Utilização do contraste gadolínio em RM: suas características, indicações e contra-indicações, reações adversas, dentre outras características importantes para sua utilização.
1. FABIANO LADISLAU
Técnico em Radiologia
Grad. Tecnólogo em Radiologia
RD, TC, RM e Neurorradiologia
CEPro do CRTR/RJ
Vice-Presidente da APROTERJ
Diretor Administrativo do CTI
Membro da ISRRT e Sócio da SBPR
SARAH / Rio de Janeiro
2. • O QUE É O GADOLÍNIO;
• ESTRUTURA DO GADOLÍNIO;
• UTILIZAÇÃO DO MEIO DE CONTRASTE;
• REAÇÕES ADVERSSAS;
• CONTRA-INDICAÇÕES;
• FIBROSE SISTÊMICA NEFROGÊNICA.
3. A IRM tornou-se a modalidade de escolha
para o estudo por imagem das doenças do SNC,
com amplas aplicações do abdome, na pelve e
no sistema musculoesquelético.
O desenvolvimento simultâneo dos meios
de contrastes, agora com uso amplamente
difundido ajudou na rápida expansão neste
campo e no aumento da eficácia.
“RESSONÂNCIA MAGNÉTICA - David D. Stark e Willian G. Bradley, Jr. “
4. Os meios de contraste radiológicos são
compostos introduzidos no organismo por
diferentes vias, que permitem aumentar a
definição das imagens radiográficas, graças ao
aumento de contraste provocado por eles,
possibilitando, desse modo, maior precisão em
exames de diagnóstico por imagem.
“ACR Manual on Contrast Media – Version 7 (2010)”
5.
6. • O Gadolínio é um elemento químico metálico, branco
prateado, maleável, da série dos Lantanídeos e de
estrutura cristalina hexagonal. Possui aspecto
semelhante ao aço, com propriedades
supercondutoras e é quimicamente muito ativo;
• Observado primeiro pelo químico suíço Jean Charles
Galissard de Marinac nos minerais Didimio (mistura
de várias terras raras) e Gadolimita (Silicato de Berílio,
Ferro e Ítrio) em 1880 e nomeado gadolínio em
homenagem ao cientista finlandês Johan Gadolin.
7. • Metal pesado altamente tóxico ao organismo;
• Associação de substâncias conhecidas como
quelantes;
• Múltiplos estudos relatam o elevado índice de
segurança desses agentes em RM;
• Reações anafilactóides são raras,
correspondendo a menos de 0,01%, 17 vezes
menos frequentes do que as reações com
contraste iodado iônico.
8. • Meio de contraste positivo mais utilizado em
RM. É uma substância paramagnética que
possui um momento magnético relativamente
grande;
• Existe uma transferência de energia para o
meio (lattice) circundante e há uma redução
dos tempos de relaxamento T1, assim como o
de T2.
9. • CONTRASTE T1: Provoca o encurtamento do tempo
de relaxação longitudinal, intensificando o sinal dos
tecidos.
GADOLÍNIO (hiperintenso)
• CONTRASTE T2: Encurtamento dos tempos de
relaxação transversal, provocando redução do sinal
dos tecidos.
ÓXIDO DE FERRO (hipointenso)
“Curso de Ressonância Magnética da UFRJ”
10. Sinal de RM
z
Bobina
RF
x
Freqüência de Larmor
B0
y Q = g B1 t
t = duração do pulso de RF
B1= extensão do campo magnético de RF
g = razão giromagnética
Ângulo Q = freqüência do pulso de RF X duração do pulso de RF
11. Sinal de RM
z
Bobina
RF
x
B0 Freqüência de Larmor
y
27. • MEDIDAS PROFILÁTICAS:
- Hidratação e jejum;
- Sedação e anestesia;
- Anti-histamínicos e corticosteróides;
28. • FATORES DE RISCO INERENTES:
- Hipersensibilidade ao agente de contraste iodado;
- Alergia;
- Hipertiroidismo;
- Desidratação;
- Insuficiência cardiovascular grave;
- Insuficiência pulmonar e asma;
- Insuficiência renal;
- Nefropatia em paciente diabéticos;
- Doença autoimune;
- Idade avançada;
- Ansiedade.
29.
30. • Costumam ser tolerados pela maioria dos pacientes;
• Com relação ao MC iodado, frequência
consideravelmente mais baixa;
• Após a injeção de 0,1 ou 0,2mmol/Kg varia de 0,07%
a 2,4%, sendo a vasta maioria reações leves
(calafrios, náuseas com ou sem vômitos, cefaleia,
calor ou dor no local da aplicação, parentesias,
vertigem e purido).
“Manual de Técnicas em RESSONÂNCIA MAGNÉTICA – Fernanda Meireles e Marcelo Nacif”
32. O registro do relato do episódio da reação prévia é
fundamental na tentativa de classificação de sua gravidade!
Reações leves
Quase sempre autolimitadas e sem necessidade de
tratamento específico.
Reações moderadas
Não ameaçadoras à vida, mas requerem tratamento com
frequência.
Reações severas (raras)
Ameaçadoras à vida e podem ocorrer sem fatores de
risco específico a qualquer tipo de contraste (podem evoluir a
partir de reações leves/moderadas).
33.
34. Fibrose sistêmica nefrogênica (FSN),
também conhecida como dermopatia fibrosante
nefrogênica (DFN), é uma condição que ocorre
apenas em pacientes com disfunção renal. Além
das lesões cutâneas, esta síndrome inclui fibrose
de músculo esquelético, articulações, fígado,
pulmão e coração e pode ser fatal.
35. Alerta da FAD, em junho de 2006, sobre a fibrose
nefrogênica sistêmica (FNS).
36.
37.
38. • RISCO X BENEFÍCIO PONTENCIAL;
• MÉTODOS DE IMAGEM ALTERNATIVOS;
• INDICAÇÃO CLÍNICA APROPRIADA PARA O
EXAME.
39. O desenvolvimento dos meios de contrastes
foi rápido e sua utilização aumentará a capacidade
diagnóstica de RM no futuro. Assim é importante
que os usuários da RM se mantenham atualizados
com esses avanços para garantir o uso ótimo e
seguro desses agentes.
“O principal objetivo da educação é criar pessoas
capazes de fazer coisas novas e não simplesmente
repetir o que as outras gerações fizeram.”
Jean Piaget