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Projeto Jovem Aprendiz:
uma nova perspectiva do adolescente na sua
relação com o trabalho e a escola.
INTRODUÇÃO
• No mundo contemporâneo, várias controvérsias aparecem em
  relação à questão do trabalho de adolescentes e dos impactos
  que este pode provocar, influenciando muitas vezes no
  aprendizado ou condução dos estudos. Alguns acreditam que
  o trabalho traz o crescimento e o desenvolvimento do
  adolescente no que diz respeito à construção da sua
  identidade, outros afirmam que este provoca atraso na
  escolarização e até mesmo evasão escolar.
• Diante dessa perspectiva o presente trabalho se propõe
  através de estudo bibliográfico e prática investigativa realizar
  um estudo acerca da relação entre trabalho e escola
  evidenciando a forma como essa dualidade aparece no
  programa Jovem Aprendiz, relatando sobre como funciona
  esse programa e quais os benefícios ele pode trazer para os
  adolescentes que se inserem neste tipo de trabalho.
LEI Nº 10.097, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000

• A referida lei regulamenta o trabalho do menor como
  aprendiz.

• O artigo 428 diz o seguinte:

        Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por
        escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a
        assegurar ao maior de quatorze e menor de dezoito anos, inscrito em
        programa       de      aprendizagem,      formação   técnico-profissional
        metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e
        psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas
        necessárias a essa formação. (BRASIL, 2000)
• De acordo com essa lei, o menor aprendiz tem a anotação na
  Carteira de Trabalho e deve estar matriculado e frequentando
  a escola. Deve ainda estar inscrito em programa de
  aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade
  qualificada em formação técnico-profissional metódica. O
  contrato do menor aprendiz não pode durar mais que dois
  anos e é garantido a ele por lei o salário mínimo hora.
  (BRASIL, 2000)
• A formação técnico-profissional do mesmo “caracteriza-se por
  atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em
  tarefas de complexibilidade progressiva desenvolvidas no
  ambiente de trabalho.”. (BRASIL, 2000)
• As práticas oferecidas pelo programa são as seguintes:
  •   Auxiliar de alimentação: preparo e serviços
  •   Auxiliar de produção industrial
  •   Comércio e varejo
  •   Conservação, limpeza e sustentabilidade ambiental
  •   Gestão pública
  •   Logística
  •   Ocupações administrativas
  •   Práticas bancárias
  •   Telesserviços
  •   Turismo (O PROGRAMA..., 2012)
CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NA ADOLESCÊNCIA:
INFLUÊNCIA DA ESCOLA E DO TRABALHO

• Sarriera (2003) pontua que, a necessidade do jovem assumir
  compromissos colocando-se diante à vida adulta expressa
  profunda mudança de seu papel no mundo, levando-o a
  questionamentos e incertezas, próprias da "crise da
  identidade" na adolescência, proposta por Erikson.
• O jovem desenvolve sua identidade ao tomar decisões
  ocupacionais de modo mais racional e sistemático, marcado
  pela exploração vocacional e autoconfiança. À medida que
  tem oportunidades, reduz as possibilidades, decidindo por
  uma profissão de seu interesse e compatível com suas
  aptidões. (SARRIERA, 2003)
• Percebe-se dessa forma, que o desenvolvimento da
  identidade pessoal, tem íntima relação com a escolha
  vocacional, em consonância com os interesses e habilidades
  do adolescente. (SARRIERA, 2003)
• Por possibilitar um sentido de participação e utilidade, entende-se
  que o trabalho pode ser estruturante da identidade se proporcionar
  ao jovem um sentido de vida, facilitando escolhas profissionais à
  medida que possa ser fonte de informações e aprendizagem,
  permitindo também novos contatos sociais, ampliando a rede de
  amizades e a social. (SARRIERA, 2003)
• Há uma controvérsia apontada na relação trabalho-escola diante do
  fato de, por um lado, profissionais da saúde, educadores, psicólogos
  e especialistas em segurança do trabalho pontuarem danos
  potenciais que o trabalho precoce pode causar ao crescimento e
  desenvolvimento da criança, no que diz respeito a aspectos
  biopsicossociais e atraso na escolarização, devido à frequente
  repetência e evasão escolar. Já por outro lado, a própria comunidade
  onde estão inseridos e os mesmos, menores trabalhadores,
  interpretam o trabalho infantil e do adolescente como positivo para
  formação educativa do cidadão. (FISCHER, 2001)
• Fischer (2001) observa que o futuro coloca-se como um ideal a ser
  conquistado, em função da capacidade do jovem de assegurar sua
  própria formação através da escola formal, na medida em que o
  grau de escolarização é reconhecido pelos jovens como pressuposto
  para empregabilidade, bem como identificam na formação um
  diferencial de competitividade, diante das dificuldades de colocação
  que existem no mercado de trabalho. A associação do sucesso
  profissional ao estudo representa para muitos jovens o caminho
  para a melhoria das condições de vida.
• Analisando o trabalhar-estudar afirmam-se alguns conteúdos da
  representação sobre o trabalho, presentes entre jovens estudantes,
  trabalhadores e não-trabalhadores. A contradição diz da presença
  da dimensão das conseqüências do trabalho para a escolarização,
  tais como maior cansaço, falta de tempo para o estudo, atrapalhar o
  estudo etc., ao lado da dimensão moral do trabalho, associando
  valores e também afirmando vantagens a ele, como maior
  maturidade do aluno trabalhador, necessidade de construção de
  futuro e resultante aprendizado. (FISCHER, 2001)
• Para muitos jovens, a relação trabalho-escola diz de (FISCHER,
  2001):
  • Trabalho parece funcionar como mecanismo de legitimação de
    valores sociais hegemônicos. A escola parece ter o poder de
    libertar assegurando um futuro diferente;
  • Trabalho cumpre função associada à sobrevivência. A escola
    funciona como instância de saber e de criatividade;
• Ambos, trabalho e escola, estão estreitamente ligados às
  possibilidades ou impossibilidade de futuro de crianças e
  adolescentes. Fischer (2001) observa a crença na escola como
  instituição capaz de transferir saber e possibilitar melhor
  futuro para crianças e adolescentes.Observou-se também que,
  apesar do trabalho representar um risco para a escolarização,
  este é legitimado pelas representações dos próprios jovens,
  ora justificando-o, ora legitimando-o.
RELAÇÃO DO ADOLESCENTE COM O TRABALHO E A ESCOLA
INFLUÊNCIADOS PELO SURGIMENTO DE NOVOS
PARADIGMAS DA CONTEMPORANEIDADE
• O termo adolescência é considerado um conceito recente, que
  tem por finalidade designar uma determinada etapa da vida, a
  qual é caracterizada por um conjunto de mudanças em uma
  esfera social, física e psicológica. Ora esta fase é tida como um
  momento de “crise” (OZELLA, 2002, p.16), ora é vista pela
  ótica de um ideal a ser alcançada.
• A adolescência não pode ser pensada fora do seu contexto
  sociocultural, nele ela foi criada e se constituiu. Sendo
  assim, ela não estará isenta dos valores, crenças, pensamentos
  de uma cultura. Será diretamente influenciada pelos
  paradigmas existentes, estando, a todo o
  momento, submetida a surgimento e mudanças de padrões
  culturais.
• De acordo com Valore e Viaro (2007), o termo pós-
  modernidade é marcada pelo capitalismo e sua influência
  sobre a civilização. Um modelo mercantilista-consumista que
  vai influenciar na subjetividade, produzindo pessoas
  narcisistas, exibicionistas, individualistas, consumistas, flexívei
  s e fragmentadas.
• Os autores afirmam que antes o trabalho assumia uma peça
  importante como modelador de valores e princípios
  fundamentais para a construção da identidade, uma vez que
  se antes o mercado era caracterizado pela segurança e
  estabilidade, hoje o seu slogan é a flexibilidade.
• O mercado é marcado por:
          [...] mudanças rápidas das condições do mercado, alta adaptabilidade por
          parte dos trabalhadores, constante inovação de técnicas e produtos,
          deslocamentos de tempo e lugar, exigência de se correr riscos
          constantemente, capacidade de atuar performaticamente em várias
          frentes, trabalho em equipes momentâneas, falta de instâncias
          normativas definidas, superficialidade da relação homem-trabalho.
          (VALORE; VIARO, 2002, p.59).


• Com isso pode-se chegar os novos paradigmas propostos pela
  sociedade e que com frequência não são percebidos pelas
  pessoas, apenas sentidas as suas consequências. É possível
  citar aqui a exigência do mercado em mão de obra qualificada,
  valorização de habilidades interpessoais, busca de
  profissionais que se preocupam com a busca de
  conhecimento.
• Como mostra Fischer e outros (2001), ainda há controvérsias
  na opinião de profissionais da saúde e a comunidade, se o
  jovem deve ou não trabalhar, mas, não pode-se negar os
  benefícios tragos por uma abordagem estruturada que é o
  projeto jovem aprendiz, para construção da identidade
  profissional e desenvolvimento de outras habilidades.
ANÁLISE DAS ENTREVISTAS COM OS
JOVENS APRENDIZES
• Para a realização do trabalho foi aplicado um questionário
  com seis jovens aprendizes de uma empresa do município de
  Lagoa da Prata. Antes foi tomada a autorização do setor de
  RH, sendo que ambos os participantes estavam cientes dos
  objetivos do questionário. Optou-se por omitir informações
  pessoais, para não expor empresa e/ou funcionários. Estas
  entrevistas não seguiram metodologias estatísticas, pois, o
  objetivo principal era embasar os argumentos do grupo e
  demonstrá-los em sala de aula, com cunho voltado para
  didática, e elementos para exemplificação.
• Segue abaixo os resultados:
• 1. Idade e Sexo:
Os adolescentes têm idades de 14 a 17 anos. Sendo 2
participantes do sexo masculino e 4 do sexo feminino.
• 2. Como ficou sabendo do programa Jovem Aprendiz?
Obtiveram informações por meio de parentes, amigos que já
participavam do programa e divulgação da escola.
• 3. Há quanto tempo participa do programa?
Todos os entrevistados estão no programa há dois meses.
• 4. Desempenha qual função? Trabalha em que setor?
Todos são contratados e desempenham a função de Auxiliar de
Escritório. Porém se distribuem de acordo com a necessidade da
empresa entre os setores de logística, financeiro, contabilidade.
• 5. O que te motivou a participar deste programa?
Dentre os motivadores a participar do programa, prevalece à busca de
experiência. Outro motivador apresentado foi à busca da
independência pessoal e financeira relatada da seguinte maneira:
“Porque desde cedo eu sempre tive vontade de trabalhar, ser mais
independente e ter meu próprio dinheiro” (sic).
• 6. Você obteve algum benefício deste programa para sua vida
  profissional e/ou pessoal? Se sim, Quais?
Dentre os benefícios reconhecidos pelos adolescentes encontram-se a
possibilidade de adquirir responsabilidade, compromisso, respeito,
novas experiências, conhecimentos, amizades e segundo uma das
entrevistadas uma possiblidade de treinamento das habilidades
pessoais, relatando que “*...+ sempre fui muito tímida e agora estou
procurando me sobressair mais.” (sic).
• 7. Quais as adaptações que a participação neste programa
   exigiu que você fizesse.
De maneira geral todos tiveram que adaptar-se a nova
realidade, pois seus horários sofreram uma drástica mudança.
Um caso isolado, mas que se torna importante ressaltar, que
nesta empresa, um dos jovens (não entrevistado) havia desistido
dias antes por não conseguir intercalar seus horários. São
relatos dos entrevistados:
“*...+ Eu acordo cedo para estudar no ‘Ensino Médio’, tarde
trabalhando e noite estudo curso Técnico fora da minha cidade.”
(sic.)
“Ser pontual, e ser responsável com o meu trabalho” (sic.)
• 8. Em relação à escola, como fez para conseguir articular trabalho e
   escola?
Abaixo foram relatadas as respostas de alguns entrevistados que
demonstram como é feita a articulação dos seus horários para conciliar
trabalho e escola. Por um lado percebem-se os dificultadores neste
objetivo, por outro, que os adolescentes se mantem motivados a
permanecer e buscar resultados.
“*...+, meus trabalhos e deveres são feitos de madrugada e finais de
semana” (sic.)
“Tive que parar um pouco com um cursinho que eu fazia a noite porque
estava ficando cansativo, mas aos poucos estou voltando”. (sic.)
“Nas primeiras semanas foi mais difícil me acostumar, mais acho que é só
uma questão de costume. É só saber dividir o tempo de escola com
trabalho que sobra tempo o suficiente para estudar, trabalhar e ter
momentos de laser.” (sic.)
“Para mim não está sendo muito fácil, eu saio do serviço às 12:00
horas, minha mãe me busca, e tenho que almoçar para chegar na escola
12:30 horas, mas apesar do pouco tempo que tenho, graças a Deus estou
conseguindo, e nem por isso minhas notas abaixaram.” (sic.)
CONCLUSÃO
• Em virtude do que foi mencionado, percebe-se que a opinião dos
  profissionais da saúde e da comunidade quanto ao tema trabalho na
  adolescência ainda é divergente. Alguns consideram essa perspectiva
  como fator prejudicial para o desenvolvimento do adolescente, outros já
  acreditam ser um meio importante para aquisição de valores sociais.
        Fato que não se pode negar, é que o ser humano está em
  constantes transformações, porém, em alguns períodos da vida estas
  transformações ocorrem de maneira mais acentuada, como é na
  adolescência, mudanças fisiológicas e psicológicas estão acontecendo
  com grande intensidade, o que irá influenciar na maneira como o jovem
  pensa, sente e age.
  Outros fatores que também são determinantes nesta etapa da vida são
  os fatores socioculturais, com a construção de seus paradigmas, cujos
  mesmos influenciarão a maneira como esta etapa da vida é percebida.
   Sendo assim, na perspectiva positiva do trabalho este pode assumir um
  papel de facilitador na aquisição de valores e habilidades, bem como,
  função importante para construção da identidade do indivíduo.
• O programa jovem aprendiz pode então contribuir nessa
  perspectiva, de maneira a possibilitar o crescimento
  profissional, em um mercado que exige o tempo todo, cada
  vez mais experiência, contribuindo também para a
  independência pessoal e financeira, além de ser uma
  possibilidade para que esses adolescentes adquiram valores
  como: responsabilidade, compromisso e respeito.
•       Vale ressaltar também, que para se inserirem nesta nova
  realidade intercalando trabalho e escola, os adolescentes
  vêem-se diante da necessidade de se adaptar a um novo
  esforço no que diz respeito ao controle de horários e a
  conciliação das responsabilidades que são exigidas tanto pela
  empresa quando pelos estudos. Porém, podem conseguir
  através disso aprenderem a se organizar e dividirem o tempo
  para todas as demandas existentes, trabalho, escola e lazer.
REFERÊNCIAS
• BRASIL. Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000. Altera
  dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada
  pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. Diário Oficial da
  União, Brasília, 19 dez. 2000.

• FISCHER, Frida Mariana et al. Futuro e Liberdade: o trabalho e a
  instituição escolar nas representações sociais de adolescentes.
  Estudos de Psicologia (Natal). Natal, v. 6, n.2, dez, 2001, p. 245-258.

• VALORE, Luciana Albanese; VIARO, Renee Volpato. Profissão e
  sociedade no projeto de vida de adolescentes em orientação
  profissional. Rev. bras. orientac. prof, São Paulo, v. 8, n. 2, dez.
  2007 . Disponível em:
  <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679
  -33902007000200006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 02 nov.
  2012.
• O PROGRAMA. Aprendiz Legal. Disponível em:
  <http://www.aprendizlegal.org.br/main.asp?Team={DB0CF55
  D-A905-4471-A450-A46DC90BF3F5}> Acesso em: 02 nov. 2012

• OZELLA, Sérgio. Adolescência: uma perspectiva crítica. In: KOLLER,
  Sílvia Helena. Adolescência e psicologia: concepções, práticas e
  reflexões. Rio de Janeiro. Conselho Federal de Psicologia. 2002,
  cáp.1, p. 16-24.


• SARRIERA, Jorge Castellá et al. Formação da Identidade
  Ocupacional em Adolescentes. Estudos de Psicologia (Natal).
  Natal, v.6, n. 1, jun. 2003, p. 27 – 32.
• Fábio Ferreira

• Leiliane Silva

• Natália Elias

• Natália Resende

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Slide Projeto jovem aprendiz: uma nova perspectiva do adolescente na sua relação com o trabalho e a escola.

  • 1. Projeto Jovem Aprendiz: uma nova perspectiva do adolescente na sua relação com o trabalho e a escola.
  • 2. INTRODUÇÃO • No mundo contemporâneo, várias controvérsias aparecem em relação à questão do trabalho de adolescentes e dos impactos que este pode provocar, influenciando muitas vezes no aprendizado ou condução dos estudos. Alguns acreditam que o trabalho traz o crescimento e o desenvolvimento do adolescente no que diz respeito à construção da sua identidade, outros afirmam que este provoca atraso na escolarização e até mesmo evasão escolar. • Diante dessa perspectiva o presente trabalho se propõe através de estudo bibliográfico e prática investigativa realizar um estudo acerca da relação entre trabalho e escola evidenciando a forma como essa dualidade aparece no programa Jovem Aprendiz, relatando sobre como funciona esse programa e quais os benefícios ele pode trazer para os adolescentes que se inserem neste tipo de trabalho.
  • 3. LEI Nº 10.097, DE 19 DE DEZEMBRO DE 2000 • A referida lei regulamenta o trabalho do menor como aprendiz. • O artigo 428 diz o seguinte: Contrato de aprendizagem é o contrato de trabalho especial, ajustado por escrito e por prazo determinado, em que o empregador se compromete a assegurar ao maior de quatorze e menor de dezoito anos, inscrito em programa de aprendizagem, formação técnico-profissional metódica, compatível com o seu desenvolvimento físico, moral e psicológico, e o aprendiz, a executar, com zelo e diligência, as tarefas necessárias a essa formação. (BRASIL, 2000)
  • 4. • De acordo com essa lei, o menor aprendiz tem a anotação na Carteira de Trabalho e deve estar matriculado e frequentando a escola. Deve ainda estar inscrito em programa de aprendizagem desenvolvido sob a orientação de entidade qualificada em formação técnico-profissional metódica. O contrato do menor aprendiz não pode durar mais que dois anos e é garantido a ele por lei o salário mínimo hora. (BRASIL, 2000) • A formação técnico-profissional do mesmo “caracteriza-se por atividades teóricas e práticas, metodicamente organizadas em tarefas de complexibilidade progressiva desenvolvidas no ambiente de trabalho.”. (BRASIL, 2000)
  • 5. • As práticas oferecidas pelo programa são as seguintes: • Auxiliar de alimentação: preparo e serviços • Auxiliar de produção industrial • Comércio e varejo • Conservação, limpeza e sustentabilidade ambiental • Gestão pública • Logística • Ocupações administrativas • Práticas bancárias • Telesserviços • Turismo (O PROGRAMA..., 2012)
  • 6. CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE NA ADOLESCÊNCIA: INFLUÊNCIA DA ESCOLA E DO TRABALHO • Sarriera (2003) pontua que, a necessidade do jovem assumir compromissos colocando-se diante à vida adulta expressa profunda mudança de seu papel no mundo, levando-o a questionamentos e incertezas, próprias da "crise da identidade" na adolescência, proposta por Erikson. • O jovem desenvolve sua identidade ao tomar decisões ocupacionais de modo mais racional e sistemático, marcado pela exploração vocacional e autoconfiança. À medida que tem oportunidades, reduz as possibilidades, decidindo por uma profissão de seu interesse e compatível com suas aptidões. (SARRIERA, 2003) • Percebe-se dessa forma, que o desenvolvimento da identidade pessoal, tem íntima relação com a escolha vocacional, em consonância com os interesses e habilidades do adolescente. (SARRIERA, 2003)
  • 7. • Por possibilitar um sentido de participação e utilidade, entende-se que o trabalho pode ser estruturante da identidade se proporcionar ao jovem um sentido de vida, facilitando escolhas profissionais à medida que possa ser fonte de informações e aprendizagem, permitindo também novos contatos sociais, ampliando a rede de amizades e a social. (SARRIERA, 2003) • Há uma controvérsia apontada na relação trabalho-escola diante do fato de, por um lado, profissionais da saúde, educadores, psicólogos e especialistas em segurança do trabalho pontuarem danos potenciais que o trabalho precoce pode causar ao crescimento e desenvolvimento da criança, no que diz respeito a aspectos biopsicossociais e atraso na escolarização, devido à frequente repetência e evasão escolar. Já por outro lado, a própria comunidade onde estão inseridos e os mesmos, menores trabalhadores, interpretam o trabalho infantil e do adolescente como positivo para formação educativa do cidadão. (FISCHER, 2001)
  • 8. • Fischer (2001) observa que o futuro coloca-se como um ideal a ser conquistado, em função da capacidade do jovem de assegurar sua própria formação através da escola formal, na medida em que o grau de escolarização é reconhecido pelos jovens como pressuposto para empregabilidade, bem como identificam na formação um diferencial de competitividade, diante das dificuldades de colocação que existem no mercado de trabalho. A associação do sucesso profissional ao estudo representa para muitos jovens o caminho para a melhoria das condições de vida. • Analisando o trabalhar-estudar afirmam-se alguns conteúdos da representação sobre o trabalho, presentes entre jovens estudantes, trabalhadores e não-trabalhadores. A contradição diz da presença da dimensão das conseqüências do trabalho para a escolarização, tais como maior cansaço, falta de tempo para o estudo, atrapalhar o estudo etc., ao lado da dimensão moral do trabalho, associando valores e também afirmando vantagens a ele, como maior maturidade do aluno trabalhador, necessidade de construção de futuro e resultante aprendizado. (FISCHER, 2001)
  • 9. • Para muitos jovens, a relação trabalho-escola diz de (FISCHER, 2001): • Trabalho parece funcionar como mecanismo de legitimação de valores sociais hegemônicos. A escola parece ter o poder de libertar assegurando um futuro diferente; • Trabalho cumpre função associada à sobrevivência. A escola funciona como instância de saber e de criatividade; • Ambos, trabalho e escola, estão estreitamente ligados às possibilidades ou impossibilidade de futuro de crianças e adolescentes. Fischer (2001) observa a crença na escola como instituição capaz de transferir saber e possibilitar melhor futuro para crianças e adolescentes.Observou-se também que, apesar do trabalho representar um risco para a escolarização, este é legitimado pelas representações dos próprios jovens, ora justificando-o, ora legitimando-o.
  • 10. RELAÇÃO DO ADOLESCENTE COM O TRABALHO E A ESCOLA INFLUÊNCIADOS PELO SURGIMENTO DE NOVOS PARADIGMAS DA CONTEMPORANEIDADE • O termo adolescência é considerado um conceito recente, que tem por finalidade designar uma determinada etapa da vida, a qual é caracterizada por um conjunto de mudanças em uma esfera social, física e psicológica. Ora esta fase é tida como um momento de “crise” (OZELLA, 2002, p.16), ora é vista pela ótica de um ideal a ser alcançada. • A adolescência não pode ser pensada fora do seu contexto sociocultural, nele ela foi criada e se constituiu. Sendo assim, ela não estará isenta dos valores, crenças, pensamentos de uma cultura. Será diretamente influenciada pelos paradigmas existentes, estando, a todo o momento, submetida a surgimento e mudanças de padrões culturais.
  • 11. • De acordo com Valore e Viaro (2007), o termo pós- modernidade é marcada pelo capitalismo e sua influência sobre a civilização. Um modelo mercantilista-consumista que vai influenciar na subjetividade, produzindo pessoas narcisistas, exibicionistas, individualistas, consumistas, flexívei s e fragmentadas. • Os autores afirmam que antes o trabalho assumia uma peça importante como modelador de valores e princípios fundamentais para a construção da identidade, uma vez que se antes o mercado era caracterizado pela segurança e estabilidade, hoje o seu slogan é a flexibilidade.
  • 12. • O mercado é marcado por: [...] mudanças rápidas das condições do mercado, alta adaptabilidade por parte dos trabalhadores, constante inovação de técnicas e produtos, deslocamentos de tempo e lugar, exigência de se correr riscos constantemente, capacidade de atuar performaticamente em várias frentes, trabalho em equipes momentâneas, falta de instâncias normativas definidas, superficialidade da relação homem-trabalho. (VALORE; VIARO, 2002, p.59). • Com isso pode-se chegar os novos paradigmas propostos pela sociedade e que com frequência não são percebidos pelas pessoas, apenas sentidas as suas consequências. É possível citar aqui a exigência do mercado em mão de obra qualificada, valorização de habilidades interpessoais, busca de profissionais que se preocupam com a busca de conhecimento.
  • 13. • Como mostra Fischer e outros (2001), ainda há controvérsias na opinião de profissionais da saúde e a comunidade, se o jovem deve ou não trabalhar, mas, não pode-se negar os benefícios tragos por uma abordagem estruturada que é o projeto jovem aprendiz, para construção da identidade profissional e desenvolvimento de outras habilidades.
  • 14. ANÁLISE DAS ENTREVISTAS COM OS JOVENS APRENDIZES • Para a realização do trabalho foi aplicado um questionário com seis jovens aprendizes de uma empresa do município de Lagoa da Prata. Antes foi tomada a autorização do setor de RH, sendo que ambos os participantes estavam cientes dos objetivos do questionário. Optou-se por omitir informações pessoais, para não expor empresa e/ou funcionários. Estas entrevistas não seguiram metodologias estatísticas, pois, o objetivo principal era embasar os argumentos do grupo e demonstrá-los em sala de aula, com cunho voltado para didática, e elementos para exemplificação.
  • 15. • Segue abaixo os resultados: • 1. Idade e Sexo: Os adolescentes têm idades de 14 a 17 anos. Sendo 2 participantes do sexo masculino e 4 do sexo feminino. • 2. Como ficou sabendo do programa Jovem Aprendiz? Obtiveram informações por meio de parentes, amigos que já participavam do programa e divulgação da escola. • 3. Há quanto tempo participa do programa? Todos os entrevistados estão no programa há dois meses. • 4. Desempenha qual função? Trabalha em que setor? Todos são contratados e desempenham a função de Auxiliar de Escritório. Porém se distribuem de acordo com a necessidade da empresa entre os setores de logística, financeiro, contabilidade.
  • 16. • 5. O que te motivou a participar deste programa? Dentre os motivadores a participar do programa, prevalece à busca de experiência. Outro motivador apresentado foi à busca da independência pessoal e financeira relatada da seguinte maneira: “Porque desde cedo eu sempre tive vontade de trabalhar, ser mais independente e ter meu próprio dinheiro” (sic). • 6. Você obteve algum benefício deste programa para sua vida profissional e/ou pessoal? Se sim, Quais? Dentre os benefícios reconhecidos pelos adolescentes encontram-se a possibilidade de adquirir responsabilidade, compromisso, respeito, novas experiências, conhecimentos, amizades e segundo uma das entrevistadas uma possiblidade de treinamento das habilidades pessoais, relatando que “*...+ sempre fui muito tímida e agora estou procurando me sobressair mais.” (sic).
  • 17. • 7. Quais as adaptações que a participação neste programa exigiu que você fizesse. De maneira geral todos tiveram que adaptar-se a nova realidade, pois seus horários sofreram uma drástica mudança. Um caso isolado, mas que se torna importante ressaltar, que nesta empresa, um dos jovens (não entrevistado) havia desistido dias antes por não conseguir intercalar seus horários. São relatos dos entrevistados: “*...+ Eu acordo cedo para estudar no ‘Ensino Médio’, tarde trabalhando e noite estudo curso Técnico fora da minha cidade.” (sic.) “Ser pontual, e ser responsável com o meu trabalho” (sic.)
  • 18. • 8. Em relação à escola, como fez para conseguir articular trabalho e escola? Abaixo foram relatadas as respostas de alguns entrevistados que demonstram como é feita a articulação dos seus horários para conciliar trabalho e escola. Por um lado percebem-se os dificultadores neste objetivo, por outro, que os adolescentes se mantem motivados a permanecer e buscar resultados. “*...+, meus trabalhos e deveres são feitos de madrugada e finais de semana” (sic.) “Tive que parar um pouco com um cursinho que eu fazia a noite porque estava ficando cansativo, mas aos poucos estou voltando”. (sic.) “Nas primeiras semanas foi mais difícil me acostumar, mais acho que é só uma questão de costume. É só saber dividir o tempo de escola com trabalho que sobra tempo o suficiente para estudar, trabalhar e ter momentos de laser.” (sic.) “Para mim não está sendo muito fácil, eu saio do serviço às 12:00 horas, minha mãe me busca, e tenho que almoçar para chegar na escola 12:30 horas, mas apesar do pouco tempo que tenho, graças a Deus estou conseguindo, e nem por isso minhas notas abaixaram.” (sic.)
  • 19. CONCLUSÃO • Em virtude do que foi mencionado, percebe-se que a opinião dos profissionais da saúde e da comunidade quanto ao tema trabalho na adolescência ainda é divergente. Alguns consideram essa perspectiva como fator prejudicial para o desenvolvimento do adolescente, outros já acreditam ser um meio importante para aquisição de valores sociais. Fato que não se pode negar, é que o ser humano está em constantes transformações, porém, em alguns períodos da vida estas transformações ocorrem de maneira mais acentuada, como é na adolescência, mudanças fisiológicas e psicológicas estão acontecendo com grande intensidade, o que irá influenciar na maneira como o jovem pensa, sente e age. Outros fatores que também são determinantes nesta etapa da vida são os fatores socioculturais, com a construção de seus paradigmas, cujos mesmos influenciarão a maneira como esta etapa da vida é percebida. Sendo assim, na perspectiva positiva do trabalho este pode assumir um papel de facilitador na aquisição de valores e habilidades, bem como, função importante para construção da identidade do indivíduo.
  • 20. • O programa jovem aprendiz pode então contribuir nessa perspectiva, de maneira a possibilitar o crescimento profissional, em um mercado que exige o tempo todo, cada vez mais experiência, contribuindo também para a independência pessoal e financeira, além de ser uma possibilidade para que esses adolescentes adquiram valores como: responsabilidade, compromisso e respeito. • Vale ressaltar também, que para se inserirem nesta nova realidade intercalando trabalho e escola, os adolescentes vêem-se diante da necessidade de se adaptar a um novo esforço no que diz respeito ao controle de horários e a conciliação das responsabilidades que são exigidas tanto pela empresa quando pelos estudos. Porém, podem conseguir através disso aprenderem a se organizar e dividirem o tempo para todas as demandas existentes, trabalho, escola e lazer.
  • 21. REFERÊNCIAS • BRASIL. Lei nº 10.097, de 19 de dezembro de 2000. Altera dispositivos da Consolidação das Leis do Trabalho – CLT, aprovada pelo Decreto-Lei no 5.452, de 1o de maio de 1943. Diário Oficial da União, Brasília, 19 dez. 2000. • FISCHER, Frida Mariana et al. Futuro e Liberdade: o trabalho e a instituição escolar nas representações sociais de adolescentes. Estudos de Psicologia (Natal). Natal, v. 6, n.2, dez, 2001, p. 245-258. • VALORE, Luciana Albanese; VIARO, Renee Volpato. Profissão e sociedade no projeto de vida de adolescentes em orientação profissional. Rev. bras. orientac. prof, São Paulo, v. 8, n. 2, dez. 2007 . Disponível em: <http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679 -33902007000200006&lng=pt&nrm=iso>. Acesso em: 02 nov. 2012.
  • 22. • O PROGRAMA. Aprendiz Legal. Disponível em: <http://www.aprendizlegal.org.br/main.asp?Team={DB0CF55 D-A905-4471-A450-A46DC90BF3F5}> Acesso em: 02 nov. 2012 • OZELLA, Sérgio. Adolescência: uma perspectiva crítica. In: KOLLER, Sílvia Helena. Adolescência e psicologia: concepções, práticas e reflexões. Rio de Janeiro. Conselho Federal de Psicologia. 2002, cáp.1, p. 16-24. • SARRIERA, Jorge Castellá et al. Formação da Identidade Ocupacional em Adolescentes. Estudos de Psicologia (Natal). Natal, v.6, n. 1, jun. 2003, p. 27 – 32.
  • 23. • Fábio Ferreira • Leiliane Silva • Natália Elias • Natália Resende