22ºC ele desliga a chave
     Neste caso teremos:




     Neste caso o homem não terá altas temperaturas, esta estratégia é melhor que a 1º
porém, o homem não dormirá. O diagrama de blocos deste sistema de controle é:




                                                                                7
3a estratégia: controle automático usando um bimetal.
     O bimetal é composto de dois metais com coeficientes de dilatação térmica diferentes.




     O diagrama de blocos deste sistema de controle é:




     Note que este é um sistema de malha fechada.
     Esta é a melhor tática pois o homem poderá dormir e a temperatura da sala será
mantida em Ts22ºC.




     Fator de sucesso: a decisão é tomada após a comparação entre o que queremos e o
realmente temos, ou seja, existe realimentação. Neste caso foi usado um sistema de malha



                                                                                     8
fechada.
             O esquema genérico de um sistema de malha fechada é:




        2oExemplo: sistema de controle biológico, consistindo de um ser humano que tenta apanhar
        um objeto.




             O sistema de malha aberta tem as seguintes vantagens:
 i.)         Simples construção;
ii.)         Mais barato que a malha fechada;
iii.)        Conveniente quando a saída é de difícil acesso ou economicamente não disponível.


             E ter as seguintes desvantagens:
 i.)         Distúrbios e variações na calibração acarretam erros e a saída pode ser diferente da
        desejada;
ii.)         Para manter a qualidade na saída é necessária uma recalibração periódica;
iii.)        Inviável para sistemas instáveis




                                                                                          9
2-Classificação e Linearização de Sistemas
      As equações diferenciais dos movimentos dos principais processos utilizados em
sistemas de controle são não-lineares. Tanto análise quanto projeto de sistemas de controle
são mais simples para sistemas lineares do que para sistemas não-lineares. Linearização é o
processo de encontrar um modelo linear que seja uma boa aproximação do sistema não-linear
em questão. A mais de 100 anos, Lyapunov provou que se o modelo linear, obtido através de
processo de linearização de um modelo não-linear, é válido em uma região em torno do ponto
de operação e se é estável, então existe uma região contendo o ponto de operação na qual o
sistema não-linear é estável. Então, para projetar um sistema de controle para um sistema
não-linear, pode-se seguramente obter uma aproximação linear deste modelo, em torno do
ponto de operação, e então projetar um controlador usando a teoria de controle linear, e usá-
lo para controlar o sistema não-linear que se obterá um sistema estável nas vizinhanças do
ponto de equilíbrio (ou ponto de operação). Técnicas modernas de projeto de controladores
Fuzzy usando LMIs para sistemas não-lineares permitem que o sistema trabalhe em torno de
vários pontos de operação e ainda garante-se não apenas a estabilidade do sistema não-
linear controlado mas também o seu desempenho temporal.
      Antes de apresentar o processo de linearização, se faz necessário estudar o princípio da
superposição útil na classificação de um sistema, verifica-se se um sistema é ou não sistema
linear.
2.1-Sistemas Lineares
      Seja o sistema abaixo, com condições iniciais nulas, I.C.=0, em um sistema físico isto
equivale a dizer que o sistema não possui energia armazenada em t=0 ( o sistema estará em
repouso).




      Suponha que a entrada u(t)= u1(t) gera a saída y(t)=y1(t) e que a entrada u(t)=u2(t) gera
a saída y(t)=y2(t), ou seja:




                                                                                      10
Definição: um sistema é dito linear em termos da sua excitação u(t) (entrada) e sua resposta
(saída) se o princípio de superposição for “respeitado” pelo sistema.
Princípio de Superposição
      Se a entrada u(t)= u1(t) gera a saída y(t)=y1(t), se a entrada u(t)=u2(t) gera a saída
y(t)=y2(t) e se aplicarmos no sistema uma combinação linear das entradas u1(t) e u2(t), ou
seja, u(t)=u1(t)+u2(t) a saída y(t) será a mesma combinação linear das saídas y1(t) e y2(t),
ou seja, y(t)=y1(t)+y2(t),   e .




      Desta forma, para verificar se um sistema é linear aplica-se o Princípio da Superposição.
Exemplo 1: Verifique se o sistema y(t)=au(t) é linear ou não.




      Uma interpretação gráfica deste sistema é:




Sol: Para verificar se o sistema é linear, utilizaremos o princípio da superposição, supondo a
existência de duas entradas distintas, u(t)= u1(t) e u(t)=u2(t), e em seguida aplicando a


                                                                                      11
seguinte combinação linear:
u(t)= u1(t)+u2(t), no sistema y(t)=au(t):




        Para u1(t) tem-se y1(t)=a u1(t)                          (1)
        Para u2(t) tem-se y2(t)=a u2(t)                          (2)
        Para u(t)= u1(t)+u2(t) tem-se y(t)=a[u1(t)+u2(t)]
        Ainda, y(t)= au1(t)+au2(t)                             (3)
        Substituindo (1) e (2) em (3) tem-se:
                                          y(t)= y1(t)+ y2(t)


        Portanto o princípio da superposição foi respeitado, logo o sistema em questão é linear.
Exemplo 2: verifique se o sistema dado por y(t)= a u(t)+b é linear ou não.



                                                                       , a0 e b0



Graficamente:




Sol.:




                                                                                         12
y1 t   b
                        u1(t)  y1(t)= a u1(t)+b então u1 t                          (1)
                                                                               a
                                                                          y 2 t   b
                        u2(t)  y2(t)= a u2(t)+b então u 2 t                        (2)
                                                                               a
se
                        u (t)= u1(t)+u2(t)  y(t)=a[u1(t)+u2(t)]+b (3)
Substituindo (1) e (2) em (3) tem-se:
                                            y1 (t )  b    y 2 (t )  b  
                               y (t )  a                                     b
                                                 a                  a          
ainda,
                        y(t)= y1(t)+ y2(t)+b(1--)                                   (4)
      (4) será igual a y(t)= y1(t)+ y2(t) se e somente se
                                   b=0 ou (1--)=0  =1-
      Mas no enunciado foi suposto que b0.
      A expressão =1- restringe os valores de  e  e para que seja linear é necessário que
y(t)= y1(t)+ y2(t),   e   , portanto não é linear.
Resumo: dos exemplos 1 e 2 conclui-se que:




Exemplo 3: Mostre que o sistema chamado integrador eletrônico é linear.


                                                                (a saída é igual à integral da entrada)




Obs.: O circuito eletrônico que implementa o integrador utiliza um amplificador operacional
(A.O.) é dado abaixo:



                                                                                                   13
tf
    Sol.:          u (t)= u1(t)  y1   u1 (t )dt                   (1)
                                           0

                                           tf
                   u(t)= u2(t)  y 2   u 2 (t )dt                  (2)
                                           0


            u(t)= u1(t)+u2(t)  y (t )   [ u1 (t )   u 2 (t )]dt ou ainda, devido as propriedades lineares

    da integral:
                                                               tf               tf
                                                    y (t )    u1 (t )dt    u 2 (t )dt
                                                               0               0

    Substituindo (1) e (2) em (3) tem-se
                                                           y(t)= y1(t)+ y2(t)
    logo, o sistema é linear.


    Exercícios:
1. O sistema y(t)= u2(t) é linear?
                        d
2. O sistema y (t )       u (t ) , que é um derivador, é linear?
                        dt
3. O sistema y (t )  cos(u (t )) é linear?
                          1
4. O sistema y (t )           , u(t)0 é linear?
                        u (t )
5. O sistema y (t )  u (t ) é linear?
                          tf            du (t )
6. O sistema y (t )  5 u (t )dt  2           é linear?
                         0               dt
7. O sistema y (t )  u (t ) é linear?

                          1
8. O sistema y (t )     2
                               é linear?
                        u (t )
9. O sistema que é um controlador industrial conhecido como controlador PID é o seguinte:


                                                                                                       14
du (t )     tf
                                               y (t )  10u (t )  22                        3 u (t )dt
                                                                                     dt         0


      Ele é linear?
Exemplo 4: Os sistemas dinâmicos de interesse neste curso, podem ser expressos por
equações diferenciais da forma:
                       n                                        m

                    a (t ) y (t )   b (t )u
                      i 0
                              i
                                           i

                                                              j 0
                                                                            j
                                                                                          j
                                                                                              (t )                                    (1)


                                                                                                                                  .     1
                                                                Demonstrar para integrador: y (t )                                        u (t )
                                                                                                                                        RC


sendo que: yi(t) denota a i-éssima derivada de y(t)
             uj(t) denota a j-éssima derivada de u(t)
Demonstre que este sistema é linear.
Sol.: Suponha que para a entrada u(t)= u1(t) a solução de (1) proporciona y(t)=y1(t) e que para
u(t)= u2(t)  y(t)= y2(t), assim tem-se:
                                                          n                                   m

                                         u1(t)   ai (t ) y1 (t )   b j (t )u1 (t )
                                                            i                    j

                                                         i 0                                 j 0

                                                          n                                   m

                                         u2(t)           a (t ) y (t )   b (t )u
                                                         i 0
                                                                    i
                                                                                i
                                                                                2
                                                                                              j 0
                                                                                                       j          2
                                                                                                                   j
                                                                                                                       (t )

      Para u(t)= u1(t)+u2(t), como  e  são constantes então uj(t)= u1j(t)+u2j(t), então:
                                     n                                  m

                                     a (t ) y (t )   b (t )[u
                                    i 0
                                           i
                                                     i

                                                                        j 0
                                                                                j               1
                                                                                                 j
                                                                                                     (t )  u 2j (t )]

ou ainda,
                              n                                     m                                      m

                              ai (t ) y i (t )    b j (t )u1j (t )    b j (t )u2j (t )
                             i 0                                   j 0                                   j 0

                                                                 n                                          n

                                                                 a (t ) y (t )
                                                                i 0
                                                                            i
                                                                                      i
                                                                                      1                     a (t ) y (t )
                                                                                                           i 0
                                                                                                                       i
                                                                                                                              i
                                                                                                                              2




                                                                                                                                                    15
logo
                                n                            m                                  m

                                a (t ) y (t )    a (t ) y
                               i 0
                                        i
                                              i

                                                             j 0
                                                                     i        1
                                                                               j
                                                                                   (t )    ai (t ) y 2j (t )
                                                                                                j 0

      ou
                                       n                       m

                                       ai (t ) y i (t )   ai (t )[ y1j (t )   y2j (t )]
                                      i 0                    j 0

      de onde conclui-se que yi(t)= y1i(t)+ y2i(t) logo o sistema é linear.
      Obs.: Se ai(t) e bj(t), em (1), são constantes, para i=1, 2, ..., n e j=1, 2, ..., m; então o sistema
      é dito linear e invariante no tempo (SLIT).
             Se ai(t) e bj(t), em (1), variam com o tempo, i=1, 2, ..., m; então o sistema é dito linear
      variante no tempo (SLVT).
      Exemplos:
      1. SLIT: considere a esfera de um levitador magnético, cuja ação da força da gravidade tenha
sido quase compensada pela força magnética oriunda de uma bobina principal. Neste caso tem-
se:




      Sendo F a força resultante: força magnética menos força da gravidade.
                                        
                                                1
                                        y (t )  u (t )
                                                m
      Adotando u(t)=F(t), de (1) tem-se
                                                   n                      l

                                                a (t ) y (t )   b (t )u
                                                  i 0
                                                         i
                                                               i

                                                                         j 0
                                                                                    j
                                                                                            j
                                                                                                (t )

      para n=2 e l=0 temos




      Portanto este é um SLIT.



                                                                                                                  16
2. SLVT: considere o exemplo do foguete lançador de nave espacial. O combustível é
     consumido durante o percurso e, portanto a massa total do sistema varia ao longo do
     tempo.




Seja ur(t) a força resultante, ou seja:
u r (t )  f (t )  f g (t )  f a (t )               (3)

Substituindo (2) e (3) em (1) temos:
             d                 d                    d
u r (t )       (m(t ).v(t ))  m(t ).v(t )  m(t ). v(t )
             dt                dt                   dt
ou ainda,




Exercício: Descreva 5 sistema que sejam SLIT e 5 que sejam SLVT. Não se esqueça de
mostrar qual é a entrada do sistema e qual é a saída.
Exercício: Suponha que o sistema de deslocamento de um trem de metrô seja linear.
Sabendo-se que o trem se move utilizando energia elétrica, entre uma estação e a próxima
ele é SLIT ou SLVT? E entre as duas estações extremas da linha?


2.2-Linearização
         Na engenharia de controle, uma operação normal do sistema pode ser em torno do


                                                                                17
ponto de equilíbrio, e os sinais podem ser considerados pequenos sinais em torno do
equilíbrio. Entretanto, se o sistema operar em torno de um ponto de equilíbrio e se os sinais
envolvidos forem pequenos, então é possível aproximar o sistema não-linear por um sistema
linear. Este sistema linear é equivalente ao sistema não-linear considerado dentro de um
conjunto limitado de operações.
     O processo de linearização apresentado a seguir tem como base o desenvolvimento da
função não-linear em uma série de Taylor em torno de um ponto de operação e a retenção
somente do termo linear.
     A linearização de um sistema não-linear supõe que o sistema operará próximo de um
ponto de operação (P.O.), também chamado de ponto de equilíbrio.
Considere que o sistema:




opera próximo ao ponto de operação (P.O.):




Expandindo y=f(x) em uma série de Taylor em torno deste ponto, teremos:

                             f ( x)                 2 f ( x)
  y  f ( x)  f ( x) P.O.            ( x  xo )              ( x  xo ) 2             (1)
                               x P.O.               x 2! P.O.
                                                         2


sendo: P.O.=(xo,yo), que é o ponto de operação do sistema.


     A suposição de que o sistema não-linear irá operar em torno do P.O., implica que x
ficará próximo de xo, logo (x-xo) será pequeno e quando elevado a 2, 3, ... será menor ainda,
portanto:

                       ( x  xo ) 2      ( x  xo ) 3
                                    0 ,               0 ,                    (2)
                            2!                3!
     Substituindo (2) em (1) tem-se:




                                                                                        18
f ( x)
                               y  f ( x) P.O.               ( x  xo )
                                                      x P.O.
ou



                                                                                  que é um sistema linear
                                                                                  (vide exemplo 1)

Interpretação geométrica




     Se tivermos uma função de várias variáveis:

                  y (t )  f ( x1 , x2,  , xn ) e P.O. ( x10 , x20 ,   , xno , yo )


a expansão em série de Taylor desprezando-se potências maiores que 1 é dada por:




ou ainda,




                                                                                que é um
                                   y  m1x1  m2 x2    mn xn
                                                                              sistema linear



                                                                                                    19
Obs.: Se o cálculo de yo, m1, m2, ... , mn não for possível de ser realizado devido à ocorrência
de divisão por zero, diz-se que o sistema não é linearizável em torno do P.O. em questão.
Exemplo: Linearize a função que corresponde ao momento (torque) que a massa m faz com
relação ao ponto “P” do pêndulo simples abaixo. Linearizar em torno do ponto de operação
 = 0.



                                     O momento é: I=F.r, sendo
                                     r=lsen() e F=mg
                                     Logo I=mglsen ()




então g()=mglsen()

                     Note que g() é não-linear, pois
                     =1  sen(1)
                     =2  sen(2)
                     se
                     =1+2 sen(1+2)  sen1+sen2
                     é não-linear

         Neste caso, o ponto de operação é =0.
         Expandindo na série de Taylor, temos:


                                             g ( )
                    g ( )  g ( )  0             (  0)             (1)
                                                0
mas,


                    g ( )  0  mglsen (0)  0                          ( 2)
e




                                                                                       20
g ( )                 g ( )
                           mgl cos( ) e           mgl cos(0)  mgl (3)
                                           0
logo, substituindo (2) e (3) em (1) tem-se:


      g()=mgl
que é um modelo linear.
                                                                    
      A figura a seguir mostra que para                                o sistema linearizado é uma boa
                                                          4           4
aproximação do sistema não-linear. Este gráfico for feito com a utilização do MATLAB.


                                   PROGRAMA EM MATLAB
                                teta=[-pi:0.03:pi*1.01];
                                teta2=[-0.96:0.1:0.98];
                                gteta=sin(teta);
                                linear=teta2;
                                %axes
                                plot(teta,gteta,'k',teta2,linear,'k',...
                                [-4 4],[0 0],'k',[0 0],[-1 1],'k',...
                                [-pi/4 -pi/4],[-0.63 -1],'-.',[pi/4
                                pi/4],[0.88 -1],'-.')
                                grid




                                                                                                   21

Exercício: Repita o exemplo anterior para que g()=0,1cos(), e  o        . Use o MATLAB para
                                                                        2
desenhar os gráficos da função não-linear e a linearizada.




Exemplo: Linearize a função P(i)=ri2 em torno do P.O. : io=1A.


                                                                                        22
R=100

        Faça o gráfico (interpretação geométrica)
Sol.:

                                                       P
                                   P  P i 1                  (i  io )
                                           o
                                                       i io 1
mas,


  P ri 2   P                         Pi             r .12  r
          e           2r.1                 o   1
  i   i    i io 1
logo
                                   P=r+2r(i-1) ou P-r=2r(i-1)

                                                                    i
ou                                                        P

P=2ri mas r=100  P=200i


Interpretação geométrica:




Exercício: Uma área tecnológica de grande importância atualmente são as pesquisas para o
desenvolvimento de micro e macro sistemas. A teoria de controle é fundamental para o seu
avanço tecnológico. Considere o micro levitador dado na figura abaixo. O atuador é construído
de PZT com um imã permanente na ponta. A bola é de material ferromagnético e tem


                                                                                     23
distância de 2mm.




       Na figura a força de atração é dada por:
                                                                      k
                                                        f ( x) 
                                                                      x2
sendo k=4,98x10-8N/m2.
       Linearize o sistema no ponto de operação xo=1mm, considere como saída de interesse
y(x)=f(x).
       É possível linearizar este sistema em torno do ponto xo=0mm?


Exercício: Linearize as funções abaixo em torno P.O :xo=1.
a)y(x)=5x+2
b) y ( x)  3 x  1
c)y(x)=2x3
2.3-Linearização Envolvendo Equações Diferenciais.
       No método de linearização mostrado, as funções não envolvem funções diferenciais
neste caso, é necessário calcular o ponto de operação do sistema que é um ponto de
equilíbrio (P.E.), que é obtido supondo que o sistema esteja em equilíbrio e, portanto não está
variando ao longo do tempo, ou seja, todas as derivadas são nulas. Depois, expande-se o
sistema em função das variáveis e suas derivadas:

                                                  g                           g
                        g ( x, x )  g P . E .     
                                                                 ( x  x PE )                  ( x  x PE )
                                                   x                             x   P. E .
                                                        P. E .




                                                                                                               24
Exemplo: supondo o seguinte sistema não-linear:




        
sendo y  2 x(t )  x 2 (t ) (que é não-linear).
Linearize em torno do ponto de equilíbrio (P.E.).
Sol.: É necessário primeiramente determinar o P.E., para isso supõe-se todas derivadas
        
nulas: y (t )  0 tem-se:


                                

                  X E (t)  2 e Y E (t)  0
                 
0=2xE(t)-xE2(t)  ou
                                 
                 X E (t)  0 e Y E (t)  0
                 
Neste caso,
                                                       
                                    g ( x, y )   y (t )  2 x(t )  x 2 (t )  0
      O modelo linear é:

                                                      g                           g
                         g ( x, y )  g                
                                                                     ( y  y PE )                  ( x  x PE )
                                          P. E .
                                                       y                             x   P. E .
                                                            P. E .

ou seja, adotando-se P.E.: XE=2 teremos:




                                                                                                                
                 g ( x , y )    y  2 x   y   2 x                                   pois g ( x, y )  0


                                                                                                                       25
OBS. No ponto de equilíbrio, o sistema permanece nele se colocado nele (derivadas nulas) e
todas as variáveis são constantes.
2.4-Linearização Exata por Realimentação
      Linearização por realimentação é obtida subtraindo-se os termos não-lineares das
equações do sistema e adicionando-o ao controle.


Exemplo: Considere o pêndulo que possui o torque de entrada Tc (controle) agindo no eixo de
rotação



                                                               
                                       TC  mgl sen( )  I 
                                      sendo I momento de inércia
                                      em torno do eixo, neste caso:
                                      I=ml2.
Suponha que o ângulo  possa ser medido, projete Tc() tal que o sistema tenha linearização
exata.


Sol.: A equação diferencial é:
                                 
                          ml2  +mglsen()=Tc()                      (1)
Se escolher o torque Tc() como,
                           Tc()=mglsen()+u                          (2)
e substituindo (2) em (1)tem-se:
                                 
                           ml2  =u                                   (3)
que é um sistema linear


      O esquema é:




                                                                                   26
A equação (3) é linear, não importando quão grande o ângulo o seja. A realimentação
proporciona um torque Tc baseado na medida de  tal que o sistema realimentado seja linear.


Exercício: Linearize o seguinte sistema na forma exata




                                                                                    27
3-Transformada de Laplace (revisão)
      A capacidade de obter aproximações lineares de sistemas físicos permite ao projetista
de sistemas de controle o uso de Transforma de Laplace. O método da transformada de
Laplace substitui a solução mais difícil de equações diferenciais pela solução mais fácil de
equações algébricas




      Como os sistemas de controle são altamente complexos e largamente interconectados,
o uso da Transformada de Laplace permite a manipulação de equações algébricas ao invéz
de equações diferenciais. Então os sistemas dinâmicos são modelados por equações
diferenciais, primeiramente aplica-se a Transformada de Laplace, depois projeta-se o
controlador no domínio ’s’ e finalmente implanta-se o controlador e analisa-se o resultado
obtido no domínio do tempo.


OBS.:Nesse curso a maioria das transformadas        L{.}    e   L-1{.} serão utilizadas diretamente
das tabelas.
3.1-Definição: a transformada de Laplace da Função f(t) é dada por:
                                         
                          L  f (t )  0    f (t )  e  st dt  F ( s )

sendo que o ‘s’ é uma variável complexa que não depende de t, s=+jw.


Exemplo: Uma função que será muito utilizada neste curso é a função degrau. Iremos calcular
sua Transformada de Laplace. Um exemplo da função degrau é o fechamento da chave “S” no
circuito abaixo:




                                                                                           28
OBS.: É suposto que os capacitores estão descarregados e os indutores tem corrente nula no
instante inicial t=0s.
      A tensão v(t) é do tipo degrau de amplitude A, pois
                                                 0,                            t0                     (1)
                                          v(t)= 
                                                A,                             t0
sendo que a chave é fechada no instante t=0, graficamente:




      Aplicando-se a Transformada de Laplace v(t) tem-se
                                               
                         V(s)=L{v(t)}=      0
                                                    v(t )  e  st dt                           ( 2)
      Substituindo-se (1) em (2) tem-se


                                                                                                           
                                                                     
                                                   e  st                      A
                    V ( s)               st
                                      A  e dt  A                                 lim e  st  e  s0
                             0                       s              0
                                                                                 s t 

                                                                        A
                                                        V ( s ) 
                                                                        s




      A tabela a seguir mostra na linha 2 a transformada de Laplace de degrau unitário
(A=1):L{1(t)}=1/s



                                                                                                                29
Pares de Transformadas de Laplace

                        f (t )                                F (s)

1         Impulso unitário  (t )                                  1
                                                                   1
2          Degrau unitário l (t )                                  s
                   t                                               1
3                                                                  s2
            t n 1                                                 1
4                             n  1, 2,3,...
          n  1!                                                 sn
             tn           n  1, 2,3,...                       n!
5                                                               s n 1
                            e  at                                1
6                                                               sa
                            te at                                1
7                                                            ( s  a)2
         1                                                        1
               t n 1e  at           n  1, 2,3,...
8     n  1!                                               ( s  a)n
           t n e  at       n  1, 2,3,...                     n!
9                                                           ( s  a) n 1
                          sen t                               
10                                                          (s   2 )
                                                               2


                          cos t                               s
11                                                          (s   2 )
                                                               2


                         senh t                               
12                                                          (s   2 )
                                                               2


                         cosh t                                   s
13                                                           (s   2 )
                                                               2


                        1                                         1
14                      a
                          1  e at                         s( s  a)
                1                                                 1
15             ba
                    e at  ebt                       ( s  a)  s  b 
              1
16           ba
                  bebt  ae at                               s
                                                         ( s  a)  s  b 
      1        1             bt                              1
         1  a  b  be  ae  
                         at
17    ab                                               s(s  a)  s  b 



                                                                              30
1                                                                              1
        18                                a2
                                             1  eat  ate at                                                   s(s  a)2
                                             1                                                                           1
        19                                 a2
                                                at  1  eat                                                     s ( s  a)
                                                                                                                     2


                                                  e  at sent                                                         
        20
                                                                                                                  s  a  2
                                                                                                                         2


                                                 e  at cos t                                                       ( s  a)
        21
                                                                                                                  s  a  2
                                                                                                                         2


                                        n                                                                              n
                                                                                                                         2

        22                                       e nt senn 1   2 t
                                       1  2                                                                   s 2  2n s  n
                                                                                                                                2




        23 1  e   nt
                             
                                   
                            cos  n 1   2 t 
                             
                                                       
                                                     n
                                                  n 1   2
                                                                               
                                                             sen  n 1   2 t 
                                                                               
                                                                                                                    n2       1
                                                                                                                s  2n s  n s
                                                                                                                 2            2

                                                                              


                                     As regras 22 e 23 são válidas para 0<  <1.
     Esta tabela reúne as principais transformadas utilizadas neste curso. Note que
genericamente F(s) é a razão entre dois polinômios:

                                                n( s) s m  bm s m1  ...  b1
                                        F (s)         
                                                d ( s ) s n  an s n1  ...  a1
3.2. Propriedades das Transformadas de Laplace
     Suponha que L{f(t)}=F(s)
1.   L{f1(t)+f2(t)}=F1(s)+F2(s)                                       (Linearidade)


      Prova:
                                           
             L{f1(t)+f2(t)}=  [f1 (t )  f 2 (t )]e  st dt 
                                          0

                                                     
                        f 1 (t ) e  st dt           f 2 (t )  e  st dt    F1 ( s)    F2 ( s )
                   0                               0


       d      
2.   L  f (t )  sF ( s )  f (0)
        dt    
      Prova:
               d        d                     
             L  f (t )    f (t )e  st dt   e  st df (t )
                dt     0 dt                    0




                                                                                                                                    31
b                                       b
                                                         vdu  u  v                          udv
                                                                                         b
                                  Lembrete:                a                             a        a

Integrando por partes,temos:

                                                      v  e  st  dv   se  st dt
                                                      
                                                       du  df (t )  u  f (t )
logo
                                                                                 
                                  0
                                           e  st df (t )  f (t )e  st
                                                                           0
                                                                                
                                                                                    0
                                                                                             f (t )(  se  st )dt 

                                                            f (t )  e  st  s   f (t )  e  st dt 
                                                                                    
                                   f (t )e  st
                                                                          0    0
                                                                                                       
                                                                                                        
                                                                 f (0)  sF ( s )

         d2                                d
3.     L  2 f (t )  s 2 F ( s )  sf (0)  f (t )
          dt                               dt      t 0


        Prova:
                               d2            d  d      PROP.2  d     d
                             L  2 f (t )  L   f (t )   s L  f (t )  f (t ) =
                                dt            dt  dt           dt    dt      t 0




                               PROP. 2
                                  ssF ( s )  f (0) 
                                                                    d                                 d
                                                                       f (t )  s 2 F ( s )  sf (0)  f (t )
                                                                    dt       t 0                     dt      t 0


          dn                        n
                                               d k 1
4.     L  n f (t )  s n F ( s )   s n k  k 1 f (t )
          dt                       k 1      dt           t 0

Obs.: foi visto na tabela das transformadas de Laplace que genericamente F(s) é composto
pela divisão de dois polinômios em ‘s’, ou seja:
                                                                                n( s )
                                                                 F (s) 
                                                                                d (s)

                       s 1   n( s )  s  1
Exemplo: F ( s )           
                       s  2 d ( s)  s  2
       As raízes do numerador são chamadas de ”zeros” e as raízes do denominador são
chamadas de pólos.



                                                                                                                       32
z1  1
        Neste exemplo temos:
                                    P1  2
5. Teorema do valor final (t+∞) – T.V.F.
        Se os pólos de sF(s) possuem parte real negativa,ou seja Re{pi}<0,então:
                                              lim f (t )  lim s  F ( s )
                                              t           s 0


Obs.: mais adiante neste curso,veremos que um sistema que tem todos os pólos com parte
real negativa,é dito estável.
                                                   1
Exemplo: Sabendo que L{f(t)}=F(s)=                       , determine o valor de f (t ) t  (também chamado
                                              s ( s  1)
de valor de regime permanente).
                                      1       1
Sol.: Neste caso, sF ( s )  s             
                                 s ( s  1) s  1
que possui apenas um pólo:P1=-1. Como P1<0, pode-se aplicar o T.V.F. :
                                                                               1
                                    lim f (t )  lim s  F ( s )  lim            1
                                   t             s 0              s 0   s 1


                                                        f ()  1
        Para simples verificação, segundo a tabela na pg. 30, linha 14, tem-se:
                                                         1             t
                                                    -1           1 e
                                        f (t )  L  s ( s  1) 

                         t
logo f (t ) t   (1  e ) t   1 que é o mesmo resultado obtido aplicando-se o T.V.F.

Obs.: o T.V.F. permite obter o valor de regime de um sistema tendo-se apenas a sua
transformada de Laplace (F(s)), sem a necessidade do conhecimento da função temporal
(f(t)). Ou seja, o T.V.F. é útil para determinar o valor de regime de f(t), conhecendo-se apenas
F(s).
Exemplo: f(t)=sen(t)




                                                                                                   33
1.5



                       1



                    0.5
              f()




                       0
               t




                    -0.5



                       -1



                    -1.5
                            0        5          10     15         20   25            30     35   40
                                                                   t



        Note que t+∞ f(t) não tem um único valor.
                                                  1
        Segundo a tabela: L{f(t)}=                   , linha 10
                                                s 1
                                                 2


                                  1
        Para s.F(s)= s              , os pólos são P1,2=±j
                                s 1
                                 2


        Logo Re{P1, P2}=0 e não pode-se aplicar o T.V.F.
        Se erroneamente aplicarmos o T.V.F. teremos:
                                                  s
lim f (t )  lim s  F ( s )  lim                      0 , porém, a senóide não tende a zero quando t+∞.
t            s 0                     s 0   s2  1
O erro foi aplicar o T.V.F. sendo que os pólos não são negativos (parte real).


Exemplo: Determinar a transformada de Laplace da função impulso, (t). Uma idéia de
entrada impulsiva é o choque do taco de “baseball” com a bola, o choque tem uma grande
intensidade e curtíssima duração.
                                           0                 p/ t  0          
        A função (t) é dada por:  (t )  
                                                           p/ t  0
                                                                       e    
                                                                            
                                                                                  (t )dt  1

Graficamente




                                                                                                      34
A função impulso é o caso limite da função pulso de área unitária:
                      1
Neste caso a área é A=  a  1 e lim (t )   (t )
                      a          a 0




Sol.:
                            0                          0
L{(t)}=   (t )e  st dt     (t )e  st dt    0dt     (t )e  st dt , para 0- <t<0+ tem-se que
            0                0                  0          0

 -st
e      neste intervalo é 1.
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                                           0
                           L{(t)}=    (t )dt  1           (Vide linha 1 da tabela, p.30)
                                           0




Exercício: Calcule a transformada de Laplace de um sinal u(t) de controle típico de um
sistema automático digital, ou seja controle por computador.




                                          1
Exercício: Seja F ( s )                            , qual é o valor de f (t ) t  ?
                                 s ( s  1)( s  2)
                                       1
Exercício: Seja F ( s )                          , é possível aplicar o teorema do valor final?
                                 s ( s  4 s  4)
                                   2   2




                                                                                                              35
3.3-Transformada Inversa
        A idéia é encontrar




utilizando a expansão de funções em frações parciais e então utilizar a tabela para encontrar
f(t).
                          P( s)
        Seja: F ( s ) 
                          Q(s)
sendo que P(s) e Q(s) são polinômios e grau (Q(s))≥grau(P(s)).
        Polinômio Q(s) é da forma:


        Q( s )  s n  a1 s n1  ...  an , sendo ai  , i={1, 2, ..., n} que pode ser expresso na forma:


                                        Q( s )  ( s  s1 )( s  s 2 )...( s  s n 1 )( s  s n )

sendo:
                                            si, i=1, 2, ..., n as raízes de Q(s).
1ºCaso: Se o polinômio do denominador:
                                        Q( s )  ( s  s1 )( s  s 2 )...( s  s n 1 )( s  s n )

possuir somente raízes distintas ou seja,
                                                   sisj, i,j=1, 2, ...,n , ij
então fazemos a expansão:
                                                  P( s)    k      k       k
                                        F (s)           1  2  ...  n
                                                  Q( s ) s  s1 s  s 2 s  sn
sendo:
ki=(s+si). F ( s ) s  s , i=1, 2, ..., n
                     i




                                                                                                     36
5s  3
Exemplo: F ( s )                              , determine f(t).
                      ( s  1)( s  2)( s  3)
Sol.: Neste caso, P(s)=5s+3 e Q(s)=(s+1)(s+2)(s+3)
temos:
                                                     P( s )   k   k    k
                                         F (s)              1  2  3
                                                     Q(s) s  1 s  2 s  3

                                                    e ki=(s+si) F ( s ) s  s
                                                                               i



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                                                            (5s  3)                  2
                                  k1  ( s  1)                                      1
                                                    ( s  1)( s  2)( s  3) s 1    2


                                                                (5s  3)
                                     k 2  ( s  2)                                    7
                                                        ( s  1)( s  2)( s  3) s 2


                                                                (5s  3)
                                     k 3  ( s  3)                                    6
                                                        ( s  1)( s  2)( s  3) s 3


então
                                                             1    7     6
                                             F (s)                
                                                           s 1 s  2 s  3
        Finalmente, usando a linha 6 da tabela, tem-se:


                                           L-1{F(s)}=-e-t+7e-2t-6e-3t , t≥0


2ºCaso: Se o polinômio do denominador:
                                     Q( s )  ( s  s1 )( s  s 2 )...( s  s n 1 )( s  s n )

possuir raízes não distintas, ou seja, se a raiz si tiver multiplicidade ‘r’, teremos:


          N (s)    k         k        A1             A2                   Ar         k             k
F (s)           1  ...  i 1                             ...            r 
                                                                                      i 1  ...  n sendo:
          Q( s ) s  s1    s  si 1  ( s  si ) ( s  s1 ) 2
                                                                       ( s  si )  s  si 1      s  sn


                                                                                                      37
Ar  ( s  si ) r F ( s ) s  s
                                                                                        i




                                             Ar 1 
                                                        d
                                                        ds
                                                            
                                                           ( s  si ) r F ( s )                s   si

                                                                  
                                                                  
                                                                         

                                    A1 
                                            1 d r 1
                                         (r  1)! ds r 1
                                                                     
                                                          ( s  si ) r F ( s )                                s   si




                                     1
Exemplo: Se F ( s )                             , determine f(t).
                           s ( s  1) 3 ( s  2)
Sol.: a raiz s=-1 tem multiplicidade r=3, logo,


                                            k1   k2       A1        A2           A3
                                  F (s)                                
                                            s ( s  2) ( s  1) ( s  1) 2
                                                                             ( s  1) 3
neste caso:

                                                                             1                                   1
                                      k1  s F ( s ) s 0  s                                             
                                                                    ( s  1) ( s  2) s
                                                                              3
                                                                                                    s 0
                                                                                                                 2

                                                                                      1                                       1
                               k 2  ( s  2) F ( s ) s 0  ( s  2)                                                    
                                                                             ( s  1) ( s  2) s
                                                                                    3
                                                                                                                s  2
                                                                                                                              2

                                                                          1              1
      Façamos: G ( s )  ( s  1) 3  F ( s )  ( s  1) 3                        
                                                                s ( s  1) ( s  2) s ( s  2)
                                                                          3



então,
                                                      A3  G ( s ) s  1  1

                                                                d
                                                       A2         G (s) ;
                                                                ds      s  1

mas
                             d
                             ds
                                G ( s) 
                                         d 1
                                         ds
                                              
                                            s ( s  2) 1  2   
                                                            ( s  2)  s
                                                            s ( s  2) 2
                                                                                                                              (1)




                                                                                                                                    38
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                                                       ( s  2)  s
                                               A2                               0
                                                       s 2 ( s  2) 2   s  1


        1     d2
A3                G(s)        que é obtida derivando-se (1)
     (3  1)! ds 2      s  1

então

                                                1 d  2s  2 
                                         A3                                  1
                                                2 ds  s 2 ( s  2) 2  s 1
                                                                     


finalmente:
                                               1    1
                                                          1       1
                                        F (s)  2  2       
                                                s s  2 s  1 ( s  1) 3
        Segundo as linhas 2, 6 e 8 da tabela (P.26) tem-se:
                                          1         1              1
                                    f (t ) 1(t )*  e 2t  e t  t 2 e t , t≥0
                                          2         2              2
*função degrau unitário
                                    1
Exercício: Dado F ( s )                       , calcule f(t).
                            ( s  1)( s  2) 2
3ºCaso: Se o polinômio do denominador tem raízes complexas distintas.
        Vamos ilustrar o método através de um exemplo.
                                                      1
Exemplo: Determine a L-1{.} de F(s)=
                                                s ( s  s  1)
                                                      2



Sol.: Neste caso, as raízes do denominador são:
                                                           s1  0

                                     1     3
                            s 2,3    j    (raízes complexas conjugadas)
                                     2    2
        Neste caso é mais interessante usar a componente relativo ás raízes complexas, na
forma polinomial, ou seja:
                                              1        C C s  C3
                              F (s)                   1  22                        (1)
                                        s ( s  s  1) s s  s  1
                                           2




                                                                                            39
Já sabemos calcular C1:

                                                                  1
                                           C1  s                             1
                                                            s ( s  s  1) s0
                                                               2



      Para que (1) seja satisfeita é necessário que:
                                                 1        1 C s  C3
                                                           22
                                           s ( s  s  1) s s  s  1
                                               2




ou ainda:
                                        1          s 2  s  1  C 2 s 2  C3 s
                                                                               , logo
                                s ( s 2  s  1)          s ( s 2  s  1)

                           1  (C 2  1) s 2  (C3  1)  1  C 2  1  0 e C3  1  0


então C2=-1 e C3=-1
      Assim:
                                               1 ( s  1) 1    s 1
                                     F (s)      2         2
                                               s s  s 1 s s  s 1
ou
                                                            1 1
                                                         s 
                                                    1       2 2
                                             F (s)         2
                                                    s     1 3
                                                       s   
                                                          2 4
      Que das linhas 20 e 21 da tabela (P. 27) temos:
                                                    
                                                        t
                                                                3  1 2  3 
                                                                          t
                               f (t )  1(t )  e       2       t
                                                            cos        e sen t 
                                                                4 
                                                                     3       4 
                                                                                
Importante:
                                                                          P( s)
      Se em algum dos casos anteriores, com F ( s )                            , com grau (Q(s))=grau (P(s)) então
                                                                          Q(s )
faça primeiro a divisão:


                                                                          R( s)
e depois proceda a expansão em frações parciais de                              .
                                                                          Q( s)


                                                                                                          40
s
Exemplo: Determine f(t) se F(s)=
                                   s 1
Sol.: Neste caso, P(s)=s e Q(s)=s+1 e logo grau (P(s)=1 e grau (Q(s))=1, então é necessário
fazer:




                                           (1)
                            F (s)  1          L{F(s)}=(t)-e-t
                                           s 1
Obs.: se grau (Q(s))=grau(P(s)) então aparecerá (sempre) uma componente impulsiva ((t))
em f(t).
O gráfico de f(t) do exemplo anterior é:




                                                                                   41
Expansão em Frações parciais usando o MATLAB
      O exemplo abaixo foi retirado do Ogata (4ºed.):


Considere a seguinte função

                                     B ( s ) 2 s 3  5 s 2  3s  6
                                            
                                     A( s ) s 3  6 s 2  11s  6
Para essa função
                                              num = [2 5 3 6]
                                              den = [1 6 11 6]
O comando
                                        [r,p,k] = residue(num,den)


apresenta o seguinte resultado:

                                                     [r,p,k]=residue(num,den)
                                                     r=
                                                               -6,0000
                                                               -4,0000
                                                               3,0000


                                                     p=
                                                               -3,0000
                                                               -20000
                                                               -1,0000


                                                     k=
                                                               2

Essa é a representação em MATLAB da seguinte expansão em parciais de B(s)/A(s):
                                          B( s ) 2s 3  5s 2  3s  6
                                                
                                          A( s ) s 3  6s 2  11s  6

                                               6    4     3
                                                            2
                                              s  3 s  2 s 1

      Para encontrar L-1{.} basta usar a tabela.
      Para sistemas que tenham pólos com multiplicidade, deve-se observar a seqüência de r
e p no MATLAB.


                                                                                  42
Expanda a seguinte B(s)/A(s) em frações parciais com MATLAB:
                                           B( s ) s 2  2 s  3     s 2  2s  3
                                                                3
                                           A( s)     ( s  1) 3
                                                                 s  3s 2  3s  1
Para essa função, temos:
                                                     num = [0 1 2 3]
                                                     den = [1 3 3 1]
O comando
                                               [r,p,k]=residue(num,den)


apresenta o resultado mostrado adiante. É a respresentação em MATLAB da seguinte expressão em frações
parciais de B(s)/A(s):
                                           B( s )   1      0        2
                                                               
                                           A( s) s  1 ( s  1) ( s  1)3
                                                               2




                                                num = [0 1 2 3];
                                                den = [1 3 3 1];
                                                [r,p,k] =
                                                residue(num,den)
                                                r=
                                                         1,0000
                                                         0,0000
                                                         2,0000
                                                p=
                                                         -1,0000
                                                         -1,0000
                                                         -1,0000
                                                k=
                                                0




Note que o termo direito k é zero.Para obter a função original B(s)/A(s) a partir de r, p e k, insira o seguinte
programa no computador:

                                             num,den = residue(r,p,k);
                                             printsys(num,den,s)




                                                                                                             43
Assim, o computador apresentará o num/den, como se segue:
                                                       s ^ 2  2s  3
                                        num/den=                          .
                                                   s ^3  3s ^ 2  3s  1
        Exemplo para sistemas com pólos complexos.
Seja:
                1
F (s)                   , pólos complexos
          s ( s  s  1)
               2


>>num=[1];
>>den=[1 1 1 0];
>>[r,p,k]=residue(num,den)


r=
-0.5000+0.2887i
                                             resíduos complexos
-0.5000-0.2887i


p=
-0.5000+0.8660i
-0.5000-0.8660i


k=
>>[num,den]=residue(r,p,k)
>>
>>pritsys(num,den,’s’)
num/den=
2.2204e  016 s ^ 2  2.2204e  016 s  1          1
                                          
            s ^3  s ^ 2  1s               s ^3  s ^ 2  1s


           0,5  0,288  i    0,5  0,288i   1
F (s)                                      
          s  0,5  0,8660i s  0,5  0,8660i s


            s 1 1
F (s)            
          s  s 1 s
           2


3.4-Resolução de Equações Diferenciais Lineares e Invariantes no Tempo
        Considere o circuito abaixo



                                                                              44
A tensão sobre o capacitor é vc(t). Suponha que o capacitor esteja descarregado
inicialmente, ou seja:

                               vc (t ) t  0  0   ou vc (0)  0


      Suponha que a chave seja fechada em t=0, ou seja




                                   A
que é a função degrau e L{v(t)}=     .
                                   s
      Determine o comportamento da tensão no capacitor, vc(t), ao fechar a chave.


                                              dq   dv (t )             dv (t )
Sol.: para o capacitor tem-se: q=Cvc(t) ou       C c       i (t )  C c
                                              dt     dt                  dt
      Segundo as tensões na malha tem-se:
                                          v(t)=Ri(t)+vc(t)
ou




Assim:


                                                                                    45
 dv c (t ) 
                                          L{v(t)}=RCL                    +L{vc(t)}
                                                              dt 
então

                                               RCsVC ( s )  vc (0)  VC ( s)
                                            A
                                            s



                                       RCs  1 VC ( s )  VC ( s ) 
                                    A                                          A
                                    s                                    s ( RCs  1)


ou ainda:
                                                           A
                                                          RC             k1      k2
                                          VC ( s )                        
                                                              1        s            1
                                                       s s                   s
                                                             RC                    RC

                                              k1  s  VC ( s ) s 0  A
                                                       1 
                                            k2   s      VC ( s ) s  1   A
                                                      RC                RC


              A       A
VC ( s )                 , segundo as linhas 1 e 6 da tabela, (pg. 30)
              s         1
                    s
                       RC
                                           
                                   -1  A                              
                                                          t            t
                                                  A                 
                                  L         A  Ae   RC    1  e RC 
                                                             A         
                                    s s 1                            
                                        RC 
Graficamente




                    Exercício: Determine a evolução temporal de vc(t) e i(t) no circuito:

                                                                                            46
R1=R2=1Ω
                                                                               C=10-3F




      A chave é fechada em t=0s e vc(t)=0v


Exercício: Determine a evolução temporal de vc(t) e i(t) no circuito:




                                                                           R=1Ω
                                                                           C=10-3F
                                                                           L=0,2H

      Suponha que não tenha energia armazenada no circuito antes da chave se fechar, ou
seja, vc(t)=0 e i(t)=0. Aplique o T.V.F. para determinar os valores de regime.
Exercício: Resolva a seguinte equação diferencial:
                                             
                                     x (t )  3 x(t )  2 x(t )  u (t )

                                    0       t0
sendo: x (0)  x(0)  x(0)  0 e u(t)= 
                                       1       t0




                                                                                          47
4-Função de Transferência
4.1–Definição
      A função de transferência de um sistema de equações diferenciais lineares invariante no
tempo é definida como a relação da Transformada de Laplace da saída (função resposta)
para a transformada de Laplace da entrada (função excitação) sob a hipótese de que todas as
condições iniciais são nulas.




tem-se: Y(s)=G(s).U(s)
Exemplo: Considere o controle do satélite da figura a seguir, sendo que a entrada
controladora é o torque T(t) da turbina. A saída que deseja-se controlar é a posição angular
(t) do satélite.
                                                  
      Admita que a velocidade de rotação  (t ) e a posição angular (t) são nulas em t=0, ou
      
seja:  (0) =0 rad/s e (0)=0 rad (C.I. nulas).




                                                                                     48
Neste caso, o torque é: T(t)=L.F(t). Aplicando a segunda lei de Newton ao presente
sistema e observando que não há nenhum atrito no ambiente dos satélites temos:
                                             Momento 
                                                       Aceleração 
                                 torques   de    Angular 
                                                                    
                                             Inércia              
                                                     
ou
                                                    d 2 (t )
                                     T (t )  J                                (1)
                                                      dt 2
sendo que J é o momento de inércia do satélite. Nosso objetivo é encontrar a função de
transferência que relaciona a entrada T(t) com a saída (t). Para isso, aplicamos a
transformada de Laplace em (1):
                                                                     (t ) 
                                                                     2
                                            L{T(t)}=JL  d          2 
                                                                 dt 

                                                                                    
                                  T(s)= J  s 2 ( s )  s (t ) t 0   (t )       
                                                                               t 0 


                                                        (s)         1      (s)
                             T ( s )  Js 2 ( s )                   2
                                                                                 G (s)
                                                       T (s)        Js     T (s)


Esquematicamente tem-se:




               1
logo, G(s)=        que é a função de transferência do satélite.
              Js 2
     Genericamente a função de transferência é definida como a relação entre a saída e a
entrada do sistema, ou seja:




                                                                                           49
 (s)        1
                                                         G (s)            
                                                                   T (s)       Js 2
esquematicamente,




Obs.: Note que a entrada utilizada foi T(t) e é qualquer (genérico). Desta forma G(s) não
depende da entrada.
      O conceito de função de transferência será muito útil neste curso, com ela analisaremos
e projetaremos sistemas de controle automático.
Exercício: Determine a função de transferência do circuito:




sendo ve(t) a entrada e vc(t) a saída. Não se esqueça: C.I. nulas.
Generalização
      Mostraremos, a seguir, uma generalização do conceito de função de transferência.
      Considere um sistema linear invariante no tempo (SLIT):


                                                                                           
                                                                                Y ( s )   y (t )e  st dt
                                                                                           0

      Suponha que u(t)=0 para t<0 e que as condições iniciais são nulas:
                                              ( n 1)                                          (m)
                       y(0)= y (0)  ...  y (0)  0 e u (0  )  u (0  )  ...  u (0  )  0
      O sistema é descrito pela equação diferencial:
                                          ( n 1)       ( n)                                 (m)
         a o y (t )  a1 y (t )  ...  a n 1 y (t )  y  bo u (t )  b1 u (t )  ...  bm u (t )           (1)

Obs.: Já provamos no capitulo 2 (exemplo 4) que este sistema dinâmico é linear. Se ai e bi
são constantes, então é SLIT.
      Aplicando a Transformada de Laplace em (1) temos:


                                                                                                                    50
                                                                          
           aoY ( s )  a1 sY ( s )  y (0  )  ...  s nY ( s )  s n 1 y (0  )  ...  y ( n 1)  boU ( s ) 
                                                )  ...  b s                                                             (2)
                         
                      b1 sU ( s )  u (0    
                                                               m
                                                                   m             n 1    
                                                                     U ( s )  s u (0 )  ...  u o
                                                                                                         ( n 1)


                                                  ( n 1)
        Como: y (0  )  y (0  )  ...  y (0  )  0 e u(t)=0 para t<0 (logo todas as derivadas de u(t)
são nulas para t<0), a equação (2) torna-se
                         a o Y ( s)  a1 sY ( s)  ...  s nY ( s)  boU ( s)  b1 sU ( s )  ...  bm s mU ( s)
ainda:
                                                                        
                             Y ( s ) ao  a1 s  ...  s n  U ( s ) bo  b1 s  ...  bm s m                         (3)


        Porém a função de transferência é a relação entre a saída e a entrada do sistema, para
                                     Y ( s)
determiná-la isolamos                       em (3):
                                     U (s)

                    Y ( s ) bo  b1 s  ...  bm s m
                                                     G ( s ) (função de transferência genérica)
                    U (s)    ao  a1 s  ...  s n
Esquematicamente temos:




tem-se: Y(s)=G(s).U(s)


        Observe que a F.T. genérica é uma razão entre dois polinômios genéricos.
Obs.:
1.      G(s) independe do valor da entrada, é uma característica do sistema.
2.      Se u(t)=(t) (impulso unitário), temos U(s)=1 logo
                                                             Y ( s )  G ( s ).U ( s )  G ( s ).1
                                                       
                                                             Y (s)  G (s)
        Portanto, a resposta Y(s) ao impulso de um sistema é matematicamente igual à função
de transferência G(s) do sistema.
3.      A F.T. relaciona a entrada e a saída do sistema de uma forma geral.
                                          Como obter a Função de transferência


                                                                                                                                   51
A- Experimentalmente- a metodologia experimental será abordada no laboratório.
       B- Teoricamente- deve-se seguir os seguintes passos:
               1- Escreva a equação diferencial do sistema, utilizando as leis físicas, mecânicas,
circuitos elétricos, etc.
               2- Aplique a transformada de Laplace na equação encontrada, considerando
todas as C.I. nulas.
               3- Isole a saída da entrada fazendo:




                                               Y (s)
                                                      G (s)
                                               U (s)
       Exemplo: Recentes pesquisas em controle automático estão desenvolvendo o piloto
automático para automóveis.
       O diagrama abaixo mostra o sentido das ações das forças: força do motor (u(t)) e força
de atrito (fa(t)).




       A entrada do sistema é a força u(t) realizada pelo motor e a saída é a posição x(t) do
                                                                       
carro. A saída de interesse pode também ser a velocidade v(t)= x(t ) do carro. Suponha que o
                                                   
carro esteja parado em t≤0, logo, x(0)= x (0)  x(0)  0 e que o motor esteja em ponto morto, ou
seja : u(t)=0 para t≤0.
       Por simplicidade, nós assumiremos que o momento de inércia das rodas são
desprezíveis; neste caso, podemos aplicar:
                                                               
                                        F     x    m.a  m. x (t )

       A força de atrito se à força de opõe à força de impulsão u(t), logo:


                                                                                         52
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Apostila de Controle Linear I - UNESP

  • 1. CONTROLE LINEAR I Parte A – Sistemas Contínuos no Tempo PROF. DR. EDVALDO ASSUNÇÃO PROF. DR. MARCELO C. M. TEIXEIRA -2010-
  • 2. AGRADECIMENTOS Os autores desejam agradecer ao aluno Pierre Goebel, que em uma tarde de verão decidiu digitar toda apostila de forma voluntária e com o prazer de proporcionar uma leitura agradável aos demais alunos. Muito obrigado Pierre! 1
  • 3. Índice 1- Introdução 5. 2- Classificação e linearização de Sistemas 10. 2.1- Sistemas Lineares 10. 2.2- Linearização 17. 2.3- Linearização Envolvendo Equações Diferenciais 24. 2.4- Linearização Exata por Realimentação 26. 3-Transformada de Laplace (revisão) 28. 3.1- Definição 28. Tabela de Transformadas de Laplace 30. 3.2- Propriedades das Transformadas de Laplace 31. 3.3- Transformada Inversa 36. 3.4- Resolução de Equações Diferenciais Lineares e Invariantes no Tempo 44. 4- Função de Transferência 48. 4.1 - Definição 48. 4.2- Função de Transferência de Circuitos com A.O 56. 4.2.1- Função de Transferência do A.O. Integrador 57. 4.3- Simulação com o MATLAB 59. 4.4- Função de Transferência de um Sistema Rotacional Mecânico 63. 4.5- Função de Transferência de um Motor de Corrente Contínua (CC) 64. 5- Diagrama de Blocos 66. 5.1- O Detector de Erros 66. 5.2- Função de Transferência de Malha Fechada 66. 5.3- Manipulação no Diagrama de Blocos 67. 5.4- Algumas Regras Úteis 69. Tabela das Principais Regras para Redução de Diagrama de Blocos 71. 5.5- Simplificação de Diagrama de Blocos com o MATLAB 77. 2
  • 4. 6- Modelo em Diagrama de Fluxo de Sinal 79. 7- Estabilidade de Sistemas Dinâmicos 85. 7.1- O Conceito de Estabilidade 85. 7.2- O Critério de Estabilidade de Routh-Hurwitz 95. 7.3- Estabilidade Relativa 103. 7.4- Exemplos Completos de Projeto 105. 8- Resposta Transitória de Sistemas de 1a e 2a ordem 113. 8.1- Introdução 113. 8.2- Resposta Transitória de Sistema de 1a ordem (devido a entrada degrau) 113. 8.2.1- Exemplo 113. 8.2.2- Caso Genérico 115. 8.3- Resposta Transitória de sistemas de 2a ordem (devido a uma entrada degrau) . 117. 8.3.1- Exemplo 117. 8.3.2- Caso Genérico 119. Variação de P.O. em função de  124. 8.3.3- Resposta Transitória X Localização dos Pólos no Plano s 126. 8.3.4- Resposta ao Degrau de Sistemas de Ordem Superior 131. 8.4- Resposta Transitório Usando o MATLAB 134. 8.5- Índices de Desempenho ITA, ISE, IAE 136. 9- Erros de Regime (regime permanente) 139. 9.1- Introdução 139. 9.2- Exemplos de Erro de Regime 139. 9.3- Erros de Regime 141. Tabela de Erros de Regime 146. 10- Sensibilidade de Sistemas de Controle a Variação de Parâmetros 150. 10.1- Introdução 150. 10.2- Generalização 152. 3
  • 5. 11- Sinais de Perturbação (ou ruído) em Sistemas de Controle 155. 12-Método do Lugar das Raízes (Root-Locus) 162. APÊNDICE A – Laboratório 1 – Curso e Lista de Exercícios do MATLAB 206. APÊNDICE B – Laboratório 2 – Introdução à Robótica 222. APÊNDICE C – Laboratório 3 – Controle de Motor CC 226. APÊNDICE D – Laboratório 4 – Resposta Transitória de Sistemas Dinâmicos e Erros de Regime Permanente 230. APÊNDICE E – Bibliografia Básica e Critério de Avaliação 238. APÊNDICE F – Alguns Artigos Científicos Publicados pelos Professores Marcelo C. M. Teixeira e Edvaldo Assunção 239. 4
  • 6. 1-Introdução A engenharia diz respeito ao conhecimento e ao controle de materiais e forças da natureza para o benefício da humanidade. Dizem respeito aos engenheiros de sistemas de controle o conhecimento e controle de segmentos à sua volta, chamados de sistemas, com a finalidade de dotar a sociedade de produtos úteis e econômicos. Os objetivos duplos de conhecimento e controle são complementares, uma vez que o controle efetivo de sistemas requer que os sistemas sejam compreendidos e modelados. Além disso, a engenharia de controle deve considerar muitas vezes o controle de sistemas mal conhecidos, como sistemas de processos químicos. O presente desafio ao engenheiro de controle é a modelagem e o controle de sistemas modernos, complexos e interligados, como sistemas de controle de tráfego, processos químicos, sistemas robóticos e automação industrial e controla-los em benefício da sociedade. Um sistema de controle é uma interconexão de componentes formando uma configuração de sistemas que produzirá uma resposta desejada do sistema. A base para análise de um sistema é formada pelos fundamentos fornecidos pela teoria dos sistemas lineares, que supõe uma relação de causa e efeito para os componentes de um sistema. Apresentamos a seguir uma definição de sistema. Sistema: é qualquer coisa que interage com o meio ambiente, recebendo deste informações ou ações chamadas entradas ou excitações e reagindo sobre ele dando uma resposta ou saída. Isto está sintetizado na figura abaixo: Geralmente, u(t) e y(t) são relacionados matematicamente através de uma equação diferencial. Exemplos de sistemas: i) um avião cuja entrada é o combustível e a saída é seu 5
  • 7. deslocamento, ii)uma caldeira cujas entradas são ar e combustível e a saída é a temperatura da água, iii) um automóvel cuja entrada é o ângulo do acelerador e a saída é a velocidade do automóvel, iv) o rastreador solar cuja entrada é a posição relativa do sol e a saída é a posição angular das placas conversoras de energia solar. O modelo matemático de um sistema é muito importante (fundamental) para o projeto de controle automático. O modelo de um sistema é a relação entre a entrada u(t) e a saída y(t) do sistema. O modelo pode ser obtido usando-se leis físicas, por exemplo, leis de Newton, leis de Kirchoff, etc. Ou então usando-se metodologias experimentais, com por exemplo respostas transitórias, respostas em freqüência etc. Controle de um sistema significa como agir sobre um sistema de modo a obter um resultado arbitrariamente especificado. Um fundamento básico da teoria de controle é o uso da realimentação. Através de exemplos, iremos introduzir o conceito de realimentação. 1o Exemplo: Considere o seguinte problema no qual o homem deseja aquecer o interior de um prédio, tendo em vista que a temperatura externa é 0ºC. Para isto ele dispõe de um aquecedor e um termômetro para leitura da temperatura interna da sala. O objetivo de controle é manter a temperatura da sala em Ts=22ºC, mesmo na ocorrência de alguns eventos: abrir a porta, desligar o fogão etc. E que ele possa dormir. 1a estratégia: o homem fecha a chave e então vai dormir. O sistema de controle pode ser esquematizado no seguinte diagrama: 6
  • 8. Neste caso temos que o sistema de controle é uma conexão série de três outros sistemas: HOMEM-CHAVE-AQUECEDOR. Esta configuração é chamada de sistema de malha aberta. O resultado é que a temperatura da sala irá crescer indefinidamente se o aquecedor estiver super dimensionado e Ts>>22ºC. Essa estratégia falhou. Neste caso: 2a estratégia: o homem lê o termômetro e usa a seguinte tática: Se Ts22ºC ele liga a chave Se Ts>22ºC ele desliga a chave Neste caso teremos: Neste caso o homem não terá altas temperaturas, esta estratégia é melhor que a 1º porém, o homem não dormirá. O diagrama de blocos deste sistema de controle é: 7
  • 9. 3a estratégia: controle automático usando um bimetal. O bimetal é composto de dois metais com coeficientes de dilatação térmica diferentes. O diagrama de blocos deste sistema de controle é: Note que este é um sistema de malha fechada. Esta é a melhor tática pois o homem poderá dormir e a temperatura da sala será mantida em Ts22ºC. Fator de sucesso: a decisão é tomada após a comparação entre o que queremos e o realmente temos, ou seja, existe realimentação. Neste caso foi usado um sistema de malha 8
  • 10. fechada. O esquema genérico de um sistema de malha fechada é: 2oExemplo: sistema de controle biológico, consistindo de um ser humano que tenta apanhar um objeto. O sistema de malha aberta tem as seguintes vantagens: i.) Simples construção; ii.) Mais barato que a malha fechada; iii.) Conveniente quando a saída é de difícil acesso ou economicamente não disponível. E ter as seguintes desvantagens: i.) Distúrbios e variações na calibração acarretam erros e a saída pode ser diferente da desejada; ii.) Para manter a qualidade na saída é necessária uma recalibração periódica; iii.) Inviável para sistemas instáveis 9
  • 11. 2-Classificação e Linearização de Sistemas As equações diferenciais dos movimentos dos principais processos utilizados em sistemas de controle são não-lineares. Tanto análise quanto projeto de sistemas de controle são mais simples para sistemas lineares do que para sistemas não-lineares. Linearização é o processo de encontrar um modelo linear que seja uma boa aproximação do sistema não-linear em questão. A mais de 100 anos, Lyapunov provou que se o modelo linear, obtido através de processo de linearização de um modelo não-linear, é válido em uma região em torno do ponto de operação e se é estável, então existe uma região contendo o ponto de operação na qual o sistema não-linear é estável. Então, para projetar um sistema de controle para um sistema não-linear, pode-se seguramente obter uma aproximação linear deste modelo, em torno do ponto de operação, e então projetar um controlador usando a teoria de controle linear, e usá- lo para controlar o sistema não-linear que se obterá um sistema estável nas vizinhanças do ponto de equilíbrio (ou ponto de operação). Técnicas modernas de projeto de controladores Fuzzy usando LMIs para sistemas não-lineares permitem que o sistema trabalhe em torno de vários pontos de operação e ainda garante-se não apenas a estabilidade do sistema não- linear controlado mas também o seu desempenho temporal. Antes de apresentar o processo de linearização, se faz necessário estudar o princípio da superposição útil na classificação de um sistema, verifica-se se um sistema é ou não sistema linear. 2.1-Sistemas Lineares Seja o sistema abaixo, com condições iniciais nulas, I.C.=0, em um sistema físico isto equivale a dizer que o sistema não possui energia armazenada em t=0 ( o sistema estará em repouso). Suponha que a entrada u(t)= u1(t) gera a saída y(t)=y1(t) e que a entrada u(t)=u2(t) gera a saída y(t)=y2(t), ou seja: 10
  • 12. Definição: um sistema é dito linear em termos da sua excitação u(t) (entrada) e sua resposta (saída) se o princípio de superposição for “respeitado” pelo sistema. Princípio de Superposição Se a entrada u(t)= u1(t) gera a saída y(t)=y1(t), se a entrada u(t)=u2(t) gera a saída y(t)=y2(t) e se aplicarmos no sistema uma combinação linear das entradas u1(t) e u2(t), ou seja, u(t)=u1(t)+u2(t) a saída y(t) será a mesma combinação linear das saídas y1(t) e y2(t), ou seja, y(t)=y1(t)+y2(t),   e . Desta forma, para verificar se um sistema é linear aplica-se o Princípio da Superposição. Exemplo 1: Verifique se o sistema y(t)=au(t) é linear ou não. Uma interpretação gráfica deste sistema é: Sol: Para verificar se o sistema é linear, utilizaremos o princípio da superposição, supondo a existência de duas entradas distintas, u(t)= u1(t) e u(t)=u2(t), e em seguida aplicando a 11
  • 13. seguinte combinação linear: u(t)= u1(t)+u2(t), no sistema y(t)=au(t): Para u1(t) tem-se y1(t)=a u1(t) (1) Para u2(t) tem-se y2(t)=a u2(t) (2) Para u(t)= u1(t)+u2(t) tem-se y(t)=a[u1(t)+u2(t)] Ainda, y(t)= au1(t)+au2(t) (3) Substituindo (1) e (2) em (3) tem-se: y(t)= y1(t)+ y2(t) Portanto o princípio da superposição foi respeitado, logo o sistema em questão é linear. Exemplo 2: verifique se o sistema dado por y(t)= a u(t)+b é linear ou não. , a0 e b0 Graficamente: Sol.: 12
  • 14. y1 t   b u1(t)  y1(t)= a u1(t)+b então u1 t   (1) a y 2 t   b u2(t)  y2(t)= a u2(t)+b então u 2 t   (2) a se u (t)= u1(t)+u2(t)  y(t)=a[u1(t)+u2(t)]+b (3) Substituindo (1) e (2) em (3) tem-se:   y1 (t )  b    y 2 (t )  b   y (t )  a   b  a a  ainda, y(t)= y1(t)+ y2(t)+b(1--) (4) (4) será igual a y(t)= y1(t)+ y2(t) se e somente se b=0 ou (1--)=0  =1- Mas no enunciado foi suposto que b0. A expressão =1- restringe os valores de  e  e para que seja linear é necessário que y(t)= y1(t)+ y2(t),   e   , portanto não é linear. Resumo: dos exemplos 1 e 2 conclui-se que: Exemplo 3: Mostre que o sistema chamado integrador eletrônico é linear. (a saída é igual à integral da entrada) Obs.: O circuito eletrônico que implementa o integrador utiliza um amplificador operacional (A.O.) é dado abaixo: 13
  • 15. tf Sol.: u (t)= u1(t)  y1   u1 (t )dt (1) 0 tf u(t)= u2(t)  y 2   u 2 (t )dt (2) 0 u(t)= u1(t)+u2(t)  y (t )   [ u1 (t )   u 2 (t )]dt ou ainda, devido as propriedades lineares da integral: tf tf y (t )    u1 (t )dt    u 2 (t )dt 0 0 Substituindo (1) e (2) em (3) tem-se y(t)= y1(t)+ y2(t) logo, o sistema é linear. Exercícios: 1. O sistema y(t)= u2(t) é linear? d 2. O sistema y (t )  u (t ) , que é um derivador, é linear? dt 3. O sistema y (t )  cos(u (t )) é linear? 1 4. O sistema y (t )  , u(t)0 é linear? u (t ) 5. O sistema y (t )  u (t ) é linear? tf du (t ) 6. O sistema y (t )  5 u (t )dt  2 é linear? 0 dt 7. O sistema y (t )  u (t ) é linear? 1 8. O sistema y (t )  2 é linear? u (t ) 9. O sistema que é um controlador industrial conhecido como controlador PID é o seguinte: 14
  • 16. du (t ) tf y (t )  10u (t )  22  3 u (t )dt dt 0 Ele é linear? Exemplo 4: Os sistemas dinâmicos de interesse neste curso, podem ser expressos por equações diferenciais da forma: n m  a (t ) y (t )   b (t )u i 0 i i j 0 j j (t ) (1) . 1 Demonstrar para integrador: y (t )  u (t ) RC sendo que: yi(t) denota a i-éssima derivada de y(t) uj(t) denota a j-éssima derivada de u(t) Demonstre que este sistema é linear. Sol.: Suponha que para a entrada u(t)= u1(t) a solução de (1) proporciona y(t)=y1(t) e que para u(t)= u2(t)  y(t)= y2(t), assim tem-se: n m u1(t)   ai (t ) y1 (t )   b j (t )u1 (t ) i j i 0 j 0 n m u2(t)   a (t ) y (t )   b (t )u i 0 i i 2 j 0 j 2 j (t ) Para u(t)= u1(t)+u2(t), como  e  são constantes então uj(t)= u1j(t)+u2j(t), então: n m  a (t ) y (t )   b (t )[u i 0 i i j 0 j 1 j (t )  u 2j (t )] ou ainda, n m m  ai (t ) y i (t )    b j (t )u1j (t )    b j (t )u2j (t ) i 0 j 0 j 0 n n  a (t ) y (t ) i 0 i i 1  a (t ) y (t ) i 0 i i 2 15
  • 17. logo n m m  a (t ) y (t )    a (t ) y i 0 i i j 0 i 1 j (t )    ai (t ) y 2j (t ) j 0 ou n m  ai (t ) y i (t )   ai (t )[ y1j (t )   y2j (t )] i 0 j 0 de onde conclui-se que yi(t)= y1i(t)+ y2i(t) logo o sistema é linear. Obs.: Se ai(t) e bj(t), em (1), são constantes, para i=1, 2, ..., n e j=1, 2, ..., m; então o sistema é dito linear e invariante no tempo (SLIT). Se ai(t) e bj(t), em (1), variam com o tempo, i=1, 2, ..., m; então o sistema é dito linear variante no tempo (SLVT). Exemplos: 1. SLIT: considere a esfera de um levitador magnético, cuja ação da força da gravidade tenha sido quase compensada pela força magnética oriunda de uma bobina principal. Neste caso tem- se: Sendo F a força resultante: força magnética menos força da gravidade.  1 y (t )  u (t ) m Adotando u(t)=F(t), de (1) tem-se n l  a (t ) y (t )   b (t )u i 0 i i j 0 j j (t ) para n=2 e l=0 temos Portanto este é um SLIT. 16
  • 18. 2. SLVT: considere o exemplo do foguete lançador de nave espacial. O combustível é consumido durante o percurso e, portanto a massa total do sistema varia ao longo do tempo. Seja ur(t) a força resultante, ou seja: u r (t )  f (t )  f g (t )  f a (t ) (3) Substituindo (2) e (3) em (1) temos: d d d u r (t )  (m(t ).v(t ))  m(t ).v(t )  m(t ). v(t ) dt dt dt ou ainda, Exercício: Descreva 5 sistema que sejam SLIT e 5 que sejam SLVT. Não se esqueça de mostrar qual é a entrada do sistema e qual é a saída. Exercício: Suponha que o sistema de deslocamento de um trem de metrô seja linear. Sabendo-se que o trem se move utilizando energia elétrica, entre uma estação e a próxima ele é SLIT ou SLVT? E entre as duas estações extremas da linha? 2.2-Linearização Na engenharia de controle, uma operação normal do sistema pode ser em torno do 17
  • 19. ponto de equilíbrio, e os sinais podem ser considerados pequenos sinais em torno do equilíbrio. Entretanto, se o sistema operar em torno de um ponto de equilíbrio e se os sinais envolvidos forem pequenos, então é possível aproximar o sistema não-linear por um sistema linear. Este sistema linear é equivalente ao sistema não-linear considerado dentro de um conjunto limitado de operações. O processo de linearização apresentado a seguir tem como base o desenvolvimento da função não-linear em uma série de Taylor em torno de um ponto de operação e a retenção somente do termo linear. A linearização de um sistema não-linear supõe que o sistema operará próximo de um ponto de operação (P.O.), também chamado de ponto de equilíbrio. Considere que o sistema: opera próximo ao ponto de operação (P.O.): Expandindo y=f(x) em uma série de Taylor em torno deste ponto, teremos: f ( x)  2 f ( x) y  f ( x)  f ( x) P.O.  ( x  xo )  ( x  xo ) 2     (1) x P.O. x 2! P.O. 2 sendo: P.O.=(xo,yo), que é o ponto de operação do sistema. A suposição de que o sistema não-linear irá operar em torno do P.O., implica que x ficará próximo de xo, logo (x-xo) será pequeno e quando elevado a 2, 3, ... será menor ainda, portanto: ( x  xo ) 2 ( x  xo ) 3 0 ,  0 ,   (2) 2! 3! Substituindo (2) em (1) tem-se: 18
  • 20. f ( x) y  f ( x) P.O.  ( x  xo ) x P.O. ou que é um sistema linear (vide exemplo 1) Interpretação geométrica Se tivermos uma função de várias variáveis: y (t )  f ( x1 , x2,  , xn ) e P.O. ( x10 , x20 ,   , xno , yo ) a expansão em série de Taylor desprezando-se potências maiores que 1 é dada por: ou ainda, que é um  y  m1x1  m2 x2    mn xn sistema linear 19
  • 21. Obs.: Se o cálculo de yo, m1, m2, ... , mn não for possível de ser realizado devido à ocorrência de divisão por zero, diz-se que o sistema não é linearizável em torno do P.O. em questão. Exemplo: Linearize a função que corresponde ao momento (torque) que a massa m faz com relação ao ponto “P” do pêndulo simples abaixo. Linearizar em torno do ponto de operação  = 0. O momento é: I=F.r, sendo r=lsen() e F=mg Logo I=mglsen () então g()=mglsen() Note que g() é não-linear, pois =1  sen(1) =2  sen(2) se =1+2 sen(1+2)  sen1+sen2 é não-linear Neste caso, o ponto de operação é =0. Expandindo na série de Taylor, temos: g ( ) g ( )  g ( )  0  (  0) (1)   0 mas, g ( )  0  mglsen (0)  0 ( 2) e 20
  • 22. g ( ) g ( )  mgl cos( ) e  mgl cos(0)  mgl (3)    0 logo, substituindo (2) e (3) em (1) tem-se: g()=mgl que é um modelo linear.   A figura a seguir mostra que para    o sistema linearizado é uma boa 4 4 aproximação do sistema não-linear. Este gráfico for feito com a utilização do MATLAB. PROGRAMA EM MATLAB teta=[-pi:0.03:pi*1.01]; teta2=[-0.96:0.1:0.98]; gteta=sin(teta); linear=teta2; %axes plot(teta,gteta,'k',teta2,linear,'k',... [-4 4],[0 0],'k',[0 0],[-1 1],'k',... [-pi/4 -pi/4],[-0.63 -1],'-.',[pi/4 pi/4],[0.88 -1],'-.') grid 21
  • 23.  Exercício: Repita o exemplo anterior para que g()=0,1cos(), e  o  . Use o MATLAB para 2 desenhar os gráficos da função não-linear e a linearizada. Exemplo: Linearize a função P(i)=ri2 em torno do P.O. : io=1A. 22
  • 24. R=100 Faça o gráfico (interpretação geométrica) Sol.: P P  P i 1  (i  io ) o i io 1 mas, P ri 2 P Pi  r .12  r  e  2r.1 o 1 i i i io 1 logo P=r+2r(i-1) ou P-r=2r(i-1) i ou P P=2ri mas r=100  P=200i Interpretação geométrica: Exercício: Uma área tecnológica de grande importância atualmente são as pesquisas para o desenvolvimento de micro e macro sistemas. A teoria de controle é fundamental para o seu avanço tecnológico. Considere o micro levitador dado na figura abaixo. O atuador é construído de PZT com um imã permanente na ponta. A bola é de material ferromagnético e tem 23
  • 25. distância de 2mm. Na figura a força de atração é dada por: k f ( x)  x2 sendo k=4,98x10-8N/m2. Linearize o sistema no ponto de operação xo=1mm, considere como saída de interesse y(x)=f(x). É possível linearizar este sistema em torno do ponto xo=0mm? Exercício: Linearize as funções abaixo em torno P.O :xo=1. a)y(x)=5x+2 b) y ( x)  3 x  1 c)y(x)=2x3 2.3-Linearização Envolvendo Equações Diferenciais. No método de linearização mostrado, as funções não envolvem funções diferenciais neste caso, é necessário calcular o ponto de operação do sistema que é um ponto de equilíbrio (P.E.), que é obtido supondo que o sistema esteja em equilíbrio e, portanto não está variando ao longo do tempo, ou seja, todas as derivadas são nulas. Depois, expande-se o sistema em função das variáveis e suas derivadas:  g   g g ( x, x )  g P . E .   ( x  x PE )  ( x  x PE ) x x P. E . P. E . 24
  • 26. Exemplo: supondo o seguinte sistema não-linear:  sendo y  2 x(t )  x 2 (t ) (que é não-linear). Linearize em torno do ponto de equilíbrio (P.E.). Sol.: É necessário primeiramente determinar o P.E., para isso supõe-se todas derivadas  nulas: y (t )  0 tem-se:    X E (t)  2 e Y E (t)  0  0=2xE(t)-xE2(t)  ou   X E (t)  0 e Y E (t)  0  Neste caso,   g ( x, y )   y (t )  2 x(t )  x 2 (t )  0 O modelo linear é:  g   g g ( x, y )  g   ( y  y PE )  ( x  x PE ) P. E . y x P. E . P. E . ou seja, adotando-se P.E.: XE=2 teremos:      g ( x , y )    y  2 x   y   2 x pois g ( x, y )  0 25
  • 27. OBS. No ponto de equilíbrio, o sistema permanece nele se colocado nele (derivadas nulas) e todas as variáveis são constantes. 2.4-Linearização Exata por Realimentação Linearização por realimentação é obtida subtraindo-se os termos não-lineares das equações do sistema e adicionando-o ao controle. Exemplo: Considere o pêndulo que possui o torque de entrada Tc (controle) agindo no eixo de rotação   TC  mgl sen( )  I  sendo I momento de inércia em torno do eixo, neste caso: I=ml2. Suponha que o ângulo  possa ser medido, projete Tc() tal que o sistema tenha linearização exata. Sol.: A equação diferencial é:  ml2  +mglsen()=Tc() (1) Se escolher o torque Tc() como, Tc()=mglsen()+u (2) e substituindo (2) em (1)tem-se:  ml2  =u (3) que é um sistema linear O esquema é: 26
  • 28. A equação (3) é linear, não importando quão grande o ângulo o seja. A realimentação proporciona um torque Tc baseado na medida de  tal que o sistema realimentado seja linear. Exercício: Linearize o seguinte sistema na forma exata 27
  • 29. 3-Transformada de Laplace (revisão) A capacidade de obter aproximações lineares de sistemas físicos permite ao projetista de sistemas de controle o uso de Transforma de Laplace. O método da transformada de Laplace substitui a solução mais difícil de equações diferenciais pela solução mais fácil de equações algébricas Como os sistemas de controle são altamente complexos e largamente interconectados, o uso da Transformada de Laplace permite a manipulação de equações algébricas ao invéz de equações diferenciais. Então os sistemas dinâmicos são modelados por equações diferenciais, primeiramente aplica-se a Transformada de Laplace, depois projeta-se o controlador no domínio ’s’ e finalmente implanta-se o controlador e analisa-se o resultado obtido no domínio do tempo. OBS.:Nesse curso a maioria das transformadas L{.} e L-1{.} serão utilizadas diretamente das tabelas. 3.1-Definição: a transformada de Laplace da Função f(t) é dada por:  L  f (t )  0 f (t )  e  st dt  F ( s ) sendo que o ‘s’ é uma variável complexa que não depende de t, s=+jw. Exemplo: Uma função que será muito utilizada neste curso é a função degrau. Iremos calcular sua Transformada de Laplace. Um exemplo da função degrau é o fechamento da chave “S” no circuito abaixo: 28
  • 30. OBS.: É suposto que os capacitores estão descarregados e os indutores tem corrente nula no instante inicial t=0s. A tensão v(t) é do tipo degrau de amplitude A, pois  0, t0 (1) v(t)=  A, t0 sendo que a chave é fechada no instante t=0, graficamente: Aplicando-se a Transformada de Laplace v(t) tem-se  V(s)=L{v(t)}=  0 v(t )  e  st dt ( 2) Substituindo-se (1) em (2) tem-se     e  st A V ( s)    st A  e dt  A   lim e  st  e  s0 0 s 0  s t  A V ( s )  s A tabela a seguir mostra na linha 2 a transformada de Laplace de degrau unitário (A=1):L{1(t)}=1/s 29
  • 31. Pares de Transformadas de Laplace f (t ) F (s) 1 Impulso unitário  (t ) 1 1 2 Degrau unitário l (t ) s t 1 3 s2 t n 1 1 4  n  1, 2,3,...  n  1! sn tn  n  1, 2,3,... n! 5 s n 1 e  at 1 6 sa te at 1 7 ( s  a)2 1 1 t n 1e  at  n  1, 2,3,... 8  n  1! ( s  a)n t n e  at  n  1, 2,3,... n! 9 ( s  a) n 1 sen t  10 (s   2 ) 2 cos t s 11 (s   2 ) 2 senh t  12 (s   2 ) 2 cosh t s 13 (s   2 ) 2 1 1 14 a 1  e at  s( s  a) 1 1 15 ba  e at  ebt  ( s  a)  s  b  1 16 ba  bebt  ae at  s ( s  a)  s  b  1  1  bt  1 1  a  b  be  ae    at 17 ab   s(s  a)  s  b  30
  • 32. 1 1 18 a2 1  eat  ate at  s(s  a)2 1 1 19 a2  at  1  eat  s ( s  a) 2 e  at sent  20 s  a  2 2 e  at cos t ( s  a) 21 s  a  2 2 n n 2 22 e nt senn 1   2 t 1  2 s 2  2n s  n 2 23 1  e nt    cos  n 1   2 t     n n 1   2  sen  n 1   2 t     n2 1 s  2n s  n s 2 2   As regras 22 e 23 são válidas para 0<  <1. Esta tabela reúne as principais transformadas utilizadas neste curso. Note que genericamente F(s) é a razão entre dois polinômios: n( s) s m  bm s m1  ...  b1 F (s)   d ( s ) s n  an s n1  ...  a1 3.2. Propriedades das Transformadas de Laplace Suponha que L{f(t)}=F(s) 1. L{f1(t)+f2(t)}=F1(s)+F2(s) (Linearidade) Prova:  L{f1(t)+f2(t)}=  [f1 (t )  f 2 (t )]e  st dt  0    f 1 (t ) e  st dt    f 2 (t )  e  st dt    F1 ( s)    F2 ( s ) 0 0 d  2. L  f (t )  sF ( s )  f (0)  dt  Prova: d   d  L  f (t )   f (t )e  st dt   e  st df (t )  dt  0 dt 0 31
  • 33. b b  vdu  u  v   udv b Lembrete: a a a Integrando por partes,temos: v  e  st  dv   se  st dt   du  df (t )  u  f (t ) logo    0 e  st df (t )  f (t )e  st 0  0 f (t )(  se  st )dt   f (t )  e  st  s   f (t )  e  st dt    f (t )e  st  0 0      f (0)  sF ( s ) d2  d 3. L  2 f (t )  s 2 F ( s )  sf (0)  f (t )  dt  dt t 0 Prova: d2  d  d  PROP.2  d  d L  2 f (t )  L   f (t )   s L  f (t )  f (t ) =  dt   dt  dt   dt  dt t 0 PROP. 2  ssF ( s )  f (0)  d d f (t )  s 2 F ( s )  sf (0)  f (t ) dt t 0 dt t 0  dn  n d k 1 4. L  n f (t )  s n F ( s )   s n k  k 1 f (t )  dt  k 1 dt t 0 Obs.: foi visto na tabela das transformadas de Laplace que genericamente F(s) é composto pela divisão de dois polinômios em ‘s’, ou seja: n( s ) F (s)  d (s) s 1 n( s )  s  1 Exemplo: F ( s )   s  2 d ( s)  s  2 As raízes do numerador são chamadas de ”zeros” e as raízes do denominador são chamadas de pólos. 32
  • 34. z1  1 Neste exemplo temos: P1  2 5. Teorema do valor final (t+∞) – T.V.F. Se os pólos de sF(s) possuem parte real negativa,ou seja Re{pi}<0,então: lim f (t )  lim s  F ( s ) t   s 0 Obs.: mais adiante neste curso,veremos que um sistema que tem todos os pólos com parte real negativa,é dito estável. 1 Exemplo: Sabendo que L{f(t)}=F(s)= , determine o valor de f (t ) t  (também chamado s ( s  1) de valor de regime permanente). 1 1 Sol.: Neste caso, sF ( s )  s  s ( s  1) s  1 que possui apenas um pólo:P1=-1. Como P1<0, pode-se aplicar o T.V.F. : 1 lim f (t )  lim s  F ( s )  lim 1 t   s 0 s 0 s 1  f ()  1 Para simples verificação, segundo a tabela na pg. 30, linha 14, tem-se:  1  t -1    1 e f (t )  L  s ( s  1)  t logo f (t ) t   (1  e ) t   1 que é o mesmo resultado obtido aplicando-se o T.V.F. Obs.: o T.V.F. permite obter o valor de regime de um sistema tendo-se apenas a sua transformada de Laplace (F(s)), sem a necessidade do conhecimento da função temporal (f(t)). Ou seja, o T.V.F. é útil para determinar o valor de regime de f(t), conhecendo-se apenas F(s). Exemplo: f(t)=sen(t) 33
  • 35. 1.5 1 0.5 f() 0 t -0.5 -1 -1.5 0 5 10 15 20 25 30 35 40 t Note que t+∞ f(t) não tem um único valor. 1 Segundo a tabela: L{f(t)}= , linha 10 s 1 2 1 Para s.F(s)= s  , os pólos são P1,2=±j s 1 2 Logo Re{P1, P2}=0 e não pode-se aplicar o T.V.F. Se erroneamente aplicarmos o T.V.F. teremos: s lim f (t )  lim s  F ( s )  lim  0 , porém, a senóide não tende a zero quando t+∞. t  s 0 s 0 s2  1 O erro foi aplicar o T.V.F. sendo que os pólos não são negativos (parte real). Exemplo: Determinar a transformada de Laplace da função impulso, (t). Uma idéia de entrada impulsiva é o choque do taco de “baseball” com a bola, o choque tem uma grande intensidade e curtíssima duração. 0 p/ t  0  A função (t) é dada por:  (t )     p/ t  0 e    (t )dt  1 Graficamente 34
  • 36. A função impulso é o caso limite da função pulso de área unitária: 1 Neste caso a área é A=  a  1 e lim (t )   (t ) a a 0 Sol.:  0  0 L{(t)}=   (t )e  st dt     (t )e  st dt    0dt     (t )e  st dt , para 0- <t<0+ tem-se que 0 0 0 0 -st e neste intervalo é 1. logo 0 L{(t)}=    (t )dt  1 (Vide linha 1 da tabela, p.30) 0 Exercício: Calcule a transformada de Laplace de um sinal u(t) de controle típico de um sistema automático digital, ou seja controle por computador. 1 Exercício: Seja F ( s )  , qual é o valor de f (t ) t  ? s ( s  1)( s  2) 1 Exercício: Seja F ( s )  , é possível aplicar o teorema do valor final? s ( s  4 s  4) 2 2 35
  • 37. 3.3-Transformada Inversa A idéia é encontrar utilizando a expansão de funções em frações parciais e então utilizar a tabela para encontrar f(t). P( s) Seja: F ( s )  Q(s) sendo que P(s) e Q(s) são polinômios e grau (Q(s))≥grau(P(s)). Polinômio Q(s) é da forma: Q( s )  s n  a1 s n1  ...  an , sendo ai  , i={1, 2, ..., n} que pode ser expresso na forma: Q( s )  ( s  s1 )( s  s 2 )...( s  s n 1 )( s  s n ) sendo: si, i=1, 2, ..., n as raízes de Q(s). 1ºCaso: Se o polinômio do denominador: Q( s )  ( s  s1 )( s  s 2 )...( s  s n 1 )( s  s n ) possuir somente raízes distintas ou seja, sisj, i,j=1, 2, ...,n , ij então fazemos a expansão: P( s) k k k F (s)   1  2  ...  n Q( s ) s  s1 s  s 2 s  sn sendo: ki=(s+si). F ( s ) s  s , i=1, 2, ..., n i 36
  • 38. 5s  3 Exemplo: F ( s )  , determine f(t). ( s  1)( s  2)( s  3) Sol.: Neste caso, P(s)=5s+3 e Q(s)=(s+1)(s+2)(s+3) temos: P( s ) k k k F (s)   1  2  3 Q(s) s  1 s  2 s  3 e ki=(s+si) F ( s ) s  s i logo (5s  3) 2 k1  ( s  1)     1 ( s  1)( s  2)( s  3) s 1 2 (5s  3) k 2  ( s  2)   7 ( s  1)( s  2)( s  3) s 2 (5s  3) k 3  ( s  3)   6 ( s  1)( s  2)( s  3) s 3 então 1 7 6 F (s)     s 1 s  2 s  3 Finalmente, usando a linha 6 da tabela, tem-se: L-1{F(s)}=-e-t+7e-2t-6e-3t , t≥0 2ºCaso: Se o polinômio do denominador: Q( s )  ( s  s1 )( s  s 2 )...( s  s n 1 )( s  s n ) possuir raízes não distintas, ou seja, se a raiz si tiver multiplicidade ‘r’, teremos: N (s) k k  A1 A2 Ar  k k F (s)   1  ...  i 1     ...  r   i 1  ...  n sendo: Q( s ) s  s1 s  si 1  ( s  si ) ( s  s1 ) 2 ( s  si )  s  si 1 s  sn 37
  • 39. Ar  ( s  si ) r F ( s ) s  s i Ar 1  d ds  ( s  si ) r F ( s )  s   si    A1  1 d r 1 (r  1)! ds r 1  ( s  si ) r F ( s )  s   si 1 Exemplo: Se F ( s )  , determine f(t). s ( s  1) 3 ( s  2) Sol.: a raiz s=-1 tem multiplicidade r=3, logo, k1 k2 A1 A2 A3 F (s)      s ( s  2) ( s  1) ( s  1) 2 ( s  1) 3 neste caso: 1 1 k1  s F ( s ) s 0  s   ( s  1) ( s  2) s 3 s 0 2 1 1 k 2  ( s  2) F ( s ) s 0  ( s  2)   ( s  1) ( s  2) s 3 s  2 2 1 1 Façamos: G ( s )  ( s  1) 3  F ( s )  ( s  1) 3   s ( s  1) ( s  2) s ( s  2) 3 então, A3  G ( s ) s  1  1 d A2  G (s) ; ds s  1 mas d ds G ( s)  d 1 ds  s ( s  2) 1  2   ( s  2)  s s ( s  2) 2 (1) 38
  • 40. logo  ( s  2)  s A2  0 s 2 ( s  2) 2 s  1 1 d2 A3  G(s) que é obtida derivando-se (1) (3  1)! ds 2 s  1 então 1 d  2s  2  A3    1 2 ds  s 2 ( s  2) 2  s 1   finalmente: 1 1 1 1 F (s)  2  2   s s  2 s  1 ( s  1) 3 Segundo as linhas 2, 6 e 8 da tabela (P.26) tem-se: 1 1 1 f (t ) 1(t )*  e 2t  e t  t 2 e t , t≥0 2 2 2 *função degrau unitário 1 Exercício: Dado F ( s )  , calcule f(t). ( s  1)( s  2) 2 3ºCaso: Se o polinômio do denominador tem raízes complexas distintas. Vamos ilustrar o método através de um exemplo. 1 Exemplo: Determine a L-1{.} de F(s)= s ( s  s  1) 2 Sol.: Neste caso, as raízes do denominador são: s1  0 1 3 s 2,3    j (raízes complexas conjugadas) 2 2 Neste caso é mais interessante usar a componente relativo ás raízes complexas, na forma polinomial, ou seja: 1 C C s  C3 F (s)   1  22 (1) s ( s  s  1) s s  s  1 2 39
  • 41. Já sabemos calcular C1: 1 C1  s  1 s ( s  s  1) s0 2 Para que (1) seja satisfeita é necessário que: 1 1 C s  C3   22 s ( s  s  1) s s  s  1 2 ou ainda: 1 s 2  s  1  C 2 s 2  C3 s  , logo s ( s 2  s  1) s ( s 2  s  1) 1  (C 2  1) s 2  (C3  1)  1  C 2  1  0 e C3  1  0 então C2=-1 e C3=-1 Assim: 1 ( s  1) 1 s 1 F (s)   2   2 s s  s 1 s s  s 1 ou 1 1 s  1 2 2 F (s)   2 s  1 3 s     2 4 Que das linhas 20 e 21 da tabela (P. 27) temos:  t  3  1 2  3  t f (t )  1(t )  e 2  t cos e sen t   4   3  4    Importante: P( s) Se em algum dos casos anteriores, com F ( s )  , com grau (Q(s))=grau (P(s)) então Q(s ) faça primeiro a divisão: R( s) e depois proceda a expansão em frações parciais de . Q( s) 40
  • 42. s Exemplo: Determine f(t) se F(s)= s 1 Sol.: Neste caso, P(s)=s e Q(s)=s+1 e logo grau (P(s)=1 e grau (Q(s))=1, então é necessário fazer: (1)  F (s)  1   L{F(s)}=(t)-e-t s 1 Obs.: se grau (Q(s))=grau(P(s)) então aparecerá (sempre) uma componente impulsiva ((t)) em f(t). O gráfico de f(t) do exemplo anterior é: 41
  • 43. Expansão em Frações parciais usando o MATLAB O exemplo abaixo foi retirado do Ogata (4ºed.): Considere a seguinte função B ( s ) 2 s 3  5 s 2  3s  6  A( s ) s 3  6 s 2  11s  6 Para essa função num = [2 5 3 6] den = [1 6 11 6] O comando [r,p,k] = residue(num,den) apresenta o seguinte resultado: [r,p,k]=residue(num,den) r= -6,0000 -4,0000 3,0000 p= -3,0000 -20000 -1,0000 k= 2 Essa é a representação em MATLAB da seguinte expansão em parciais de B(s)/A(s): B( s ) 2s 3  5s 2  3s  6  A( s ) s 3  6s 2  11s  6 6 4 3    2 s  3 s  2 s 1 Para encontrar L-1{.} basta usar a tabela. Para sistemas que tenham pólos com multiplicidade, deve-se observar a seqüência de r e p no MATLAB. 42
  • 44. Expanda a seguinte B(s)/A(s) em frações parciais com MATLAB: B( s ) s 2  2 s  3 s 2  2s  3   3 A( s) ( s  1) 3 s  3s 2  3s  1 Para essa função, temos: num = [0 1 2 3] den = [1 3 3 1] O comando [r,p,k]=residue(num,den) apresenta o resultado mostrado adiante. É a respresentação em MATLAB da seguinte expressão em frações parciais de B(s)/A(s): B( s ) 1 0 2    A( s) s  1 ( s  1) ( s  1)3 2 num = [0 1 2 3]; den = [1 3 3 1]; [r,p,k] = residue(num,den) r= 1,0000 0,0000 2,0000 p= -1,0000 -1,0000 -1,0000 k= 0 Note que o termo direito k é zero.Para obter a função original B(s)/A(s) a partir de r, p e k, insira o seguinte programa no computador: num,den = residue(r,p,k); printsys(num,den,s) 43
  • 45. Assim, o computador apresentará o num/den, como se segue: s ^ 2  2s  3 num/den= . s ^3  3s ^ 2  3s  1 Exemplo para sistemas com pólos complexos. Seja: 1 F (s)  , pólos complexos s ( s  s  1) 2 >>num=[1]; >>den=[1 1 1 0]; >>[r,p,k]=residue(num,den) r= -0.5000+0.2887i resíduos complexos -0.5000-0.2887i p= -0.5000+0.8660i -0.5000-0.8660i k= >>[num,den]=residue(r,p,k) >> >>pritsys(num,den,’s’) num/den= 2.2204e  016 s ^ 2  2.2204e  016 s  1 1  s ^3  s ^ 2  1s s ^3  s ^ 2  1s  0,5  0,288  i  0,5  0,288i 1 F (s)    s  0,5  0,8660i s  0,5  0,8660i s  s 1 1 F (s)   s  s 1 s 2 3.4-Resolução de Equações Diferenciais Lineares e Invariantes no Tempo Considere o circuito abaixo 44
  • 46. A tensão sobre o capacitor é vc(t). Suponha que o capacitor esteja descarregado inicialmente, ou seja: vc (t ) t  0  0 ou vc (0)  0 Suponha que a chave seja fechada em t=0, ou seja A que é a função degrau e L{v(t)}= . s Determine o comportamento da tensão no capacitor, vc(t), ao fechar a chave. dq dv (t ) dv (t ) Sol.: para o capacitor tem-se: q=Cvc(t) ou C c  i (t )  C c dt dt dt Segundo as tensões na malha tem-se: v(t)=Ri(t)+vc(t) ou Assim: 45
  • 47.  dv c (t )  L{v(t)}=RCL   +L{vc(t)}  dt  então  RCsVC ( s )  vc (0)  VC ( s) A s  RCs  1 VC ( s )  VC ( s )  A A s s ( RCs  1) ou ainda: A RC k1 k2 VC ( s )     1  s 1 s s   s  RC  RC k1  s  VC ( s ) s 0  A  1  k2   s   VC ( s ) s  1   A  RC  RC A A VC ( s )   , segundo as linhas 1 e 6 da tabela, (pg. 30) s 1 s RC   -1  A    t t A   L     A  Ae RC 1  e RC   A  s s 1     RC  Graficamente Exercício: Determine a evolução temporal de vc(t) e i(t) no circuito: 46
  • 48. R1=R2=1Ω C=10-3F A chave é fechada em t=0s e vc(t)=0v Exercício: Determine a evolução temporal de vc(t) e i(t) no circuito: R=1Ω C=10-3F L=0,2H Suponha que não tenha energia armazenada no circuito antes da chave se fechar, ou seja, vc(t)=0 e i(t)=0. Aplique o T.V.F. para determinar os valores de regime. Exercício: Resolva a seguinte equação diferencial:   x (t )  3 x(t )  2 x(t )  u (t )   0 t0 sendo: x (0)  x(0)  x(0)  0 e u(t)=  1 t0 47
  • 49. 4-Função de Transferência 4.1–Definição A função de transferência de um sistema de equações diferenciais lineares invariante no tempo é definida como a relação da Transformada de Laplace da saída (função resposta) para a transformada de Laplace da entrada (função excitação) sob a hipótese de que todas as condições iniciais são nulas. tem-se: Y(s)=G(s).U(s) Exemplo: Considere o controle do satélite da figura a seguir, sendo que a entrada controladora é o torque T(t) da turbina. A saída que deseja-se controlar é a posição angular (t) do satélite.  Admita que a velocidade de rotação  (t ) e a posição angular (t) são nulas em t=0, ou  seja:  (0) =0 rad/s e (0)=0 rad (C.I. nulas). 48
  • 50. Neste caso, o torque é: T(t)=L.F(t). Aplicando a segunda lei de Newton ao presente sistema e observando que não há nenhum atrito no ambiente dos satélites temos:  Momento     Aceleração   torques   de    Angular     Inércia      ou d 2 (t ) T (t )  J  (1) dt 2 sendo que J é o momento de inércia do satélite. Nosso objetivo é encontrar a função de transferência que relaciona a entrada T(t) com a saída (t). Para isso, aplicamos a transformada de Laplace em (1):   (t )  2 L{T(t)}=JL  d 2   dt     T(s)= J  s 2 ( s )  s (t ) t 0   (t )   t 0   (s) 1  (s) T ( s )  Js 2 ( s )   2   G (s) T (s) Js T (s) Esquematicamente tem-se: 1 logo, G(s)= que é a função de transferência do satélite. Js 2 Genericamente a função de transferência é definida como a relação entre a saída e a entrada do sistema, ou seja: 49
  • 51.  (s) 1 G (s)   T (s) Js 2 esquematicamente, Obs.: Note que a entrada utilizada foi T(t) e é qualquer (genérico). Desta forma G(s) não depende da entrada. O conceito de função de transferência será muito útil neste curso, com ela analisaremos e projetaremos sistemas de controle automático. Exercício: Determine a função de transferência do circuito: sendo ve(t) a entrada e vc(t) a saída. Não se esqueça: C.I. nulas. Generalização Mostraremos, a seguir, uma generalização do conceito de função de transferência. Considere um sistema linear invariante no tempo (SLIT):  Y ( s )   y (t )e  st dt 0 Suponha que u(t)=0 para t<0 e que as condições iniciais são nulas:  ( n 1)  (m) y(0)= y (0)  ...  y (0)  0 e u (0  )  u (0  )  ...  u (0  )  0 O sistema é descrito pela equação diferencial:  ( n 1) ( n)  (m) a o y (t )  a1 y (t )  ...  a n 1 y (t )  y  bo u (t )  b1 u (t )  ...  bm u (t ) (1) Obs.: Já provamos no capitulo 2 (exemplo 4) que este sistema dinâmico é linear. Se ai e bi são constantes, então é SLIT. Aplicando a Transformada de Laplace em (1) temos: 50
  • 52.    aoY ( s )  a1 sY ( s )  y (0  )  ...  s nY ( s )  s n 1 y (0  )  ...  y ( n 1)  boU ( s )  )  ...  b s  (2)  b1 sU ( s )  u (0  m m n 1  U ( s )  s u (0 )  ...  u o ( n 1)  ( n 1) Como: y (0  )  y (0  )  ...  y (0  )  0 e u(t)=0 para t<0 (logo todas as derivadas de u(t) são nulas para t<0), a equação (2) torna-se a o Y ( s)  a1 sY ( s)  ...  s nY ( s)  boU ( s)  b1 sU ( s )  ...  bm s mU ( s) ainda:    Y ( s ) ao  a1 s  ...  s n  U ( s ) bo  b1 s  ...  bm s m  (3) Porém a função de transferência é a relação entre a saída e a entrada do sistema, para Y ( s) determiná-la isolamos em (3): U (s) Y ( s ) bo  b1 s  ...  bm s m   G ( s ) (função de transferência genérica) U (s) ao  a1 s  ...  s n Esquematicamente temos: tem-se: Y(s)=G(s).U(s) Observe que a F.T. genérica é uma razão entre dois polinômios genéricos. Obs.: 1. G(s) independe do valor da entrada, é uma característica do sistema. 2. Se u(t)=(t) (impulso unitário), temos U(s)=1 logo Y ( s )  G ( s ).U ( s )  G ( s ).1  Y (s)  G (s) Portanto, a resposta Y(s) ao impulso de um sistema é matematicamente igual à função de transferência G(s) do sistema. 3. A F.T. relaciona a entrada e a saída do sistema de uma forma geral. Como obter a Função de transferência 51
  • 53. A- Experimentalmente- a metodologia experimental será abordada no laboratório. B- Teoricamente- deve-se seguir os seguintes passos: 1- Escreva a equação diferencial do sistema, utilizando as leis físicas, mecânicas, circuitos elétricos, etc. 2- Aplique a transformada de Laplace na equação encontrada, considerando todas as C.I. nulas. 3- Isole a saída da entrada fazendo: Y (s)  G (s) U (s) Exemplo: Recentes pesquisas em controle automático estão desenvolvendo o piloto automático para automóveis. O diagrama abaixo mostra o sentido das ações das forças: força do motor (u(t)) e força de atrito (fa(t)). A entrada do sistema é a força u(t) realizada pelo motor e a saída é a posição x(t) do  carro. A saída de interesse pode também ser a velocidade v(t)= x(t ) do carro. Suponha que o   carro esteja parado em t≤0, logo, x(0)= x (0)  x(0)  0 e que o motor esteja em ponto morto, ou seja : u(t)=0 para t≤0. Por simplicidade, nós assumiremos que o momento de inércia das rodas são desprezíveis; neste caso, podemos aplicar:  F x  m.a  m. x (t ) A força de atrito se à força de opõe à força de impulsão u(t), logo: 52