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O Mestre Universal como guia da ciência
Dr. Kurt Illig, Berlim
Um estímulo para a reflexão
1929
___________________________________________
EDITORA “DER RUF” G.M.B.H. MUNIQUE 2
KARLSTRASSE 40
Prefácio
O que eu escrevo aqui, na forma de uma brochura, poderia muito
bem ter sido publicado em uma revista científica bem conceituada.
Também tentei fazer isso, na forma de uma breve nota, contudo,
infelizmente tive então de reconhecer aquilo que jamais queria
realmente acreditar: A platéia científica se isolou por si própria com
muros de presídio.
Para cada um que se encontra encarcerado aí, não há escapatória, e
cada um que ocasionalmente for passear perto dessa prisão e quiser
dizer algo para os que se encontram ali dentro, que talvez lhes pudesse
trazer um novo ânimo pela vida, um bom progresso, encontra muros
intransponíveis e bem postados.
Tradição científica que não foi por acaso cultivada em milênios, mas
que em seu conceito atual se origina dos tempos mais recentes, fez com
que se tornasse dever mais sagrado aos seus discípulos só deixar valer
e só representar aquilo diante do público que fizer jus aos estatutos não
escritos dessa tradição.
Como se destaca do breve relato a seguir, sinto uma profunda
necessidade interior de comunicar alguns cursos de pensamentos a
todos os colegas das ciências naturais e àqueles que se interessam
pelas ciências naturais, indiferente de que disciplina especializada se
trata, e de chamar-lhes a atenção para uma obra que, segundo minha
firme convicção, está destinada a indicar novos caminhos para o pensar
e procurar científico, que pode conduzir para fora dos becos sem saída
nos quais a nossa pesquisa se prendeu, para fora do pensar material e,
por fim, para fora do período da decomposição da matéria física, para
penetrar nas leis universais e conhecer o acontecimento que edifica e
que realmente produz no verdadeiro sentido.
Por isso redigi um pequeno escrito “Concepção Universal e Pesquisa
das Ciências Naturais”. Aí, por fim, em breves cursos de pensamento,
eu quis indicar, aos que são convocados para isso, aquele ensinamento
que tem como autor “Abdrushin” e se denomina “ensinamento do
Graal”. Sinto-me impelido a estimular todos os setores a uma pesquisa
especial, a um aprofundamento nestes ensinamentos; pois tenho
certeza que cada um que procura por um verdadeiro reconhecimento e
é suficientemente sincero para reconhecer a Verdade como tal e que
confessa a própria ignorância e o pensar errôneo, verá nesses
ensinamentos uma fonte inesgotável de achados, para que possa
investigar de forma produtiva seguindo novos caminhos.
Contudo, não foi possível colocar meu escrito junto a nenhuma das
mais importantes revistas científicas não especializadas e eu percebi
nitidamente das recusas muito corretas e cordiais, que não foram
motivos objetivos que levaram à recusa, mas sim o embaraço diante dos
líderes científicos da atualidade, de que estes pudessem, por ter sido
publicado algo pensado de modo diferente daquilo que por eles é
admitido, desclassificar a revista como não podendo ser levada a sério.
Esses são os motivos que me levam, na forma da sucinta tese que
se segue, a dirigir-me à ciência e ao público, de forma independente, na
firme convicção de que, apesar da recusa sistematicamente educada da
grande massa, ainda haja alguns pesquisadores sóbrios que prestam
atenção, isto é, levem este estímulo, que para mim é profunda
necessidade e não finalidade própria e que não me traz nenhuma
espécie de vantagem material, tão a sério quanto ele é intencionado.
Berlim, em dezembro de 1928.
O Autor.
Lema: Quem não ousar ir além da realidade, jamais conquistará a Verdade.
Schiller.
Nossa atualidade não pode ser melhor caracterizada do que com a
palavra “materialismo”. Materialismo encontra-se na bandeira de lutas
políticas e partidárias. Ele abrange em toda a sua profundidade o
desagradável abismo entre empregado e empregador; ele clama dos
vestígios da civilização que avança, olha estarrecido dos montes de
escombros e ruínas da natureza reprimida. Onde quer que olhemos e
reconheçamos os indícios da moderna atividade humana, sabemos hoje
já quase no subconsciente: materialismo está em atividade.
Apenas ainda longe, lá fora no mundo, lá onde as ferrovias, as
modernas viagens de navio e outras possibilidades da técnica dos
transportes faltam total ou parcialmente, encontra-se ainda a natureza
em vestes originariamente maravilhosas na sublimidade intocada,
assim como ela surgiu na história da Criação, em adaptação e
desenvolvimento natural na Terra.
Se olharmos retrospectivamente, não milênios, não muitos séculos,
mas uma ou no máximo duas centenas de anos e nos recordarmos que
desenvolvimento tomou a técnica e tudo o que está relacionado a isto,
então involuntariamente irrompemos em exclamações de admiração por
esse número máximo de feitos que foram realizados pelo cérebro e mãos
humanas no mais breve espaço de tempo, precipitando-se.
Nós vemos diante de nossos olhos espirituais, nessa admiração, o
progresso que, segundo nossos conceitos de até agora, o ser humano
alcançou no domínio da natureza, na imitação de suas leis uniformes,
na substituição de elementos de trabalho e forças naturais por
artificiais, por máquinas, por sínteses, etc. Comparativamente
observamos como hoje é possível superar enormes distâncias em dias e
horas, para o que antigamente eram necessários vários meses e
semanas. Com o coração alegre ouvimos transmissões musicais pelo
auto-falante, acompanhamos acontecimentos do outro lado do mundo
poucas horas após por meio de radiotelegramas e transmissão de
imagem com a célula de Karolus.
Nós acreditamos em nosso progresso!
Nações competem umas com as outras na criação do maior e mais
rápido avião. Em cada país deve se encontrar a mais alta torre, ser
construído o maior navio, transitar o mais rápido trem. As cifras de
produção de cada nação que considera matérias-primas importantes
sua propriedade, devem superar as dos outros. Com as menores
despesas cada nação quer alcançar as mais elevadas cifras de
exportação e, com isso, obter a maior entrada de dinheiro.
O recorde triunfa!
Significa isso progresso?
Para que essa precipitação, esse exagero? Para prestar um serviço à
humanidade? Será que a paz é semeada dessa forma?
Há muitos pedaços de terra pelos quais hoje está sendo tramada
uma acirrada luta diplomática, militar ou político-econômica entre os
povos limítrofes. Uma luta de milhões por áreas que, por causa de seus
tamanhos diminutos, anteriormente nem foram especialmente
esboçados em nenhum mapa.
Por que essa luta, por que essa inveja?
Porque lá se encontra carvão ou algum mineral, ou ambos, e porque
nenhum dos dois vizinhos quer deixar esta faixa de terra para o outro,
só para poder ele próprio explorar as riquezas dessa terra e trocar por
dinheiro.
Dinheiro! A caça por dólares! Este é o último alvo de todo o
progresso da nossa época, a expressão daquilo que, em sua última
conseqüência, é denominado com o conceito do materialismo.
Só essa luta econômica concentrou massas de trabalhadores, criou
grandes cidades, centros industriais, lutas partidárias e preparou o solo
para a moderna revolução. E qual é o objetivo final, pelo qual geração
após geração é desperdiçada?
Se observarmos uma vez, de forma exata, o que é produzido hoje,
então se tem que reconhecer assustado que não é nada mais do que
rapidíssimo consumo de todas as riquezas da natureza, que se
encontram à nossa disposição desde antigamente como resultado de
uma história de evolução que se estende por milhões de anos.
Nós extraímos o carvão mineral, queimamos ou liquidificamo-lo,
geramos força a vapor, eletrecidade, luz. O carvão é dessa forma
consumido, sem que ao mesmo tempo surja novo carvão.
Nós também queimamos madeira e a utilizamos para muitas outras
coisas, mas em comparação ao carvão ela surje a cada ano de novo para
nós, ou pelo menos durante cada geração. O carvão mineral, não. Ele é
extraído, as galerias são cada vez mais aprofundadas; cada vez mais
difícil vai se tornando ao mineiro encontrar jazidas de carvão nas
grandes profundidades, até que um dia as reservas se esgotam. E
então?
O ser humano se consola rapidamente na época atual: Acharemos
novas jazidas de carvão em algum lugar no mundo, possivelmente no
pólo sul, até onde talvez então seria fácil chegar. E quando também
essas reservas se esgotarem? O que fazer então?
Sim, então – assim continua a pensar esse ser humano – então,
talvez, retiraremos a força de que necessitamos da energia latente dos
átomos, através da cisão nuclear.
E como será com os metais, quando também suas jazidas se
esgotarem um dia? O que acontecerá então? Será que também
conseguiremos produzi-los através da cisão nuclear? Que elementos
devem então ser desintegrados ou transformados para que obtenhamos
metais?
Para onde leva esse caminho, se o imaginarmos adiante?
Não entra em questão, que em algum lugar seja calculado com
maior ou menor precisão, que, por exemplo, na Alemanha só haverá
ainda reservas de carvão mineral para os próximos 300 anos ou que as
reservas de cobre do mundo terão se esgotado em algumas dezenas de
anos. E mesmo que isso ocorresse apenas em milênios! Permanece
irrefutável o fato de que as reservas mundiais de carvão, cobre ou
qualquer outro metal, irão um belo dia se esgotar para a utilização
humana, se o mundo não ruir antes.
Então vem uma pessoa especialmente esperta que diz que, na
realidade, nada se perderá, pois cobre continua sendo cobre, ferro
continua sendo ferro e zinco continua sendo zinco, portanto, nada
poderia se perder, ou apenas se esses elementos fossem vítimas de uma
cisão nuclear. Mas por que exatamente esses, há o bastante dos outros.
Mas onde é que ficam os metais? Para onde é que vai a prata que os
fotógrafos utilizam em seus filmes e chapas como brometo de prata? Ele
fica na chapa ou vai para o revelador ou para o banho de fixação e é, às
vezes, recolhido, contudo na maioria das vezes é jogado fora.
Para onde é que vai o soquete de uma lâmpada incandescente
quando ela se quebra e o filete imprestável vai para o lixo? Em geral ele
é jogado lá onde o lixo não incomoda a ninguém. Apenas em poucos
casos é recolhido ou, por ocasião da queima do lixo, recuperado com
muitos outros metais.
Contudo, o que são migalhas diante de um pão inteiro!
Por fim, de muitas das tais migalhas, das quais também são feitos
novos objetos, coletam-se novamente apenas migalhas, até que um dia
tudo tenha sido consumido. E mesmo que demore milênios até que tudo
seja tão completamente dispersado, dissipado e consumido, que os
resquícios não possam mais ser recolhidos em maior quantidade
(quilos) num único lugar, então ficará perdido para a utilização pelo ser
humano e, por fim, tudo acabará indo por esse ou por outro caminho. O
que entra em questão, é que será realmente lançado aos mil ventos.
Virá talvez também aquele inventor, que consegue não apenas
desintegrar átomos, mas também transformar elementos, fazer a partir
de silício, alumínio, a partir do chumbo, cobre – talvez também
ouro. Mas e daí? Tornar-se-ão os seres humanos mais felizes? Eles não
irão lançar ao vento também todos esses produtos transformados?
O que entra em questão é poder reconhecer, querer reconhecer que
nossa forma de pensar está errada, que todo nosso agir só está
sintonizado ao consumo, à destruição, à exploração exaustiva.
Com o que nós, seres humanos, preenchemos na verdade nossa
vida? Nós pegamos aquilo que a Criação formou, criou na Terra,
extraímo-lo, utilizamo-lo e comsumimo-lo. E para quê?
Para gerarmos dinheiro a partir de algo vivo. Um conceito, que não
poderia surgir de forma mais demoníaca neste mundo. Pois justamente
é esse dinheiro, essa coisa material e ao mesmo tempo morta, com o
que se quer dominar a vida. Não são eles próprios escravos do dinheiro?
Uma profunda lacuna se abre em nossa capacidade de
compreensão, em nosso pensar, na metódica da nossa ciência, com a
qual ela nos quer ensinar sabedoria.
E por que isso? Porque também nossa ciência se encontra
contagiada e infestada pela época do materialismo. Certamente a
maioria daqueles que exercem a ciência, nem sabem que sua metódica
mental é errônea; eles próprios crêem serem os maiores idealistas e
certamente também o são em relação a muitos aspectos práticos que
surgem em sua forma de vida, mas não em sua ciência.
E no que consiste afinal a quintessência da teoria e pesquisa
científica atual?
Aquilo que encontramos em materiais é analisado e, com isso,
examinada a estrutura por todos os lados, como ela se apresenta agora
a nós como produto final de um desenvolvimento. Procura-se constatar
leis uniformes com o objetivo de descobrir aqueles fatores que são
decisivos para o desenvolvimento das espécies. As conexões biológicas
na administração da natureza, são pesquisadas, tão longe quanto
nossos olhos podem abrangê-las. As conexões e leis uniformes
cósmicas, segundo as quais as estrelas individuais visíveis se
movimentam no Universo, são classificadas em leis numéricas, com
auxílio de métodos físicos experimentais e cálculos matemáticos.
Não se para no fato de apenas isolar e descrever a matéria em sua
constituição natural; vai-se adiante, e ainda hoje se faz isso para
descobrir como os átomos são estruturados, do que consistem e qual
impulso vital vibra neles.
Muitos volumes foram escritos para abranger os maravilhosos
fenômenos que levam à vida, que geram vida e encerram vida em toda
sua grandeza e profundidade.
Mas aqui já chegamos a um ponto, onde é dado um estrondoso
pare! a cada pensar sobre a vida visível e palpável que vai além do trono
da nossa ciência.
A Física, por sua vez, se ocupa entre outras coisas com as
radiações. Nós conhecemos raios-X, raios alfa, beta, gama; nós
conhecemos as linhas do espectro e sabemos que elas não são nada
mais do que o efeito do número de vibrações de raios de luz que vibram
em velocidades e a distâncias diferentes. Nós conhecemos os
misteriosos fenômenos na desintegração do elemento Rádio. Nós
sabemos que não temos nenhum meio em mãos, que não pudemos
apelar a nenhum poder até agora, que pudesse por termo à
desintegração desse elemento ou acelerá-lo. Pasmos e ao mesmo tempo
admirados encontramo-nos diante desse fenômeno singular. Entretanto
fazemos apenas constatações. Mais, não somos capazes. Impotentes
como somos.
Nós aprendemos a transformar o som e o idioma, isto é, ondas de
som de toda espécie em vibrações elétricas e emiti-las para o Universo
e, em algum outro ponto da Terra, captá-las com um pequeno aparelho
que consome apenas pouca energia e transformá-las novamente nas
mesmas ondas de som, no volume desejado, mais alto do que foram
faladas, cantadas ou tocadas no aparelho do outro lado do mundo. Aí é
indiferente se nos encontramos em uma casa com paredes firmes e
espessas ou em um porão ou em um avião nas alturas para nos
sintonizarmos a essa transmissão, por toda a parte na Terra essas
vibrações podem ser recebidas.
Uma maravilha sem igual! Quem é que reflete de forma lógica sobre
isso? Quem é que assimila o profundo sentido dos fenômenos que essa
obra maravilhosa realiza?
Certamente, observado de forma físico-experimental na matéria
grosseira, há uma teoria, hipótese, que oferece esclarecimento para
tudo. Mas o ser humano, sobretudo o cientista, educado severamente
em sua disciplina, explica esse fenômeno de forma sempre puramente
terrena e material. Ele fala de ondas, do vôo dos elétrons; e as vibrações
etéreas são aquilo que ele não sabe esclarecer melhor e fica satisfeito
por ter encontrado uma explicação que lhe parece lógica e que é apenas
uma palavra sem conteúdo, somente uma desculpa, pois ele não sabe
algo melhor.
O que é, aliás, éter? Há muitos esclarecimentos para isso. Contudo,
o extrato de todos esses esclarecimentos reside, como é honestamente
conhecido, no fato de que éter é aquilo que na verdade nós não
conhecemos. Ele se encontra lá, onde não se encontra nada daquilo que
pudemos compreender até agora. – Falaremos posteriormente mais
sobre isso.
E o químico? O que ele diz sobre a palavra “catálise”? Também
catálise é um grande subterfúgio para todos aqueles fenômenos
químicos que se processam tão inesperadamente, que não se conhece
outra explicação do que dizer: Aí deve estar agindo algum catalisador.
Pesquisa-se muito sobre o catalisador e sobre a essência da catálise.
Mas em nenhum lugar em nossa pesquisa, em nossa ciência hoje
admitida por leis não-escritas, se encontra uma indicação de que nós
nos ocupamos para constatar por que éter, por que catálise não são
algo que possamos compreender em nossa forma de observação
material. Certamente seria interessante antepor esta pressuposição,
totalmente contrária, à tarefa da pesquisa.
Assim como é usual na vida comercial e na vida econômica em
geral, a ciência também se esforça por ser fiel aos princípios da
concepção materialista mundial: ela especula. Tem de ser dito uma vez
abertamente que a especulação e adivinhação científica operam com
conceitos de embaraço bem vagos.
Enganar com palavras sem conteúdo é a característica de nossa
época e, por isso, lamentavelmente também na ciência é apreciada no
modo de expressão, totalmente inconsciente, como expressão da forma
de pensamento da nossa época.
Não é um embuste vulgar quando se coloca no lugar daquilo que
não se sabe, simplesmente o conceito éter ou catalisador? Só para não
ter que assumir diante do público leigo, que não se conhece algo
concreto a respeito.
E por que admitimos tais coisas?
Porque cada um que foi educado na ciência e pode, por isso,
denominar-se portador dessa ciência, cresceu consequentemente de
forma imperceptível em seu dogma científico, de modo que um temor
enorme de cometer um pecado gravíssimo em relação a esse dogma lhe
rouba a liberdade de pensamento, toma-lhe o impulso para poder
romper as correntes e os muros que, em sua educação, foram colocados
ao seu redor.
Nós não conseguimos nos impor com pensamentos que vão além,
pois a falange férrea da estupidez científica não permite que surja algo e
luta com todos os meios contra aquilo que possa servir para despedaçar
o resplendor da glória que foi colocado em torno de seus dogmas.
Dirijamos uma vez nosso olhar para trás. O que foi que nos tempos
antiqüíssimos gerou primeiro reconhecimento e saber? Quem foram
aqueles que, como primeiros, acolheram as mais maravilhosas conexões
em todas as leis cósmicas uniformes e transmitiram aos seres
humanos? Foram filósofos, interpretadores de estrelas e astrólogos. E
quem foi aquele Oráculo de Delfos, sobre cujos maravilhosos provérbios
de sabedoria a história não se cansa de escrever glorificando? Sem falar
dos profetas de antes e depois de Cristo.
Foram pessoas que não estavam previamente influenciadas por um
dogma de seus pais, foram pessoas que mantiveram pura sua intuição
mais interior em toda sua grandeza e em toda sua perfeição, que a
deixavam soar e que faziam, falavam e escreviam o que só o puro intuir
lhes dizia ser unicamente o certo. Como é que a astrologia poderia ter
surgido de forma diferente? Como aqueles provérbios de Delfos? E
Kassandra não foi também uma personalidade histórica, a maior
vidente que a história mundial até agora conheceu?
Isso foi outrora, na antiguidade. Isso ainda se quer hoje deixar valer e
acreditar. E então veio a época das queimações de bruxas, a época dos
alquimistas.
Não é significativo para a atitude terrenamente material do ser
humano, o fato de queimarem seus semelhantes, quando estes, em sua
sintonização mais fina e trabalho de pesquisa, reconheceram algo que
até então lhes era desconhecido e que lhes parecia inquietante.
E como é hoje? Não se gostaria igualmente de deixar desaparecer
nas profundezas, aqueles que rasgam a cortina daquela lacuna gritante
da falta de saber?
Por que o médico escreve suas receitas em latim, e por que ele dá
nomes latinos às doenças? Ó esse maravilhoso homem sancionado, ele
pode tanto nos olhos daqueles, a quem o latim é estranho!
Não é ele da mesma forma um mago e curandeiro, como os povos da
natureza denominam aquela pessoa singular de sua tribo, que, segundo
sua crença, tem ligação direta com seus deuses?
E por que nossa moderna pesquisa físico-teórica se exprime de
forma tão incompreensível, de modo que mesmo todos aqueles colegas
cientificamente instruídos não compreendem nada, colegas que não
aprenderam também essa disciplina especial e os mistérios de sua
forma de expressão?
Tudo isso não é uma espécie de prestígio revoltante?!
Certamente, aquilo que é estabelecido e expresso de forma
matemática, é matematicamente correto. Pois a matemática tem a
vantagem diante de todas outras disciplinas científicas, de que ela
jamais mente. Mas o que realmente importa? Certamente o fato de que
as pressuposições que se coloca como fundamento aos cálculos
condizam com a realidade.
Contudo, tudo aquilo que é calculado hoje, por exemplo, na física
teórica são realidades? Não! Não é em vão que denominamos aquilo de
hipótese, quando imaginamos e inventamos pressuposições, e então
especulamos, operando com a excelente matemática.
Quem observa uma vez de forma sóbria todos esses fatos e bate no
peito e se pergunta sinceramente, do que padecemos, este tem de
reconhecer que se trata do impiedoso domínio do raciocínio. Não é mais
o intuir original, como naqueles grandes na antiguidade, mas sim o
raciocínio astuto, prático e especuladoramente calculista que constitue
as forças propulsoras do pensar e a base da nova e atual metódica
mental. Pois se hoje alguém vem e diz: “Se fosse de acordo com a minha
intuição, então isso deveria ser assim e assim, provar isso eu ainda não
posso”, então só encontraria um encolher de ombros. O que é que
aquele fantasista, aquele utopista quer diante das tão bem calculadas
hipóteses? Ele é qualificado como uma figura ridícula; providenciam
com todos os meios, para que ele não seja levado a sério por ninguém.
Todo o pensar, da forma como é praticado agora em nossa pesquisa,
registrou como efeito final: análise, constatação, estatística, dissecação,
desintegração. Investiga-se a matéria terrenal, observa-a e alegra-se
com as leis reconhecidas que servem como base desse desenrolar visível
do acontecimento. E tudo o que se denomina orgulhosamente de
estruturação, não é nada mais do que a unificação ou acumulação de
matéria com matéria, portanto operações com matéria tangível. Sobre o
surgimento dessa matéria, porém, procura iludir-se a si próprio com
palavras e frases sonantes. A questão sobre o “de onde”, a procura
sincera por aquela materialidade que é mais fina do que os três estados
físicos de agregação e que tem a primeira influência sobre o surgimento
da nossa matéria-prima grosseira, sobre os elementos químicos, jamais
poderá encontrar uma resposta confiável nos caminhos atuais da
metódica científica de pensar.
Resumindo: Observa-se a matéria.
O que nos falta para que possamos achar a saída do beco sem saída
em que nos encontramos com a nossa capacidade de reconhecimento?
Duas coisas. Primeiramente a coragem e a honestidade de querer
confessar que aquilo, que denominamos hoje de ciência, no verdadeiro
sentido não merece absolutamente uma tal denominação, mas que não
é nada mais do que a observação e investigação daquilo que podemos
ver com nossos olhos, sentir com nossas mãos e nosso tato, daquilo que
o som nos leva ao ouvido e daquilo que o paladar e o olfato deixam
reconhecer; e uma expeculação sobre o desenrolar de acontecimentos
maravilhosos, que sempre se repetem e que são ininfluenciáveis por
nós.
A outra coisa que nos falta, ou melhor, nos faltava, é um
ensinamento legítimo e verdadeiro sobre todo o acontecer no cosmos,
acima e abaixo de nós, no que é visível e invisível. Quando a primeira
pressuposição for cumprida, isto é, quando as algemas de nossa forma
de pensar forem rompidas por uma vontade melhor, então por si só,
num verdadeiro e sincero procurar, acha-se o caminho para esse
ensinamento que pode nos transmitir tudo que pode nos colocar na
condição que permite que surja uma nova forma de pensar, uma nova
metódica científica de pensar.
Pois isto é o que mais nos falta: A verdadeira e grande concepção
mundial que pode nos dar o impulso para um novo pensar, para ir além
de nossa materialidade terrena, assim como aqueles antigos, dos quais
falamos anteriormente, que podiam assimilar com seu puro intuir sem
turvação, aquilo que penetrava neles como a única coisa corretamente
reconhecida, amadureceu neles e que eles podiam, então, reunido em
formas compreensíveis, transmitir como concepção mundial, como
filosofia, como teoria cósmica, chamada astrologia, e como sabedorias
aos seres humanos.
Também aqueles que se sentirem profundamente feridos em seu
orgulho científico por essas linhas e quiserem julgar o escritor culpado
por alta traição no que se refere aos dogmas tradicionais, ou que
quiserem contestar-lhe o senso de realidade e a lógica, o que lhes
adianta, mesmo que escrevam e falem tão tenazmente contra isso. Eles
não podem, com isso, desmentir a verdade!
Eles deveriam uma vez entrar em seu tranquilo cômodo e fechar a
porta atrás de si e perguntar a si mesmo de forma bem honesta, se eles
já não intuiram várias vezes em sua vida, algo bem diferente como
realmente correto, mais convincente e evidente do que aquilo que,
estruturado de forma penosa, lhe fora apresentado pelos seus mestres e
livros de ensino. Para libertar o verdadeiro e legítimo intuir, portanto,
aquilo que é vivo em nós, como parte que vibra em conjunto com o que
é real no Universo, e que quer penetrar para ser compreendido e
assimilado por nós mesmos, tem de ser afastado para o lado tudo aquilo
que até agora enchia completamente a cabeça e com o que muitos,
coroados por muitas homenagens, conquistaram um grande nome,
admirados por aqueles que não compreendem sua sabedoria, venerados
por outros que se apropriaram de seus ensinamentos, de seus
reconhecimentos. Todo esse lastro e caos de produtos do raciocínio têm
de ser uma vez colocados de lado. Certamente há muito de valioso aí,
muitos feitos grandiosos encontram-se aí ocultos. Contudo, será melhor
que uma vez seja desligado tudo isso. E então imagine uma vez, que até
agora nunca ficamos sabendo desses ensinamentos, sabedorias e
produtos do raciocínio. Assim, leves, libertos e imparciais aprofundemo-
nos então naquilo que é vivo no acontecimento, na Criação e em sua
atuação inalterável e deixemos toda a grandeza de seu impulso atuar
sobre nós. Quando então toda essa maravilha sobrepujante penetrar em
nós, e deixarmos que atue assim sobre nós, da única e exclusiva forma
como existe desde tempos imemoriais e que também nunca poderá ser
diferente, encontrando-se acima de toda esquematização humana; o
que vivenciaremos então nesse ouvir para dentro de nós? E quem já não
vivenciou uma vez tais horas apesar de toda pressão exterior?
Vivenciaremos que nosso intuir, por mais ridículo que possa parecer
ao nosso raciocínio, nos aproxima de fenômenos em uma tal clareza, tal
lógica e num desenrolar tão natural, que certamente reconheceremos
corretamente a grandeza e a veracidade com este nosso mesmo intuir
com o qual também, como de costume, queremos, por exemplo,
distinguir com segurança o ser humano verdadeiro do não sincero.
Será que nem todo ser humano pode acolher em si a grandeza e o
predominante, os quais a Criação já contém em si mesma?
Já não é admirável o fato de termos átomos e que os átomos se
desintegram? Não saudamos diariamente, sempre de novo, o sol com
sua luz e seu calor? Não é um milagre que esse calor irradie sempre e
sempre de novo sobre nós, e não são derrubados há muito todos os
cálculos sobre a entropia, isto é, sobre a morte térmica da Terra em
relação ao decurso quase infinito da lei da eternidade?
E onde a vida tem sua origem? Essa vida que se encontra
adormecida em uma semente e aflora novamente quando é colocada na
terra, a vida que ingressa no embrião, tão logo a uma personalidade
seja preparado o corpo humano?
O que é o “eu”, o indivíduo, o que é, aliás, a vida em seu maior
sentido?
Não se tornam ridículos aqueles que afirmam aí, que o elétron no
átomo é só aparente e que com isso o próprio átomo é com ele tudo o
que vemos, sentimos e que percebemos além disso com os nossos
sentidos? Nós próprios seríamos apenas algo aparente, um nada, uma
mentira!
Desconsolador é estabelecer, aliás, tais afirmações sob o manto da
ciência séria.
É embaraço, pelo fato de que a metódica do pensamento científico
de até agora não pode assimilar o verdadeiro e profundo sentido da
Criação e de seu decurso, não deve compreender por causa de seu
atamento à matéria físico-materialmente comprovável. E porque não se
quis saber melhor, prega-se tábuas diante do portal de ouro do
verdadeiro reconhecimento e declara-se sem rodeios todo o acontecer,
todo o existir, como algo apenas aparente.
Poderia a sentença de morte, que nossa ciência pronunciou com
isso a si mesma, soar de forma mais clara? Não são aqueles que
levantam tais questões também simplesmente seres aparentes? E, com
isso, aquilo que eles anunciam tão alto não é tudo simplesmente
aparência? Essa aparência não terá que sumir de forma deplorável,
quando for sobrepujada pela ofuscante Luz da Verdade?
Tudo isso pode ser reconhecido por cada um que realmente quiser
reconhecer uma vez,quando ele se encontrar em seu quarto silencioso,
lá, onde ninguém mais o vê e ouve, onde nenhum de seus colegas pode
julgá-lo. Será então que essa pessoa que ouve seu íntimo não tem que
se desesperar com o fato de que ela, que queria de forma tão sincera,
que afirmou de si própria ser um idealista, igualmente com toda a
grandeza que reside nela, se entregou a essa ilusão ou pelo menos havia
se entregue até aquele momento?
O que é que temos de reconhecer para progredirmos?
Nós temos que aprender a reconhecer que essa matéria, esse
mundo no qual vivemos e aqueles astros que nos são perceptíveis,
apenas representam uma espécie de toda a materialidade e que tudo
aquilo que, de forma perceptível, se desenrola como maravilhas diante
dos nossos olhos, como a desintegração do átomo, a irradição térmica,
os fenômenos elétricos e magnéticos em sua essência interior, bem
como todas as irradiações pertence a uma outra materialidade, a qual,
por sua vez, só representa uma espécie da materialidade inteira.
Não falamos freqüentemente do ser enteal, quando falamos de um
animal? Uma árvore, uma planta, uma flor que temos em nosso quarto,
não se nos torna algo familiar, algo que é um ser enteal vivo? O
cachorro e o cavalo, aqueles acompanhantes mais fiéis do ser humano,
não são seres com um “eu” especialmente servil? E o que é aquilo que
chamamos de espírito, formações de pensamentos, que vive e atua em
nós de forma a rejubilar alto para o céu ou ficar profundamente
abalado, que nos perpassa, nos deixa viver, que dá impulso para
grandes obras e para as maiores realizações, aquilo que nos abate e nos
tira a força de querer continuar a existir, que pode levar à decadência e
à morte?
Será que tudo isso passará sem mais nem menos por todos aqueles,
a quem essas linhas são dirigidas? Será que ninguém, uma única vez
em sua vida, ao menos por alguns minutos, intuiu tal coisa? Não exige
cada um o reconhecimento, que nos permite ir além da nossa matéria
terrena em direção àquelas esferas, as quais pressentimos e, contudo,
não sabíamos que existem, das quais recebemos lampejos mentais e
das quais todo nosso intuir é nutrido? E o que acontece para que o
átomo de rádio se desintegre? O que acontece com todas as radiações
que surgem aí, com o calor? De onde é que outrora vieram essas
radiações, que formaram esse átomo em sua superperfeição, e que não
mais toleram a sua constituição? Não temos que procurar pelas leis que
dominam essa formação material terrena, que, no mais verdadeiro
sentido da palavra, formam a base dos fenômenos da matéria?
Também aqui há um formar e perecer diante dos nossos olhos,
assim como o ser humano vem e vai, o famoso “morra e torna-te”. Não
se vê aí de forma bem palpável uma conexão íntima de acordo com as
leis entre o surgir e perecer em geral? Da mesma forma como o calor
vem e flui de nós?
Nós temos de reconhecer e também reconheceremos através de um
procurar e querer sinceros, que a concepção mundial e a pesquisa das
ciências naturais têm de estar indissoluvelmente ligadas entre si.
Somente quando tivermos reconhecido isso e a correta concepção
mundial for encontrada por nós, podemos falar honestamente que a
ciência está em atividade, a qual deve nos trazer o ensinamento da
sabedoria das ciências naturais, assim como outrora, na antiguidade,
existiam os poucos sábios, sobre os quais falamos anteriormente.
Quando este reconhecimento estiver maduro, então haverá também
um outro limite entre natural e sobrenatural. Não são exatamente os
decursos e acontecimentos mais maravilhosos na natureza, que
denominamos hoje de sobrenatural? Nós nos colocamos no ponto
central dos acontecimentos e da observação, pois tudo que não
podemos abranger com nossos sentidos e nosso saber, denominamos de
sobrenatural, isto é, como algo que se encontra além da nossa
capacidade de reconhecimento. Novamente uma expressão de
embaraço, para que não se perca o trono ao qual a ciência e a
humanidade que serve a ela, ergueram a si mesmas, em contraposição
a todas as outras leis.
O que é mística? Também é algo que não podíamos assimilar.
No lugar da subjetividade em nossas observações de até agora
devemos poder colocar a objetividade. Nós temos que aprender, sob a
confissão de nossa limitação, a reconhecer e a observar as coisas nos
grandes acontecimentos, de tal forma, como elas na realidade são e
unicamente podem ser. Seremos sempre objetivos quando deixarmos
falar o puro e autêntico intuir que não está subordinado a nenhum
raciocínio. E quando o raciocínio permanecer apenas aquilo que ele
deve ser: instrumento da nossa intuição, para moldar os pensamentos e
ordenar as ações que a intuição prescreve como corretas.
Tudo o que foi dito anteriormente teria que se perder em vão e seria
sem finalidade hoje, se não nos tivesse surgido nesse ínterim a
possibilidade de reconhecer agora a única real e correta Verdade, da
qual tantas vezes falamos anteriormente.
O que é então Verdade?
Ela é aquilo que unicamente nos dá a possibilidade de reconhecer
como tais as únicas e verdadeiras leis que unicamente têm validade
para o acontecimento global e para o Universo inteiro.
Por isso, verdadeira é unicamente aquela concepção mundial, a
qual atende à essa exigência.
Portanto, a Verdade deve residir em uma teoria do absoluto, em
uma teoria das leis primordiais. Essas próprias são a Verdade
luminosa.
E como sabemos se temos a correta Verdade diante de nós?
Nós não podemos reconhecer o que é verdadeiro com aquilo que
aprendemos na escola, bem como não são necessariamente capacitados
para isso aqueles que denominamos de líderes da ciência com base em
seu saber.
Não! Verdade só se deixa reconhecer única e exclusivamente com
nossa intuição. Cada pessoa deve ter experimentado mui
freqüentemente em sua vida, que apenas aquilo pode ter a pretensão de
ser correto, o que ele intuiu como verdadeiro e legítimo.
Mas aquele, que ensina a única Verdade, aquele ensinamento sobre
as leis primordiais, deve ser denominado o primeiro entre todos os
mestres que já existiram e que existirão,
ele tem de ser o Mestre Universal!
Contudo, para poder ser Mestre Universal, a pessoa que traz em si
essa convocação, tem de possuir qualidades e trazer um saber em si,
como nunca ainda foi próprio a nenhuma pessoa de origem humana
normal. De um lado, ele deve dominar total e plenamente a forma de
expressão e a atitude atual da humanidade, enquanto que, do outro
lado, deve estar aberto à intuição com seu “eu” mais próprio, com seu
espírito, mais do que qualquer outro que até agora habitou a Terra.
Pois o que significa saber? Real e verdadeiro saber só pode ser
chamado aquilo que foi recebido como sabedoria da origem, da Criação.
E assim como, no caso individual, o inventor genial e intuitivo, o qual,
como comprovam inúmeros exemplos, não tem obrigatoriamente que
ser especialista; sabe, de repente, sem cismas e sem pesquisa
sistemática, que algo só pode ser desenvolvido em uma bem
determinada direção, e transfere esse saber para a utilização humana;
assim o verdadeiro e real Mestre Universal deve saber tudo o que, aliás,
tem valor no que se refere às leis uniformes e aos fatos. Não pode haver
aí nenhuma questão, que ele, haurindo das leis primordiais, não possa
responder inequivocamente, não a partir de cismas, de coisas
aprendidas, mas a partir de um saber absoluto, correto em cada
momento, como seu espírito, sua intuição recebe isso de lá, unicamente
de onde lampejos espirituais são colocados dentro de nós.
Quem quer negar isso, este jamais teve verdadeiramente uma idéia
própria e, modificando esta, um pensamento criativo!
Essas exigências devem ser feitas à personalidade do Mestre
Universal, cuja vinda não foi predita apenas uma, mas muitas vezes
para a época atual em predições, profecias e através de trabalhos
astrológicos, bem como de trabalhos mediúnicos. Tem, portanto, que
ser uma pressuposição que esse grande ensinamento universal, essa
sabedoria, a única concepção mundial correta, surja ou tenha surgido
nesta época.
Há muitas teorias que querem ter a pretensão de conter a sabedoria
perfeita. Mas até agora não houve nenhuma teoria que não deixasse
nada refutável e que conseqüentemente alcançasse até a última origem
de uma uniformidade da lei válida para a Criação inteira. E, contudo,
quem as analisar correta e sinceramente, poderá constatar que a
grande maioria dessas teorias aspira a um único objetivo, pressentindo-
o muitas vezes bronca e sombriamente, sem ter obtido até então essa
última sabedoria, isto é, o reconhecimento da Criação exclusiva e de
suas leis.
Se, pois, essa brochura foi escrita pelo autor, cujo motivo foi
explicado no prefácio, então isso ocorreu a partir de um impulso
interior, a partir da intuição de uma necessidade inevitável para
direcionar os olhos de todos os colegas especialistas, indiferente de qual
disciplina, para uma obra que nesse ínterim foi publicada, e após a
profunda impressão que seu conteúdo e o reconhecimento haurido daí
ocasionou no autor, fez com que uma voz interior se lhe tornou cada vez
mais e mais alta nele, a qual quer gritar para o mundo inteiro:
O ensinamento universal está aí!
Ensinamento do Graal é ele denominado pelo autor do ensinamento
universal, Abdrushin, a sua sabedoria que ele depositou no livro
“Na Luz da Verdade”
e nos Folhetos do Graal parte 2 e na revista “O Chamado” *(Editora
“Der Ruf” G.m.b.H., Munique 2.)
Com a mesma convicção, a partir da qual eu me sinto obrigado a
indicar à essa obra e de denominá-la de ensinamento universal, posso
afirmar logicamente que no autor
Abdrushin
se apresenta diante de nós
o Mestre Universal!
Não deve este mundo, esta humanidade, que vivencia este grande
dia, cair de joelhos e agradecer a Deus por poder vivenciar uma época, à
qual foi indicado desde séculos e milênios e que deve nos libertar
daquela pressão interior e exterior, em que nós entramos devido à
educação, à tradição e ao querer saber melhor? Não deve desencadear
em todos aqueles que realmente procuram e investigam sinceramente,
que querem denominar a ciência e a sabedoria como sua, um júbilo
claro por se encontrarem na transição, pelo fato de o Menstre Universal
nos mostrar a porta estreita, unicamente através da qual conduz o
caminho para fora desse imenso beco sem saída, para o qual corremos
obstinadamente, para fora do caldeirão borbulhante da nossa época
materialista?!
Já existe um grande número de pessoas que, como o autor,
reconheceram e puderam se conscientizar da Verdade absoluta e
límpida que está contida nesse ensinamento do Graal. São pessoas
sérias, de todas as camadas profissionais, de grandes industriais a
simples camponeses, que reconheceram a lógica absoluta de todo
acontecer, exatamente através do ensinamento do Graal e que, em sua
sensibilidade clara e legítima, vêem reluzir aquela Luz que, através da
escuridão da atualidade, vem a nós por meio deste ensinamento.
O autor não vê sua tarefa no fato de louvar com palavras profanas
essa maravilhosa sabedoria que está ancorada no ensinamento do
Graal e aproximar o conteúdo àqueles, que sentem igualmente em si o
impulso para reconhecer a Verdade real. É apenas um sentimento de
dever, que não teme e não conhece nenhum obstáculo, que força
irresistivelmente para indicar que esse ensinamento se encontra aí,
para que seja encontrada por aqueles que não querem encontrar a
pedra dos sábios na obra humana e na fúria especulativa humana, mas
que o pressentem ou sabem há muito tempo, consciente e
inconscientemente fundo em seu interior, que ela só pode ser
encontrada lá, onde a Luz da Verdade, irradiando da mais elevada
origem, resplandece para baixo até nós.
Assim como o impulso para escrever essas linhas surgiu através de
um sentimento de dever irresistível, da mesma forma deve, porém,
também ser dever férreo daqueles poucos entre os pesquisadores
sinceros, que igualmente encontram no ensinamento do Graal a única
Verdade e o caminho para o saber, declarar aberta e livremente, sem
olhar para trás e sem levar em conta aquela falange de estupidez
científica, que tem de ruir tristemente através desse reconhecimento.
Schiller já não pressentiu este dia em sua profunda intuição para a
legítima realidade, ao exclamar:
“O velho rui, modifica-se o tempo – e nova vida floresce das ruínas!”
Essas palavras deveriam soar alto nos ouvidos daqueles que querem
reivindicar para si o direito de praticar crítica a essas linhas ou, talvez,
até no próprio ensinamento do Graal. Que lhes seja repetido o que
Goethe reconheceu claramente com seus olhos espirituais e que ele
transmitiu naquelas palavras resignadas:
“Nós preferimos confessar nossos erros e faltas morais, do que os
científicos!”

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O Mestre Universal como guia para uma ciência sustentável

  • 1. O Mestre Universal como guia da ciência Dr. Kurt Illig, Berlim Um estímulo para a reflexão 1929 ___________________________________________ EDITORA “DER RUF” G.M.B.H. MUNIQUE 2 KARLSTRASSE 40 Prefácio O que eu escrevo aqui, na forma de uma brochura, poderia muito bem ter sido publicado em uma revista científica bem conceituada. Também tentei fazer isso, na forma de uma breve nota, contudo, infelizmente tive então de reconhecer aquilo que jamais queria realmente acreditar: A platéia científica se isolou por si própria com muros de presídio. Para cada um que se encontra encarcerado aí, não há escapatória, e cada um que ocasionalmente for passear perto dessa prisão e quiser dizer algo para os que se encontram ali dentro, que talvez lhes pudesse trazer um novo ânimo pela vida, um bom progresso, encontra muros intransponíveis e bem postados. Tradição científica que não foi por acaso cultivada em milênios, mas que em seu conceito atual se origina dos tempos mais recentes, fez com que se tornasse dever mais sagrado aos seus discípulos só deixar valer e só representar aquilo diante do público que fizer jus aos estatutos não escritos dessa tradição. Como se destaca do breve relato a seguir, sinto uma profunda necessidade interior de comunicar alguns cursos de pensamentos a todos os colegas das ciências naturais e àqueles que se interessam pelas ciências naturais, indiferente de que disciplina especializada se trata, e de chamar-lhes a atenção para uma obra que, segundo minha firme convicção, está destinada a indicar novos caminhos para o pensar e procurar científico, que pode conduzir para fora dos becos sem saída nos quais a nossa pesquisa se prendeu, para fora do pensar material e, por fim, para fora do período da decomposição da matéria física, para penetrar nas leis universais e conhecer o acontecimento que edifica e que realmente produz no verdadeiro sentido.
  • 2. Por isso redigi um pequeno escrito “Concepção Universal e Pesquisa das Ciências Naturais”. Aí, por fim, em breves cursos de pensamento, eu quis indicar, aos que são convocados para isso, aquele ensinamento que tem como autor “Abdrushin” e se denomina “ensinamento do Graal”. Sinto-me impelido a estimular todos os setores a uma pesquisa especial, a um aprofundamento nestes ensinamentos; pois tenho certeza que cada um que procura por um verdadeiro reconhecimento e é suficientemente sincero para reconhecer a Verdade como tal e que confessa a própria ignorância e o pensar errôneo, verá nesses ensinamentos uma fonte inesgotável de achados, para que possa investigar de forma produtiva seguindo novos caminhos. Contudo, não foi possível colocar meu escrito junto a nenhuma das mais importantes revistas científicas não especializadas e eu percebi nitidamente das recusas muito corretas e cordiais, que não foram motivos objetivos que levaram à recusa, mas sim o embaraço diante dos líderes científicos da atualidade, de que estes pudessem, por ter sido publicado algo pensado de modo diferente daquilo que por eles é admitido, desclassificar a revista como não podendo ser levada a sério. Esses são os motivos que me levam, na forma da sucinta tese que se segue, a dirigir-me à ciência e ao público, de forma independente, na firme convicção de que, apesar da recusa sistematicamente educada da grande massa, ainda haja alguns pesquisadores sóbrios que prestam atenção, isto é, levem este estímulo, que para mim é profunda necessidade e não finalidade própria e que não me traz nenhuma espécie de vantagem material, tão a sério quanto ele é intencionado. Berlim, em dezembro de 1928. O Autor.
  • 3. Lema: Quem não ousar ir além da realidade, jamais conquistará a Verdade. Schiller. Nossa atualidade não pode ser melhor caracterizada do que com a palavra “materialismo”. Materialismo encontra-se na bandeira de lutas políticas e partidárias. Ele abrange em toda a sua profundidade o desagradável abismo entre empregado e empregador; ele clama dos vestígios da civilização que avança, olha estarrecido dos montes de escombros e ruínas da natureza reprimida. Onde quer que olhemos e reconheçamos os indícios da moderna atividade humana, sabemos hoje já quase no subconsciente: materialismo está em atividade. Apenas ainda longe, lá fora no mundo, lá onde as ferrovias, as modernas viagens de navio e outras possibilidades da técnica dos transportes faltam total ou parcialmente, encontra-se ainda a natureza em vestes originariamente maravilhosas na sublimidade intocada, assim como ela surgiu na história da Criação, em adaptação e desenvolvimento natural na Terra. Se olharmos retrospectivamente, não milênios, não muitos séculos, mas uma ou no máximo duas centenas de anos e nos recordarmos que desenvolvimento tomou a técnica e tudo o que está relacionado a isto, então involuntariamente irrompemos em exclamações de admiração por esse número máximo de feitos que foram realizados pelo cérebro e mãos humanas no mais breve espaço de tempo, precipitando-se. Nós vemos diante de nossos olhos espirituais, nessa admiração, o progresso que, segundo nossos conceitos de até agora, o ser humano alcançou no domínio da natureza, na imitação de suas leis uniformes, na substituição de elementos de trabalho e forças naturais por artificiais, por máquinas, por sínteses, etc. Comparativamente observamos como hoje é possível superar enormes distâncias em dias e horas, para o que antigamente eram necessários vários meses e semanas. Com o coração alegre ouvimos transmissões musicais pelo auto-falante, acompanhamos acontecimentos do outro lado do mundo poucas horas após por meio de radiotelegramas e transmissão de imagem com a célula de Karolus. Nós acreditamos em nosso progresso! Nações competem umas com as outras na criação do maior e mais rápido avião. Em cada país deve se encontrar a mais alta torre, ser construído o maior navio, transitar o mais rápido trem. As cifras de produção de cada nação que considera matérias-primas importantes sua propriedade, devem superar as dos outros. Com as menores despesas cada nação quer alcançar as mais elevadas cifras de exportação e, com isso, obter a maior entrada de dinheiro.
  • 4. O recorde triunfa! Significa isso progresso? Para que essa precipitação, esse exagero? Para prestar um serviço à humanidade? Será que a paz é semeada dessa forma? Há muitos pedaços de terra pelos quais hoje está sendo tramada uma acirrada luta diplomática, militar ou político-econômica entre os povos limítrofes. Uma luta de milhões por áreas que, por causa de seus tamanhos diminutos, anteriormente nem foram especialmente esboçados em nenhum mapa. Por que essa luta, por que essa inveja? Porque lá se encontra carvão ou algum mineral, ou ambos, e porque nenhum dos dois vizinhos quer deixar esta faixa de terra para o outro, só para poder ele próprio explorar as riquezas dessa terra e trocar por dinheiro. Dinheiro! A caça por dólares! Este é o último alvo de todo o progresso da nossa época, a expressão daquilo que, em sua última conseqüência, é denominado com o conceito do materialismo. Só essa luta econômica concentrou massas de trabalhadores, criou grandes cidades, centros industriais, lutas partidárias e preparou o solo para a moderna revolução. E qual é o objetivo final, pelo qual geração após geração é desperdiçada? Se observarmos uma vez, de forma exata, o que é produzido hoje, então se tem que reconhecer assustado que não é nada mais do que rapidíssimo consumo de todas as riquezas da natureza, que se encontram à nossa disposição desde antigamente como resultado de uma história de evolução que se estende por milhões de anos. Nós extraímos o carvão mineral, queimamos ou liquidificamo-lo, geramos força a vapor, eletrecidade, luz. O carvão é dessa forma consumido, sem que ao mesmo tempo surja novo carvão. Nós também queimamos madeira e a utilizamos para muitas outras coisas, mas em comparação ao carvão ela surje a cada ano de novo para nós, ou pelo menos durante cada geração. O carvão mineral, não. Ele é extraído, as galerias são cada vez mais aprofundadas; cada vez mais difícil vai se tornando ao mineiro encontrar jazidas de carvão nas grandes profundidades, até que um dia as reservas se esgotam. E então? O ser humano se consola rapidamente na época atual: Acharemos novas jazidas de carvão em algum lugar no mundo, possivelmente no pólo sul, até onde talvez então seria fácil chegar. E quando também essas reservas se esgotarem? O que fazer então?
  • 5. Sim, então – assim continua a pensar esse ser humano – então, talvez, retiraremos a força de que necessitamos da energia latente dos átomos, através da cisão nuclear. E como será com os metais, quando também suas jazidas se esgotarem um dia? O que acontecerá então? Será que também conseguiremos produzi-los através da cisão nuclear? Que elementos devem então ser desintegrados ou transformados para que obtenhamos metais? Para onde leva esse caminho, se o imaginarmos adiante? Não entra em questão, que em algum lugar seja calculado com maior ou menor precisão, que, por exemplo, na Alemanha só haverá ainda reservas de carvão mineral para os próximos 300 anos ou que as reservas de cobre do mundo terão se esgotado em algumas dezenas de anos. E mesmo que isso ocorresse apenas em milênios! Permanece irrefutável o fato de que as reservas mundiais de carvão, cobre ou qualquer outro metal, irão um belo dia se esgotar para a utilização humana, se o mundo não ruir antes. Então vem uma pessoa especialmente esperta que diz que, na realidade, nada se perderá, pois cobre continua sendo cobre, ferro continua sendo ferro e zinco continua sendo zinco, portanto, nada poderia se perder, ou apenas se esses elementos fossem vítimas de uma cisão nuclear. Mas por que exatamente esses, há o bastante dos outros. Mas onde é que ficam os metais? Para onde é que vai a prata que os fotógrafos utilizam em seus filmes e chapas como brometo de prata? Ele fica na chapa ou vai para o revelador ou para o banho de fixação e é, às vezes, recolhido, contudo na maioria das vezes é jogado fora. Para onde é que vai o soquete de uma lâmpada incandescente quando ela se quebra e o filete imprestável vai para o lixo? Em geral ele é jogado lá onde o lixo não incomoda a ninguém. Apenas em poucos casos é recolhido ou, por ocasião da queima do lixo, recuperado com muitos outros metais. Contudo, o que são migalhas diante de um pão inteiro! Por fim, de muitas das tais migalhas, das quais também são feitos novos objetos, coletam-se novamente apenas migalhas, até que um dia tudo tenha sido consumido. E mesmo que demore milênios até que tudo seja tão completamente dispersado, dissipado e consumido, que os resquícios não possam mais ser recolhidos em maior quantidade (quilos) num único lugar, então ficará perdido para a utilização pelo ser humano e, por fim, tudo acabará indo por esse ou por outro caminho. O que entra em questão, é que será realmente lançado aos mil ventos. Virá talvez também aquele inventor, que consegue não apenas desintegrar átomos, mas também transformar elementos, fazer a partir de silício, alumínio, a partir do chumbo, cobre – talvez também
  • 6. ouro. Mas e daí? Tornar-se-ão os seres humanos mais felizes? Eles não irão lançar ao vento também todos esses produtos transformados? O que entra em questão é poder reconhecer, querer reconhecer que nossa forma de pensar está errada, que todo nosso agir só está sintonizado ao consumo, à destruição, à exploração exaustiva. Com o que nós, seres humanos, preenchemos na verdade nossa vida? Nós pegamos aquilo que a Criação formou, criou na Terra, extraímo-lo, utilizamo-lo e comsumimo-lo. E para quê? Para gerarmos dinheiro a partir de algo vivo. Um conceito, que não poderia surgir de forma mais demoníaca neste mundo. Pois justamente é esse dinheiro, essa coisa material e ao mesmo tempo morta, com o que se quer dominar a vida. Não são eles próprios escravos do dinheiro? Uma profunda lacuna se abre em nossa capacidade de compreensão, em nosso pensar, na metódica da nossa ciência, com a qual ela nos quer ensinar sabedoria. E por que isso? Porque também nossa ciência se encontra contagiada e infestada pela época do materialismo. Certamente a maioria daqueles que exercem a ciência, nem sabem que sua metódica mental é errônea; eles próprios crêem serem os maiores idealistas e certamente também o são em relação a muitos aspectos práticos que surgem em sua forma de vida, mas não em sua ciência. E no que consiste afinal a quintessência da teoria e pesquisa científica atual? Aquilo que encontramos em materiais é analisado e, com isso, examinada a estrutura por todos os lados, como ela se apresenta agora a nós como produto final de um desenvolvimento. Procura-se constatar leis uniformes com o objetivo de descobrir aqueles fatores que são decisivos para o desenvolvimento das espécies. As conexões biológicas na administração da natureza, são pesquisadas, tão longe quanto nossos olhos podem abrangê-las. As conexões e leis uniformes cósmicas, segundo as quais as estrelas individuais visíveis se movimentam no Universo, são classificadas em leis numéricas, com auxílio de métodos físicos experimentais e cálculos matemáticos. Não se para no fato de apenas isolar e descrever a matéria em sua constituição natural; vai-se adiante, e ainda hoje se faz isso para descobrir como os átomos são estruturados, do que consistem e qual impulso vital vibra neles. Muitos volumes foram escritos para abranger os maravilhosos fenômenos que levam à vida, que geram vida e encerram vida em toda sua grandeza e profundidade. Mas aqui já chegamos a um ponto, onde é dado um estrondoso pare! a cada pensar sobre a vida visível e palpável que vai além do trono da nossa ciência.
  • 7. A Física, por sua vez, se ocupa entre outras coisas com as radiações. Nós conhecemos raios-X, raios alfa, beta, gama; nós conhecemos as linhas do espectro e sabemos que elas não são nada mais do que o efeito do número de vibrações de raios de luz que vibram em velocidades e a distâncias diferentes. Nós conhecemos os misteriosos fenômenos na desintegração do elemento Rádio. Nós sabemos que não temos nenhum meio em mãos, que não pudemos apelar a nenhum poder até agora, que pudesse por termo à desintegração desse elemento ou acelerá-lo. Pasmos e ao mesmo tempo admirados encontramo-nos diante desse fenômeno singular. Entretanto fazemos apenas constatações. Mais, não somos capazes. Impotentes como somos. Nós aprendemos a transformar o som e o idioma, isto é, ondas de som de toda espécie em vibrações elétricas e emiti-las para o Universo e, em algum outro ponto da Terra, captá-las com um pequeno aparelho que consome apenas pouca energia e transformá-las novamente nas mesmas ondas de som, no volume desejado, mais alto do que foram faladas, cantadas ou tocadas no aparelho do outro lado do mundo. Aí é indiferente se nos encontramos em uma casa com paredes firmes e espessas ou em um porão ou em um avião nas alturas para nos sintonizarmos a essa transmissão, por toda a parte na Terra essas vibrações podem ser recebidas. Uma maravilha sem igual! Quem é que reflete de forma lógica sobre isso? Quem é que assimila o profundo sentido dos fenômenos que essa obra maravilhosa realiza? Certamente, observado de forma físico-experimental na matéria grosseira, há uma teoria, hipótese, que oferece esclarecimento para tudo. Mas o ser humano, sobretudo o cientista, educado severamente em sua disciplina, explica esse fenômeno de forma sempre puramente terrena e material. Ele fala de ondas, do vôo dos elétrons; e as vibrações etéreas são aquilo que ele não sabe esclarecer melhor e fica satisfeito por ter encontrado uma explicação que lhe parece lógica e que é apenas uma palavra sem conteúdo, somente uma desculpa, pois ele não sabe algo melhor. O que é, aliás, éter? Há muitos esclarecimentos para isso. Contudo, o extrato de todos esses esclarecimentos reside, como é honestamente conhecido, no fato de que éter é aquilo que na verdade nós não conhecemos. Ele se encontra lá, onde não se encontra nada daquilo que pudemos compreender até agora. – Falaremos posteriormente mais sobre isso. E o químico? O que ele diz sobre a palavra “catálise”? Também catálise é um grande subterfúgio para todos aqueles fenômenos químicos que se processam tão inesperadamente, que não se conhece outra explicação do que dizer: Aí deve estar agindo algum catalisador. Pesquisa-se muito sobre o catalisador e sobre a essência da catálise.
  • 8. Mas em nenhum lugar em nossa pesquisa, em nossa ciência hoje admitida por leis não-escritas, se encontra uma indicação de que nós nos ocupamos para constatar por que éter, por que catálise não são algo que possamos compreender em nossa forma de observação material. Certamente seria interessante antepor esta pressuposição, totalmente contrária, à tarefa da pesquisa. Assim como é usual na vida comercial e na vida econômica em geral, a ciência também se esforça por ser fiel aos princípios da concepção materialista mundial: ela especula. Tem de ser dito uma vez abertamente que a especulação e adivinhação científica operam com conceitos de embaraço bem vagos. Enganar com palavras sem conteúdo é a característica de nossa época e, por isso, lamentavelmente também na ciência é apreciada no modo de expressão, totalmente inconsciente, como expressão da forma de pensamento da nossa época. Não é um embuste vulgar quando se coloca no lugar daquilo que não se sabe, simplesmente o conceito éter ou catalisador? Só para não ter que assumir diante do público leigo, que não se conhece algo concreto a respeito. E por que admitimos tais coisas? Porque cada um que foi educado na ciência e pode, por isso, denominar-se portador dessa ciência, cresceu consequentemente de forma imperceptível em seu dogma científico, de modo que um temor enorme de cometer um pecado gravíssimo em relação a esse dogma lhe rouba a liberdade de pensamento, toma-lhe o impulso para poder romper as correntes e os muros que, em sua educação, foram colocados ao seu redor. Nós não conseguimos nos impor com pensamentos que vão além, pois a falange férrea da estupidez científica não permite que surja algo e luta com todos os meios contra aquilo que possa servir para despedaçar o resplendor da glória que foi colocado em torno de seus dogmas. Dirijamos uma vez nosso olhar para trás. O que foi que nos tempos antiqüíssimos gerou primeiro reconhecimento e saber? Quem foram aqueles que, como primeiros, acolheram as mais maravilhosas conexões em todas as leis cósmicas uniformes e transmitiram aos seres humanos? Foram filósofos, interpretadores de estrelas e astrólogos. E quem foi aquele Oráculo de Delfos, sobre cujos maravilhosos provérbios de sabedoria a história não se cansa de escrever glorificando? Sem falar dos profetas de antes e depois de Cristo. Foram pessoas que não estavam previamente influenciadas por um dogma de seus pais, foram pessoas que mantiveram pura sua intuição mais interior em toda sua grandeza e em toda sua perfeição, que a deixavam soar e que faziam, falavam e escreviam o que só o puro intuir lhes dizia ser unicamente o certo. Como é que a astrologia poderia ter
  • 9. surgido de forma diferente? Como aqueles provérbios de Delfos? E Kassandra não foi também uma personalidade histórica, a maior vidente que a história mundial até agora conheceu? Isso foi outrora, na antiguidade. Isso ainda se quer hoje deixar valer e acreditar. E então veio a época das queimações de bruxas, a época dos alquimistas. Não é significativo para a atitude terrenamente material do ser humano, o fato de queimarem seus semelhantes, quando estes, em sua sintonização mais fina e trabalho de pesquisa, reconheceram algo que até então lhes era desconhecido e que lhes parecia inquietante. E como é hoje? Não se gostaria igualmente de deixar desaparecer nas profundezas, aqueles que rasgam a cortina daquela lacuna gritante da falta de saber? Por que o médico escreve suas receitas em latim, e por que ele dá nomes latinos às doenças? Ó esse maravilhoso homem sancionado, ele pode tanto nos olhos daqueles, a quem o latim é estranho! Não é ele da mesma forma um mago e curandeiro, como os povos da natureza denominam aquela pessoa singular de sua tribo, que, segundo sua crença, tem ligação direta com seus deuses? E por que nossa moderna pesquisa físico-teórica se exprime de forma tão incompreensível, de modo que mesmo todos aqueles colegas cientificamente instruídos não compreendem nada, colegas que não aprenderam também essa disciplina especial e os mistérios de sua forma de expressão? Tudo isso não é uma espécie de prestígio revoltante?! Certamente, aquilo que é estabelecido e expresso de forma matemática, é matematicamente correto. Pois a matemática tem a vantagem diante de todas outras disciplinas científicas, de que ela jamais mente. Mas o que realmente importa? Certamente o fato de que as pressuposições que se coloca como fundamento aos cálculos condizam com a realidade. Contudo, tudo aquilo que é calculado hoje, por exemplo, na física teórica são realidades? Não! Não é em vão que denominamos aquilo de hipótese, quando imaginamos e inventamos pressuposições, e então especulamos, operando com a excelente matemática. Quem observa uma vez de forma sóbria todos esses fatos e bate no peito e se pergunta sinceramente, do que padecemos, este tem de reconhecer que se trata do impiedoso domínio do raciocínio. Não é mais o intuir original, como naqueles grandes na antiguidade, mas sim o raciocínio astuto, prático e especuladoramente calculista que constitue as forças propulsoras do pensar e a base da nova e atual metódica mental. Pois se hoje alguém vem e diz: “Se fosse de acordo com a minha intuição, então isso deveria ser assim e assim, provar isso eu ainda não
  • 10. posso”, então só encontraria um encolher de ombros. O que é que aquele fantasista, aquele utopista quer diante das tão bem calculadas hipóteses? Ele é qualificado como uma figura ridícula; providenciam com todos os meios, para que ele não seja levado a sério por ninguém. Todo o pensar, da forma como é praticado agora em nossa pesquisa, registrou como efeito final: análise, constatação, estatística, dissecação, desintegração. Investiga-se a matéria terrenal, observa-a e alegra-se com as leis reconhecidas que servem como base desse desenrolar visível do acontecimento. E tudo o que se denomina orgulhosamente de estruturação, não é nada mais do que a unificação ou acumulação de matéria com matéria, portanto operações com matéria tangível. Sobre o surgimento dessa matéria, porém, procura iludir-se a si próprio com palavras e frases sonantes. A questão sobre o “de onde”, a procura sincera por aquela materialidade que é mais fina do que os três estados físicos de agregação e que tem a primeira influência sobre o surgimento da nossa matéria-prima grosseira, sobre os elementos químicos, jamais poderá encontrar uma resposta confiável nos caminhos atuais da metódica científica de pensar. Resumindo: Observa-se a matéria. O que nos falta para que possamos achar a saída do beco sem saída em que nos encontramos com a nossa capacidade de reconhecimento? Duas coisas. Primeiramente a coragem e a honestidade de querer confessar que aquilo, que denominamos hoje de ciência, no verdadeiro sentido não merece absolutamente uma tal denominação, mas que não é nada mais do que a observação e investigação daquilo que podemos ver com nossos olhos, sentir com nossas mãos e nosso tato, daquilo que o som nos leva ao ouvido e daquilo que o paladar e o olfato deixam reconhecer; e uma expeculação sobre o desenrolar de acontecimentos maravilhosos, que sempre se repetem e que são ininfluenciáveis por nós. A outra coisa que nos falta, ou melhor, nos faltava, é um ensinamento legítimo e verdadeiro sobre todo o acontecer no cosmos, acima e abaixo de nós, no que é visível e invisível. Quando a primeira pressuposição for cumprida, isto é, quando as algemas de nossa forma de pensar forem rompidas por uma vontade melhor, então por si só, num verdadeiro e sincero procurar, acha-se o caminho para esse ensinamento que pode nos transmitir tudo que pode nos colocar na condição que permite que surja uma nova forma de pensar, uma nova metódica científica de pensar. Pois isto é o que mais nos falta: A verdadeira e grande concepção mundial que pode nos dar o impulso para um novo pensar, para ir além de nossa materialidade terrena, assim como aqueles antigos, dos quais falamos anteriormente, que podiam assimilar com seu puro intuir sem turvação, aquilo que penetrava neles como a única coisa corretamente reconhecida, amadureceu neles e que eles podiam, então, reunido em
  • 11. formas compreensíveis, transmitir como concepção mundial, como filosofia, como teoria cósmica, chamada astrologia, e como sabedorias aos seres humanos. Também aqueles que se sentirem profundamente feridos em seu orgulho científico por essas linhas e quiserem julgar o escritor culpado por alta traição no que se refere aos dogmas tradicionais, ou que quiserem contestar-lhe o senso de realidade e a lógica, o que lhes adianta, mesmo que escrevam e falem tão tenazmente contra isso. Eles não podem, com isso, desmentir a verdade! Eles deveriam uma vez entrar em seu tranquilo cômodo e fechar a porta atrás de si e perguntar a si mesmo de forma bem honesta, se eles já não intuiram várias vezes em sua vida, algo bem diferente como realmente correto, mais convincente e evidente do que aquilo que, estruturado de forma penosa, lhe fora apresentado pelos seus mestres e livros de ensino. Para libertar o verdadeiro e legítimo intuir, portanto, aquilo que é vivo em nós, como parte que vibra em conjunto com o que é real no Universo, e que quer penetrar para ser compreendido e assimilado por nós mesmos, tem de ser afastado para o lado tudo aquilo que até agora enchia completamente a cabeça e com o que muitos, coroados por muitas homenagens, conquistaram um grande nome, admirados por aqueles que não compreendem sua sabedoria, venerados por outros que se apropriaram de seus ensinamentos, de seus reconhecimentos. Todo esse lastro e caos de produtos do raciocínio têm de ser uma vez colocados de lado. Certamente há muito de valioso aí, muitos feitos grandiosos encontram-se aí ocultos. Contudo, será melhor que uma vez seja desligado tudo isso. E então imagine uma vez, que até agora nunca ficamos sabendo desses ensinamentos, sabedorias e produtos do raciocínio. Assim, leves, libertos e imparciais aprofundemo- nos então naquilo que é vivo no acontecimento, na Criação e em sua atuação inalterável e deixemos toda a grandeza de seu impulso atuar sobre nós. Quando então toda essa maravilha sobrepujante penetrar em nós, e deixarmos que atue assim sobre nós, da única e exclusiva forma como existe desde tempos imemoriais e que também nunca poderá ser diferente, encontrando-se acima de toda esquematização humana; o que vivenciaremos então nesse ouvir para dentro de nós? E quem já não vivenciou uma vez tais horas apesar de toda pressão exterior? Vivenciaremos que nosso intuir, por mais ridículo que possa parecer ao nosso raciocínio, nos aproxima de fenômenos em uma tal clareza, tal lógica e num desenrolar tão natural, que certamente reconheceremos corretamente a grandeza e a veracidade com este nosso mesmo intuir com o qual também, como de costume, queremos, por exemplo, distinguir com segurança o ser humano verdadeiro do não sincero. Será que nem todo ser humano pode acolher em si a grandeza e o predominante, os quais a Criação já contém em si mesma?
  • 12. Já não é admirável o fato de termos átomos e que os átomos se desintegram? Não saudamos diariamente, sempre de novo, o sol com sua luz e seu calor? Não é um milagre que esse calor irradie sempre e sempre de novo sobre nós, e não são derrubados há muito todos os cálculos sobre a entropia, isto é, sobre a morte térmica da Terra em relação ao decurso quase infinito da lei da eternidade? E onde a vida tem sua origem? Essa vida que se encontra adormecida em uma semente e aflora novamente quando é colocada na terra, a vida que ingressa no embrião, tão logo a uma personalidade seja preparado o corpo humano? O que é o “eu”, o indivíduo, o que é, aliás, a vida em seu maior sentido? Não se tornam ridículos aqueles que afirmam aí, que o elétron no átomo é só aparente e que com isso o próprio átomo é com ele tudo o que vemos, sentimos e que percebemos além disso com os nossos sentidos? Nós próprios seríamos apenas algo aparente, um nada, uma mentira! Desconsolador é estabelecer, aliás, tais afirmações sob o manto da ciência séria. É embaraço, pelo fato de que a metódica do pensamento científico de até agora não pode assimilar o verdadeiro e profundo sentido da Criação e de seu decurso, não deve compreender por causa de seu atamento à matéria físico-materialmente comprovável. E porque não se quis saber melhor, prega-se tábuas diante do portal de ouro do verdadeiro reconhecimento e declara-se sem rodeios todo o acontecer, todo o existir, como algo apenas aparente. Poderia a sentença de morte, que nossa ciência pronunciou com isso a si mesma, soar de forma mais clara? Não são aqueles que levantam tais questões também simplesmente seres aparentes? E, com isso, aquilo que eles anunciam tão alto não é tudo simplesmente aparência? Essa aparência não terá que sumir de forma deplorável, quando for sobrepujada pela ofuscante Luz da Verdade? Tudo isso pode ser reconhecido por cada um que realmente quiser reconhecer uma vez,quando ele se encontrar em seu quarto silencioso, lá, onde ninguém mais o vê e ouve, onde nenhum de seus colegas pode julgá-lo. Será então que essa pessoa que ouve seu íntimo não tem que se desesperar com o fato de que ela, que queria de forma tão sincera, que afirmou de si própria ser um idealista, igualmente com toda a grandeza que reside nela, se entregou a essa ilusão ou pelo menos havia se entregue até aquele momento? O que é que temos de reconhecer para progredirmos? Nós temos que aprender a reconhecer que essa matéria, esse mundo no qual vivemos e aqueles astros que nos são perceptíveis,
  • 13. apenas representam uma espécie de toda a materialidade e que tudo aquilo que, de forma perceptível, se desenrola como maravilhas diante dos nossos olhos, como a desintegração do átomo, a irradição térmica, os fenômenos elétricos e magnéticos em sua essência interior, bem como todas as irradiações pertence a uma outra materialidade, a qual, por sua vez, só representa uma espécie da materialidade inteira. Não falamos freqüentemente do ser enteal, quando falamos de um animal? Uma árvore, uma planta, uma flor que temos em nosso quarto, não se nos torna algo familiar, algo que é um ser enteal vivo? O cachorro e o cavalo, aqueles acompanhantes mais fiéis do ser humano, não são seres com um “eu” especialmente servil? E o que é aquilo que chamamos de espírito, formações de pensamentos, que vive e atua em nós de forma a rejubilar alto para o céu ou ficar profundamente abalado, que nos perpassa, nos deixa viver, que dá impulso para grandes obras e para as maiores realizações, aquilo que nos abate e nos tira a força de querer continuar a existir, que pode levar à decadência e à morte? Será que tudo isso passará sem mais nem menos por todos aqueles, a quem essas linhas são dirigidas? Será que ninguém, uma única vez em sua vida, ao menos por alguns minutos, intuiu tal coisa? Não exige cada um o reconhecimento, que nos permite ir além da nossa matéria terrena em direção àquelas esferas, as quais pressentimos e, contudo, não sabíamos que existem, das quais recebemos lampejos mentais e das quais todo nosso intuir é nutrido? E o que acontece para que o átomo de rádio se desintegre? O que acontece com todas as radiações que surgem aí, com o calor? De onde é que outrora vieram essas radiações, que formaram esse átomo em sua superperfeição, e que não mais toleram a sua constituição? Não temos que procurar pelas leis que dominam essa formação material terrena, que, no mais verdadeiro sentido da palavra, formam a base dos fenômenos da matéria? Também aqui há um formar e perecer diante dos nossos olhos, assim como o ser humano vem e vai, o famoso “morra e torna-te”. Não se vê aí de forma bem palpável uma conexão íntima de acordo com as leis entre o surgir e perecer em geral? Da mesma forma como o calor vem e flui de nós? Nós temos de reconhecer e também reconheceremos através de um procurar e querer sinceros, que a concepção mundial e a pesquisa das ciências naturais têm de estar indissoluvelmente ligadas entre si. Somente quando tivermos reconhecido isso e a correta concepção mundial for encontrada por nós, podemos falar honestamente que a ciência está em atividade, a qual deve nos trazer o ensinamento da sabedoria das ciências naturais, assim como outrora, na antiguidade, existiam os poucos sábios, sobre os quais falamos anteriormente. Quando este reconhecimento estiver maduro, então haverá também um outro limite entre natural e sobrenatural. Não são exatamente os
  • 14. decursos e acontecimentos mais maravilhosos na natureza, que denominamos hoje de sobrenatural? Nós nos colocamos no ponto central dos acontecimentos e da observação, pois tudo que não podemos abranger com nossos sentidos e nosso saber, denominamos de sobrenatural, isto é, como algo que se encontra além da nossa capacidade de reconhecimento. Novamente uma expressão de embaraço, para que não se perca o trono ao qual a ciência e a humanidade que serve a ela, ergueram a si mesmas, em contraposição a todas as outras leis. O que é mística? Também é algo que não podíamos assimilar. No lugar da subjetividade em nossas observações de até agora devemos poder colocar a objetividade. Nós temos que aprender, sob a confissão de nossa limitação, a reconhecer e a observar as coisas nos grandes acontecimentos, de tal forma, como elas na realidade são e unicamente podem ser. Seremos sempre objetivos quando deixarmos falar o puro e autêntico intuir que não está subordinado a nenhum raciocínio. E quando o raciocínio permanecer apenas aquilo que ele deve ser: instrumento da nossa intuição, para moldar os pensamentos e ordenar as ações que a intuição prescreve como corretas. Tudo o que foi dito anteriormente teria que se perder em vão e seria sem finalidade hoje, se não nos tivesse surgido nesse ínterim a possibilidade de reconhecer agora a única real e correta Verdade, da qual tantas vezes falamos anteriormente. O que é então Verdade? Ela é aquilo que unicamente nos dá a possibilidade de reconhecer como tais as únicas e verdadeiras leis que unicamente têm validade para o acontecimento global e para o Universo inteiro. Por isso, verdadeira é unicamente aquela concepção mundial, a qual atende à essa exigência. Portanto, a Verdade deve residir em uma teoria do absoluto, em uma teoria das leis primordiais. Essas próprias são a Verdade luminosa. E como sabemos se temos a correta Verdade diante de nós? Nós não podemos reconhecer o que é verdadeiro com aquilo que aprendemos na escola, bem como não são necessariamente capacitados para isso aqueles que denominamos de líderes da ciência com base em seu saber. Não! Verdade só se deixa reconhecer única e exclusivamente com nossa intuição. Cada pessoa deve ter experimentado mui freqüentemente em sua vida, que apenas aquilo pode ter a pretensão de ser correto, o que ele intuiu como verdadeiro e legítimo.
  • 15. Mas aquele, que ensina a única Verdade, aquele ensinamento sobre as leis primordiais, deve ser denominado o primeiro entre todos os mestres que já existiram e que existirão, ele tem de ser o Mestre Universal! Contudo, para poder ser Mestre Universal, a pessoa que traz em si essa convocação, tem de possuir qualidades e trazer um saber em si, como nunca ainda foi próprio a nenhuma pessoa de origem humana normal. De um lado, ele deve dominar total e plenamente a forma de expressão e a atitude atual da humanidade, enquanto que, do outro lado, deve estar aberto à intuição com seu “eu” mais próprio, com seu espírito, mais do que qualquer outro que até agora habitou a Terra. Pois o que significa saber? Real e verdadeiro saber só pode ser chamado aquilo que foi recebido como sabedoria da origem, da Criação. E assim como, no caso individual, o inventor genial e intuitivo, o qual, como comprovam inúmeros exemplos, não tem obrigatoriamente que ser especialista; sabe, de repente, sem cismas e sem pesquisa sistemática, que algo só pode ser desenvolvido em uma bem determinada direção, e transfere esse saber para a utilização humana; assim o verdadeiro e real Mestre Universal deve saber tudo o que, aliás, tem valor no que se refere às leis uniformes e aos fatos. Não pode haver aí nenhuma questão, que ele, haurindo das leis primordiais, não possa responder inequivocamente, não a partir de cismas, de coisas aprendidas, mas a partir de um saber absoluto, correto em cada momento, como seu espírito, sua intuição recebe isso de lá, unicamente de onde lampejos espirituais são colocados dentro de nós. Quem quer negar isso, este jamais teve verdadeiramente uma idéia própria e, modificando esta, um pensamento criativo! Essas exigências devem ser feitas à personalidade do Mestre Universal, cuja vinda não foi predita apenas uma, mas muitas vezes para a época atual em predições, profecias e através de trabalhos astrológicos, bem como de trabalhos mediúnicos. Tem, portanto, que ser uma pressuposição que esse grande ensinamento universal, essa sabedoria, a única concepção mundial correta, surja ou tenha surgido nesta época. Há muitas teorias que querem ter a pretensão de conter a sabedoria perfeita. Mas até agora não houve nenhuma teoria que não deixasse nada refutável e que conseqüentemente alcançasse até a última origem de uma uniformidade da lei válida para a Criação inteira. E, contudo, quem as analisar correta e sinceramente, poderá constatar que a grande maioria dessas teorias aspira a um único objetivo, pressentindo- o muitas vezes bronca e sombriamente, sem ter obtido até então essa última sabedoria, isto é, o reconhecimento da Criação exclusiva e de suas leis.
  • 16. Se, pois, essa brochura foi escrita pelo autor, cujo motivo foi explicado no prefácio, então isso ocorreu a partir de um impulso interior, a partir da intuição de uma necessidade inevitável para direcionar os olhos de todos os colegas especialistas, indiferente de qual disciplina, para uma obra que nesse ínterim foi publicada, e após a profunda impressão que seu conteúdo e o reconhecimento haurido daí ocasionou no autor, fez com que uma voz interior se lhe tornou cada vez mais e mais alta nele, a qual quer gritar para o mundo inteiro: O ensinamento universal está aí! Ensinamento do Graal é ele denominado pelo autor do ensinamento universal, Abdrushin, a sua sabedoria que ele depositou no livro “Na Luz da Verdade” e nos Folhetos do Graal parte 2 e na revista “O Chamado” *(Editora “Der Ruf” G.m.b.H., Munique 2.) Com a mesma convicção, a partir da qual eu me sinto obrigado a indicar à essa obra e de denominá-la de ensinamento universal, posso afirmar logicamente que no autor Abdrushin se apresenta diante de nós o Mestre Universal! Não deve este mundo, esta humanidade, que vivencia este grande dia, cair de joelhos e agradecer a Deus por poder vivenciar uma época, à qual foi indicado desde séculos e milênios e que deve nos libertar daquela pressão interior e exterior, em que nós entramos devido à educação, à tradição e ao querer saber melhor? Não deve desencadear em todos aqueles que realmente procuram e investigam sinceramente, que querem denominar a ciência e a sabedoria como sua, um júbilo claro por se encontrarem na transição, pelo fato de o Menstre Universal nos mostrar a porta estreita, unicamente através da qual conduz o caminho para fora desse imenso beco sem saída, para o qual corremos obstinadamente, para fora do caldeirão borbulhante da nossa época materialista?! Já existe um grande número de pessoas que, como o autor, reconheceram e puderam se conscientizar da Verdade absoluta e límpida que está contida nesse ensinamento do Graal. São pessoas sérias, de todas as camadas profissionais, de grandes industriais a simples camponeses, que reconheceram a lógica absoluta de todo acontecer, exatamente através do ensinamento do Graal e que, em sua sensibilidade clara e legítima, vêem reluzir aquela Luz que, através da escuridão da atualidade, vem a nós por meio deste ensinamento.
  • 17. O autor não vê sua tarefa no fato de louvar com palavras profanas essa maravilhosa sabedoria que está ancorada no ensinamento do Graal e aproximar o conteúdo àqueles, que sentem igualmente em si o impulso para reconhecer a Verdade real. É apenas um sentimento de dever, que não teme e não conhece nenhum obstáculo, que força irresistivelmente para indicar que esse ensinamento se encontra aí, para que seja encontrada por aqueles que não querem encontrar a pedra dos sábios na obra humana e na fúria especulativa humana, mas que o pressentem ou sabem há muito tempo, consciente e inconscientemente fundo em seu interior, que ela só pode ser encontrada lá, onde a Luz da Verdade, irradiando da mais elevada origem, resplandece para baixo até nós. Assim como o impulso para escrever essas linhas surgiu através de um sentimento de dever irresistível, da mesma forma deve, porém, também ser dever férreo daqueles poucos entre os pesquisadores sinceros, que igualmente encontram no ensinamento do Graal a única Verdade e o caminho para o saber, declarar aberta e livremente, sem olhar para trás e sem levar em conta aquela falange de estupidez científica, que tem de ruir tristemente através desse reconhecimento. Schiller já não pressentiu este dia em sua profunda intuição para a legítima realidade, ao exclamar: “O velho rui, modifica-se o tempo – e nova vida floresce das ruínas!” Essas palavras deveriam soar alto nos ouvidos daqueles que querem reivindicar para si o direito de praticar crítica a essas linhas ou, talvez, até no próprio ensinamento do Graal. Que lhes seja repetido o que Goethe reconheceu claramente com seus olhos espirituais e que ele transmitiu naquelas palavras resignadas: “Nós preferimos confessar nossos erros e faltas morais, do que os científicos!”