O documento resume os principais pontos sobre investimentos brasileiros e estrangeiros no terceiro trimestre de 2011: (1) O investimento brasileiro no exterior teve saldo negativo de US$ 10,8 bilhões, enquanto as empresas brasileiras investiram menos no exterior em comparação a 2010; (2) O investimento estrangeiro direto no Brasil superou os níveis de 2010, totalizando US$ 50,5 bilhões, puxado principalmente pelos setores de serviços e metalurgia.
1. Setembro de 2011
Destaques dos Investimentos Brasileiros no Exterior
• Investimento Brasileiro Direto Líquido: no acumulado de janeiro a setembro de 2011, a conta de
investimento brasileiro no exterior se manteve com um saldo negativo de cerca US$ 10,8 bilhões. O
mês de setembro corroborou para que fosse mantido o mesmo patamar de saldo do mês anterior,
registrando apenas US$ 10 milhões em investimentos líquidos. A conta de Empréstimos
Intercompanhias continua apresentando o maior retorno de investimentos e já acumula um saldo de
US$ 19,1 bilhões.
• Empresas brasileiras investem menos no exterior em comparação a 2010: o volume de saídas
de investimentos de janeiro a setembro de 2011 é apenas 57,7% do volume registrado no mesmo
período de 2010. Somente em alguns setores é possível observar crescimento em relação a 2010,
como, Extração de petróleo e gás natural (47,4% de crescimento), Atividades de apoio à extração
mineral (574,0%) e Comércio, exceto veículos (190,5%). No setor industrial, apenas o setor de
Produtos minerais não-metálicos apresenta maior saída de investimentos, crescimento de 9,1%.
• Empresa brasileira firma Joint Venture na Rússia: em acordo com a empresa russa Kamaz
OJSC, a empresa brasileira Marcopolo assinou contrato para a produção de ônibus que atendam os
padrões de exigência da Federação Russa e da Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
Destaques dos Investimentos Estrangeiros no Brasil
• IED líquido acumulado até setembro supera o ano de 2010: com US$ 50,5 bilhões acumulados
até setembro, o IED líquido de 2011 já supera todos os anos desde 2000. O volume de US$ 6,3
bilhões líquidos recebidos em setembro corroboraram para que IED do ano já superasse os anos
anteriores.
• Serviços mantém o dinamismo na atração de IED: o setor de Serviços é o que acumula o maior
crescimento na entrada bruta de IED, US$ 25,1 bilhões de janeiro a setembro de 2011, contra
US$ 8,6 bilhões no mesmo período de 2010. No setor industrial, Metalurgia apresenta o maior
montante de entradas de IED, US$ 5,8 bilhões, crescimento de 90,2%. Outro setor que apresenta
grande crescimento é o setor de Bebidas, acumulando US$ 2,7 bilhões contra US$ 361,4 milhões
em 2010, crescimento de 655,7%.
• Consórcio de Empresas Chinesas adquire parte de empresa brasileira: por meio do consórcio
China Niobium Investment Holding Co., as empresas chinesas Taiyuan Iron and Steel, CITIC Group
e Baoshan Iron and Steel adquiriram 15,0% da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração
(CBMM). O valor da negociação foi de US$ 1,95 bilhão. A CBMM controla 85,0% do mercado
mundial de nióbio, metal utilizado nas indústrias automotiva, nuclear, de aviação e armamentista.
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6. EQUIPE TÉCNICA
Federação das Indústrias do Estado de São Paulo – FIESP
Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior – DEREX
Área de Análise Econômica do Comércio Exterior
Diretor Titular: Roberto Giannetti da Fonseca Gerente: Frederico Arana Meira Coordenador: Fabrízio Sardelli Panzini
Equipe: Paula Bolonha, Wellington Freire, Paulo Vitor Lira, Laura Gonçalves
Endereço: Av. Paulista, 1313, 4º andar – São Paulo/SP – 01311-923
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