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Segundo – Michael Wieviorka
•   O   racismo     consiste   em     caracterizar   um
    conjunto    humano     por   atributos     naturais
    associados por seu turno a características
    intelectuais e morais que valem para cada
    individuo que releva desse conjunto e, a
    partir   daí,   em    instaurar     eventualmente
    práticas de inferiorização e de exclusão.
   O   Racismo   científico      é    claramente    uma
    ideologia que afirma a superioridade cultural
    indiscutível da raça branca, uma vez que a
    civilização está associada aos brancos e aos
    seus   atributos   físicos,       ao   passo   que   a
    barbárie e a selvageria estão a outras raças.
•   O racismo científico propõe, sob diversas
    variantes, uma pretensa demonstração do
    fato   de   que   existem       “raças”     cujas
    características    biológicas       ou     físicas
    corresponderiam       e     a        capacidades
    psicológicas e intelectuais, ao mesmo tempo
    coletivas e validas para cada individuo.
   A raça, nesta perspectiva, é uma construção
    social   e   política,   baseada   em   atributos
    fenotípicos, a partir da qual se entabulam
    relações entre grupos raciais.
   Nos EUA, o racismo institucional é descrito

    como mantendo os negros numa situação de

    inferioridade graças a mecanismos não –

    percebidos socialmente.
   A utilidade do racismo institucional talvez

    seja antes do mais o facto de reclamar que

    ouçamos       a   voz   dos   que    sofrem

    discriminação e a segregação e que exigem

    transformações políticas e institucionais que

    corrijam as desigualdades e as injustiças de

    que sofrem.
É um convite debater, a inquirir, a recusar uma cegueira

que, graças à espessura e à opacidade dos mecanismos

próprios     ao funcionamento das instituições, permite a

amplas     faixas   população   beneficiar   das   vantagens

econômicas ou estatutárias que o racismo ativo pode trazer

e, ao mesmo tempo, evitar ter de assumir os seus

inconvenientes morais.
   Barker trata do novo racismo, quer dizer da passagem

    da inferioridade biológica à diferença cultural na

    legitimação   do   discurso    racista.   Doravante,   a

    argumentação racista já não assenta na hierarquia mas

    na “ diferença”, já não nos atributos naturais imputados

    ao grupo “racializado “, mas na sua cultura, na sua

    língua, na sua religião, nas suas   tradições, nos seus

    costumes.
   A fórmula designa as formas menos ostensivas ou
    flagrantes do fenômeno, em particular as variantes
    contemporâneas do preconceito perante os negro.
    Nesta perspectiva, trata-se doravante, para os racistas,
    de evocar já não a sua inferioridade biológica, física e
    intelectual,   mas   o   fato   de,    comprazendo-se    nas
    facilidades    da    proteção         social   ou   deixando
    decomporem-se as suas famílias, espezinharem os
    valores culturais e morais da nação, a começar pelo
    trabalho e o sentido da responsabilidade individual e do
    esforço.
   O colonialismo procedeu em larga medida de um
    racismo que pôde ser qualificado de universalista,
    veiculado por elites políticas ou atores econômicos,
    culturais ou religiosos exibindo perante os povos
    colonizados ( que resistiam à colonização) ou
    sobretudo uma lógica de diferenciação, que se
    saldava por vezes por violências aterradoras, ou
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Racismo

  • 2. O racismo consiste em caracterizar um conjunto humano por atributos naturais associados por seu turno a características intelectuais e morais que valem para cada individuo que releva desse conjunto e, a partir daí, em instaurar eventualmente práticas de inferiorização e de exclusão.
  • 3. O Racismo científico é claramente uma ideologia que afirma a superioridade cultural indiscutível da raça branca, uma vez que a civilização está associada aos brancos e aos seus atributos físicos, ao passo que a barbárie e a selvageria estão a outras raças.
  • 4. O racismo científico propõe, sob diversas variantes, uma pretensa demonstração do fato de que existem “raças” cujas características biológicas ou físicas corresponderiam e a capacidades psicológicas e intelectuais, ao mesmo tempo coletivas e validas para cada individuo.
  • 5. A raça, nesta perspectiva, é uma construção social e política, baseada em atributos fenotípicos, a partir da qual se entabulam relações entre grupos raciais.
  • 6. Nos EUA, o racismo institucional é descrito como mantendo os negros numa situação de inferioridade graças a mecanismos não – percebidos socialmente.
  • 7. A utilidade do racismo institucional talvez seja antes do mais o facto de reclamar que ouçamos a voz dos que sofrem discriminação e a segregação e que exigem transformações políticas e institucionais que corrijam as desigualdades e as injustiças de que sofrem.
  • 8. É um convite debater, a inquirir, a recusar uma cegueira que, graças à espessura e à opacidade dos mecanismos próprios ao funcionamento das instituições, permite a amplas faixas população beneficiar das vantagens econômicas ou estatutárias que o racismo ativo pode trazer e, ao mesmo tempo, evitar ter de assumir os seus inconvenientes morais.
  • 9. Barker trata do novo racismo, quer dizer da passagem da inferioridade biológica à diferença cultural na legitimação do discurso racista. Doravante, a argumentação racista já não assenta na hierarquia mas na “ diferença”, já não nos atributos naturais imputados ao grupo “racializado “, mas na sua cultura, na sua língua, na sua religião, nas suas tradições, nos seus costumes.
  • 10. A fórmula designa as formas menos ostensivas ou flagrantes do fenômeno, em particular as variantes contemporâneas do preconceito perante os negro. Nesta perspectiva, trata-se doravante, para os racistas, de evocar já não a sua inferioridade biológica, física e intelectual, mas o fato de, comprazendo-se nas facilidades da proteção social ou deixando decomporem-se as suas famílias, espezinharem os valores culturais e morais da nação, a começar pelo trabalho e o sentido da responsabilidade individual e do esforço.
  • 11. O colonialismo procedeu em larga medida de um racismo que pôde ser qualificado de universalista, veiculado por elites políticas ou atores econômicos, culturais ou religiosos exibindo perante os povos colonizados ( que resistiam à colonização) ou sobretudo uma lógica de diferenciação, que se saldava por vezes por violências aterradoras, ou sobretudo uma lógica de inferiorização.