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Defeitos/Imperfeições
      cristalinos




                        A.S.D’Oliveira
Defeitos cristalinos

 Defeitos pontuais:

   - lacunas
   - interstícios
   - átomos estranhos:
          -substitucionais
          - intersticiais




Número de lacunas em equilíbrio: Existe um número de lacunas em equilíbrio
  para cada temperatura. Este número aumenta exponencialmente com a
  temperatura, de acordo com lei de Arrhenius:
                             N v  N  exp( Qv / RT )

                                                                     A.S.D’Oliveira
Defeitos de linha:

São as discordâncias; podem ter
caracter em aresta, em espiral ou
mista. A discordância possui um vetor
de burguers (b), o qual tem o módulo
do deslocamento em um átomo
provocado pelo defeito.
                               Aresta
             Mista




                     Espiral
                                        A.S.D’Oliveira
Defeitos de linha

   Determinação do vetor de Burgers da discordância.




Discordância em aresta ou cunha, corresponde à presença de um semi-
plano de átomos extra (termina em B).

Linha da discordância é perpendicular ao vetor de Burgers



                                                                      A.S.D’Oliveira
Defeitos de linha


Discordâncias em aresta, o vetor b é perpendicular à linha da discordância
Discordâncias em espiral, o vetor de burguers é paralelo a linha da discordância.




  Discordância em aresta
                                                    Discordância em espiral.


                                                                             A.S.D’Oliveira
Defeitos de linha:

          Linha da discordância
          (anel de discordância)




Discordância em aresta
b ┴ linha da
discordância (B)                   b




                                            Discordância espiral
                                            b//linha da
                                            discordância (A)

         Região deformada
                            Região não deformada                   A.S.D’Oliveira
Defeitos de linha:

                                            Discordância
                   Distorção na             mista
                   rede provocada
                   pela presença
                   de uma
                   discordância
                   em aresta




           Campo de tensões decorrente da
            presença de uma discordância




                                                           A.S.D’Oliveira
Defeitos de linha:
  Deslizamento de uma discordância em aresta forma um degrau de
    comprimento igual ao vetor b ao final do seu deslizamento.

  Simplificação: a soma de múltiplos degraus compõe a deformação plástica
     total do metal.




 O mesmo efeito pode ser produzido pelo deslizamento de uma discordância
 em espiral

                                                                       A.S.D’Oliveira
Defeitos de linha
Movimento das discordâncias
   Uma tensão cisalhante atuando no plano e direção de deslizamento provoca a
   movimentação das discordâncias.
 Mesmo que a tensão aplicada ao material seja uma tensão normal, ela vai possuir
   uma componente cisalhante que atua no plano da discordância.



                                                 Quando a tensão cisalhante
                                                 atingir um valor crítico (c), a
                                                 discordância começa a se
                                                 movimentar no plano e na
                                                 direção.
                                                  O valor crítico c depende do
                                                 material e do sistema de
                                                 deslizamento        considerado
                                                 (plano e direção),.




                                                                         A.S.D’Oliveira
Planos de deslizamento




Metais CFC (deslizamento cruzado)




                                    A.S.D’Oliveira
Defeitos de superfície:

 contorno de grão          - separa duas regiões de orientações cristalográficas
 diferentes no material.




                                      Contorno de
                                      grão de
                                      baixo angulo




                                                                           Contorno
                                                                           de grão
                                                                           de alto
                                                                           angulo


Os contornos de grão são criados durante a solidificação do material ou durante
processos de deformação e recristalização.

O contorno de grão é uma região de alta energia, devido à sua alta densidade de
defeitos cristalinos.
                                                                           A.S.D’Oliveira
Contornos de grão




                    A.S.D’Oliveira
Defeitos de superfície

 contornos de grão -     regiões repletas de defeitos cristalinos (lacunas e
 discordâncias)

 Constituem obstáculos ao deslizamento de discordâncias responsável pela
 deformação plástica e à propagação de trincas.
 Quanto mais contornos de grão, mais resistente à deformação e mais tenaz
 fica o material metálico.

 O refino de grãos constitui um eficiente mecanismo de aumento da
 resistência e da tenacidade.




Difusão pelos contornos de grão - mais rápida, devido à alta densidade de
    lacunas.



                                                                        A.S.D’Oliveira
Defeitos de superfície

contornos de macla/ macla - região onde os átomos apresentam uma
simetria de espelho em relação ao contorno


Resultam de deslocamentos atômicos produzidos por força mecânica (maclas
de deformação) ou pelo recozimento (maclas de recozimento).




                                                                    A.S.D’Oliveira
Defeitos de superfície

Falhas de empilhamento - comuns nos materiais cúbicos de faces centradas
(CFC).
Ocorrem quando, em uma pequena região do material, há uma falha na sequência
de empilhamento dos planos compactos.




Nos cristais CFC esta sequência é do tipo ABCABCABC...,
Nos cristais hexagonais compactos (HC) ela é ABABAB...

Uma sequência ABCABABCABC... em uma região do cristal CFC, caracteriza uma
falha de empilhamento, que vem a ser uma pequena região HC dentro do cristal
CFC.

                                                                     A.S.D’Oliveira
Defeitos de superfície
Falhas de empilhamento - podem surgir nos cristais CFC devido a dissociação de
discordâncias parciais.

O deslizamento no sistema CFC ocorre nos planos {111} segundo as direções
supercompactas <110> destes planos. Entretanto, ocorre um “ganho energético” se
a discordância se dissociar em duas para fazer este deslizamento: primeiro passa
para um plano (110) superior e depois retorna ao plano (111) original. Gera-se
assim uma falha de empilhamento entre as duas discordâncias parciais.




                                                                        A.S.D’Oliveira
Defeitos de superfície

Falhas de empilhamento são geradas durante a deformação plástica.
Um metal CFC terá mais ou menos falhas de empilhamento de acordo com
a sua energia de falha de empilhamento (E.F.E.) - um parâmetro sensível
à composição química


A E.F.E. é uma tensão superficial que age no sentido de recombinar as
parciais e eliminar as falhas. Mas também existe, em outro sentido, a força
de repulsão entre as duas parciais.


Metais com baixa EFE desenvolvem grandes e numerosas falhas de
empilhamento no encruamento, e têm características mecânicas diferentes
dos metais com alta EFE.


                                                                    A.S.D’Oliveira
Defeitos de superfície


 As falhas de empilhamento influem de forma                     marcante    nas
 características mecânicas dos materiais metálicos.

 Discordâncias dissociadas     não podem realizar um movimento
 importante, que é o deslizamento cruzado.

 Assim, metais CFC com baixa energia de falha de empilhamento têm
 grande densidade de falhas, e costumam apresentar as seguintes
 características:

- Produzem arranjos planares de discordâncias no encruamento;
- Possuem alta expoente de encruamento (n);
- Possuem resistência à fluência, ou seja, ao amolescimento com a temperatura;




                                                                           A.S.D’Oliveira
Interação entre imperfeições
         cristalinas




                           A.S.D’Oliveira
Defeitos pontuais:
- Lacunas  difusão transformações de fase
- Lacunas, interstícios e átomos soluto abaixam a condutividade
  elétrica e térmica
- Átomos soluto provocam endurecimento por solução sólida




 Defeitos de linha (discordâncias)
 Deslizamento de discordâncias nos planos atômicos mais densos permite
 que o metal se deforma plasticamente.




                                                                  A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento
 O que são mecanismos de endurecimento?
 - Obstáculos a movimentação das discordâncias que
   provocam um aumento da resistência mecânica do
   metal


Quatro mecanismos de endurecimento:
- Solução sólida
- Precipitação/Partículas de segunda fase
- Refino de grão
- Encruamento



                                                     A.S.D’Oliveira
Anel de
                                discordância




Movimento de uma discordância




                                               A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento
Solução sólida


Átomos de soluto ocupam lugares da rede cristalina de um
dado metal;
Estes átomos provocam distorção na rede; para minimizar
a energia do material procuram lugares onde se
acomodam mais facilmente => junto a discordâncias....



   Dificuldade de                      Aumento da
    movimentar                         resistência
   discordâncias                       do material


                                                     A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento
  Solução sólida
Efeito da dimensão do átomo de
soluto




                                 Interação do átomo
                                 de soluto com as
                                 discordâncias




                                               A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento
 Solução sólida



Acomodação dos átomos de
soluto e Interação com as
discordâncias




              SS substitucional   SS intersticial




                                                    A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento

 Precipitação/Dispersão de partículas de segunda fase
 O material exibe uma segunda fase, isto região com
 composição e características distintas, dispersa na matriz.
 Provocarem distorção na rede;
 As discordâncias vão ter dificuldade em se movimentar
 através destas partículas (ex: carbonetos)



    Dificuldade de                       Aumento da
     movimentar                          resistência
    discordâncias                        do material


                                                         A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento
Precipitação/Dispersão de partículas de segunda fase

  Precipitação
  Dependência do tipo
  de precipitado



  Aumenta          Diminuiu
  resistência      resistência




                                                   A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento
Precipitação/Dispersão de partículas de segunda fase
Dispersão
Introdução de finas partículas de óxidos em uma matriz
(moagem de alta energia)


  Interação partículas-discordâncias




                                                         A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento
Contornos de grão
Regiões que apresentam distorção na rede atrapalhando a
movimentação das discordâncias




        Dificuldade de                   Aumento da
         movimentar                      resistência
        discordâncias                    do material


                                                       A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento
Contornos de grão
                                          Grão refinado => maior resistência




 Efeito do tipo de contorno de grão


                           Contorno de
                           grão de
                           baixo angulo




                                                                   Contorno
                                                                   de grão
                                                                   de alto
                                                                   angulo      A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento

Encruamento


A multiplicação do número de discordâncias durante a
deformação de um metal reduz o caminho livre entre
discordâncias, isto é, sua movimentação é reduzida




    Dificuldade de                     Aumento da
     movimentar                        resistência
    discordâncias                      do material


                                                       A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento
Movimento das discordâncias
Sistemas primários de deslizamento: planos e direções mais compactos de uma
dada estrutura cristalina
Estes são os sistemas que são acionados num processo de deformação plástica.


                                                              aumento da
                                                              tensão
                                       discordâncias
                                                              necessária
                número de              passam a
                                                              para deformar
                discordâncias é        interagir entre si
                                                              o material
Deformação      multiplicado por       eo
                                                              devido ao
plástica        algumas ordens         deslizamento se
                                                              aumento da
                de grandeza            torna mais
                                                              deformação
                                       difícil, exigindo
                                                              recebe o nome
                                       maior tensão.
                                                              de
                                                              encruamento.



                                                                        A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento
                                      Aumento da
Multiplicação de discordâncias   resistência mecânica




                                                  A.S.D’Oliveira
Movimento de discordâncias a alta temperatura:
Escalonamento de discordâncias


  Interação entre lacunas e discodâncias



Mecanismo controlado por difusão



   Muito importante
   em fluência




                                                 A.S.D’Oliveira
Mecanismos de endurecimento


    Esquematizar curvas tensão-deformação:
   1. Latão vs Cu puro
   2. Latão encruado vs Latão recristalizado
   3.   Al puro vs Liga Al encruada vs liga de Al


    Quais destes mecanismos permanecem
     ativos a temperaturas elevadas?



                                                    A.S.D’Oliveira
Difusão




          A.S.D’Oliveira
Difusão
 Movimentação dos átomos: interação átomo/lacuna




                                                   A.S.D’Oliveira
Difusão
 Energia de difusão




                      A.S.D’Oliveira
Difusão

 Difusão substitucional
        - átomos trocam de lugares com as lacunas
 Taxa de difusão depende:
         n. de lacunas
        energia de ativação para a troca




                                                    A.S.D’Oliveira
Difusão

  Difusão intersticial
  - mais rápida do que a difusão das lacunas




                                               A.S.D’Oliveira
Difusão
Auto-difusão




 Auto difusão ocorre em ligas homogêneas que não se tem um gradiente de
 concentração




                                                                      A.S.D’Oliveira
Difusão
               Auto-difusão



                              Metal puro




      Liga metálica




                                           A.S.D’Oliveira
Difusão
Exemplo: Recristalização




                           A.S.D’Oliveira
Difusão
 Presença de gradientes de concentração - Interdifusão




  O que determina se a partícula migra para a direita ou para a esquerda?
  Cada partícula sabe a sua concentração “local”?


  →Cada partícula tanto pode se movimentar para a esquerda como para a
  direita
  →Nas interfaces   vão existir mais partículas migrando para a direita do
  que para a esquerda-> fluxo médio de partículas para a direita
                                                                         A.S.D’Oliveira
Difusão




           A.S.D’Oliveira
Difusão
Interdifusão: os átomos tem tendência a migrar das regiões de maior
concentração para as de menor concentração




                                                                      A.S.D’Oliveira
Difusão
Exemplo: Cementação



                                  Carbono difunde do meio para o
                                  interior da peça




   Átomos de carbono reduzem a
   movimentação dos planos e geram tensões
   compressivas



                                                                   A.S.D’Oliveira

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Defeitos cristalinos e suas implicações mecânicas

  • 1. Defeitos/Imperfeições cristalinos A.S.D’Oliveira
  • 2. Defeitos cristalinos Defeitos pontuais: - lacunas - interstícios - átomos estranhos: -substitucionais - intersticiais Número de lacunas em equilíbrio: Existe um número de lacunas em equilíbrio para cada temperatura. Este número aumenta exponencialmente com a temperatura, de acordo com lei de Arrhenius: N v  N  exp( Qv / RT ) A.S.D’Oliveira
  • 3. Defeitos de linha: São as discordâncias; podem ter caracter em aresta, em espiral ou mista. A discordância possui um vetor de burguers (b), o qual tem o módulo do deslocamento em um átomo provocado pelo defeito. Aresta Mista Espiral A.S.D’Oliveira
  • 4. Defeitos de linha Determinação do vetor de Burgers da discordância. Discordância em aresta ou cunha, corresponde à presença de um semi- plano de átomos extra (termina em B). Linha da discordância é perpendicular ao vetor de Burgers A.S.D’Oliveira
  • 5. Defeitos de linha Discordâncias em aresta, o vetor b é perpendicular à linha da discordância Discordâncias em espiral, o vetor de burguers é paralelo a linha da discordância. Discordância em aresta Discordância em espiral. A.S.D’Oliveira
  • 6. Defeitos de linha: Linha da discordância (anel de discordância) Discordância em aresta b ┴ linha da discordância (B) b Discordância espiral b//linha da discordância (A) Região deformada Região não deformada A.S.D’Oliveira
  • 7. Defeitos de linha: Discordância Distorção na mista rede provocada pela presença de uma discordância em aresta Campo de tensões decorrente da presença de uma discordância A.S.D’Oliveira
  • 8. Defeitos de linha: Deslizamento de uma discordância em aresta forma um degrau de comprimento igual ao vetor b ao final do seu deslizamento. Simplificação: a soma de múltiplos degraus compõe a deformação plástica total do metal. O mesmo efeito pode ser produzido pelo deslizamento de uma discordância em espiral A.S.D’Oliveira
  • 9. Defeitos de linha Movimento das discordâncias Uma tensão cisalhante atuando no plano e direção de deslizamento provoca a movimentação das discordâncias. Mesmo que a tensão aplicada ao material seja uma tensão normal, ela vai possuir uma componente cisalhante que atua no plano da discordância. Quando a tensão cisalhante atingir um valor crítico (c), a discordância começa a se movimentar no plano e na direção. O valor crítico c depende do material e do sistema de deslizamento considerado (plano e direção),. A.S.D’Oliveira
  • 10. Planos de deslizamento Metais CFC (deslizamento cruzado) A.S.D’Oliveira
  • 11. Defeitos de superfície: contorno de grão - separa duas regiões de orientações cristalográficas diferentes no material. Contorno de grão de baixo angulo Contorno de grão de alto angulo Os contornos de grão são criados durante a solidificação do material ou durante processos de deformação e recristalização. O contorno de grão é uma região de alta energia, devido à sua alta densidade de defeitos cristalinos. A.S.D’Oliveira
  • 12. Contornos de grão A.S.D’Oliveira
  • 13. Defeitos de superfície contornos de grão - regiões repletas de defeitos cristalinos (lacunas e discordâncias) Constituem obstáculos ao deslizamento de discordâncias responsável pela deformação plástica e à propagação de trincas. Quanto mais contornos de grão, mais resistente à deformação e mais tenaz fica o material metálico. O refino de grãos constitui um eficiente mecanismo de aumento da resistência e da tenacidade. Difusão pelos contornos de grão - mais rápida, devido à alta densidade de lacunas. A.S.D’Oliveira
  • 14. Defeitos de superfície contornos de macla/ macla - região onde os átomos apresentam uma simetria de espelho em relação ao contorno Resultam de deslocamentos atômicos produzidos por força mecânica (maclas de deformação) ou pelo recozimento (maclas de recozimento). A.S.D’Oliveira
  • 15. Defeitos de superfície Falhas de empilhamento - comuns nos materiais cúbicos de faces centradas (CFC). Ocorrem quando, em uma pequena região do material, há uma falha na sequência de empilhamento dos planos compactos. Nos cristais CFC esta sequência é do tipo ABCABCABC..., Nos cristais hexagonais compactos (HC) ela é ABABAB... Uma sequência ABCABABCABC... em uma região do cristal CFC, caracteriza uma falha de empilhamento, que vem a ser uma pequena região HC dentro do cristal CFC. A.S.D’Oliveira
  • 16. Defeitos de superfície Falhas de empilhamento - podem surgir nos cristais CFC devido a dissociação de discordâncias parciais. O deslizamento no sistema CFC ocorre nos planos {111} segundo as direções supercompactas <110> destes planos. Entretanto, ocorre um “ganho energético” se a discordância se dissociar em duas para fazer este deslizamento: primeiro passa para um plano (110) superior e depois retorna ao plano (111) original. Gera-se assim uma falha de empilhamento entre as duas discordâncias parciais. A.S.D’Oliveira
  • 17. Defeitos de superfície Falhas de empilhamento são geradas durante a deformação plástica. Um metal CFC terá mais ou menos falhas de empilhamento de acordo com a sua energia de falha de empilhamento (E.F.E.) - um parâmetro sensível à composição química A E.F.E. é uma tensão superficial que age no sentido de recombinar as parciais e eliminar as falhas. Mas também existe, em outro sentido, a força de repulsão entre as duas parciais. Metais com baixa EFE desenvolvem grandes e numerosas falhas de empilhamento no encruamento, e têm características mecânicas diferentes dos metais com alta EFE. A.S.D’Oliveira
  • 18. Defeitos de superfície As falhas de empilhamento influem de forma marcante nas características mecânicas dos materiais metálicos. Discordâncias dissociadas não podem realizar um movimento importante, que é o deslizamento cruzado. Assim, metais CFC com baixa energia de falha de empilhamento têm grande densidade de falhas, e costumam apresentar as seguintes características: - Produzem arranjos planares de discordâncias no encruamento; - Possuem alta expoente de encruamento (n); - Possuem resistência à fluência, ou seja, ao amolescimento com a temperatura; A.S.D’Oliveira
  • 19. Interação entre imperfeições cristalinas A.S.D’Oliveira
  • 20. Defeitos pontuais: - Lacunas  difusão transformações de fase - Lacunas, interstícios e átomos soluto abaixam a condutividade elétrica e térmica - Átomos soluto provocam endurecimento por solução sólida Defeitos de linha (discordâncias) Deslizamento de discordâncias nos planos atômicos mais densos permite que o metal se deforma plasticamente. A.S.D’Oliveira
  • 21. Mecanismos de endurecimento O que são mecanismos de endurecimento? - Obstáculos a movimentação das discordâncias que provocam um aumento da resistência mecânica do metal Quatro mecanismos de endurecimento: - Solução sólida - Precipitação/Partículas de segunda fase - Refino de grão - Encruamento A.S.D’Oliveira
  • 22. Anel de discordância Movimento de uma discordância A.S.D’Oliveira
  • 23. Mecanismos de endurecimento Solução sólida Átomos de soluto ocupam lugares da rede cristalina de um dado metal; Estes átomos provocam distorção na rede; para minimizar a energia do material procuram lugares onde se acomodam mais facilmente => junto a discordâncias.... Dificuldade de Aumento da movimentar resistência discordâncias do material A.S.D’Oliveira
  • 24. Mecanismos de endurecimento Solução sólida Efeito da dimensão do átomo de soluto Interação do átomo de soluto com as discordâncias A.S.D’Oliveira
  • 25. Mecanismos de endurecimento Solução sólida Acomodação dos átomos de soluto e Interação com as discordâncias SS substitucional SS intersticial A.S.D’Oliveira
  • 26. Mecanismos de endurecimento Precipitação/Dispersão de partículas de segunda fase O material exibe uma segunda fase, isto região com composição e características distintas, dispersa na matriz. Provocarem distorção na rede; As discordâncias vão ter dificuldade em se movimentar através destas partículas (ex: carbonetos) Dificuldade de Aumento da movimentar resistência discordâncias do material A.S.D’Oliveira
  • 27. Mecanismos de endurecimento Precipitação/Dispersão de partículas de segunda fase Precipitação Dependência do tipo de precipitado Aumenta Diminuiu resistência resistência A.S.D’Oliveira
  • 28. Mecanismos de endurecimento Precipitação/Dispersão de partículas de segunda fase Dispersão Introdução de finas partículas de óxidos em uma matriz (moagem de alta energia) Interação partículas-discordâncias A.S.D’Oliveira
  • 29. Mecanismos de endurecimento Contornos de grão Regiões que apresentam distorção na rede atrapalhando a movimentação das discordâncias Dificuldade de Aumento da movimentar resistência discordâncias do material A.S.D’Oliveira
  • 30. Mecanismos de endurecimento Contornos de grão Grão refinado => maior resistência Efeito do tipo de contorno de grão Contorno de grão de baixo angulo Contorno de grão de alto angulo A.S.D’Oliveira
  • 31. Mecanismos de endurecimento Encruamento A multiplicação do número de discordâncias durante a deformação de um metal reduz o caminho livre entre discordâncias, isto é, sua movimentação é reduzida Dificuldade de Aumento da movimentar resistência discordâncias do material A.S.D’Oliveira
  • 32. Mecanismos de endurecimento Movimento das discordâncias Sistemas primários de deslizamento: planos e direções mais compactos de uma dada estrutura cristalina Estes são os sistemas que são acionados num processo de deformação plástica. aumento da tensão discordâncias necessária número de passam a para deformar discordâncias é interagir entre si o material Deformação multiplicado por eo devido ao plástica algumas ordens deslizamento se aumento da de grandeza torna mais deformação difícil, exigindo recebe o nome maior tensão. de encruamento. A.S.D’Oliveira
  • 33. Mecanismos de endurecimento Aumento da Multiplicação de discordâncias resistência mecânica A.S.D’Oliveira
  • 34. Movimento de discordâncias a alta temperatura: Escalonamento de discordâncias Interação entre lacunas e discodâncias Mecanismo controlado por difusão Muito importante em fluência A.S.D’Oliveira
  • 35. Mecanismos de endurecimento  Esquematizar curvas tensão-deformação: 1. Latão vs Cu puro 2. Latão encruado vs Latão recristalizado 3. Al puro vs Liga Al encruada vs liga de Al  Quais destes mecanismos permanecem ativos a temperaturas elevadas? A.S.D’Oliveira
  • 36. Difusão A.S.D’Oliveira
  • 37. Difusão Movimentação dos átomos: interação átomo/lacuna A.S.D’Oliveira
  • 38. Difusão Energia de difusão A.S.D’Oliveira
  • 39. Difusão Difusão substitucional - átomos trocam de lugares com as lacunas Taxa de difusão depende: n. de lacunas energia de ativação para a troca A.S.D’Oliveira
  • 40. Difusão Difusão intersticial - mais rápida do que a difusão das lacunas A.S.D’Oliveira
  • 41. Difusão Auto-difusão Auto difusão ocorre em ligas homogêneas que não se tem um gradiente de concentração A.S.D’Oliveira
  • 42. Difusão Auto-difusão Metal puro Liga metálica A.S.D’Oliveira
  • 44. Difusão Presença de gradientes de concentração - Interdifusão O que determina se a partícula migra para a direita ou para a esquerda? Cada partícula sabe a sua concentração “local”? →Cada partícula tanto pode se movimentar para a esquerda como para a direita →Nas interfaces vão existir mais partículas migrando para a direita do que para a esquerda-> fluxo médio de partículas para a direita A.S.D’Oliveira
  • 45. Difusão A.S.D’Oliveira
  • 46. Difusão Interdifusão: os átomos tem tendência a migrar das regiões de maior concentração para as de menor concentração A.S.D’Oliveira
  • 47. Difusão Exemplo: Cementação Carbono difunde do meio para o interior da peça Átomos de carbono reduzem a movimentação dos planos e geram tensões compressivas A.S.D’Oliveira