SlideShare uma empresa Scribd logo
1 de 58
ACORDO ORTOGRÁFICO DA
    LÍNGUA PORTUGUESA




          Ani Carla Marchesan (UFSC/UFFS)
    Patrícia Graciela da Rocha (UFSC/UFMS)
      Rodrigo Acosta Pereira (UFSC/UFRN)
                    Salete Valer (UFSC/UFSC)
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

    1911
 Primeira grande reforma ortográfica em
   Portugal, mas não extensiva ao Brasil;



                                        1915
                     Brasil faz a sua reforma;
Capa de partitura de samba Pelo
telephone, sucesso do carnaval de
1917. Além do uso de ph,
chama atenção a grafia da
palavra successo.




                 (GUIA..., p.6, 2008)
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

    1919
 Brasil (por ordem de Osório Duque
   Estrada) volta ao que era antes de 1915;

                                     1931
  Primeiro acordo entre Brasil e Portugal.
        Esse acordo, porém, não produziu a
   unificação dos dois sistemas ortográficos;
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

    1934
 Com a nova Constituição, volta-se à
 ortografia de 1891(pharmácia, orthographia);

                                     1938
                    Volta ao acordo de 1931.
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO



  1943
Novo acordo Brasil e Portugal – vigente até
 hoje.

                                   1945
  Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de
       1945 (adotado em Portugal, não no
                                  Brasil).
Anúncio da década de 1950
  do sabonete “estrêlas”.




             (GUIA..., p.7, 2008)
Em 1960, as palavras
“côr” e “côres” eram
 grafadas com acento
          circunflexo.




        (GUIA..., p.7, 2008)
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

    1971
 Reforma no Brasil. Alteração de algumas
 regras da ortografia de 1943:
 - Supressão de acento: êle, cafèzinho, sómente, almôço;
 - Abolição do trema em hiatos átonos: saüdade, vaïdade.


       Essa reforma infelizmente não eliminou
       ainda as sérias divergências ortográficas
                            entre os dois países;
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

   1986
 Durante o governo Sarney, no Rio, foi feita
uma reunião com representantes dos países
de Língua Portuguesa para a uniformização
da ortografia. Participaram como delegados:
Celso Cunha, Antônio Houaiss, Gama Cury,
entre outros, mas o Acordo ortográfico de
1986, ficou inviabilizado pela reação
polêmica contra ele movida sobretudo por
Portugal;
1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS:
PERCURSO HISTÓRICO

   1990
O acordo foi assinado em Lisboa por Brasil,
Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau,
Moçambique, São Tomé e Príncipe;

                                            2004
                     Timor Leste assinou o acordo;

   1995
Brasil e Portugal aprovam oficialmente o acordo de
1990, que passa a ser reconhecido como Acordo
Ortográfico de 1995;
1.1 ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1995:

        COSIDERAÇÕES
1.1 ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1995


    Trata-se de um tratado internacional que
  uniformiza a ortografia, não a língua;


    O Brasil já participou de outros acordos com
  Portugal, como o de 1931 e 1943;


     Todos os países terão mudanças na língua
  escrita. Estima-se que somente 0,5% das palavras
  do português brasileiro sofrerão mudanças. Em
  Portugal, esse número chega a 1,6%.
1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar?


      Motivos de ordem cultural
   O português é a terceira língua mais falada
do Ocidente, depois do inglês e do espanhol
(± 200 milhões);

   É falada em 4 continentes e 8 países;

   A variedade de grafias desprestigia a língua
internacionalmente;
1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar?



     A existência de duas ortografias oficiais da
língua portuguesa, a lusitana e a brasileira, é
prejudicial para a unidade intercontinental do
português e para o seu prestígio no mundo;

     Formação de professores de português:
educação à distância, vocabulário técnico-
científico na Internet, proficiência de língua.
1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar?

 Motivos de ordem econômica e política

     Publicação de livros;

     Relacionamento comercial;

    Interesse político do Brasil, que vem se
  projetando política e economicamente no
  mundo.(O Brasil tem 85% dos falantes de
  português de todo o mundo);
1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar?



      Galiza (2 línguas oficiais: castelhano e o
 galego-português,      que        passaria    a
 português).
1.3 Principais mudanças
        do acordo
(ORLANDELI, 9 jan. 2009)
(ORLANDELI, 9 jan. 2009)
1.3.1 TREMA (base XIV)




                                               (ORLANDELI, 9 jan. 2009)
    O trema foi suprimido, exceto nas palavras derivadas de
nomes próprios estrangeiros.


Ex.: hübneriano (de Hübner), mülleriano (de Müller), etc.
1.3.1 TREMA (base XIV)




                                   (ORLANDELI, 9 jan. 2009)


aguentar, aquífero, arguir, bilíngue, cinquenta,
consequência, delinquente, enxágue, frequência,
linguística, liquidação, sagui, sequela, sequência,
sequestrador, tranquilidade, tranquilo, etc.
1.3.2 ALFABETO (base I)




                                                (ORLANDELI, 9 jan. 2009)

  As letras K, W e Y foram incorporadas ao alfabeto, que passa
a ter 26 letras.
 A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, ,L, M, N, O, P, Q, R, S,
 A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K L, M, N, O, P, Q, R, S,
                 T, U, V, W, ,X, Y, ,Z
                  T, U, V, W X, Y Z
1.3.2 ALFABETO (base I)

    As letras K, W e Y são usadas em casos especiais:

   Em nomes de pessoas de origem estrangeira e seus derivados:
Ex.: Franklin, frankliniano; Kant, kantiano; Darwin, darwinismo;   Taylor,
taylorista.

   Em nomes geográficos próprios de língua estrangeira e seus
derivados.
Ex.: Kuwait, kuwaitiano.

   Em siglas, símbolos e palavras adotadas como unidade de medida
de curso internacional:
Ex.: K (potássio, de Kalium); W (oeste, de West); kg (quilograma); km
(quilômetro); Kw (Kilowatt); etc.
                                                         (GUIA..., p.9, 2008)
1.3.2 ALFABETO (base I)

     Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th
podem conservar-se (Baruch; Loth; Moloch; Ziph) ou então,
simplificar-se (Baruc, Lot, Moloc, Zif)


     Se o dígrafo for mudo, ele pode ser eliminado:
Ex.: José, em vez de Joseph; Nazaré, em vez de Nazareth.


    Se algum deles, por força do uso, permite
adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica:
Ex.: Judite, em vez de Judith.



                                                 (ACORDO..., p.2, 2009)
1.3.2 ALFABETO (base I)

     As consoantes finais b, c, d, g e h mantêm-se, quer sejam
mudas, quer proferidas, nas formas que o uso da tradição bíblica as
consagrou:
Ex.: Jacob, Job, Moab, Isaac, David, Magog.

Obs.: Nada impede, entretanto, que essas palavras sejam usadas
sem a consoante final.
Ex.: Jó, Davi e Jacó.


       Recomenda-se que os topônimos de línguas estrangeiras se
substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas.
Ex.: Genèbre, por Genebra; Milano, por Milão; Torino, por Turim, etc.


                                                        (ACORDO..., p.2, 2009)
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX)




                                                 (ORLANDELI, 9 jan. 2009)


     Os ditongos abertos tônicos éi e ói não são mais
acentuados graficamente.
Ex.: assembleia, ideia, heroico, jiboia, diarreia, epopeia, geleia,
ureia, apoio (verbo apoiar), boia, jiboia, esteroide, paranoia, etc.
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX)




                                       (ORLANDELI, 9 jan. 2009)

Alcateia, apneia, apoio (v.), azaleia, boia, cefaleia,
centopeia, colmeia, Coreia do Norte, diarreia,
epopeia, estreia, europeia, geleia, gonorreia, odisseia,
ureia, boia fria, corticoide, espermatozoide, esteroide,
heroico, joia, paranoia, porta-joias, tabloide, tiroide,
tramoia, etc.
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX)




      As formas verbais que contêm eem não são mais
 assinaladas com acento circunflexo.
 Ex.: creem, deem (v. dar), descreem, desdeem, leem,
 preveem, redeem, releem, reveem, tresleem, veem, etc.
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX)




                                           (ORLANDELI, 9 jan. 2009)


      O penúltimo o do hiato oo(s) perde o acento circunflexo.
Ex.: magoo (verbo magoar),
    povoo (flexão do verbo povoar),
    perdoo (verbo perdoar).
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX)


      Deixam de ser acentuadas as seguintes palavras:

  para (verbo parar)               para (preposição);
  pela(s) (subst., verbo pelar)    pela(s) (per + la(s));
  pelo (verbo pelar)              pelo(s) (subst. ou per+lo(s));
  polo(s) (subst.)                polo(s) (por+lo(s));
  pera (subst.)                   pera (preposição);
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX)


ATENÇÃO:
  Permanecem os seguintes acentos diferenciais:


  pôde/pode             Ontem João não pôde sair, mas hoje ele
 pode.
  pôr/por       Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim.




          (SOUZA, s/d, p.20)
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX)

ATENÇÃO:


   É facultativo o uso do acento circunflexo em:
   fôrma ou forma (substantivo/verbo)
Ex.: Qual é a forma da forma do bolo.
    Qual é a forma da fôrma do bolo.
1.3.3.1 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras oxítonas

ATENÇÃO:
 Permanecem os acentos que diferenciam o singular e plural dos
 verbos ter e vir e seus derivados:


  tem/têm        Ele tem / Eles têm.
  vem/vêm        Ele vem de FLN /Elas vêm de FLN.
  mantém/mantêm Ele mantém a palavra/Eles mantêm [...]
  detém/detêm      Ele detém o poder / Eles detêm o poder.
  intervém/intervêm Ele intervém em todas as aulas/Eles
                                                   intervêm [...]
1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX)




                                              (ORLANDELI, 9 jan. 2009)
      Deixam de ser acentuadas as vogais tônicas   i e u das palavras
paroxítonas precedidas de ditongo.
Ex.: baiuca, feiura, etc.

Obs.: Permanecem acentuadas as vogais tônicas i e u precedidas de
ditongo de palavras oxítonas.
Ex.: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús.
1.3.4 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras oxítonas e paroxítonas
(base X)


       O u tônico dos verbos arguir e redarguir não é mais assinalado
com acento agudo nas formas rizotônicas (quando o acento agudo
cai em sílaba do radical) antes de e ou i.
Ex.: tu arguis (2ª p. do sg. do Pres. do Ind.),
    ele argui (3ª p. do sg. do Pres. do Ind. e 2ª p..do sg. do Imp.),
    eles arguem (3ª p. pl. do
                Pres. do Ind.).
1.3.4 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras oxítonas e paroxítonas
(base X)

      As formas verbais do tipo de aguar, apaniguar,
apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar,
obliquar, delinquir e afins admitem duas pronúncias
diferentes, portanto duas grafias distintas:

   Se o u dessas formas verbais for tônico, ele deixa
de ser acentuado graficamente.
Ex.: averiguo, enxaguo, delinquo.

   Porém, se o a e o i passarem a tônicos, eles devem
ser acentuados graficamente.
Ex.: averíguo, enxáguo, delínquo.
(ORLANDELI, 9 jan. 2009)
1.3.5 HÍFEN (base XV)

     O hífen continua a ser empregado nas palavras
compostas por justaposição que não contêm formas de ligação
e cujos elementos constituem uma unidade sintagmática e
semântica.
Ex.: arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, tenente-coronel, tio-avô, guarda-
noturno, mato-grossense, norte-americano, afro-asiático, afro-luso-brasileiro,
azul-escuro, primeiro-ministro, conta-gotas, guarda-chuva, etc.


Atenção: Palavras compostas que perderam, em certa
medida, a noção de composição são grafadas aglutinadamente.
Ex.: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista,
pontapé, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XV)

       Usa-se o hífen em topônimos compostos iniciados
 pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou ainda se
 houver artigo entre seus elementos constituintes.
 Ex.: Grã-Bretanha, Grão-Para, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, etc.


 Atenção: Os demais topônimos compostos são escritos
 com os elementos separados, sem hífen.
 Exemplos: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, etc.


 Exceção: Guine-Bissau, consagrada pelo uso.
1.3.5 HÍFEN (base XV)


       Usa-se o hífen em palavras compostas que designam
espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por
preposição ou qualquer outro elemento.


Ex.: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; bênção-de-deus,
erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-quer
(também conhecida como margarida ou malmequer); andorinha-
grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d´água,
lesma-de-conchinha; bem-te-vi (pássaro)..
1.3.5 HÍFEN (base XV)
     Usa-se hífen nos compostos formados pelos advérbios
bem ou mal (1º elemento) e por qualquer palavra iniciada por
vogal ou H (2ºelemento):
Ex.: bem-aventurado, bem-humorado, bem-estar, mal-estar, mal-humorado.



Atenção: o advérbio bem, pode não se aglutinar com o
segundo elemento, ainda que esse seja iniciado por consoante,
quando se mantém a noção de composição.
Ex.: bem-criado (malcriado)
     bem-nascido (malnascido)
     bem-visto (malvisto)
Ex.: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XV)


     Usa-se o hífen nos compostos além, aquém, recém
e sem:
Ex.: além-mar, sem-vergonha, além-fronteiras, sem-teto, recém-casado,
aquém-fiar, etc.


      Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que
ocasionalmente se combinam, formando encadeamentos
vocabulares.
Ex.: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade; a ponte Rio-
Niterói; o percurso Lisboa-Coimbra-Porto; a ligação Angola-
Moçambique.
1.3.5 HÍFEN (base XV)
aero-, agro-, ante-, anti-, arqui-, auto-, bio-, circum-, co-,
contra-, eletro-, entre-, extra-, geo-, hidro-, hiper-, infra-, inter-,
intra-, macro-, maxi-, micro-, mini, multi-, neo-, pan-, pluri-,
pós-, pré-, pró-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, sobre-, sub-,
super-, supra-, tele-, ultra-, etc.

 USA-SE HÍFEN:

     Se o segundo elemento é iniciado por h.
 Ex.: anti-higiênico, co-herdeiro, extra-humano, pré-historia, mini-hotel,
 sobre-humano, super-homem, ultra-humano, etc.

 Atenção: Não se usa o hífen em formações que contêm em
 geral os prefixos des-, in- e sub- e nas quais o segundo elemento
 perdeu o h inicial. Ex.: desumano, desumidificar, inábil, inumano,
 subumano, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XV)

      Se o primeiro elemento termina com a mesma
vogal com que se inicia o segundo.
Ex.: anti-ibérico, contra-almirante, auto-observação, eletro-ótica,
micro-ondas, semi-interno, auto-observação, contra-ataque, etc.

Atenção: O prefixo co- geralmente aglutina-se com o
segundo elemento, ainda que iniciado pela vogal O:
Ex.: cooperar, coobrigação, coocupante, cooperação, coordenar,
etc.
1.3.5 HÍFEN (base XV)


      Nas formações com os prefixos circum- e pan-,
quando o segundo elemento começa por vogal, m ou
n (além de h, como já visto).
Ex.: circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan-
africano, pan-mágico, pan-negritude, pan-americano.

         Se o primeiro elemento termina na mesma
consoante em que se inicia o segundo elemento.
Ex.: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista, super-
racista, super-romântico, sub-bibliotecário
1.3.5 HÍFEN (base XV)

      Depois dos prefixos ex- (com o sentido de
estado anterior ou cessamento), soto-, sota-, vice-,
vizo-. Ou então, com os prefixos pós-, pré-, pró-
(tônicos e graficamente acentuados):
Ex.: ex-almirante, vice-presidente, ex-aluno, ex-diretor, ex-
hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, Pós-graduação, pré-
história, Pré-vestibular, pró-europeu, pré-escolar, pró-africano,
etc.


Atenção: Não se usa hífen nas formas átonas (pos-,
pre- e pro-).
Ex.: pospor, prever, promover.
1.3.5 HÍFEN (base XVI)

NÃO SE USA HÍFEN:


  Nas formações em que o primeiro elemento termina
em vogal e o segundo elemento começa por r ou s.
Nesse caso, essas consoantes são duplicadas.

Ex.: antirreligioso, contrarregra, cosseno, extrarregular,
infrassom, antirrugas, contrarregra, contrassenso, cosseno,
microssistema, minissaia, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XVI)

     Prefixo termina em vogal e o segundo elemento
começa por consoante diferente de r ou s.
Ex.: anteprojeto, autopeça, coprodução, semicírculo,
microcomputador, seminovo, autoproteção, geopolítica, etc.


    Quando o prefixo termina por consoante e o
segundo elemento começar por vogal.
Ex.: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual.
Superamigo, superinteressante, superaquecimento, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XVI)


   Quando o primeiro elemento termina em vogal e o
segundo elemento começa por vogal diferente.

Ex.: agroindustrial, anteontem, infraestrutura, antiaéreo,
coeducação, coedição, coautoria, extraescolar, aeroespacial,
autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico,
plurianual, semiaberto, semianalfabeto, etc.
1.3.5 HÍFEN (base XVI)


       Quando o prefixo termina em consoante
 diferente da consoante que inicia o segundo
 elemento:
 Ex.: intermunicipal, supersônico, etc.


 Atenção: Com o prefixo sub, usa-se o hífen
 também diante de palavra iniciada por r:
 Ex.: sub-região, sub-raça, etc.
1.3.6 DIVISÃO SILÁBICA (base XX)

     Se a palavra for composta ou for uma forma verbal
seguida de pronome átono e se a partição no final da
linha coincidir com o final de um dos elementos ou
membros, deve-se, por clareza gráfica, repetir o hífen no
início da linha imediata.
Ex.: xxxxxxxxxxx xx xxxxx xxxxxx xxxxx xxxxxxx ex-
-presidente xx xx xxxxx xxxxx xxxx xxxx xx xx xvende-
-se.
Exercícios
Dicas - <http://fmu.br/game/home.asp>
<http://fmu.br/guia/pdf/Gu
  iaOrtografico.pdf>
2 Referências
ACORDO ortográfico da língua portuguesa. Diario do congresso nacional, Brasília, 21 abr.
1995. Disponível em: <wnado.gov.br/sf/publicacoes/diarios>. Acesso em: 8 jul. 2008.


FERREIRA, Aurélio Buarque de Horlanda. Míni Aurélio: Dicionário da língua
portuguesa. 7.ed. Curitiba: Ed. Positivo, 2008.


GUIA do acordo ortográfico. São Paulo: Moderna, 2008. Disponível em:
<www.moderna.com.br>. Acesso em: 22 ago. 2010.


ORLANDELI, Walmir Americo. Grump e o acordo ortográfico. 9 jan. 2009. il.
Disponível em: < http://blogdoorlandeli.zip.net/arch2009-01-04_2009-01-10.html>.
Acesso em: 1 maio 2010.


SOUZA, Adalto Moraes. Guia da Reforma Ortográfica. São Paulo: FMU, s/d.


TUFANO, Douglas. Guia prático da nova ortografia: saiba o que mudou na
ortografia brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 2008.
ACORDO ORTOGRÁFICO DA
  LÍNGUA PORTUGUESA

Mais conteúdo relacionado

Mais procurados

Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofoniacepmaio
 
Guia De Reforma OrtagráFica
Guia De Reforma OrtagráFicaGuia De Reforma OrtagráFica
Guia De Reforma OrtagráFicaguest416330
 
Súmula acordo ortográfico
Súmula acordo ortográficoSúmula acordo ortográfico
Súmula acordo ortográficoJulieta Silva
 
Acordo Ortográfico 1990, pelo Prof. Dr. Simão Cardoso e pela Prof.ª Dr.ª Feli...
Acordo Ortográfico 1990, pelo Prof. Dr. Simão Cardoso e pela Prof.ª Dr.ª Feli...Acordo Ortográfico 1990, pelo Prof. Dr. Simão Cardoso e pela Prof.ª Dr.ª Feli...
Acordo Ortográfico 1990, pelo Prof. Dr. Simão Cardoso e pela Prof.ª Dr.ª Feli...BE ESGN
 
Novo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoNovo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoSadrak Silva
 

Mais procurados (7)

Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofonia
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofonia
 
Guia De Reforma OrtagráFica
Guia De Reforma OrtagráFicaGuia De Reforma OrtagráFica
Guia De Reforma OrtagráFica
 
Súmula acordo ortográfico
Súmula acordo ortográficoSúmula acordo ortográfico
Súmula acordo ortográfico
 
Acordo Ortográfico 1990, pelo Prof. Dr. Simão Cardoso e pela Prof.ª Dr.ª Feli...
Acordo Ortográfico 1990, pelo Prof. Dr. Simão Cardoso e pela Prof.ª Dr.ª Feli...Acordo Ortográfico 1990, pelo Prof. Dr. Simão Cardoso e pela Prof.ª Dr.ª Feli...
Acordo Ortográfico 1990, pelo Prof. Dr. Simão Cardoso e pela Prof.ª Dr.ª Feli...
 
Novo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoNovo acordo ortográfico
Novo acordo ortográfico
 
Novo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoNovo acordo ortográfico
Novo acordo ortográfico
 

Semelhante a Novo Acordo Ortográfico

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Acordo Ortográfico da Língua PortuguesaAcordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Acordo Ortográfico da Língua PortuguesaJhonatan Max
 
Novo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoNovo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoanamosalina1
 
Novo acordo ortografico português
Novo acordo ortografico portuguêsNovo acordo ortografico português
Novo acordo ortografico portuguêsEsc Olegário
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofoniacepmaio
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofoniacepmaio
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofoniacepmaio
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofoniacepmaio
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofoniacepmaio
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofoniacepmaio
 
A Língua Portuguesa através dos tempos
A Língua Portuguesa através dos temposA Língua Portuguesa através dos tempos
A Língua Portuguesa através dos temposacordoortografico
 
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02carlajoana
 
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02carlajoana
 
Novo Acordo Ortográfico
Novo Acordo OrtográficoNovo Acordo Ortográfico
Novo Acordo OrtográficoMykael Sales
 
Acordo ortográfico de 1990
Acordo ortográfico de 1990Acordo ortográfico de 1990
Acordo ortográfico de 1990Jonatan Tiago
 
História do acordo
História do acordoHistória do acordo
História do acordojacquelineld
 

Semelhante a Novo Acordo Ortográfico (20)

Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Acordo Ortográfico da Língua PortuguesaAcordo Ortográfico da Língua Portuguesa
Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa
 
Novo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoNovo acordo ortográfico
Novo acordo ortográfico
 
Novo acordo ortografico português
Novo acordo ortografico portuguêsNovo acordo ortografico português
Novo acordo ortografico português
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofonia
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofonia
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofonia
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofonia
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofonia
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofonia
 
Lusofonia
LusofoniaLusofonia
Lusofonia
 
Reforma ortográfica adalzira
Reforma ortográfica  adalziraReforma ortográfica  adalzira
Reforma ortográfica adalzira
 
Reforma ortográfica
Reforma ortográficaReforma ortográfica
Reforma ortográfica
 
A Língua Portuguesa através dos tempos
A Língua Portuguesa através dos temposA Língua Portuguesa através dos tempos
A Língua Portuguesa através dos tempos
 
Novo acordo ortográfico
Novo acordo ortográficoNovo acordo ortográfico
Novo acordo ortográfico
 
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02
 
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02
Novoacordoortogrfico 140616083923-phpapp02
 
Novo Acordo Ortográfico
Novo Acordo OrtográficoNovo Acordo Ortográfico
Novo Acordo Ortográfico
 
Acordo ortográfico de 1990
Acordo ortográfico de 1990Acordo ortográfico de 1990
Acordo ortográfico de 1990
 
Apresentação
ApresentaçãoApresentação
Apresentação
 
História do acordo
História do acordoHistória do acordo
História do acordo
 

Novo Acordo Ortográfico

  • 1. ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA Ani Carla Marchesan (UFSC/UFFS) Patrícia Graciela da Rocha (UFSC/UFMS) Rodrigo Acosta Pereira (UFSC/UFRN) Salete Valer (UFSC/UFSC)
  • 2. 1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS: PERCURSO HISTÓRICO 1911 Primeira grande reforma ortográfica em Portugal, mas não extensiva ao Brasil; 1915 Brasil faz a sua reforma;
  • 3. Capa de partitura de samba Pelo telephone, sucesso do carnaval de 1917. Além do uso de ph, chama atenção a grafia da palavra successo. (GUIA..., p.6, 2008)
  • 4. 1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS: PERCURSO HISTÓRICO 1919 Brasil (por ordem de Osório Duque Estrada) volta ao que era antes de 1915; 1931 Primeiro acordo entre Brasil e Portugal. Esse acordo, porém, não produziu a unificação dos dois sistemas ortográficos;
  • 5. 1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS: PERCURSO HISTÓRICO 1934 Com a nova Constituição, volta-se à ortografia de 1891(pharmácia, orthographia); 1938 Volta ao acordo de 1931.
  • 6. 1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS: PERCURSO HISTÓRICO 1943 Novo acordo Brasil e Portugal – vigente até hoje. 1945 Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945 (adotado em Portugal, não no Brasil).
  • 7. Anúncio da década de 1950 do sabonete “estrêlas”. (GUIA..., p.7, 2008)
  • 8. Em 1960, as palavras “côr” e “côres” eram grafadas com acento circunflexo. (GUIA..., p.7, 2008)
  • 9. 1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS: PERCURSO HISTÓRICO 1971 Reforma no Brasil. Alteração de algumas regras da ortografia de 1943: - Supressão de acento: êle, cafèzinho, sómente, almôço; - Abolição do trema em hiatos átonos: saüdade, vaïdade. Essa reforma infelizmente não eliminou ainda as sérias divergências ortográficas entre os dois países;
  • 10. 1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS: PERCURSO HISTÓRICO 1986 Durante o governo Sarney, no Rio, foi feita uma reunião com representantes dos países de Língua Portuguesa para a uniformização da ortografia. Participaram como delegados: Celso Cunha, Antônio Houaiss, Gama Cury, entre outros, mas o Acordo ortográfico de 1986, ficou inviabilizado pela reação polêmica contra ele movida sobretudo por Portugal;
  • 11. 1. AS MUDANÇAS ORTOGRÁFICAS: PERCURSO HISTÓRICO 1990 O acordo foi assinado em Lisboa por Brasil, Portugal, Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe; 2004 Timor Leste assinou o acordo; 1995 Brasil e Portugal aprovam oficialmente o acordo de 1990, que passa a ser reconhecido como Acordo Ortográfico de 1995;
  • 12. 1.1 ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1995: COSIDERAÇÕES
  • 13. 1.1 ACORDO ORTOGRÁFICO DE 1995 Trata-se de um tratado internacional que uniformiza a ortografia, não a língua; O Brasil já participou de outros acordos com Portugal, como o de 1931 e 1943; Todos os países terão mudanças na língua escrita. Estima-se que somente 0,5% das palavras do português brasileiro sofrerão mudanças. Em Portugal, esse número chega a 1,6%.
  • 14.
  • 15. 1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar? Motivos de ordem cultural O português é a terceira língua mais falada do Ocidente, depois do inglês e do espanhol (± 200 milhões); É falada em 4 continentes e 8 países; A variedade de grafias desprestigia a língua internacionalmente;
  • 16. 1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar? A existência de duas ortografias oficiais da língua portuguesa, a lusitana e a brasileira, é prejudicial para a unidade intercontinental do português e para o seu prestígio no mundo; Formação de professores de português: educação à distância, vocabulário técnico- científico na Internet, proficiência de língua.
  • 17. 1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar? Motivos de ordem econômica e política Publicação de livros; Relacionamento comercial; Interesse político do Brasil, que vem se projetando política e economicamente no mundo.(O Brasil tem 85% dos falantes de português de todo o mundo);
  • 18. 1.2 ACORDO ORTOGRÁFICO: Por que mudar? Galiza (2 línguas oficiais: castelhano e o galego-português, que passaria a português).
  • 22. 1.3.1 TREMA (base XIV) (ORLANDELI, 9 jan. 2009) O trema foi suprimido, exceto nas palavras derivadas de nomes próprios estrangeiros. Ex.: hübneriano (de Hübner), mülleriano (de Müller), etc.
  • 23. 1.3.1 TREMA (base XIV) (ORLANDELI, 9 jan. 2009) aguentar, aquífero, arguir, bilíngue, cinquenta, consequência, delinquente, enxágue, frequência, linguística, liquidação, sagui, sequela, sequência, sequestrador, tranquilidade, tranquilo, etc.
  • 24. 1.3.2 ALFABETO (base I) (ORLANDELI, 9 jan. 2009) As letras K, W e Y foram incorporadas ao alfabeto, que passa a ter 26 letras. A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K, ,L, M, N, O, P, Q, R, S, A, B, C, D, E, F, G, H, I, J, K L, M, N, O, P, Q, R, S, T, U, V, W, ,X, Y, ,Z T, U, V, W X, Y Z
  • 25. 1.3.2 ALFABETO (base I) As letras K, W e Y são usadas em casos especiais: Em nomes de pessoas de origem estrangeira e seus derivados: Ex.: Franklin, frankliniano; Kant, kantiano; Darwin, darwinismo; Taylor, taylorista. Em nomes geográficos próprios de língua estrangeira e seus derivados. Ex.: Kuwait, kuwaitiano. Em siglas, símbolos e palavras adotadas como unidade de medida de curso internacional: Ex.: K (potássio, de Kalium); W (oeste, de West); kg (quilograma); km (quilômetro); Kw (Kilowatt); etc. (GUIA..., p.9, 2008)
  • 26. 1.3.2 ALFABETO (base I) Os dígrafos finais de origem hebraica ch, ph e th podem conservar-se (Baruch; Loth; Moloch; Ziph) ou então, simplificar-se (Baruc, Lot, Moloc, Zif) Se o dígrafo for mudo, ele pode ser eliminado: Ex.: José, em vez de Joseph; Nazaré, em vez de Nazareth. Se algum deles, por força do uso, permite adaptação, substitui-se, recebendo uma adição vocálica: Ex.: Judite, em vez de Judith. (ACORDO..., p.2, 2009)
  • 27. 1.3.2 ALFABETO (base I) As consoantes finais b, c, d, g e h mantêm-se, quer sejam mudas, quer proferidas, nas formas que o uso da tradição bíblica as consagrou: Ex.: Jacob, Job, Moab, Isaac, David, Magog. Obs.: Nada impede, entretanto, que essas palavras sejam usadas sem a consoante final. Ex.: Jó, Davi e Jacó. Recomenda-se que os topônimos de línguas estrangeiras se substituam, tanto quanto possível, por formas vernáculas. Ex.: Genèbre, por Genebra; Milano, por Milão; Torino, por Turim, etc. (ACORDO..., p.2, 2009)
  • 28. 1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX) (ORLANDELI, 9 jan. 2009) Os ditongos abertos tônicos éi e ói não são mais acentuados graficamente. Ex.: assembleia, ideia, heroico, jiboia, diarreia, epopeia, geleia, ureia, apoio (verbo apoiar), boia, jiboia, esteroide, paranoia, etc.
  • 29. 1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX) (ORLANDELI, 9 jan. 2009) Alcateia, apneia, apoio (v.), azaleia, boia, cefaleia, centopeia, colmeia, Coreia do Norte, diarreia, epopeia, estreia, europeia, geleia, gonorreia, odisseia, ureia, boia fria, corticoide, espermatozoide, esteroide, heroico, joia, paranoia, porta-joias, tabloide, tiroide, tramoia, etc.
  • 30. 1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX) As formas verbais que contêm eem não são mais assinaladas com acento circunflexo. Ex.: creem, deem (v. dar), descreem, desdeem, leem, preveem, redeem, releem, reveem, tresleem, veem, etc.
  • 31. 1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA – palavras paroxítonas (base IX) (ORLANDELI, 9 jan. 2009) O penúltimo o do hiato oo(s) perde o acento circunflexo. Ex.: magoo (verbo magoar), povoo (flexão do verbo povoar), perdoo (verbo perdoar).
  • 32. 1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX) Deixam de ser acentuadas as seguintes palavras: para (verbo parar) para (preposição); pela(s) (subst., verbo pelar) pela(s) (per + la(s)); pelo (verbo pelar) pelo(s) (subst. ou per+lo(s)); polo(s) (subst.) polo(s) (por+lo(s)); pera (subst.) pera (preposição);
  • 33. 1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX) ATENÇÃO: Permanecem os seguintes acentos diferenciais: pôde/pode Ontem João não pôde sair, mas hoje ele pode. pôr/por Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. (SOUZA, s/d, p.20)
  • 34. 1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX) ATENÇÃO: É facultativo o uso do acento circunflexo em: fôrma ou forma (substantivo/verbo) Ex.: Qual é a forma da forma do bolo. Qual é a forma da fôrma do bolo.
  • 35. 1.3.3.1 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras oxítonas ATENÇÃO: Permanecem os acentos que diferenciam o singular e plural dos verbos ter e vir e seus derivados: tem/têm Ele tem / Eles têm. vem/vêm Ele vem de FLN /Elas vêm de FLN. mantém/mantêm Ele mantém a palavra/Eles mantêm [...] detém/detêm Ele detém o poder / Eles detêm o poder. intervém/intervêm Ele intervém em todas as aulas/Eles intervêm [...]
  • 36. 1.3.3 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras paroxítonas (base IX) (ORLANDELI, 9 jan. 2009) Deixam de ser acentuadas as vogais tônicas i e u das palavras paroxítonas precedidas de ditongo. Ex.: baiuca, feiura, etc. Obs.: Permanecem acentuadas as vogais tônicas i e u precedidas de ditongo de palavras oxítonas. Ex.: Piauí, teiú, teiús, tuiuiú, tuiuiús.
  • 37. 1.3.4 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras oxítonas e paroxítonas (base X) O u tônico dos verbos arguir e redarguir não é mais assinalado com acento agudo nas formas rizotônicas (quando o acento agudo cai em sílaba do radical) antes de e ou i. Ex.: tu arguis (2ª p. do sg. do Pres. do Ind.), ele argui (3ª p. do sg. do Pres. do Ind. e 2ª p..do sg. do Imp.), eles arguem (3ª p. pl. do Pres. do Ind.).
  • 38. 1.3.4 ACENTUAÇÃO GRÁFICA das palavras oxítonas e paroxítonas (base X) As formas verbais do tipo de aguar, apaniguar, apaziguar, apropinquar, averiguar, desaguar, enxaguar, obliquar, delinquir e afins admitem duas pronúncias diferentes, portanto duas grafias distintas: Se o u dessas formas verbais for tônico, ele deixa de ser acentuado graficamente. Ex.: averiguo, enxaguo, delinquo. Porém, se o a e o i passarem a tônicos, eles devem ser acentuados graficamente. Ex.: averíguo, enxáguo, delínquo.
  • 40. 1.3.5 HÍFEN (base XV) O hífen continua a ser empregado nas palavras compostas por justaposição que não contêm formas de ligação e cujos elementos constituem uma unidade sintagmática e semântica. Ex.: arco-íris, decreto-lei, médico-cirurgião, tenente-coronel, tio-avô, guarda- noturno, mato-grossense, norte-americano, afro-asiático, afro-luso-brasileiro, azul-escuro, primeiro-ministro, conta-gotas, guarda-chuva, etc. Atenção: Palavras compostas que perderam, em certa medida, a noção de composição são grafadas aglutinadamente. Ex.: girassol, madressilva, mandachuva, paraquedas, paraquedista, pontapé, etc.
  • 41. 1.3.5 HÍFEN (base XV) Usa-se o hífen em topônimos compostos iniciados pelos adjetivos grã, grão ou por forma verbal ou ainda se houver artigo entre seus elementos constituintes. Ex.: Grã-Bretanha, Grão-Para, Passa-Quatro, Trás-os-Montes, etc. Atenção: Os demais topônimos compostos são escritos com os elementos separados, sem hífen. Exemplos: América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde, etc. Exceção: Guine-Bissau, consagrada pelo uso.
  • 42. 1.3.5 HÍFEN (base XV) Usa-se o hífen em palavras compostas que designam espécies botânicas e zoológicas, estejam ou não ligadas por preposição ou qualquer outro elemento. Ex.: abóbora-menina, couve-flor, erva-doce, feijão-verde; bênção-de-deus, erva-do-chá, ervilha-de-cheiro, fava-de-santo-inácio; bem-me-quer (também conhecida como margarida ou malmequer); andorinha- grande, cobra-capelo, formiga-branca; andorinha-do-mar, cobra-d´água, lesma-de-conchinha; bem-te-vi (pássaro)..
  • 43. 1.3.5 HÍFEN (base XV) Usa-se hífen nos compostos formados pelos advérbios bem ou mal (1º elemento) e por qualquer palavra iniciada por vogal ou H (2ºelemento): Ex.: bem-aventurado, bem-humorado, bem-estar, mal-estar, mal-humorado. Atenção: o advérbio bem, pode não se aglutinar com o segundo elemento, ainda que esse seja iniciado por consoante, quando se mantém a noção de composição. Ex.: bem-criado (malcriado) bem-nascido (malnascido) bem-visto (malvisto) Ex.: benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença, etc.
  • 44. 1.3.5 HÍFEN (base XV) Usa-se o hífen nos compostos além, aquém, recém e sem: Ex.: além-mar, sem-vergonha, além-fronteiras, sem-teto, recém-casado, aquém-fiar, etc. Usa-se o hífen para ligar duas ou mais palavras que ocasionalmente se combinam, formando encadeamentos vocabulares. Ex.: a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade; a ponte Rio- Niterói; o percurso Lisboa-Coimbra-Porto; a ligação Angola- Moçambique.
  • 45. 1.3.5 HÍFEN (base XV) aero-, agro-, ante-, anti-, arqui-, auto-, bio-, circum-, co-, contra-, eletro-, entre-, extra-, geo-, hidro-, hiper-, infra-, inter-, intra-, macro-, maxi-, micro-, mini, multi-, neo-, pan-, pluri-, pós-, pré-, pró-, proto-, pseudo-, retro-, semi-, sobre-, sub-, super-, supra-, tele-, ultra-, etc. USA-SE HÍFEN: Se o segundo elemento é iniciado por h. Ex.: anti-higiênico, co-herdeiro, extra-humano, pré-historia, mini-hotel, sobre-humano, super-homem, ultra-humano, etc. Atenção: Não se usa o hífen em formações que contêm em geral os prefixos des-, in- e sub- e nas quais o segundo elemento perdeu o h inicial. Ex.: desumano, desumidificar, inábil, inumano, subumano, etc.
  • 46. 1.3.5 HÍFEN (base XV) Se o primeiro elemento termina com a mesma vogal com que se inicia o segundo. Ex.: anti-ibérico, contra-almirante, auto-observação, eletro-ótica, micro-ondas, semi-interno, auto-observação, contra-ataque, etc. Atenção: O prefixo co- geralmente aglutina-se com o segundo elemento, ainda que iniciado pela vogal O: Ex.: cooperar, coobrigação, coocupante, cooperação, coordenar, etc.
  • 47. 1.3.5 HÍFEN (base XV) Nas formações com os prefixos circum- e pan-, quando o segundo elemento começa por vogal, m ou n (além de h, como já visto). Ex.: circum-escolar, circum-murado, circum-navegação; pan- africano, pan-mágico, pan-negritude, pan-americano. Se o primeiro elemento termina na mesma consoante em que se inicia o segundo elemento. Ex.: hiper-requintado, inter-resistente, super-revista, super- racista, super-romântico, sub-bibliotecário
  • 48. 1.3.5 HÍFEN (base XV) Depois dos prefixos ex- (com o sentido de estado anterior ou cessamento), soto-, sota-, vice-, vizo-. Ou então, com os prefixos pós-, pré-, pró- (tônicos e graficamente acentuados): Ex.: ex-almirante, vice-presidente, ex-aluno, ex-diretor, ex- hospedeiro, ex-prefeito, ex-presidente, Pós-graduação, pré- história, Pré-vestibular, pró-europeu, pré-escolar, pró-africano, etc. Atenção: Não se usa hífen nas formas átonas (pos-, pre- e pro-). Ex.: pospor, prever, promover.
  • 49. 1.3.5 HÍFEN (base XVI) NÃO SE USA HÍFEN: Nas formações em que o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento começa por r ou s. Nesse caso, essas consoantes são duplicadas. Ex.: antirreligioso, contrarregra, cosseno, extrarregular, infrassom, antirrugas, contrarregra, contrassenso, cosseno, microssistema, minissaia, etc.
  • 50. 1.3.5 HÍFEN (base XVI) Prefixo termina em vogal e o segundo elemento começa por consoante diferente de r ou s. Ex.: anteprojeto, autopeça, coprodução, semicírculo, microcomputador, seminovo, autoproteção, geopolítica, etc. Quando o prefixo termina por consoante e o segundo elemento começar por vogal. Ex.: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual. Superamigo, superinteressante, superaquecimento, etc.
  • 51. 1.3.5 HÍFEN (base XVI) Quando o primeiro elemento termina em vogal e o segundo elemento começa por vogal diferente. Ex.: agroindustrial, anteontem, infraestrutura, antiaéreo, coeducação, coedição, coautoria, extraescolar, aeroespacial, autoestrada, autoaprendizagem, agroindustrial, hidroelétrico, plurianual, semiaberto, semianalfabeto, etc.
  • 52. 1.3.5 HÍFEN (base XVI) Quando o prefixo termina em consoante diferente da consoante que inicia o segundo elemento: Ex.: intermunicipal, supersônico, etc. Atenção: Com o prefixo sub, usa-se o hífen também diante de palavra iniciada por r: Ex.: sub-região, sub-raça, etc.
  • 53. 1.3.6 DIVISÃO SILÁBICA (base XX) Se a palavra for composta ou for uma forma verbal seguida de pronome átono e se a partição no final da linha coincidir com o final de um dos elementos ou membros, deve-se, por clareza gráfica, repetir o hífen no início da linha imediata. Ex.: xxxxxxxxxxx xx xxxxx xxxxxx xxxxx xxxxxxx ex- -presidente xx xx xxxxx xxxxx xxxx xxxx xx xx xvende- -se.
  • 57. 2 Referências ACORDO ortográfico da língua portuguesa. Diario do congresso nacional, Brasília, 21 abr. 1995. Disponível em: <wnado.gov.br/sf/publicacoes/diarios>. Acesso em: 8 jul. 2008. FERREIRA, Aurélio Buarque de Horlanda. Míni Aurélio: Dicionário da língua portuguesa. 7.ed. Curitiba: Ed. Positivo, 2008. GUIA do acordo ortográfico. São Paulo: Moderna, 2008. Disponível em: <www.moderna.com.br>. Acesso em: 22 ago. 2010. ORLANDELI, Walmir Americo. Grump e o acordo ortográfico. 9 jan. 2009. il. Disponível em: < http://blogdoorlandeli.zip.net/arch2009-01-04_2009-01-10.html>. Acesso em: 1 maio 2010. SOUZA, Adalto Moraes. Guia da Reforma Ortográfica. São Paulo: FMU, s/d. TUFANO, Douglas. Guia prático da nova ortografia: saiba o que mudou na ortografia brasileira. São Paulo: Melhoramentos, 2008.
  • 58. ACORDO ORTOGRÁFICO DA LÍNGUA PORTUGUESA