Cricotireoidostomia: acesso cirúrgico às vias aéreas
1.
2. Consiste no acesso cirúrgico das vias aéreas
através da membrana cricotireóidea.
3. Principal Indicação:
Acesso emergencial das vias aéreas (especialmente
politraumatizados com lesões maxilofaciais graves,
onde a intubação translaríngea não é possível), pois
permite acesso rápido e seguro às vias aéreas.
4. Contra - Indicações
Não deve ser feita de forma eletiva para acesso
prolongado das vias aéreas
Não pode ser usada em <10 anos (pois, nas crianças, a
cartilagem cricóidea é um dos poucos suportes
anatômicos da porção alta da traquéia e há risco de
lesão das cordas vocais).
5. CRICOTIREOIDOSTOMIA
Toda cricotireoidostomia deve ser convertida para
uma traqueostomia dentro de 24- 72h.
Uma complicação descrita, que é a estenose
subglótica, pode ser evitada com a conversão
precoce .
6. Localização topográfica
Palpa-se a proeminência laríngea na cartilagem
tireóidea e desliza-se o dedo para a sua borda inferior,
em direção à cartilagem cricóidea, ou seja, no sentido
crânio-caudal.
7. Localização topográfica
Sente-se uma pequena depressão de consistência
mais elástica, seguida de uma elevação de
consistência óssea (cartilagem cricóide). Ao nível
desta depressão é que se atinge a membrana
cricotireóidea.
8.
9. Passo a Passo:
Assepsia local
Anestesia local (lidocaína)
Identificar membrana cricotireóidea
Fixar as cartilagens tireóide e cricóide através de uma
discreta pressão digital do 2º e 3º dedos sobre elas
Fazer incisão de 2-3cm da pele e tecido subcutâneo
10. Passo a Passo
Com uma pinça de Halsted (mosquito), disseca-se a
delgada camada de músculo platisma até atingir a
membrana cricotireóidea.
Fazer incisão na membrana cricotireóidea
transversalmente, de 2-3cm de extensão
11. Passo a Passo
Introduzir cânula de traqueostomia de tamanho
adequado pelo orifício
Conecta-se a válvula na cânula, infla-se o cuff e
ventila-se o paciente observando os movimentos
dinâmicos e ruídos respiratórios. Deve-se fixar o tubo
para prevenir desposicionamento.
15. CRICOTIREOIDOSTOMIA DE
PUNÇÃO
Método ainda mais fácil e simples de acesso das vias
aéreas, do que a Cricotireoidostomia Cirúrgica.
Consiste no acesso às vias aéreas, através da
membrana cricotireóidea, através de punção desta
membrana com uma extracat (jelco) de grosso calibre.
16. Principal Indicação
Politraumatismo com urgência de acesso das vias
aéreas, onde métodos translaríngeos e a
cricotireoidostomia cirúrgica são inviáveis (Ex: pode
ser feita em <10 anos, onde a Cricotireoidostomia
Cirúrgica é contra-indicada).
17. Contra - Indicações
Situações onde possa se optar por métodos mais
adequados. A cricotireoidostomia por punção deve ser
realizada em situações extremas, onde não seria
possível realizar a cricotireoidostomia cirúrgica
18. CRICOTIREOIDOSTOMIA DE
PUNÇÃO
A ventilação pode ser conseguida através de um alto
fluxo de O2 [10 L/min), ou através de um reservatório
caso disponível.
Nos casos de suspeita de corpos estranhos em vias
aéreas, a ventilação deve ser feita com um baixo fluxo
de 02 [3,7].
20. Passo a Passo:
Prepara-se um tubo de oxigênio fazendo uma
fenestração no final do tubo; o outro extremo deve ser
conectado a uma fonte de O2, assegurando um fluxo
livre. Monta-se um extracath (jelco) em uma seringa.
Assepsia local
Anestesia local (lidocaína)
Identificar membrana cricotireóidea
Fixar as cartilagens tireóide e cricóide através de uma
discreta pressão digital do 2º e 3º dedos sobre elas
21. Passo a Passo:
Punção da pele na linha média com o extracath
acoplado a seringa sobre a membrana cricotireóidea.
Direciona-se a agulha 45o
caudalmente, enquanto
aplica-se pressão negativa na seringa.
Cuidadosamente insere-se a agulha através da metade
inferior da membrana cricotireóidea, aspirando na
medida em que o extracath avançar. A aspiração de ar
significa entrada na luz da traquéia.Inclinar (crânio-
caudal) e introduzir o conjunto (agulha introdutora +
cateter)
22. Passo a Passo:
Retira-se a seringa e a guia do extracath enquanto
cautelosamente avança o cateter em posição
descendente, com cuidado para não perfurar a parede
posterior da traquéia.
23. Passo a Passo:
Acopla-se o tubo de O2 no cateter segurando-o no
pescoço do paciente. A ventilação intermitente pode
ser obtida ocluindo o buraco aberto no tubo de
oxigênio com o polegar por 1 segundo e abrindo por 4
segundos. Após retirar o polegar do furo, a expiração
passiva ocorre.
Observar a expansibilidade e auscultar o tórax para
ventilar adequadamente.
28. BIBLIOGRAFIA
MORI,Newton Djin.Cricotireoidostomia e Trauma.In.:Clínica Cirúrgica –
Fundamentos Teóricos e práticos.Vol.1.Atheneu.2002.p.376-379.
TORRES E SOUZA,Wilson;EULÁLIO, José Marcus Raso. Traqueostomia.
In.:Cirurgia de Emergência com testes de auto avaliação.Ed.Atheneu. 1998.
p.749-755.