O documento discute a captação de água subterrânea, descrevendo três tipos de aquíferos (porosos, fraturados e cársticos), e três métodos de perfuração (rotativa, à percussão e roto-pneumática).
AE02 - TEORIAS DA ADMINISTRACAO UNICESUMAR 51/2024
Métodos de captação de água subterrânea
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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................... 2
2 CAPTAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA........................................................... 2
2.1 Tipos de aquíferos.............................................................................................. 2
2.1.1 Aquíferos granulares ou porosos............................................................... 2
2.1.2 Aquíferos fraturados ou fissurados.......................................................... 3
2.1.3 Aquíferos cársticos ou cavernosos............................................................ 3
2.2 Métodos de perfuração..................................................................................... 3
2.2.1 Perfuração rotativa..................................................................................... 3
2.2.2 Perfuração à percussão............................................................................... 4
2.2.3 Perfuração roto-pneumática....................................................................... 5
3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...................................................................... 6
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1 INTRODUÇÃO
A água subterrânea é proveniente do ciclo hidrológico, a qual não é evaporada
ou absorvida pelos vegetais, desta forma, infiltrando-se, através dos poros do solo ou
formação rochosa, no subsolo e formando os reservatórios naturais de água subterrâneos
ou aquíferos. A região em que essa água é armazenada é conhecida como zona saturada,
podendo variar em espessura de acordo com a natureza geológica do solo, e acima dela
se encontra o lençol freático. Quando a superfície limitante da zona saturada coincide
com o lençol freático, o aquífero é classificado como livre. Se o aquífero está limitado
por duas camadas impermeáveis, a água está a uma pressão superior à atmosférica, e o
aquífero é conhecido como confinado ou artesiano.
2 CAPTAÇÃO DA ÁGUA SUBTERRÂNEA
A captação da água subterrânea é feita por meio de poços tubulares, também
conhecidos como poços artesianos, no qual a perfuração é feita por máquinas
perfuratrizes rotativas, à percussão e roto-pneumáticas. O poço pode ou não ter
revestimento, dependendo do tipo de rocha de formação do aquífero.
2.1 Tipos de aquíferos
2.1.1 Aquíferos granulares ou porosos
São aqueles em que a água está armazenada e flui nos espaços entre os grãos em
sedimentos e rochas sedimentares de estrutura granular (arenitos e aluviões, por
exemplo). Armazenam grandes volumes de água e ocorrem em grandes áreas. Exemplo:
Aquífero Guarani.
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2.1.2 Aquíferos fraturados ou fissurados
Ocorrem nas rochas ígneas e metamórficas, e a água se acumula nas fraturas e
fendas dessas rochas (cristalinas). Como exemplos, têm-se os granitos, gnaisses e
diabásios.
2.1.3 Aquíferos cársticos ou cavernosos
São aqueles formados em rochas carbonáticas, e, devido à dissolução do
carbonato pela água, podem atingir aberturas muito grandes (cavernas), de forma a criar
rios subterrâneos, como pode-se observar em regiões com grutas calcárias.
2.2 Métodos de perfuração
2.2.1 Perfuração rotativa
Método de perfuração utilizado principalmente em formações sedimentares
(aquíferos porosos), em que o fluido de perfuração é injetado por dentro da haste e
coluna de perfuração saindo pelos orifícios da broca e retornando à superfície
conduzindo os fragmentos da rocha triturada, pelo espaço entre a coluna e a parede do
poço. A perfuratriz é girada por uma mesa rotativa que permite que a haste de
perfuração deslize para baixo, na medida em que o furo evolui.
Geralmente, é feita a aplicação de um tubo de aço como revestimento preliminar
no poço, a fim de evitar desmoronamentos superficiais, e que reduzem vibrações e
trabalham com fluidos de perfuração mais leves. A lama proveniente do processo de
perfuração do poço forma uma espécie de reboco na parede e evita seu
desmoronamento. Se não ocorrer nenhum problema e a perfuração mostrar-se favorável,
o furo é alargado, e então o revestimento é descido com as seções filtrantes, aplicadas
com cuidado frente às camadas produtoras de água potável. Depois, isolam-se as
camadas geológicas com águas salobras e/ou ferruginosas por cimentação e, por fim,
“lava-se” o poço com água limpa e desinfetante, utilizando hastes de perfuração, a fim
de remover o reboco de lama das paredes.
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Figura 1 – Perfuratriz rotativa
2.2.2 Perfuração à percussão
Sistema de perfuração utilizado com eficácia em aquíferos fissurados, consiste
na elevação e queda de uma série de pesadas ferramentas, que são sustentadas por um
cabo de aço dentro do furo e acionadas por meio de um balancim de curso regulável. Ao
cair em queda livre, o trépano, ferramenta cortante, rompe e esmaga a rocha dura em
pequenos fragmentos, ao mesmo tempo em que gira sobre o seu próprio eixo, de
maneira a proporcionar um furo circular. Durante a ação de vai e vem das ferramentas,
misturam-se as porções trituradas com água para formar uma lama, que é retirada a
intervalos por uma caçamba.
No início da perfuração em formações inconsolidadas, é necessário o
revestimento (preliminar) da parede do poço, a fim de evitar desmoronamentos. Depois
de concluída a perfuração, aplica-se o revestimento definitivo à parede do poço.
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Figura 2 - Perfuratriz à percussão
2.2.3 Perfuração roto-pneumática
O método de perfuração roto-pneumática, ou à ar comprimido, consiste num
sistema de percussão em alta frequência e de pequeno curso através de um martelo
(megadrill) em uma broca (bit), que, ao mesmo tempo, é rotacionado para triturar e
desgastar a rocha. O fluido, nesse caso, é o próprio ar comprimido transmitido pelo
compressor dentro da coluna de perfuração, e que passa por dentro do martelo e da
broca.
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3 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
CAPUCCI, E. et al. Poços tubulares e outras captações de água subterrânea –
Orientação aos usuários. Rio de Janeiro, 2001.
FILHO, W. D. C. et al. Noções básicas sobre poços tubulares. Recife, 1998.
GIAMPÁ, C. E. Q., GONÇALES, V. G. Orientações para a utilização de águas
subterrâneas no Estado de São Paulo. São Paulo, 2005.