6. O OBJETIVO DA ESCOLA É
FORMAR ALUNOS QUE
POSSAM LER E PRODUZIR
TEXTOS SIGNIFICATIVOS.
PARA ISSO, ELES
PRECISAM DOMINAR
NORMAS E REGRAS
ORTOGRÁFICAS
7. QUAL A NATUREZA DOS ERROS
ORTOGRÁFICOS?
REGULARIDADES IRREGULARIDADES
Podem ser
solucionados a
partir de uma
regra
Não tem regras.
Dependem de
memorização
Aprender ortografia é um processo gradual
e complexo que não envolve apenas
memória, mas, também o aprendizado de
regras ortográficas.
8. REGULARIDADES
Uma proposta pedagógica eficiente deveria considerar a
conscientização e a compreensão da norma ortográfica,
para que haja aquisição satisfatória daquele objeto de
conhecimento. É preciso levar em conta, sobretudo, a qualidade
das experiências a que se vai submeter o aprendiz para que se
tenha, de fato, uma prática pedagógica eficaz (MELO, 2007).
O professor não dá aos alunos uma
regra para memorizar, mas leva-os a
formular suas próprias meta-
explicações e a checá-las, de modo a
que venham abordar a ortografia
estrategicamente (MELO, 2007).
9. IRREGULARIDADES
Quando não há regras é preciso memorizar a forma correta. Isso
possibilita ao aprendiz o uso gerativo do saber ortográfico,
capacitando-o a ler e a escrever palavras desconhecidas, além da
economia mnemônica, uma vez que a ausência dos princípios
ortográficos sobrecarregaria a memória, encarregada de estabelecer
as conexões feitas quando a pessoa escreve (MELO, 2007).
10. OS ALUNOS PRECISAM REFLETIR
SOBRE O QUE ESCREVEM
Ao aprender as regras e as palavras
com a necessidade e com o uso, as
crianças têm mais tempo para refletir
sobre o que estão aprendendo e
memorizar a grafia de cada palavra
11. O DIAGNÓSTICO COMO INSTRUMENTO
PARA O PLANEJAMENTO DO ENSINO
DE ORTOGRAFIA
Artur Gomes de Morais
REFLETINDO SOBRE A ORTOGRAFIA
NA SALA DE AULA
Kátia Leal Reis de Melo
12. “Saber aonde se deseja chegar, quer em ortografia quer em
outros domínios de conhecimento, parece-nos um princípio
fundamental para a organização de qualquer processo de
ensino. [...] acreditamos que, no caso da norma ortográfica,
para realizar um ensino eficaz, é preciso levar os alunos a
refletir sobre as peculiaridades dela, planejando as
atividades de sala de aula com base no que eles já sabem e
no que ainda precisam saber” (MORAIS, 2007,p. 1, grifos
nossos)
Para ensinar é preciso ter metas e partir
dos conhecimentos prévios dos alunos
13. No “[...] ensino de ortografia, os instrumentos diagnósticos
cumprem três funções:
1) permitem acompanhar a evolução dos alunos,
2)dão subsídios para o planejamento de atividades a ser
desenvolvidas em sala de aula e
3) constituem objeto de estudo importante na formação
continuada dos professores.
Concebemos que, tal como outras questões em didática, a
elaboração de instrumentos diagnósticos e seu uso para
planejar as atividades do dia-a-dia com os alunos são
competências que, como docentes,
desenvolvemos à medida que temos
oportunidades para fazer e refletir
sobre nossa atuação” (MORAIS, 2007. p. 2).
14. Alguns princípios ao diagnosticar
conhecimentos ortográficos
1- Mapear
Quando falamos em mapear, estamos pensando em um
acompanhamento organizado do que os alunos aprenderam e do que
ainda precisam aprender sobre nossa norma
“Se nosso intuito é ajustar o ensino às necessidades da classe, precisamos
ter um “retrato” (mapeamento) da situação de cada aluno, a fim de ver o
que são conquistas ou pendências que atingem a maioria da turma, o
que são necessidades de grupos e o que são de alunos específicos. Esse
mapeamento permitirá planejar tanto as metas coletivas (quais
questões ortográficas serão ensinadas a todos durante o ano, o
semestre, cada bimestre) como as metas para alunos ou grupos de
alunos que ainda não superaram certas dificuldades e que precisam de
atendimento diferenciado em relação ao conjunto da turma” (MORAIS,
2007, p. 3).
15. 2- Registrar periodicamente
“Um acompanhamento cuidadoso da evolução do
desempenho ortográfico dos aprendizes torna-se
viável, se registramos periodicamente o que já
dominaram e o que precisam ainda aprender.
Embora, de início, isso pareça trabalhoso, as vantagens
de um registro cuidadoso nos parecem claras: ele
permite comparar, ao longo do tempo, tanto os
progressos de cada aluno, individualmente, como
os alcançados pela turma
como um todo” (MORAIS, 2007, p. 4).
16. A coerência entre o que se
estabelece como prioridades, o
que se faz como atividades de
ensino e o que se avalia da
aprendizagem dos alunos.
17. Instrumentos de diagnóstico: algumas
alternativas
1- Textos espontâneos
As produções espontâneas são uma fonte primordial: ao escreverem
seus textos de autoria, os aprendizes demonstram, de forma muito
genuína, as representações que estão elaborando sobre a ortografia.
[...] constituem uma expressão natural do como estão avançando
naquele processo. Conseqüentemente, a leitura dos textos espontâneos
é um dispositivo privilegiado para vermos em que nossos alunos não
têm mais dúvidas, em que erram de modo sistemático e em que revelam
dúvidas, produzindo tanto grafias corretas como erros.
[...] Mas é preciso considerar também que
o uso exclusivo da análise de textos
produzidos espontaneamente tem suas
limitações para os fins de diagnóstico de que
estamos tratando” (MORAIS, 2007, p. 6)
18. 2- Notação de textos ditados
-Ditados de palavras que contêm todas as correspondências
fonográficas que se quer observar no desempenho da turma.
- Não se trata de usar ditados para ensinar ortografia, mas de
fazê-lo com um objetivo muito claro e pontual: diagnosticar, de
forma mais cuidadosa, o domínio de certas correspondências som-
grafia.
- Instrumento que, de forma econômica e rápida, ajuda a ter
amplo retrato (mapeamento) dos conhecimentos ortográficos de
todo um grupo-classe.
-Seu emprego periódico permite ter um dado
mais seguro sobre os avanços realizados
pelos alunos em cada dificuldade
ortográfica que nos interessa avaliar.
19. SUGESTÕES:
-LEITURA CIRCULAR DA SEÇÃO
“RELATO DE UMA EXPERIÊNCIA DE
DIAGNÓSTICO E ENSINO SISTEMÁTICOS”
(MORAIS, 2007).
- LEITURA CIRCULAR DA DISCUSSÃO DAS
HIPÓTESES DE PARTIDA (Extratos de
observações 1, 2, 3, 4, 5 e 6) (MELO, 2007).
20. Uma seqüência didática para o ensino da ortografia
deve (MELO, 2007):
a) Considerar as hipóteses do aluno.
Ponto de vista conceitual. Estabelecer pontes entre esse conhecimento e
formas mais próximas da norma ortográfica convencional
(conhecimento formal).
b) Desenvolver a habilidade metacognitiva.
Solicitação de justificativas e explicações. A colocação de perguntas
pertinentes e desafiadoras e de contra-exemplos propicia momentos de
discussão e reflexão sobre os erros e acertos, as formas de pensar e de
conduzir procedimentos de resolução ante as questões
ortográficas. Isto favorece a metacognição,
convidando o aluno a refletir sobre:
a escrita das palavras, sua própria concepção e a
concepção dos colegas, confrontando-as com a
forma convencional da escrita.
21. c) Favorecer a interação.
Ações cooperativas entre os alunos e entre estes e o professor na
construção de um saber compartilhado. É importante formar
grupos heterogêneos, valorizando as possibilidades de trocas e
negociações. A interação durante a resolução de um problema
ortográfico, promove a explicitação verbal das hipóteses, recurso
essencial para a explicitação consciente das peculiaridades da
norma.
d) Favorecer o papel de mediador do professor nas etapas de
aquisição.
Exige a formação continuada do professor.
22. REFERÊNCIAS
MORAIS, Artur Gomes de. O diagnóstico como instrumento para o planejamento
do ensino de ortografia. In: SILVA, Alexsandro da; MORAIS, Artur Gomes de;
MELO Kátia Leal Reis de. (Orgs.). Ortografia na sala de aula. 1ed., 1. reimp.
Belo Horizonte: Autêntica, 2007.
MELO Kátia Leal Reis de. Refletindo sobre a ortografia na sala de aula. In:
SILVA, Alexsandro da; MORAIS, Artur Gomes de; MELO Kátia Leal Reis de.
(Orgs.). Ortografia na sala de aula. 1.ed., 1. reimp. Belo Horizonte: Autêntica,
2007.
VÍDEOS PCN’s na Escola – Língua Portuguesa - MEC
Programa 13 – Por que ensinar ortografia na escola
Programa 14 – Para que aprender ortografia
Programa 15 – Atividades para o trabalho com ortografia