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Como Abastecer de Água o
Sudeste?
Soluções Emergenciais
Monica Porto
Escola Politécnica da USP
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Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set
Q 1953-1954 Q 2013-2014 Qmédia, 1931-2013
Vazões Afluentes ao Sistema Cantareira- Período 1930 a 2014
Estiagens de 1953-1954 e 2013-2014
Vazão(m3/s)
Média 1930-2014
1953-1954
2013-2014
A seca de 2014 “roubou”
304 hm3 do Sistema
Cantareira em relação à
seca de 1953 (31% da
Capacidade do Sistema)
Soluções emergenciais?
O Contexto
• A população a ser abastecida é muito grande e requer grandes volumes de água
para ser atendida
• Não há como trazer grandes suprimentos de emergência no curto prazo (um ano)
• As obras emergenciais demoram ainda mais de um ano; para a RMSP, por
exemplo, transposições são mandatórias e são demoradas
• As ações de gestão de demanda (equipamentos poupadores domésticos e não
domésticos, controle de perdas, reuso, uso racional na indústria e agricultura,
entre outros), embora extremamente importantes, também não são ações
rápidas; são ações de médio prazo
• Um grande desafio será, na perspectiva mais otimista, enfrentar o ano de 2015
Soluções emergenciais?
Ações Possíveis
• No curto prazo (um ano), a única coisa a ser feita é uma forte redução de
consumo
• No consumo urbano:
• Ampliar, de maneira expressiva, as campanhas de informação
• Explicar para a população a gravidade da crise
• Ensinar as formas mais eficientes de redução de consumo
• Criar sobretarifação ou multas para consumos altos
• No consumo industrial:
• Diferentes abordagens para indústrias conectadas na rede e aquelas que captam nos
rios
• Esforço de atuação cliente a cliente
• No consumo agrícola:
• Esforço de bloqueio das captações clandestinas
• Tentativa de negociação para redução da captação dos outorgados (rodizio de rega,
duração de rega pré-estabelecida, entre outros)
Soluções emergenciais?
Ações Possíveis
• Por que o rodizio é uma solução complicada e não recomendada no caso da Região
Metropolitana de São Paulo?
• A população a ser “racionada” é muito grande e a rede é muita extensa
• O rodizio em SP é socialmente injusto; a rede é muita extensa e, num rodizio severo, é muito
grande a possibilidade da ponta não receber água nunca; ocorre que, nas pontas, a maior parte
da população ali localizada é aquela mais pobre
• O rodizio não é educativo; as populações “acumulam” água nos dias “sim” e não abandonam seus
padrões de consumo nos dias “não”
• O rodizio atinge por igual as atividades domésticas e as atividades essenciais como hospitais e
escolas
• O incentivo é democrático e educativo; o rodizio, por outro lado, faz perder as vantagens
educativas do incentivo, pois os “bem comportados” serão tratados igualmente aos “mal
comportados”
• A “idade” da rede é muito variada; redes mais antigas podem ter infiltração quando esvaziada e
isso tem potencial grave de gerar problemas de saúde pública, ou mesmo romper e perder muita
água
• O número de manobras para fechar e abrir os trechos da rede diariamente é enorme e a
possibilidade de erro muito grande;
• O rodizio deverá ser a última e derradeira medida a ser adotada
Soluções emergenciais?
Impactos
• Fortes impactos econômicos
• Sobre o serviço de saneamento: aumento de custos e redução de
faturamento
• Sobre o setor industrial: queda na produção, perda de postos de trabalho
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• Precisa ser assim?
• A Austrália tem muito a nos ensinar: na seca, aumentou o rendimento
econômico da produção agrícola
• É preciso rever nossos sistemas de gestão para a inclusão da emergência
• Precisamos mudar a estratégia do gerenciamento de crises
Gerenciamento de Crises
A Importância da Preparação
• Partindo-se da premissa de que não existe risco zero e há sempre um
risco remanescente, é muito importante a etapa de preparação para a
crise
• O bom gerenciamento de crises necessita de ações pré-definidas e
planejadas com o objetivo de reduzir o impacto de eventos extremos
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objetivo são os chamados PLANOS DE CONTINGÊNCIA
CALIFORNIA WATER ACTION PLAN
JANEIRO, 2014
CALIFORNIA DROUGHT CONTINGENCY PLAN
NOVEMBRO DE 2010
Gerenciamento de Crises
Planos de Contingência para Secas
• Os Planos de Contingência baseiam-se nas seguintes
diretrizes:
• as ações devem ser equitativas, isto é, devem ser buscadas ações
que atinjam todos os usuários da maneira mais uniforme possível
• a informação ao público deve ser sempre garantida, democrática e
de livre acesso
• o sistema deve estar sob permanente ação de gestão da demanda
Gerenciamento de Crises
Planos de Contingência para Secas
• Os Planos de Contingência são formados por três partes:
• A Hidrologia: definição de estados hidrológicos que definem estados de
severidade progressiva da seca
• A Ação: para cada estado hidrológico, são definidas ações a serem tomadas
• A Responsabilidade: definição da responsabilidade sobre as ações previstas
para cada estado hidrológico
Planos de Contingência para Secas
A Hidrologia
• São definidos estados hidrológicos que, progressivamente, indicam a
evolução da severidade da seca
• No Plano de Contingência da Califórnia, são definidos 5 estados
hidrológicos, desde “abnormally dry” até “exceptional drought”
• São muito utilizados:
• Estado de atenção
• Estado de alerta no estágio voluntário
• Estado de alerta no estágio mandatório
• Estado de emergência
• Estes indicadores precisam ser estudados e definidos, mas podem ser
bastante simples
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Jan
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Dez
Volume(%)
Meses
Acompanhamento dos volumes úteis em relação às
Curvas de Aversão a Risco
Car de 36 m3/s
Car de 27,8 m3/s
Volumes úteis
observados
Planos de Contingência para Secas
A Ação
• São definidas ações para cada um dos estados hidrológicos que,
progressivamente, acompanham a evolução da severidade da seca
• São conjuntos de ações sobre comunicação, monitoramento, operação dos
sistemas, redução de consumo (incentivos, multas, indenizações,
negociação entre usuários etc), obras de emergência, assistência local,
entre outras
• Podem ser definidos fundos financeiros permanentes para serem utilizados
em condições de contingência
Planos de Contingência para Secas
A Responsabilidade
• São pré-definidas as responsabilidades sobre a definição do estado
hidrológico e sobre cada ação a ser deflagrada
• São também definidos todos os órgãos a serem envolvidos em cada
uma das ações
• Para cada estágio são definidas as responsabilidades do decisor, do
fiscalizador e do usuário
Conclusão: Soluções de Emergência
• Hoje:
• REDUÇÃO DE CONSUMO
• AÇÕES DE GESTÃO
• Futuro:
• PLANEJAMENTO; NOVOS CRITÉRIOS
• AUMENTO DA RESILIÊNCIA: REDUNDÂNCIA
• ARRANJOS INSTITUCIONAIS
• PLANEJAMENTO FINANCEIRO DA CRISE
• PLANOS DE CONTINGÊNCIA
MUITO OBRIGADA!
mporto@usp.br
Aumento da Segurança Hídrica para a RMSP
Resumo
Vazão Atual (m3s) Vazão após programa (m3s) Vazão após programa (m3s)
Garantia média: aprox. 95% Garantia média: aprox. 95% Garantia média: aprox. 100%
72,7 98,2 90,1
Ganhos Ganhos
25,5 17,4
Cantareira Empreendimento Vazão (m³/s) Garantia Ganho (m3/s) p/ 95% Ganho (m3/s) p/ 100%
1.Situação atual (vazão total regularizada= 36 m3/s) 36,0 95,8%
2.Interligação Jaguari (Paraiba do Sul) 38,0 99,7% 2,0
41,0 95,9% 5,0
Alto Tiete
1.Situação atual 15,0 94,8%
2.Reversão Itatinga (Transferência 2,2 m3/s) 15,0 100,0%
15,1 100,0% 0,1
17,3 95,1% 2,3
3.Reversão do Itapanhau (Transferência 2,8 m3/s) 15,0 100%
15,6 100% 0,6
17,9 95% 2,9
4.Reversão Guaratuba (reforço de 1,5 m3/s) 15,0 98%
15,8 95%
5Em conjunto 15 100,0
18,9 100,0 3,9
21,9 95,1 6,9
24,0 95,2 #REF!
Sistema Rio Grande+ Rio Pequeno
1.Situação atual 5,5 100,0
2.Reversão Rio Pequeno (2,2 m3/s) 7,7 100,0 0,0 2,2
7,9 95,7
Sistema Billings_Guarapiranga
1.Situação atual 14 95,7
2Reversão Taquacetuba ( + 1,8 m3/s) 14 100,0
15 98,7 1,0
16 95,0 2,0
3Reuso (2 m3/s) 14 100,0
15 99,0 1,0
16 95,7 2,0
4Em conjunto 14 100,0
16,5 100,0 2,5
18 95,0 4,0
Sistema Alto Cotia / Baixo Cotia Vazão Alto Cotia Vazão Baixo Cotia Garantia Alto Cotia Garantia Baixo Cotia
1.Situação atual 1,1 1,1 94,91 96,3
2.Reuso (1 m³/s) 1,2 1,2 95,4 100,0
3Reuso (1 m³/s) 1,2 1,3 95,37 100,0
4Reuso (1 m³/s) 1,2 1,4 95,35 100,0 0,4
5Reuso (1 m³/s) 1,2 1,6 95,24 99,6
6Reuso (1 m³/s) 1,2 1,8 94,91 98,5 0,8
7Reuso (1 m³/s) 1,2 2 93,83 96,3
Sistema São Lourenço
1.Situação atual- em construção 0,0 ---
2.Etapa 1: em construção; inicio previsto para 2018 4,7 100,0 4,7 4,7
3.Etapa 2(depende de negociações; início para 2018) 1,7 100,0 1,7 1,7
4.Em conjunto 6,4 6,4 6,4
FCTH-LabSid 04/11/14

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Soluções emergenciais para abastecimento de água no Sudeste

  • 1.
  • 2. Como Abastecer de Água o Sudeste? Soluções Emergenciais Monica Porto Escola Politécnica da USP
  • 3. - 10 20 30 40 50 60 70 Out Nov Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Q 1953-1954 Q 2013-2014 Qmédia, 1931-2013 Vazões Afluentes ao Sistema Cantareira- Período 1930 a 2014 Estiagens de 1953-1954 e 2013-2014 Vazão(m3/s) Média 1930-2014 1953-1954 2013-2014 A seca de 2014 “roubou” 304 hm3 do Sistema Cantareira em relação à seca de 1953 (31% da Capacidade do Sistema)
  • 4. Soluções emergenciais? O Contexto • A população a ser abastecida é muito grande e requer grandes volumes de água para ser atendida • Não há como trazer grandes suprimentos de emergência no curto prazo (um ano) • As obras emergenciais demoram ainda mais de um ano; para a RMSP, por exemplo, transposições são mandatórias e são demoradas • As ações de gestão de demanda (equipamentos poupadores domésticos e não domésticos, controle de perdas, reuso, uso racional na indústria e agricultura, entre outros), embora extremamente importantes, também não são ações rápidas; são ações de médio prazo • Um grande desafio será, na perspectiva mais otimista, enfrentar o ano de 2015
  • 5.
  • 6. Soluções emergenciais? Ações Possíveis • No curto prazo (um ano), a única coisa a ser feita é uma forte redução de consumo • No consumo urbano: • Ampliar, de maneira expressiva, as campanhas de informação • Explicar para a população a gravidade da crise • Ensinar as formas mais eficientes de redução de consumo • Criar sobretarifação ou multas para consumos altos • No consumo industrial: • Diferentes abordagens para indústrias conectadas na rede e aquelas que captam nos rios • Esforço de atuação cliente a cliente • No consumo agrícola: • Esforço de bloqueio das captações clandestinas • Tentativa de negociação para redução da captação dos outorgados (rodizio de rega, duração de rega pré-estabelecida, entre outros)
  • 7. Soluções emergenciais? Ações Possíveis • Por que o rodizio é uma solução complicada e não recomendada no caso da Região Metropolitana de São Paulo? • A população a ser “racionada” é muito grande e a rede é muita extensa • O rodizio em SP é socialmente injusto; a rede é muita extensa e, num rodizio severo, é muito grande a possibilidade da ponta não receber água nunca; ocorre que, nas pontas, a maior parte da população ali localizada é aquela mais pobre • O rodizio não é educativo; as populações “acumulam” água nos dias “sim” e não abandonam seus padrões de consumo nos dias “não” • O rodizio atinge por igual as atividades domésticas e as atividades essenciais como hospitais e escolas • O incentivo é democrático e educativo; o rodizio, por outro lado, faz perder as vantagens educativas do incentivo, pois os “bem comportados” serão tratados igualmente aos “mal comportados” • A “idade” da rede é muito variada; redes mais antigas podem ter infiltração quando esvaziada e isso tem potencial grave de gerar problemas de saúde pública, ou mesmo romper e perder muita água • O número de manobras para fechar e abrir os trechos da rede diariamente é enorme e a possibilidade de erro muito grande; • O rodizio deverá ser a última e derradeira medida a ser adotada
  • 8. Soluções emergenciais? Impactos • Fortes impactos econômicos • Sobre o serviço de saneamento: aumento de custos e redução de faturamento • Sobre o setor industrial: queda na produção, perda de postos de trabalho • Sobre o setor agrícola: queda na produção, aumento do preço dos alimentos • Precisa ser assim? • A Austrália tem muito a nos ensinar: na seca, aumentou o rendimento econômico da produção agrícola • É preciso rever nossos sistemas de gestão para a inclusão da emergência • Precisamos mudar a estratégia do gerenciamento de crises
  • 9. Gerenciamento de Crises A Importância da Preparação • Partindo-se da premissa de que não existe risco zero e há sempre um risco remanescente, é muito importante a etapa de preparação para a crise • O bom gerenciamento de crises necessita de ações pré-definidas e planejadas com o objetivo de reduzir o impacto de eventos extremos • Uma das ações mais fortemente recomendadas para atingir este objetivo são os chamados PLANOS DE CONTINGÊNCIA
  • 10. CALIFORNIA WATER ACTION PLAN JANEIRO, 2014
  • 11. CALIFORNIA DROUGHT CONTINGENCY PLAN NOVEMBRO DE 2010
  • 12. Gerenciamento de Crises Planos de Contingência para Secas • Os Planos de Contingência baseiam-se nas seguintes diretrizes: • as ações devem ser equitativas, isto é, devem ser buscadas ações que atinjam todos os usuários da maneira mais uniforme possível • a informação ao público deve ser sempre garantida, democrática e de livre acesso • o sistema deve estar sob permanente ação de gestão da demanda
  • 13. Gerenciamento de Crises Planos de Contingência para Secas • Os Planos de Contingência são formados por três partes: • A Hidrologia: definição de estados hidrológicos que definem estados de severidade progressiva da seca • A Ação: para cada estado hidrológico, são definidas ações a serem tomadas • A Responsabilidade: definição da responsabilidade sobre as ações previstas para cada estado hidrológico
  • 14. Planos de Contingência para Secas A Hidrologia • São definidos estados hidrológicos que, progressivamente, indicam a evolução da severidade da seca • No Plano de Contingência da Califórnia, são definidos 5 estados hidrológicos, desde “abnormally dry” até “exceptional drought” • São muito utilizados: • Estado de atenção • Estado de alerta no estágio voluntário • Estado de alerta no estágio mandatório • Estado de emergência • Estes indicadores precisam ser estudados e definidos, mas podem ser bastante simples
  • 16. Planos de Contingência para Secas A Ação • São definidas ações para cada um dos estados hidrológicos que, progressivamente, acompanham a evolução da severidade da seca • São conjuntos de ações sobre comunicação, monitoramento, operação dos sistemas, redução de consumo (incentivos, multas, indenizações, negociação entre usuários etc), obras de emergência, assistência local, entre outras • Podem ser definidos fundos financeiros permanentes para serem utilizados em condições de contingência
  • 17. Planos de Contingência para Secas A Responsabilidade • São pré-definidas as responsabilidades sobre a definição do estado hidrológico e sobre cada ação a ser deflagrada • São também definidos todos os órgãos a serem envolvidos em cada uma das ações • Para cada estágio são definidas as responsabilidades do decisor, do fiscalizador e do usuário
  • 18. Conclusão: Soluções de Emergência • Hoje: • REDUÇÃO DE CONSUMO • AÇÕES DE GESTÃO • Futuro: • PLANEJAMENTO; NOVOS CRITÉRIOS • AUMENTO DA RESILIÊNCIA: REDUNDÂNCIA • ARRANJOS INSTITUCIONAIS • PLANEJAMENTO FINANCEIRO DA CRISE • PLANOS DE CONTINGÊNCIA
  • 20. Aumento da Segurança Hídrica para a RMSP Resumo Vazão Atual (m3s) Vazão após programa (m3s) Vazão após programa (m3s) Garantia média: aprox. 95% Garantia média: aprox. 95% Garantia média: aprox. 100% 72,7 98,2 90,1 Ganhos Ganhos 25,5 17,4 Cantareira Empreendimento Vazão (m³/s) Garantia Ganho (m3/s) p/ 95% Ganho (m3/s) p/ 100% 1.Situação atual (vazão total regularizada= 36 m3/s) 36,0 95,8% 2.Interligação Jaguari (Paraiba do Sul) 38,0 99,7% 2,0 41,0 95,9% 5,0 Alto Tiete 1.Situação atual 15,0 94,8% 2.Reversão Itatinga (Transferência 2,2 m3/s) 15,0 100,0% 15,1 100,0% 0,1 17,3 95,1% 2,3 3.Reversão do Itapanhau (Transferência 2,8 m3/s) 15,0 100% 15,6 100% 0,6 17,9 95% 2,9 4.Reversão Guaratuba (reforço de 1,5 m3/s) 15,0 98% 15,8 95% 5Em conjunto 15 100,0 18,9 100,0 3,9 21,9 95,1 6,9 24,0 95,2 #REF! Sistema Rio Grande+ Rio Pequeno 1.Situação atual 5,5 100,0 2.Reversão Rio Pequeno (2,2 m3/s) 7,7 100,0 0,0 2,2 7,9 95,7 Sistema Billings_Guarapiranga 1.Situação atual 14 95,7 2Reversão Taquacetuba ( + 1,8 m3/s) 14 100,0 15 98,7 1,0 16 95,0 2,0 3Reuso (2 m3/s) 14 100,0 15 99,0 1,0 16 95,7 2,0 4Em conjunto 14 100,0 16,5 100,0 2,5 18 95,0 4,0 Sistema Alto Cotia / Baixo Cotia Vazão Alto Cotia Vazão Baixo Cotia Garantia Alto Cotia Garantia Baixo Cotia 1.Situação atual 1,1 1,1 94,91 96,3 2.Reuso (1 m³/s) 1,2 1,2 95,4 100,0 3Reuso (1 m³/s) 1,2 1,3 95,37 100,0 4Reuso (1 m³/s) 1,2 1,4 95,35 100,0 0,4 5Reuso (1 m³/s) 1,2 1,6 95,24 99,6 6Reuso (1 m³/s) 1,2 1,8 94,91 98,5 0,8 7Reuso (1 m³/s) 1,2 2 93,83 96,3 Sistema São Lourenço 1.Situação atual- em construção 0,0 --- 2.Etapa 1: em construção; inicio previsto para 2018 4,7 100,0 4,7 4,7 3.Etapa 2(depende de negociações; início para 2018) 1,7 100,0 1,7 1,7 4.Em conjunto 6,4 6,4 6,4 FCTH-LabSid 04/11/14