SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 30
PROTOZOÁRIOS
ERNESTO PEDRO DA SILVA
       BIÓLOGO - UECE
Protozoários
 Organismos pertencentes ao Reino Protista
 Seres Eucariontes, heterotróficos, unicelulares ou
  pluricelulares (formação de colônias rudimentares)
 Vida livre ou parasitas
 Divididos de acordo com as diferentes formas de
  locomoção:
   Rhizopoda ou Sarcodinea  Pseudópodes
   Ciliophora Cílios
   Mastigophora  Flagelos
   Sporozoa ou Apicomplexa Não possuem organela de
    locomoção
Sarcodinea ou Rhizopoda
 Pseudópodos para a locomoção, que auxiliam também
  na captura de alimentos  Fagocitose
 Principais representantes: AMEBAS
 Maioria de vida livre; Ex: Amoeba proteus (água doce)
 Algumas espécies parasitas
    Entamoeba hystolitica  Disenteria amebiana ou
     Amebíase  Parasita do intestino grosso humano
    Ingestão de cistos através de alimentos e água
     contaminados
    Sintomas: Dores abdominais, forte diarréia
    Profilaxia: Hábitos de higiene adequados, saneamento
     básico.
Sarcodinea ou Rhizopoda
 Algumas espécies possuem carapaças resistentes de
  sílica ou de carbonato de cálcio, que sustentam e
  protegem a célula.
 Exemplos:
    Foraminíferos, Radiolários e Heliozoários
Rhizopoda
Ciliophora
 Cílios para a locomoção  pequenos e numerosos
  espalhados pela membrana ou em tufos (cirros)
 Grande maioria de vida livre
 Exemplo: Paramecium sp  Ciliado de água doce
    Sulco oral: abertura ciliada que empurra a água com o
     alimento para o citóstoma (“boca”)
    Dois núcleos: Macronúcleo (controle do metabolismo) e
     micronúcleo (reprodução por conjugação)
    Vacúolo contrátil ou pulsátil  “bomba” que expulsa a água
     em excesso que entra passivamente por osmose
Ciliophora



Paramecium caudatum
Micronúcleo      Vacúolo Pulsátil




  Ciliophora
Paramecium caudatum




               Citóstoma   Sulco Oral
                                           Macronúcleo
Mastigophora
 Flagelos como organela de locomoção  1 a 4
 Vida livre, parasitas ou simbióticos
 Simbiose: Triconympha sp vive no intestino de cupins e
  digere a celulose ingerida por ele. Em contrapartida, o
  cupim oferece um habitat adequado às condições
  metabólicas do protozoário.
Doenças causadas por Flagelados
 DOENÇA DE CHAGAS
   Carlos Chagas, 1909
   Provocada pelo Trypanosoma cruzi e transmitido por
    percevejos triatomídeos conhecidos como BARBEIROS
Ciclo da doença
 Barbeiro contrai o T. cruzi de animais silvestres
  (reservatórios naturais) ou pessoas doentes e o protozoário
  se aloja em seu intestino
 Ao picar uma pessoa saudável, o inseto defeca sobre a pele e
  o protozoário penetra pela ferida.
    Normalmente a picada ocorre à noite e no rosto, parte
     descoberta durante o sono e que é bastante vascularizada.
    A penetração do flagelado pode ocorrer pelo olho,
     provocando o sinal característico da infecção.
Ciclo da doença
 O tripanosoma cai na corrente circulatória e se aloja no
  coração ou no intestino, onde irá se reproduzir.
 O coração e o intestino aumentam bastante de tamanho
  (megacólon e megacoração), provocando insuficiência
  cardíaca e alterações na digestão.
Ciclo da doença
 Doença grave, sem cura, mas que pode ser controlada e
  prevenida
 PROFILAXIA:
   Evitar morar em casas de sapé ou pau-a-pique, pois as frestas
    nas paredes são o local ideal para a reprodução dos barbeiros
   Combater o barbeiro com inseticidas, telas e outros
   Tratar e isolar os doentes
   Fiscalizar bancos de sangue para evitar a transmissão por
    transfusão sanguínea ou transplante de órgãos.
Doenças causadas por Flagelados
 DOENÇA DO SONO
   Provocada pelo Trypanosoma brucei e transmitido pela
    picada da mosca Glossina palpalis ou tsé-tsé
 DOENÇA DO SONO
   Restrita à região central da África, não foram registrados
    casos no Brasil
   Invasão do sistema nervoso central, provocando
    sonolência contínua e enfraquecimento do corpo 
    Morte
Doenças causadas por Flagelados
 LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA
    Úlcera de Baurú  Leishmania braziliensis
    Transmitido pela picada de mosquitos fêmeas da família
     dos flebotomídeos (Gênero Lutzomia)  Mosquito
     palha
 Penetração através da picada do mosquito 
  reprodução intensa na pele  Lesões de pele, mucosa
  da boca, nariz e faringe  Deformações
 Se tratadas a tempo, há regressão das lesões
 Profilaxia:
   Evitar o contato com os mosquitos  100m das matas
    (voo curto)
   Tratar e isolar os doentes
Lesões por Leishmaniose Tegumentar Americana
Distribuição dos casos de Leishmaniose
         Tegumentar no Paraná
Doenças causadas por Flagelados
 LEISHMANIOSE VISCERAL
    Calazar
    Leishmania chagasi
    Transmitida também pelo mosquito palha (Lutzomya
     sp)
    Febre, anemia e esplenomegalia (aumento do baço)
    Se não tratada, pode levar à morte
Doenças causadas por Flagelados
 TRICOMONÍASE
    Trichomonas vaginalis
    Mulher: inflamação na uretra e na vagina, corrimento
     branco-amarelado
    ASSINTOMÁTICA no homem, porém ainda é
     transmitida à mulher durante o ato sexual  AMBOS
     devem ser medicados
    PROFILAXIA: Preservativo e cuidado na utilização de
     objetos ou sanitários públicos  sobrevivência do
     parasita por até 6 horas em ambientes úmidos
Doenças causadas por Flagelados
 GIARDÍASE
    Giardia lamblia
    Infecções no intestino delgado e diarréias 
     Desidratação
    Doença muito comum em crianças de creches públicas
    Transmissão pela ingestão de água e alimentos
     contaminados com os cistos da Giardia
SPOROZOA
 Não possuem organelas de locomoção e são parasitas
  intracelulares
 Podem causar doenças nos seres humanos
   MALÁRIA
   TOXOPLASMOSE
MALÁRIA
 Impaludismo, maleita ou sezão
 Países tropicais e África, principalmente
 Brasil  Região Amazônica
 Causada pelo esporozoário Plasmodium sp e
  transmitida pela picada das fêmeas do mosquito-prego
  (Anopheles sp)
 Dois hospedeiros: HOMEM (hospedeiro
  intermediário) e MOSQUITO (hospedeiro definitivo)




                     Anopheles sp
MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA
   Pela picada, penetram no sangue os ESPOROZOÍTOS, a forma
    infectante do Plasmodium
   Fígado e baço  reprodução assexuada do parasita (esquizogonia) 
    Formação de MEROZOÍTOS
   Invasão das hemáceas  reprodução acentuada do parasita:
    Rompimento da célula  FEBRE ALTA, TREMORES e SUDORESE.
   Algumas hemáceas não se rompem  aparecimento dos
    GAMETÓCITOS no interior delas  ingeridos pelo mosquito,
    originam gametas no tubo digestivo (reprodução sexuada)
   Fecundação, produção de novos ESPOROZOÍTOS, que migram para
    as glândulas salivares do mosquito e podem ser novamente
    inoculados no ser humano, retomando o ciclo.
MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA
ÁREAS DE RISCO DE MALÁRIA NO BRASIL
MALÁRIA – GRAVIDADE
Depende da espécie do Plasmodium:
   P. vivax: Febre a cada 48 horas (terçã benigna)
   P. malarie: Febre a cada 72 horas (quartã benigna)
   P. falciparum: Varia a cada 36 a 48 horas

SINTOMAS:
   Danos no fígado, ANEMIA, cansaço, desânimo, falta de ar
    e diminuição da capacidade de trabalho.
MALÁRIA – TRATAMENTO e PROFILAXIA
   Medicamentos que matam o parasita no fígado e no
    sangue
   Prevenção:
       Combate aos mosquitos adultos com INSETICIDAS,
        combate às larvas com LARVICIDAS ou peixes que se
        alimentem delas ou ainda drenagem de terrenos alagados.
       Uso de telas e cortineiros
       Cuidados com sangue contaminado: transfusões, seringas,
        agulhas e no parto.
TOXOPLASMOSE
 Toxoplasma gondii
 Transmitido pela ingestão de cistos presentes nas fezes
  de gatos (solo, areia ou pelo do animal)
 Poucos ou nenhum sintoma: febre e aumento dos
  linfonodos  desaparecem sem deixar seqüelas
 Mulheres grávidas: transmissão ao feto  Lesões
  cerebrais e em outros órgãos
 PREVENÇÃO:
   Não beijar animais nem deixá-los lamber o rosto
   Lavar as mãos após o contato com eles
 Mulheres que pretendem engravidar: exame específico

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (20)

Aula citologia
Aula citologiaAula citologia
Aula citologia
 
Reino protista algas
Reino protista algasReino protista algas
Reino protista algas
 
Poriferos
PoriferosPoriferos
Poriferos
 
Briófitas
BriófitasBriófitas
Briófitas
 
Classificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres VivosClassificação dos Seres Vivos
Classificação dos Seres Vivos
 
Aula tecidos vegetais
Aula tecidos vegetaisAula tecidos vegetais
Aula tecidos vegetais
 
Caracteristicas do reino animal
Caracteristicas do reino animalCaracteristicas do reino animal
Caracteristicas do reino animal
 
Os Vertebrados
Os VertebradosOs Vertebrados
Os Vertebrados
 
Protoctistas algas
Protoctistas algasProtoctistas algas
Protoctistas algas
 
Doenças causadas por protozoários
Doenças causadas por protozoáriosDoenças causadas por protozoários
Doenças causadas por protozoários
 
Angiospermas e gimnospermas
Angiospermas e gimnospermasAngiospermas e gimnospermas
Angiospermas e gimnospermas
 
Raiz
RaizRaiz
Raiz
 
Zoologia: Platelmintos
Zoologia: PlatelmintosZoologia: Platelmintos
Zoologia: Platelmintos
 
Bacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elasBacterias e as doenças causadas por elas
Bacterias e as doenças causadas por elas
 
Reino Monera
Reino MoneraReino Monera
Reino Monera
 
Reino Plantas
Reino PlantasReino Plantas
Reino Plantas
 
INTRODUÇÃO À BOTÄNICA
INTRODUÇÃO À BOTÄNICAINTRODUÇÃO À BOTÄNICA
INTRODUÇÃO À BOTÄNICA
 
Anelídeos
AnelídeosAnelídeos
Anelídeos
 
Filo Cordados (Power Point)
Filo Cordados (Power Point)Filo Cordados (Power Point)
Filo Cordados (Power Point)
 
Zoologia geral aulas 1
Zoologia geral aulas 1Zoologia geral aulas 1
Zoologia geral aulas 1
 

Andere mochten auch

Andere mochten auch (20)

Reino Protista
Reino ProtistaReino Protista
Reino Protista
 
Reino Protista
Reino Protista Reino Protista
Reino Protista
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
DoençA Do Sono
DoençA Do SonoDoençA Do Sono
DoençA Do Sono
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Aula 1 reino protista
Aula 1  reino protistaAula 1  reino protista
Aula 1 reino protista
 
Reino Protista
Reino ProtistaReino Protista
Reino Protista
 
Algas e protozoários
Algas e protozoáriosAlgas e protozoários
Algas e protozoários
 
Parasitoses humanas
Parasitoses humanasParasitoses humanas
Parasitoses humanas
 
Protozoários - Parasitologia
Protozoários - ParasitologiaProtozoários - Parasitologia
Protozoários - Parasitologia
 
Reino Protoctista
Reino ProtoctistaReino Protoctista
Reino Protoctista
 
Protozoários e protozooses
Protozoários e protozoosesProtozoários e protozooses
Protozoários e protozooses
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
II.3 Reino Protoctista
II.3 Reino ProtoctistaII.3 Reino Protoctista
II.3 Reino Protoctista
 
Reino Protista
Reino ProtistaReino Protista
Reino Protista
 
Protoctista 2013
Protoctista 2013Protoctista 2013
Protoctista 2013
 
O reino protoctista
O reino protoctistaO reino protoctista
O reino protoctista
 
Fotossíntese: reações fase luminosa e escura -Aula 2
Fotossíntese: reações fase luminosa e escura -Aula 2Fotossíntese: reações fase luminosa e escura -Aula 2
Fotossíntese: reações fase luminosa e escura -Aula 2
 
Doenças de chagas
Doenças de chagasDoenças de chagas
Doenças de chagas
 

Ähnlich wie Protozoários: organelas de locomoção e doenças causadas

Ähnlich wie Protozoários: organelas de locomoção e doenças causadas (20)

Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino Protista
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino ProtistaSlides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino Protista
Slides da aula de Biologia (Renato) sobre Reino Protista
 
Protistas
ProtistasProtistas
Protistas
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 
Protistas
ProtistasProtistas
Protistas
 
Aula reino-protista
Aula reino-protistaAula reino-protista
Aula reino-protista
 
Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozooses
 
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários (protozooses)Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
 
Reino Protista
Reino ProtistaReino Protista
Reino Protista
 
Protozooses
ProtozoosesProtozooses
Protozooses
 
Reino animal
Reino animalReino animal
Reino animal
 
Reino protista protozoarios
Reino protista protozoariosReino protista protozoarios
Reino protista protozoarios
 
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários (protozooses)Doenças causadas por protozoários (protozooses)
Doenças causadas por protozoários (protozooses)
 
Aula sobre Protozooses.pdf
Aula sobre Protozooses.pdfAula sobre Protozooses.pdf
Aula sobre Protozooses.pdf
 
Parasitismo
ParasitismoParasitismo
Parasitismo
 
Reino protista
Reino protistaReino protista
Reino protista
 
Aula 1 reino protista
Aula 1  reino protistaAula 1  reino protista
Aula 1 reino protista
 
Reino protoctista
Reino protoctistaReino protoctista
Reino protoctista
 
Protozoários
ProtozoáriosProtozoários
Protozoários
 

Kürzlich hochgeladen

ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxOsnilReis1
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavrasMary Alvarenga
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfManuais Formação
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasRosalina Simão Nunes
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfHenrique Pontes
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasCassio Meira Jr.
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.keislayyovera123
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdfJorge Andrade
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxfabiolalopesmartins1
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesMary Alvarenga
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSilvana Silva
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfEditoraEnovus
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptxthaisamaral9365923
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfaulasgege
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaaulasgege
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduraAdryan Luiz
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfAdrianaCunha84
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxleandropereira983288
 

Kürzlich hochgeladen (20)

ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptxATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
ATIVIDADE AVALIATIVA VOZES VERBAIS 7º ano.pptx
 
Bullying - Atividade com caça- palavras
Bullying   - Atividade com  caça- palavrasBullying   - Atividade com  caça- palavras
Bullying - Atividade com caça- palavras
 
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdfUFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
UFCD_10392_Intervenção em populações de risco_índice .pdf
 
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicasCenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
Cenários de Aprendizagem - Estratégia para implementação de práticas pedagógicas
 
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA      -
XI OLIMPÍADAS DA LÍNGUA PORTUGUESA -
 
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdfBRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
BRASIL - DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS - Fund 2.pdf
 
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e EspecíficasHabilidades Motoras Básicas e Específicas
Habilidades Motoras Básicas e Específicas
 
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.Época Realista y la obra de Madame Bovary.
Época Realista y la obra de Madame Bovary.
 
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
02. Informática - Windows 10 apostila completa.pdf
 
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptxA experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
A experiência amorosa e a reflexão sobre o Amor.pptx
 
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das MãesA Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
A Arte de Escrever Poemas - Dia das Mães
 
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptxSlides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
Slides 1 - O gênero textual entrevista.pptx
 
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdfSimulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
Simulado 1 Etapa - 2024 Proximo Passo.pdf
 
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
“Sobrou pra mim” - Conto de Ruth Rocha.pptx
 
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
Orientação Técnico-Pedagógica EMBcae Nº 001, de 16 de abril de 2024
 
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdfCultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
Cultura e Sociedade - Texto de Apoio.pdf
 
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologiaAula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
Aula - 1º Ano - Émile Durkheim - Um dos clássicos da sociologia
 
trabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditaduratrabalho wanda rocha ditadura
trabalho wanda rocha ditadura
 
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdfWilliam J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
William J. Bennett - O livro das virtudes para Crianças.pdf
 
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptxPedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
Pedologia- Geografia - Geologia - aula_01.pptx
 

Protozoários: organelas de locomoção e doenças causadas

  • 1. PROTOZOÁRIOS ERNESTO PEDRO DA SILVA BIÓLOGO - UECE
  • 2. Protozoários  Organismos pertencentes ao Reino Protista  Seres Eucariontes, heterotróficos, unicelulares ou pluricelulares (formação de colônias rudimentares)  Vida livre ou parasitas  Divididos de acordo com as diferentes formas de locomoção:  Rhizopoda ou Sarcodinea  Pseudópodes  Ciliophora Cílios  Mastigophora  Flagelos  Sporozoa ou Apicomplexa Não possuem organela de locomoção
  • 3. Sarcodinea ou Rhizopoda  Pseudópodos para a locomoção, que auxiliam também na captura de alimentos  Fagocitose  Principais representantes: AMEBAS  Maioria de vida livre; Ex: Amoeba proteus (água doce)  Algumas espécies parasitas  Entamoeba hystolitica  Disenteria amebiana ou Amebíase  Parasita do intestino grosso humano  Ingestão de cistos através de alimentos e água contaminados  Sintomas: Dores abdominais, forte diarréia  Profilaxia: Hábitos de higiene adequados, saneamento básico.
  • 4. Sarcodinea ou Rhizopoda  Algumas espécies possuem carapaças resistentes de sílica ou de carbonato de cálcio, que sustentam e protegem a célula.  Exemplos:  Foraminíferos, Radiolários e Heliozoários
  • 6. Ciliophora  Cílios para a locomoção  pequenos e numerosos espalhados pela membrana ou em tufos (cirros)  Grande maioria de vida livre  Exemplo: Paramecium sp  Ciliado de água doce  Sulco oral: abertura ciliada que empurra a água com o alimento para o citóstoma (“boca”)  Dois núcleos: Macronúcleo (controle do metabolismo) e micronúcleo (reprodução por conjugação)  Vacúolo contrátil ou pulsátil  “bomba” que expulsa a água em excesso que entra passivamente por osmose
  • 8. Micronúcleo Vacúolo Pulsátil Ciliophora Paramecium caudatum Citóstoma Sulco Oral Macronúcleo
  • 9. Mastigophora  Flagelos como organela de locomoção  1 a 4  Vida livre, parasitas ou simbióticos  Simbiose: Triconympha sp vive no intestino de cupins e digere a celulose ingerida por ele. Em contrapartida, o cupim oferece um habitat adequado às condições metabólicas do protozoário.
  • 10. Doenças causadas por Flagelados  DOENÇA DE CHAGAS  Carlos Chagas, 1909  Provocada pelo Trypanosoma cruzi e transmitido por percevejos triatomídeos conhecidos como BARBEIROS
  • 11. Ciclo da doença  Barbeiro contrai o T. cruzi de animais silvestres (reservatórios naturais) ou pessoas doentes e o protozoário se aloja em seu intestino  Ao picar uma pessoa saudável, o inseto defeca sobre a pele e o protozoário penetra pela ferida.  Normalmente a picada ocorre à noite e no rosto, parte descoberta durante o sono e que é bastante vascularizada.  A penetração do flagelado pode ocorrer pelo olho, provocando o sinal característico da infecção.
  • 12. Ciclo da doença  O tripanosoma cai na corrente circulatória e se aloja no coração ou no intestino, onde irá se reproduzir.  O coração e o intestino aumentam bastante de tamanho (megacólon e megacoração), provocando insuficiência cardíaca e alterações na digestão.
  • 13. Ciclo da doença  Doença grave, sem cura, mas que pode ser controlada e prevenida  PROFILAXIA:  Evitar morar em casas de sapé ou pau-a-pique, pois as frestas nas paredes são o local ideal para a reprodução dos barbeiros  Combater o barbeiro com inseticidas, telas e outros  Tratar e isolar os doentes  Fiscalizar bancos de sangue para evitar a transmissão por transfusão sanguínea ou transplante de órgãos.
  • 14. Doenças causadas por Flagelados  DOENÇA DO SONO  Provocada pelo Trypanosoma brucei e transmitido pela picada da mosca Glossina palpalis ou tsé-tsé
  • 15.  DOENÇA DO SONO  Restrita à região central da África, não foram registrados casos no Brasil  Invasão do sistema nervoso central, provocando sonolência contínua e enfraquecimento do corpo  Morte
  • 16. Doenças causadas por Flagelados  LEISHMANIOSE TEGUMENTAR AMERICANA  Úlcera de Baurú  Leishmania braziliensis  Transmitido pela picada de mosquitos fêmeas da família dos flebotomídeos (Gênero Lutzomia)  Mosquito palha
  • 17.  Penetração através da picada do mosquito  reprodução intensa na pele  Lesões de pele, mucosa da boca, nariz e faringe  Deformações  Se tratadas a tempo, há regressão das lesões  Profilaxia:  Evitar o contato com os mosquitos  100m das matas (voo curto)  Tratar e isolar os doentes
  • 18. Lesões por Leishmaniose Tegumentar Americana
  • 19. Distribuição dos casos de Leishmaniose Tegumentar no Paraná
  • 20. Doenças causadas por Flagelados  LEISHMANIOSE VISCERAL  Calazar  Leishmania chagasi  Transmitida também pelo mosquito palha (Lutzomya sp)  Febre, anemia e esplenomegalia (aumento do baço)  Se não tratada, pode levar à morte
  • 21. Doenças causadas por Flagelados  TRICOMONÍASE  Trichomonas vaginalis  Mulher: inflamação na uretra e na vagina, corrimento branco-amarelado  ASSINTOMÁTICA no homem, porém ainda é transmitida à mulher durante o ato sexual  AMBOS devem ser medicados  PROFILAXIA: Preservativo e cuidado na utilização de objetos ou sanitários públicos  sobrevivência do parasita por até 6 horas em ambientes úmidos
  • 22. Doenças causadas por Flagelados  GIARDÍASE  Giardia lamblia  Infecções no intestino delgado e diarréias  Desidratação  Doença muito comum em crianças de creches públicas  Transmissão pela ingestão de água e alimentos contaminados com os cistos da Giardia
  • 23. SPOROZOA  Não possuem organelas de locomoção e são parasitas intracelulares  Podem causar doenças nos seres humanos  MALÁRIA  TOXOPLASMOSE
  • 24. MALÁRIA  Impaludismo, maleita ou sezão  Países tropicais e África, principalmente  Brasil  Região Amazônica  Causada pelo esporozoário Plasmodium sp e transmitida pela picada das fêmeas do mosquito-prego (Anopheles sp)  Dois hospedeiros: HOMEM (hospedeiro intermediário) e MOSQUITO (hospedeiro definitivo) Anopheles sp
  • 25. MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA  Pela picada, penetram no sangue os ESPOROZOÍTOS, a forma infectante do Plasmodium  Fígado e baço  reprodução assexuada do parasita (esquizogonia)  Formação de MEROZOÍTOS  Invasão das hemáceas  reprodução acentuada do parasita: Rompimento da célula  FEBRE ALTA, TREMORES e SUDORESE.  Algumas hemáceas não se rompem  aparecimento dos GAMETÓCITOS no interior delas  ingeridos pelo mosquito, originam gametas no tubo digestivo (reprodução sexuada)  Fecundação, produção de novos ESPOROZOÍTOS, que migram para as glândulas salivares do mosquito e podem ser novamente inoculados no ser humano, retomando o ciclo.
  • 26. MALÁRIA – CICLO DA DOENÇA
  • 27. ÁREAS DE RISCO DE MALÁRIA NO BRASIL
  • 28. MALÁRIA – GRAVIDADE Depende da espécie do Plasmodium:  P. vivax: Febre a cada 48 horas (terçã benigna)  P. malarie: Febre a cada 72 horas (quartã benigna)  P. falciparum: Varia a cada 36 a 48 horas SINTOMAS:  Danos no fígado, ANEMIA, cansaço, desânimo, falta de ar e diminuição da capacidade de trabalho.
  • 29. MALÁRIA – TRATAMENTO e PROFILAXIA  Medicamentos que matam o parasita no fígado e no sangue  Prevenção:  Combate aos mosquitos adultos com INSETICIDAS, combate às larvas com LARVICIDAS ou peixes que se alimentem delas ou ainda drenagem de terrenos alagados.  Uso de telas e cortineiros  Cuidados com sangue contaminado: transfusões, seringas, agulhas e no parto.
  • 30. TOXOPLASMOSE  Toxoplasma gondii  Transmitido pela ingestão de cistos presentes nas fezes de gatos (solo, areia ou pelo do animal)  Poucos ou nenhum sintoma: febre e aumento dos linfonodos  desaparecem sem deixar seqüelas  Mulheres grávidas: transmissão ao feto  Lesões cerebrais e em outros órgãos  PREVENÇÃO:  Não beijar animais nem deixá-los lamber o rosto  Lavar as mãos após o contato com eles  Mulheres que pretendem engravidar: exame específico