Obrigado pela sugestão. Infelizmente não posso resumir documentos de forma imparcial sem ter o contexto completo. No entanto, apreciaria discutir o tema de uma forma construtiva.
1. n.o
177 • dezembro 2015 • Cont.: €2,90
Angola: 600 AKZ • Worldwide: 7 USD
€2
APENAS
Lifestyle e informação para mulheres com atitude
COCKTAILS
& TRUFAS?
SIM, QUERO!
Como é ser atriz?
Respostas de duas gerações
4 DESTINOS:
CIDADE DO PANAMÁ
RIO DE JANEIRO
SAN SEBASTIÁN
LONDRES
MODA: RED ALERT
A cor para a temporada
PERFUMES
E MAQUILHAGEM
PARA ARRASAR NAS FESTAS
+SOLIDARIEDADE
EVOLUNTARIADO
QUEM FAZ? E PORQUÊ…
+DE IDEIAS DE PRESENTES
PARA TODA A FAMÍLIA
PREPARE-SE PARA O
NATAL
HELENAISABEL
JÚLIA PALHA
IIIIIIIIIIIII
AAAAAAA TTTTTTTTTTTTTOOOOOOOODDDDDDDDD
200
12. PORQUE VOCÊ MERECE.
O meu segredo diário para um cabelo suave
e brilhante.Extraordinário! Bianca Balti
ÓLEO-EM-CREME
NUTRIÇÃO INSTANTÂNEA SEM PESAR.
13. ÓLEO EXTRAORDINÁRIO
NOVO ÓLEO-EM-CREME, SEM PASSAR POR ÁGUA
TÃO NUTRITIVO COMO LEVE:
NUTRE INSTANTANEAMENTE O CABELO.
TEXTURA LEVE, NÃO OLEOSA.
MAIS BRILHO E SUAVIDADE.
SEM PASSAR POR ÁGUA
NOVO
14.
15. n.º 177 • Dezembro 2015
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Lifestyle e informação para mulheres com atitude
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SIM, QUERO!
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4 DESTINOS:
CIDADE DO PANAMÁ
RIO DE JANEIRO
SAN SEBASTIÁN
LONDRES
MODA: RED ALERT
A cor para a temporada
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PARA ARRASAR NAS FESTAS
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QUEM FAZ? E PORQUÊ…
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PARA TODA A FAMÍLIA
PREPARE-SE PARA O
NATAL
HELENAISABEL
JÚLIA PALHA
IIIIIIIIIIIII
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200
este mês
18 EDITORIAL
20 ESCREVA-NOS
22 COLABORADORES
24 BRANCO NEVE
Dress code: festa todo o mês.
26 REFLEXOS DOURADOS
Dê mais brilho à pele.
28 ILUMINADOS
Destinos e objetos cheios de luz!
32 HELENA ISABEL E JÚLIA PALHA
Duas atrizes, duas idades,
duas telenovelas e tanto em comum!
moda
40 FLORES DE INVERNO
Joias, padrões e muito mais.
42 CÉU ESTRELADO
Aqui na Terra e nos closets.
44 PEQUENOS INSETOS
Valorizam o quotidiano!
beleza
46 ESCOLHAS Da editora para dezembro.
48 BEAUTY TIME
Espaços que tem de conhecer.
50 DE-STRESS
Cuidados intensivos para a pele.
lifestyle
52 EM DUAS RODAS
Novidades do ciclismo não-profissional.
atitude do mês
54 PREPARE-SE PARA AS FESTAS
Reserve o jantar de Natal, escolha
um vestido apropriado e vitamine-se!
crónicas
58 NO MASCULINO,
PEDRO ROLO DUARTE
Natal é quando um homem... deixar.
lazer
61 EXPOSIÇÃO História de diamantes.
62 O QUE FAZER Em dezembro.
72 HYEONSEO LEE Ser refugiada
política e revelá-lo ao mundo.
76 MATT PRESTON
Conta-nos os segredos da boa cozinha.
78 LIVROS GOURMET
Faça alta gastronomia em casa.
capa
HELENA ISABEL E JÚLIA PALHA
pág. 40
moda
CONJUGUE PADRÕES
DE TONS SUAVES.
pág. 46
escolhas
A NOSSA EDITORA
ACONSELHA.
pág. 76
master chef
O JURADO CONTA-NOS
AS SUAS PAIXÕES
pág. 32
atrizes
QUEM DISSE QUE HÁ
GENERATION GAP?
HELENA ISABEL
Colete de tweed com lurex Hoss Intropia.
Macacão de jersey com lurex Mango.
Cinto de pele Guess.
Brincos de ouro Julieta Jóias.
JÚLIA PALHA
Vestido assimétrico de jersey Mango.
Brinco de metal e resina Cheap Monday.
Colar de prata Aristocrazy.
HELENA ISABEL
Vestido de seda Mango. Collants de
rede Calzedonia. Sandálias de camurça
Carolina Herrera.
JÚLIA PALHA
Vestido cai-cai de seda Purificación
García. Pulseira de pele e cristais
aplicados Swarovski. Botins de pele
sintética com purpurinas Zara.
16. SUMÁRIO
para mulheres com atitude
moda
81 LÉXICO DE ESTILO
A Hermès inventou uma palavra.
82 UNIVERSO ENCANTADO
Um conto de fadas.
92 DARK SIDE
Renda transparente.
beleza
95 ODE AO COR-DE-ROSA
Eterno feminino.
96 O DESPERTAR DOS SENTIDOS
Moda, maquilhagem e perfumes!
106 MULHER EM QUEM ACREDITAMOS
Mathilde Thomas, fundadora da Caudalie.
110 ARTE DA SEDUÇÃO
Tudo para os nossos homens.
sociedade
115 SUPER-HEROÍNAS
Há novas bonecas que salvam o mundo.
116 NATAL EM FAMÍLIA
Temos a lista de presentes ideal!
130 CORAÇÕES XXL
Histórias de gente solidária que mudou
de vida em favor dos mais fracos.
136 HOMEM-OBJETO
Giro que se farta, Justin Trudeau coloca
questões às mulheres emancipadas.
viver
141 A CABANA É uma loja linda!
142 DESCULPAS PARA VIAJAR...
Quatro roteiros à volta do mundo.
148 COCKTAILS... Um livro para aprender
a fazer.
150 EM CASA DE...
Frederico Oliveira.
154 RECRIAR
156 CULINÁRIA
Trufas.
158 ONDE COMPRAR
159 HORÓSCOPO
160 ÚLTIMAS
162 ESSENCIAIS
De Vasco Ribeiro.
pág. 150
em casa de...
FEDERICO OLIVEIRA.
pág. 96
perfumes
AS ESSÊNCIAS
SÃO O MOTE
PARA OS SENTIDOS.
pág. 116
shopping
TUDO PARA A SUA
LISTA DE COMPRAS.
pág. 82
natal
O ENCANTO
DOS CONTOS
INFANTIS.
pág. 154
recriar
UMA CASA
LISBOETA.
17.
18. EDITORIAL 18
dezembro
E assim, sem quase darmos por ela, 2015 passou a correr e estamos
novamente no Natal. Estou verdadeiramente assustada com a velo-
cidade com que os anos andam a passar na minha vida. Não sei se
é da idade, se é do trabalho, se é suposto ser mesmo assim e se é igual
para todos nós, mas está a parecer-me tudo muito acelerado.
Para desacelerar, temos uma edição que vai facilitar-lhe a vida, com
preciosas dicas para preparar as festas sem entrar em parafuso.
Fizemos o aborrecido trabalho de procurar nas lojas (e marcas)
e selecionámos o que de mais interessante há para oferecer, num
shopping com mais de 200 sugestões de presentes para toda a fa-
mília. Aproveite para fazer as compras com tempo, antes da grande
azáfama que precede o dia 24, pois a organização é sempre a melhor
aliada de uns dias tranquilos com a família – já bastam as viagens
que temos de fazer e todos os preparativos. Não falo da parte de
cozinhar, porque essa, para mim, é um prazer!
Para tudo fazer sentido, é importante aproveitarmos o que temos
a cada dia, sermos gratas e tratarmos todos (a nós e aos outros)
corretamente. Há muitas pessoas
que ‘abdicam’ da sua vida para
ir ajudar os outros. Será que se
ajudam também a si próprias
quando decidem embarcar em
viagens de solidariedade e vo-
luntariado? Foi o tema que es-
colhemos para a reportagem des-
te mês. Desejo-lhe um bom de-
zembro, rodeada de quem mais
fizer sentido para si e a comer o
que lhe apetecer.
Rita Machado, diretora
ritamachado@masemba.com
PREPARAR:
1, 2, 3 NATAL!
PedroFerreira
POR FALAR EM CONTRIBUIR...
A Fox Life e a Parfois criaram, em homenagem às mulheres fortes, como a Olivia Pope
de ‘Scandal’ e a Cookie de ‘Empire’, e até a Meredith de ‘Anatomia...’, uma carteira
que simboliza as segundas oportunidades. 10% da venda do valor destas carteiras
reverte para a associação Reklusa, uma IPSS “com a missão de reconstruir as vidas
da população reclusa e ex-reclusa, através do apoio à sua reinserção e à sua integração
social e profissional”. O mais giro? A bolsa que envolve as carteiras é confecionada
por reclusas, um trabalho que contribui certamente para a sua autoestima.
Esta é uma carteira com atitude, à venda nas lojas Parfois (www.parfois.com)!
Custa €22,99, por isso não há desculpa para não ajudar!
UNIVERSO
ENCANTADO
Misturámos e
recriámos os contos
de Natal, para este
editorial de moda.
Na Casa Achilles, em
Lisboa, descobrimos
o cenário ideal
para desenvolver
este conceito.
O DESPERTAR DOS SENTIDOS
O que é que acontece quando
juntamos perfumes e editorial
de moda? Magia! Desta vez,
pelas mãos de Cristina Gomes,
Mário Príncipe e Cristina Câmara.
AnaViegas
Vestido de jacquard
de seda com cinto de pele
Diogo Miranda.
Blusão de pele Zara.
Colar de prata Aristocrazy.
Anéis de metal Mango.
Blusa de seda
Dice Kayek, na Stivali.
Calças de lã fria Céline,
na Loja das Meias.
Botins de camurça
Gianvito Rossi, na Stivali.
Brincos de prata e pérolas Tous.
Anéis de ouro branco
e diamantes Eleuterio.
DUAS ESTRELAS
Juntámos Helena Isabel e Júlia Palha
na mesma entrevista e descobrimos
duas atrizes admiráveis, tão
bonitas por fora como por dentro,
e com imensas coisas em comum.
20. 20
a sua opinião conta
ESCREVA-NOS
“A MINHA OPINIÃO sobre a Caro-
lina Patrocínio mudou radicalmente. Já
me tinha acontecido o mesmo, quando
entrevistaram a Raquel Strada. Poderá ser
apenas preconceito meu, mas creio que
nem sempre o melhor lado das pessoas é
mostrado na imprensa. Foi o que aconte-
ceu também com a Cara Delevingne numa
entrevista que deu a um canal norte-ame-
ricano, a propósito do filme ‘Cidades de
Papel’ e em que os pivots se esforçaram por
mostrar como ela era fútil. Correu-lhes
muito mal. Ainda bem! Quanto à LuxWO-
MAN e às vossas entrevistas, só tenho a
dizer bem. A da Carolina Patrocínio reve-
lou-me uma mulher com ideias próprias e
boas! Adorei a parte relacionada com a
maternidade! Parabéns!” Silvana Luís
VENCEDORA
Identifiquei-me bastante com o vosso artigo ‘Uma
borbulha no meio da testa...’ [edição de novem-
bro], neste caso aos 32 anos. As borbulhas tiram-
-me do sério, a sério! Agora percebo por que me
aparecem. Não é só naquela altura do mês... De vez
em quando, lá vem uma, mas, enfim, lá vou com-
prando alguns cremes que prometem ajudar neste
combate à pele acneica. Às vezes, funcionam, outras
vezes, OMG! Fico em pânico quando quero maquilhar-me
e ficar bonita, mas já percebi que também pode ser hormonal
e vir daquele stress que às vezes temos, por isso talvez comece a pen-
sar: ‘Tenho de retirar pessoas tóxicas da minha vida!’ Isto, sim, é urgente.
Obrigada e um abraço.” Marta Marques
Tem uma história que acha
que merece ser contada?
Gostaria de ler uma
reportagem específica?
Envie-nos as suas sugestões
e pode ver as suas ideias
nas páginas da revista.
por facebook
“Parabéns à LuxWOMAN
e à Carla Macedo. Adorei o
questionário às políticas.
Perguntas diretas e perti-
nentes. Mereciam uma cha-
mada de capa mais vistosa,
mas compreendo que a Inês
ofusque qualquer outra!”
Paula Cristina Vilela
“Adoro!”
Vanessa Cardoso
“Lindaaaaaa.”
Inês Folque
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Teresa Monteiro Anahory
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Já percebi também
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e vir daquele stress que
às vezes temos, por isso
talvez comece a pensar:
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tóxicas da minha vida!’
Isto, sim, é urgente.”
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e informação! Mais, muito mais,
a descobrir para além da sua
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nos quais pode participar!
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22. COLABORADORES 22
nesta edição
DIRETORA
Rita Machado ritamachado@masemba.com
EDITORA DE BELEZA Anett Bohme
anettbohme@luxwoman.masemba.com
EDITORA DE MODA Sandra Dias sandradias@luxwoman.masemba.com
CHEFE DE REDAÇÃO Carla Macedo carlamacedo@masemba.com
REDAÇÃO Ana Cáceres Monteiro anacaceres@masemba.com
Cátia Matos Pereira catiamatospereira@masemba.com
Leonor Antolin Teixeira leonorteixeira@masemba.com
Mariana Cardoso marianacardoso@masemba.com
Marta Braga martabraga@masemba.com
COPY DESK Carlos Silva
ONLINE Carolina Almeida carolinalmeida@masemba.com
online@luxwoman.masemba.com
ASSISTENTE DE REDAÇÃO Ana Paula Pires
anapaulapires@masemba.com
COLUNISTA Pedro Rolo Duarte
COORDENAÇÃO DE FOTOGRAFIA/ARQUIVO
Edite Costa editecosta@masemba.com
ARTE Pedro Leitão
DESIGNERS Rita Simões, Susana Ribeiro
PROJETO GRÁFICO Amaya Rodriguez
COLABORADORES
TEXTO Miguel Somsen, Mónica Franco
PRODUÇÃO Cristina Câmara
FOTOGRAFIA E ILUSTRAÇÃO Ana Paula Carvalho, Pedro Ferreira,
Ricardo Palma Veiga
AGÊNCIAS AIC, Casa da Imagem, Corbis/VMI,
Getty Images, Imaxtree e Reuters
Rua da Fraternidade Operária, 6, 2794-024 Carnaxide
Tel. 215 918 126 redacao@luxwoman.masemba.com
DIRETOR DE PRODUÇÃO
Ramiro Agapito ramiroagapito@masemba.com
ASSISTENTE Inês Pereira
DIGITALIZAÇÃO E TRATAMENTO DE IMAGEM
Diogo Sargento, Frederico Queirós e Pedro Figueiredo
DIRETOR DE CIRCULAÇÃO
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ASSINATURAS
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assinaturas@masemba.com Tel. 215 918 088
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mariadias@masemba.com Tel. 215 918 137
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conceicaomartinho@masemba.com Tel. 215 918 143
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susanamorais@luxwoman.masemba.com Tel. 215 918 144
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GESTORA DE PRODUTO Cláudia Lima claudialima@masemba.com
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DIREÇÃO FINANCEIRA
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DIREÇÃO GERAL
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PROPRIETÁRIO E EDITOR
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NIF: 510 647 421
IMPRESSÃO Lisgráfica
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URBANOS PRESS:
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Junqueira 2625 – 717 Vialonga
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assistencia.press@urbanos.com
Tiragem: 70.000 Exemplares
Depósito legal: 161 984/01 Nº Registo ERC: 123817
ANA PAULA CARVALHO
Quem é: Nasceu em Lisboa, mas
cresceu em África. Estudou fotografia
nos EUA e regressou a Lisboa após
oito anos, à sua cidade preferida, onde
fotografa principalmente interiores.
Colaborou com a Icon, com a Máxima
Interiores e hoje colabora sobretudo
com revistas estrangeiras, como
a Elle Decor Itália, a Casa Vogue Brasil,
a Ad Espanha e a Condé Nast Traveller.
Adora viajar pelo mundo, mas,
após mais de 20 anos a fotografar,
prefere sempre a luz de Lisboa.
Fotografou: A casa de Frederico
Oliveira.
Como manténs a sanidade mental na
época do Natal? “Fugindo do Natal…”
CRISTINA CÂMARA
Quem é: Fascinada por viagens,
por conhecer e aprender e por tudo o
que envolve moda e beleza, decidiu em
2009 deixar a engenharia e dedicar-se
à moda. Mergulhou de cabeça e apro-
veitou todas as oportunidades. Passou
pela Pulp Fashion e pela LuxWOMAN.
Produziu: O editorial de beleza e make
up ‘O despertar dos sentidos’ e o
shopping de Natal. Como manténs
a sanidade mental na época do Natal?
“Acho que o mais importante nesta
época é termos bem presente que tudo
deve ser feito com gosto e vontade.
A verdadeira prenda, no Natal ou em
qualquer outra situação, é aquela que
faz a outra pessoa sentir que é especial
para nós, e isso não tem nada a ver
com o seu valor ou tamanho, mas sim
com o cuidado posto na sua escolha.”
MÓNICA FRANCO
Quem é: Tem 40 anos, estudou História
da Arte, mas a escrita falou mais alto.
Fez parte da revista City, foi chefe
de redação da Máxima Interiores
e editora da Evasões. ‘Papa Quilómetros
– Uma Caminhada pela Gastronomia
Portuguesa’ foi o seu primeiro livro.
Colocou nele tudo aquilo de que gosta
na vida. Entrevistou: Helena Isabel e
Júlia Palha. Como manténs a sanidade
mental na época do Natal? “Primeiro:
evitar usar o carro. Segundo: tratar o
metro por tu. Terceiro: ir para bem lon-
ge de qualquer coisa que se assemelhe
a centros comerciais. Quarto: manter os
festejos entre paredes, as minhas ou as
dos amigos. Refugiar-me no colinho dos
meus pais, na casa onde o calor não
vem apenas da lareira. Ver o máximo de
filmes que o meu filho deixar...”
PEDRO FERREIRA
Quem é: Nasceu no Porto e é fotógrafo
há mais de 20 anos. Estudou no Ar.Co
e colabora com várias revistas
portuguesas de moda, como a Máxima,
a Vogue e a GQ, entre outras. Confessa
que as pessoas são o que mais gosta
de fotografar. Destaca o catálogo
do MuDE, para o qual realizou as
fotografias de moda, como um trabalho
de que gostou particularmente.
É casado, não tem filhos. Fotografou:
Helena Isabel e Júlia Palha para a capa
e o editorial de moda ‘Universo
encantado’. Como manténs a sanidade
mental na época do Natal? “Já a perdi
há muitos anos. Apesar disso, continuo
a não aguentar a histeria do Natal.”
23.
24. TENDÊNCIAS 24
Branco
neveNo mês mais
festivo do ano,
vista-se de branco!
Celebre a cor
juntando-lhe
um brilhozinho
dourado.
Por Sandra Dias
o,
co!
o
Pulseira de metal e resina
Chanel, preço sob consulta.
Casaco de lã
e poliéster
Max&Co, €225.
Anéis de ouro com zircónias
Pandora, €349 cada.
Top de seda com
ilhoses Moschino
no Espace
Cannelle, €265.
Casaco de
pelo sintético
Topshop,
€125.
Camisola
de lã com
bordados
Hoss
Intropia,
€143.
Mochila de pele
metalizada Christian
Louboutin na Fashion
Clinic, €1395.
Sapatos de pele sintética revestidos
com purpurinas Zara, €39,95.
Saia de
malha de lã
Odd Molly,
€87.
Louis Vuitton.
ica revestidosSapatos de pele sintét
moda
Vestido
de seda
Zadig &
Voltaire,
€550.
26. TENDÊNCIAS 26
beleza
AssistidaporSaraFerrãoViewFashionBook
REFLEXOS
DOURADOS
Por Anett Bohme
AitidSFã
Donna
Karan.
Mara
Hoffman.
Michael
Kors.
Pó iluminador
Diorific State of
Gold, no tom 001
Luxurious Beige,
da Dior, €72,50.
Deixe os pés
suaves como
a seda com
o exfoliante
refrescante
Qing Fa Cooling
Foot Scrub,
da linha Tao,
da Rituals.
75 ml, €11,50.
Quintessência
da linha
Sublimage,
da Chanel, o novo
L’Extrait promete
regenerar, reparar
e proteger a pele
de forma ímpar.
No coração deste
precioso extrato estão
os poderes extraordinários
da Vanilla planifolia, que
agem sobre todos os sinais de
envelhecimento, deixando a pele mais
densa, com as rugas suavizadas e com a
sua hidratação natural reforçada. Não é um
creme, não é um gel nem é um fluido – é uma
textura única que se derrete na pele, deixando
nela um véu de suavidade. 15 ml, €450.
Sombras
Mono Colorful
Eyeshadow,
nos tons 281
Satin Corset
e 221 Hawaiana
Beach,
da Sephora.
€11,95 cada.
Num jogo
de texturas, cores
e luz, surge Goldea,
da Bulgari, uma
eau de parfum
floral-oriental
inspirada
na Antiguidade,
mas absolutamente
contemporânea.
50 ml, €98.
O sérum
modelador
para o contorno
dos olhos
Gold Eyetech,
da linha
Abeille Royale,
da Guerlain,
possui geleia
real Guerlain
e mel puro
de Ouessant
(uma ilha
em França) para
desenvolver
a sua ação
reparadora,
alisadora
e iluminadora.
15 ml, €110.
Com extrato de orquídea, a base
de maquilhagem Perfecting Make
Up Base, da linha Giordani Gold,
da Oriflame, suaviza e refina
a aparência dos poros e esbate
as linhas. Aplique-a antes
da base. Venda direta, 30 ml, €18.
Dê luminosidade
à pele do corpo e
ao cabelo com o óleo
de monoï Polynesian
Monoi Radiance Oil,
da linha Spa of the
World, da The Body
Shop. 170 ml, €19.
27.
28. TENDÊNCIAS 28
lifestyle
Assuma que adora as luzes de Natal
e inspire-se para lá das festas. Por Carla Macedo
Iluminados
FAÇA NÃO UMA
MAS DUAS VIAGENS
1/ O Mar de Estrelas, na ilha Vaadhoo, nas
Maldivas, é uma experiência de sonho para quem
gosta de luzinhas. As ondas trazem com muita
frequência uma espécie de fitoplâncton com
bioluminescência, isto é, micro-organismos que
brilham naturalmente. Durante a noite, é possível
observar as marés brilhantes de Vaadhoo.
O Adaaran Prestige Vaadhoo é o único hotel
da ilha e o valor do alojamento ronda os €745
por noite, para dois adultos.
2/ Com mais frio e sem praia – bom, a cerca
de 60 km do mar –, na Nova Zelândia, existem
as Waitomo Caves, também conhecidas por
grutas dos vermes. Porquê? Porque os tetos das
grutas estão cobertos por uma espécie de lesmas
que brilham no escuro (como os pirilampos).
Estas grutas, com os seus vermes e brilhos,
tornaram-se uma atração turística e são visitáveis,
de barco e com um guia, todos os meses do ano.
O bilhete de adulto custa cerca de €30.
Se optar pelas
Waitomo Caves,
não se esqueça
de levar o
guarda-chuva,
pois na costa
oeste da Nova
Zelândia
o clima é húmido
e com muita
precipitação.
Radbag, €24,95.
EM CASA,
SENTE-SE…
E PORQUE O NATAL ESTÁ À PORTA…
Se não sabe onde
é que ficam estes destinos
de sonho, compre o fabuloso
Globo Terrestre e até à noite
vai conseguir descobri-los.
Damos-lhe uma pista:
Maldivas,
no Oceano
Índico,
a sul do
Sri-Lanka;
Nova
Zelândia,
no Pacífico
Sul.
… no pouf
luminoso KSL
Living, €129.
… nestes bancos de mesa
de café, da Bright Woods
Collection por Giancarlo Zema,
para a Luxyde, €35 100.
Calendário
do advento
alternativo,
com 69
letras,
números
e símbolos,
e luzes!
The Drifting
Bear, €49.
Candeeiro suspenso
Ikea, €9,99.
Letra, www.
cultfurniture.com,
€217.
Candeeiro de mesa,
www.upinlights.
co.uk, €13.
Letra, www.
cultfurniture.
com, €47.
Letra, www.
shoreditchlighting.
co.uk, €410.
2/1/
29.
30.
31.
32. 32 luxwoman / DEZEMBRO
Uma tem 63 anos, outra 17 acabados de fazer.
Conheceram-se no dia desta entrevista, mas
representam duas gerações de uma mesma ‘família’.
Encontro de duas atrizes que aprenderam (aprendem)
representando, frente às câmaras ou sobre as tábuas
de muitos palcos. Helena Isabel e Júlia Palha
num dueto muito (pouco) provável.
Por Mónica Franco Produção Sandra Dias Fotografia Pedro Ferreira Agradecimentos Pestana Palace
1 DESTINO
2 MULHERES,
ISABEL
PALHA
He ena
Jú ia
CAPA
33. DEZEMBRO / luxwoman 33
HELENA ISABEL
Top de seda com
cristais aplicados
Raoul, na Fashion Clinic.
Saia de cetim de seda
Carolina Herrera.
JÚLIA PALHA
Vestido de renda
com tachas aplidadas
Pinko. Collants de rede
e licra Calzedonia.
Botins de pele com tachas Aldo.
Colar de prata Aristocrazy.
34. CAPA
omeçamos em analepse. Numa tarde de outono de 2015,
uma conversa sobre a ainda curta experiência de vida de
uma jovem atriz. De como o acaso a beijou e
a tornou personagem principal de ‘John
From’, a longa-metragem que levou Júlia
Palha da escola secundária para a Sétima Arte
e daí para a caixinha-que-mudou-o-mundo.
E também o mundo de Júlia, que se tornou na televisão
a filha da atriz Cláudia Vieira na mais recente telenovela
da SIC, ‘Coração d’Ouro’.
Andámos um pouco mais para trás e falámos de como
Helena Isabel também nunca fez um curso de represen-
tação antes de pisar os palcos pela primeira vez. Tinha
exatamente 17 anos. Os mesmos que Júlia tem agora,
completados no passado dia 30 de outubro. Diferentes
histórias, diferentes épocas, mulheres diferentes... mas
semelhantes.
Primeiro passo
“Quando pensei ser atriz, queria ser sobretudo atriz de
teatro”, começa Helena, que acabou de se
estrear na nova telenovela da TVI, ‘A Im-
postora’. “Tive a sorte de começar a assistir
a peças muito cedo, os meus pais levavam-
-me muito ao teatro. Depois, o meu pai
tornou-se sócio de um empresário do tea-
tro, o Vasco Morgado, comecei a conhecer
atores e a ver outro tipo de encenações e
fiquei com o bichinho.” Helena não queria
ficar só a ver, queria também participar, e
participou. A primeira peça (de muitas)
chamava-se ‘Os Direitos da Mulher’.
Júlia também sempre gostou muito dos
palcos. “Nos tempos de liceu, andava em
grupos de teatro, mas nunca fiz nada mais
a sério.” Começou pela carreira de modelo.
Agenciada pela Central Models há cerca
de dois anos, já tinha feito alguns castings
para novelas, mas nunca tinha ficado com
um papel. A primeira oportunidade chegou
e a estreia trazia com ela uma protagonista.
Foi Rita na longa-metragem ‘John From’,
de João Nicolau, e, um ano mais tarde, foi
do grande para o pequeno ecrã para se tornar Alice na
telenovela ‘Coração d’Ouro’.
“Era muito extrovertida em criança. A minha mãe costu-
mava dizer que eu era a palhaça lá de casa. Fazia repre-
sentações, récitas para as amigas da minha mãe. Era muito
mais extrovertida nessa altura do que sou hoje.” Ainda
Helena não tinha terminado a frase, já o sorriso se rasgava
na cara doce de Júlia. “Estava a rir-me porque eu também
organizava os espetáculos com os primos lá em casa, reu-
nia a família toda.”
As primeiras gargalhadas em conjunto ouviram-se aos
primeiros minutos daquela conversa naquele salão de chá
do centro de Lisboa. De repente, o calor do bule aquecia
as respostas, derretia as tensões. Duas mulheres que nunca
se tinham cruzado falavam agora abertamente da sua
intimidade. Não fosse a entrevistadora e o gravador...
O antes, o agora... e o depois?!
Helena: “Comecei devagarinho. Não se pode fazer um
paralelo com os dias de hoje, porque a realidade é mesmo
muito diferente. Comecei pelo teatro e não havia este
mediatismo todo. Hoje, um jovem faz um casting e se
tiver sorte faz logo de protagonista. Naquela altura, isso
seria impossível, começava-se devagar. Normalmente,
começava-se pelo Conservatório ou através de conheci-
mentos. Tive a sorte de me estrear com grandes profis-
sionais: a minha madrinha de teatro é a Lia Gama, tra-
balhei com o Francisco Ribeiro, o Ribeirinho. Aprendi
muito! Costumo dizer que aprendi nas tábuas. Aprendi
tudo o que eram técnicas de representação, de respiração,
de movimento, lá em cima, nas tábuas, com o trabalho.”
Júlia: “O filme ‘John From’ foi uma expe-
riência muito boa. Acho que ter feito ao
contrário do que é normal em Portugal –
primeiro cinema, depois televisão – acabou
por funcionar bem. No cinema, temos mais
ensaios e repetimos muito as cenas. Isso
acaba por ajudar a ganhar mais técnica.”
A primeira vez
Helena: “Lembro-me de que tudo aquilo
que estava habituada a ver em teatro me
parecia muito fácil, pensava que o faria com
uma perna às costas. A primeira vez que
subi a um palco foi para uma substituição.
A companhia já estava toda rodada naquele
espetáculo e eu entrei um bocado de para-
quedas... Lembro-me de que a companhia
estava toda na plateia a assistir à novata…
Nunca tive tanta vergonha na minha vida!
De repente, não sabia o que fazer às mãos,
parecia que os braços nunca mais acaba-
vam! As minhas ideias caíram todas por
terra e cheguei à conclusão de que nada
sabia e tinha tudo para aprender... Lembro-me desse mo-
mento como se fosse hoje.
Júlia: “Acho que nunca tive um momento assim. Não
comecei pelo teatro, onde temos uma plateia, a reação do
público. O mais próximo que tive com isso foi na entrada
para a novela. Eles estavam a gravar desde julho e eu só
entrei em setembro. A equipa já estava toda com o ritmo
de produção... Ninguém sabia que eu tinha acabado de
chegar, falavam comigo como se soubesse do que falavam
e eu nem sequer sabia os nomes das pessoas, fiquei com-
pletamente perdida. Salvou-me a Cláudia Vieira...“
“Gosto muito
do imediatismo
da televisão,
do improviso,
de criar uma
personagem
um bocado
às cegas, mas
não gostei
de fazer todas
as novelas que
fiz até hoje.”
Helena Isabel
34 luxwoman / DEZEMBRO
36. CAPA
Casaco de pelo
Massimo Dutti.
Vestido de seda
com lantejoulas
Hoss Intropia.
Colar de prata
Aristocrazy.
VEJA O
MAKING OF EM
37. Preconceito de género?
Helena: “Nunca senti preconceito pelo facto de ser mulher,
mesmo há 40 anos. Senti apenas quando disse aos meus
pais que queria ser atriz. Ficaram horrorizados, porque
nessa altura as atrizes tinham má fama. Depois, tornaram-
se os meus maiores fãs, a minha mãe ia ver todos os meus
espetáculos e mais do que uma vez. Acabei por tirar um
curso de línguas e secretariado, mas nunca o usei.”
Júlia: “Os meus pais encaram lindamente esta entrada
na representação. Não têm nem nunca tiveram nada con-
tra. De vez em quando, fazem um pouco de pressão para
estudar. Continuo a frequentar o 12.º ano, e a SP Televisão
[a produtora de ‘Coração d’Ouro’] marca sempre as mi-
nhas gravações a seguir às aulas, por isso estou a tentar
conciliar as duas coisas. Quero ir para a faculdade, fazer
um curso relacionado com gestão de marketing ou hote-
laria. Sempre tive na cabeça que ia ter a
minha empresa, andar por aí a viajar em
negócios. Se me surgir outro projeto, vou
tentar conciliar as duas coisas. Fiz muitos
catálogos de moda infantil para a revista
Lux e marcas de roupa de criança e gostei,
adorei ver as fotos. O meu sonho era ser
como a Sara Sampaio. Ser atriz foi uma
coisa que me passou pela cabeça aos 8 anos,
mas só depois de fazer o filme é que essa
ideia se tornou cada vez mais possível na
minha cabeça.”
Quase de mãe
para filha
Mais de quarenta anos separam estas
duas mulheres bonitas e talentosas, tan-
tos quantos os de democracia em Portu-
gal. Helena é a prova viva de que se mu-
daram mentalidades: “A minha geração
fez uma revolução em diversos níveis.
O 25 de abril de 1974 permitiu-nos o acesso a coisas
que antes não tínhamos, abriu-nos ao mundo, tal como
as telenovelas brasileiras, que criaram uma abertura de
cabeça às pessoas”.
Helena nunca sentiu discriminação por ser mulher e bo-
nita, embora admita que isso foi “um pau de dois bicos”:
“Abriam-se portas com mais facilidade (como hoje), mas
pensava-se que as mulheres bonitas não tinham talento.
Era o dobro do trabalho para provar que se podia fazer
coisas com seriedade, que se tinha talento e não se estava
nisto só para aparecer.”
Júlia, pelo contrário, entrou neste mundo como modelo.
“Sinto que ser uma cara bonita abre mais portas, mas não
sinto o estigma de que mulher bonita não tem talento.”
Quatro décadas é muito tempo. Com mais de quarenta
anos de palcos, câmaras e ação, Helena cinge-se ao essen-
cial. “Levar as coisas com seriedade” é o conselho que deixa
à jovem Júlia. “Abraçar esta profissão porque se ama a
profissão e não porque se pode tirar dividendos a curto
ou a longo prazo de se ser mais conhecido, de se ganhar
mais dinheiro, de aparecer nas revistas. Tudo isso é efé-
mero, tudo isso é supérfluo.”
Júlia ainda não ama a profissão, mas está a aprender a
fazê-lo. Não se entusiasma muito com as luzes da ribalta,
embora se concentre como uma sénior quando os focos
estão apontados na sua direção. “Sempre fui uma criança
calma, extrovertida e muito faladora”, confidencia.
Para Helena, é também importante aprender: “Fazer tea-
tro, não ficar apenas pela televisão e pelas novelas. Estou
à vontade para o dizer, porque gosto muito de fazer nove-
las, mas também preciso de fazer outras coisas, como teatro
e cinema, que, infelizmente, faço cada vez menos.”
A atriz participou na primeira telenovela portuguesa, ‘Vila
Faia’ (1982), e inaugurou o humor na te-
levisão portuguesa, quando integrava
a equipa de Herman José nos tempos de
‘O Tal Canal’ (1983). “Tive a sorte de ter
sido pioneira em muita coisa em Portugal:
fiz a primeira telenovela e o primeiro pro-
grama que mudou o humor e a televisão,
fiz parte de um grupo que foi a primeira
cooperativa de teatro-revista, o Teatro
Adóque, do qual fui sócia-fundadora...”
As mais-valias
Helena: “É bom sermos polivalentes. Aju-
dou-me saber cantar, sobretudo numa
altura em que estive no Teatro Aberto, na
época muito especializado em musicais. Já
não canto, mas não tenho saudades. Canto
nos concertos do meu filho [o músico Agir,
fruto do casamento com Paulo de Carva-
lho], mas é raro conseguir vê-lo, porque
anda sobretudo em tournée, fora de Lisboa.
Sou suspeita, mas gosto da música dele. Ele tem este ta-
lento de compor vários tipos de música. Até já fez música
para um musical meu, ‘As Encalhadas’, e adaptou-se ao
espírito, num registo que nada tinha a ver com hip-hop.
Também por isso, sou muito fã dele e estou muito
orgulhosa.”
Júlia: “Eu gosto de escrever. Quase todas as noites, escre-
vo alguma coisa nas notas do meu telemóvel, e tenho ca-
dernos onde escrevo. Desde o 5.o
ano que comecei a es-
crever para mim, textinhos, histórias... A partir do 10.o
ano, sempre que tenho tempo, escrevo. Mostro de vez em
quando à minha mãe [a jornalista Ana Cáceres Monteiro,
da LuxWOMAN], e ela gosta. Há pouco tempo, estava a
pensar em como podia conciliar a escrita com a represen-
tação. Adorava a ideia de escrever a minha personagem.
Às vezes, sinto que a minha personagem já devia estar a
tomar outro rumo e eu não posso fazer nada.”
“Sinto que
ter uma cara
bonita abre
mais portas,
mas não sinto
o estigma
de que uma
mulher bonita
não tem
talento!”
Júlia Palha
DEZEMBRO / luxwoman 37
38. Espelho meu...
Helena Isabel é um dos rostos da Anjelif,
marca de dermocosmética que acredita ter
encontrado o segredo do sucesso na firmeza
que confere à pele. Representa mulheres
fortes, mulheres que admiramos e conquis-
tam pela perseverança, pelo caráter e pela
determinação. Esta escolha de uma marca
de cosmética não é surpeendente.
Helena: “Tenho os cuidados que hoje todas
as mulheres têm. A diferença é que comecei a
tê--los muito cedo. Quando tinha uns
14 anos, a minha mãe disse-me para
começar a usar cremes todos os dias.
Como comecei a trabalhar cedo e
a maquilhar-me, comecei a duplicar
os cremes. Depois, toda a vida fiz
desporto, e isso ajuda muito, e te-
nho cuidado com a alimentação.”
Júlia: “Preocupo-me com a beleza
q.b., não estou obcecada com isso.
Tento ter cuidado com o que como,
vou ao ginásio, até há uns anos
fazia ténis, montei durante anos,
já andei na patinagem, fiz imensos
desportos.”
Por quem os sinos...
Helena: “A minha família é pequena e tenho
de confessar que já gostei mais do Natal do que
gosto hoje, porque infelizmente há pessoas que
já cá não estão para o passar comigo, como os
meuspais.Porém,háaquelamagia,ficosempre
expectante, com aquele friozinho na barriga.”
Júlia:“Passoavésperacomomeupaiesomos
muitos. No dia 25, com a minha mãe e somos
poucos. Acaba por haver um contraste que tem
graça,porqueatalmagiadoNatalnãodesaparece
emnenhumdosconceitos.Éespecial.Omeu
maiordesgostofoi,aos6anos,perceber
queoPaiNatalnãoexistia.Fuiaosótão
eviospresentesatrásdeumarmário.
Fiquei contente no ano a seguir, per-
cebi que podia escolher o que queria.
Nãosoudepedirgrandescoisas,agora
peço sorte nesta carreira.”
Helena: “Nunca peço nada, porque
gosto de surpresas. O meu pedido
é: “Surpreendam-me!” Já me fize-
ram uma surpresa inesquecível.
Quando comemorei 40 anos de
carreira, umas amigas organiza-
ram-me uma festa-surpresa...”
CAPA
ModaassistidaporSaraFerrãoFotografiaassistidaporAnaViegas
MaquilhagemJoanaMoreiracomprodutosM.A.C.CabelosCristinaPeixoto
HELENA ISABEL
Vestido de lã fria e elastano
Victoria Beckham, na Stivalli.
Botins de camurça
Granvito Rossi, na Stivalli.
Colar de ouro amarelo,
citrinos e diamantes
H. Stern. Pulseira de metal
com cristais Morana.
JÚLIA PALHA
Vestido cai-cai de jacquard
de seda Carolina Herrera.
Botins de pele Zillian.
Brincos de metal Zara.
Colar de prata Aristocrazy.
Anéis de metal Massimo Dutti.
“Tenho todas as
características do
Escorpião. É um signo muito
característico, tudo o que
lhe acontece é intenso:
se ama, ama muito;
se odeia, odeia muito.”
Júlia Palha
“Adoro viajar,
é das coisas
que mais gosto
de fazer!”
Helena Isabel
38 luxwoman / DEZEMBRO
41. OS SEUS JEANS PERFEITOS.
HELENA ISABEL
VESTE PUSH IN SECRET
JESSICA ATHAYDE
VESTE PUSH UP WONDER
42. MODA 42
inspiração
Relógio com
bracelete de pele
Skagen, €199.
Brincos Nuit
de Diamants,
de ouro branco
com diamantes
e espinelas
pretas, Chanel
Fine Jewellery,
preço sob
consulta.
Vestido de poliéster Primark, €35.
Vestido de seda com bordados
e lantejoulas Manoush, €577.
Pregadeira de
metal e cristais
Accessorize,
€12,90.
Botins de
pele Saint
Laurent por
Hedi Slimane,
€995.
Top soutien,
de tule com bordados
e aplicações metálicas,
Zadig & Voltaire,
€220.
Céuestrelado
Por Sandra Dias
T ti
a Dias
Calças de lã
fria Stella
McCartney,
na Loja das
Meias, €665.
Carteira de pele e metal
Louis Vuitton, €3800.
43.
44. MODA 44
inspiração
Vestido de seda
Diogo Miranda,
€332.
Brincos de metal
e cristais Parfois,
€16,90.
Clutch de pele e metal
Hoss Intropia, €170.
Óculos de sol
de acetato Marc
Jacobs, €280.
Sapatos de
pele revestidos
de seda Prada,
preço sob
consulta.
Parka de
algodão
com pelo
no capuz
Top Shop,
€130.
Pregadeira Abeille,
de ouro amarelo
com diamantes,
granadas mandarim
peridotos e safiras
amarelas,
da Chaumet, preço
sob consulta.
Vestido de seda
bordado Burberry
Prorsum, €11 000.
Top de
poliéster
Mango,
€25,99.
insetos
Pequenos
Por Sandra Dias
45. Kimono
burgundi,
€35,99.
Conjunto com
detalhes em
renda soutien,
€16,99 e slip
€6,99.,99
Camisa dormir
com detalhes
em veludo
€29,99.
Body em
renda com
manga
comprida
€29,99.
PUB
Conjunto com
detalhes em
veludo soutien,
€16,99 e slip €6,99.
Às cores une-se a mistura de rendas, tule e
aplicações de guipura que estão presentes em
muitas das peças OYSHO. O veludo destaca-
se pela presença em bodies e pormenores de
estampados.O tule e a gaze são qualidades de
tecidomuitodelicadasqueestãopresentesna
coleção OYSHO junto com as rendas, que por
sua vez são enriquecidas ao serem combina-
dascompormenoresplissadoseestruturas.
O soutien halter é a estrela desta tempora-
da e vê-se cada vez mais por baixo de roupas
transparentes ou decotadas. Os bodies, clara
tendência deste inverno, estão presentes nu-
ma grande variedade de padrões – de alças ou
de manga comprida – e qualidades; opacos
com um look mais de rua, provocadores que
criam um efeito tatuagem, ou mais íntimo
como a renda.A roupa interior em renda sua-
ve dá o toque final a cada peça.
WWW.OYSHO.COM
Com a aposta numa paleta
de pretos, azuis e cinzentos
com uns toques de brilho e
na combinação de diferentes
tonalidades de roxo, bordeaux,
burgundi e cor de beringela Oysho
apresenta-nos um ambiente mais
clássico, neste Natal.
Este Natal, OYSHO,
apresenta-nos uma mulher
moderna e feminina.
46. 46BELEZA
escolhas
PRECIOSIDADES
1/ Makeup real
Victoria Ceridono, autora do blog Dia de
Beauté e editora de beleza da Vogue Brasil,
escreveu o livro ‘Bonita Todos os Dias’
para ensinar às suas leitoras maquilhagens
e dicas de beleza simples. Com mais de
130 fotos e ilustrações, mostra as muitas
maneiras de nos sentirmos bonitas,
desde os make ups para o dia a dia
aos visuais mais elaborados para festas.
Editora Arena, €17.
2/ Bâton de luxo
Combinando os ingredientes
mais nutritivos com cores
ultrapigmentadas, a maquilhadora
americana Bobbi Brown criou
um novo bâton, disponível
em trinta tons: Luxe Lip Color.
No El Corte Inglés, €36.
3/ Quando
precisamos de ‘algo’
Adoramos o design e a eficácia
dos suplementos alimentares Algo,
desenvolvidos pelo laboratório
português Biocol. Formulados
sem lactose, glúten, pesticidas,
OGM ou açúcares, há para já dez
propostas, desde o Algo para
a Semana Detox ao Algo para
o Atchim, em ampolas ou cápsulas.
Em farmácias, a partir de €9,90.
4/ Recuperação noturna
Com 1% de resveratrol, considerada
a molécula da longevidade,
o gel-sérum Resveratrol B E, da
Skinceuticals, potencia a recuperação
da pele durante a noite, para acordar
com a pele mais luminosa, firme, densa
e elástica. Em farmácias, 30 ml, €131,20.
5/ Milagroso!
Com uma textura incrivelmente leve,
sedoso e não-colante, o óleo L’Extrait,
da linha Absolue, da Lancôme, tem
um efeito profundamente hidratante,
revitalizante e fortificante, que deixa
a pele de imediato preenchida, lisa
e radiosa. 30 ml, €299,40.
6/ Glam’ metal
Com cinco sombras, a Couture
Palette Collector Metal Clash,
da Yves Saint Laurent, é top. €60.
7/ Corpo sublime
Ultranutritivos, os bálsamos para o corpo
Baume Precieux, da Roger & Gallet, são
formulados com 95% de ingredientes
de origem natural e indicados também
para a pele seca e sensível. Disponíveis
nos aromas de rosa,
flor de figueira e flor
de osmantus.
Em farmácias,
200 ml, €22.
BobbiBrown
1/
2/
3/
7/
6/
5/
DEZEMBROPor Anett Bohme
para
4/
47. J’OSE
L ’ A R T D U P A R F U M
ExclusivoPerfumes&Companhia
48. BELEZA 48
serviços
2/Centro
Médico
CM2C.
1/Otro
Perfume
Concept.
3/Hair studio
Slash.
timeBeauty
Cinco novos espaços dedicados à beleza,
para descobrir em Lisboa. Por Anett Bohme
1/ Fragrâncias de nicho
Na recém-aberta Otro Perfume Concept, há
todo um mundo de luxuosos aromas de marcas
internacionais para descobrir, como Amouage,
Olfactive Studio, Sospiro, Evody, Aedes de
Venustas e Jul et Mad, entre outras. O novo
espaço, que nasceu pela mão de Hugo Banha,
também tem a gama de cuidados para homen
Integrall, além de oferecer um serviço de design
de joias, consoante os desejos dos clientes. Fórum
Tivoli, Avenida da Liberdade, tel. 216 062 636.
2/ Rejuvenescimento à la carte
O cirurgião plástico Francisco Ibérico Nogueira
mudou a sua clínica para um novo espaço,
o edifício do Centro Médico CM2C, no Restelo.
É aqui que aplica agora os seus conhecimentos
sobre o envelhecimento visível e a fisionomia
para ajudar os clientes a obterem uma aparência
melhorada. Para estes poderem visualizar
as alterações pretendidas antes da intervenção,
o médico dispõe de uma nova ferramenta,
o software high-tech Crisalix. Este simulador
tridimensional permite pré-visualizar, através
de fotografias, os resultados possíveis, que
podem ser discutidos entre médico e paciente,
uma questão muito importante quando se trata
de implantes mamários, por exemplo. Avenida
da Torre de Belém, 17, tel. 213 932 823.
3/ Multidimensional
O hairstudio Slash é muito mais do que um
simples cabeleireiro, já que é um espaço mais
direcionado para uma clientela ativa, busy
e criativa. Por isso, há tablets para o uso dos
clientes e uma zona onde podem trabalhar
durante o tempo de pose de uma cor, por
exemplo. Há ainda serviços de maquilhagem,
pela mão de Lola Carvalho, e um estúdio onde
as clientes se podem deixar fotografar para
registar o novo visual. Rua de Dona Estefânia,
87-A, tel. 215 841 697. Corte mulher (inclui
lavagem e produtos), a partir de €34,50.
4/ Flutuar no Saldanha
O Float in Spa abriu o seu segundo espaço
na capital, agora com 250 m2, cinco salas
de tratamento e duas áreas de relaxamento.
Além dos vários tipos de massagem disponíveis,
há ainda a famosa flutuação (50 minutos, €45).
Perfeita para relaxar e libertar o stress,
faz-nos ficarmos imersos numa cápsula
com água salgada à temperatura do corpo
e sem estímulos externos como luz e som.
Rua Pedro Nunes, 14-A, tel. 213 880 193.
5/ Paris em Lisboa
A expertise em matéria de rejuvenescimento
do rosto da Carita está agora disponível nos
gabinetes de estética Perfumes & Companhia.
O famoso aparelho de lifting com microcorrentes
Cinetic Lift Expert foi aperfeiçoado, incluindo
agora também luminoterapia e massagem
ultrassónica para resultados visíveis
e duradouros não só sobre a pele, mas também
no couro cabeludo. Para o rosto, há nove
protocolos, para necessidades e tipos de pele
diferentes, efetuados pelas mãos de terapeutas
experientes, que ajudam a definir qual o melhor
plano para cada mulher. A partir de €65.
4/Float
in Spa.
5/Gabinete
de estética
Perfumes
& Companhia.
50. BELEZA 50
AssistidaporSaraFerrão
cuidados de rosto
Com a azáfama da época festiva,
é natural ficarmos um pouco stressadas.
Para que isto não transpareça no seu
rosto, mostramos aqui excelentes opções
apaziguantes! Por Anett Bohme
Antifadiga
Apague de imediato todos
os sinais de fadiga e stress
do rosto com as ampolas Flash,
da Martiderm, à base de ácido
hialurónico, silício e proteínas
tensoras. Deixam a pele
luminosa e ajudam a fixar a
maquilhagem. Em farmácias,
cinco ampolas, €13,50.
DESTRESS
Cuidado
intensivo
À base de ingredientes
anti-inflamatórios,
calmantes e
descongestionantes,
como aloé e extratos
de calêndula
e camomila, a Anti-
-stress Face Mask,
da Mesoestetic,
reduz a irritação e evita
a descamação da pele.
Em centros de estética,
100 ml, €50,90.
Pele saciada
Frio e vento lá fora,
alternado com
aquecimento e lareiras
no interior: a receita
certa para deixar
a pele desidratada.
Faça a Mascream Máscara
de Hidrogel Hidratante,
da Isdin, com Aquamover,
vitaminas B e C
e aminoácidos essenciais,
para repor os valores
hídricos da pele,
deixando-a confortável.
Em farmácias, €8,30 cada.
Limpeza suave
Sem perfume
nem sabão, a
Loção de Limpeza,
da Cetaphil,
mantém o
equilíbrio do
pH e a função
barreira
da pele seca
e sensível.
Em farmácias,
237 ml, €17,85.
L
n
m
e
p
b
e
2
Sweet dreams
Antes de se deitar, aplique no
rosto, com a pele previamente
limpa, a máscara Pomegranate
Sleeping Mask, da Sephora.
À base de extrato de romã,
descongestionante
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um acordar sem sombra
de cansaço. €4,95.
Monodose
Sem parabenos e com
óleos de argão e de girassol
orgânicos, a máscara
Regenerating Face Mask,
da linha Naturals, da
Douglas, hidrata a pele,
uniformiza o seu tom e tem
um efeito anti-inflamatório.
10 ml, €1,99.
Relaxante
e reconfortante
Para completar o tratamento
de dia Óleo Extraordinário,
a L’Oréal acaba de lançar o
respetivo creme de noite. Neste
caso (mais nutritivo), os óleos
essenciais são combinados com
geleia real e a hidratante flor
de imperata preciosa para uma
pele confortável e luminosa
ao acordar. 50 ml, €12,99.
Stress na cidade
Para proteger o contorno dos olhos
da poluição e do stress ambiental
que conduz ao stress oxidativo,
a Givenchy desenvolveu Vax’In
Sérum Yeux D-tox, da linha City
Skin Solution, que deixa esta
pele fina luminosa e com um ar
mais fresco e jovem. 15 ml, €57,50.
Em vez de aplicar
muita base e afins
para disfarçar
as olheiras
e a tez irregular,
faça uma máscara.
Os benefícios
são imediatos!
Givenchy
51. O NOSSO SEGREDO? FIRMEZA
A Luísa, a Sónia e a Helena. Três mulheres. Três etapas diferentes da vida. Três fases
diferentes da pele. Um segredo comum: A firmeza com que sempre encararam as suas
vidas. Um ritual comum? O uso diário de Anjelif, para uma pele mais firme, no presente
e no futuro.
Na prevenção das primeiras rugas, no cuidado das rugas instaladas, nas manchas
, a molécula patenteada Polglumyt®
presente em todos os produtos da gama Anjelif, alia-se a diferentes extratos
estaminais vegetais, atuando na aceleração do metabolismo energético
das células da epiderme. Um verdadeiro revitalizante celular que promove
a “solidez” das células, evitando a perda da firmeza e da elasticidade, o princípio
do aparecimento das rugas.
A Luísa, a Sónia e a Helena. Um segredo comum? A firmeza. Na vida e na pele.
RÍDULAS, PRIMEIRAS RUGAS RUGAS INSTALADAS DENSIDADE, MANCHAS
52. LIFESTYLE 52
bicicleta
Em duas
RODAS
A Levi’s apresentou a sua linha específica
para andar de bicicleta, a Commuter,
no Velocité Café (velocitecafe.com): calças,
camisas e blusões em que a ergonomia
se alia a pormenores antichuva e refletores,
sempre com o estilo cool da marca.
Levi’s
A bicicleta certa…
Não gosta de andar de bicicleta?
Talvez não tenha encontrado
o modelo certo. Na Build My Bike,
pode personalizar a sua bicicleta
dependendo do tipo de utilização
que lhe vai dar, dos seus hábitos,
do seu estilo de vida… Que tipo
de bicicleta prefere? Clássica,
desportiva, vintage? Passe por
www.buildmybike.pt e escolha a
sua bicicleta perfeita, ou dirija-se
à loja na Rua da Boavista, 146,
em Lisboa. Tel. 912 157 251. De
segunda a sexta-feira, das 10h30
às 19h; sábado, das 12h às 17h.
Lisboa vai ter mais bicicletas
No total, são 1400 as bicicletas que a capital
terá ao seu dispor. Como? A capital vai ter
um sistema público de partilha de bicicletas
que chegará no início de 2016, designado
como Sistema de Bicicletas Públicas
Partilhadas (SBPP). O sistema
de bike sharing é da responsabilidade
da EMEL - Empresa de Mobilidade
e Estacionamento de Lisboa, e prevê
um investimento de cerca de 29 milhões
de euros. O objetivo é instalar as bicicletas
em 140 postos estratégicos da cidade
(pontos de recolha), promovendo,
assim, a mobilidade em bicicleta
como meio de transporte. A empresa
será responsável pela gestão do sistema,
em termos da sua manutenção
e da logística operacional.
Há cada vez mais
pessoas a optarem
pela bicicleta
em detrimento do
carro no percurso
para o trabalho.
Conheça as
novidades do
setor que substitui
o automóvel.
Por Leonor Antolin Teixeira
Um guia para todos
Estava farta dos guias turísticos para percursos de carro?
Agora, se anda de bicicleta ou a pé, vai poder ter um guia só para si!
A Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal lançou
recentemente o guia ‘Ciclovias, Ecopistas e Ecovias’, com 82 circuitos
e mais de 520 quilómetros, espalhados por 49 municípios. Gratuito
e disponível em toda a rede de lojas e plataformas digitais
do Turismo do Porto e Norte, o novo guia abrange, na sua maioria,
percursos inseridos em ambientes naturais, o que tornará
o seu passeio muito mais agradável. portoenorte.pt.
Para ler:
‘Bicicleta à Chuva’, um livro
de Margarida Fonseca
Santos sobre bullying,
coragem e amizade,
em que uma bicicleta muda
a vida de dois rapazes,
Jaime e Joaquim.
Coleção A Escolha É Minha,
da Booksmile, €8,79.
53.
54. ATITUDE 54
do mês
Esta é uma das alturas mais
esperadas do ano. Tudo
parece ter um sabor especial
e a expectativa e o entusiasmo
que se sentem no ar até fazem
esquecer o frio. Comece já
a pôr tudo a postos para que
a quadra festiva a encontre
forte, organizada, bem-disposta
e, claro, linda de morrer.
Por Ana Cáceres Monteiro
2A view to a kill
Uma maquilhagem bem conseguida
tem o condão de esculpir o rosto com
jogos de sombras e de luz. É possível afinar
um nariz, levantar as maçãs do rosto
ou até alterar a estrutura da
cara de quadrado para oval.
Se pretende um look sofis-
ticado, para a passagem de
ano, remate com vermelho,
a cor da paixão. Uma opção
perfeita será a coleção Rouge
Noir Absolument, da Chanel,
criada especialmente para este
Natal. Verniz, €23,50, e bâton
Rouge Allure, €32.
festas
PARA AS
PREPARE-SE
1Organize-se
Avizinha-se um novo ano e ser organizada
é fundamental, porque demonstra que é
responsável, cumpre as suas tarefas e se preo-
cupa com tudo aquilo em que está envolvida
e com os outros. A Dream Planner não é só
mais uma agenda. É uma ferramenta prática
para a ajudar a tirar o melhor proveito de
2016, que lhe vai mostrar diariamente o que
é mais importante para si. Está dividida em
três áreas para que possa começar por onde
achar melhor. O primeiro bloco vai orientá-la
a aumentar a consciência que tem de si mes-
ma, o seu nível de satisfação, os seus pontos
fortes e as suas resoluções. No segundo bloco,
é você quem escolhe quais são as resoluções
às quais se vai dedicar. Na terceira parte da
agenda, pode planear passar à ação, trazendo
essa planificação para a sua realidade e fa-
zendo tudo acontecer. Este planeamento
é acompanhado de uma revisão semanal.
À venda no site dreamplanner.pt, €18.
Mango
55. 3Arrase!
Os brasileiros dizem que “quem
gosta de beleza interior é decorador”.
Não terão alguma razão? Para estar linda
nas festas e tirar o melhor partido do seu
rosto e cabelo, ou do das suas filhas, pro-
pomos-lhe dois livros: ‘Tranças e Apa-
nhados’, de Alice Peuple, e ‘O ABC da
Maquilhagem – 58 Lições Indispensá-
veis’, ambos da Editorial Presença e
ilustrados com fotografias, com todos
os procedimentos em ‘passo a passo’. O
primeiro permite aprender a fazer todo
o tipo de tranças e apanhados ao cabelo.
São 30 penteados originais para fazer
em casa e imensas ideias para, com ou
sem acessórios, ficar com um cabelo espe-
tacular. O segundo oferece 128 páginas de
lições de beleza, das mais acessíveis às mais
sofisticadas, para se maquilhar como uma
profissional. €10,71 e €11,90.
4Ofereça
um relógio
singular
A convite da Swatch e por oca-
sião da 56.ª Exposição Interna-
cional de Arte –Bienal de Veneza,
Joana Vasconcelos criou a des-
lumbrante e arrebatadora ins-
talação Giardino dell’Eden. A
parceria entre a artista e a marca
expandiu-se depois ao relógio Lookseasy,
uma edição limitada Swatch Art Special.
Um hino à elegância intemporal e um tri-
buto à perícia artesanal, e o primeiro Art
Special de sempre a incluir elementos feitos
à mão. Para este projeto, Joana Vascon-
celos trabalhou de perto com artesãos do
norte de Portugal, especialistas na antiga
técnica da filigrana. Seguindo o desenho
original da artista, os artesãos criaram
manualmente cada mostrador dourado de
cada relógio desta edição limitada a 999
peças. O número da edição surge tanto no
relógio como na embalagem espe-
cial. €265.
6Fortaleça
o organismo
Devido às diferenças de tem-
peratura, as mudanças de estação
são um período crítico, sendo co-
mum o aparecimento de problemas
respiratórios. Para manter a imu-
nidade do organismo equilibrada,
com as defesas naturais ativas, en-
contramos na natureza duas res-
postas eficazes: a equinácea e a ace-
rola. Os benefícios naturais destas
duas plantas medicinais podem ser
conseguidos através
das Arkocápsulas,
à venda em
farmácias e
parafarmá-
cias num pa-
cote promocional
por €13: na com-
pra de uma emba-
lagem de equiná-
cea, a embalagem
de acerola é oferta.
Party trends!
A Mango recupera o mítico estilo
do Studio 54 com a sua nova
coleção de festa. As criações
da marca têm como fio condutor
a cor preta e formam looks
perfeitos para uma noite
acompanhada de música
e espírito disco. O glam dos anos
70 apresenta-se na forma de
lantejoulas e tecidos metalizados.
Os bodies representam a nova
proposta e são as silhuetas ideais
para gozar uma autêntica noite
no Studio 54 até ao amanhecer.
DEZEMBRO / luxwoman 55
56. 56 luxwoman / DEZEMBRO56 luxwo
7Acabe 2015 em
beleza e comece
2016 em grande
‘Acabe 2015 em grande’ e ‘Comece 2016
em grande’ são as duas propostas da cam-
panha da Top Atlântico que convida à
descoberta de destinos de passagem de ano
como a Madeira, o Brasil e Cabo Verde, e
de destinos de sonho para o início de 2016
como as Maldivas e a ilha Maurícia. A
oferta inclui, entre muitas outras, propos-
tas de réveillon com preços desde €126
(hotel e cruzeiro no Douro) a €779 por
pessoa (sete noites em hotel de três estre-
las, em regime de alojamento e pequeno
-almoço, na ilha do Sal), para reservas até
31 de dezembro. topatlantico.pt
9Um Natal
diferente
Adora juntar a família e
os amigos mas não gosta de
cozinhar e muito menos de
ficar com a casa num
caos? Quer ter um Natal
de sonho num cenário
de conto de fadas? A
nova Pousada de Lis-
boa, situada em ple-
na Praça do Comér-
cio, abre as portas do
seu imponente Salão
Nobre, permitindo-
-lhe celebrar nesse
local mágico a con-
soada ou o almoço de
dia 25 de dezembro.
Uma ideia original e ul-
trachique de aproveitar
esta quadra num espaço
histórico com um ambiente sofisticado,
que pode ser a sua sala de estar por um
dia. Pode convidar até 30 pessoas, esco-
lher a decoração pretendida e deliciar-se
com as propostas gastronómicas do pre-
miado chef Tiago Bonito. O Salão Nobre
da nova Pousada de Lisboa manteve-se
praticamente fiel à sua configuração ori-
ginal, deslumbrando quem o visita pelo
seu luxuoso teto, cuidadosamente restau-
rado e adornado com folha de ouro, e pelo
seu esplendoroso candelabro. Preço por
pessoa: €77 (bebidas incluídas).
Mais informações:
tels. 808 252 252 e 218 442 001.
10Quantas bolhas
tem o champagne?
As suficientes para a fazerem
querer celebrar com mais vontade, mas
com moderação, porque esta é uma bebida
com fama de ‘subir à cabeça’. A Bollinger,
prestigiada casa de champagne, preparou
uma edição especial para assinalar o lan-
çamento do último filme de James Bond,
‘007 Spectre’. Este é já o 14.º filme da saga
em que a marca está presente. Em Portu-
gal, há apenas 120 exemplares. A par do
Bollinger Spectre Limited Edition, a marca
preparou ainda um conjunto ultralimitado
dirigido a colecionadores. Trata-se do
Bollinger Spectre Crystal Set, que inclui
uma garrafa em formato magnum de
Bollinger R.D. 1988, uma colheita que
estava guardada nas caves do produtor, e
uma cristaleira alusiva a um polvo, com
assinatura da Saint-Louis Crystalworks.
Apenas foram produzidos 307 exemplares
em todo o mundo, e os preços podem
atingir os €7000.
ATITUDE
Beleza natural
A Oriflame sugere-lhe uma nova
fórmula com mel biológico e cera
de abelha natural que promete proteger
e hidratar a pele nos dias frios.
Ideal para suavizar e amaciar
a pele seca ou áspera,
a Geleia Real Tender Care
ajuda a criar uma barreira
de proteção da pele, deixando
uma sensação natural
de suavidade e um maravilhoso
aroma a mel. Por ser suavizante,
proporciona conforto e acalma
a pele irritada. Por ser hidratante,
hidrata e suaviza os lábios
e a pele seca. €14.
57.
58. NO MASCULINO 58
pedro rolo duarte
pedro.roloduarte@gmail.com
Se o Natal é o tempo das melhores intenções, das boas práticas, do
pensamento solidário, cabe aqui uma reflexão um pouco mais dis-
tante, e mais pausada, sobre um dos casos que abalaram este 2015:
a aldrabice que se descobriu sobre a Volkswagen, e a forma como,
durante anos, boa parte dos automóveis saídos das fábricas do grupo
eram modificados por forma a ‘portarem-se bem’ nos testes sobre
a poluição que os escapes emitiam, e depois serem tranquilamente
poluidores quando conduzidos pelos compradores comuns nas ruas
das cidades europeias, norte-americanas, asiáticas.
Não houve quem não falasse do caso e condenasse o presidente da
companhia, que rapidamente se demitiu (recebendo, escandalosa-
mente, uma choruda pensão). Certíssimo. Em Portugal, a empresa
publicou um anúncio na imprensa que primava pela dignidade e
pela seriedade: “Quebrámos a peça mais importante dos nossos
automóveis: a sua confiança.” E depois deste título, um texto dis-
creto, sem desculpas nem floreados, com as palavras certas para
remediar o irremediável. O melhor que podiam fazer no meio de
tamanho escândalo.
Porém, há um lado mais humano, mais pequeno, e talvez por isso
mais sinistro, que ficou a pairar sobre a minha cabeça. De forma
simples: para que uma aldrabice, que fez com que milhões de carros
poluíssem o nosso ar mais do que seria concebível (por Governos já
de si permissivos…), durante anos a fio, havia que envolver na mes-
cambilha um generoso número de profissionais. Engenheiros, qua-
dros técnicos, gestores, directores de marca, directores de vendas,
profissionais ligados à construção dos motores, às fábricas, aos aca-
bamentos, no limite até mesmo ao design que permitia acomodar
os motores dos carros no seu espaço vital. Sem querer exagerar,
é razoável admitir que, na cadeia hierárquica que leva à produção de
um automóvel, terá havido dezenas de pessoas que sabiam que, em
nome da ganância, se manipulavam carros cuja emissão de poluentes
na atmosfera seria muito superior ao desejável para as presentes e
futuras gerações de seres humanos a viver à face da Terra.
E é aqui que eu começo a sentir algumas náuseas. Estamos a falar
de profissionais que são certamente pais, ou mesmo avós; que
vivem na Terra e respiram o mesmo ar que todos nós; que deixa-
ram de deitar papéis para o chão, ou começaram a separar o lixo,
em nome das ameaças que fomos percebendo que se abatem sobre
o planeta onde vivemos… Neste quadro, pergunto-me: quem, em
consciência, e em nome do lucro, descarta o ambiente que o seu
filho ou neto vai respirar? Quem, na posse das suas plenas faculda-
des, é capaz de aldrabar meio mundo para obter, a troco da violação
de leis razoáveis, um motor mais barato, ou mais potente, e espalhar
essa aldrabice? A nenhuma daquelas pessoas revoltava uma mani-
gância que, no limite, podia matar os seus filhos e netos?
Foi nesta última pergunta que me fixei. E é nela que penso quando
chegamos a mais um Natal, a mais um tempo de boas práticas
e melhores intenções, a mais um tempo que convoca o cuidado e a
atenção para com o nosso semelhante, e nos encaminha para
balanços e perspectivas. Na verdade, fala-se demasiado da marca
de automóveis – mas é bom não esquecer que a marca não existe a
não ser nos painéis dos mercados de capitais. Por trás daquele sím-
bolo, e daquele escândalo, estão pessoas. Que magicaram um crime.
E o praticaram. Sem qualquer espécie de vergonha ou pudor.
Não imagino quantas outras aldrabices se praticam por esse mundo
fora em nome do lucro e do dinheiro – mas sei que esta, para mais
vinda desse país ‘exemplar’, que sempre quer ser a Alemanha, en-
tristece o meu Natal e os desejos de renovação e de redenção que
não deixo de pedir para o ano que se segue. Pior: impede-me de
chegar a este momento do ano e pensar que, no fundo, no fundo,
não somos tão maus quanto nos pintamos uns aos outros.
Se calhar, não somos. Mas por cada escândalo Volkswagen que se
revela, há uma espécie de prédio enorme de esperança e boa vontade
que se desmorona.
Não queria escrever uma crónica triste no Natal – mas saber que há
gente que não se importa de deixar os próprios filhos a respirar um
ar menos puro só para garantir lucros, objectivos, dinheiro, não me
dá margem de manobra para uma época puramente doce. Desta vez,
há um amargo de boca. Pode ser que um sonho da minha pastelaria
preferida, ou um coscorão, consiga apaziguar-me. Bem preciso.
Natal é quando o homem… deixar
Nota:Porvontadedoautor,estetextonãosegueasregrasdonovoacordoortográfico.
A nenhuma daquelas pessoas
revoltava uma manigância que, no limite,
podia matar os seus filhos e netos?”
59.
60.
61. lazer
JOIAS
em exposiçãoIMPERDÍVEL
De 2 a 13 de dezembro, a Boutique Cartier,
em Lisboa, vai apresentar a exposição ‘Dia-
mantes Cartier: Estilo e História’, mostran-
do 30 peças icónicas da marca, desde uma
tiara Art Déco do início do século XX até às
reproduções de animais incrustados de dia-
mantes. Estas peças fazem parte da Coleção
Cartier, um projeto que ganhou nome em
1983 mas foi iniciado em 1970 com o intui-
to de reunir e conservar peças-chave da
produção da casa francesa: as joias, os re-
lógios, as peças decorativas… Hoje, a Cole-
ção Cartier é composta por mais de 1500
produções realizadas entre 1860 e 1999,
e continua a crescer. O que vamos ver em
Lisboa é só uma amostra… mas uma amos-
tra muito boa. C.M.
pág. 62 o que fazer
Ir ao Congresso do Bombo, aos concertos
dos The Gift e ao cinema ver ‘Moby Dick’.
pág. 76 Matt Preston
O jurado do ‘Master Chef Australia’
quer jantar com Cristiano Ronaldo!
62. DavidKoskas
dezembro
LAZER 62
CINEMA
‘DOWNTON ABBEY’ O fim
“Ainda bem que terminou”, disse Maggie Smith. “Com os anos que
passaram desde o início de ‘Downton Abbey’, a minha personagem já
deveria ter uns 110 anos.” Talvez não fosse tanto, mas a verdade é que
muito passou desde que, há seis anos, ‘Downton Abbey’, uma humilde
série de época britânica da ITV, se tornou um inesperado fenómeno
internacional. Há seis anos, ‘Downton Abbey’ começou com um nau-
frágio do Titanic. Depois, deu o golpe de misericórdia na tradição vito-
riana, sobreviveu à Primeira Grande Guerra, fechou a belle époque e
avançou estrada fora em direção aos roaring twenties, abrindo espa-
ço às revoluções sociais e aos direitos sexuais. Com o passar dos
anos, ‘Downton Abbey’ (série e família) perdeu nobreza e grandeza.
Por isso, é grande a curiosidade em saber como e onde tudo irá termi-
nar. Spoilers para a derradeira temporada? Tom regressa da América,
Robert pensa reduzir o seu staff, haverá pelo menos um funeral e dois
casamentos, e a cozinha de Mrs. Patmore recebe o seu primeiro frigo-
rífico. O tempo muda. Às terças-feiras na Fox Life.
KATE WINSLET
É A MODISTA
Os críticos dizem que é uma
espécie de “comédia de vingança”.
Nos anos 50, Tilly Dunnage
(Kate Winslet) regressa à sua
terra natal na Austrália depois
de ter sido proscrita pela
comunidade local, que a acusou
de homicídio. Os longos anos
de desterro levaram-na ao mundo
da moda: Londres, Paris, Milão.
Agora regressa com estilo,
substância e capacidade de
usar a moda como uma arma
silenciosa, não apenas para
o corte e a costura. ‘A Modista’
não vem apenas para ver
como andam as modas.
Estreia a 3 de dezembro.
O MEU FILHO É LOLO
A quarentona parisiense Violette (Julie Delpy) vai
de férias sem compromissos e regressa encantada:
encontrou um Jean-René (Dany Boon) que, apesar de
ser técnico informático, pode vir a ter algum potencial.
Jean-René acredita que sim e segue-a até Paris, onde
está a vida dela e também uma peste chamada Lolo
(Vincent Lacoste), o filho de 19 anos de Violette, que
promete tornar num inferno a vida de Jean-René. ‘Lolo’
é a nova comédia realizada pela atriz Julie Delpy e pôde
ser visto na Festa do Cinema Francês este outubro.
Estreia a 17 de dezembro.
63. DEZEMBRO / luxwoman 63
O QUE FAZER EM
Por Miguel Somsen
BEM-VINDOS
À JUVENTUDE
Um compositor reformado
(Michael Caine) é enviado pela filha
(Rachel Weisz) para uma estância de
saúde onde faz tratamentos ao mesmo
tempo outro veterano (Harvey Keitel)
que o obriga a olhar para trás na vida,
em direção à sua juventude. Está feita
a aproximação do mais recente filme
do italiano Paolo Sorrentino, um
realizador cuja perspetiva desencantada
do mundo resulta quase sempre em
estimulante cinema para gente grande.
‘A Juventude’ estreou em Cannes
em 2015 e chega às nossas salas sem
ter envelhecido um único minuto.
É nisto que nos queremos tornar
quando formos grandes?
Estreia a 3 de dezembro
No coração de Moby Dick
O que aconteceu a bordo do Essex em novembro de 1820 ninguém sabe ao certo,
mas leu-se a história contada por um dos oito sobreviventes, cuja narrativa mais tarde viria
a dar origem a ‘Moby Dick’, de Herman Melville. O barco com vinte tripulantes foi atacado
por uma baleia no Pacífico Sul, deixando os marinheiros à deriva em pequenos barcos
durante dias, semanas, meses. Quanto dessa grotesca realidade sobreviverá no novo filme
de Ron Howard? É uma das razões por que queremos ver ‘No Coração do Mar’ com os pés
bem firmes em terra. Estreia a 10 de dezembro.
dezembro
64. 64 luxwoman / DEZEMBRO
LAZER
Três amigos passam a véspera de Natal juntos desde a morte dos
pais de um deles, precisamente numa véspera de Natal. É assim
há 14 anos. Para fazer esquecer um pouco a memória da perda, os
três amigos (Seth Rogen, Joseph Gordon Levitt e Anthony Mackie)
mantêm o ritual de pintar a manta na véspera de Natal, mas,
em 14 anos, muito mudou: os três homens constituíram família
e as prioridades mudaram. Portanto, a decisão está tomada:
acabar com a tradição de véspera de Natal com amigos, mas
acabar em grande, com uma última noitada, talvez a mãe de
todas as consoadas. Estreia a 3 de dezembro.
Tina Fey e Amy Poehler. Amy Poehler e Tina Fey.
Tina Fey e Tina Fey. Amy Poehler e Amy Poehler.
Não ficam por aqui as combinações possíveis para
esta dupla-maravilha que já apresentou três Golden
Globes e que chegou a ser avançada como provável
dupla de hosts para os Óscares de 2016 (entretanto,
a escolha recaiu em Chris Rock). Tina Fey e Amy
Poehler fizeram o seu primeiro filme juntas em 2008
(‘Baby Mama’) e regressam ao lugar do crime como
duas irmãs improváveis que decidem organizar uma
derradeira festa de arromba antes de os seus pais
venderem a casa de família.
‘Só Podiam Ser Irmãs’ estreia a 24 de dezembro.
JÁ FEZ A SUA RESERVA PARA O ‘HOTEL TRANSYLVANIA’?
O Hotel Transylvania foi construído
para receber todo o género de figuras
marginais e fantasmagóricas,
preferivelmente zombies e vampiros,
mas tudo mudou na gestão daquela
‘unidade hoteleira’ quando o primeiro
hóspede humano decidiu fazer check
in nas instalações do Conde Drácula.
Agora, uns anos depois do primeiro
filme, ‘Hotel Transylvania 2’ tem um
novo dilema a enfrentar: o neto de
Drácula, criança metade humana e
metade vampiro, não convence como
vampiro. Por isso, é preciso dar-lhe
um tratamento especial,
preferivelmente longe da Transilvânia.
Atenção à entrada em cena de um tal
Mel Brooks. Estreia a 10 de dezembro.
Girls
Boys
65. DEZEMBRO / luxwoman 65
O que mudou para os The Gift nestes
20 anos?
Muita coisa. Acho que soubemos
amadurecer, mas, apesar de tudo,
continuamos os mesmos, sempre
com vontade de fazer mais e melhor.
Como foram pensados os espetáculos
de celebração? Quem consideram
importante ter ao vosso lado e a
aplaudir-vos nesta data redonda?
Foram pensados a partir dos fãs e de
todas as pessoas que nos acompanham
e nos acompanharam neste longo
caminho. Queremos mimá-los com dois
espetáculos inesquecíveis, para lhes
agradecer tudo o que fazem por nós.
Vão lançar um disco com os temas que
mais marcaram a vossa carreira e um
livro que faz o balanço do vosso
percurso. Como foram escolhidos
esses conteúdos?
Escolhemos as canções mais
emblemáticas, mas também algumas
menos conhecidas que representam
muito para os nossos fãs.
Que projetos têm para o futuro
imediato?
Para já, estamos cem por cento focados
nestes concertos e em tudo o que
acompanhará esta celebração.
São muitas as novidades que temos
para dar, que a seu tempo revelaremos.
Posso dizer que quem quiser pode ficar
a conhecer toda a história dos The Gift
de fio a pavio.
E a longo prazo?
A longo prazo, certamente pensaremos
num novo disco e numa nova etapa.
Chegaremos a comemorar os 40 anos
dos The Gift?
Espero que sim. Estamos com força
para isso. Pelo menos, por enquanto.
Os espetáculos terão lugar
no Pavilhão Multiusos de Guimarães
e no MEO Arena, e os bilhetes
custam entre €17 e €40 na cidade-berço
e entre €22 e €45 na capital.
A.C.M.
ANGEL DERADOORIAN
NO MARIA MATOS
Dizem que é uma das vozes
de 2015. Que encantou Bjork
e Vampire Weekend com apenas
um disco. Que cantou numa série
de temas do último álbum de
Brandon Flowers, dos The Killers.
Dizem que foi formada para a
música aos 5 anos, com influência
dos pais, artistas nova-iorquinos.
Dizem que quem a ouve já não a
larga. Que já era assim quando ela
fazia parte dos Dirty Projectors,
banda de Brooklyn que largou há
três anos. Dizem que vai arrasar
o Teatro Maria Matos, em Lisboa,
que os bilhetes vão esgotar,
que devíamos despachar-nos.
Pode não ser verdade, mas eles
dizem que sim, que é verdade, que
convém não deixar para a última
o que deve estar em primeiro.
Teatro Maria Matos
24 de novembro, 22h
Bilhetes entre €7 e €14.
The Gift
COMEMORAM
20 ANOS DE CARREIRA
NO DIA 12 DE DEZEMBRO EM GUIMARÃES E
NO DIA 19 EM LISBOA, OS THE GIFT DARÃO
DOIS CONCERTOS COMEMORATIVOS DE DUAS
DÉCADAS DE ATUAÇÕES. PARA ASSINALAR
A EFEMÉRIDE, A BANDA DE SÓNIA TAVARES
APRESENTA AINDA UMA COLETÂNEA
COM AS CANÇÕES QUE MAIS MARCARAM
A SUA CARREIRA E UM LIVRO QUE CONTA
“SEM QUALQUER TIPO DE CENSURA” TUDO
O QUE VIVERAM E SENTIRAM ATÉ AGORA.
PALCOS
66. 66 luxwoman / DEZEMBRO
ESTE NATAL
‘UMA FAMÍLIA É UMA FAMÍLIA É UMA FAMÍLIA’
“Uma rosa é uma rosa é uma
rosa”, dizia Gertrude Stein.
Uma família é uma família,
dizem Eugénio Roda e Joana
Providência, autores do desafio
lançado pelo Teatro Maria Matos
no segundo fim de semana
de dezembro, com Natal à porta.
“Afinal o que é uma família?
Em que bolso da família cabem
os amigos? E as árvores têm
família? E uma família de
números quantos são à mesa?
E de que cor é a lã da ovelha
negra da família? E o miar do
gato soa familiar? Cada família
tem uma história para contar.
E cada história tem uma família
de histórias por descobrir. É
o que vai acontecer já a seguir.”
O texto é de Eugénio Roda, a
encenação de Joana Providência,
a matéria familiar será a nossa.
Teatro Maria Matos
11, 12 e 13 de dezembro
Bilhetes a €3 (criança)
e €7 (adulto).
Conte-nos tudo sobre a pornografia
desta sua nova peça e o humanismo
que ela esconde ou revela.
É um espetáculo que cruza histórias de
santos populares com outras de estrelas
porno. Uma mistura explosiva sobre
a nossa relação com as imagens,
sejam elas santas ou porno. Sobre
a necessidade de termos ícones,
estímulos, apegos. De como esses
consolos ficcionados nos servem
de apoio. Também é sobre aquilo
que existe para lá da nossa relação
com essas imagens: quem são esses
santos e esses pecadores? Que vida
teve António para ser santo? Porque
é que uma ex-estrela porno não pode ter
uma vida ‘normal’ depois da carreira?
É aí que encontramos realidades bem
mais interessantes, nesse momento
em que as imagens têm vida privada.
A iconografia pop continua a marcá-lo:
Veronica Lake, Cândida Branca Flor,
António Variações. Este é um trabalho
mais abrangente ou também foi
inspirado por um caso particular?
Puxou-me toda a imagética pop dos
santos populares e das estrelas porno,
mas sobretudo inspiraram-me as
histórias. Toda uma caixa do mal
contra o bem, com 1001 personagens.
Tem sido uma viagem imensa
(há mais de mil santos e estrelas
porno, pois então...).
Há quantos anos não fazia estes solos
em palco? O que mudou em si nestes
anos?
O meu último solo foi há uns anos...
Sobre a Veronica Lake, uma bela
e trágica atriz de Hollywood. A seguir,
encenei e escrevi uma nova versão
de ‘Os Pássaros’, mas aí não entrava
como ator. Continuo igual.
Fazer uma peça destas a solo é uma
boa forma de tratar a solidão por tu?
Escrever, encenar, cenografar
e interpretar um solo é muito doloroso.
Não há nada glamoroso na criação,
ao contrário do que as pessoas pensam.
Dá-se cabo da vista e das costas,
no computador. Ensaia-se sozinho.
Fica-se impossível de aturar, porque
tem de se estar em todo o lado
ao mesmo tempo. No final, é muito
recompensador. Não sei se tudo isso
é solitário. É apenas mais exigente
e cansativo.
Quando o artista tem de fazer
trabalhos menos artísticos para
sobreviver, a arte desaparece?
A arte nunca desaparece. Só não paga
contas. Pelo menos, a mim. Ainda.
‘Santos e Pecadores’
Espaço Rua das Gaivotas, 6, Lisboa.
Espetáculos de 14 a 19 dezembro
Bilhetes a €7.
LAZER
André Murraças
Santo ou pecador?
O regresso polissémico de André Murraças
aos espetáculos a solo é a melhor
das desculpas para tentar perceber
se o sucesso de um artista é obra
do diabo ou prova da existência de Deus.
JoanaProvidencia
67.
68. 68 luxwoman / DEZEMBRO
LAZER
Conte-nos tudo sobre este
concerto de Natal em Sintra.
Vai ser exclusivamente Natal
ou recupera reportório
dos seus discos a solo?
Vai ter uma toada forte
de Natal, sim, com canções
mais diretamente ligadas
à quadra e convidados
especiais. É também
a apresentação do disco
que lancei este ano, ‘Segundo’,
de onde acabei de extrair
o single ‘Fado do Fim
do Mundo’. Além da
celebração, através do
intimismo vou tentar criar
aquela magia dos momentos
de paz a que esta época
normalmente se associa.
Apesar de termos grandes
artistas em Portugal,
não temos uma grande
produção de música
de Natal no nosso país.
Temos vergonha do Natal e
vivemos tudo às escondidas?
Já começa a inverter-se essa
situação, ligada ao preconceito
que aponta o Natal meramente
como época consumista e de
hipocrisias. Muitos dos temas
relacionados com o Natal,
desde há muito, eram temas
cinzentos, tristes, quase a
pedirem desculpa por falarem
de Natal. É claro que há uma
componente ilusória no Natal,
mas felizmente que apareceu
uma série de temas de Natal
com energia positiva e
otimismo, quer assumidos por
estações de rádio e televisão
quer pelos próprios artistas
em lançamentos comerciais
ou independentes, até nas
redes sociais.
Este processo de muitas
vezes criar em
contraciclo (ou lançar
vinil quando toda
a gente consome mp3)
tem a ver com
necessidade sistemática
de se renovar?
É uma espécie de regresso
ao futuro, uma atitude
assumidamente conservadora,
saltando para a frente. O vinil
é um formato em crescimento,
junto da gente jovem e para
quem gosta realmente de ouvir
música. De ouvir música
sem ser só no computador
ou nos headphones, de onde
não tiramos todo o partido
das gravações que os artistas,
de modo tão cuidado, criam
em estúdio. Para ouvirmos
álbuns, obras em vez de
playlists, para apreciarmos
o artwork das capas em vez
dos insignificantes thumbnails.
Acho saudável recuperarmos
coisas do passado,
especialmente se nada no
presente estiver à sua altura.
O Natal não é apenas quando
um homem quiser mas
principalmente quando nasce
uma criança. O nascimento
da sua menina Glória em
outubro muda a perspetiva
das coisas este ano? Isso vai
refletir-se neste concerto?
Sim, já faltava um baby Jesus
para a noite de Natal em
família. Será certamente uma
noite muito feliz, até porque as
crianças, tal como o Natal,
aligeiram-nos o peso das
costas, com o qual vivemos
diariamente. O concerto
celebrará o Natal, que é a
palavra para nascimento, para
crentes ou não crentes. Logo,
a omnipresença da Glória
far-se-á sentir em palco...
Sei que és acima de tudo um
melómano. Quais os discos
de 2015 que mais gostou
de ouvir e nos pode
recomendar?
Os álbuns de que mais gostei
este ano foram discos de
canções, como há algum
tempo já não se ouviam, se
calhar voltando atrás, muito
atrás, mas reinventando
palavras e melodias da música
popular. Destaco alguns dos
que mais ouvi: o ‘Goon’, do
Tobias Jesso Jr, o ‘Fading
Frontier’, dos Deerhunter,
‘Saturns Pattern’, do Paul
Weller, ‘Fresh Blood’, do
Matthew E. White, e a versão
do ‘1978’ (de Taylor Swift) por
Ryan Adams.
‘O Natal segundo
Miguel Ângelo’
Centro Cultural
Olga Cadaval
5 de dezembro, 21h30
Bilhetes a €12 e €15.
O Natal segundo Miguel Ângelo
Real Bodies
O CORPO HUMANO
É UM REALITY SHOW
Somos todos diferentes
mas todos iguais, somos
todos comuns pela
vida que partilhamos e
particulares pelo corpo
que temos. Somos
determinados pela
forma como o usamos,
abusamos e esgotamos,
pelos desafios que lhe
lançamos, pelos limites
que nele testamos, pela
preguiça que detestamos.
Somos humanos,
temos um corpo que nos
identifica, um corpo que
é feito de pele e sangue,
que se alimenta
de energia, movimento
e circulação, mas que
também sobrevive ao
desconhecimento. É essa
inconsciência que agora é
colocada à prova em Real
Bodies, “a maior e mais
completa exposição de
órgãos e corpos humanos
reais a passar por
Portugal”, patente em
dez galerias de uma área
de 1700 m2 na Cordoaria
Nacional, em Belém.
Leve o seu corpo
e descubra a alma
que existe nele.
Cordoaria Nacional,
em Belém
Todos os dias
das 10h às 20h.
Bilhetes entre €11,50
(crianças) e €15,50
(adultos).
Pack família, €39,50.
A poucos dias do concerto de Miguel Ângelo no Centro Cultural
Olga Cadaval, em Sintra, fomos falar com o ex-Delfim sobre o
segundo álbum, a sua nova paternidade e o eterno espírito de Natal.
69.
70. 70 luxwoman / DEZEMBRO
LAZER
Porquê um Congresso
do Bombo e porquê
agora?
Com o surgimento do Tocá
Rufar em 1996, espoletou-
-se um movimento que
trouxe o bombo tradicional
português para a ribalta.
Não se imaginava
a dimensão que esse
movimento iria ter.
Foi tudo muito rápido e
espontâneo. O Congresso
do Bombo surge de um
impulso de desaceleração:
parar, pensar sobre o
que se fez, voltar a olhar
para a origem (os grupos
de bombos tradicionais)
e pensar o futuro com
mais entendimento.
Qual é o ambiente atual
face à música tradicional?
Ainda há preconceitos?
Acreditamos que é
necessário criar (talvez
forçar) contextos que
promovam a audição
e a vivência quotidiana
das artes tradicionais. Isso
pode e deve fazer-se no
âmbito escolar, vocacional
e/ou profissional, mas
também, e com igual
empenho, em âmbito
amador e recreativo.
Dificilmente alguém
vai hastear uma cultura
que lhe está distante.
Um dos pontos do
congresso é debater
“a integração das
expressões culturais
tradicionais nos sistemas
educativo.”E “formas
inovadoras de ensino
inspiradas na cultura
tradicional”. Como é
que isto pode ser feito?
Tem de se desenhar
um projeto educativo
bem fundamentado,
responsável e inovador,
que alie um profundo
A Pôpa Fiction
BY MÁRIO BELÉM
Mário Belém é um dos artistas mais
estimulantes da sua geração, mas não
gosta muito de dar nas vistas. O trabalho
fala por ele: a escadaria da Pensão Amor,
o Mural do Desassossego na LX Factory
e a mais recente Aparatosa Envolvência
Botânica na parede sul da Gin Lovers
Príncipe Real desde outubro. Este Natal, a
arte de Mário Belém pode chegar também
a nossas casas, uma vez que ele foi o autor
dos três rótulos da coleção Pôpa Fiction,
da dupla de produtores durienses
Stéphane e Vanessa Ferreira. The Grape
Escape, In the Flesh e Hot Lips resumem-se
como uma provocação de cinema e arte
pop em três tintos DOC de eleição da
Quinta do Pôpa. Edição limitada a 2550
garrafas com o preço de €29. Beba o
vinho, guarde as garrafas, aprecie a arte.
NATAL
TERRA LUSA
Este Natal, a coleção da Terra Lusa
apresenta duas propostas de miniguarda-
-chuvas e ecossacos inspirados na
azulejaria ponta de diamante, um modelo
maneirista de origem andaluza que se
desenvolveu em Portugal no século XVII.
É essa a vantagem do clássico: nunca passa
de moda. Mais em www.terra-lusa.com
Nos dias 28 e 29 de novembro, realiza-se
o 1.º Congresso do Bombo, na Aula
Magna, em Lisboa. Falámos com Maria
Ceia, diretora artística da Tocá Rufar, que
organiza o evento e nos explica porque é
que um dos palestrantes é o economista
Augusto Mateus. Por Carla Macedo
conhecimento das artes
tradicionais à vanguarda
dos métodos educativos
do ensino artístico.
Isso consegue-se com
paixão, criatividade
e muito trabalho.
É uma obra de equipa,
porque há muitos saberes
envolvidos. Depois disto,
não poderá ser muito
difícil convencer os
órgãos de decisão de
que a ideia vale a pena.
Ter o economista
Augusto Mateus num
congresso sobre um
instrumento como
o bombo é curioso. Qual
é a ideia deste painel?
Quando lemos as palavras
que escreveu, tivemos
a certeza de que torcíamos
pela mesma equipa:
“O futuro das economias
europeias, bem como
da economia portuguesa,
depende decisivamente
da respetiva capacidade
em colocar a cultura,
a criatividade
e o conhecimento
no centro das atividades
económicas.” E se isto
for verdade também
para o bombo e a sua
cultura? É uma hipótese
ambiciosa.
Há aqui também um
conceito daquilo que pode
ser o País. A sua ideia é
pôr Portugal inteiro a
tocar bombo?
O bombo é um instrumento
para ser tocado por um
povo inteiro e não por
indivíduos isolados.
O bombo exige força mas
sensibilidade, resistência
mas tento, assusta
e enternece... Depois,
a força do grupo exacerba
tudo isto. Os bombos
portugueses têm um som
único e exótico, que
é nosso. Portugal inteiro
a tocar bombo significa
Portugal orgulhoso das
coisas singulares e boas
que fazem parte da sua
identidade.
Sempre a bombar
71. PENTEADOS
PARA UM DIA DE
FESTACom o Natal e a Passagem de Ano
à porta, os penteados de festa ganham
relevância. Porque acreditamos que
as ocasiões especiais merecem looks
deslumbrantes, deixamos aqui algumas
sugestões para um dia especial de festa.
A
influência dos anos 70, mar-
cada por um estilo Boho, com
ondas soltas, leves e informais,
é uma das tendências mais
marcadas. Para uma ocasião mais formal,
o cabelo preso e direcionado apenas para
um dos lados ao estilo Boho Chic, é uma
ótima aposta.
A nova Laca Criação TRESemmé Make
Waves vai facilitar o penteado, definindo
o movimento e a vivacidade das ondas
por várias horas.
O rabo-de-cavalo é outra das opções para
estes dias. Nesta temporada aparece bai-
xo, preso na nuca, simples e muito liso. A
Laca Criação TRESemmé Get Sleek,
com resistência anti-frizz e textura suave,
é ideal para manter o liso perfeito durante
mais tempo.
O já famoso Bob é um dos cortes mais
falados atualmente, mas muitas vezes o
medo impende-nos de arriscar. E se fosse
possível usar o famoso Bob sem cortar?
O penteado chama-se Fake Bob e
consiste em prender o cabelo de
forma a criar volume e a ilusão que
cortou o cabelo. O
truque é fixar o ca-
belo com ganchos
atrás, aplicando a
nova Laca Cria-
ção TRESemmé
Max The Volume,
desde a raiz até às
pontas. O resultado
final é glamouroso e
surpreendente sem
se comprometer com
um corte radical.
por João Borges & Nuno Loureiro
Hair Stylists TRESemmé
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72. CONHECER 72
hyeonseo lee
yeonseo Lee nasceu na
Coreia do Norte há 34
anos. Fugiu sem prever
o que iria encontrar.
Tinha 17 anos e apenas
sabia que o país em que
tinha crescido não era,
afinal, o melhor do mundo, o dos grandes
líderes que faziam sacrifícios pelo povo,
conforme lhe tinham dito durante o seu
crescimento. A fome que atingiu a Coreia
do Norte nos anos 90 e o confronto com as
imagens televisivas que recebia ilegalmente
em sua casa, de uma China próspera,
fizeram-na questionar o que até ali tinha
tido como verdade absoluta. Foi à aventura
e ficou separada da família durante 12 anos.
Voltou ao país para resgatar a mãe e o irmão
do regime opressor. Depois de um ano em
viagem, restabeleceu-se na Coreia do Sul.
Foi às conferências TED falar da sua expe-
riência e hoje identifica-se como ativista
política, e foi nessa qualidade que quis
escrever ‘A Mulher com Sete Nomes’. Hyeon-
seo Lee veio a Portugal para promover o
livro e contou à LuxWOMAN histórias
reais que parecem impossíveis.
Como é que decidiu fugir da Coreia do
Norte? Como é que foi esse processo mental?
Eu tinha 17 anos e não sabia exatamente o
que estava a fazer. Até essa altura, acreditava
que o meu país era o melhor do mundo, um
paraíso, e sentia imenso orgulho em ter
nascido lá e em ter um grande líder a cuidar
de mim. Depois, veio a fome e vi pessoas
morrerem na rua à minha frente. Foi cho-
cante. Vi pessoas a morrer desde pequena.
Quando entramos na escola primária,
passamos a ser obrigados a ver as execuções
públicas, mas isto era diferente. Ver pessoas
morrerem de fome na rua é muito mais
chocante. Ao mesmo tempo, como vivia
numacidadefronteiriça,viaànoiteatelevisão
chinesa…Ficavaesmagadacomaabundância
em que a China vivia na altura.
Era chocante porque a China era também
uma república comunista e ainda assim
as pessoas não passavam fome?
O mais chocante era acreditar que o meu
país era o melhor do mundo e no único país
de que eu conhecia alguma coisa, porque
não sabia mais nada sobre qualquer outro
país, ver tanta riqueza. No meu país, as
pessoas morriam de fome. Como é que
podia ser o melhor do mundo? Não fazia
ideia de que vivíamos numa ditadura, não
havia forma de saber isso.
O discurso político fazia-vos acreditar
nessa grandeza. Como é que essa mensagem
passava nas conversas privadas?
Desde que me lembro, a propaganda era
imensa e entrava em todos os minutos da
vida. Acreditamos que os líderes são deuses,
consideramos que são os seres humanos
mais importantes de todos. Na minha
cabeça, o Querido Líder era a pessoa mais
importante do mundo, só depois vinham
os meus pais e depois eu. Enquanto somos
crianças, ensinam-nos coisas ridículas, como
que o ditador matou os inimigos quando
tinha cinco ou seis anos, que usou um arco-
-íris para passar de uma margem de um rio
para a outra, como se fosse uma ponte…
É uma mitologia?
Sim. É claro que mais tarde deixei de acre-
ditar nessa história do arco-íris, mas toda
a gente acredita nos superpoderes do líder.
Como estamos isolados do mundo exterior,
acreditamos que é verdade, acreditamos
que eles são deuses. Só temos um canal de
televisão e só faz propaganda política:
passa o tempo a mostrar os grandes feitos
do Querido Líder, o que ele fez por nós, os
sacrifícios que fez pelo povo, com vozes
tristes e música a condizer. Acaba por ser
muito emotivo e funciona. O Querido Líder
tinha um perímetro abdominal enorme
e eu, um dia, perguntei à minha mãe porque
é que ele tinha essa barriga tão grande.
Na Coreia, não é habitual os homens terem
Teve sete nomes para não ser repatriada,
foi imigrante ilegal e conta como é viver
sob opressão. A liberdade demorou muito
tempo a chegar, mesmo depois de sair do
território geográfico da ditadura. Agora vive na
Coreia do Sul e diz que temos, nas democracias,
a obrigação moral de receber os refugiados.
Conheça ‘A Mulher com Sete Nomes’. Por Carla Macedo
política
Refugiada
Planeta,
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73. DEZEMBRO / luxwoman 73DEDEDEDEZDEZDEZDEZDEZDEZDEDEZDEEZZDEZDEZDED EMBEMBEMBEMBEMEMBEMBEMBBBBBBBBEMBEMBROROROROROORROORROOORORR ///////// lululululuuuuuuluuuuluuluuxwxwxwxwxwxwxwxwxwxwxxxwxwwxwxwwx omomomommmmmmommmmmmmmmommmmmmmmmmmananaanannnnnnnnnanannnnnnnnnn 7373737373333737
Coreia do Norte
desde quando?
A península da Coreia já foi um único país.
Em 1910, foi ocupada pelo Japão. O estatuto
de colónia só viria a desaparecer em
1945, no fim da Segunda Guerra Mundial.
A península foi dividida ao meio: o norte
ficou sob administração da União Soviética,
com capital em Pyongyang, e o sul foi
oferecido aos Estados Unidos da América,
com a capital em Seul. A ideia era reunificar
os territórios, partindo da realização de eleições livres em 1948. O sufrágio para
uma Coreia unida não se realizou: houve eleições com candidatos e métodos
distintos nas duas metades da Coreia, naquele ano. Em 1950, começou uma guerra
que, até ao final, três anos depois, matou três milhões de pessoas.
Kim Il-Sung criou a sua própria ideologia, a Juche, em que defende a independência
económica e política de países estrangeiros, a coletivização da agricultura e da
indústria, o culto da personalidade do líder, a militarização da sociedade, o nacionalismo
e a defesa da homogeneidade étnica. O calendário adotado passou a considerar
ano 1 o ano do nascimento de Kim Il-Sung (1912). Foi ele, o Grande Líder, que conduziu
o país até à sua morte, em 1994, inicialmente como primeiro-ministro e depois
(a partir de 1972) como presidente. Sucedeu-lhe o filho, Kim Jong-il, o Querido
Líder, que governou até à morte, em 2011. Em 2009, tinha nomeado o filho
Kim Jong-un para lhe suceder. Este é hoje o líder supremo da Coreia do Norte
e, apesar de ter estudado na Suíça, não dá mostras de querer abrir o país
ou suavizar as políticas repressivas.
uma barriga volumosa…
E o que é que a sua mãe respondeu?
Respondeu-me que o Grande Líder Kim Il
Sung tinha um problema de saúde por
causa dos sacrifícios que tinha feito pelo
povo, e que a doença era tão grave que tinha
passado para o filho, o Querido Líder Kim
Jong Il, que por sua vez também fazia
imensos sacrifícios pelo povo…
Os adultos dizem isso porque acreditam
ou porque têm medo de ser apanhados
a dizer o contrário?
Acreditam! Acreditam! Vivemos com
medo, e já é tão normal que nem notamos.
Por um lado, há a propaganda emotiva
sobre os sacrifícios dos líderes pelo povo;
por outro, há o medo das execuções públi-
cas. As pessoas são mortas em público por
razões políticas, e as suas famílias desapa-
recem a meio da noite. Isso aconteceu com
um amigo do meu pai, que foi denunciado
por corrupção e julgado imediatamente:
foi preso num campo de concentração e
toda a sua família foi banida para o campo.
Se não vamos a uma execução pública
ou faltamos a um compromisso público,
podemos ser presos. A melhor forma de
viver com segurança na Coreia do Norte é
ser ignorante, acreditar em tudo e fazer tudo
como nos dizem. Quem for esperto, quem
se interessar por política,
quem questionar alguma
coisa, vai ter uma vida
perigosa.
Como é que foi a fuga
para a China?
Na mesma altura
que eu saí, saíram
mais pessoas.
Pensei em fazer
como essas pes-
soas, porque
o?
único país.
o. O estatuto
recer em
ra Mundial.
io: o norte
ão Soviética,
e o sul foi
da América,
eunificar
ágio para
étodos
ma guerra
s.
pendência
ra e da
acionalismo
siderar
conduziu
epois
erido
ho
orte
s
74. CONHECER
74 luxwoman / DEZEMBRO
Sempre me considerei uma mulher forte,
que ultrapassava todos os obstáculos,
mas foi muito doloroso revisitar o passado,
e sobretudo reviver a segunda fuga, aquela
que fiz com a minha família. Estava tudo
demasiado fresco. Estivemos quase a ser
apanhados muitas vezes na China. Houve
um momento horrível, quando soube que
a minha mãe e o meu irmão estavam presos
no Laos. Percebi que é um verdadeiro trauma.
Tive de parar muitas vezes. Escrevi este livro
para criar mais consciência sobre o problema,
para ter mais pessoas na minha campanha
pelos direitos humanos na Coreia do Norte,
eporquelevantaquestõesquesãosemelhantes
noutras partes do mundo.
Há milhões de pessoas em fuga no mundo
de hoje – das ditaduras, das guerras, da
pobreza. Qual seria a forma mais correta
de receber os refugiados?
Toda a gente sabe a resposta: temos de
receber as pessoas. Na verdade, somos todos
refugiados, mas estamos em situações
diferentes. Não se pode comparar refugiados
com dissidentes políticos, porque eu, enquanto
opositora a um regime, nunca terei um país
para onde voltar. No meu país, o Governo
enlouqueceu, coloca as pessoas em campos
de trabalho sem razão alguma. Na China, por
ser dissidente da Coreia do Norte, eu estava
em perigo, podia ser presa, repatriada. Eu
nem sequer queria ficar na China: a maioria
dos desertores da Coreia do Norte quer
alcançar a Coreia do Sul, que nos recebe bem.
Ou seja, são situações muito distintas.
Olhando para o problema de uma forma
global, sim, somos todos refugiados. Olho
para as fotografias dos refugiados que
chegam à Europa, as suas caras tristes, e
consigo rever-me neles, embora talvez daqui
a dez anos estas pessoas possam voltar aos
seus países… Eu não: não me parece que
em dez anos alguma coisa mude na Coreia do
Norte.Provavelmente,ospaíseseuropeusnão
têm obrigação de receber estas pessoas, mas
elas são pessoas e há uma obrigação moral.
Se calhar, são a sua única esperança. São seres
humanos! Não podemos agir como se nada
estivesse a acontecer. Temos de ser bondosos!
Temesperançadevoltaravivernoseupaís?
É a minha grande esperança. É por isso que
estou a fazer este trabalho. Acredito que a
ditadura não pode durar para sempre. Vou
continuar a lutar para que a comunidade
internacional pressione a Coreia do Norte.
O meu país tem de mudar, tem de se abrir
ao mundo.
tinha muita curiosidade sobre o mundo
exterior. Queria saber se aquilo que via na
televisão chinesa era verdade ou ficção.
Na altura, não tinha noção de que estava a
fugir. Agora percebo que era isso que estava
a fazer, mas à época não percebíamos o que
era fugir, nunca nos tinham ensinado isso,
nem sequer conceptualmente. Nunca tínha-
mos ouvido falar de gente que tivesse fugido.
Então, não conhecia os perigos que iria
enfrentar?
Não havia forma de saber. Agora, as pessoas
já sabem, depois de muita gente ter saído.
Agora, há mais notícias do mundo exterior.
Na altura, não se sabia nada.
Foi um choque chegar à China e passar
a ser imigrante ilegal?
Pensava que tinha um mundo fascinante
à minha espera, pronto para me receber,
e descobri que esse mundo não era para mim.
Ser dissidente político da Coreia do Norte
não é bem visto na China, e é o que passamos
a ser quando passamos a fronteira ilegal-
mente. Por isso, tive de me esconder. Três
anos depois de chegar, fui denunciada e
apanhada pelas autoridades chinesas. Foi
um amigo chinês que me denunciou, a troco
de dinheiro. Nessa altura, vi outros fugitivos
da Coreia do Norte e pensei que aquela má
sorte não era para mim. Consegui convencer
as autoridades de que era chinesa, porque
falava corretamente e porque a minha cali-
grafia era perfeita, e a caligrafia chinesa é
muito difícil. Depois disso, fugi para Xangai,
porque é muito mais fácil escondermo-nos
numa cidade grande, e também é mais fácil
nãofazermospartedacomunidadedissidente.
Não queria esse estatuto para mim! Mudei
muitas vezes de nome para proteger a minha
identidade, para que não se soubesse de onde
vinha, para ter mais possibilidades do que
as que estão reservadas aos desertores.
Ser mulher torna mais fácil ou mais difícil
ser refugiado?
Há mais mulheres refugiadas da Coreia
do Norte do que homens. É mais fácil, sendo
mulher, sobreviver em países estrangeiros.
Na China, estas mulheres são vendidas
como escravas sexuais, os homens não são
vendidos. As mulheres não sabem que isso
lhes vai acontecer. Têm mais facilidade em
passar do que os homens, por esta razão.
Elas vão para a China para trabalhar e
ganhar dinheiro, mas, como não sabem falar
chinês, como não têm ligações na China
[Hyeonseo Lee tinha uns tios afastados,
que a receberam], acabam por ser vendidas.
Depois, depende da beleza e da idade…
Eu não sabia que isto acontecia até sair
da Coreia do Norte. Agora, sei que acontece
em quase todos os países do mundo.
É chocante que um ser humano possa ser
vendido por outro ser humano.
Hoje, vive na Coreia do Sul, onde chegou em
2008. É ativista política, assumidamente
contra o regime norte-coreano. Este livro é
uma forma de luta?
Este livro começou com a minha conferência
TED, em 2013. Nunca pensei que fosse alvo
de tanto interesse. Fui contar o que me
aconteceu, porque queria partilhá-lo com
o mundo. Não sabia que iria mudar a minha
vida como mudou. Depois desse discurso,
houve muito interesse da comunidade
internacional pelo assunto Coreia do Norte.
Foi nessa altura que fui contactada pela
editora Harper Collins para escrever o livro.
Pensei que devia fazê-lo, para que mais
pessoas soubessem o que está a passar-se.
Tive de ter muito cuidado, para proteger
as identidades dos meus familiares que
ainda estão na Coreia do Norte.
Custou-lhe escrever sobre acontecimentos
tão duros?