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Curso Profissional de Técnico de Apoio
à Gestão Desportiva
Dossiê da disciplina de Práticas de
Atividades Físicas e Desportivas
Módulo 1 - Noções
Básicas de
Traumatologia e
Socorrismo no Desporto
Aluna: Catarina Miranda
10ºAno Turma: AGD1 Nº7
2011/2012
Professora: Cristina Sardinha
Índice
Definição de lesão
Considera-se lesão desportiva toda a condição ou sintoma que implicou
pelo menos uma das seguintes consequências e que tenha ocorrido como
resultado da participação da atividade desportiva (Coine et al., 1996):
 tenha sido motivo direto para interromper a atividade desportiva
(treinos e competições) durante pelo menos 24 horas;
 se a condição ou sintoma não motivou a interrupção total da
atividade desportiva, mas foi determinante para alterar a sua
atividade quer em termos quantitativos (alteração dos exercícios
ou movimentos realizados);
 e jovem praticamente procurou um conselho ou tratamento junto
de profissionais de saúde para resolver essa condição ou sintoma.
Tipos de lesão
A lesão pode surgir a partir de dois tipos de mecanismos:
 Macrotraumatismos - fraturas, entorses, luxações, roturas – o
atleta tem noção do movimento ou gesto que desencadeou os
primeiros sintomas e normalmente desencadeia uma incapacidade
funcional imediata da zona afetada tanto maior quanto mais
grave for a lesão.
 Típicas das atividades que envolvem grande contacto físico
(modalidades coletivas).
 Microtraumatismos – lesões crónicas ou de sobrecarga – a partir
da repetição exaustiva de elementos técnicos da modalidade sem
os adequados períodos de recuperação/repouso ou na execução
incorreta de certos gestos.
 Típicas das modalidades de alto impacto, com gesto desportivo
esteriotipado e repetido. A corrida, a dança, o ténis são alguns
exemplos.
Lesões Macrotraumáticas ou Lesões Agudas
São originadas por um agente agressor de alta energia que provoca
lesão das estruturas orgânicas. Ocorrem imediatamente após um
macrotraumatismo onde a fase inflamatória aparece com os seguintes
sintomas:
 Calor (energia metabólica irradiada);
 Rubor (vasodilatação e aumento da vascularização);
 Edema e/ou hematoma locais;
 Dor repentina e intensa (estimulação das terminações nervosas
aferentes);
 Incapacidade de suportar peso sobre a zona lesada;
 Incapacidade de movimentar a zona lesada.
Exemplos de lesões agudas mais comuns:
 Fraturas ósseas: (fratura nas cartilagens de crescimento, no caso
dos jovens na receção ao solo após um salto);
 Entorses: do tornozelo (articulação tíbio - társica); do joelho após
uma mudança brusca de direção (lesões capsulo-ligamentos e/ou
meniscais, luxação da rótula). Existe uma maior predisposição para
as jovens do sexo feminino;
 Luxações Articulares: (gestos com amplitudes extremas de
abdução e rotação externa do ombro que causa uma luxação da
articulação gleno-umeral, ou gesto de placagem de um opositor
(ruby) que causa traumatismo ou luxação da articulação acromio-
clavicular);
 Roturas Musculares: estiramento excessivo e descontrolado numa
abertura de pernas (lesão dos adutores); esforços explosivos como
um sprint com dor aguda tipo picada na coxa ou perna (lesão
muscular dos isqueo-tibiais ou gémeos);
 Roturas Tendinosas: inflamação nos tendões causados por
sobrecarga ou mau aquecimento.
O que fazer imediatamente?
Rice (Iniciais Inglesas)
 Repouso do segmento afetado (Rest);
 Frio ou gelo local de 10 a 20 minutos de 2 em 2 horas nos
primeiros 2 dias (Ice);
 Compressão da zona lesada (Compression);
 Elevação do membro afetado (Elevation).
Lesões Microtraumáticas ou Lesões Crónicas
Também chamadas de lesões por sobrecarga ou lesões por esforços
repetidos.
São originadas por um agente agressor de baixa energia, que não
provoca lesão aguda.
É causada por microtraumatismos de repetição inerentes a gestos
desportivos esteriotipoados e frequentes.
As lesões crónicas caracterizam-se pelo manter dos sinais e/ou sintomas
por um período mínimo de 3 meses, sem ter havido alívio.
Condicionam a atividade e podem sofrer períodos de agudização que
desencadeiam uma resposta inflamatória inspeditiva de qualquer tipo
de treino.
Segundo Caine et al (1996), o número de anos de prática e o início da
competição podem ser os principais fatores de risco para o
desenvolvimento de algumas lesões crónicas.
O número e gravidade de lesões tende naturalmente a aumentar com
o aumento dos níveis de competição. Nos jovens atletas este tipo de
mecanismo adquirem uma importância particular quando se aumenta o
volume e a intensidade do treino numa fase em que corpo biológico está
em permanentes mudanças.
As lesões crónicas mais comuns são:
 Tendinopatias (miopatia, tendinites, bursites, …):
Lesões nos locais de inserção óssea das estruturas músculotendinosas no
caso dos jovens atletas e fraturas de fadiga.
A dor instala-se gradualmente e pode atingir intensidades que
incapacitam o jovem para a prática desportiva e podem interferir
mesmo com as atividades funcionais.
Os principais sinais de uma lesão crónica são:
 Dor durante o jogo;
 Dor durante o exercício;
 Dor leve durante o repouso;
 Edema.
Fatores de Risco Intrínsecos (Características do Indivíduo)
Avaliação das Contra Indicações Médicas
 Deve ser feita uma cuidadosa avaliação médica anual, no sentido
de aconselhar a forma mais adequada de exercício físico;
 No momento da lesão é igualmente importante um exame
diagnóstico e tratamento precoces, para uma rápida cura e
prevenção da cronicidade ou recidiva;
 Deve-se sensibilizar todos os praticantes (quer de desporto de
competição quer de desporto de lazer) para a realização de
exame médico prévio, devido, também á falta de apoio médico
para o tratamento da lesão.
Idade
 Os macro e microtraumatismos de repetição ao nível de um osso
em crescimento, geralmente motivados por exageros ou
incorreções na metodologia do treino nos jovens, condicionam a
que estes sejam mais predispostos a lesões muscoloesqueléticas;
 Estas lesões não aumentam com a idade, os mais velhos têm uma
incidência de lesões inferior aos mais novos (pela escolha de outro
tipo de desporto e pela experiência);
 Por outro lado, os idosos embora tenham menos lesões, necessitam
de mais tempo para recuperar das mesmas, por deficiências na
capacidade regenerativa;
 Deve-se respeitar as fases sensíveis para o desenvolvimento das
capacidades motoras;
 O treino deve privilegiar, na fase pré-pubertária, o
desenvolvimento da coordenação motora, da mobilidade articular
e da velocidade;
 O treino da força e resistência só deve ser trabalhado de forma
mais consistente após a puberdade;
 Deve-se ter em consideração a altura ideal para iniciar a prática
desportiva e a competição, que varia consoante a modalidade.
Sexo
 As mudanças, devido à sua menor massa muscular, estão mais
sujeitas a lesões asteo-articulares, por menor suporte a nível
articular;
 Estudos demonstram que tanto no desporto de competição como
de lazer, a incidência de lesões é igual no homem e na mulher;
 O tipo, a intensidade, a duração e a frequência de exercício
devem ser adotados à idade e ao sexo dos praticantes.
Condição Física e Domínio da Tarefa
 Quanto melhor for a condição física e quanto melhor dominar a
tarefa da modalidade, menor a ocorrência de lesões
muscoloesqueléticas.
 O treino deve ser adotado em situações de diminuição da
condição física (férias e após lesão), e não deverão ser realizados
exercícios cuja técnica não seja dominada com facilidade.
Morfotipo e Composição Corporal
 Cada tipo de exercício físico exige geralmente um morfotipo
particular;
 Um excesso de peso (massa gorda) condiciona uma maior
sobrecarga das estruturas muscoloesquelética, levando à lesão;
 Um défice de peso (massa muscular) poderá ocasionar uma
diminuição no suporte muscular das articulações e aumentar a
predisposição para a lesão.
Fatores Psicológicos e Sociológicos
Fatores de Risco Extrínsecos (Características do Meio
Envolvente)
Condições Atmosféricas
 Frio pode aumentar o tónus muscular;
 Calor e humidade maior transpiração, défice de hidratação,
hidratar o corpo antes, durante e após o exercício;
 Chuva, pisos escorregadios ou aderentes.
Equipamento
 A utilização de calções em clima frio pode condicionar um
aumento do tónus muscular e ocasionar lesão;
 A utilização do calçado;
 É importante a escolha criteriosa do equipamento.
Local de Treino e Instalações Desportivas
 O piso de local;
 A corrida em pisos de alcatrão;
 A existência de obstáculos;
 A manutenção e a organização dos locais de treino.
Planeamento do Treino
 É muito frequente praticante de musculação se lesionarem
porque realizam trabalhos em máquinas de musculação
com posturas incorretas;
 Um bom aquecimento na fase inicial do treino;
 Cuidado na execução dos estiramentos, tanto no tipo como
na duração do estiramento;
 Devem ser respeitados os princípios básicos do treino e não
esquecer a fase de recuperação.
Higiene Física
 Repouso, sono, álcool, tabaco, substâncias dopantes e
alimentação saudável tem menor risco de lesão;
 Um pequeno-almoço deficiente poderá levar a uma
diminuição da coordenação motora e a estados de fadiga
precoce.
Caracterização de Alguns Fatores de Risco
 A competição desportiva e o desporto organizado comparado
com o desporto de recreação e lazer;
 Elevados índices de expectativa quanto ao resultado;
 Elevado nível de competição (período competitivo);
 A fadiga, o sono e os maus hábitos alimentares;
 Os desportos de contacto;
 Os jovens a quem são solicitados elevados níveis de coordenação e
execução técnica;
 Idade/Sexo até aos 15 o risco é maior para as meninas, a partir dos
14 e até aos 30 os rapazes estão em maior risco de lesão.
Fatores de Risco Relacionadas com Atividades Específicas
Basquetebol
Risco de lesão – lesão macrotraumáticas, entorses tíbio-társica,
joelhos e fraturas nos dedos.
Pode dever-se a diversos fatores – contacto físico, situações
desequilibrantes, cansaço, embate contra objetos fixos e má
receção de bola.
Futebol
Risco de lesão – lesões macrotraumáticas dos membros inferiores
(roturas musculares, entorses e fraturas).
Pode dever-se a diversos fatores – contacto físico, situações
desequilibrantes, erros no planeamento de treino, excessos
competitivos, má conservação ou inadequação dos terrenos de
jogo e utilização de equipamento inadequado.
Voleibol
Risco de lesão – lesões macrotraumáticas (entorses e roturas de
ligamentos), tíbio-társica, joelho, ombros e coluna; lesões
microtraumáticas tendinites.
Pode dever-se a diversos fatores – impacto no solo, situações
desequilibrantes e excessos de treino e competição.
Ginástica
Risco de lesão – lesões microtraumáticas dos membros inferiores
(roturas musculares, entorses e fraturas).
Pode dever-se a diversos fatores – excesso no tempo de treino
semanal, qualidade dos sapatos, tipo de piso e existência de lesões
prévias.
A ginástica de manutenção envolve um risco de lesão inferior.
Corrida
Risco de lesão – lesões macrotraumáticas dos membros inferiores
pé, tornozelo e joelho (roturas musculares, entorses) lesões
microtraumáticas dos membros inferiores (tendinites, periostites e
fratura de fadiga).
Pode dever-se a diversos fatores – frequência de treino semanal,
mau aquecimento, tipo de piso, sexo, idade e experiência.
Condiciona múltiplos microtraumatismos de repetição, cada vez
que o pé contacta com o solo.
Natação
Risco de lesão – lesões microtraumáticas (ombro doloroso, joelho
doloroso, dores no dorso do pé) tendinites, síndrome de sobrecarga.
Pode dever-se a diversos fatores – erro na técnica de nado e
idade.
Lesões Músculo-Esquelético-Articulares
Esqueleto (Infra-Estrutura do corpo)
Funções:
 Sustentação do corpo;
 Proteção dos órgãos nobres: cérebro, pulmões e coração;
 Movimento.
Músculo (Tecidos Elásticos Fibrosos)
 Movimentos do organismo;
 Estruturas:
 Tendões (tecidos elásticos fibrosos que ligam os músculos aos
ossos).
 Bursas (pequenos sacos cheios de líquidos localizados entre,
músculos, tendões, articulação e outros tecidos; provocam a
redução do atrito entre tecidos).
Articulação (Junção de ossos – dois ou mais)
Estruturas:
 Ligamentos:
 Tiras de tecido;
 Ligam ossos entre si;
 Estabilizar a articulação.
 Cartilagem:
 Tecido cartilaginoso;
 Extremidade dos ossos;
 Absorver impacto de ossos que se deslocam;
 Reduz atrito entre ossos que chocam.
 Cápsula Sinuvial/Líquido Sinivial
 Impacto mecânico menor;
 Atrito entre osso menor.
Principais Articulações:
 Joelho/Tornozelo;
 Cotovelo/Ombro.
Lesão é…
 Uma alteração ou deformidades tecidual diferente do
estado normal do tecido;
 Ocorre em função de um desequilíbrio fisiológico ou
mecânicas:
 Por trauma direto ou indireto;
 Por uso excessivo de um determinado gesto motor;
 Ou por gesto motor realizado de forma incorreta.
Lesão Aguda:
 Evolução rápida;
 Imprevista:
 Causal;
 Acontecimento súbito.
 Movimentos bruscos;
 Necessidade de atendimento imediato.
Lesão Crónica:
 Evolução cumulativa;
 Ações repetitivas, consecutivas por longo tempo da mesma
estrutura;
 Lesões agudas mal tratadas, com reincidências;
 Necessidade de tratamento a longo prazo:
 Medicamento;
 Fisioterapia;
 Cirúrgico e outras.
Lesões nos diferentes tipos de tecidos do aparelho
locomotor
No músculo:
 Distensão muscular;
 Contratura;
 Contusão;
 Cãimbra;
 Rotura.
No tendão:
 Tendinite, tenossinovite;
 Rotura tendinosa.
No osso:
 Fratura;
 Fratura de fadiga;
 Alterações ósseas de crescimentos.
Na articulação:
 Entorse/agressão capsular e ligamentar;
 Subluxação e luxação;
 Lesão da fibrocartilagem (menisco).
Sinais e Sintomas
 Dor;
 Edema;
 Hematoma (rompimentos de vasos internos);
 Deformidade;
 Limitação de movimentos;
 Tonicidade (flacidez).
Tratamento da Lesão:
R – compressa de gelo;
I – gelo com pano húmido (procedimento para reduzir dor, inchaço
e hematoma);
C – imobilização;
E – elevação de membros, se possível.
Tipos de Lesão
Distensão Muscular
Lesões nas fibras musculares: estiramento (distensão) e rompimento.
Fatores predisponentes
 Alta velocidade de contração;
 Fadiga muscular;
 Fraqueza muscular;
 Lesões anteriores;
 Deficiência de relaxamento nos músculos antagonistas;
 Falta de alongamento/aquecimento.
Sinais e Sintomas
 Dor, varia de intensidade com a gravidade;
 Dor ao toque ou ao movimento;
 Edema;
 Fraqueza ou perda de função motora;
 Possibilidade ou não de hematoma.
Tratamento – RICE
Contusão
Lesão traumática aguda, por golpe violento, compressão, sem corte,
decorrente de trauma direto nos tecidos.
Sinais e Sintomas
 Dor;
 Edema;
 Hematoma.
Tratamento
Grau I
 Aplicação de gelo (1 a 2 horas);
 Compressão local;
 Exercícios articulares sem carga.
Grau II
 Aplicação de gelo (48 – 20/20 minutos);
 Compressão local;
 Elevação de membro;
 Exercícios articulares sem carga.
Grau III
 Aplicação de gelo em períodos alternados (48 a 72 horas);
 Imobilização com compressão;
 Anti-inflamatório;
A partir de 3ºdia – aplicação gradual de calor, duas vezes por dia
durante 15 minutos.
Cãimbra Muscular
Desencadeada por um espasmo muscular caracterizado por uma
contração muscular intermitente, interna, involuntária e muito dolorosa.
Ao contrário da contratura, a cãimbra desaparece quando se contrai
ativamente o seu antagonista.
Principais fatores que favorecem o seu aparecimento
 Fadiga muscular e orgânica;
 Acumulação local de produtos metabólicos;
 Diminuição da circulação sanguínea;
 Frio e humidade atmosférica;
 Desidratação;
 Insuficiência arterial;
 Carências vitamínicas B1 e B2;
 Doping
Tratamento
 Estiramento (alongamento) lento, suave, progressivo e
prolongado;
 Pressionar o local;
 Aplicar gelo;
 Bebidas com eletrólitos.
Contraturas Musculares
É uma situação provocada por uma contração localizada de algumas
fibras musculares que se estende no tempo, em resposta a uma agressão
local.
Caraterizam-se pelo aparecimento de espasmos musculares que
desencadeiam uma associação de mialgas, diminuição de flexibilidade
muscular.
Sinais e sintomas
 Dor, localizada na massa muscular;
 Dor ao estiramento muscular;
 Possibilidade de alguma impotência muscular.
A palpação pode-se sentir uma zona empastada (um talo)
Porque é que a presença local de ácido lático e de potássio se reflete
em dor?
 Porque estes agentes desencadeiam estímulos químicos que
excitam os terminais associados à dor.
Se for mecanismos de hipersolitação funcional:
 Planeamento adequado do treino;
 Repouso;
 Hidratação e alimentação adequada;
 Banhos de imersão;
 Massagem descontraturante.
Rotura Muscular
Solução de continuidade das fibras musculares, desencadeada por um
esforço mecânico que ultrapassou os seus limites de resistência elástica.
É quando ocorre rompimento total das fibras musculares.
O agente causal duma rotura é:
 Um movimento forte de rápida contração. (por exemplo,
numa travagem ou desaceleração)
 Ou um movimento exagerado contra uma grande resistência.
(por exemplo, uma joelhada na coxa)
Fatores que podem predispor à rotura muscular
 Aquecimento insuficiente;
 Músculo sujeito à ação intensa e demorada do frio;
 Músculo com défice de hidratação;
 Músculo cansado;
 Músculo com desequilíbrio entre agonista e antagonista;
 Falta de flexibilidade;
 Músculos com lesões anteriores.
Sinais e sintomas
 Dor;
 Edema;
 Hematoma;
 Flacidez;
 Deformidade;
 Limitação de movimentos.
Obs.: Os sinais e sintomas variam conforme a gravidad
Consideram-se 3 graus
 Rotura muscular de 1º grau (fibrilares ou microroturas)
(rotura de algumas fibras musculares, atingindo uma zona
limitada).
 Rotura muscular de 2º grau (fasciculares ou parcial)
 Rotura muscular de 3ºgrau (rotura total)
Rotura total da massa muscular com afastamento total dos 2 topos
musculares.
Tratamento
 RICE nas primeiras 24-48 horas
 Repouso desportivo ou total do músculo lesado;
 Fisioterapia
Localizações mais frequentes:
 Quadricípite, isquiotibias, gémeos, extensores da coluna, bicípite,
deltóide.
Entorse
Movimento além da capacidade da articulação provocando uma lesão
parcial nos ligamentos.
Resulta de um movimento brusco da articulação.
Sinais e sintomas
 Dor ao nível da articulação lesada;
 Impotência funcional;
 Edema;
 Hematoma da zona lesionada.
Tratamento
 Medidas do RICE, nas primeiras 24 a 48 horas;
 Anti-inflamatórias;
 Imobilização funcional;
 Cirurgia em casos graves;
 Fisioterapia após retirar a imobilização.
Luxação
Perda de contato entre as superfícies articulares, geralmente devido a
uma das extremidades ósseas que abandona a cavidade articular.
Resulta de uma força externa violenta sobre uma articulação.
Uma luxação pressupõe a existência de uma lesão dos ligamentos e de
outras estruturas articulares e musculares.
Sinais e sintomas
 Dor;
 Edema;
 Hematoma;
 Rompimento de vasos;
 Deformidade;
 Limitação de movimentos;
 Flacidez.
Subluxação
Extremidades ósseas articulares foram separadas e retornam à posição
imediatamente.
 Congênita
 Completa (perda total de contato ósseo)
 Incompleta (perda parcial de contato ósseo)
Tratamento
 CSM (pesquisar nas mãos e pés);
 RICE;
 Imobilização da articulação atingida;
 Atendimento médico.
Circulação
Avaliação de fluxo sanguíneo
 Perfusão periférica
 Pulso radial e tibial
Sensibilidade
Avaliação de lesão nervos (coluna)
 Estímulo doloroso (beliscão)
Movimento
Avaliação da gravidade da lesão
 Ondulatório dos dedos.
Fratura
É a interrupção da continuidade do osso. Pode ser completa (total) ou
incompleta (parcial).
Sinais e Sintomas:
 Dor;
 Edema;
 Hematoma;
 Flacidez;
 Deformidade;
 Limitação de movimentos.
Nas crianças ocorre devido a:
 Ossos relativamente maleáveis;
 Fraturas incompletas;
 Fraturas em “galho verde”.
Nos idosos devido a:
 Osteoporose.
As fraturas podem ser por stress:
 Desgaste ósseo e impacto contínuo;
 Fatores predisponentes;
 Uso contínuo das estruturas sem descanso devido.
Exemplo: Corredores de longa distância sem repouso;
Pitcher (lançador de basebol)
Ou por impacto “físico” (choque).
Fraturas Abertas:
 Descontinuidade óssea;
 Rompimento da pele;
 Sangramento;
 Exposição ao meio ambiente;
 Aumentar o risco de infeção.
O que fazer?
 Colocar pano húmido sobre o local;
 Imobilização da zona;
 Enviar para o hospital.
Tratamento:
 Determinar o local da lesão;
 DFaFI (deformidade, ferimento aberto, flacidez, inchaço);
 CSM (circulação, sensibilidade, movimento);
 RICE;
 Imobilização.
Lesões Inflamatórias de Sobrecarga
As inflamações resultam de uma sobrecarga, ocasionadas pela repetição
estereotipada de um gesto desportivo, provocada por incorreção ou
anomalias do mesmo.
São as designadas lesões microtraumáticas.
Podem ocorrer:
 Nos tendões (tendinite);
 Nos músculos (miosites);
 Nas bolsas sinoviais (bursites);
 Nos ligamentos (ligamentites);
 Nos ossos (fratura de sobrecarga).
Estas lesões podem ser: agudas, crónicas ou crónicas agudizadas.
O seu diagnóstico e tratamento na fase segunda são fundamentais.
A evolução para a cronicidade ocasiona muitos problemas levando à
necessidade de abandono.
Tendinite
Lesões inflamatórias dos tendões.
Os tendões são cordões fibrosos que saem dos músculos e que se fixam
nos ossos.
Através deles podemos transferir a força gerada nos músculos para
movimentar os ossos, formando o princípio de alavanca que movimentar
as nossas articulações.
Estes tendões são muito resistentes e são envolvidos por uma membrana
(bolsa sinovial).
Se utilizarmos os músculos de uma maneira intensa, podemos causar
atritos entre tendões vizinhos ou entre os tendões e os ossos.
Esse atrito pode levar á imobilização destes tendões ou das suas
membranas envolvidas, aparecendo as tendinites ou as bursites.
Sinais e Sintomas:
 Inicialmente na fase inicial do treino, desaparece com o
aquecimento;
 Depois, aparece durante todo o treino e desaparece após o
mesmo;
 Mais tarde, mantém-se após o treino, podendo ser desencadeado
pela simples marcha;
 Edema, sensação de calor localizada a um tendão.
Diagnóstico Clínico
 Dor ao estiramento tendinosa passiva;
 Dor à contração muscular contra uma resistência;
 Dor à palpação do tendão;
 Sensação de aumento de volume local.
Tratamento:
 Paragem desportiva;
 Imobilização funcional;
 Crioterapia até diminuição dos sinais inflamatórios seguida de
calor local;
 Elevação do membro;
 Anti-inflamatórias;
 Fisioterapia.
Quando houver histórico de tendinites repetitivas deve-se pensar em
causas posturais e nestes casos não basta eliminar o sintoma mas
também promover a correção postural.
Bursites
Lesões inflamatórias das bolsas sinoviais.
Bursas são bolsas membranosas revestidas com a membrana sinovial
localizadas de modo a impedirem o atrito ou desgaste dos músculos e dos
tendões quando passam sobre o osso.
Sinais e Sintomas:
 Dor localizada;
 Pode aparecer mesmo em repouso;
 Impotência funcional;
 Edema, calor e rubor locais.
Tratamento:
 Paragem desportiva;
 Imobilização funcional;
 Crioterapia até diminuição dos sinais inflamatórios seguida de
calor local;
 Elevação do membro;
 Anti-inflamatórias;
 Fisioterapia
Fraturas de Fadiga
Fratura óssea, completa ou incompleta causada por um agente de força
inferior à resistência do osso, mas que o lesa pela sobrecarga repetida ao
longo do tempo.
Podemos comparar estas fraturas aos amortecedores de um carro, que
se vai desgastando aos poucos e de um momento para o outro acaba
por partir.
Causar do seu aparecimento:
 Microtraumatismo repetidor;
 Treino intenso e prolongado;
 Reinício desportivo sem preparação adequada;
 Calçado inadequado;
 Terreno impróprio (muito duro);
 Certo tipo de doenças.
Acontecem, muitas vezes: devido ao aumento da carga de trabalho
importa pela cada vez maior competitividade; afetam grande número
de atletas, sendo responsáveis pela diminuição do rendimento desportivo
e às vezes por situações graves de resolução difícil.
Sinais e Sintomas:
 Fase pré-fraturária: Dor sobre uma superfície óssea agravada com
o esforço e que alivia com o repouso.
 Fase de fratura: Dor intensa mesmo em repouso, com impotência
funcional.
Tratamento:
Depende do osso fraturado, do tipo de personalidade do indivíduo e do
estado evolutivo da lesão.
 Repouso ativo;
 Forçado com canadianas (se for membros inferiores);
 Imobilização gessada (entre 3 a 6 membros inferiores);
 Fisioterapia, após retirar gesso.
Medidas de Rice
Repouso – Parar toda a atividade que provoque aumento de dor ou
outra sintomatologia.
Gelo – Aplicar na região lesada, durante 15 minutos, de 2 em 2 horas, nas
primeiras 24 horas.
 Mão e pé, no máximo 10 minutos;
 Articulações grandes e músculos, no máximo 20 minutos
Compressão – Comprimir a região lesada de modo a controlar o edema
e o derrame.
Elevação – Elevar a zona lesada de modo a facilitar a circulação
sanguínea de retorno (diminui o edema);
Avaliação/Diagnóstico – Procurar um profissional de saúde qualificado,
para tratamento.
O que não fazer?
 Alongar;
 Bater com o pé no chão;
 Colocar gelo direto na pele;
 Colocar calor – aumento o derrame;
 Massagem – aumenta o edema e o derrame, sendo agressiva para
os tecidos em cicatrização;
 Tentar pôr no sítio;
 Álcool – não deve beber bebidas alcoólicas porque o álcool é um
potente vasodilatados;
 Deixar de consultar um profissional.
O regresso à atividade física
Para regressar à atividade desportiva de forma segura, não bosta estar
completamente recuperado de lesão.
É essencial readquirir força, flexibilidade, mobilidade, equilíbrio,
coordenação e segurança emocional, para uma prática saudável do
exercício físico.
Conceitos – Quadro Geral
 …. ite: inflamação;
 …. ose: desgaste;
 Luxação: lesão em qualquer articulação;
 Distensões: lesões no músculo;
 Cãimbra: contração involuntária do músculo;
 Contusão: lesão no músculo.
 Contratura: observado 12 horas depois do desporto, vindo da lesão
de alguns vasos.
 Estiramento: dores que ocorrem após o movimento ativo e brusco
(alongamento superior à capacidade do músculo);
 Tendinite: inflamação no tendão;
 Bursite: inflamação na bolsa sinuvial;
 Miosite: inflamação no músculo;
 Rotura: quando se rompe as fibras, podendo ser parcial ou
completa.
Ficha de Trabalho
Lesões Macro:
Rotura:
Definição – Solução de continuidade das fibras musculares,
desencadeada por um esforço mecânico que ultrapassou os seus limites
de resistência elástica.
Localização – Músculos, ligamentos.
Fatores/ Causas - Aquecimento insuficiente; Músculo sujeito à ação
interna e demorada do frio; Músculo com défice de hidratação; Músculo
cansado; Músculo com desequilíbrio entre agonista e antagonista; Falta
de flexibilidade; Músculos com lesão anteriores.
Zonas + frequentes – Quadricípite; Inquiotibiais; Gémeos; Extensores da
coluna; Bicípite; Deltóide.
Sinais e Sintomas – Dor; Edema; Hematoma; Flacidez; Deformidade;
Limitação de movimentos.
Tratamento – RICE nas primeiras 24-48 horas; Repouso desportivo ou
total do músculo lesado; Fisioterapia.
Em que desportos – Futebol; Corrida; Ginástica; Voleibol; Basquetebol.
Fratura:
Definição – É a interrupção da continuidade do osso. Pode ser completa
(total) ou incompleta (parcial).
Localização – Osso.
Fatores/ Causas – Pode ser por stress; Desgaste ósseo; Fatores
predisponentes.
Zonas + frequentes – Ossos.
Sinais e Sintomas – Dor; Edema; Hematoma; Flacidez; Deformidade;
Limitação de movimentos.
Tratamento – Determinar o local da lesão; DFaFI (deformidade,
ferimento aberto, flacidez, inchaço); RICE; CSM (circulação, sensibilidade,
movimento); Imobilização.
Em que desportos – Futebol; Ginástica.
Entorse:
Definição – Movimentos além da capacidade da articulação provocando
uma lesão parcial nos ligamentos. Resulta de um movimento brusco da
articulação.
Localização – Articulação.
Fatores/ Causas – Força externa violenta.
Zonas + frequentes – Tornozelo; Joelho.
Sinais e Sintomas – Dor ao nível da articulação lesada; Impotência
funcional; Edema; Hematoma na zona lesionada.
Tratamento – Medidas de RICE, nas primeiras 24 a 48 horas; Anti –
inflamatórias; Imobilização funcional; Cirurgia em casos graves;
Fisioterapia após retirar a imobilização.
Em que desportos – Futebol; Corrida; Ginástica; Voleibol; Basquetebol.
Luxação:
Definição – Perda de contacto entre as superfícies articulares, geralmente
devido a uma das extremidades ósseas que abandona a cavidade
articular. Resulta de uma força externa violenta sobre uma articulação.
Localização – Músculos; Articulação; Ligamentos.
Fatores/ Causas – Força externa violenta.
Zonas + frequentes – Ligamentos; Estruturas articulares e musculares.
Sinais e Sintomas – Dor; Edema; Hematoma; Rompimento de vasos;
Deformidade; Limitação de movimentos; Flacidez.
Tratamento – CSM (circulação, sensibilidade, movimento); RICE;
Imobilização da articulação atingida; Atendimento médico.
Em que desportos – Futebol; Rugby.
Distenção:
Definição – Lesões nas fibras musculares: estiramento (distensão) e
rompimento das forças excessivas.
Localização – Músculos.
Fatores/ Causas – Alta velocidade de contração; Fadiga muscular;
Fraqueza muscular; Lesões anteriores; Deficiência de relaxamento nos
músculos antagonistas; Falta de alongamento/aquecimento.
Tratamento – RICE (repouso, gelo, compressão, elevação).
Em que desportos – Futebol; Voleibol; Basquetebol.
Contratura:
Definição – Uma contração localizada de algumas fibras musculares que
se estende no tempo, em resposta a uma agressão local.
Localização – Músculos.
Fatores/ Causas – Má postura e mau gesto técnico; Stress psicológico;
Falta de flexibilidade e rigidez muscular; Fadiga generalizada.
Zonas + Frequentes – Pescoço entre as omoplatas; Região lombar e do
madegueiro.
Sinais e Sintomas – Dor ao estiramento muscular; Dor localizada na
massa muscular; Possibilidade de alguma impotência muscular.
Tratamento – Planeamento adequado de treino; Repouso; Hidratação;
Alimentação; Banhos de imersão; Massagem descontraturante.
Correção do 1º Teste
1. O que entendes por lesão desportiva?
Considera-se lesão desportiva toda a condição ou sintoma que
implicou pelo menos uma das seguintes consequências e que tenha
ocorrido como resultado da participação da atividade desportiva (Coine
et al., 1996):
 tenha sido motivo direto para interromper a atividade desportiva
(treinos e competições) durante pelo menos 24 horas;
 se a condição ou sintoma não motivou a interrupção total da
atividade desportiva, mas foi determinante para alterar a sua
atividade quer em termos quantitativos (alteração dos exercícios
ou movimentos realizados);
 e jovem praticamente procurou um conselho ou tratamento junto
de profissionais de saúde para resolver essa condição ou sintoma.
2. Existem, basicamente, dois tipos de lesões.
2.1. Indica-as.
Microtraumatismo e macrotraumatismo.
2.2.Define e caracteriza uma delas.
Macrotraumatismos são originadas por um agente agressor de
alta energia que provoca lesão das estruturas orgânicas
3. Dá 4 exemplos de lesões agudas.
Fraturas, entorses, roturas e luxações.
4. Quais são os 4 principais sinais de uma lesão crónica?
Dor durante o jogo, dor durante o exercício, dor leve durante o
repouso e edema.
5. Completa as seguintes frases:
5.1. As lesões macrotraumáticas são típicas das atividades que
envolvem grande contacto físico, como é exemplo das
modalidades coletivas.
5.2.As lesões microtraumáticas são típicas das modalidades de
alto impacto, com gesto desportivo repetido como é exemplo
da ginástica.
6. Existem 3 fatores que favorecem o aparecimento das lesões
desportivas. Enuncia-os.
A fadiga, o sono e os maus hábitos alimentares;
7. Enumera os 6 fatores de risco relacionados com as características
do indivíduo.
Avaliação das Contra Indicações Médicas, Idade, Sexo, Condição
Física e Domínio da Tarefa, Fatores Psicológicos e Sociológicos e
Morfotipo e Composição Corporal.
8. Indica porque é que as condições atmosféricas podem ser um dos
fatores de risco de lesão para o indivíduo.
Frio pode aumentar o tónus muscular; Calor e humidade maior
transpiração, défice de hidratação, hidratar o corpo antes, durante e
após o exercício; Chuva, pisos escorregadios ou aderentes.
9. Uma das principais causas de lesão é o planeamento do treino.
Explica porquê.
É muito frequente praticante de musculação se lesionarem
porque realizam trabalhos em máquinas de musculação com posturas
incorretas; Um bom aquecimento na fase inicial do treino; Cuidado na
execução dos estiramentos, tanto no tipo como na duração do
estiramento; Devem ser respeitados os princípios básicos do treino e não
esquecer a fase de recuperação.
10. Completa as seguintes frases:
10.1. As lesões ocorrem ao nível do esqueleto, dos músculos e das
articulações.
10.2. As principais estruturas dos músculos são os tendões e as
bursas.
10.3. As bolsas sinoviais ajudam a reduzir o atrito entre os ossos, ou
seja, na articulação.
10.4. Os ligamentos ligam os ossos entre si.
10.5. Os tendões unem os músculos aos ossos.
11. Articulações – luxação e entorse.
Músculos – contratura, rotura, distensão, contusão e cãimbra.
Ossos – fratura.
12.Completa as seguintes frases:
12.1 A tendinite é provocada pelo excesso de treino regular e
prolongado sobre um tendão.
12.2 A rotura muscular ocorre quando há uma abertura de
algumas fibras musculares e seguidamente, a formação de
um edema.
12.3 A cãimbra é considerada uma lesão crónica.
12.4 Existe uma distensão quando ocorre um estiramento e/ou
rompimento nas fibras musculares.
12.5 A lesão traumática por pancada ou golpe violento, sem
corte, chama-se contusão.
12.6 Cãimbra é uma contracção exagerada e brusca do músculo,
com dor intensa e prolongada, e com endurecimento do
músculo.
12.7 As fraturas de fadiga acontecem devido ao aumento da
carga de trabalho, e consequentemente ao treino intenso,
ao calçado inadequado, ao terreno impróprio.
12.8 As cãimbras e as contraturas são das poucas lesões que não
necessitam de tratamento RICE.
12.9 Dor localizada, mesmo em repouso, com impotência
funcional, edema e calor é sinais e sintomas da bursite.
13. A-1-D
B-5-C
C-2-F
D-3-B
E-7-G
F-4-E
G-6-A
Relatório Suporte Básico de Vida
Objetivo do suporte básico de vida é fornecer oxigénio ao
cérebro e ao coração até que o tratamento médico chegue
para restabelecer o funcionamento respiratório.
Os passos aprendidos no suporte básico de vida foram:
1º Passo – Temos que ver se a vítima está em segurança.
2º Passo – Ver se a vítima está inconsciente, bater-lhe nos
ombros e perguntar “então, está a ouvir-me” se não
responder, gritamos “ajuda vítima inconsciente para
alguém que nos venha ajudar.
3º Passo – Tira-se a roupa da parte de cima e empurra-se o
queixo da vítima para trás.
4º Passo – Iniciamos o “vos” que é ao contagem de 1 a 10
com o “e” entre os números.
5º Passo – Ligamos para os bombeiros, onde tem que dizer
o seu nome, onde está, o género e mais ou menos a idade
da vítima e por último dizer se a vítima respira ou não, se
disser que não respira ao telefone vão lhe perguntar se sabe
socorrer uma pessoa e se souber diz que sim e então inicia.
6º Passo – Fazer 30 vezes a massagem cardíaca no peito da
vítima e fazer uma insuflação por segundo, até que ela
reaja, quando reagir parasse o que está a fazer.
7º Passo – Iniciamos o “vos” novamente e se começar a
respirar por si, põe-se a vítima em posição lateral de
segurança.
Relatório Hemorragias, Queimaduras e Fraturas
Hemorragias
É importante saber como é que aconteceu, para ver se existe vírus, para
desinfetar tudo muito bem e aconselhável desinfetar com soro.
Existe três tipos de hemorragias:
Capilar – é uma hemorragia àquilo que nós chamamos “pisado” que é
uma rotura no músculo.
Venosa – é uma hemorragia em que o sangue é escuro e pode sair em
grandes quantidades, se acontecer deve-se parar a hemorragias com
compressas.
Arterial – é uma hemorragia em que o sangue é vivo e pode sair em
abundância e difícil de controlar.
Queimaduras
É importante não expor a queimadura.
Existe três graus de queimaduras:
1º Grau – um vermelhão na pele deve-se colocar água não muito fria
nem quente ou soro.
2º Grau – bolhas de água que não se deve rebentar e coloca-se também
água não muito fria ou soro.
3º Grau – não tem dor porque a derme e epiderme rompem e coloca-se
também água não muito fria nem quente ou soro.
Fraturas
Imobilizar o membro fraturado com forme está e depois de imobilizá-lo
verificar o pulso distal.

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  • 1. Curso Profissional de Técnico de Apoio à Gestão Desportiva Dossiê da disciplina de Práticas de Atividades Físicas e Desportivas Módulo 1 - Noções Básicas de Traumatologia e Socorrismo no Desporto Aluna: Catarina Miranda 10ºAno Turma: AGD1 Nº7 2011/2012 Professora: Cristina Sardinha
  • 3. Definição de lesão Considera-se lesão desportiva toda a condição ou sintoma que implicou pelo menos uma das seguintes consequências e que tenha ocorrido como resultado da participação da atividade desportiva (Coine et al., 1996):  tenha sido motivo direto para interromper a atividade desportiva (treinos e competições) durante pelo menos 24 horas;  se a condição ou sintoma não motivou a interrupção total da atividade desportiva, mas foi determinante para alterar a sua atividade quer em termos quantitativos (alteração dos exercícios ou movimentos realizados);  e jovem praticamente procurou um conselho ou tratamento junto de profissionais de saúde para resolver essa condição ou sintoma. Tipos de lesão A lesão pode surgir a partir de dois tipos de mecanismos:  Macrotraumatismos - fraturas, entorses, luxações, roturas – o atleta tem noção do movimento ou gesto que desencadeou os primeiros sintomas e normalmente desencadeia uma incapacidade funcional imediata da zona afetada tanto maior quanto mais grave for a lesão.  Típicas das atividades que envolvem grande contacto físico (modalidades coletivas).  Microtraumatismos – lesões crónicas ou de sobrecarga – a partir da repetição exaustiva de elementos técnicos da modalidade sem os adequados períodos de recuperação/repouso ou na execução incorreta de certos gestos.  Típicas das modalidades de alto impacto, com gesto desportivo esteriotipado e repetido. A corrida, a dança, o ténis são alguns exemplos.
  • 4. Lesões Macrotraumáticas ou Lesões Agudas São originadas por um agente agressor de alta energia que provoca lesão das estruturas orgânicas. Ocorrem imediatamente após um macrotraumatismo onde a fase inflamatória aparece com os seguintes sintomas:  Calor (energia metabólica irradiada);  Rubor (vasodilatação e aumento da vascularização);  Edema e/ou hematoma locais;  Dor repentina e intensa (estimulação das terminações nervosas aferentes);  Incapacidade de suportar peso sobre a zona lesada;  Incapacidade de movimentar a zona lesada. Exemplos de lesões agudas mais comuns:  Fraturas ósseas: (fratura nas cartilagens de crescimento, no caso dos jovens na receção ao solo após um salto);  Entorses: do tornozelo (articulação tíbio - társica); do joelho após uma mudança brusca de direção (lesões capsulo-ligamentos e/ou meniscais, luxação da rótula). Existe uma maior predisposição para as jovens do sexo feminino;  Luxações Articulares: (gestos com amplitudes extremas de abdução e rotação externa do ombro que causa uma luxação da articulação gleno-umeral, ou gesto de placagem de um opositor (ruby) que causa traumatismo ou luxação da articulação acromio- clavicular);  Roturas Musculares: estiramento excessivo e descontrolado numa abertura de pernas (lesão dos adutores); esforços explosivos como um sprint com dor aguda tipo picada na coxa ou perna (lesão muscular dos isqueo-tibiais ou gémeos);  Roturas Tendinosas: inflamação nos tendões causados por sobrecarga ou mau aquecimento.
  • 5. O que fazer imediatamente? Rice (Iniciais Inglesas)  Repouso do segmento afetado (Rest);  Frio ou gelo local de 10 a 20 minutos de 2 em 2 horas nos primeiros 2 dias (Ice);  Compressão da zona lesada (Compression);  Elevação do membro afetado (Elevation). Lesões Microtraumáticas ou Lesões Crónicas Também chamadas de lesões por sobrecarga ou lesões por esforços repetidos. São originadas por um agente agressor de baixa energia, que não provoca lesão aguda. É causada por microtraumatismos de repetição inerentes a gestos desportivos esteriotipoados e frequentes. As lesões crónicas caracterizam-se pelo manter dos sinais e/ou sintomas por um período mínimo de 3 meses, sem ter havido alívio. Condicionam a atividade e podem sofrer períodos de agudização que desencadeiam uma resposta inflamatória inspeditiva de qualquer tipo de treino. Segundo Caine et al (1996), o número de anos de prática e o início da competição podem ser os principais fatores de risco para o desenvolvimento de algumas lesões crónicas. O número e gravidade de lesões tende naturalmente a aumentar com o aumento dos níveis de competição. Nos jovens atletas este tipo de mecanismo adquirem uma importância particular quando se aumenta o volume e a intensidade do treino numa fase em que corpo biológico está em permanentes mudanças.
  • 6. As lesões crónicas mais comuns são:  Tendinopatias (miopatia, tendinites, bursites, …): Lesões nos locais de inserção óssea das estruturas músculotendinosas no caso dos jovens atletas e fraturas de fadiga. A dor instala-se gradualmente e pode atingir intensidades que incapacitam o jovem para a prática desportiva e podem interferir mesmo com as atividades funcionais. Os principais sinais de uma lesão crónica são:  Dor durante o jogo;  Dor durante o exercício;  Dor leve durante o repouso;  Edema. Fatores de Risco Intrínsecos (Características do Indivíduo) Avaliação das Contra Indicações Médicas  Deve ser feita uma cuidadosa avaliação médica anual, no sentido de aconselhar a forma mais adequada de exercício físico;  No momento da lesão é igualmente importante um exame diagnóstico e tratamento precoces, para uma rápida cura e prevenção da cronicidade ou recidiva;  Deve-se sensibilizar todos os praticantes (quer de desporto de competição quer de desporto de lazer) para a realização de exame médico prévio, devido, também á falta de apoio médico para o tratamento da lesão.
  • 7. Idade  Os macro e microtraumatismos de repetição ao nível de um osso em crescimento, geralmente motivados por exageros ou incorreções na metodologia do treino nos jovens, condicionam a que estes sejam mais predispostos a lesões muscoloesqueléticas;  Estas lesões não aumentam com a idade, os mais velhos têm uma incidência de lesões inferior aos mais novos (pela escolha de outro tipo de desporto e pela experiência);  Por outro lado, os idosos embora tenham menos lesões, necessitam de mais tempo para recuperar das mesmas, por deficiências na capacidade regenerativa;  Deve-se respeitar as fases sensíveis para o desenvolvimento das capacidades motoras;  O treino deve privilegiar, na fase pré-pubertária, o desenvolvimento da coordenação motora, da mobilidade articular e da velocidade;  O treino da força e resistência só deve ser trabalhado de forma mais consistente após a puberdade;  Deve-se ter em consideração a altura ideal para iniciar a prática desportiva e a competição, que varia consoante a modalidade. Sexo  As mudanças, devido à sua menor massa muscular, estão mais sujeitas a lesões asteo-articulares, por menor suporte a nível articular;  Estudos demonstram que tanto no desporto de competição como de lazer, a incidência de lesões é igual no homem e na mulher;  O tipo, a intensidade, a duração e a frequência de exercício devem ser adotados à idade e ao sexo dos praticantes.
  • 8. Condição Física e Domínio da Tarefa  Quanto melhor for a condição física e quanto melhor dominar a tarefa da modalidade, menor a ocorrência de lesões muscoloesqueléticas.  O treino deve ser adotado em situações de diminuição da condição física (férias e após lesão), e não deverão ser realizados exercícios cuja técnica não seja dominada com facilidade. Morfotipo e Composição Corporal  Cada tipo de exercício físico exige geralmente um morfotipo particular;  Um excesso de peso (massa gorda) condiciona uma maior sobrecarga das estruturas muscoloesquelética, levando à lesão;  Um défice de peso (massa muscular) poderá ocasionar uma diminuição no suporte muscular das articulações e aumentar a predisposição para a lesão. Fatores Psicológicos e Sociológicos Fatores de Risco Extrínsecos (Características do Meio Envolvente) Condições Atmosféricas  Frio pode aumentar o tónus muscular;  Calor e humidade maior transpiração, défice de hidratação, hidratar o corpo antes, durante e após o exercício;  Chuva, pisos escorregadios ou aderentes.
  • 9. Equipamento  A utilização de calções em clima frio pode condicionar um aumento do tónus muscular e ocasionar lesão;  A utilização do calçado;  É importante a escolha criteriosa do equipamento. Local de Treino e Instalações Desportivas  O piso de local;  A corrida em pisos de alcatrão;  A existência de obstáculos;  A manutenção e a organização dos locais de treino. Planeamento do Treino  É muito frequente praticante de musculação se lesionarem porque realizam trabalhos em máquinas de musculação com posturas incorretas;  Um bom aquecimento na fase inicial do treino;  Cuidado na execução dos estiramentos, tanto no tipo como na duração do estiramento;  Devem ser respeitados os princípios básicos do treino e não esquecer a fase de recuperação. Higiene Física  Repouso, sono, álcool, tabaco, substâncias dopantes e alimentação saudável tem menor risco de lesão;  Um pequeno-almoço deficiente poderá levar a uma diminuição da coordenação motora e a estados de fadiga precoce.
  • 10. Caracterização de Alguns Fatores de Risco  A competição desportiva e o desporto organizado comparado com o desporto de recreação e lazer;  Elevados índices de expectativa quanto ao resultado;  Elevado nível de competição (período competitivo);  A fadiga, o sono e os maus hábitos alimentares;  Os desportos de contacto;  Os jovens a quem são solicitados elevados níveis de coordenação e execução técnica;  Idade/Sexo até aos 15 o risco é maior para as meninas, a partir dos 14 e até aos 30 os rapazes estão em maior risco de lesão. Fatores de Risco Relacionadas com Atividades Específicas Basquetebol Risco de lesão – lesão macrotraumáticas, entorses tíbio-társica, joelhos e fraturas nos dedos. Pode dever-se a diversos fatores – contacto físico, situações desequilibrantes, cansaço, embate contra objetos fixos e má receção de bola.
  • 11. Futebol Risco de lesão – lesões macrotraumáticas dos membros inferiores (roturas musculares, entorses e fraturas). Pode dever-se a diversos fatores – contacto físico, situações desequilibrantes, erros no planeamento de treino, excessos competitivos, má conservação ou inadequação dos terrenos de jogo e utilização de equipamento inadequado. Voleibol Risco de lesão – lesões macrotraumáticas (entorses e roturas de ligamentos), tíbio-társica, joelho, ombros e coluna; lesões microtraumáticas tendinites. Pode dever-se a diversos fatores – impacto no solo, situações desequilibrantes e excessos de treino e competição. Ginástica Risco de lesão – lesões microtraumáticas dos membros inferiores (roturas musculares, entorses e fraturas). Pode dever-se a diversos fatores – excesso no tempo de treino semanal, qualidade dos sapatos, tipo de piso e existência de lesões prévias. A ginástica de manutenção envolve um risco de lesão inferior.
  • 12. Corrida Risco de lesão – lesões macrotraumáticas dos membros inferiores pé, tornozelo e joelho (roturas musculares, entorses) lesões microtraumáticas dos membros inferiores (tendinites, periostites e fratura de fadiga). Pode dever-se a diversos fatores – frequência de treino semanal, mau aquecimento, tipo de piso, sexo, idade e experiência. Condiciona múltiplos microtraumatismos de repetição, cada vez que o pé contacta com o solo. Natação Risco de lesão – lesões microtraumáticas (ombro doloroso, joelho doloroso, dores no dorso do pé) tendinites, síndrome de sobrecarga. Pode dever-se a diversos fatores – erro na técnica de nado e idade. Lesões Músculo-Esquelético-Articulares Esqueleto (Infra-Estrutura do corpo) Funções:  Sustentação do corpo;  Proteção dos órgãos nobres: cérebro, pulmões e coração;  Movimento.
  • 13. Músculo (Tecidos Elásticos Fibrosos)  Movimentos do organismo;  Estruturas:  Tendões (tecidos elásticos fibrosos que ligam os músculos aos ossos).  Bursas (pequenos sacos cheios de líquidos localizados entre, músculos, tendões, articulação e outros tecidos; provocam a redução do atrito entre tecidos). Articulação (Junção de ossos – dois ou mais) Estruturas:  Ligamentos:  Tiras de tecido;  Ligam ossos entre si;  Estabilizar a articulação.  Cartilagem:  Tecido cartilaginoso;  Extremidade dos ossos;  Absorver impacto de ossos que se deslocam;  Reduz atrito entre ossos que chocam.  Cápsula Sinuvial/Líquido Sinivial  Impacto mecânico menor;  Atrito entre osso menor. Principais Articulações:  Joelho/Tornozelo;  Cotovelo/Ombro.
  • 14. Lesão é…  Uma alteração ou deformidades tecidual diferente do estado normal do tecido;  Ocorre em função de um desequilíbrio fisiológico ou mecânicas:  Por trauma direto ou indireto;  Por uso excessivo de um determinado gesto motor;  Ou por gesto motor realizado de forma incorreta. Lesão Aguda:  Evolução rápida;  Imprevista:  Causal;  Acontecimento súbito.  Movimentos bruscos;  Necessidade de atendimento imediato. Lesão Crónica:  Evolução cumulativa;  Ações repetitivas, consecutivas por longo tempo da mesma estrutura;  Lesões agudas mal tratadas, com reincidências;  Necessidade de tratamento a longo prazo:  Medicamento;  Fisioterapia;  Cirúrgico e outras.
  • 15. Lesões nos diferentes tipos de tecidos do aparelho locomotor No músculo:  Distensão muscular;  Contratura;  Contusão;  Cãimbra;  Rotura. No tendão:  Tendinite, tenossinovite;  Rotura tendinosa. No osso:  Fratura;  Fratura de fadiga;  Alterações ósseas de crescimentos. Na articulação:  Entorse/agressão capsular e ligamentar;  Subluxação e luxação;  Lesão da fibrocartilagem (menisco). Sinais e Sintomas  Dor;  Edema;  Hematoma (rompimentos de vasos internos);  Deformidade;  Limitação de movimentos;  Tonicidade (flacidez).
  • 16. Tratamento da Lesão: R – compressa de gelo; I – gelo com pano húmido (procedimento para reduzir dor, inchaço e hematoma); C – imobilização; E – elevação de membros, se possível. Tipos de Lesão Distensão Muscular Lesões nas fibras musculares: estiramento (distensão) e rompimento. Fatores predisponentes  Alta velocidade de contração;  Fadiga muscular;  Fraqueza muscular;  Lesões anteriores;  Deficiência de relaxamento nos músculos antagonistas;  Falta de alongamento/aquecimento. Sinais e Sintomas  Dor, varia de intensidade com a gravidade;  Dor ao toque ou ao movimento;  Edema;  Fraqueza ou perda de função motora;  Possibilidade ou não de hematoma. Tratamento – RICE
  • 17. Contusão Lesão traumática aguda, por golpe violento, compressão, sem corte, decorrente de trauma direto nos tecidos. Sinais e Sintomas  Dor;  Edema;  Hematoma. Tratamento Grau I  Aplicação de gelo (1 a 2 horas);  Compressão local;  Exercícios articulares sem carga. Grau II  Aplicação de gelo (48 – 20/20 minutos);  Compressão local;  Elevação de membro;  Exercícios articulares sem carga. Grau III  Aplicação de gelo em períodos alternados (48 a 72 horas);  Imobilização com compressão;  Anti-inflamatório; A partir de 3ºdia – aplicação gradual de calor, duas vezes por dia durante 15 minutos.
  • 18. Cãimbra Muscular Desencadeada por um espasmo muscular caracterizado por uma contração muscular intermitente, interna, involuntária e muito dolorosa. Ao contrário da contratura, a cãimbra desaparece quando se contrai ativamente o seu antagonista. Principais fatores que favorecem o seu aparecimento  Fadiga muscular e orgânica;  Acumulação local de produtos metabólicos;  Diminuição da circulação sanguínea;  Frio e humidade atmosférica;  Desidratação;  Insuficiência arterial;  Carências vitamínicas B1 e B2;  Doping Tratamento  Estiramento (alongamento) lento, suave, progressivo e prolongado;  Pressionar o local;  Aplicar gelo;  Bebidas com eletrólitos.
  • 19. Contraturas Musculares É uma situação provocada por uma contração localizada de algumas fibras musculares que se estende no tempo, em resposta a uma agressão local. Caraterizam-se pelo aparecimento de espasmos musculares que desencadeiam uma associação de mialgas, diminuição de flexibilidade muscular. Sinais e sintomas  Dor, localizada na massa muscular;  Dor ao estiramento muscular;  Possibilidade de alguma impotência muscular. A palpação pode-se sentir uma zona empastada (um talo) Porque é que a presença local de ácido lático e de potássio se reflete em dor?  Porque estes agentes desencadeiam estímulos químicos que excitam os terminais associados à dor. Se for mecanismos de hipersolitação funcional:  Planeamento adequado do treino;  Repouso;  Hidratação e alimentação adequada;  Banhos de imersão;  Massagem descontraturante.
  • 20. Rotura Muscular Solução de continuidade das fibras musculares, desencadeada por um esforço mecânico que ultrapassou os seus limites de resistência elástica. É quando ocorre rompimento total das fibras musculares. O agente causal duma rotura é:  Um movimento forte de rápida contração. (por exemplo, numa travagem ou desaceleração)  Ou um movimento exagerado contra uma grande resistência. (por exemplo, uma joelhada na coxa) Fatores que podem predispor à rotura muscular  Aquecimento insuficiente;  Músculo sujeito à ação intensa e demorada do frio;  Músculo com défice de hidratação;  Músculo cansado;  Músculo com desequilíbrio entre agonista e antagonista;  Falta de flexibilidade;  Músculos com lesões anteriores. Sinais e sintomas  Dor;  Edema;  Hematoma;  Flacidez;  Deformidade;  Limitação de movimentos. Obs.: Os sinais e sintomas variam conforme a gravidad
  • 21. Consideram-se 3 graus  Rotura muscular de 1º grau (fibrilares ou microroturas) (rotura de algumas fibras musculares, atingindo uma zona limitada).  Rotura muscular de 2º grau (fasciculares ou parcial)  Rotura muscular de 3ºgrau (rotura total) Rotura total da massa muscular com afastamento total dos 2 topos musculares. Tratamento  RICE nas primeiras 24-48 horas  Repouso desportivo ou total do músculo lesado;  Fisioterapia Localizações mais frequentes:  Quadricípite, isquiotibias, gémeos, extensores da coluna, bicípite, deltóide.
  • 22. Entorse Movimento além da capacidade da articulação provocando uma lesão parcial nos ligamentos. Resulta de um movimento brusco da articulação. Sinais e sintomas  Dor ao nível da articulação lesada;  Impotência funcional;  Edema;  Hematoma da zona lesionada. Tratamento  Medidas do RICE, nas primeiras 24 a 48 horas;  Anti-inflamatórias;  Imobilização funcional;  Cirurgia em casos graves;  Fisioterapia após retirar a imobilização.
  • 23. Luxação Perda de contato entre as superfícies articulares, geralmente devido a uma das extremidades ósseas que abandona a cavidade articular. Resulta de uma força externa violenta sobre uma articulação. Uma luxação pressupõe a existência de uma lesão dos ligamentos e de outras estruturas articulares e musculares. Sinais e sintomas  Dor;  Edema;  Hematoma;  Rompimento de vasos;  Deformidade;  Limitação de movimentos;  Flacidez. Subluxação Extremidades ósseas articulares foram separadas e retornam à posição imediatamente.  Congênita  Completa (perda total de contato ósseo)  Incompleta (perda parcial de contato ósseo) Tratamento  CSM (pesquisar nas mãos e pés);  RICE;  Imobilização da articulação atingida;  Atendimento médico.
  • 24. Circulação Avaliação de fluxo sanguíneo  Perfusão periférica  Pulso radial e tibial Sensibilidade Avaliação de lesão nervos (coluna)  Estímulo doloroso (beliscão) Movimento Avaliação da gravidade da lesão  Ondulatório dos dedos.
  • 25. Fratura É a interrupção da continuidade do osso. Pode ser completa (total) ou incompleta (parcial). Sinais e Sintomas:  Dor;  Edema;  Hematoma;  Flacidez;  Deformidade;  Limitação de movimentos. Nas crianças ocorre devido a:  Ossos relativamente maleáveis;  Fraturas incompletas;  Fraturas em “galho verde”. Nos idosos devido a:  Osteoporose. As fraturas podem ser por stress:  Desgaste ósseo e impacto contínuo;  Fatores predisponentes;  Uso contínuo das estruturas sem descanso devido. Exemplo: Corredores de longa distância sem repouso; Pitcher (lançador de basebol) Ou por impacto “físico” (choque).
  • 26. Fraturas Abertas:  Descontinuidade óssea;  Rompimento da pele;  Sangramento;  Exposição ao meio ambiente;  Aumentar o risco de infeção. O que fazer?  Colocar pano húmido sobre o local;  Imobilização da zona;  Enviar para o hospital. Tratamento:  Determinar o local da lesão;  DFaFI (deformidade, ferimento aberto, flacidez, inchaço);  CSM (circulação, sensibilidade, movimento);  RICE;  Imobilização.
  • 27. Lesões Inflamatórias de Sobrecarga As inflamações resultam de uma sobrecarga, ocasionadas pela repetição estereotipada de um gesto desportivo, provocada por incorreção ou anomalias do mesmo. São as designadas lesões microtraumáticas. Podem ocorrer:  Nos tendões (tendinite);  Nos músculos (miosites);  Nas bolsas sinoviais (bursites);  Nos ligamentos (ligamentites);  Nos ossos (fratura de sobrecarga). Estas lesões podem ser: agudas, crónicas ou crónicas agudizadas. O seu diagnóstico e tratamento na fase segunda são fundamentais. A evolução para a cronicidade ocasiona muitos problemas levando à necessidade de abandono.
  • 28. Tendinite Lesões inflamatórias dos tendões. Os tendões são cordões fibrosos que saem dos músculos e que se fixam nos ossos. Através deles podemos transferir a força gerada nos músculos para movimentar os ossos, formando o princípio de alavanca que movimentar as nossas articulações. Estes tendões são muito resistentes e são envolvidos por uma membrana (bolsa sinovial). Se utilizarmos os músculos de uma maneira intensa, podemos causar atritos entre tendões vizinhos ou entre os tendões e os ossos. Esse atrito pode levar á imobilização destes tendões ou das suas membranas envolvidas, aparecendo as tendinites ou as bursites. Sinais e Sintomas:  Inicialmente na fase inicial do treino, desaparece com o aquecimento;  Depois, aparece durante todo o treino e desaparece após o mesmo;  Mais tarde, mantém-se após o treino, podendo ser desencadeado pela simples marcha;  Edema, sensação de calor localizada a um tendão. Diagnóstico Clínico  Dor ao estiramento tendinosa passiva;  Dor à contração muscular contra uma resistência;  Dor à palpação do tendão;  Sensação de aumento de volume local.
  • 29. Tratamento:  Paragem desportiva;  Imobilização funcional;  Crioterapia até diminuição dos sinais inflamatórios seguida de calor local;  Elevação do membro;  Anti-inflamatórias;  Fisioterapia. Quando houver histórico de tendinites repetitivas deve-se pensar em causas posturais e nestes casos não basta eliminar o sintoma mas também promover a correção postural. Bursites Lesões inflamatórias das bolsas sinoviais. Bursas são bolsas membranosas revestidas com a membrana sinovial localizadas de modo a impedirem o atrito ou desgaste dos músculos e dos tendões quando passam sobre o osso. Sinais e Sintomas:  Dor localizada;  Pode aparecer mesmo em repouso;  Impotência funcional;  Edema, calor e rubor locais. Tratamento:  Paragem desportiva;  Imobilização funcional;  Crioterapia até diminuição dos sinais inflamatórios seguida de calor local;  Elevação do membro;  Anti-inflamatórias;  Fisioterapia
  • 30. Fraturas de Fadiga Fratura óssea, completa ou incompleta causada por um agente de força inferior à resistência do osso, mas que o lesa pela sobrecarga repetida ao longo do tempo. Podemos comparar estas fraturas aos amortecedores de um carro, que se vai desgastando aos poucos e de um momento para o outro acaba por partir. Causar do seu aparecimento:  Microtraumatismo repetidor;  Treino intenso e prolongado;  Reinício desportivo sem preparação adequada;  Calçado inadequado;  Terreno impróprio (muito duro);  Certo tipo de doenças. Acontecem, muitas vezes: devido ao aumento da carga de trabalho importa pela cada vez maior competitividade; afetam grande número de atletas, sendo responsáveis pela diminuição do rendimento desportivo e às vezes por situações graves de resolução difícil. Sinais e Sintomas:  Fase pré-fraturária: Dor sobre uma superfície óssea agravada com o esforço e que alivia com o repouso.  Fase de fratura: Dor intensa mesmo em repouso, com impotência funcional.
  • 31. Tratamento: Depende do osso fraturado, do tipo de personalidade do indivíduo e do estado evolutivo da lesão.  Repouso ativo;  Forçado com canadianas (se for membros inferiores);  Imobilização gessada (entre 3 a 6 membros inferiores);  Fisioterapia, após retirar gesso. Medidas de Rice Repouso – Parar toda a atividade que provoque aumento de dor ou outra sintomatologia. Gelo – Aplicar na região lesada, durante 15 minutos, de 2 em 2 horas, nas primeiras 24 horas.  Mão e pé, no máximo 10 minutos;  Articulações grandes e músculos, no máximo 20 minutos Compressão – Comprimir a região lesada de modo a controlar o edema e o derrame. Elevação – Elevar a zona lesada de modo a facilitar a circulação sanguínea de retorno (diminui o edema); Avaliação/Diagnóstico – Procurar um profissional de saúde qualificado, para tratamento. O que não fazer?  Alongar;  Bater com o pé no chão;  Colocar gelo direto na pele;  Colocar calor – aumento o derrame;  Massagem – aumenta o edema e o derrame, sendo agressiva para os tecidos em cicatrização;  Tentar pôr no sítio;  Álcool – não deve beber bebidas alcoólicas porque o álcool é um potente vasodilatados;  Deixar de consultar um profissional.
  • 32. O regresso à atividade física Para regressar à atividade desportiva de forma segura, não bosta estar completamente recuperado de lesão. É essencial readquirir força, flexibilidade, mobilidade, equilíbrio, coordenação e segurança emocional, para uma prática saudável do exercício físico. Conceitos – Quadro Geral  …. ite: inflamação;  …. ose: desgaste;  Luxação: lesão em qualquer articulação;  Distensões: lesões no músculo;  Cãimbra: contração involuntária do músculo;  Contusão: lesão no músculo.  Contratura: observado 12 horas depois do desporto, vindo da lesão de alguns vasos.  Estiramento: dores que ocorrem após o movimento ativo e brusco (alongamento superior à capacidade do músculo);  Tendinite: inflamação no tendão;  Bursite: inflamação na bolsa sinuvial;  Miosite: inflamação no músculo;  Rotura: quando se rompe as fibras, podendo ser parcial ou completa.
  • 33. Ficha de Trabalho Lesões Macro: Rotura: Definição – Solução de continuidade das fibras musculares, desencadeada por um esforço mecânico que ultrapassou os seus limites de resistência elástica. Localização – Músculos, ligamentos. Fatores/ Causas - Aquecimento insuficiente; Músculo sujeito à ação interna e demorada do frio; Músculo com défice de hidratação; Músculo cansado; Músculo com desequilíbrio entre agonista e antagonista; Falta de flexibilidade; Músculos com lesão anteriores. Zonas + frequentes – Quadricípite; Inquiotibiais; Gémeos; Extensores da coluna; Bicípite; Deltóide. Sinais e Sintomas – Dor; Edema; Hematoma; Flacidez; Deformidade; Limitação de movimentos. Tratamento – RICE nas primeiras 24-48 horas; Repouso desportivo ou total do músculo lesado; Fisioterapia. Em que desportos – Futebol; Corrida; Ginástica; Voleibol; Basquetebol.
  • 34. Fratura: Definição – É a interrupção da continuidade do osso. Pode ser completa (total) ou incompleta (parcial). Localização – Osso. Fatores/ Causas – Pode ser por stress; Desgaste ósseo; Fatores predisponentes. Zonas + frequentes – Ossos. Sinais e Sintomas – Dor; Edema; Hematoma; Flacidez; Deformidade; Limitação de movimentos. Tratamento – Determinar o local da lesão; DFaFI (deformidade, ferimento aberto, flacidez, inchaço); RICE; CSM (circulação, sensibilidade, movimento); Imobilização. Em que desportos – Futebol; Ginástica.
  • 35. Entorse: Definição – Movimentos além da capacidade da articulação provocando uma lesão parcial nos ligamentos. Resulta de um movimento brusco da articulação. Localização – Articulação. Fatores/ Causas – Força externa violenta. Zonas + frequentes – Tornozelo; Joelho. Sinais e Sintomas – Dor ao nível da articulação lesada; Impotência funcional; Edema; Hematoma na zona lesionada. Tratamento – Medidas de RICE, nas primeiras 24 a 48 horas; Anti – inflamatórias; Imobilização funcional; Cirurgia em casos graves; Fisioterapia após retirar a imobilização. Em que desportos – Futebol; Corrida; Ginástica; Voleibol; Basquetebol.
  • 36. Luxação: Definição – Perda de contacto entre as superfícies articulares, geralmente devido a uma das extremidades ósseas que abandona a cavidade articular. Resulta de uma força externa violenta sobre uma articulação. Localização – Músculos; Articulação; Ligamentos. Fatores/ Causas – Força externa violenta. Zonas + frequentes – Ligamentos; Estruturas articulares e musculares. Sinais e Sintomas – Dor; Edema; Hematoma; Rompimento de vasos; Deformidade; Limitação de movimentos; Flacidez. Tratamento – CSM (circulação, sensibilidade, movimento); RICE; Imobilização da articulação atingida; Atendimento médico. Em que desportos – Futebol; Rugby.
  • 37. Distenção: Definição – Lesões nas fibras musculares: estiramento (distensão) e rompimento das forças excessivas. Localização – Músculos. Fatores/ Causas – Alta velocidade de contração; Fadiga muscular; Fraqueza muscular; Lesões anteriores; Deficiência de relaxamento nos músculos antagonistas; Falta de alongamento/aquecimento. Tratamento – RICE (repouso, gelo, compressão, elevação). Em que desportos – Futebol; Voleibol; Basquetebol.
  • 38. Contratura: Definição – Uma contração localizada de algumas fibras musculares que se estende no tempo, em resposta a uma agressão local. Localização – Músculos. Fatores/ Causas – Má postura e mau gesto técnico; Stress psicológico; Falta de flexibilidade e rigidez muscular; Fadiga generalizada. Zonas + Frequentes – Pescoço entre as omoplatas; Região lombar e do madegueiro. Sinais e Sintomas – Dor ao estiramento muscular; Dor localizada na massa muscular; Possibilidade de alguma impotência muscular. Tratamento – Planeamento adequado de treino; Repouso; Hidratação; Alimentação; Banhos de imersão; Massagem descontraturante.
  • 39. Correção do 1º Teste 1. O que entendes por lesão desportiva? Considera-se lesão desportiva toda a condição ou sintoma que implicou pelo menos uma das seguintes consequências e que tenha ocorrido como resultado da participação da atividade desportiva (Coine et al., 1996):  tenha sido motivo direto para interromper a atividade desportiva (treinos e competições) durante pelo menos 24 horas;  se a condição ou sintoma não motivou a interrupção total da atividade desportiva, mas foi determinante para alterar a sua atividade quer em termos quantitativos (alteração dos exercícios ou movimentos realizados);  e jovem praticamente procurou um conselho ou tratamento junto de profissionais de saúde para resolver essa condição ou sintoma. 2. Existem, basicamente, dois tipos de lesões. 2.1. Indica-as. Microtraumatismo e macrotraumatismo. 2.2.Define e caracteriza uma delas. Macrotraumatismos são originadas por um agente agressor de alta energia que provoca lesão das estruturas orgânicas 3. Dá 4 exemplos de lesões agudas. Fraturas, entorses, roturas e luxações. 4. Quais são os 4 principais sinais de uma lesão crónica? Dor durante o jogo, dor durante o exercício, dor leve durante o repouso e edema.
  • 40. 5. Completa as seguintes frases: 5.1. As lesões macrotraumáticas são típicas das atividades que envolvem grande contacto físico, como é exemplo das modalidades coletivas. 5.2.As lesões microtraumáticas são típicas das modalidades de alto impacto, com gesto desportivo repetido como é exemplo da ginástica. 6. Existem 3 fatores que favorecem o aparecimento das lesões desportivas. Enuncia-os. A fadiga, o sono e os maus hábitos alimentares; 7. Enumera os 6 fatores de risco relacionados com as características do indivíduo. Avaliação das Contra Indicações Médicas, Idade, Sexo, Condição Física e Domínio da Tarefa, Fatores Psicológicos e Sociológicos e Morfotipo e Composição Corporal. 8. Indica porque é que as condições atmosféricas podem ser um dos fatores de risco de lesão para o indivíduo. Frio pode aumentar o tónus muscular; Calor e humidade maior transpiração, défice de hidratação, hidratar o corpo antes, durante e após o exercício; Chuva, pisos escorregadios ou aderentes. 9. Uma das principais causas de lesão é o planeamento do treino. Explica porquê. É muito frequente praticante de musculação se lesionarem porque realizam trabalhos em máquinas de musculação com posturas incorretas; Um bom aquecimento na fase inicial do treino; Cuidado na execução dos estiramentos, tanto no tipo como na duração do estiramento; Devem ser respeitados os princípios básicos do treino e não esquecer a fase de recuperação.
  • 41. 10. Completa as seguintes frases: 10.1. As lesões ocorrem ao nível do esqueleto, dos músculos e das articulações. 10.2. As principais estruturas dos músculos são os tendões e as bursas. 10.3. As bolsas sinoviais ajudam a reduzir o atrito entre os ossos, ou seja, na articulação. 10.4. Os ligamentos ligam os ossos entre si. 10.5. Os tendões unem os músculos aos ossos. 11. Articulações – luxação e entorse. Músculos – contratura, rotura, distensão, contusão e cãimbra. Ossos – fratura. 12.Completa as seguintes frases: 12.1 A tendinite é provocada pelo excesso de treino regular e prolongado sobre um tendão. 12.2 A rotura muscular ocorre quando há uma abertura de algumas fibras musculares e seguidamente, a formação de um edema. 12.3 A cãimbra é considerada uma lesão crónica. 12.4 Existe uma distensão quando ocorre um estiramento e/ou rompimento nas fibras musculares. 12.5 A lesão traumática por pancada ou golpe violento, sem corte, chama-se contusão. 12.6 Cãimbra é uma contracção exagerada e brusca do músculo, com dor intensa e prolongada, e com endurecimento do músculo.
  • 42. 12.7 As fraturas de fadiga acontecem devido ao aumento da carga de trabalho, e consequentemente ao treino intenso, ao calçado inadequado, ao terreno impróprio. 12.8 As cãimbras e as contraturas são das poucas lesões que não necessitam de tratamento RICE. 12.9 Dor localizada, mesmo em repouso, com impotência funcional, edema e calor é sinais e sintomas da bursite. 13. A-1-D B-5-C C-2-F D-3-B E-7-G F-4-E G-6-A
  • 43. Relatório Suporte Básico de Vida Objetivo do suporte básico de vida é fornecer oxigénio ao cérebro e ao coração até que o tratamento médico chegue para restabelecer o funcionamento respiratório. Os passos aprendidos no suporte básico de vida foram: 1º Passo – Temos que ver se a vítima está em segurança. 2º Passo – Ver se a vítima está inconsciente, bater-lhe nos ombros e perguntar “então, está a ouvir-me” se não responder, gritamos “ajuda vítima inconsciente para alguém que nos venha ajudar. 3º Passo – Tira-se a roupa da parte de cima e empurra-se o queixo da vítima para trás. 4º Passo – Iniciamos o “vos” que é ao contagem de 1 a 10 com o “e” entre os números. 5º Passo – Ligamos para os bombeiros, onde tem que dizer o seu nome, onde está, o género e mais ou menos a idade da vítima e por último dizer se a vítima respira ou não, se disser que não respira ao telefone vão lhe perguntar se sabe socorrer uma pessoa e se souber diz que sim e então inicia. 6º Passo – Fazer 30 vezes a massagem cardíaca no peito da vítima e fazer uma insuflação por segundo, até que ela reaja, quando reagir parasse o que está a fazer. 7º Passo – Iniciamos o “vos” novamente e se começar a respirar por si, põe-se a vítima em posição lateral de segurança.
  • 44. Relatório Hemorragias, Queimaduras e Fraturas Hemorragias É importante saber como é que aconteceu, para ver se existe vírus, para desinfetar tudo muito bem e aconselhável desinfetar com soro. Existe três tipos de hemorragias: Capilar – é uma hemorragia àquilo que nós chamamos “pisado” que é uma rotura no músculo. Venosa – é uma hemorragia em que o sangue é escuro e pode sair em grandes quantidades, se acontecer deve-se parar a hemorragias com compressas. Arterial – é uma hemorragia em que o sangue é vivo e pode sair em abundância e difícil de controlar. Queimaduras É importante não expor a queimadura. Existe três graus de queimaduras: 1º Grau – um vermelhão na pele deve-se colocar água não muito fria nem quente ou soro. 2º Grau – bolhas de água que não se deve rebentar e coloca-se também água não muito fria ou soro. 3º Grau – não tem dor porque a derme e epiderme rompem e coloca-se também água não muito fria nem quente ou soro. Fraturas Imobilizar o membro fraturado com forme está e depois de imobilizá-lo verificar o pulso distal.