Adotar uma criança é mais do que realizar o sonho de ser pai ou preencher um vazio; é adotar uma pessoa complexa com características e destino únicos. A relação parental adotiva requer construir continuamente uma vida que reconheça as particularidades da criança, pois o afeto une pai e filho de forma indissolúvel. Adotar transforma o biológico em profundamente afetivo.

1. FILHOS POR ADOÇÃO

2. Não é simplesmente realizar o sonho acalentado de ser pai e mãe ADOTAR UM FILHO

3. Nem tampouco preencher um vazio existencial

4. e, muito menos, resolver a necessidade instintiva da continuidade .

5. Não é também buscar uma companhia,

6. Nem dar expressão às sensibilidades sociais de ajudar uma criança desvalida.

7. Antes de se adotar um filho,

8. está se adotando uma pessoa na sua forma mais ampla e mais abrangente

9. com suas características individuais, particularidades de personalidade e destino pessoal.

10. É no meio dessa riqueza de atributos e originalidade que caminhamos no sentido da integração afetiva

11. É nesse encontro com o filho que se estrutura a relação de parentalidade que,

12. de tão profunda e envolvente, torna-se indissolúvel.

13. Perde-se a noção do começo e do fim, porque o afeto persiste além dos limites nos quais queremos contê-lo.

14. Desse ponto de vista, a relação parental adotiva pede a construção continuada de uma forma de vida que não ignore as particularidades daquele que não pode mais deixar de ser filho,

15. porque o afeto moldou o sonho e a realidade, tornando-os uma peça única e indivisível.

16. É nessa realidade que se estabelece o caminho da vida, dando ensejo ao estabelecimento de um projeto educativo.

17. Adotar é transformar o estritamente biológico em profundamente afetivo!

18. Texto Luiz Schettini Filho CD Filhos por Adoção Formatação Suzana Sofia Schettini