O documento discute o controle da dor em pacientes com feridas, incluindo a avaliação da dor, opções de tratamento farmacológico e não farmacológico. É destacada a importância de uma abordagem multimodal para o controle da dor, utilizando-se diferentes classes de medicamentos em conjunto com técnicas para aliviar a dor. O uso tópico de anestésicos locais e opióides é apresentado como uma opção efetiva para dor incidental associada ao tratamento de feridas.
1. 2º Fórum Ibérico de Ulceras e Feridas Controlo da Dor na Pessoa com Ferida Elsa Verdasca Unidade de Dor – Hosp. Garcia de Orta 19 de Março de 2011
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3. Via nociceptiva: da Transdução à Percepção Elsa Verdasca-Unid.de Dor Hospital Garcia de Orta 3 Transdução Condução Transmissão Percepção Antecipar a dor, reacçãoemocional Fuga
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5. Sensibilização periférica Redução do limiar de estimulação dos nociceptores periféricos Intensificação da reacção a estímulos nociceptivos “inocentes” (alodinia) Desenvolvimento de actividade espontânea Activação de neurónios silenciosos (“adormecidos") e sensibilização dos nociceptores Inflamação neurogénica A sensibilização, activação de neurónios silenciosos e a inflamação neurogénica amplificam os efeitos dos estímulos nociceptivos (hiperalgesia) Elsa Verdasca-Unidade de Dor-HGO 5
6. Dor na pessoa com ferida Dor crónica basal (factores locais, patologias relacionadas) Dor aguda ciclica (pensos, posicionamento, mobilização) Dor aguda não ciclica (limpeza cirúrgica, enxerto) Elsa Verdasca-Unid.de Dor Hospital Garcia de Orta 6
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8. Controlo da Dor Pela escada Pelo relógio Pela boca Atenção ao detalhe Para o indivíduo Doses de resgate Elsa Verdasca-Unid.de Dor Hospital Garcia de Orta 8
9. Pela escada (OMS) Elsa Verdasca-Unid.de Dor Hospital Garcia de Orta 9 O fármaco é escolhido conforme a intensidade da dor É usado um fármaco de cada degrau Ao subir os “degraus” mantêm-se os adjuvantes e os fármacos de primeiro escalão
10. Analgesia multimodal Elsa Verdasca-Unid.de Dor Hospital Garcia de Orta 10 OPIÓIDES ANESTÉSICOS LOCAIS BLOQUEIO NERVOSO INTERRUPÇÃO DA TRANSMISSÃO PARACETAMOL AINES REFORÇO DA MODULAÇÃO DESCENDENTE ACTIVIDADE PERIFÉRICA EFEITO ANTI-INFLAMATÓRIO “OPIOIDE-SPARING” ACTIVIDADE CENTRAL ACTIVIDADE PERIFÉRICA EFEITO MODULADOR
11. Controlo da Dor Dor crónica basal Via oral ou sistémica AINE Metamizol Paracetamol Opióides (codeína, tramadol, buprenorfina, morfina, fentanilo, hidromorfona, metadona) Antidepressivos (amitriptilina, nortriptilina, duloxetina) Antiepilépticos (gabapentina, pregabalina) Cetamina Tópicos Anestésicos locais Morfina Elsa Verdasca-Unid.de Dor Hospital Garcia de Orta 11
12. Controlo da Dor Dor aguda ciclica (dor incidental) Oral (morfina,tramadol,diazepam,lorazepam,midazolam) Transmucoso (fentanilo) Endovenoso/Subcutâneo (morfina,tramadol,fentanilo) Regional (Epidural/Nervo Periférico) Inalatória (O2/N2O) Local (anestésico local nas margens) Elsa Verdasca-Unid.de Dor Hospital Garcia de Orta 12
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15. Controlo da Dor - Mucosite Pode afectar todas as mucosas do tubo digestivo Principal causa de dor nos doentes sob QT/RT Dor muito intensa, que requer terapêutica sistémica: Oral (morfina, tramadol) Transdérmico (fentanilo, buprenorfina) Endovenoso/Subcutâneo (morfina, tramadol) PCA Complementada por tópica: Morfina em bochechos ou gel Lidocaína a 2% em gel Sucralfato Benzidamina Elsa Verdasca-Unid.de Dor Hospital Garcia de Orta 15
16. Controlo da Dor Avaliação da dor Medidas farmacológicas (individualizadas) Medidas não farmacológicas Envolvimento do doente Conforto e confiança Ambiente calmo Opção de STOP durante o penso Escolha do penso adequado Técnicas de controlo de pressão local Elsa Verdasca-Unid.de Dor Hospital Garcia de Orta 16