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Motor de Passo
Cap´
   ıtulo 1

O que ´ o motor de passo?
      e

1.1     Breve apresenta¸˜o
                       ca
Os Motores de Passo s˜o dispositivos eletro-mecˆnicos que convertem pulsos el´tricos em
                       a                         a                             e
movimentos mecˆnicos que geram varia¸˜es angulares discretas. O rotor ou eixo de um
                  a                     co
motor de passo ´ rotacionado em pequenos incrementos angulares, denominados “passos”,
                e
quando pulsos el´tricos s˜o aplicados em uma determinada seq¨ˆncia nos terminais deste.
                 e       a                                    ue
A rota¸˜o de tais motores ´ diretamente relacionada aos impulsos el´tricos que s˜o recebi-
      ca                   e                                       e            a
dos, bem como a seq¨ˆncia a qual tais pulsos s˜o aplicados reflete diretamente na dire¸˜o
                     ue                        a                                      ca
a qual o motor gira. A velocidade que o rotor gira ´ dada pela frequˆncia de pulsos re-
                                                    e                 e
cebidos e o tamanho do ˆngulo rotacionado ´ diretamente relacionado com o n´mero de
                         a                   e                                  u
pulsos aplicados.


1.2     Onde ele ´ empregado
                 e
Um motor de passo pode ser uma boa escolha sempre que movimentos precisos s˜o neces-
                                                                                 a
s´rios. Eles podem ser usados em aplica¸˜es onde ´ necess´rio controlar v´rios fatores tais
 a                                      co        e       a              a
como: ˆngulo de rota¸˜o, velocidade, posi¸˜o e sincronismo. O ponto forte de um motor
        a             ca                   ca
de passo n˜o ´ a sua for¸a (torque), tampouco sua capacidade de desenvolver altas veloci-
           a e           c
dades - ao contr´rio da maioria dos outros motores el´tricos - mas sim a possibilidade de
                 a                                    e
controlar seus movimentos de forma precisa. Por conta disso este ´ amplamente usado em
                                                                 e
impressoras, scanners, robˆs, cˆmeras de v´
                            o a             ıdeo, brinquedos, automa¸˜o industrial entre
                                                                     ca
outros dispositivos eletrˆnicos que requerem de precis˜o.
                         o                            a




                                            3
Cap´
   ıtulo 2

Como funciona?

2.1     Motor de passo: Princ´
                             ıpios B´sicos
                                    a
2.1.1    Um exemplo de funcionamento: Motor de quatro passos
O funcionamento b´sico do motor de passo ´ dado pelo uso de solen´ides alinhados dois a
                    a                      e                      o
dois que quando energizados atraem o rotor fazendo-o se alinhar com o eixo determinado
pelos solen´ides, causando assim uma pequena varia¸˜o de ˆngulo que ´ chamada de passo.
           o                                       ca     a         e
A velocidade e o sentido de movimento s˜o determinados pela forma como cada solen´ide
                                        a                                          o
´ ativado (sua ordem e a velocidade entre cada ativa¸˜o).
e                                                   ca

2.1.2    Determina¸˜o do n´ mero de passos
                  ca      u
O n´mero de passos ´ dado pelo n´mero de alinhamentos poss´
   u                e            u                             ıveis entre o rotor e as
bobinas. Ou seja, para aumentar o n´mero de passos de um motor usa-se um maior
                                    u
n´mero de bobinas, maior n´mero de p´los no rotor (para isso usa-se uma roda dentada).
 u                        u         o

2.1.3    Passos completos e meio-passos (full-step e half-step)
A energiza¸˜o de uma e somente uma bobina de cada vez produz um pequeno desloca-
           ca
mento no rotor. Este deslocamento ocorre simplesmente pelo fato de o rotor ser magne-
ticamente ativo e a energiza¸˜o das bobinas criar um campo magn´tico intenso que atua
                            ca                                   e
no sentido de se alinhar com os dentes do rotor. Assim, polarizando de forma adequada
as bobinas, podemos movimentar o rotor entre as bobinas (meio passo ou “half-step”) ou
alinhadas com as mesmas (passo completo ou “full-step”). Abaixo seguem os movimentos
executados.




                                          5
Cap´
   ıtulo 2. Como funciona?                                           2.2. Tipos que existem:




          (a) Motor Unipolar de passo inteiro                 (b) Motor Bipolar de passo inteiro




           (c) Motor unipolar de meio passo                   (d) Motor Bipolar de meio passo




2.2     Tipos que existem:
2.2.1    Quanto a sua estrutura:
   • Relutˆncia Vari´vel
          a         a
      Este tipo de motor consiste de um rotor de ferro, com m´ltiplos dentes e um estator
                                                               u
      com enrolamentos. Quando os enrolamentos do estator s˜o energizados com corrente
                                                              a
      DC os p´los ficam magnetizados. A rota¸˜o ocorre quando os dentes do estator s˜o
               o                                ca                                     a
      atra´ıdos para os p´los do estator energizado, devido ` for¸a que aparece, para que
                         o                                  a    c
      o sistema tenha o circuito com menor relutˆncia.
                                                   a




                          Figura 2.1: Motor de relutˆncia vari´vel
                                                    a         a
Cap´
   ıtulo 2. Como funciona?                                        2.2. Tipos que existem:


   • ´ a Permanente
     Im˜
     Motores de ´ a permanente tem baixo custo e baixa resolu¸˜o, com passos t´
                 ım˜                                           ca                 ıpicos
            o     o
     de 7, 5 a 15 (48 - 24 passos/revolu¸˜o). O rotor ´ constru´ com ´ as perma-
                                          ca           e         ıdo     ım˜
     nentes e n˜o possui dentes. Os p´los magnetizados do rotor prov´m uma maior
               a                        o                              e
     intensidade de fluxo magn´tico e por isto o motor de ´ a permanente exibe uma
                                e                         ım˜
     melhor caracter´
                    ıstica de torque, quando comparado ao de relutˆncia vari´vel.
                                                                   a        a




                         Figura 2.2: Motor de ´ a permanente
                                              ım˜


   • H´
      ıbrido
     O motor de passo h´   ıbrido ´ mais caro do que o de ´ a permanente, mas prov´m
                                  e                            ım˜                        e
                                          a       ca                                ˆ
     melhor desempenho com respeito ` resolu¸˜o de passo, torque e velocidade. Angulos
     de passo t´ıpico de motores h´   ıbridos est˜o entre 3, 6o a 0, 9o ( 100-400 passos por
                                                 a
     volta). O motor h´  ıbrido combina as melhores caracter´    ısticas dos motores de ´ a
                                                                                         ım˜
     permanente e motor de relutˆncia vari´vel. O rotor ´ multi-dentado como no motor
                                    a          a             e
     de relutˆncia vari´vel e contem um ´ a permanente ao redor do seu eixo. Os dentes
             a         a                    ım˜
     do rotor prov´m um melhor caminho que ajuda a guiar o fluxo magn´tico para locais
                   e                                                         e
     preferidos no GAP de ar.




                               Figura 2.3: Motor H´
                                                  ıbrido


2.2.2    Quanto a sua forma de opera¸˜o
                                    ca
   • Motores Unipolares
     Um motor de passo unipolar tem dois enrolamentos por fase, um para cada sentido
     da corrente. Desde que neste arranjo um p´lo magn´tico possa ser invertido sem
                                                   o       e
     comutar o sentido da corrente, o circuito da comuta¸˜o pode ser feito de forma muito
                                                        ca
     simples (por exemplo um unico transistor) para cada enrolamento. Tipicamente,
                                ´
Cap´
   ıtulo 2. Como funciona?                                        2.2. Tipos que existem:


     dado uma fase, um terminal de cada enrolamento ´ feito como terra : dando trˆs
                                                           e                              e
     liga¸˜es por fase e seis liga¸˜es para um motor bif´sico t´
         co                        co                   a       ıpico. Frequentemente, estas
     terras comuns bif´sicas s˜o juntadas internamente, assim o motor tem somente cinco
                       a         a
     liga¸˜es.
         co
     A resistˆncia entre o fio comum e o fio de excita¸˜o da bobina ´ sempre metade
              e                                           ca               e
     do que entre os fios de excita¸˜o da bobina. Isto ´, devido ao fato de que h´
                                        ca                    e                            a
     realmente duas vezes o comprimento da bobina entre as extremidades e somente
     meio comprimento do centro (o fio comum) ` extremidade. Os motores de passo
                                                    a
     unipolares com seis ou oito fios podem ser conduzidos usando excitadores bipolares
     deixando as terras comuns da fase desconectadas, e conduzindo os dois enrolamentos
                           ´
     de cada fase junto. E igualmente poss´ usar um excitador bipolar para conduzir
                                              ıvel
     somente um enrolamento de cada fase, deixando a metade dos enrolamentos n˜o          a
     utilizada.




                               Figura 2.4: Motor Unipolar


   • Motores Bipolares
     Os motores bipolares tˆm um unico enrolamento por fase. A corrente em um enrola-
                           e        ´
     mento precisa ser invertida a fim de inverter um p´lo magn´tico, assim o circuito de
                                                      o       e
     condu¸˜o ´ um pouco mais complicado, usando um arranjo de ponte H. H´ duas li-
           ca e                                                                a
     ga¸˜es por fase, nenhuma est´ em comum. Os efeitos de est´tica da fric¸˜o que usam
       co                         a                           a            ca
     uma ponte s˜o observadas em determinadas topologias de movimenta¸˜o. Como os
                  a                                                        ca
     enrolamentos s˜o melhor utilizados, s˜o mais poderosos do que um motor unipolar
                    a                      a
     do mesmo peso.




                               Figura 2.5: Motor Bipolar


   • Ponte H
     Ponte H ´ um circuito eletrˆnico que permite que um motor rode tanto para um
              e                    o
     sentido quanto para o outro. Estes circuitos s˜o geralmente utilizados em rob´tica e
                                                   a                              o
     est˜o dispon´
        a         ıveis em circuitos prontos ou podem ser constru´ıdos por componentes.
     O nome ponte H ´ dado pela forma que assume o circuito quando montado. O ciruito
                       e
     ´ constru´ com quatro “chaves” ( S1-S4 ) que s˜o acionadas de forma alternada
     e        ıdo                                       a
Cap´
   ıtulo 2. Como funciona?                                        2.2. Tipos que existem:


     ( S1 e S4 ou S2 e S3). Para cada configura¸˜o das chaves o motor gira em um
                                                      ca
     sentido. As chaves S1 e S2 assim como as chaves S3 e S4 n˜o podem ser ligadas
                                                                       a
     ao mesmo tempo pois podem gerar um curto circuito. Para constru¸˜o da ponte H
                                                                             ca
     pode ser utilizado qualquer tipo de componente que simule uma chave liga-desliga
     como transistores, rel´s, mosfets. Para que o circuito fique protegido, ´ aconselh´vel
                           e                                                  e          a
     que sejam configuradas portas l´gicas com componentes 7408 e 7406 a fim de que
                                        o
     nunca ocorram as situa¸˜es de curto circuito descritas acima. Outro melhoramento
                             co
     que pode ser feito ` ponte , seria a coloca¸˜o de diodos entre as “chaves”, pois quando
                        a                       ca
     a corrente n˜o tem onde circular, no caso de o motor parar, ela volta para a fonte de
                 a
     alimenta¸˜o economizando assim o gasto de energia de uma bateria por exemplo.
              ca




                         Figura 2.6: Exemplo de uma Ponte H


   • Como identificar o n´ mero de fios (terminais)
                        u
        Motor             Liga¸˜o
                              ca
        4 Fios            Bipolar
        5 Fios            Unipolar
        6 Fios     Unipolar/Bipolar(s´rie)
                                      e
        7 Fios Unipolar/Bipolar(s´rie/paralelo)
                                 e

2.2.3     Breve descri¸˜o de como ´ feito seu controle
                      ca          e
A forma com que o motor ir´ operar depender´ bastante do que se deseja controlar.
                                a                  a
H´ casos em que o torque ´ mais importante, outros a precis˜o ou a velocidade. Essas
  a                          e                                 a
s˜o caracter´
 a           ısticas gerais dos motores de passos. Ao trabalhar com motores de passos,
precisamos saber algumas caracter´ ısticas de funcionamento como a tens˜o de alimenta¸˜o,
                                                                       a              ca
a m´xima corrente el´trica suportada nas bobinas, o grau de precis˜o. As caracter´
    a                  e                                            a              ısticas
mais importantes que devemos ter aten¸˜o para controlar um motor de passo s˜o a tens˜o
                                         ca                                   a         a
de alimenta¸˜o e a corrente el´trica que suas bobinas suportam.
            ca                  e
Cap´
   ıtulo 2. Como funciona?                                    2.2. Tipos que existem:


   Seq¨ˆncias corretas para se controlar um motor de passo:
      ue

                       • Passo completo 1 (Full Step)
                       o
                      N do passo B3 B2 B1 B0 Decimal
                          1      1   0    0   0       8
                          2      0   1    0   0       4
                          3      0   0    1   0       2
                          4      0   0    0   1       1



                       • Passo Completo 2 (Full Step)
                       o
                      N do passo B3 B2 B1 B0 Decimal
                          1      1   1   0    0     12
                          2      0   1   1    0      6
                          3      0   0   1    1      3
                          4      1   0   0    1      9



                          • Meio Passo (Half Step)
                       o
                      N do passo B3 B2 B1 B0 Decimal
                          1      1   0   0    0     8
                          2      1   1   0    0    12
                          3      0   1   0    0     4
                          4      0   1   1    0     6
                          5      0   0   1    0     2
                          6      0   0   1    1     3
                          7      0   0   0    1     1
                          8      1   0   0    1     9
Cap´
   ıtulo 3

Apresenta¸˜o mais espec´
         ca            ıfica

Segue uma apresenta¸˜o mais espec´
                   ca            ıfica das caracter´
                                                  ısticas de motores de passo.


3.1     Pontos fortes
Os motores de passo possuem como vantagem em rela¸˜o aos outros tipos de motores
                                                 ca
dispon´
      ıveis os seguintes pontos:

   • Seguem uma l´gica digital:
                 o
      Diz-se que o motor de passo segue uma l´gica digital, pois seu acionamento ´ feito
                                                o                                  e
      atrav´s de pulsos el´tricos que ativam sequencialmente suas bobinas, fazendo o rotor
            e             e
      se alinhar com as mesmas e assim provocando um deslocamento do mesmo.

   • Alta precis˜o em seu posicionamento:
                a
      O posicionamento do motor de passo ´ preciso uma vez que o rotor sempre se
                                           e
      movimentar´ em ˆngulos bem determinados, chamados “passos” cujo erro de posi-
                 a    a
      cionamento ´ pequeno e n˜o-cumulativo (em geral 5% ).
                 e            a

   • Precis˜o no torque aplicado:
           a
      As varia¸˜es no torque aplicado por um motor de passo s˜o pequenas, tendo em
               co                                            a
      vista seu funcionamento.

   • Excelente resposta a acelera¸˜o e desacelera¸˜o:
                                 ca              ca
      O movimento que um motor de passo produz ´ resultado das ativa¸˜es em seq¨ˆncia
                                                  e                   co          ue
      de suas bobinas. A resposta para tais solicita¸˜es de acelera¸˜o e desacelera¸˜o ´
                                                    co             ca              ca e
      r´pida pois o rotor se alinha rapidamente com a(s) bobina(s) que se encontra(m)
       a
      energizada(s).




                                           11
Cap´
   ıtulo 3. Apresenta¸˜o mais espec´fica
                     ca            ı                                                                         3.2. Pontos fracos


3.2          Pontos fracos
Em rela¸˜o com outros tipos de motores podemos destacar os seguintes fatos como des-
       ca
vantagens no uso de motores de passo:

     • Baixo desempenho em altas velocidades:
         O aumento de rota¸˜es no motor de passo (sua acelera¸˜o) ´ gerado pela varia¸˜o
                           co                                  ca e                  ca
         no tempo entre o acionamento de uma bobina e a seguinte. Entretanto ´ necess´rio
                                                                              e      a
         um r´pido chaveamento de um solen´ide energizado para outro de forma que tal
              a                              o
         velocidade seja mantida, o que muitas vezes ´ complexo e pouco eficiente.
                                                     e

     • Requer certo grau de complexidade para ser operado:
         Pelo fato de usar uma l´gica digital n˜o basta apenas ligar o motor de passo a uma
                                 o             a
         fonte de energia que o mesmo come¸ar´ a girar sem parar. Sua complexidade reside
                                             c a
         no fato de ser necess´rio um aparato para control´-lo ativando sequencialmente seus
                              a                           a
         solen´ides. O “custo computacional” e a complexidade do dispositivo de controle
              o
         cresce a medida que o n´mero de passos aumenta, uma vez que mais passos requerem
                                 u
         um maior o n´mero de terminais(fios) a serem ativados e controlados.
                       u

     • Ocorrˆncia de ressonˆncia por controle inadequado:
            e              a
         Como todos os objetos que existem, o motor de passo tamb´m tem uma frequˆncia
                                                                   e                e
         de ressonˆncia. Caso as revolu¸˜es do mesmo se deˆm nesta frequˆncia, este pode
                  a                     co                  e           e
         come¸ar a oscilar, aquecer e perder passos. Este problema pode ser contornado
              c
         mudando-se o modo de opera¸˜o do motor: utilizando-se meio-passo ou o passo-
                                       ca
         completo (“full-step”) com as bobinas energizadas duas a duas.


3.3          Pequena tabela de compara¸˜o com outros tipos
                                      ca
             de motores
                                          Motor de Corrente Continua Motor de Passo                                    Servo-Motor
                   1
 Velocidade                               Alta                       Baixa                                             M´dia
                                                                                                                         e
 Torque 2                                 Zero/Alto                  Alto/M´dio
                                                                            e                                          Baixo/Alto
 Facilidade de controle 3                 F´cil
                                           a                         M´dia
                                                                       e                                               Complexo
 Precis˜o 4
        a                                 Nenhuma                    Alta                                              Muito Alta
 Durabilidade 5                           M´dia
                                            e                        ´
                                                                     Otima                                             M´dia
                                                                                                                         e
 Requer Manuten¸˜o? 6
                  ca                      Sim                        N˜o
                                                                       a                                               Sim
      1- Motores de Passo perdem passos em altas velocidades, j´ Servos Motores conseguem altas rota¸˜es por usarem para movimentar-se da
                                                                 a                                    co
mesma forma que os Motores de Corrente cont´     ınua.
      2- Motores de Corrente cont´  ınua e Servo-Motores n˜o conseguem se manter em uma posi¸˜o fixa estando ligados, apenas o Motor de
                                                           a                                     ca
Passo tem esta caracter´ıstica.Entretanto ´ possivel usar Servo-motores para tal fim, entretanto ´ necess´rio fazer com que este ”corrija”sua
                                            e                                                     e      a
posi¸˜o na tentativa de manter-se parado o que ´ pouco pr´tico uma vez que seu torque a baixas velocidades ´ pequeno.
    ca                                             e        a                                                 e
      3- Motores de Corrente cont´
                                 ınua apenas precisam ser ligados para come¸ar a funcionar, motores de passo requerem pulsos em determinada
                                                                             c
ordem para se movimentar, o que requer um ”driver”para o mesmo. Servo motores no entanto requerem um hardware mais complexo que
analise os dados como posicionamento e velocidade e envie as instru¸˜es de forma que o motor ”mova”para a posi¸˜o requisitada.
                                                                      co                                          ca
      4- Motores de Corrente Cont´ ınua n˜o possuem nenhum controle de posicionamento; os Motores de Passo podem ser controlados de forma
                                          a
a fazer movimentos discretos (passos); Servo-Motores podem fazer movimentos mais suaves que Motores de Passo (possuem maior resolu¸˜o),ca
bem como ´ possivel fazer um controle de posicionamento com o mesmo.
           e
      5- Motores de passo s˜o extremamente dur´veis uma vez que n˜o usa escovas ao contr´rio de Motores de Corrente Cont´
                            a                      a                   a                      a                               ınua ou Servo-
Motores (que ´ um Motor de Corrente Cont´
              e                               ınua com controle de posicionamento). Este ultimo ainda pode ter problemas com o aparato ´tico
                                                                                         ´                                             o
que faz o controle do posicionamento (encoder).
Cap´
   ıtulo 3. Apresenta¸˜o mais espec´
                     ca            ıfica                     3.4. Exemplos de aplica¸˜o
                                                                                   ca


3.4     Exemplos de aplica¸˜o
                          ca
A seguir uma breve apresenta¸˜o de aplica¸˜es recomendada e n˜o recomendada.
                            ca           co                  a

   • Aplica¸˜o Recomendada O motor de passo ´ recomendado no uso em equipa-
             ca                                     e
     mentos que exigem um posicionamento preciso de erro pequeno e n˜o cumulativo.
                                                                     a
     Podemos citar tais exemplos como scanners, impressoras, bem como certos disposi-
     tivos rob´ticos que n˜o requerem “retorno” do posicionamento.
              o           a
      Tamb´m podemos citar exemplos que requerem r´pida acelera¸˜o e desacelera¸˜o,
            e                                           a           ca              ca
      mais uma vez inferindo aos motores de impressoras e dispositivos rob´ticos que
                                                                             o
      efetuam movimentos r´pidos e precisos, tais quais um motor de passo pode oferecer.
                          a

   • Aplica¸˜o N˜o-Recomendada O motor de passo n˜o ´ recomendado em casos
            ca     a                                       a e
     em que o dispositivo trabalhe em altas velocidades uma vez que devido a in´rcia do
                                                                               e
     rotor as bobinas podem n˜o ser capazes de atrair o mesmo para uma determinada
                               a
     posi¸˜o fazendo com o que o motor “perca passos”.
         ca
      Tamb´m n˜o se recomenda o uso do motor de passo em aplica¸˜es que exigem um
           e    a                                                co
      torque grande uma vez que o torque do motor ´ dado pela atra¸˜o entre o rotor e
                                                     e            ca
      a bobina energizada. Uma vez que a carga exceda a for¸a desta intera¸˜o entre a
                                                               c          ca
      bobina e rotor o motor perder´ passos e sair´ de controle.
                                   a              a
Referˆncias Bibliogr´ficas
     e              a

[1] O que s˜o Motores de Passo ,
            a
    http://www.geocities.com/CollegePark/Dorm/8863/motordepasso.htm

[2] Estudo do Motor de Passo e seu Controle Digital ,
    http://www2.eletronica.org/artigos/outros/estudo-do-motor-de-passo-e-seu-controle-
    digital

[3] Motor de Passo Controlado por Computador ,
    http://www2.eletronica.org/projetos/motor-de-passo-controlado-pelo-computador

[4] Curso On-LineC/C++/Porta Paralela ,
    http://www.rogercom.com/pparalela/IntroMotorPasso.htm

[5] Mecˆtronica ,
        a
    http://www.ime.eb.br/ pinho/micro/trabalhos/Mecatronica TP1.pdf

[6] Tutorial Motor de Passo ,
    http://www.maxwellbohr.com.br/downloads/Tutorial%20Programacao%20-
    %20Motor%20de%20Passo.pdf

[7] Motor de Passo ,
    http://pessoal.cefetpr.br/brero/sist micro/aula motor passo/motor%20de%20passo 10.pdf

[8] Servo vs. stepper motor ,
    http://www.woodweb.com/knowledge base/Servo vs stepper motors.html




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  • 2. Cap´ ıtulo 1 O que ´ o motor de passo? e 1.1 Breve apresenta¸˜o ca Os Motores de Passo s˜o dispositivos eletro-mecˆnicos que convertem pulsos el´tricos em a a e movimentos mecˆnicos que geram varia¸˜es angulares discretas. O rotor ou eixo de um a co motor de passo ´ rotacionado em pequenos incrementos angulares, denominados “passos”, e quando pulsos el´tricos s˜o aplicados em uma determinada seq¨ˆncia nos terminais deste. e a ue A rota¸˜o de tais motores ´ diretamente relacionada aos impulsos el´tricos que s˜o recebi- ca e e a dos, bem como a seq¨ˆncia a qual tais pulsos s˜o aplicados reflete diretamente na dire¸˜o ue a ca a qual o motor gira. A velocidade que o rotor gira ´ dada pela frequˆncia de pulsos re- e e cebidos e o tamanho do ˆngulo rotacionado ´ diretamente relacionado com o n´mero de a e u pulsos aplicados. 1.2 Onde ele ´ empregado e Um motor de passo pode ser uma boa escolha sempre que movimentos precisos s˜o neces- a s´rios. Eles podem ser usados em aplica¸˜es onde ´ necess´rio controlar v´rios fatores tais a co e a a como: ˆngulo de rota¸˜o, velocidade, posi¸˜o e sincronismo. O ponto forte de um motor a ca ca de passo n˜o ´ a sua for¸a (torque), tampouco sua capacidade de desenvolver altas veloci- a e c dades - ao contr´rio da maioria dos outros motores el´tricos - mas sim a possibilidade de a e controlar seus movimentos de forma precisa. Por conta disso este ´ amplamente usado em e impressoras, scanners, robˆs, cˆmeras de v´ o a ıdeo, brinquedos, automa¸˜o industrial entre ca outros dispositivos eletrˆnicos que requerem de precis˜o. o a 3
  • 3. Cap´ ıtulo 2 Como funciona? 2.1 Motor de passo: Princ´ ıpios B´sicos a 2.1.1 Um exemplo de funcionamento: Motor de quatro passos O funcionamento b´sico do motor de passo ´ dado pelo uso de solen´ides alinhados dois a a e o dois que quando energizados atraem o rotor fazendo-o se alinhar com o eixo determinado pelos solen´ides, causando assim uma pequena varia¸˜o de ˆngulo que ´ chamada de passo. o ca a e A velocidade e o sentido de movimento s˜o determinados pela forma como cada solen´ide a o ´ ativado (sua ordem e a velocidade entre cada ativa¸˜o). e ca 2.1.2 Determina¸˜o do n´ mero de passos ca u O n´mero de passos ´ dado pelo n´mero de alinhamentos poss´ u e u ıveis entre o rotor e as bobinas. Ou seja, para aumentar o n´mero de passos de um motor usa-se um maior u n´mero de bobinas, maior n´mero de p´los no rotor (para isso usa-se uma roda dentada). u u o 2.1.3 Passos completos e meio-passos (full-step e half-step) A energiza¸˜o de uma e somente uma bobina de cada vez produz um pequeno desloca- ca mento no rotor. Este deslocamento ocorre simplesmente pelo fato de o rotor ser magne- ticamente ativo e a energiza¸˜o das bobinas criar um campo magn´tico intenso que atua ca e no sentido de se alinhar com os dentes do rotor. Assim, polarizando de forma adequada as bobinas, podemos movimentar o rotor entre as bobinas (meio passo ou “half-step”) ou alinhadas com as mesmas (passo completo ou “full-step”). Abaixo seguem os movimentos executados. 5
  • 4. Cap´ ıtulo 2. Como funciona? 2.2. Tipos que existem: (a) Motor Unipolar de passo inteiro (b) Motor Bipolar de passo inteiro (c) Motor unipolar de meio passo (d) Motor Bipolar de meio passo 2.2 Tipos que existem: 2.2.1 Quanto a sua estrutura: • Relutˆncia Vari´vel a a Este tipo de motor consiste de um rotor de ferro, com m´ltiplos dentes e um estator u com enrolamentos. Quando os enrolamentos do estator s˜o energizados com corrente a DC os p´los ficam magnetizados. A rota¸˜o ocorre quando os dentes do estator s˜o o ca a atra´ıdos para os p´los do estator energizado, devido ` for¸a que aparece, para que o a c o sistema tenha o circuito com menor relutˆncia. a Figura 2.1: Motor de relutˆncia vari´vel a a
  • 5. Cap´ ıtulo 2. Como funciona? 2.2. Tipos que existem: • ´ a Permanente Im˜ Motores de ´ a permanente tem baixo custo e baixa resolu¸˜o, com passos t´ ım˜ ca ıpicos o o de 7, 5 a 15 (48 - 24 passos/revolu¸˜o). O rotor ´ constru´ com ´ as perma- ca e ıdo ım˜ nentes e n˜o possui dentes. Os p´los magnetizados do rotor prov´m uma maior a o e intensidade de fluxo magn´tico e por isto o motor de ´ a permanente exibe uma e ım˜ melhor caracter´ ıstica de torque, quando comparado ao de relutˆncia vari´vel. a a Figura 2.2: Motor de ´ a permanente ım˜ • H´ ıbrido O motor de passo h´ ıbrido ´ mais caro do que o de ´ a permanente, mas prov´m e ım˜ e a ca ˆ melhor desempenho com respeito ` resolu¸˜o de passo, torque e velocidade. Angulos de passo t´ıpico de motores h´ ıbridos est˜o entre 3, 6o a 0, 9o ( 100-400 passos por a volta). O motor h´ ıbrido combina as melhores caracter´ ısticas dos motores de ´ a ım˜ permanente e motor de relutˆncia vari´vel. O rotor ´ multi-dentado como no motor a a e de relutˆncia vari´vel e contem um ´ a permanente ao redor do seu eixo. Os dentes a a ım˜ do rotor prov´m um melhor caminho que ajuda a guiar o fluxo magn´tico para locais e e preferidos no GAP de ar. Figura 2.3: Motor H´ ıbrido 2.2.2 Quanto a sua forma de opera¸˜o ca • Motores Unipolares Um motor de passo unipolar tem dois enrolamentos por fase, um para cada sentido da corrente. Desde que neste arranjo um p´lo magn´tico possa ser invertido sem o e comutar o sentido da corrente, o circuito da comuta¸˜o pode ser feito de forma muito ca simples (por exemplo um unico transistor) para cada enrolamento. Tipicamente, ´
  • 6. Cap´ ıtulo 2. Como funciona? 2.2. Tipos que existem: dado uma fase, um terminal de cada enrolamento ´ feito como terra : dando trˆs e e liga¸˜es por fase e seis liga¸˜es para um motor bif´sico t´ co co a ıpico. Frequentemente, estas terras comuns bif´sicas s˜o juntadas internamente, assim o motor tem somente cinco a a liga¸˜es. co A resistˆncia entre o fio comum e o fio de excita¸˜o da bobina ´ sempre metade e ca e do que entre os fios de excita¸˜o da bobina. Isto ´, devido ao fato de que h´ ca e a realmente duas vezes o comprimento da bobina entre as extremidades e somente meio comprimento do centro (o fio comum) ` extremidade. Os motores de passo a unipolares com seis ou oito fios podem ser conduzidos usando excitadores bipolares deixando as terras comuns da fase desconectadas, e conduzindo os dois enrolamentos ´ de cada fase junto. E igualmente poss´ usar um excitador bipolar para conduzir ıvel somente um enrolamento de cada fase, deixando a metade dos enrolamentos n˜o a utilizada. Figura 2.4: Motor Unipolar • Motores Bipolares Os motores bipolares tˆm um unico enrolamento por fase. A corrente em um enrola- e ´ mento precisa ser invertida a fim de inverter um p´lo magn´tico, assim o circuito de o e condu¸˜o ´ um pouco mais complicado, usando um arranjo de ponte H. H´ duas li- ca e a ga¸˜es por fase, nenhuma est´ em comum. Os efeitos de est´tica da fric¸˜o que usam co a a ca uma ponte s˜o observadas em determinadas topologias de movimenta¸˜o. Como os a ca enrolamentos s˜o melhor utilizados, s˜o mais poderosos do que um motor unipolar a a do mesmo peso. Figura 2.5: Motor Bipolar • Ponte H Ponte H ´ um circuito eletrˆnico que permite que um motor rode tanto para um e o sentido quanto para o outro. Estes circuitos s˜o geralmente utilizados em rob´tica e a o est˜o dispon´ a ıveis em circuitos prontos ou podem ser constru´ıdos por componentes. O nome ponte H ´ dado pela forma que assume o circuito quando montado. O ciruito e ´ constru´ com quatro “chaves” ( S1-S4 ) que s˜o acionadas de forma alternada e ıdo a
  • 7. Cap´ ıtulo 2. Como funciona? 2.2. Tipos que existem: ( S1 e S4 ou S2 e S3). Para cada configura¸˜o das chaves o motor gira em um ca sentido. As chaves S1 e S2 assim como as chaves S3 e S4 n˜o podem ser ligadas a ao mesmo tempo pois podem gerar um curto circuito. Para constru¸˜o da ponte H ca pode ser utilizado qualquer tipo de componente que simule uma chave liga-desliga como transistores, rel´s, mosfets. Para que o circuito fique protegido, ´ aconselh´vel e e a que sejam configuradas portas l´gicas com componentes 7408 e 7406 a fim de que o nunca ocorram as situa¸˜es de curto circuito descritas acima. Outro melhoramento co que pode ser feito ` ponte , seria a coloca¸˜o de diodos entre as “chaves”, pois quando a ca a corrente n˜o tem onde circular, no caso de o motor parar, ela volta para a fonte de a alimenta¸˜o economizando assim o gasto de energia de uma bateria por exemplo. ca Figura 2.6: Exemplo de uma Ponte H • Como identificar o n´ mero de fios (terminais) u Motor Liga¸˜o ca 4 Fios Bipolar 5 Fios Unipolar 6 Fios Unipolar/Bipolar(s´rie) e 7 Fios Unipolar/Bipolar(s´rie/paralelo) e 2.2.3 Breve descri¸˜o de como ´ feito seu controle ca e A forma com que o motor ir´ operar depender´ bastante do que se deseja controlar. a a H´ casos em que o torque ´ mais importante, outros a precis˜o ou a velocidade. Essas a e a s˜o caracter´ a ısticas gerais dos motores de passos. Ao trabalhar com motores de passos, precisamos saber algumas caracter´ ısticas de funcionamento como a tens˜o de alimenta¸˜o, a ca a m´xima corrente el´trica suportada nas bobinas, o grau de precis˜o. As caracter´ a e a ısticas mais importantes que devemos ter aten¸˜o para controlar um motor de passo s˜o a tens˜o ca a a de alimenta¸˜o e a corrente el´trica que suas bobinas suportam. ca e
  • 8. Cap´ ıtulo 2. Como funciona? 2.2. Tipos que existem: Seq¨ˆncias corretas para se controlar um motor de passo: ue • Passo completo 1 (Full Step) o N do passo B3 B2 B1 B0 Decimal 1 1 0 0 0 8 2 0 1 0 0 4 3 0 0 1 0 2 4 0 0 0 1 1 • Passo Completo 2 (Full Step) o N do passo B3 B2 B1 B0 Decimal 1 1 1 0 0 12 2 0 1 1 0 6 3 0 0 1 1 3 4 1 0 0 1 9 • Meio Passo (Half Step) o N do passo B3 B2 B1 B0 Decimal 1 1 0 0 0 8 2 1 1 0 0 12 3 0 1 0 0 4 4 0 1 1 0 6 5 0 0 1 0 2 6 0 0 1 1 3 7 0 0 0 1 1 8 1 0 0 1 9
  • 9. Cap´ ıtulo 3 Apresenta¸˜o mais espec´ ca ıfica Segue uma apresenta¸˜o mais espec´ ca ıfica das caracter´ ısticas de motores de passo. 3.1 Pontos fortes Os motores de passo possuem como vantagem em rela¸˜o aos outros tipos de motores ca dispon´ ıveis os seguintes pontos: • Seguem uma l´gica digital: o Diz-se que o motor de passo segue uma l´gica digital, pois seu acionamento ´ feito o e atrav´s de pulsos el´tricos que ativam sequencialmente suas bobinas, fazendo o rotor e e se alinhar com as mesmas e assim provocando um deslocamento do mesmo. • Alta precis˜o em seu posicionamento: a O posicionamento do motor de passo ´ preciso uma vez que o rotor sempre se e movimentar´ em ˆngulos bem determinados, chamados “passos” cujo erro de posi- a a cionamento ´ pequeno e n˜o-cumulativo (em geral 5% ). e a • Precis˜o no torque aplicado: a As varia¸˜es no torque aplicado por um motor de passo s˜o pequenas, tendo em co a vista seu funcionamento. • Excelente resposta a acelera¸˜o e desacelera¸˜o: ca ca O movimento que um motor de passo produz ´ resultado das ativa¸˜es em seq¨ˆncia e co ue de suas bobinas. A resposta para tais solicita¸˜es de acelera¸˜o e desacelera¸˜o ´ co ca ca e r´pida pois o rotor se alinha rapidamente com a(s) bobina(s) que se encontra(m) a energizada(s). 11
  • 10. Cap´ ıtulo 3. Apresenta¸˜o mais espec´fica ca ı 3.2. Pontos fracos 3.2 Pontos fracos Em rela¸˜o com outros tipos de motores podemos destacar os seguintes fatos como des- ca vantagens no uso de motores de passo: • Baixo desempenho em altas velocidades: O aumento de rota¸˜es no motor de passo (sua acelera¸˜o) ´ gerado pela varia¸˜o co ca e ca no tempo entre o acionamento de uma bobina e a seguinte. Entretanto ´ necess´rio e a um r´pido chaveamento de um solen´ide energizado para outro de forma que tal a o velocidade seja mantida, o que muitas vezes ´ complexo e pouco eficiente. e • Requer certo grau de complexidade para ser operado: Pelo fato de usar uma l´gica digital n˜o basta apenas ligar o motor de passo a uma o a fonte de energia que o mesmo come¸ar´ a girar sem parar. Sua complexidade reside c a no fato de ser necess´rio um aparato para control´-lo ativando sequencialmente seus a a solen´ides. O “custo computacional” e a complexidade do dispositivo de controle o cresce a medida que o n´mero de passos aumenta, uma vez que mais passos requerem u um maior o n´mero de terminais(fios) a serem ativados e controlados. u • Ocorrˆncia de ressonˆncia por controle inadequado: e a Como todos os objetos que existem, o motor de passo tamb´m tem uma frequˆncia e e de ressonˆncia. Caso as revolu¸˜es do mesmo se deˆm nesta frequˆncia, este pode a co e e come¸ar a oscilar, aquecer e perder passos. Este problema pode ser contornado c mudando-se o modo de opera¸˜o do motor: utilizando-se meio-passo ou o passo- ca completo (“full-step”) com as bobinas energizadas duas a duas. 3.3 Pequena tabela de compara¸˜o com outros tipos ca de motores Motor de Corrente Continua Motor de Passo Servo-Motor 1 Velocidade Alta Baixa M´dia e Torque 2 Zero/Alto Alto/M´dio e Baixo/Alto Facilidade de controle 3 F´cil a M´dia e Complexo Precis˜o 4 a Nenhuma Alta Muito Alta Durabilidade 5 M´dia e ´ Otima M´dia e Requer Manuten¸˜o? 6 ca Sim N˜o a Sim 1- Motores de Passo perdem passos em altas velocidades, j´ Servos Motores conseguem altas rota¸˜es por usarem para movimentar-se da a co mesma forma que os Motores de Corrente cont´ ınua. 2- Motores de Corrente cont´ ınua e Servo-Motores n˜o conseguem se manter em uma posi¸˜o fixa estando ligados, apenas o Motor de a ca Passo tem esta caracter´ıstica.Entretanto ´ possivel usar Servo-motores para tal fim, entretanto ´ necess´rio fazer com que este ”corrija”sua e e a posi¸˜o na tentativa de manter-se parado o que ´ pouco pr´tico uma vez que seu torque a baixas velocidades ´ pequeno. ca e a e 3- Motores de Corrente cont´ ınua apenas precisam ser ligados para come¸ar a funcionar, motores de passo requerem pulsos em determinada c ordem para se movimentar, o que requer um ”driver”para o mesmo. Servo motores no entanto requerem um hardware mais complexo que analise os dados como posicionamento e velocidade e envie as instru¸˜es de forma que o motor ”mova”para a posi¸˜o requisitada. co ca 4- Motores de Corrente Cont´ ınua n˜o possuem nenhum controle de posicionamento; os Motores de Passo podem ser controlados de forma a a fazer movimentos discretos (passos); Servo-Motores podem fazer movimentos mais suaves que Motores de Passo (possuem maior resolu¸˜o),ca bem como ´ possivel fazer um controle de posicionamento com o mesmo. e 5- Motores de passo s˜o extremamente dur´veis uma vez que n˜o usa escovas ao contr´rio de Motores de Corrente Cont´ a a a a ınua ou Servo- Motores (que ´ um Motor de Corrente Cont´ e ınua com controle de posicionamento). Este ultimo ainda pode ter problemas com o aparato ´tico ´ o que faz o controle do posicionamento (encoder).
  • 11. Cap´ ıtulo 3. Apresenta¸˜o mais espec´ ca ıfica 3.4. Exemplos de aplica¸˜o ca 3.4 Exemplos de aplica¸˜o ca A seguir uma breve apresenta¸˜o de aplica¸˜es recomendada e n˜o recomendada. ca co a • Aplica¸˜o Recomendada O motor de passo ´ recomendado no uso em equipa- ca e mentos que exigem um posicionamento preciso de erro pequeno e n˜o cumulativo. a Podemos citar tais exemplos como scanners, impressoras, bem como certos disposi- tivos rob´ticos que n˜o requerem “retorno” do posicionamento. o a Tamb´m podemos citar exemplos que requerem r´pida acelera¸˜o e desacelera¸˜o, e a ca ca mais uma vez inferindo aos motores de impressoras e dispositivos rob´ticos que o efetuam movimentos r´pidos e precisos, tais quais um motor de passo pode oferecer. a • Aplica¸˜o N˜o-Recomendada O motor de passo n˜o ´ recomendado em casos ca a a e em que o dispositivo trabalhe em altas velocidades uma vez que devido a in´rcia do e rotor as bobinas podem n˜o ser capazes de atrair o mesmo para uma determinada a posi¸˜o fazendo com o que o motor “perca passos”. ca Tamb´m n˜o se recomenda o uso do motor de passo em aplica¸˜es que exigem um e a co torque grande uma vez que o torque do motor ´ dado pela atra¸˜o entre o rotor e e ca a bobina energizada. Uma vez que a carga exceda a for¸a desta intera¸˜o entre a c ca bobina e rotor o motor perder´ passos e sair´ de controle. a a
  • 12. Referˆncias Bibliogr´ficas e a [1] O que s˜o Motores de Passo , a http://www.geocities.com/CollegePark/Dorm/8863/motordepasso.htm [2] Estudo do Motor de Passo e seu Controle Digital , http://www2.eletronica.org/artigos/outros/estudo-do-motor-de-passo-e-seu-controle- digital [3] Motor de Passo Controlado por Computador , http://www2.eletronica.org/projetos/motor-de-passo-controlado-pelo-computador [4] Curso On-LineC/C++/Porta Paralela , http://www.rogercom.com/pparalela/IntroMotorPasso.htm [5] Mecˆtronica , a http://www.ime.eb.br/ pinho/micro/trabalhos/Mecatronica TP1.pdf [6] Tutorial Motor de Passo , http://www.maxwellbohr.com.br/downloads/Tutorial%20Programacao%20- %20Motor%20de%20Passo.pdf [7] Motor de Passo , http://pessoal.cefetpr.br/brero/sist micro/aula motor passo/motor%20de%20passo 10.pdf [8] Servo vs. stepper motor , http://www.woodweb.com/knowledge base/Servo vs stepper motors.html 15