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09/11/2014 PRODUÇÃO SECUNDÁRIA DA COMUNIDADE MACROINFAUNÍSTICA EM DUAS PRAIAS ARENOSAS DO RIO DE JANEIRO 
A EFEMEROPTEROFAUNA DO RIO PAQUEQUER, PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS 
ÓRGÃOS, TERESÓPOLIS, RJ: COMPOSIÇÃO PRELIMINAR E MESODISTRIBUIÇÃO 
(INSECTA: EPHEMEROPTERA) 
Marcelo Barros de Andrade (bolsista PIBIC-UNIRIO), Aline Tavares Siciliano, Elidiomar 
Ribeiro Da-Silva (Orientador – Departamento de Ciências Naturais, Escola de Ciências 
Biológicas, UNIRIO – Bolsista de Pesquisa do CNPq) & Frederico Falcão Salles (Departamento 
de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa). 
Introdução 
O Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNA/SO) é uma das mais relevantes Unidades de 
Conservação do país, seja pela sua localização, que permite fácil visitação, seja por compreender 
paisagens e ecossistemas da Mata Atlântica, reduzida a menos de 7% de sua área primitiva e 
identificada por isso como de altíssima prioridade na conservação da biodiversidade. A área do 
Parque é de grande importância por conter parte da vegetação natural inalterada, com suas 
características originais. Além disso, possui fauna rica, constituindo-se num dos últimos refúgios 
regionais, grande parte ameaçada de extinção. A área preservada favorece a manutenção dos 
mananciais de água que abastece os municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim. 
Segundo a página do IBAMA na Internet (http://www.ibama.gov.br), o PARNA/SO possui uma área 
de 10.527 hectares e 87 quilômetros de perímetro. Está situado numa faixa climática variando entre o 
quente, sub-quente e super-úmido, porém com período de sub-seca intermediário. A porção do 
PARNA/SO acima das cotas altimétricas de 800 metros possui clima mesotérmico brando com 
temperaturas entre 18oC e 19oC. O PARNA/SO está na província biogeográfica da Serra do Mar e no 
domínio morfoclimático Tropical Atlântico. 
O PARNA/SO possui uma Floresta Tropical Pluvial Atlântica rica em palmeiras, cipós, 
epífitas e árvores de elevado tamanho. As formas florestais, apesar de apresentarem aparência 
primitiva são na verdade matas secundárias bem evoluídas com respeito à sucessão florestal. 
Entretanto alguns trechos do Parque apresentam cobertura original. 
Sob o aspecto pluviométrico, a região caracteriza-se por não apresentar período de seca 
pronunciado. O que se observa é uma redução nas precipitações nos meses mais frios, mas nunca 
ocorre ausência de chuva. A precipitação média anual está em torno de 2.000 a 2.500 mm. Chove em 
aproximadamente 50 % dos dias no verão e 33 % dos dias de inverno. 
A região do PARNA/SO está incluída nas Bacias do Leste, que compreendem uma série de 
pequenas bacias cujos coletores vertem diretamente para o Atlântico. Dentre os rios mais expressivos 
está o Paraíba do Sul, que tem dentro do Parque as nascentes de alguns de seus afluentes. A rede 
hidrográfica da região é formada por pequenos rios, extremamente declivosos, cujos leitos calcados 
file:///D:/trabalhos/biologia/4.htm 1/5
09/11/2014 PRODUÇÃO SECUNDÁRIA DA COMUNIDADE MACROINFAUNÍSTICA EM DUAS PRAIAS ARENOSAS DO RIO DE JANEIRO 
sobre rochas apresentam fluxo contínuo de águas livres de sedimentos em áreas onde a vegetação 
original foi mantida. 
Tendo em vista essas características da localidade, foi despertado grande interesse no estudo 
dos insetos da ordem Ephemeroptera (Hexapoda: Pterygota), grupo muito pouco estudado no Brasil, 
de uma maneira geral. A ordem é composta por quase 4.000 espécies de insetos paleópteros, 
anfibióticos, com estágios imaturos aquáticos e desenvolvimento hemimetabólico. Os efemerópteros 
são componentes importantes da maioria dos ecossistemas de água doce, podendo ser encontrados em 
uma grande variedade de hábitats. As formas imaturas (ninfas) são dulçaqüícolas, sendo os adultos 
encontrados nas proximidades da água (DA-SILVA, 1994; 2002). 
Os Ephemeroptera constituem um grupo de taxonomia pobremente conhecida, em especial 
nas áreas tropicais. A fauna da América do Sul não constitui exceção, sendo difícil a identificação de 
alguns táxons ocorrentes na região. Devido à escassez de coleções e estudos taxonômicos, boa parte 
das espécies permanece sem descrição, ou com somente um dos estágios (ninfa ou adulto) conhecido 
(HUBBARD & PETERS, 1977; 1981). Os raros estudos acerca da biologia populacional de espécies 
de Ephemeroptera são, na maioria, restritos aos imaturos aquáticos (CRESSA, 1986; KAISIN & 
BOSNIA, 1987). 
Objetivos 
O presente trabalho tem como objetivo geral ampliar os conhecimentos acerca da taxonomia, 
biologia e ecologia dos insetos da ordem Ephemeroptera no Rio Paquequer, Parque Nacional da Serra 
dos Órgãos, Teresópolis, Estado do Rio de Janeiro. 
O objetivo específico foi o registro das formas imaturas de Ephemeroptera procedentes da seção do 
Rio Paquequer situada dentro dos limites do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, incluindo 
informações acerca da distribuição das espécies nos diferentes substratos amostrados. 
Material e Métodos 
As coletas foram realizadas em pontos previamente selecionados do Rio Paquequer, um dos 
principais rios da região. Os locais escolhidos foram: a) Cachoeira do Véu da Noiva (Fig. 1), na trilha 
da Pedra do Sino; b) Poço da Ponte Preta (Fig. 2), localizado abaixo da ponte na estrada para a 
barragem; c) Cachoeira do Coreto (Fig. 3), na entrada do PARNA/SO. 
Foram realizadas quatro coletas quantitativas estacionais em três tipos de substratos diferentes, 
sendo eles: a) folhiço de correnteza; b) folhiço de fundo; c) sedimento fino. Nessas coletas foi 
utilizada uma peneira plástica com malha de 1 mm e 24 cm de diâmetro. O material foi devidamente 
etiquetado, acometido em sacos plásticos, fixado em álcool etílico a 96% e levado ao laboratório onde 
foi cuidadosamente lavado, a fim de separar os insetos do material vegetal e assim facilitar a triagem. 
file:///D:/trabalhos/biologia/4.htm 2/5
09/11/2014 PRODUÇÃO SECUNDÁRIA DA COMUNIDADE MACROINFAUNÍSTICA EM DUAS PRAIAS ARENOSAS DO RIO DE JANEIRO 
A lavagem do material foi feita em água corrente com duas peneiras de 21 cm de diâmetro e malha de 
0,5 mm e 0,088 mm respectivamente. O material de sedimento fino foi lavado em água corrente, onde 
o processo foi repetido dez vezes. Todo o material que ficou retido nas peneiras foi colocado em 
vidros com álcool etílico a 80%. Tendo sido todo o material lavado e devidamente identificado, foi 
iniciada a triagem. Para a triagem o material foi separado em pequenos volumes numa placa de petri, 
para facilitar a visualização sob microscópio estereoscópico (marca Micronal), com o aumento de até 
40x, e com o auxilio de uma pinça de relojoeiro de ponta fina os insetos foram separados em ordem e, 
posteriormente, em categorias taxonômicas menores. 
Resultados e Discussão 
Foram identificados os seguintes táxons: Hermanella sp., Hylister plaumanni (Fig. 4), 
Farrodes carioca (Fig. 5), Miroculis froehlichi (Fig. 6), Massartella brieni (Fig. 7), 
(Leptophlebiidae), Leptohyphodes inanis, Leptohyphes (?) sp. (Leptohyphidae), Americabaetis 
labiosus, Baetodes serratus, Paracloeodes eurybranchus, Cloeodes penai e Zelusia principalis 
(Baetidae). Hermanella sp. não foi coligida nas amostragens quantitativas, mas foi observada em uma 
área não amostrada do Rio Paquequer. 
Como pode ser observado pela análise da Tabela I, espécies como C. penai, Z. principalis e as 
das famílias Leptophlebiidae e Leptohyphidae foram encontradas predominantemente no folhiço de 
fundo. A. labiosus apareceu somente no folhiço de superfície. Já as espécies B. serratus e P. 
eurybranchus dividiram-se entre o folhiço de fundo e o de superfície, sendo a última também 
encontrada no sedimento fino. O maior número de táxons presente no folhiço de fundo provavelmente 
é devido à maior quantidade de material disponível para ser assimilado por parte das ninfas. 
Referências Bibliográficas 
CRESSA, C. 1986. Variación estacional, distribuición espacial y balance energético de Campsurus sp. 
(Ephemeroptera, Polymitarcyidae), en el Lago Valencia, Venezuela. Acta cient.venez. 37: 572- 
579. 
DA-SILVA, E.R. 1994. Aspectos da biologia e ecologia de Callibaetis guttatus Navás, 1915 (Insecta: 
Ephemeroptera: Baetidae) em alagados temporários da Restinga de Maricá, Estado do Rio de 
Janeiro, com considerações taxonômicas. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio 
de Janeiro, Rio de Janeiro. 
DA-SILVA, E.R. 2002. Leptophlebiidae (Insecta: Ephemeroptera) ocorrentes no Estado do Rio de 
Janeiro: taxonomia e caracterização biológica das ninfas. Tese de doutorado. Universidade 
Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. 
HUBBARD, M.D. & PETERS, W.L. 1977. Ephemeroptera. In: HURLBERT, S.H. (ed.), Biota 
acuática de Sudamerica austral. San Diego State University, San Diego, p. 165-169. 
file:///D:/trabalhos/biologia/4.htm 3/5
09/11/2014 PRODUÇÃO SECUNDÁRIA DA COMUNIDADE MACROINFAUNÍSTICA EM DUAS PRAIAS ARENOSAS DO RIO DE JANEIRO 
HUBBARD, M.D. & PETERS, W.L. 1981. Ephemeroptera. In: HURLBERT, S.H. et al. (eds.), 
Aquatic biota of tropical South America. Part 1. Arthropoda. San Diego State University, San 
Diego, p. 55-63. 
KAISIN, F.J. & BOSNIA, A.S. 1987. Producción anual de Caenis sp. (Ephemeroptera) en el Embase 
E. Ramos Mexía (Neuquén, Argentina). Physis, Secc.B 45(109): 53-63. 
Tabela I. Espécies de Ephemeroptera encontradas no Rio Paquequer, Parque Nacional da Serra dos 
Órgãos, RJ, de acordo com o tipo de substrato amostrado. 
TÁXON TIPO DE SUBSTRATO 
SEDIMENTO 
FINO 
FOLHIÇO DE 
FUNDO 
FOLHIÇO DE 
SUPERFÍCIE 
LEPTOPHLEBIIDAE 
Hylister 
plaumanni 
X 
Farrodes carioca X 
Miroculis froehlichi X 
Massartella brieni X 
LEPTOHYPHIDAE 
Leptohyphodes inanis X 
Leptohyphes (?) sp. X 
BAETIDAE 
Americabaetis labiosus X 
Baetodes serratus X X 
Paracloeodes 
X X X 
eurybranchus 
Cloeodes penai X 
Zelusia principalis X 
Fig. 3. Cachoeira do Coreto, 
Teresópolis, RJ. 
file:///D:/trabalhos/biologia/4.htm 4/5
09/11/2014 PRODUÇÃO SECUNDÁRIA DA COMUNIDADE MACROINFAUNÍSTICA EM DUAS PRAIAS ARENOSAS DO RIO DE JANEIRO 
Fig. 1. Cachoeira do Véu 
da Noiva, Teresópolis, RJ. 
Fig. 2. Poço da Ponte Preta, 
Teresópolis, RJ. 
Fig. 4. Hylister plaumanni. Fig. 5. Farrodes carioca. 
Fig. 6. Miroculis froehlichi Fig. 7. Massartella brieni. 
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Efemeropterofauna do rio paquequer pág 41 a 45

  • 1. 09/11/2014 PRODUÇÃO SECUNDÁRIA DA COMUNIDADE MACROINFAUNÍSTICA EM DUAS PRAIAS ARENOSAS DO RIO DE JANEIRO A EFEMEROPTEROFAUNA DO RIO PAQUEQUER, PARQUE NACIONAL DA SERRA DOS ÓRGÃOS, TERESÓPOLIS, RJ: COMPOSIÇÃO PRELIMINAR E MESODISTRIBUIÇÃO (INSECTA: EPHEMEROPTERA) Marcelo Barros de Andrade (bolsista PIBIC-UNIRIO), Aline Tavares Siciliano, Elidiomar Ribeiro Da-Silva (Orientador – Departamento de Ciências Naturais, Escola de Ciências Biológicas, UNIRIO – Bolsista de Pesquisa do CNPq) & Frederico Falcão Salles (Departamento de Biologia Animal, Universidade Federal de Viçosa). Introdução O Parque Nacional da Serra dos Órgãos (PARNA/SO) é uma das mais relevantes Unidades de Conservação do país, seja pela sua localização, que permite fácil visitação, seja por compreender paisagens e ecossistemas da Mata Atlântica, reduzida a menos de 7% de sua área primitiva e identificada por isso como de altíssima prioridade na conservação da biodiversidade. A área do Parque é de grande importância por conter parte da vegetação natural inalterada, com suas características originais. Além disso, possui fauna rica, constituindo-se num dos últimos refúgios regionais, grande parte ameaçada de extinção. A área preservada favorece a manutenção dos mananciais de água que abastece os municípios de Teresópolis, Petrópolis, Magé e Guapimirim. Segundo a página do IBAMA na Internet (http://www.ibama.gov.br), o PARNA/SO possui uma área de 10.527 hectares e 87 quilômetros de perímetro. Está situado numa faixa climática variando entre o quente, sub-quente e super-úmido, porém com período de sub-seca intermediário. A porção do PARNA/SO acima das cotas altimétricas de 800 metros possui clima mesotérmico brando com temperaturas entre 18oC e 19oC. O PARNA/SO está na província biogeográfica da Serra do Mar e no domínio morfoclimático Tropical Atlântico. O PARNA/SO possui uma Floresta Tropical Pluvial Atlântica rica em palmeiras, cipós, epífitas e árvores de elevado tamanho. As formas florestais, apesar de apresentarem aparência primitiva são na verdade matas secundárias bem evoluídas com respeito à sucessão florestal. Entretanto alguns trechos do Parque apresentam cobertura original. Sob o aspecto pluviométrico, a região caracteriza-se por não apresentar período de seca pronunciado. O que se observa é uma redução nas precipitações nos meses mais frios, mas nunca ocorre ausência de chuva. A precipitação média anual está em torno de 2.000 a 2.500 mm. Chove em aproximadamente 50 % dos dias no verão e 33 % dos dias de inverno. A região do PARNA/SO está incluída nas Bacias do Leste, que compreendem uma série de pequenas bacias cujos coletores vertem diretamente para o Atlântico. Dentre os rios mais expressivos está o Paraíba do Sul, que tem dentro do Parque as nascentes de alguns de seus afluentes. A rede hidrográfica da região é formada por pequenos rios, extremamente declivosos, cujos leitos calcados file:///D:/trabalhos/biologia/4.htm 1/5
  • 2. 09/11/2014 PRODUÇÃO SECUNDÁRIA DA COMUNIDADE MACROINFAUNÍSTICA EM DUAS PRAIAS ARENOSAS DO RIO DE JANEIRO sobre rochas apresentam fluxo contínuo de águas livres de sedimentos em áreas onde a vegetação original foi mantida. Tendo em vista essas características da localidade, foi despertado grande interesse no estudo dos insetos da ordem Ephemeroptera (Hexapoda: Pterygota), grupo muito pouco estudado no Brasil, de uma maneira geral. A ordem é composta por quase 4.000 espécies de insetos paleópteros, anfibióticos, com estágios imaturos aquáticos e desenvolvimento hemimetabólico. Os efemerópteros são componentes importantes da maioria dos ecossistemas de água doce, podendo ser encontrados em uma grande variedade de hábitats. As formas imaturas (ninfas) são dulçaqüícolas, sendo os adultos encontrados nas proximidades da água (DA-SILVA, 1994; 2002). Os Ephemeroptera constituem um grupo de taxonomia pobremente conhecida, em especial nas áreas tropicais. A fauna da América do Sul não constitui exceção, sendo difícil a identificação de alguns táxons ocorrentes na região. Devido à escassez de coleções e estudos taxonômicos, boa parte das espécies permanece sem descrição, ou com somente um dos estágios (ninfa ou adulto) conhecido (HUBBARD & PETERS, 1977; 1981). Os raros estudos acerca da biologia populacional de espécies de Ephemeroptera são, na maioria, restritos aos imaturos aquáticos (CRESSA, 1986; KAISIN & BOSNIA, 1987). Objetivos O presente trabalho tem como objetivo geral ampliar os conhecimentos acerca da taxonomia, biologia e ecologia dos insetos da ordem Ephemeroptera no Rio Paquequer, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, Teresópolis, Estado do Rio de Janeiro. O objetivo específico foi o registro das formas imaturas de Ephemeroptera procedentes da seção do Rio Paquequer situada dentro dos limites do Parque Nacional da Serra dos Órgãos, incluindo informações acerca da distribuição das espécies nos diferentes substratos amostrados. Material e Métodos As coletas foram realizadas em pontos previamente selecionados do Rio Paquequer, um dos principais rios da região. Os locais escolhidos foram: a) Cachoeira do Véu da Noiva (Fig. 1), na trilha da Pedra do Sino; b) Poço da Ponte Preta (Fig. 2), localizado abaixo da ponte na estrada para a barragem; c) Cachoeira do Coreto (Fig. 3), na entrada do PARNA/SO. Foram realizadas quatro coletas quantitativas estacionais em três tipos de substratos diferentes, sendo eles: a) folhiço de correnteza; b) folhiço de fundo; c) sedimento fino. Nessas coletas foi utilizada uma peneira plástica com malha de 1 mm e 24 cm de diâmetro. O material foi devidamente etiquetado, acometido em sacos plásticos, fixado em álcool etílico a 96% e levado ao laboratório onde foi cuidadosamente lavado, a fim de separar os insetos do material vegetal e assim facilitar a triagem. file:///D:/trabalhos/biologia/4.htm 2/5
  • 3. 09/11/2014 PRODUÇÃO SECUNDÁRIA DA COMUNIDADE MACROINFAUNÍSTICA EM DUAS PRAIAS ARENOSAS DO RIO DE JANEIRO A lavagem do material foi feita em água corrente com duas peneiras de 21 cm de diâmetro e malha de 0,5 mm e 0,088 mm respectivamente. O material de sedimento fino foi lavado em água corrente, onde o processo foi repetido dez vezes. Todo o material que ficou retido nas peneiras foi colocado em vidros com álcool etílico a 80%. Tendo sido todo o material lavado e devidamente identificado, foi iniciada a triagem. Para a triagem o material foi separado em pequenos volumes numa placa de petri, para facilitar a visualização sob microscópio estereoscópico (marca Micronal), com o aumento de até 40x, e com o auxilio de uma pinça de relojoeiro de ponta fina os insetos foram separados em ordem e, posteriormente, em categorias taxonômicas menores. Resultados e Discussão Foram identificados os seguintes táxons: Hermanella sp., Hylister plaumanni (Fig. 4), Farrodes carioca (Fig. 5), Miroculis froehlichi (Fig. 6), Massartella brieni (Fig. 7), (Leptophlebiidae), Leptohyphodes inanis, Leptohyphes (?) sp. (Leptohyphidae), Americabaetis labiosus, Baetodes serratus, Paracloeodes eurybranchus, Cloeodes penai e Zelusia principalis (Baetidae). Hermanella sp. não foi coligida nas amostragens quantitativas, mas foi observada em uma área não amostrada do Rio Paquequer. Como pode ser observado pela análise da Tabela I, espécies como C. penai, Z. principalis e as das famílias Leptophlebiidae e Leptohyphidae foram encontradas predominantemente no folhiço de fundo. A. labiosus apareceu somente no folhiço de superfície. Já as espécies B. serratus e P. eurybranchus dividiram-se entre o folhiço de fundo e o de superfície, sendo a última também encontrada no sedimento fino. O maior número de táxons presente no folhiço de fundo provavelmente é devido à maior quantidade de material disponível para ser assimilado por parte das ninfas. Referências Bibliográficas CRESSA, C. 1986. Variación estacional, distribuición espacial y balance energético de Campsurus sp. (Ephemeroptera, Polymitarcyidae), en el Lago Valencia, Venezuela. Acta cient.venez. 37: 572- 579. DA-SILVA, E.R. 1994. Aspectos da biologia e ecologia de Callibaetis guttatus Navás, 1915 (Insecta: Ephemeroptera: Baetidae) em alagados temporários da Restinga de Maricá, Estado do Rio de Janeiro, com considerações taxonômicas. Dissertação de mestrado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. DA-SILVA, E.R. 2002. Leptophlebiidae (Insecta: Ephemeroptera) ocorrentes no Estado do Rio de Janeiro: taxonomia e caracterização biológica das ninfas. Tese de doutorado. Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. HUBBARD, M.D. & PETERS, W.L. 1977. Ephemeroptera. In: HURLBERT, S.H. (ed.), Biota acuática de Sudamerica austral. San Diego State University, San Diego, p. 165-169. file:///D:/trabalhos/biologia/4.htm 3/5
  • 4. 09/11/2014 PRODUÇÃO SECUNDÁRIA DA COMUNIDADE MACROINFAUNÍSTICA EM DUAS PRAIAS ARENOSAS DO RIO DE JANEIRO HUBBARD, M.D. & PETERS, W.L. 1981. Ephemeroptera. In: HURLBERT, S.H. et al. (eds.), Aquatic biota of tropical South America. Part 1. Arthropoda. San Diego State University, San Diego, p. 55-63. KAISIN, F.J. & BOSNIA, A.S. 1987. Producción anual de Caenis sp. (Ephemeroptera) en el Embase E. Ramos Mexía (Neuquén, Argentina). Physis, Secc.B 45(109): 53-63. Tabela I. Espécies de Ephemeroptera encontradas no Rio Paquequer, Parque Nacional da Serra dos Órgãos, RJ, de acordo com o tipo de substrato amostrado. TÁXON TIPO DE SUBSTRATO SEDIMENTO FINO FOLHIÇO DE FUNDO FOLHIÇO DE SUPERFÍCIE LEPTOPHLEBIIDAE Hylister plaumanni X Farrodes carioca X Miroculis froehlichi X Massartella brieni X LEPTOHYPHIDAE Leptohyphodes inanis X Leptohyphes (?) sp. X BAETIDAE Americabaetis labiosus X Baetodes serratus X X Paracloeodes X X X eurybranchus Cloeodes penai X Zelusia principalis X Fig. 3. Cachoeira do Coreto, Teresópolis, RJ. file:///D:/trabalhos/biologia/4.htm 4/5
  • 5. 09/11/2014 PRODUÇÃO SECUNDÁRIA DA COMUNIDADE MACROINFAUNÍSTICA EM DUAS PRAIAS ARENOSAS DO RIO DE JANEIRO Fig. 1. Cachoeira do Véu da Noiva, Teresópolis, RJ. Fig. 2. Poço da Ponte Preta, Teresópolis, RJ. Fig. 4. Hylister plaumanni. Fig. 5. Farrodes carioca. Fig. 6. Miroculis froehlichi Fig. 7. Massartella brieni. file:///D:/trabalhos/biologia/4.htm 5/5