2. O QUE É A BULIMIA?
Bulimia nervosa é uma disfunção alimentar. Tem
incidência maior a partir da adolescência, em cerca de 3 a
7% da população. Cerca de 90% dos casos ocorre em
mulheres.
Para "compensar" o ganho de peso, o bulímico vomita o
que come e faz uso excessivo de laxantes e diuréticos. A
bulimia costuma causar sofrimento psíquico e afeta áreas
diversas do sujeito. Ele sente-se afetado nas suas relações
sociais - uma vez que festas e confraternizações envolvem
alimentação. O paciente perde o controlo sobre si mesmo e
depois tenta vomitar ou evacuar o que comeu.
3. O QUE É A BULIMIA?
O bulímico geralmente encontra-se com peso normal,
levemente aumentado ou diminuído (mas não chegando à
magreza da anorexia). Essa aparência de normalidade
muitas vezes dificulta que se identifique o problema, o que
muitas vezes leva a uma demora em se procurar ajuda.
Pacientes bulímicos costumam envergonhar-se dos seus
problemas alimentares.
4. CAUSAS
Assim como na anorexia, a bulimia nervosa é uma
síndrome multi-determinada por uma mistura de fatores
biológicos, psicológicos, familiares e culturais. A ênfase
cultural na aparência física pode ter um papel importante.
Problemas familiares, baixa auto-estima e conflitos de
identidade também são fatores envolvidos no
desencadeamento desses quadros.
5. SINAIS DE BULIMIA
Esconder a comida reservada para episódios de
voracidade (incluindo pão, massa, doces, sobremesas,
batatas fritas e gelados);
Mentir sobre o que comeram;
Comer compulsivamente em segredo;
Deixar a água da torneira ou do duche a correr na casa
de banho para disfarçar os episódios de purgação;
Demonstrar uma preocupação profunda em relação ao
peso, forma do corpo e aspecto em geral;
Queixas frequentes em relação a dores de garganta
(causadas pelos repetidos vómitos);
6. O QUE SE SENTE?
Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos.
Vómitos auto induzidos, uso de laxantes e diuréticos para
evitar ganhos de peso.
Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso
corporal.
Depressão.
Obsessão por exercícios físicos.
Comer em segredo ou escondido dos
outros.
7.
8. COMPLICAÇÕES
Problemas dentários pelo excesso de acidez gástrica e
sensibilidade excessiva ao frio e quente;
Inchaço e dor nas glândulas salivares (por indução ao
vomito);
Hérnias de estômago e esófago;
Desequilíbrio na excreção;
Arritmia cardíaca, podendo chegar a ataque cardíaco em
casos mais severos;
Aumento da probabilidade de suicídio;
9. COMO É O BULÍMICO?
Basicamente é um paciente com vergonha do seu
problema, com sentimento de inferioridade e auto-estima
baixa. O bulímico reconhece o absurdo do seu
comportamento, mas por não conseguir controlá-lo sente-se
inferiorizado. A bulimia muitas vezes sucede aos episódios
de anorexia. O paciente consegue planear os seus
episódios, espera para ficar sozinho e guardar alimentos.
10. COMO É O BULÍMICO?
Os pacientes bulimicos fazem frequentes tentativas de
dieta. As tentativas de adaptar os afazeres e
compromissos rotineiros com os episódios de ingestão e
auto-indução de vómito tornam seu estilo de vida
bizarro, pois os episódios devem ser feitos às
escondidas, mesmo das pessoas íntimas. Uma
alternativa para a manutenção de seu problema
escondido é a opção pelo isolamento e distanciamento
social, que por sua vez gera outros problemas.
11. TRATAMENTOS
Não existe uma cura única e reconhecida para a bulimia
mas há uma variedade de opções de tratamento. Cada
doente trabalha com profissionais de saúde mental para
conceber uma fusão de tratamentos que se adeqúem a
todos os seus comportamentos e preocupações. Os
tratamentos comuns para a bulimia incluem:
Aconselhamento/ terapia;
Terapia cognitivo-comportamental (para alterar os hábitos
alimentares);
Aconselhamento e planeamento nutricional.
Raramente é utilizada medicação como tratamento para a
bulimia.
12. CURIOSIDADES
Cientistas espanhóis descobriram uma variante genética
que aumenta a predisposição para a anorexia e a bulimia.
Os investigadores descobriram que existe uma variante de
um gene, que participa na interacção dos neurónios, que se
associa à anorexia e bulimia aumentando a predisposição
ao seu desenvolvimento.
Por isso estes distúrbios alimentares têm também uma
componente hereditária.
Mas há que ter em conta também outros factores como “o
metabolismo, a personalidade o stress, a adaptação ao
ambiente e a cultura”.