1. IPS – Escola Superior de Ciências Empresariais
Unidade Curricular: Macroeconomia
Ano Lectivo 2011/2012
Alemanha: Políticas
Macroeconómicas
Realizado por:
Dominique Reis
Nº. 100318051 GRH21
2. Macroecomnomia
Alemanha: Políticas Macroeconómicas
Índice
Introdução……………………………………………………………………………………………………………………..3
Principais Variáveis Macroeconómicas…………………………………………………………………………..4
Políticas Orçamental e Fiscal…………………………………………………………………………………………..8
Políticas Monetária e Cambial……………………………………………………………………………………….10
Conclusão……………………………………………………………………………………………………………………..12
Bibliografia……………………………………………………………………………………………………………………13
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Alemanha: Políticas Macroeconómicas
Introdução
O seguinte trabalho debruça-se sobre as Políticas Macroeconómicas da Alemanha,
descrevendo resumidamente cada uma delas, tendo em conta as grandes variáveis da
macroeconomia (PIB, moeda, Desemprego e Inlfação) e como se comportam dentro deste
mesmo país que tem vindo a destacar-se cada vez mais economicamente devido ao seu poder
de decisão na crise global que vivemos actualmente.
Tanto a Alemanha como Portugal estão integrados numa zona económica, que se
apresenta cada vez mais instável. Segundo Daniel Altman, in “A crise Mundial” ,diz que vivemos
hoje em dia: «Uma crise tripla: a crise do euro; a crise de economias “menos desenvolvidas e
competitivas”, como a grega, a italiana ou a portuguesa e, a crise da confiança nas políticas
macro-económicas tomadas por um líder alemão, que nem sempre consegue casar interesses
de políticas monetárias que agradem, literalmente, a gregos e a troianos, estes últimos, nesta
figuração, representando os seus parceiros “que crescem”.».
Assim sendo, pretende-se demonstrar como a Alemanha tem evoluído
macroeconomicamente desde a Queda do Muro de Berlim que unificou a Alemanha Ocidental e
Oriental. Isto através de pesquisa de dados estatísticos e históricos.
Em súmula, o objectivo será dar a conhecer um pouco mais como flui a macroeconomia
,num sentido mais lato, na Alemanha.
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Alemanha: Políticas Macroeconómicas
Principais Variáveis
Macroeconómicas
Antes de passar às políticas torna-se essencial descrever primeiramente as Grandes
variáveis macroeconómicas e a forma como se comportam no país alemão. São elas: o PIB, a
Inflação, a Moeda e o Desemprego. Estas variáveis contribuem para o equilíbrio conjuntural,
tratando-se de indicadores a curto prazo, como por exemplo a redução do desemprego e da
inlflação para o seu mínimo.
O PIB
O PIB, Produto Interno Bruto, é um dos indicadores mais requisitados pela
macroeconomia, representando a soma de todos os bens e serviços( em valores monetários)
finais produzidos numa determinada região, num determinado período de tempo. A Alemanha é
a maior economia da Europa, sendo a exportação de bens uma das maiores fontes da sua
riqueza. Tome-se por exemplo que, na Fortune 500 Global 2011, um ranking das maiores
empresas a nível mundial, 34 corporações alemãs fazem parte desta lista. Tais como:
Volkswagem, Siemens, BMW, Lufthansa, Allianz, entre outras. Assim sendo, o sector dos
serviços contribui com 70% do PIB, seguido da indústria com 29,1%, e a agricultura com 0,9% .
Mas esta potência económica apenas começou a registar um grande crescimento do PIB no
2ºtrimestre de 2010 (2,2%), pois até essa data nunca tinham atingido crescimento tão elevado,
desde 19901. O comércio com o exterior e a dinâmica dos investimentos foram os grandes
impulsionadores deste crescimento económico. Já em 2009, o PIB recuou 2,1% no quarto
trimestre face ao anterior, registando a sua maior queda desde a reunificação do país, tal facto
deveu-se principalmente à queda das exportações, um dos principais motores da sua economia,
mas igualmente aos investimentos industriais, despesas de consumo e queda no sector de
construção. O ano de 1990 passou a ser um ano de referência para análises económicas, como
se pode verificar, isto devido ao facto de que, a reunificação, não deixou de evidenciar uma
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3 de Outubro de 1990, foi o ano em que se oficializou a reunificação alemã, ou seja, a queda do Muro
de Berlim. Uma barreira física construída durante a Guerra Fria que dividia, não só, a Alemanha em dois
partidos (República Federal da Alemanha e República Democrática da Alemanha), mas também o
mundo em capitalistas (ex.EUA) e socialistas (ex. União Soviética).
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5. Macroecomnomia
Alemanha: Políticas Macroeconómicas
Alemanha dividida em matéria de desenvolvimento económico, uma vez que, a anterior RDA
deparava-se com fracos níveis de progresso em comparação com a outra parte. Com a
reintegração a ex-RDA é introduzida na Comunidade Económica Europeia, actual União
Europeia, após o Tratado de Maastricht (1993).
A Inflação
Actualmente, numa economia de mercado os preços dos bens e serviços estão sempre
em constante mudança, ou seja, sobem e descem. Mas ao falar de inflação, referimo-nos a um
aumento no nível geral de preços dos bens e serviços, ou seja, a desvalorização do dinheiro.
A análise da inflação alemã é baseda no IPC, Índice de Preços ao Consumidor, ou seja
reflectindo a evolução de preços de um cabaz padrão de serviços e bens que as famílias alemãs
obtêm para consumo. Durante este ano a inflação tem vindo a verificar vários aumentos
principalmente devido ao aumento dos custos de energia, o IPC em Setembro foi de +2,6% em
comparação aos 2,5% verificados em Agosto. Tratando-se do valor mais elevado desde
Setembro de 2008, isto numa perspectiva mais actual. Mas em Outubro, e numa reviravolta, a
inflação acabou por cair, ainda assim os preços subiram para 2,5% comparando com Outubro do
ano passado, mais uma vez devido aos custos de energia, apesar de que, os alimentos também
tiveram o seu aumento de preços. Sendo que a meta do BCE era para menos de 2%, pois esta
instituição enfrentou este ano várias dificuldades para equilibrar a política monetária, algo que
será analisado mais à frente. Comparativamente ao ano da reunificação alemã a inflação
encontrava-se acima dos 3%, em Outubro desse mesmo ano +0,72% desse mês em 1989. A
partir desse momento as taxas inflacionárias começaram a voltar à normalidade mas sempre
acima dos 2%. Em termos de inflação, não foram de facto, valores fora de órbita, mas existiu
uma época, em que tal sucedeu.
Apesar de este trabalho se debruçar principalmente sobre uma evolução desde o ano
1990, não se pode deixar de referenciar brevemente que a Alemanha passou por vários marcos
históricos que deixaram a sua economia internamente muito fragilizada, nomeadamente após
duas grandes guerras das quais saiu vencida. Após a 1ª Guerra Mundial, o país vivia endividado
com as indemnizações a pagar aos países vencedores (Tratado de Versalhes), e preocupados
com a reconstituição material que havia sido deixada pelos flagelos da guerra. Na crise
económica sobressaíam os índices de inlflação e de desemprego. Os danos causados pela
inflação foram desastrosos, pois em 1921 eram precisos 64 marcos alemães para comprar 1
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6. Macroecomnomia
Alemanha: Políticas Macroeconómicas
dólar, em 1923 seriam necessários 4 quatrilhões e 200 trilhões de marcos. A hiperinflação alemã
foi um dos maiores fenómenos económicos a nível mundial.
A Moeda
Veio para nos servir facilitando a troca de bens e serviços. Muitos autores , não incluem
a Moeda como uma grande variável macroeconómica, mas na verdade não deixa de ser uma
das causas do surgimento da Macroeconomia, pois a organização de trocas a nível interno das
economias já havia sido muito discutida no passado, levando assim à questão da organização do
sistema monetário, ou seja, como organizar a moeda de forma a que esta não fosse um entrave
às trocas, mas que por si só, pudesse ser um contributo para o desenvolvimento dessas
mesmas trocas. As alterações do seu valor eram consideradas indesejáveis. Assim como se viu
anteriormente, na Alemanha, a hiperinflação fez com que a Moeda se desvalorizasse
vertiginosamente. E a grave crise económica pela qual passaram em 1923 fez com que se
refletisse numa urgente reforma monetária, e foi imposta uma nova moeda o rentenmark (marco-
renda) esta tinha como garantia a hipoteca dos bens imobiliários alemães, de forma a que o
rentenmark pudesse ser trocado por uma cédula hipotecária de igual valor a qualquer momento.
A hiperinflação terminou, e este fenómeno ficou-se pelo nome: “O milagre do rentenmark”. Mas
ao fim de um ano foi imposta o reichsmark, como moeda oficial alemã. Depois da 2º Grande
Guerra esta moeda foi abolida e surgiu o
Deutschmark. Mais tarde com o surgir da Guerra «60% dos alemães consideram
Fria, a RFA permaneceu com o seu Mark que que o euro não foi uma boa ideia
A introdução do euro não foi uma boa
ideia, consideram 60% dos alemães
chegou à década de 90 a valer 1,80 dólares, inquiridos numa sondagem que será
publicada segunda-feira na revista
chamando Östmark (marco oriental) à moeda da Focus.
Segundo o mesmo estudo, 85% dos
RDA que apenas era conversível em rublos, mas inquiridos consideram que a moeda
única levou a um aumento dos preços.
manteve-se a par com o Marco ocidental até à Dez anos depois da adoção da moeda
única, dois terços dos alemães dizem
Queda do Muro de Berlim. O Marco Oriental também que o marco, a antiga moeda
alemã, era mais estável do que o euro
desapareceu, permanecendo o Marco, até ao ano em relação às moedas estrangeiras.»
de 2002, ficando fixado, em 1999 que 1€ valeriam
In, http://aeiou.expresso.pt/,
1,96 Marcos. O euro foi adoptado como Moeda 17:15 Domingo, 4 de dezembro de
2011
Única.
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Alemanha: Políticas Macroeconómicas
O Desemprego
É um dos pricipais problemas da sociedade e obstáculos para o alcance de um equilíbrio
conjuntural. Uma elevada taxa de desemprego num país reflecte uma desacelaração na
economia, e o Estado tem como dever e para o seu próprio bem económico, manter esta taxa o
mais reduzida possível restrigindo as flutuações dos ciclos económicos. Então, a taxa de
desemprego reflecte o estado do ciclo económico: quando o produto se reduz, a procura de
trabalhadores diminui e a taxa de desemprego aumenta.
Após a queda do Muro de Berlim, o país tinha em mãos uma Alemanha desenvolvida
(RFA) e uma que tinha 20 anos de atraso em termos evolutivos tecnológicos (RDA), nos anos
que se seguiram as diferenças económicas continuaram a crescer. Na zona Ocidental a
economia crescia cada vez mais, mas a da zona Oriental entrava em colapso, o desemprego
aumentava rapidamente e a população migrava para o ocidente alemão em busca de melhores
condições de vida. Actualmente, cerca de 6.5 milhões de pessoas estão desempregadas num
país de 81.802 milhões de habitantes (2009), no mês de Novembro a taxa de desemprego
contava com 6.4% contra 6.5% no mês anterior sendo a menor taxa de desemprego desde à 20
anos atingindo um mínimo histórico.
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Política Orçamental e Fiscal
A política orçamental é um dos ramos da política económica que tem por objectivo
estabilizar a economia e amortecer a flutuação dos ciclos económicos. Corresponde à despesa
pública, ou seja os gastos do Estado, assim sendo compreende todas as compras do Estado
como estradas, escolas, submarinos, por exemplo. Contando também com as transferências que
ampliam os rendimentos dos desempregados ou idosos. A política fiscal encontra-se dentro da
orçamental, mas tem um importante papel no funcionamento da economia, não deixando ter
destaque.
Em 1989, quando a Alemanha estava perto da reunificação e aquando o exôdo dos
residentes do Oriente para o Ocidente, a RDA encontrava-se em ruptura económica, pois apesar
de o governo, com o objectivo social de praticar preços baixos nos bens de primeira
necessidade, os bens duráveis custavam cinco vezes mais do na RFA e a oferta era insuficiente,
o que por si só, era negativo para a qualidade de vida da população e para a indústria. No
entanto, para manter os preços a um nível desejado, o governo da RDA era obrigado a
subvencionar as empresas, 60% das suas despesas públicas eram compostas por essas
mesmas subvenções. Depois da reunificação, um dos problemas que ganhou mais destaque foi
a conversão monetária, pois a RDA não dispunha de um sistema bancário dirigido por um banco
central, como no Ocidente. Durante as negociações para a unificação concluiu-se facilmente que
seria a Alemanha Ocidental a suportar a Oriental por algum tempo (ainda hoje os alemães
pagam um imposto de 5,5%, o chamado suplemento de solidariedade para a Alemanha Oriental,
este pagamento deveria ter durado 10 anos, já passaram 21), sendo que os principais custos
adviriam da modernização das empresas, financiamento dos trabalhos e infra-estruturas. O
Estado ainda teria que lidar com os elevados gastos no pagamento de subsídios de
desemprego, que na altura era comum a uma grande parte da população. Para além de
pagamentos, existiram também, cortes de subsídios para os Ocidentais, assim como o corte em
fundos de diversos programas. Aliás, para poderem suportar as despesas o governo criou o
Fundo para a Unidade Alemã que dispunha de um total de 115 milhões de DM 2, 95 milhões
foram conseguidos através do mercado financeiro e os restantes pelas autoridades do Ocidente
alemão, para um período de 4 anos a contar desde a reunificação. Como já foi referido os
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Deutsch-Mark (Marco Alemão)
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subsídios de desemprego foram uma das maiores despesas do governo alemão, aliás foi
estimado num estudo realizado pelo Generale Bank em 1991, um acréscimo no orçamento
previsto pelo estado, de 700 mil milhões de DM, consequente dos pagamentos desses mesmos
subsídios. Assim sendo os custos reais de financiamento seriam de 1200 mil milhões de DM.
Hoje em dia sabe-se que já foram transferidos para o Oriente cerca de 1,3 triliões de euros.
No plano das despesas públicas, o sistema alemão é caracterizado pela partilha de
responsablilidades em termos de despesas e financiamento das mesmas. Nesse sentido o
orçamento é dividido federalmente (Bund), regionalmente (Lander) e municipalmente, assim
como pelas intituições de segurança social, estes são os orçamentos principais, para além dos
orçamentos extra mantidos por fundos públicos independentes. O ministro das Finanças é o
responsável pela elaboração do orçamento federal em conjunto com uma direccção-geral, que
contém todas as receitas e despesas durante o ano económico. Tome-se por exemplo os gastos
públicos em 2008:
Segurança Social – 55,5%
Educação, Ciência e Cultura - 9,7%
Segurança Pública – 3,3%
Defesa – 2,4%
Em 2010 foram gastos 1,127.8 biliões €, ajustados para os diferentes níveis de
admnistração. Mas deve-se ter em conta, aquando a distribuição orçamental, o PEC (Plano de
Estabilidade e Cescimento), o plano que os países pertencentes à zona euro devem cumprir, ou
seja, é imposto um limite para o défice da administração pública, e no caso do seu
incumprimento existe uma sanção.
É então, através da cobrança de impostos que se geram as receitas necessárias para
cobrir o orçamento nacional. Os recursos financeiros gerados através dos impostos são usados
para financiar as tarefas do governo. Mas o Ministério das Finanças não é apenas responsável
por diferentes impostos e lidar com questões centrais da política fiscal. Conjuntamente com os
outros Estados membros da UE, o Ministério trabalha para melhorar a coordenação entre os
diferentes sistemas de impostos e encargos fiscais.
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Política Monetária e Cambial
As Políticas Monetária e Cambial são instrumentos principais da Política
Macroeconómica que as autoridades económicas têm à sua disposição para atingirem os
objectivos de uma economia plena e harmonizada. A primeira é efectuada através da gestão da
oferta da Moeda, especificamente através da Base Monetária e da taxa de reservas bancárias
obrigatórias. Nos 17 países que aderiram à Moeda Única, a Política Monetária é conduzida pelo
Banco Central Europeu, sendo a sua principal missão presevar o poder de compra do euro de
modo a garantir a estabilidade de preços na Zona Euro. O BCE tem o poder de alterar a oferta
da moeda influenciando as taxas de juro de mercado e as taxas de câmbio, amortizando as
flutuações dos ciclos económicos. Por exemplo, quando se vive um período de recessão
económica uma expansão da oferta monetária oferece a possibilidade de fazer descer as taxas
de juro, e assim estimular o investimento e o consumo, ou pode fazer aumentar as taxas de juro
de modo a evitar um período de inflação.
A introdução do euro como moeda única foi muito incentivada pela Alemanha de modo a
garantir uma unificação europeia mais forte, aliás o BCE utiliza instrumentos de Política
Monetária basicamente correspondentes ao anterior Banco Central Alemão (BundesBank). Hoje
em dia continua a ser o Banco Federal Alemão, sendo que a sua tarefa passa por aplicar a
Política Monetária formulada pelo Conselho do BCE. Mantendo algumas das suas principais
funções, tais como: a supervisão dos bancos e as transacções financeiras, a admnistração das
reservas monetárias e distribuição das cédulas do euro, por exemplo.
Como já foi referido, depois das negociações sobre a unificação alemã, todo o país
adoptou o Deutsch-Mark como moeda única, visto que era a moeda mais forte das duas partes.
O Deutsch Mark nasceu após a Segunda Guerra Mundial, e foi um dos principais actores no
milagre do Modelo Alemão que combinava uma forte orientação exportadora com restrições
monetárias, assim como o estabelecimento de uma moeda forte e sua defesa. Nas décadas de
70, 80 e início dos anos 90 o Bundesbank havia fortalecido a sua credibilidade, tanto através de
restrições monetárias que provocavam surtos de desemprego cíclico, como através de
revalorizações que provocavam o desemprego estrutural. Apesar disso a política monetária
alermã foi considerada como sendo um aspecto-chave para a estabilidade interna e externa.
Pois tanto a valorização como a desvalorização eram vistas como promotoras das exportações,
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por oferecerem às indústrias alemãs uma margem competitiva, directamente no caso da
desvalorização, e indirectamente no que diz respeito à revalorização, ou seja, pela diminuição
dos preços dos inputs da importação. Aliás, o baixo risco de desvalorização ofereceu lucro
resultante do câmbio da moeda, que ajudou a diminuir as taxas de juro em comparação com o
resto do mundo. Durante a década de 80, a Alemanha passou a ser um dos principais credores
mundiais, com lucros cada vez maiores dos seus activos no estrangeiro.
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Conclusão
Não existe dúvida de que a Alemanha tem emergido nestes últimos anos como uma das
maiores potências económicas ,quer a nível europeu, quer a nível mundial, mesmo tendo
experienciado ,ao longo do século passado, três guerras conseguiu sempre erguer-se das cinzas
e levantar o país rumo à reabilitação. Mas não sem primeiro ter de enfrentar o elevado
desemprego, inflação e outras alterações sócio-económicas.
Conclui-se que a reunificação alemã acarretou custos muito elevados, principalmente
devido às diferenças económicas entre o este e o oeste, aliás foi a Alemanha Ocidental que
suportou o preço a pagar por um país unido. Ainda hoje, é possível conseguir detectar
diferenças, principalmente as sociais.
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Alemanha: Políticas Macroeconómicas
Bibliografia
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Europeu, B. C. (2011). Banco Central Europeu - Eurosistema. Obtido em 2011, de Banco Central
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Graham, D. (7 de Novembro de 2009). Study shows high cost of German Unification. Obtido em
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consumidor/ipc/alemanha.aspx
Referências Literárias:
Samuelson, P. A., & Nordhaus, W. D. (1997). Macroeconomia. Lisboa: McGraw Hill.
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