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ASSISTÊNCIA DE 
ENFERMAGEM À PUÉRPERA
PUERPÉRIO OU PERÍODO PÓS-PARTO 
 É o intervalo entre o parto e a volta do 
corpo da mulher ao estado anterior à 
gestação. 
 Início: imediatamente após a expulsão da 
placenta e suas membranas. 
 Término: 6ª semana após o parto
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 PRESSÃO ARTERIAL 
 Mantém estável após o parto 
 Hipotensão: perda volêmica 
 Hipertensão: hipertensão gravídica
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 MAMAS 
 Inspeção estática e dinâmica 
 Intumescimento mamário 
 Ingurgitamento mamário (estase láctea) – 
aumento do volume, dor, hipertermia e 
hiperemia discreta 
 Palpação 
 Mama normal: sem pontos dolorosos 
 Mama ingurgitada: presença de pontos 
dolorosos
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 MAMAS 
Ingurgitamento mamário Mastite
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 MAMAS 
 Expressão 
 Presença conteúdo lácteo 
 De 48 a 72 horas pós-parto acontece 
APOJADURA 
 Fissura nos mamilos
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 ABDOME 
 Musculatura distendida com perda da 
tonicidade 
 Involução uterina 
 Inspeção: incisão cirúrgica (cesárea) e 
sinais flogísticos 
 Palpação: avaliar consistência da parede 
abdominal, sensibilidade dolorosa, 
volume da bexiga e involução uterina
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 ABDOME
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUÉRPERA 
 SISTEMA DIGESTIVO 
 Funcionamento fisiológico intestinal 
restaurado no 3° ou 4° dia após o parto.
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUÉRPERA 
 ÚTERO 
 Fundo uterino tangencia a cicatriz 
umbilical 
 Consistência firme com forma achatada. 
 Involução uterina 
 Reduz diariamente 1 cm até 3° dia pós-parto
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 ÚTERO
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 ÚTERO – LOQUIAÇÃO 
 Perda vaginal pós-parto - produto da 
descamação e sangue 
 Coloração 
 Lóquios vermelhos ou sanguíneos – eliminados do 1° 
ao 4° dia 
 Lóquios escuros ou serossanguíneos – 3-4 ao 10° dia 
 Lóquios amarelos – após 10° dia 
 Odor característico de menstruação 
 Odor fétido indica infecção 
 Quantidade 
 225 a 500 ml
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUÉRPERA 
 COLO UTERINO 
 Flácido, violáceo, laceradorestauração 
epitelial inicia-se dentro de 4 dias. 
 6 semanascaracterísticas pré-gravídicas.
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 VULVA E VAGINA 
 Edemaciada e violácea após o parto 
 Presença de trauma 
 Orifício vaginal dilatado
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 PERÍNEO 
 Musculatura distendida e fraca 
 Edemaciado e violáceo 
 Presença de trauma (episiotomia ou 
laceração) 
 Avaliar presença de sinais flogísticos, 
edema, hematoma
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 PERÍNEO
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUÉRPERA 
 SISTEMA URINÁRIO 
 Até o 5° dia eliminação de 2 a 3 litros 
acumulados durante a gestação. 
 Dor lombar discreta + febre + retenção 
urinária + disúria + polaciúria  INFECÇÂO 
URINÁRIA
ATENÇÃO NO PUERPÉRIO 
Avaliação clínico-ginecológica: 
• Verificar dados vitais; 
• Avaliar o estado psíquico da mulher; 
• Observar estado geral: pele, mucosas, presença de edema, cicatriz 
(parto normal com episiotomia ou laceração/cesárea) e membros 
inferiores; 
•Examinar mamas, verificando a presença de ingurgitamento, sinais 
inflamatórios, infecciosos ou cicatrizes que dificultem a amamentação; 
• Examinar abdômen, verificando a condição do útero e se há dor à 
palpação; 
• Examinar períneo e genitais externos (verificar sinais de infecção, 
presença e características de lóquios); 
• Verificar possíveis intercorrências: alterações emocionais, hipertensão, 
febre, dor embaixo ventre ou nas mamas, presença de corrimento com 
odor fétido, sangramentos intensos. 
• Observar formação do vínculo mãe-filho;
ATENÇÃO NO PUERPÉRIO 
• Observar e avaliar a mamada para garantia do adequado 
posicionamento e pega da aréola. 
O posicionamento errado do bebê, além de dificultar a 
sucção, comprometendo a quantidade de leite ingerido, é 
uma das causas mais freqüentes de problemas nos mamilos. 
Em caso de ingurgitamento mamário, mais comum entre o 
terceiro e o quinto dia pós-parto, orientar quanto à ordenha 
manual, armazenamento e doação do leite excedente a um 
Banco de Leite Humano (caso haja na região); 
• Identificar problemas/necessidades da mulher e do recém-nascido, 
com base na avaliação realizada.
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUERPÉRA 
 ADAPTAÇÃO PSICOLÓGICA 
 Frequente alteração de humor (alteração 
hormonal, conflito sobre o papel materno, 
insegurança, desconforto, cansaço) 
 Depressão puerperal (depressão e choro sem 
qualquer motivo)
ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO 
ESPECÍFICA DA PUÉRPERA 
 ADAPTAÇÃO PSICOLÓGICA 
 Psicose puerperal: forma confuso-delirante 
que ocorrem entre 2° e 15° dia 
pós-partoestado confusional seguido 
de delírio alucinatório (auditivo ou 
visual) com crises agudas freqüentes na 
fase vespertina. 
 São em geral precedidas de 
manifestações depressivas e apáticas.
USO DE MÉTODO ANTICONCEPCIONAL 
DURANTE O ALEITAMENTO 
A escolha do método deve ser sempre personalizada. 
1. A associação amenorréia e lactação exclusiva com livre demanda (LAM) 
tem alta eficácia como método contraceptivo nos primeiros seis meses após 
o parto, ou até que apareça a primeira menstruação pós-parto, o que ocorrer 
primeiro. 
A mulher que passa da amamentação exclusiva para a parcial deve iniciar o 
uso de outro método, se o parto tiver ocorrido há mais de 45 dias, pois nessa 
circunstância aumenta o risco de gravidez; 
2. A mulher que está amamentando e necessita, ou deseja, proteção 
adicional para prevenir a gravidez deve primeiro considerar os métodos sem 
hormônios (DIU e métodos de barreira);
USO DE MÉTODO ANTICONCEPCIONAL 
DURANTE O ALEITAMENTO 
3. O DIU pode ser opção para a mulher na fase de amamentação e pode 
ser inserido imediatamente após o parto, ou a partir de quatro semanas 
após este. 
O DIU está contra-indicado para os casos que cursaram com infecção 
puerperal, até três meses após a cura; 
4. O anticoncepcional hormonal oral apenas de progestogênio (minipílula) é 
boa opção para a mulher que está amamentando e pode oferecer proteção 
extra, se a mulher assim o desejar. O seu uso deve ser iniciado após seis 
semanas do parto;
USO DE MÉTODO ANTICONCEPCIONAL 
DURANTE O ALEITAMENTO 
5. Injetável trimestral (com progestogênio isolado) – acetato 
demedroxiprogesterona 150mg: deve-se indicar o início do uso 
desse método, nas lactantes, a partir de seis semanas após o parto. 
6. O anticoncepcional hormonal oral combinado não deve ser 
utilizado em lactantes, pois interfere na qualidade e quantidade do 
leite materno, e pode afetar adversamente a saúde do bebê 
7. A laqueadura tubária, por ser método definitivo, deve respeitar os 
preceitos legais e, se indicada, a sua realização deverá ser 
postergada para após o período de aleitamento e, nessa situação, 
introduzido o método contraceptivo transitório; 
8. Os métodos comportamentais (tabelinha, método billings etc.) só 
poderão ser usados após a regularização do ciclo menstrual
DIFICULDADES COM O ALEITAMENTO NO 
PERÍODO PUERPERAL 
 1. Pega incorreta do mamilo 
A pega incorreta da região mamilo-areolar faz que a criança não consiga 
retirar leite suficiente, levando à agitação e choro. 
A pega errada, só no mamilo, provoca dor e fissuras e faz que a mãe fique 
tensa, ansiosa e perca a autoconfiança, acreditando que o seu leite seja 
insuficiente e/ou fraco. 
 2. Fissuras (rachaduras) 
Habitualmente, as fissuras ocorrem quando a amamentação é praticada 
como bebê posicionado errado ou quando a pega está incorreta. 
Manter as mamas secas, não usar sabonetes, cremes ou pomadas, 
também ajudam na prevenção. 
Recomenda-se tratar as fissuras com leite materno do fim das mamadas, 
banho de sol e correção da posição e da pega.
DIFICULDADES COM O ALEITAMENTO NO 
PERÍODO PUERPERAL 
3. Mamas ingurgitadas 
Acontecem, habitualmente, na maioria das mulheres, do terceiro 
ao quinto dia após o parto. 
As mamas ingurgitadas são dolorosas, edemaciadas (pele 
brilhante), às vezes, avermelhadas e a mulher pode ter febre. 
Para evitar ingurgitamento, a pega e a posição para 
amamentação devem estar adequadas e, quando houver 
produção de leite superior à demanda, as mamas devem ser 
ordenhadas manualmente. 
Sempre que a mama estiver ingurgitada, a expressão manual 
do leite deve ser realizada para facilitar a pega e evitar fissuras. 
O ingurgitamento mamário é transitório e desaparece após 24 a 
48 horas.
DIFICULDADES COM O ALEITAMENTO NO 
PERÍODO PUERPERAL 
4. Mastite 
É um processo inflamatório ou infeccioso que pode ocorrer na 
mama lactante, habitualmente, a partir da segunda semana 
após o parto. Geralmente, é unilateral e pode ser 
conseqüente a um ingurgitamento indevidamente tratado. 
Essa situação exige avaliação médica para o estabelecimento 
do tratamento medicamentoso apropriado. 
A amamentação na mama afetada deve ser mantida, sempre 
que possível, e, quando necessário, a pega e a posição 
devem ser corrigidas.
DIFICULDADES COM O ALEITAMENTO NO 
PERÍODO PUERPERAL 
Ordenha manual 
É no pré-natal que o aprendizado da ordenha manual deve 
ser garantido. 
Para que haja retirada satisfatória de leite do peito, é preciso 
começar com massagens circulares com as polpas dos 
dedos, indicador e médio, na região mamilo-areolar, 
progredindo até as áreas mais afastadas e intensificando nos 
pontos mais dolorosos. 
Para a retirada do leite, é importante garantir o 
posicionamento dos dedos, indicador e polegar, no limite da 
região areolar, seguido por leve compressão do peito em 
direção ao tórax ao mesmo tempo em que a compressão da 
região areolar deve ser feita com a polpa dos dedos.
Contra-indicações 
São raras as situações tanto maternas, quanto neonatais, que contraindicam a 
amamentação. 
Entre as maternas, encontram-se 
 as mulheres com câncer de mama que foram tratadas ou estão em 
tratamento, 
 mulheres HIV+ ou HTLV+, 
 mulheres com distúrbios graves da consciência ou do comportamento. 
 As causas neonatais que podem contra-indicar a amamentação são, na 
maioria, transitórias e incluem alterações da consciência de qualquer 
natureza e prematuridade. 
São poucas as medicações que contra-indicam a amamentação. Nenhuma 
medicação deve ser utilizada pela puérpera amamentando sem orientação 
médica.
Contra-indicações 
Mulheres portadoras do HIV – contra-indicação para o 
aleitamento 
 O risco de transmissão do HIV pelo leite materno é 
elevado, entre 7% a 22%, e renova-se a cada exposição 
(mamada). 
 A transmissão ocorre tanto pelas mães sintomáticas, 
quanto pelas assintomáticas. 
 Quanto mais a criança mama, maior será a chance de ela 
ser infectada. 
 As gestantes HIV+ deverão ser orientadas para não 
amamentar. 
 Quando por falta de informação o aleitamento materno 
tiver sido iniciado, torna-se necessário orientar a mãe para 
suspender a amamentação o mais rapidamente
O PREPARO DAS MAMAS 
PARA O ALEITAMENTO
Amamentação 
Anatomia mamária - revisão 
• A mama feminina é constituída por: 
• Parênquima mamário 
• Tecido conjuntivo 
• Tecido adiposo 
• Parênquima: 
• Alvéolos 
• Canalículos 
• Ductos lactóforos 
• Ampolas lactóforas
Amamentação 
Anatomia mamária - revisão 
 Hormônios 
Reguladores da 
Lactação 
 Ocitocina (Ejeção 
do leite) 
 Prolactina 
(Secreção do leite)
Tipos deTIPOS DE LEITE 
• Colostro 
Amamentação 
• Primeira secreção das glândulas mamárias 
• Rico em imunoglobulinas 
• Produzido na primeira semana pós-parto 
• 1 – 7 dias pós parto produzido de 2 a 20ml por mamada 
• Leite de Transição 
• Ocorre na segunda semana pós-parto 
• Elo entre colostro e leite maduro 
• Leite Maduro 
• Acontece a partir da segunda quinzena pós-parto 
• Contém mais proteínas nutritivas
Tipos de leite 
• Composição do Leite Materno 
 Água (componente mais abundante) 
 Açúcar 
 Proteína 
 Lipídeos 
 Minerais 
 Vitaminas 
Amamentação
Benefícios da amamentação 
• Para a mãe: 
 Involução uterina 
 Perda de peso 
 Menor risco para CA de mama e ovários 
 Menor risco para o desenvolvimento de doenças da 3ª idade: Mal de Parkison, 
Alzheimer... 
 Previne depressão pós parto 
 Menor risco para IAM 
 Maior vínculo mãe e filho 
 Fortalece o vínculo afetivo; 
Amamentação
Amamentação 
Benefícios da amamentação 
• Para o RN: 
• A sucção promove o desenvolvimento da arcada dentária 
• Desenvolvimento intelectual 
• Potencializa os efeitos da vacina 
• Prevenção de infecções graves, intestinais, respiratórias e urinárias 
• Previne obesidade e desnutrição 
• Diminui o risco de alergias 
• Reduz número de hospitalizações 
• Reduz índice de mortalidade infantil 
•É um alimento completo, não necessitando de nenhum acréscimo até os seis 
meses de idade; 
•Aumenta o vínculo afetivo;

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  • 2. PUERPÉRIO OU PERÍODO PÓS-PARTO  É o intervalo entre o parto e a volta do corpo da mulher ao estado anterior à gestação.  Início: imediatamente após a expulsão da placenta e suas membranas.  Término: 6ª semana após o parto
  • 3. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  PRESSÃO ARTERIAL  Mantém estável após o parto  Hipotensão: perda volêmica  Hipertensão: hipertensão gravídica
  • 4. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  MAMAS  Inspeção estática e dinâmica  Intumescimento mamário  Ingurgitamento mamário (estase láctea) – aumento do volume, dor, hipertermia e hiperemia discreta  Palpação  Mama normal: sem pontos dolorosos  Mama ingurgitada: presença de pontos dolorosos
  • 5. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  MAMAS Ingurgitamento mamário Mastite
  • 6. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  MAMAS  Expressão  Presença conteúdo lácteo  De 48 a 72 horas pós-parto acontece APOJADURA  Fissura nos mamilos
  • 7. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  ABDOME  Musculatura distendida com perda da tonicidade  Involução uterina  Inspeção: incisão cirúrgica (cesárea) e sinais flogísticos  Palpação: avaliar consistência da parede abdominal, sensibilidade dolorosa, volume da bexiga e involução uterina
  • 8. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  ABDOME
  • 9. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUÉRPERA  SISTEMA DIGESTIVO  Funcionamento fisiológico intestinal restaurado no 3° ou 4° dia após o parto.
  • 10. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUÉRPERA  ÚTERO  Fundo uterino tangencia a cicatriz umbilical  Consistência firme com forma achatada.  Involução uterina  Reduz diariamente 1 cm até 3° dia pós-parto
  • 11. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  ÚTERO
  • 12. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  ÚTERO – LOQUIAÇÃO  Perda vaginal pós-parto - produto da descamação e sangue  Coloração  Lóquios vermelhos ou sanguíneos – eliminados do 1° ao 4° dia  Lóquios escuros ou serossanguíneos – 3-4 ao 10° dia  Lóquios amarelos – após 10° dia  Odor característico de menstruação  Odor fétido indica infecção  Quantidade  225 a 500 ml
  • 13. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUÉRPERA  COLO UTERINO  Flácido, violáceo, laceradorestauração epitelial inicia-se dentro de 4 dias.  6 semanascaracterísticas pré-gravídicas.
  • 14. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  VULVA E VAGINA  Edemaciada e violácea após o parto  Presença de trauma  Orifício vaginal dilatado
  • 15. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  PERÍNEO  Musculatura distendida e fraca  Edemaciado e violáceo  Presença de trauma (episiotomia ou laceração)  Avaliar presença de sinais flogísticos, edema, hematoma
  • 16. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  PERÍNEO
  • 17. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUÉRPERA  SISTEMA URINÁRIO  Até o 5° dia eliminação de 2 a 3 litros acumulados durante a gestação.  Dor lombar discreta + febre + retenção urinária + disúria + polaciúria  INFECÇÂO URINÁRIA
  • 18. ATENÇÃO NO PUERPÉRIO Avaliação clínico-ginecológica: • Verificar dados vitais; • Avaliar o estado psíquico da mulher; • Observar estado geral: pele, mucosas, presença de edema, cicatriz (parto normal com episiotomia ou laceração/cesárea) e membros inferiores; •Examinar mamas, verificando a presença de ingurgitamento, sinais inflamatórios, infecciosos ou cicatrizes que dificultem a amamentação; • Examinar abdômen, verificando a condição do útero e se há dor à palpação; • Examinar períneo e genitais externos (verificar sinais de infecção, presença e características de lóquios); • Verificar possíveis intercorrências: alterações emocionais, hipertensão, febre, dor embaixo ventre ou nas mamas, presença de corrimento com odor fétido, sangramentos intensos. • Observar formação do vínculo mãe-filho;
  • 19. ATENÇÃO NO PUERPÉRIO • Observar e avaliar a mamada para garantia do adequado posicionamento e pega da aréola. O posicionamento errado do bebê, além de dificultar a sucção, comprometendo a quantidade de leite ingerido, é uma das causas mais freqüentes de problemas nos mamilos. Em caso de ingurgitamento mamário, mais comum entre o terceiro e o quinto dia pós-parto, orientar quanto à ordenha manual, armazenamento e doação do leite excedente a um Banco de Leite Humano (caso haja na região); • Identificar problemas/necessidades da mulher e do recém-nascido, com base na avaliação realizada.
  • 20. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUERPÉRA  ADAPTAÇÃO PSICOLÓGICA  Frequente alteração de humor (alteração hormonal, conflito sobre o papel materno, insegurança, desconforto, cansaço)  Depressão puerperal (depressão e choro sem qualquer motivo)
  • 21. ALTERAÇÕES E AVALIAÇÃO ESPECÍFICA DA PUÉRPERA  ADAPTAÇÃO PSICOLÓGICA  Psicose puerperal: forma confuso-delirante que ocorrem entre 2° e 15° dia pós-partoestado confusional seguido de delírio alucinatório (auditivo ou visual) com crises agudas freqüentes na fase vespertina.  São em geral precedidas de manifestações depressivas e apáticas.
  • 22. USO DE MÉTODO ANTICONCEPCIONAL DURANTE O ALEITAMENTO A escolha do método deve ser sempre personalizada. 1. A associação amenorréia e lactação exclusiva com livre demanda (LAM) tem alta eficácia como método contraceptivo nos primeiros seis meses após o parto, ou até que apareça a primeira menstruação pós-parto, o que ocorrer primeiro. A mulher que passa da amamentação exclusiva para a parcial deve iniciar o uso de outro método, se o parto tiver ocorrido há mais de 45 dias, pois nessa circunstância aumenta o risco de gravidez; 2. A mulher que está amamentando e necessita, ou deseja, proteção adicional para prevenir a gravidez deve primeiro considerar os métodos sem hormônios (DIU e métodos de barreira);
  • 23. USO DE MÉTODO ANTICONCEPCIONAL DURANTE O ALEITAMENTO 3. O DIU pode ser opção para a mulher na fase de amamentação e pode ser inserido imediatamente após o parto, ou a partir de quatro semanas após este. O DIU está contra-indicado para os casos que cursaram com infecção puerperal, até três meses após a cura; 4. O anticoncepcional hormonal oral apenas de progestogênio (minipílula) é boa opção para a mulher que está amamentando e pode oferecer proteção extra, se a mulher assim o desejar. O seu uso deve ser iniciado após seis semanas do parto;
  • 24. USO DE MÉTODO ANTICONCEPCIONAL DURANTE O ALEITAMENTO 5. Injetável trimestral (com progestogênio isolado) – acetato demedroxiprogesterona 150mg: deve-se indicar o início do uso desse método, nas lactantes, a partir de seis semanas após o parto. 6. O anticoncepcional hormonal oral combinado não deve ser utilizado em lactantes, pois interfere na qualidade e quantidade do leite materno, e pode afetar adversamente a saúde do bebê 7. A laqueadura tubária, por ser método definitivo, deve respeitar os preceitos legais e, se indicada, a sua realização deverá ser postergada para após o período de aleitamento e, nessa situação, introduzido o método contraceptivo transitório; 8. Os métodos comportamentais (tabelinha, método billings etc.) só poderão ser usados após a regularização do ciclo menstrual
  • 25. DIFICULDADES COM O ALEITAMENTO NO PERÍODO PUERPERAL  1. Pega incorreta do mamilo A pega incorreta da região mamilo-areolar faz que a criança não consiga retirar leite suficiente, levando à agitação e choro. A pega errada, só no mamilo, provoca dor e fissuras e faz que a mãe fique tensa, ansiosa e perca a autoconfiança, acreditando que o seu leite seja insuficiente e/ou fraco.  2. Fissuras (rachaduras) Habitualmente, as fissuras ocorrem quando a amamentação é praticada como bebê posicionado errado ou quando a pega está incorreta. Manter as mamas secas, não usar sabonetes, cremes ou pomadas, também ajudam na prevenção. Recomenda-se tratar as fissuras com leite materno do fim das mamadas, banho de sol e correção da posição e da pega.
  • 26. DIFICULDADES COM O ALEITAMENTO NO PERÍODO PUERPERAL 3. Mamas ingurgitadas Acontecem, habitualmente, na maioria das mulheres, do terceiro ao quinto dia após o parto. As mamas ingurgitadas são dolorosas, edemaciadas (pele brilhante), às vezes, avermelhadas e a mulher pode ter febre. Para evitar ingurgitamento, a pega e a posição para amamentação devem estar adequadas e, quando houver produção de leite superior à demanda, as mamas devem ser ordenhadas manualmente. Sempre que a mama estiver ingurgitada, a expressão manual do leite deve ser realizada para facilitar a pega e evitar fissuras. O ingurgitamento mamário é transitório e desaparece após 24 a 48 horas.
  • 27. DIFICULDADES COM O ALEITAMENTO NO PERÍODO PUERPERAL 4. Mastite É um processo inflamatório ou infeccioso que pode ocorrer na mama lactante, habitualmente, a partir da segunda semana após o parto. Geralmente, é unilateral e pode ser conseqüente a um ingurgitamento indevidamente tratado. Essa situação exige avaliação médica para o estabelecimento do tratamento medicamentoso apropriado. A amamentação na mama afetada deve ser mantida, sempre que possível, e, quando necessário, a pega e a posição devem ser corrigidas.
  • 28. DIFICULDADES COM O ALEITAMENTO NO PERÍODO PUERPERAL Ordenha manual É no pré-natal que o aprendizado da ordenha manual deve ser garantido. Para que haja retirada satisfatória de leite do peito, é preciso começar com massagens circulares com as polpas dos dedos, indicador e médio, na região mamilo-areolar, progredindo até as áreas mais afastadas e intensificando nos pontos mais dolorosos. Para a retirada do leite, é importante garantir o posicionamento dos dedos, indicador e polegar, no limite da região areolar, seguido por leve compressão do peito em direção ao tórax ao mesmo tempo em que a compressão da região areolar deve ser feita com a polpa dos dedos.
  • 29. Contra-indicações São raras as situações tanto maternas, quanto neonatais, que contraindicam a amamentação. Entre as maternas, encontram-se  as mulheres com câncer de mama que foram tratadas ou estão em tratamento,  mulheres HIV+ ou HTLV+,  mulheres com distúrbios graves da consciência ou do comportamento.  As causas neonatais que podem contra-indicar a amamentação são, na maioria, transitórias e incluem alterações da consciência de qualquer natureza e prematuridade. São poucas as medicações que contra-indicam a amamentação. Nenhuma medicação deve ser utilizada pela puérpera amamentando sem orientação médica.
  • 30. Contra-indicações Mulheres portadoras do HIV – contra-indicação para o aleitamento  O risco de transmissão do HIV pelo leite materno é elevado, entre 7% a 22%, e renova-se a cada exposição (mamada).  A transmissão ocorre tanto pelas mães sintomáticas, quanto pelas assintomáticas.  Quanto mais a criança mama, maior será a chance de ela ser infectada.  As gestantes HIV+ deverão ser orientadas para não amamentar.  Quando por falta de informação o aleitamento materno tiver sido iniciado, torna-se necessário orientar a mãe para suspender a amamentação o mais rapidamente
  • 31. O PREPARO DAS MAMAS PARA O ALEITAMENTO
  • 32. Amamentação Anatomia mamária - revisão • A mama feminina é constituída por: • Parênquima mamário • Tecido conjuntivo • Tecido adiposo • Parênquima: • Alvéolos • Canalículos • Ductos lactóforos • Ampolas lactóforas
  • 33. Amamentação Anatomia mamária - revisão  Hormônios Reguladores da Lactação  Ocitocina (Ejeção do leite)  Prolactina (Secreção do leite)
  • 34. Tipos deTIPOS DE LEITE • Colostro Amamentação • Primeira secreção das glândulas mamárias • Rico em imunoglobulinas • Produzido na primeira semana pós-parto • 1 – 7 dias pós parto produzido de 2 a 20ml por mamada • Leite de Transição • Ocorre na segunda semana pós-parto • Elo entre colostro e leite maduro • Leite Maduro • Acontece a partir da segunda quinzena pós-parto • Contém mais proteínas nutritivas
  • 35. Tipos de leite • Composição do Leite Materno  Água (componente mais abundante)  Açúcar  Proteína  Lipídeos  Minerais  Vitaminas Amamentação
  • 36. Benefícios da amamentação • Para a mãe:  Involução uterina  Perda de peso  Menor risco para CA de mama e ovários  Menor risco para o desenvolvimento de doenças da 3ª idade: Mal de Parkison, Alzheimer...  Previne depressão pós parto  Menor risco para IAM  Maior vínculo mãe e filho  Fortalece o vínculo afetivo; Amamentação
  • 37. Amamentação Benefícios da amamentação • Para o RN: • A sucção promove o desenvolvimento da arcada dentária • Desenvolvimento intelectual • Potencializa os efeitos da vacina • Prevenção de infecções graves, intestinais, respiratórias e urinárias • Previne obesidade e desnutrição • Diminui o risco de alergias • Reduz número de hospitalizações • Reduz índice de mortalidade infantil •É um alimento completo, não necessitando de nenhum acréscimo até os seis meses de idade; •Aumenta o vínculo afetivo;