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GráficaGEO
ALUNO: _______________________________________________________________ SÉRIE:_______________ TURNO_________
1. Complexos Regionais
Na década de 1960 foi proposta pelo Geógrafo Pedro Pinchas outra forma de ver o Brasil, levando em conta as
características históricas e econômicas das transformações do espaço geográfico, criando uma visão de Três Brasis:
PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS REGIONAIS
COMPLEXO REGIONAL
NORDESTINO
Primeira região ocupada e explorada no Brasil, constituída
pelas cidades que apresentam maiores carências hídricas e
indicadores sociais inferiores. Conta com importantes áreas
industriais, no litoral, economia dinâmica, mas dependente da
ação estatal.
AMAZÔNICO
Área da atual expansão agropecuária, região caracterizada
pela baixa densidade demográfica e econômica. A égide
Estatal é quem direciona os investimentos, principalmente em
gêneros de exportação.
CENTRO-SUL
Complexo mais dinâmico do País, concentra mais de 80% da
riqueza nacional, com os mais importantes polos tecnológicos,
agroindústria complexa e extremamente competitiva,
abastece o mercado interno e externo.
2. Regionalização de Milton Santos – Meio técnico-científico-informacional
O intenso processo de desenvolvimento das forças produtivas requer um melhor conhecimento da base geográfica da
nação, há uma intensa incorporação da ciência da produção com a difusão do conhecimento, isso fez surgir um território com
espaços integrados internacionalmente, exercendo função de “país rico” no contexto de uma nação periférica, dessa forma o
Geógrafo Milton Santos definiu nosso atual território:
Resultado de um trabalho permanente e, sobretudo, da progressiva incorporação de capitais fixos e constantes, com
ênfase em certos pontos, o território brasileiro metamorfoseia-se em meio técnico-cinentífico-informacional. [Sendo
esta] a cara da globalização.
SANTOS, Milton & SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no inicio do século XXI. RJ: Record, 2003
Dessa maneira Milton Santos propôs uma revisão à regionalização brasileira, com destaque à porção sul do País, integrando
as regiões Sudeste e Sul em uma única organização territorial: a Região Concentrada, além da Região Amazônica, Região Nordeste e
Região Centro-Oeste.
Região Amazônica possui seis estados: AC, RO, AM, PA, AP e RR. Com baixas densidades
demográficas, e produção mineral e agropecuária para o mercado externo;
Região Centro-Oeste com quatro estados e o DF: MT, MS, GO e TO. De ocupação recente,
com forte intervenção econômica estatal, além de ser perifericamente explorada pelo
capital nacional e estrangeiro.
Região Nordeste com nove estados: MA, PI, CE, RN, PB, PE, SE, AL e BA. Porção de
colonização antiga, com produção agrícola moderna convivendo com imensos espaços de
produção decadentes ou estagnados. Atualmente vem recebendo o maior volume de
investimentos estatais.
Região Concentrada com sete estados: MG, ES, RJ, SP, PR, SC e RS. É a mais dinâmica área
produtiva do País. Exerce função de “país privilegiado”, subordinando uma grande
periferia do capital. Com as maiores aglomerações urbanas e o maior mercado
consumidor.
Percebe-se que os limites entre os estados são mantidos, mas notam-se diferenças nas regionalizações do IBGE, que possui cinco
macrorregiões, e a proposta de Pedro Geiger, três complexos geoeconômicos.
3. REGIONALIZAÇÃO BRASILEIRA
3.1 Regionalização Oficial – IBGE
Segundo o IBGE o Brasil possui 5 macrorregiões, definidas pelo critério homogêneo, ou seja, pela predominância dos
aspectos naturais, comuns aos espaços regionais delimitados.
www.geo.com.brwww.geo.com.br
Profº: Demétrio 2ºS ANOS
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GráficaGEO
BRASIL: CENSO - 2000 BRASIL REGIONALIZAÇÃO OFICIAL
BRASIL – CENSO 2010 – DADOS REGIONALIZADOS
REGIÃO
POPULAÇÃO
2010
Densidade
Demográfica
PIB (%)
2010
FECUNDIDADE
(2010)
NORDESTE 53,08 MI (27,08%) 13,5 2,06
NORTE 15,86 MI (8,3%) 5,3 2,47
CENTRO-OESTE 14,05 MI (7,4%) 9,3 1,92
SUDESTE 80,36 MI (42,1%) 55,4 1,70
SUL 27,38 MI (14,4%) 16,5 1,78
3.2 CARACTERIZAÇÃO REGIONAL BRASILEIRA
3.2.1 REGIÃO CENTRO-OESTE
As bacias dos rios Paraná e Paraguai tiveram grande influência na forma de ocupação humana. Desde o século XVI, o eixo de
penetração foi o rio Paraguai, que se manteve até o século XIX como a principal via de acesso a Mato Grosso.
O maior adensamento da população é resultado de fatores recentes: o desenvolvimento econômico do Sudeste; a abertura das vias
terrestres, especialmente das grandes rodovias, e a construção e inauguração de Brasília, impulsionaram o povoamento da região,
principalmente ao sul, onde a articulação com as demais regiões fez com que o Centro-Oeste se tornasse uma verdadeira base de
penetração para a Amazônia. Brasília acabou por despertar a atenção para as regiões pouco habitadas do oeste.
Para a formação da população do Centro-Oeste concorreram elementos brancos, negros, índios e mestiços. A estrada de ferro
Noroeste do Brasil tem promovido uma atração de bolivianos maior do que a exercida pela borracha. O mate, responsável pela
fixação de paraguaios, hoje exerce menor atração, pela instabilidade econômica de sua exploração.
O crescimento demográfico da região, no entanto, tem sido bastante acelerado, sobretudo após a construção de Brasília, em 1960,
e da adoção de uma política oficial de atração populacional, com a oferta de terras e facilidades de crédito para os interessados em
se instalar em certas áreas da região.
Nas últimas décadas a região Centro-Oeste vem atravessando uma fase de grande processo de urbanização. Em 1960, a população
rural correspondia a 65% do total de habitantes da região. Essa percentagem diminuiu para 32% em 1980, atingindo cerca de 18%
em 2000. Esse aumento ocorreu não só devido ao êxodo rural mas também pelo aumento da migração de pessoas de outros
estados brasileiros em direção aos centros urbanos do Centro-Oeste, especialmente Brasília e suas cidades-satélites. O êxodo rural é
causado pelos programas de mecanização da agricultura.
As cidades-satélites de Brasília
São cidades que se formaram a partir de um planejamento e nas proximidades da capital federal (Taquatinga, Sobradinho, Gama,
Planaltina). Seriam temporárias, existindo enquanto a capital estava sendo construída, mas acabaram se consolidando como
importantes centros urbanos. Possuem vida própria, econômica e social.
Aspectos econômicos
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GráficaGEO
Agricultura: Muitos cultivos, antes restritos às regiões Sul e Sudeste, mostram-se promissores em áreas do Centro-Oeste. É o caso
da soja, do trigo e do café. Na fotografia, aparecem os grãos torrados de Coffea arabica.
A agricultura de subsistência, com o cultivo de milho, mandioca, abóbora, feijão e arroz, através de técnicas primitivas, sempre se
constituiu em atividade complementar à pecuária e ao extrativismo. O crescimento populacional que vem caracterizando a Região,
a melhoria das vias de comunicação e o mercado consumidor sempre expressivo do Sudeste tem aumentado muito o
desenvolvimento da agricultura comercial.
a) Pecuária: A pecuária de corte é a atividade econômica mais importante da Região Centro-Oeste do Brasil. Na fotografia, um touro
da raça Nelore;
Possuindo em média mais de quatro cabeças de gado para cada habitante, o Centro-Oeste dispõe de um enorme rebanho,
destacando-se o gado bovino, criado geralmente solto, o que caracteriza a pecuária extensiva. Esse tipo de criação dificulta o
aproveitamento do leite e, assim, praticamente todo o rebanho é destinado ao corte e absorvido pelo mercado consumidor paulista
e pelos frigoríficos do oeste do estado de São Paulo.
b) Extrativismo mineral: O ouro é um dos produtos econômicos mais importantes da Região Centro-Oeste do Brasil, ao lado do
diamante e do ferro. As riquezas minerais da região centro - oeste são ainda mal conhecidas, mas mesmo assim a região se projeta
como possuidora de excelentes reservas de ferro, manganês, níquel, cristal de rocha, ouro e diamante. O ferro e o manganês são
encontrados em um grande bloco de rochas cristalinas, o Maciço do Urucum. O Maciço do Urucum: Localizado no Mato Grosso do
Sul, em razão da natureza das suas rochas, o Maciço do Urucum possui grandes reservas minerais, que se destaca o manganês tipo
pirolusita e criptomelana (possui a maior reserva do Brasil e uma das maiores do mundo, podendo ser extraído 30 milhões de
toneladas) e o ferro tipo hematita e itabirita (terceira maior do Brasil). A Vale S.A é a grande produtora de minerais no Maciço do
Urucum;
c) Extrativismo vegetal: É uma atividade econômica importante sobretudo em áreas mais distantes dos grandes centros. Da imensa
Floresta Amazônica, que recobre a parte norte da região, extrai-se borracha e madeiras de lei, como mogno, cedro, imbuia e outras.
No sudoeste de Mato Grosso extraem o angico e a poaia, cujas raízes fornecem matéria-prima para a indústria farmacêutica; no
Pantanal, a espécie de maior aproveitamento é o quebracho, do qual se extrai o tanino, utilizado no curtimento do couro; e no sul
de Mato Grosso do Sul alternam-se o extrativismo vegetal e plantações de erva-mate;
d) Indústria: Trata-se de uma atividade pouco significativa no Centro-Oeste. As indústrias mais expressivas são recentes, atraídas
pela energia abundante fornecida pelas usinas do complexo de Urubupungá, no rio Paraná (Mato Grosso do Sul), de São Simão e
Itumbiara, no rio Paranaíba, de Cachoeira Dourada (em Goiás) e outras menores. As indústrias mais importantes são as de produtos
alimentícios, de minerais não-metálicos e a madeireira. A área mais industrializada do Centro-Oeste estende-se de Goiânia a
Brasília, englobando a cidade de Anápolis. Tem como destaque as indústrias alimentícia, têxtil, de produtos minerais e bebidas.
Outros centros fabris importantes são Campo Grande (indústria alimentícia), Cuiabá (indústria alimentícia e de borracha), Corumbá,
favorecida pela proximidade do Maciço do Urucum para a obtenção de matérias primas minerais, Catalão e Rio Verde em Goiás e
Três Lagoas (Mato Grosso do Sul), que sozinha será responsável por 0,15% do crescimento PIB brasileiro em 2007.
3.2.2 REGIÃO NORTE
A Amazônia até hoje é uma das regiões mais despovoadas do globo. Sua ocupação sempre foi difícil, por vários fatores: floresta
densa, escassez do elemento humano, as mais diversas endemias, descaso dos antigos governantes. Por esse motivo é que, num
mapa de distribuição populacional, destacam-se esse vazio e os dois aglomerados, o da região bragantina e o de Manaus.
Dois grandes centros populacionais se destacam na região Norte:
a) Manaus: Quase na foz do rio Negro, no centro da região amazônica, com mais de 1,9 milhão de habitantes (2013);
b) Belém: Situada na região litorânea, o porto internacional da região e a metrópole regional da Amazônia. Ali se acumula boa parte
da produção da região Norte (castanha, borracha, madeira, juta, peles, oleaginosas), que se encaminha para o sul ou para o exterior.
A cidade começa a receber a instalação de indústrias que estão modificando a paisagem urbana, atualmente conta com mais de
1,42 milhão de habitantes (2013).
O extrativismo vegetal
A riqueza vegetal é muito variada e possibilita amplamente a atividade de coleta. Em virtude da grande extensão da região, a
população e os produtos extrativos estão muito espalhados. Essa forma de economia primitiva perdura até nossos dias, com todos
os seus problemas: provoca atraso econômico da região; cria um sistema de trabalho que é uma verdadeira escravidão, pois o
salário é dado em forma de auxílio para o empregado; faz com que grande parte da população supra suas necessidades básicas, mas
mantém os níveis de concentração de renda um dos mais elevados do país, no entanto, o extrativismo preserva as áreas florestais,
mantém as populações autóctones, preserva a cultura indígena. Nas últimas décadas tem ocorrido um aumento da rede urbana, dos
meios de transportes e do desenvolvimento industrial, fatores que têm modificado essa situação.
Dentre os produtos do extrativismo vegetal, três ainda lideram a produção:
a) Borracha: a extração é realizada pelos seringueiros (geralmente caboclos amazonenses ou nordestinos) que praticam a “sangria”
da seringueira (Hevea Brasiliensis), recolhendo o látex (substância leitosa);
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GráficaGEO
b) Castanha-do-pará: é uma árvore majestosa, com caule cilíndrico, sem galhos até a copa, que alcança de 20 a 30 metros de altura.
É espécie típica de terra firme, aparecendo em grupos, formando matas, regionalmente denominadas “castanhais”. A coleta dos
ouriços, lançados ao chão pelo vento, é feita por um tipo humano regional – o castanheiro;
c) Madeira: a exploração da madeira é uma das mais antigas atividades econômicas da região. Grande é o número de espécies da
floresta que fornecem madeiras duras. Apesar de ser a maior área florestal do Brasil, a região Norte é a maior produtora de madeira
do extrativismo, mas a produção de madeira reflorestada está na região Sul e Sudeste. O extrativismo madeireiro é praticado por
cortadores individuais de árvores e sobretudo por companhias nacionais e transnacionais.
Extrativismo mineral
Desde a época colonial pratica-se a garimpagem na região. Uma das mais antigas explorações minerais é a do ouro (Amapá e Pará);
o diamante é garimpado no estado de Roraima; o cristal de rocha (quartzo) é também explorado, assim como a cassiterita (minério
de estanho).
a) Minério de ferro: embora existam reservas já conhecidas, o Departamento Nacional da Produção Mineral encontrou, em 1967,
grandes reservas de alto teor na serra dos Carajás, no vale médio do rio Tocantins e do Xingu, no sudeste paraense; trata-se de uma
das maiores províncias mineralógicas do planeta;
b) Manganês: minério muito importante utilizado na indústria siderúrgica para aumentar o limite de elasticidade do aço. Mais da
metade do minério de manganês do país é extraída das jazidas localizadas na serra do Navio, no Amapá, e destinada integralmente
à exportação. Sua reserva está avaliada em 31 milhões de toneladas de minério de alto teor e é considerada a maior do hemisfério
ocidental;
c) Cassiterita (minério de estanho): na época da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), houve grande exploração desse minério. Sua
ocorrência foi mapeada na década de 70 através dos trabalhos de fotointerpretação (Projeto Radam). O principal emprego do
estanho é na fabricação de folhas metálicas para a produção de latas, soldas etc. O grande consumidor de estanho é a Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), que aplica 50% da produção nacional em “folhas de flandres”;
d) Bauxita: matéria-prima básica para a produção de alumínio. Há grandes reservas no norte do Pará, na foz do rio Trombetas e na
região de Paragominas, também no Pará. No seu conjunto, elas correspondem a um sexto das reservas mundiais. A produção anual
é da ordem de 4 milhões de toneladas e realizada pela empresa Mineração Rio do Norte S/A, consórcio formado pela Vale S.A.
(antiga CVRD) com as transnacionais Alcan Aluminium (canadense) e a Alcoa (americana), instaladas principalmente com o
desenvolvimento do Projeto Trombetas;
e) Petróleo: em março de 1955 foi perfurado o poço pioneiro em Nova Olinda (estado do Amazonas); encontrou-se petróleo, numa
profundidade de 2.757 m a Petrobrás S.A é a grande produtora de óleo no estado do Amazonas.
Os projetos de desenvolvimento
a) SUDAM: Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia foi criada em 1967. Estava sob a responsabilidade da Sudam a
organização e execução de projetos que visavam ao desenvolvimento da região. Os principais projetos aprovados referem-se à
população e aos setores de agropecuária, indústria alimentícia, mineração e siderurgia;
b) Suframa: A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) é diretamente ligada ao Governo Federal, que controla a Zona
Franca. Seu objetivo é incrementar a industrialização por meio da importação dos maquinários, facilitada pelos incentivos fiscais. A
Zona Franca é uma área que abrange a capital do Amazonas e todo o trecho ocidental da Amazônia. Nessa zona as mercadorias
estrangeiras e nacionais podem ser vendidas sem pagamento de impostos ou taxas;
c) Calha Norte: instituído a partir de 1985, promoveu a instalação de bases militares ao
norte dos vales (calhas) dos rios Solimões e Amazonas. O objetivo foi controlar
militarmente a região, combater o contrabando, apaziguar os conflitos entre
garimpeiros e índios, empresários e fazendeiros, e impedir que focos guerrilheiros,
principalmente na região vizinha à Colômbia, aí se estabelecessem.
d) Usina de Tucuruí e Balbina: No Rio Tocantins as obras de infraestrutura da Usina
Hidrelétrica Tucuruí, no sudeste do Pará, a construção da usina no estado do Pará
tinha como missão preparar a infraestrutura energética necessária para atender o polo
minerometalúrgico que seria instalado no oeste do Pará. A usina de Balbina instalada
no Rio Uatumã, no estado do Amazonas, veio atender a demanda energética
necessária para o polo de desenvolvimento de Manaus, entretanto, sua baixa
capacidade de geração não permitiu autonomia na região, sendo comum o uso de termoelétricas movidas a óleo diesel;
e) Projeto SIVAM: Para fiscalizar a região amazônica, está sendo implantado o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam),
constituído por uma rede integrada de telecomunicações, que recebe imagens por meio de satélites e visa controlar o tráfego aéreo
e as atividades ilegais, mapear as jazidas minerais e as bacias hidrográficas, ao mesmo tempo em que procura contribuir para a
proteção do meio ambiente amazônico. O projeto que prevê o controle e fiscalização com base em informações e imagens obtidas
por sistemas de radar começou a ser implantado no segundo semestre de 1998, pela empresa norte-americana Raytheon Company;
f) Projeto Grande Carajás: Consistia na ampliação da produção mineral, pela antiga Vale do Rio Doce – hoje a privada Vale S.A. Uma
área de 900 mil km2
no sul do estado do Pará, incluía usinas hidrelétricas, estradas de ferro, extração mineral e assentamento
humano.
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3.2.3 REGIÃO NORDESTE
A região Nordeste é bastante complexa e muito variada nas suas características físicas e formas de ocupação humana. É a região
que possui o maior número de estados da federação, e todos eles em contato com o Atlântico. Quando se examina um mapa da
rede urbana do Nordeste, logo à primeira vista nota-se a grande concentração de núcleos urbanos na Zona da Mata, no Agreste e
no Recôncavo Baiano. Para o interior existe um grande distanciamento entre os núcleos urbanos. Recôncavo Baiano é a região em
torno da baía de Todos os Santos. Os núcleos urbanos da Zona da Mata, na sua maioria, não se instalaram na orla litorânea, onde há
restingas, mangues ou costas não propícias ao estabelecimento de portos.
Assim, a localização prende-se ao seguinte fator: ao longo dos rios principais da Zona da Mata, embora geralmente não-navegáveis.
Essa preferência pela localização ao longo de cursos d’água deve-se ao uso da terra, pois a cana de açúcar requer solos de aluvião, e
havia necessidade de grande quantidade de água para o trabalho nos engenhos.
Na Zona da Mata, a intensidade da ocupação agrícola, baseada na lavoura e no comércio do açúcar, e a antiguidade do povoamento
fizeram proliferar muitas cidades. Hoje, apresentam diversas funções, inclusive a industrial e a turística, e beneficiam-se do
desenvolvimento dos transportes.
No agreste não foram os rios que comandaram a localização dos centros urbanos. Ali, muitos núcleos surgiram como consequência
do intercâmbio comercial entre o agreste e a zona canavieira. É o caso de Vitória de Santo Antão (PE) e de Campina Grande, ou
então entre o agreste e os “pés de serra”, como Crato (CE).
A presença dos “brejos” encravados no agreste explica o aparecimento de muitas cidades que se ligam por meio de estradas.
A maioria dos núcleos urbanos sertanejos originou-se de fazendas de gado, fazendas mistas de gado e lavoura e aldeamentos
indígenas provenientes das missões religiosas. Não se pode esquecer também dos centros urbanos que se originaram dos
patrimônios religiosos. Esses patrimônios, localizados nas fazendas de gado, se devem à doação de terras à Igreja sob a evocação de
um santo. Construía-se a capela e esta ficava como centro de um pequeno povoado. Outras cidades tiveram origem de simples
currais de gado como, Currais Novos (RN) e Pilão Arcado (BA). Também os caminhos de gado estimularam a instalação de núcleos
urbanos. Rio dos Currais era o nome dado ao rio São Francisco na época áurea da criação de gado no sertão, durante os séculos XVII
e XVIII, quando se viveu a era do couro.
As capitais regionais
Fortaleza é uma grande capital regional, o mais movimentado porto da costa norte do Nordeste e está adquirindo funções
metropolitanas. Possuía mais de 2,5 milhões de habitantes em 2013. Originou-se de um forte construído no século XVII, e seu
crescimento foi lento. Mas atualmente apresenta elevado índice populacional pela atração que exerce sobre as populações
interioranas. É uma cidade que durante os flagelos das secas sofre terríveis problemas sociais e econômicos, com o aumento
excessivo de pessoas banidas de seus centros sertanejos pela fome.
Seu parque industrial conta com vários estabelecimentos, e isso mostra o progresso da capital que, além de centro portuário, é
importante nó de comunicações.
Caruaru (337 mil hab. Em 2013) é chamada de “capital do agreste” e é a maior cidade do interior pernambucano. É nó de
comunicação e centro coletor e distribuidor da produção dos “brejos”. Exibe nos dias de feira um espetáculo de fartura e
abundância. Situa-se no encontro de duas importantes rodovias: uma de Campina Grande e outra do Recife.
Campina Grande (400 mil hab. Em 2013) é o maior centro comercial não só da Paraíba, como de todo o interior nordestino. É a mais
importante e ativa capital regional dentro da órbita de influência de Recife, com quem mantém muitas relações comerciais.
Localiza-se no rebordo oriental da Borborema e constitui-se na verdadeira porta do sertão, no contato com o “brejo” e o litoral. Aí,
durante o período colonial, realizava-se a mais famosa feira de gado. A presença do “brejo” paraibano possibilitou que se formasse
também uma feira de cereais. Hoje é empório comercial e transacional de gado e algodão do sertão, produtos manufaturados de
toda ordem, importados do litoral e de São Paulo e do Rio de Janeiro. É chamada “Princesa do Sertão” ou “Rainha da Borborema”.
As metrópoles regionais: Salvador e Recife
A origem de ambas está ligada à implantação da cultura canavieira, zona úmida de solos férteis. Surgiram como cidades, portos.
Eram os postos avançados na defesa do litoral e, por estarem na ponta mais projetada a leste do território brasileiro, tinham uma
proximidade maior com a Europa. Possuíam facilidades para ligações marítimas, e a rede hidrográfica lhes permitia contato com o
interior açucareiro. Recife cada vez mais se afirma como metrópole de todo o Nordeste, beneficiada pela função portuária (3º porto
do país). É escoadouro de vasta região interiorana que ultrapassa os limites do Nordeste Oriental, atingindo o Meio-Norte.
Seu aumento populacional deve-se ao intenso êxodo rural da região, o que lhe traz sérios problemas sociais.
A Grande Recife, com mais de 4 milhões de habitantes, é a terceira maior aglomeração urbana do país, pelo censo de 2010. É o
maior centro industrial depois dos da região Centro-Sul do país. Contam-se entre seus estabelecimentos industriais os tradicionais:
têxteis, alimentícios, bebidas e indústrias pesadas, como a mecânica, química e metalúrgica, que têm se desenvolvido nos seus
arredores graças aos estímulos governamentais para a região. É de Recife que se irradia a mais importante rede ferroviária e
rodoviária da região.
Salvador beneficiou-se da riqueza agrícola do Recôncavo e foi tradicionalmente um importante centro comercial. Foi nossa primeira
capital, fundada em 1549, e a localização junto a um bom porto natural foi um fator vantajoso para seu desenvolvimento. A Grande
Salvador segundo o IBGE em 2013 possuía mais de 3,8 milhões de habitantes. Instalada junto à escarpa de falha próxima do mar,
desenvolveu-se em dois níveis: a cidade alta e a cidade baixa. No velho núcleo de Salvador estão presentes os belos sobradões
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GráficaGEO
(Pelourinho), que ladeiam as íngremes e estreitas ladeiras, largamente procuradas pelos turistas nacionais e estrangeiros. Esses
sobrados e as magníficas igrejas testemunham uma era passada de opulência açucareira na região. Hoje a industrialização se
processa em ritmo acelerado, tendo sido criada o CIA (Centro Industrial de Aratu). O petróleo é um dos fatores favoráveis dessa
industrialização que vai se diversificando cada vez mais, fugindo das tradicionais indústrias baseadas na matéria-prima da
agropecuária.
Extrativismo
Pelas dificuldades encontradas para o desenvolvimento da lavoura e da criação de gado, o extrativismo coloca-se como uma das
atividades mais importantes do Nordeste.
Extrativismo vegetal
a) O babaçu: É uma palmeira encontrada em grandes extensões nos estados do Maranhão e Piauí, às margens de lagoas, rios e vales
úmidos, pois é típica de clima quente e úmido. Maranhão e Piauí produzem 80% do total nacional. A economia do babaçu é
considerada doméstica, executada pela família, ao redor da casa ou no meio do babaçual;
b) A carnaúba aparece no Meio-Norte e Nordeste oriental, com exceção de Alagoas e Sergipe. Ocupa as regiões de topografia
tabular e clima mais seco ou ao longo dos rios, constituindo verdadeiras florestas densas. Da palmeira carnaúba tudo é aproveitado,
mas as folhas constituem a parte de maior importância industrial. Delas é extraída a cera, principal produto da carnaúba;
c) Extrativismo animal: A pesca é uma das atividades tradicionais do Nordeste, mas sob o ponto de vista técnico é ainda primitiva na
sua maioria. As populações litorâneas dedicam-se a essa atividade. Utilizam as jangadas, embarcações de troncos amarrados, para a
pescaria.
d) Extrativismo mineral: O petróleo teve comprovada a sua existência no subsolo brasileiro, em volume comerciável, em 1939, com
a abertura do primeiro poço em Lobato, na Bahia. A primeira refinaria instalada, em 1950, foi a de Mataripe, no Recôncavo Baiano,
hoje chamada Landulfo Alves (RLAM). A exploração comercial acelerou-se a partir de 1953, com a criação da Petrobras;
e) O sal: O litoral do Rio Grande do Norte oferece condições excepcionais para a produção do sal marinho. O cloreto de sódio (NaCl)
ou sal de cozinha, que existe na água do mar, é extraído no litoral brasileiro desde o Pará até o Rio de Janeiro, com exceção do
Espírito Santo. Mas somente no Nordeste encontram-se condições excelentes para a cristalização do cloreto de sódio e é no litoral
do Rio Grande do Norte, nos vales dos rios Mossoró (ou Apodi) e Açu (ou Piranhas), que se encontram as maiores salinas
compreendidas no triângulo potiguar de Mossoró-Macau-Areia Branca.
A Industrialização
As obras contra a seca aumentaram a partir do início dos anos 1940, quando o governo federal deu assistência aos diversos estados
com recursos do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS). Foram criados dezenas de açudes; muitos com grande
capacidade, como o de Orós, Banabuiú e Araras, localizados a sudeste, centro e noroeste do Ceará. Os recursos da Sudene (anos
1960) e os incentivos fiscais (na década de 1970) ajudaram no crescimento industrial, principalmente dos setores têxtil e
alimentício. Indústria de transformação, alimentos e matérias-primas se desenvolveram com o aumento da produção de cana de
açúcar e dos óleos de carnaúba, mamona e oiticica. Condições propícias à cultura do algodão levaram à instalação de indústrias
têxteis na região. O fornecimento de recursos energéticos, associado à facilidade de comunicação e às condições climáticas, levou as
indústrias a se instalarem próximas das capitais que estão na orla litorânea. Mas a criação de indústrias no Nordeste era dificultada
pela pobreza energética. Com a instalação e funcionamento da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso e a criação da Petrobras,
diminuiu o consumo de lenha e de carvão vegetal. A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) é uma subsidiária das Centrais
Elétricas Brasileiras S/A.
Os distritos industriais
A SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, com sede em Recife-PE), criada em 1959 no governo do presidente
Juscelino Kubitschek, foi o primeiro organismo público de planejamento macroeconômico. Sua área de atuação abrange todo o
Nordeste e o norte de Minas Gerais, correspondente à área conhecida como “Polígono das Secas”. Tinha por objetivo promover o
desenvolvimento econômico e social dessa área, procurando diminuir as diferenças regionais.
Entretanto, a SUDENE não conseguiu eliminar a concentração dos investimentos industriais na Bahia e em Pernambuco, e
principalmente na faixa litorânea da Zona da Mata. Mais de 60% dos investimentos programados são feitos nesses estados,
sobretudo nos grandes centros urbanos, suas capitais, que apresentam também maiores perspectivas de mercado. Essa
concentração nas duas capitais é explicada:
 pela abundância e eficiência dos serviços públicos;
 pelos serviços bancários;
 pela assistência técnica ampla.
O custo das implantações industriais ali é menor do que nas áreas onde não existem tais serviços.
Projetos Regionais
a) CODESVASF: A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba é uma empresa pública brasileira, criada
em 1974, destinada ao fomento do progresso das regiões ribeirinhas dos rios São Francisco e Parnaíba e de seus afluentes, nos
estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas Distrito Federal, Goiás, Sergipe, Piauí e Maranhão;
b) TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO: A transposição do rio São Francisco é o projeto de deslocamento de parte das águas
do rio São Francisco, no Brasil, nomeado pelo governo brasileiro como "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias
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Hidrográficas do Nordeste Setentrional". Com previsão de beneficiar cerca de 12 milhões de pessoas, o projeto prevê a captação de
apenas 1,4% da vazão de 1 850 m³/s do São Francisco, dividida em dois eixos de transposição. Atualmente o projeto é o maior do
mundo em orçamento (R$ 8,6 bi) e uma das maiores áreas em extensão (350 mil km2
);
c) DNOCS: O Departamento Nacional de Obras Contras as Secas é uma autarquia federal, em 1945, vinculada ao Ministério da
Integração Nacional e com a sede da administração central em Fortaleza. O DNOCS realizou a construção de mais de
300 açudes públicos de médio e grande porte em toda a região semiárida brasileira durante seus 100 anos de existência. Os açudes
têm a função de estocar a água acumulada durante os períodos de chuvas para que possa ser utilizada nos períodos secos, em
virtude da característica inerente ao clima semiárido de possuir distribuição irregular de chuvas ao longo de um mesmo ano, e
grandes flutuações no volume de precipitação de um ano para outro.
3.2.4 REGIÃO SUL
Sem ser uma zona tipicamente temperada, a região Sul foge das características da zona intertropical. Na verdade, podemos
caracterizá-la como uma zona subtropical. Conhecida como celeiro agrícola nacional em virtude da diversificação das atividades
agropecuárias, principalmente com destaque a ovinocultura, pecuária bovina (leiteira e corte) suinocultura, além da moderna
atividade vinicultora e a sojicultura.
Como consequência, as formas de ocupação humana foram diferentes das demais regiões brasileiras, pois a vegetação e o solo têm
aspectos distintos dos observados na zona tropical.
A colonização europeia na região Sul, que se estabeleceu em um quadro natural diferente dos demais do Brasil, criou condições
para uma grande diversificação no uso da terra. Encontram-se aí áreas em que a terra é utilizada intensamente por meio de técnicas
aperfeiçoadas, e áreas onde a terra é usada no sistema tradicional.
O Sul é uma das regiões mais urbanizadas do país. Existe uma certa uniformidade na distribuição das cidades ao longo do seu
território. Há uma menor ocorrência de núcleos urbanos nas zonas ainda em processo de povoamento, como o oeste do Paraná e
Santa Catarina, ou onde há a predominância da criação de gado e, portanto menor densidade de população. No cenário urbano do
Brasil meridional, duas cidades destacam-se como metrópoles regionais: Porto Alegre e Curitiba.
As metrópoles regionais
a) Curitiba: sua influência como centro metropolitano abrange parte do território do Paraná e de Santa Catarina. Sua atuação como
metrópole regional é recente; o fato deve-se à expansão e valorização da agricultura do estado, à convergência da rede viária para a
capital e seu recente surto de industrialização.
b) Porto Alegre: A capital gaúcha é o maior centro comercial, industrial e cultural do Rio Grande do Sul, estendendo sua influência
além dos limites gaúchos, penetrando em Santa Catarina e fazendo-se sentir também no Paraná.
A região Sul é a segunda mais industrializada do país, vindo logo após o Sudeste. A principal característica da industrialização no Sul
é o fato de as atividades comandarem a atividade industrial, onde se localizam indústrias siderúrgicas, químicas, de couros, de
bebidas, de produtos alimentícios e têxteis. Já a industrialização de Curitiba, o maior parque industrial, é mais recente, destacando-
se suas metalúrgicas, madeireiras, indústrias automobilísticas, peças, químicas, e fábricas de alimentos.
Regiões econômicas
a) Vale do Itajaí: é a região mais alemã do Brasil. área de grande diversidade agropecuária e principalmente turística;
b) Serra Gaúcha: Apresenta características socioculturais específicas, como acentuada influência alemã e também italiana, grande
produção de uvas e vinho e desenvolvida indústria turística, tornou-se um polo turístico, atraindo milhares de pessoas todos os
anos. A maior parte dos turistas chegam no inverno, à procura do clima frio, raro de se encontrar no Brasil;
c) Cinturão Carbonífero: Estende-se do Paraná ao Rio Grande do Sul, é a região brasileira produtora de carvão mineral, atendente
principalmente indústria siderúrgica e a termelétricas instaladas na Região Sul.
3.2.5 REGIÃO SUDESTE
O Sudeste é a região mais populosa, com quase metade dos habitantes do Brasil. Seu ritmo de crescimento foi notável desde a
metade do século XIX. Esse crescimento não se apresenta de maneira regular por toda a região. Em São Paulo o ritmo tem sido mais
acelerado do que nos outros estados, embora apresente sinais de queda no crescimento.
A população do Sudeste está desigualmente distribuída. No entanto, destaca-se dentro do Brasil por apresentar a mais alta
densidade demográfica. Os “vazios” de população aparecem a noroeste de Minas Gerais e em regiões reduzidas do litoral. O
aumento da população do Sudeste deve-se: ao crescimento vegetativo, às correntes imigratórias de europeus e asiáticos que para aí
se dirigiram, principalmente nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras do século passado, e às migrações internas,
destacando-se as procedentes do Nordeste, a partir de 1940.
Composição da população
Na região Sudeste há o predomínio dos elementos brancos, na maioria descendentes de europeus. Destaca-se também a minoria
constituída por asiáticos e seus descendentes. Os portugueses e seus descendentes são os que se destacam em número na região
desde os tempos coloniais e, a partir do século XIX, como imigrantes numa corrente contínua. Concentram-se principalmente nas
grandes cidades. Os italianos são o segundo elemento em número. Fixaram-se no estado de São Paulo e Espírito Santo a partir do
século XIX, em grandes correntes imigratórias.
8
GráficaGEO
Nas últimas décadas, novos fatores vieram contribuir para essa expansão do povoamento:
 a expansão da rede rodoviária, que possibilitou o renascimento de muitas pequenas cidades e fez surgir outras;
 a abertura das frentes pioneiras que desbravaram o oeste paulista (a partir de 1920) e as que se expandiram pelo norte do
Espírito Santo;
 a industrialização.
Além de São Paulo, há na região Sudeste mais duas grandes cidades, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Muitos centros importantes
também aí se localizam, ultrapassando em número de pessoas algumas capitais de estados de outras regiões.
Entre eles destacam-se: Guarulhos, Santos, Ribeirão Preto, Campinas, São José dos Campos, Sorocaba, São José do Rio Preto,
Taubaté, Bauru, em São Paulo; Juiz de Fora, Uberlândia, Uberaba, em Minas Gerais; Campos e Volta Redonda, no estado do Rio de
Janeiro, e Vitória, no Espírito Santo.
Sub-regiões do Sudeste
a) Planalto Paulista: Destaque para a agricultura comercial aí praticada utiliza técnicas das mais adiantadas do país. Além do café,
destacam-se o algodão e a cana de açúcar. Na região mais próxima de São Paulo a fruticultura desenvolveu-se muito;
b) Vale do Paraíba: Este vale transformou-se no grande eixo de circulação entre São Paulo e Rio de Janeiro, através da estrada de
ferro Central do Brasil e da rodovia Presidente Dutra;
c) Baixadas litorâneas: Desde o norte do Espírito Santo até o sul do estado de São Paulo, as atividades econômicas da baixada
litorânea apresentam grande diversidade;
d) O Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais tem cerca de 100 km de lado e se localiza a sul e a leste de Belo Horizonte. As principais
cidades dessa área são: Sabará, Santa Bárbara, Mariana, Congonhas, Ouro Preto, João Monlevade, Rio Piracicaba, Itaúna e Itabira.
Além do minério de ferro, também são extraídos do Quadrilátero Ferrífero, ouro e manganês. As estimativas avaliam ocorrência do
ferro em centenas de bilhões de toneladas;
e) Triângulo Mineiro: Triângulo Mineiro é a região do sudoeste do estado, delimitada pelos rios Grande, Paranaíba e seu afluente, o
Araguari. É uma área de domínio do cerrado, e a base de sua economia é a atividade pecuária. Uberaba, Uberlândia e Araguari são
os principais centros urbanos, destacam-se as atividades comerciais e agropastoris;
f) Zona da Mata Mineira, leste do Espírito Santo e Rio de Janeiro: Desenvolveu-se então nessa região a pecuária extensiva; a do sul
de Minas destina-se à produção do leite, abastecendo as áreas do Rio de Janeiro e São Paulo e os próprios mercados mineiros
próximos. Já na região do leste do Espírito Santo e Rio de Janeiro, a pecuária é destinada ao corte.
01.(FUVEST) Observe os cartogramas a seguir:
IBGE, 2001. IBGE, 2002. Santos, 2001.
A partir dos mapas,
a) comente os critérios utilizados para o estabelecimento de cada uma das três regionalizações do Brasil.
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
b) caracterize a Região Concentrada quanto à industrialização.
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
02.(UFMT) Leia atentamente as informações constantes do mapa do Brasil.
BRASIL – REGIÕES GEOECONÔMICAS
9
GráficaGEO
O mapa apresenta a divisão do país em três grandes complexos regionais.
Essa divisão atende a critérios
A) naturais que consideram as fitofisionomias vegetais: o sudoeste de Minas
Gerais, área da caatinga, integra o complexo nordestino enquanto que o
norte compõe o Centro-Sul.
B) geoeconômicos e desconsidera as fronteiras entre os estados: o sul de
Mato Grosso integra o complexo do Centro-Sul enquanto a porção norte
compõe o complexo da Amazônia.
C) homogêneos, definidos segundo uma combinação de características
demográficas e econômicas: os estados nordestinos apresentam poucas
diferenças entre si, portanto encontram-se individualizados em um único
complexo regional.
D) heterogêneos que consideram as diferenças sociais regionais: o complexo Centro-Sul não inclui a porção norte do Espírito Santo
por apresentar características como altos índices de subnutrição e analfabetismo, fato que o diferencia dos demais.
E) políticos, definidos segundo o contexto estatístico do território: o noroeste do Tocantins integra o complexo nordestino enquanto
o sudoeste compõe o complexo amazônico.
03.(UFPI) Sobre o processo de formação territorial do Brasil, desde o período colonial aos dias atuais, assinale com V (verdadeira) ou
F (falsa) as afirmações abaixo.
I. ( ) As capitanias hereditárias foram um empreendimento misto – público e privado – em que se associaram os interesses do
Estado Português com investidores que podiam desenvolver a plantation açucareira.
II. ( ) O processo de interiorização inicial do território colonial português realizado por bandeirantes visava capturar índios. Só a
posteirori descobriu-se ouro e isso possibilitou a criação de povoamentos mais a oeste, como a Vila Bela de Cuiabá.
III. ( ) As atuais fronteiras brasileiras com os países limítrofes foram definidas ainda durante o século XIX, à época do Segundo
Reinado.
IV. ( ) A estrutura fundiária brasileira não tem nenhuma ligação com o processo de conformação territorial do Brasil.
04.(UNICAMP) Durante o Estado Novo (1937-1945), foi criado o Conselho Nacional de Geografia, que deu origem ao Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Uma das atribuições do IBGE era produzir estatísticas básicas sobre a população
brasileira, por meio de Censos. Também caberia ao instituto produzir informações cartográficas, bem como propor e instituir uma
regionalização do território brasileiro. As figuras abaixo dizem respeito a dois momentos históricos da regionalização do território
brasileiro. Pergunta-se:
A Evolução das Grandes Regiões
Fonte: www.ibge.gov.br
a) Qual o principal critério utilizado para instituir a regionalização do território brasileiro em 1940? Qual a principal finalidade do
Estado brasileiro ao regionalizar o seu território?
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
b) Em 1988 o Estado de Tocantins foi criado. Tocantins foi desmembrado de qual Estado? Porque ele foi inserido na região Norte do
Brasil?
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
__________________________________________________________________________________________________________
05.(UNIOESTE) A respeito da regionalização brasileira, é correto afirmar que
10
GráficaGEO
I. a divisão regional oficial do Brasil proposta pelo IBGE em 1969 e utilizada até hoje nos artigos de jornais ou revistas, nas
estatísticas publicadas, noticiários, etc. é a única forma de representar o país regionalmente.
II. a divisão regional do Brasil em cinco regiões proposta pelo IBGE em 1969 levou em consideração as características comuns
encontradas entre os Estados, respeitando as fronteiras administrativas, ou seja, os limites estaduais.
III. outra forma de regionalização do Brasil é baseada nos critérios geoeconômicos e não está estruturada a partir dos limites formais
dos Estados brasileiros, mas sim em aspectos econômicos dividindo o Brasil em três regiões geoeconômicas: Amazônia, Nordeste e
Centro-Sul.
IV. a divisão oficial do Brasil proposta pelo IBGE é uma das formas de representar o país regionalmente, sendo também possível
representar considerando vários fenômenos sociais, econômicos, culturais e naturais. sociais, econômicos, culturais e naturais.
06.(FATEC) Considere o mapa e as características para responder à questão.
Meio técnico-científico-informacional e
as regiões do Brasil
Assinale a alternativa que relaciona corretamente o estágio técnico-
científico e as respectivas regiões indicadas no mapa.
I. Baixa densidade demográfica e técnica; atividades primárias
tradicionais.
II. Alta densidade técnica na agricultura; fraca industrialização.
I II
A) 1 2
B) 1 3
C) 2 1
D) 3 2
E) 3 4
07.(FEQ-CE) A questão está relacionada ao mapa do Brasil e às afirmações abaixo.
Os grandes complexos regionais do Brasil I. O oeste do Maranhão integra o complexo regional da Amazônia devido às suas
características equatoriais e econômicas ligadas ao extrativismo vegetal.
II. O norte de Minas Gerais, com características físicas semelhantes à Zona da Mata,
passa a fazer parte do complexo regional nordestino.
III. O sul de Tocantins e do Mato Grosso se inserem no Centro-Sul em virtude de
suas relações econômicas com esta região.
Está correto SOMENTE o que se afirma em
A) I
B) II
C) I e II
D) I e III
E) II e III
08. (FEQ-CE) Desde o início do século XX, o processo de industrialização brasileiro confirmou o Sudeste como uma região central.
Além da economia de mercado, as políticas desenvolvidas pelo Estado, ligadas inicialmente à implantação da siderurgia e,
posteriormente, à entrada de capitais transnacionais para a instalação de indústrias de bens de consumo duráveis como a
automobilística e a de eletrodomésticos reforçaram esta organização.
Assinale a alternativa que identifica a ideia central do texto.
A) O processo de industrialização gerou a concentração espacial da riqueza.
B) A industrialização promoveu a integração nacional.
C) O capital internacional tornou o processo de industrialização autônomo.
D) O Brasil assumiu um novo papel na nova divisão internacional do trabalho.
E) O crescimento industrial brasileiro diminuiu o ritmo no pós-Guerra.
09.(ACAFE) De acordo com a regionalização geoeconômica, o Brasil apresenta três grandes complexos: Amazônia, Nordeste e
Centro-Sul. A respeito do Nordeste, todas as alternativas estão corretas, exceto:
A) O Polígono das Secas é a sub-região que se caracteriza pela semiaridez e pela formação vegetal conhecida como xerófita, própria
de clima com pouca precipitação.
B) Os graves problemas sociais e econômicos que a região enfrenta contribuem para que seja considerada como a “região-
problema” do país.
11
GráficaGEO
C) A Zona da Mata é a sub-região economicamente mais importante com destaque para a cana-de-açúcar e o cacau, além de ter a
maior população absoluta.
D) A homogeneidade comandada pela seca é a marca característica dessa região que sediou a primeira capital do Brasil.
E) O Agreste é a sub-região de transição entre a área litorânea e o Sertão, caracterizado pela presença da policultura comercial e da
pecuária leiteira.
10.(UFAC) Sobre a Amazônia, analise as seguintes proposições:
I. A chegada de novos migrantes atendia à demanda de mão-de-obra para a própria construção das estradas e das hidrelétricas, por
outro lado, deixava um rastro de miséria e desemprego quando essas obras terminavam.
II. O garimpo tornou-se uma opção para a sobrevivência dessas populações na medida em que a estrutura agrária que apostava na
grande propriedade pecuarista não deixava grandes alternativas.
III. A organização espacial, que é extremamente original, se configurou onde vilas e cidades apareciam e desapareciam num piscar
de olhos, como se estivéssemos diante de acampamentos provisórios.
IV. O censo de 2000 do IBGE aponta que 70% dos que habitam a região moram em cidades. No entanto, o processo que enseja essa
urbanização se deu, de um lado, como resultado de um determinado modelo agrário e, de outro, por um modelo industrial que não
abarcava a população regional.
Sobre essas proposições é correto afirmar que:
A) somente I e II são verdadeiras.
B) somente I é verdadeira.
C) somente II e III são verdadeiras.
D) nenhuma é verdadeira.
E) todas são verdadeiras.
11.(UFAC) O Brasil vem passando por um rápido processo de urbanização: de 46%, em 1940, as cidades passaram a abrigar 84% do
total da população, em 2010.
A esse respeito, é correto afirmar:
A) Os últimos censos do IBGE demonstram um aumento nos índices de crescimento dos centros regionais e uma interiorização do
crescimento urbano.
B) Em virtude da modernização do campo, verificada em diversas regiões agrícolas, assiste-se a uma verdadeira expulsão dos
pobres, que encontram, nas grandes cidades, a oportunidade de empregos e bons salários.
C) As indústrias absorvem cada vez mais mão-de-obra, e as atividades terciárias apresentam um lado moderno que exige
qualificação profissional, o que pode facilmente ser encontrado no homem do campo.
D) A urbanização brasileira vem caminhando lado a lado com a diminuição da desigualdade e a deterioração crescente das
possibilidades de vida digna aos novos cidadãos urbanos.
E) A região Nordeste foi a maior responsável por essa mudança, pois nela a industrialização foi mais intensa.
12. (Vunesp – Adaptada) Sobre o atual estado de Tocantins é coreto afirmar que:
A) lá se encontra a Serra de Carajás, rica em minério de ferro.
B) lá se encontra o garimpo de ouro de Serra Pelada.
C) o estado foi desmembrado da Região Centro-Oeste, passando a integrar a Região Norte.
D) lá fica localizada a reserva dos Ianomâmis.
E) lá fica a Serra do Cachimbo onde as forças armadas iriam fazer testes atômicos.
13.(Fundação Hermínio Omette-Araras-SP) A partir da constituição de 1988 e das macrorregiões estabelecidas, é correto dizer que:
A) O Território de Fernando de Noronha transformou-se em um novo estado da Região Nordeste.
B) Com a divisão do estado do Mato Grosso, surgiu o estado de Tocantins.
C) A região Nordeste passou a incorporar os estados de Fernando de Noronha e do Amapá.
D) Surgiram três novos estados: Amapá, Tocantins e Roraima.
E) O estado do Triangulo surgiu do desmembramento do estado de Minas Gerais.
Bons estudos
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Demetrio geo ii geo sul td regionalização brasileira

  • 1. 1 GráficaGEO ALUNO: _______________________________________________________________ SÉRIE:_______________ TURNO_________ 1. Complexos Regionais Na década de 1960 foi proposta pelo Geógrafo Pedro Pinchas outra forma de ver o Brasil, levando em conta as características históricas e econômicas das transformações do espaço geográfico, criando uma visão de Três Brasis: PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS REGIONAIS COMPLEXO REGIONAL NORDESTINO Primeira região ocupada e explorada no Brasil, constituída pelas cidades que apresentam maiores carências hídricas e indicadores sociais inferiores. Conta com importantes áreas industriais, no litoral, economia dinâmica, mas dependente da ação estatal. AMAZÔNICO Área da atual expansão agropecuária, região caracterizada pela baixa densidade demográfica e econômica. A égide Estatal é quem direciona os investimentos, principalmente em gêneros de exportação. CENTRO-SUL Complexo mais dinâmico do País, concentra mais de 80% da riqueza nacional, com os mais importantes polos tecnológicos, agroindústria complexa e extremamente competitiva, abastece o mercado interno e externo. 2. Regionalização de Milton Santos – Meio técnico-científico-informacional O intenso processo de desenvolvimento das forças produtivas requer um melhor conhecimento da base geográfica da nação, há uma intensa incorporação da ciência da produção com a difusão do conhecimento, isso fez surgir um território com espaços integrados internacionalmente, exercendo função de “país rico” no contexto de uma nação periférica, dessa forma o Geógrafo Milton Santos definiu nosso atual território: Resultado de um trabalho permanente e, sobretudo, da progressiva incorporação de capitais fixos e constantes, com ênfase em certos pontos, o território brasileiro metamorfoseia-se em meio técnico-cinentífico-informacional. [Sendo esta] a cara da globalização. SANTOS, Milton & SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no inicio do século XXI. RJ: Record, 2003 Dessa maneira Milton Santos propôs uma revisão à regionalização brasileira, com destaque à porção sul do País, integrando as regiões Sudeste e Sul em uma única organização territorial: a Região Concentrada, além da Região Amazônica, Região Nordeste e Região Centro-Oeste. Região Amazônica possui seis estados: AC, RO, AM, PA, AP e RR. Com baixas densidades demográficas, e produção mineral e agropecuária para o mercado externo; Região Centro-Oeste com quatro estados e o DF: MT, MS, GO e TO. De ocupação recente, com forte intervenção econômica estatal, além de ser perifericamente explorada pelo capital nacional e estrangeiro. Região Nordeste com nove estados: MA, PI, CE, RN, PB, PE, SE, AL e BA. Porção de colonização antiga, com produção agrícola moderna convivendo com imensos espaços de produção decadentes ou estagnados. Atualmente vem recebendo o maior volume de investimentos estatais. Região Concentrada com sete estados: MG, ES, RJ, SP, PR, SC e RS. É a mais dinâmica área produtiva do País. Exerce função de “país privilegiado”, subordinando uma grande periferia do capital. Com as maiores aglomerações urbanas e o maior mercado consumidor. Percebe-se que os limites entre os estados são mantidos, mas notam-se diferenças nas regionalizações do IBGE, que possui cinco macrorregiões, e a proposta de Pedro Geiger, três complexos geoeconômicos. 3. REGIONALIZAÇÃO BRASILEIRA 3.1 Regionalização Oficial – IBGE Segundo o IBGE o Brasil possui 5 macrorregiões, definidas pelo critério homogêneo, ou seja, pela predominância dos aspectos naturais, comuns aos espaços regionais delimitados. www.geo.com.brwww.geo.com.br Profº: Demétrio 2ºS ANOS
  • 2. 2 GráficaGEO BRASIL: CENSO - 2000 BRASIL REGIONALIZAÇÃO OFICIAL BRASIL – CENSO 2010 – DADOS REGIONALIZADOS REGIÃO POPULAÇÃO 2010 Densidade Demográfica PIB (%) 2010 FECUNDIDADE (2010) NORDESTE 53,08 MI (27,08%) 13,5 2,06 NORTE 15,86 MI (8,3%) 5,3 2,47 CENTRO-OESTE 14,05 MI (7,4%) 9,3 1,92 SUDESTE 80,36 MI (42,1%) 55,4 1,70 SUL 27,38 MI (14,4%) 16,5 1,78 3.2 CARACTERIZAÇÃO REGIONAL BRASILEIRA 3.2.1 REGIÃO CENTRO-OESTE As bacias dos rios Paraná e Paraguai tiveram grande influência na forma de ocupação humana. Desde o século XVI, o eixo de penetração foi o rio Paraguai, que se manteve até o século XIX como a principal via de acesso a Mato Grosso. O maior adensamento da população é resultado de fatores recentes: o desenvolvimento econômico do Sudeste; a abertura das vias terrestres, especialmente das grandes rodovias, e a construção e inauguração de Brasília, impulsionaram o povoamento da região, principalmente ao sul, onde a articulação com as demais regiões fez com que o Centro-Oeste se tornasse uma verdadeira base de penetração para a Amazônia. Brasília acabou por despertar a atenção para as regiões pouco habitadas do oeste. Para a formação da população do Centro-Oeste concorreram elementos brancos, negros, índios e mestiços. A estrada de ferro Noroeste do Brasil tem promovido uma atração de bolivianos maior do que a exercida pela borracha. O mate, responsável pela fixação de paraguaios, hoje exerce menor atração, pela instabilidade econômica de sua exploração. O crescimento demográfico da região, no entanto, tem sido bastante acelerado, sobretudo após a construção de Brasília, em 1960, e da adoção de uma política oficial de atração populacional, com a oferta de terras e facilidades de crédito para os interessados em se instalar em certas áreas da região. Nas últimas décadas a região Centro-Oeste vem atravessando uma fase de grande processo de urbanização. Em 1960, a população rural correspondia a 65% do total de habitantes da região. Essa percentagem diminuiu para 32% em 1980, atingindo cerca de 18% em 2000. Esse aumento ocorreu não só devido ao êxodo rural mas também pelo aumento da migração de pessoas de outros estados brasileiros em direção aos centros urbanos do Centro-Oeste, especialmente Brasília e suas cidades-satélites. O êxodo rural é causado pelos programas de mecanização da agricultura. As cidades-satélites de Brasília São cidades que se formaram a partir de um planejamento e nas proximidades da capital federal (Taquatinga, Sobradinho, Gama, Planaltina). Seriam temporárias, existindo enquanto a capital estava sendo construída, mas acabaram se consolidando como importantes centros urbanos. Possuem vida própria, econômica e social. Aspectos econômicos
  • 3. 3 GráficaGEO Agricultura: Muitos cultivos, antes restritos às regiões Sul e Sudeste, mostram-se promissores em áreas do Centro-Oeste. É o caso da soja, do trigo e do café. Na fotografia, aparecem os grãos torrados de Coffea arabica. A agricultura de subsistência, com o cultivo de milho, mandioca, abóbora, feijão e arroz, através de técnicas primitivas, sempre se constituiu em atividade complementar à pecuária e ao extrativismo. O crescimento populacional que vem caracterizando a Região, a melhoria das vias de comunicação e o mercado consumidor sempre expressivo do Sudeste tem aumentado muito o desenvolvimento da agricultura comercial. a) Pecuária: A pecuária de corte é a atividade econômica mais importante da Região Centro-Oeste do Brasil. Na fotografia, um touro da raça Nelore; Possuindo em média mais de quatro cabeças de gado para cada habitante, o Centro-Oeste dispõe de um enorme rebanho, destacando-se o gado bovino, criado geralmente solto, o que caracteriza a pecuária extensiva. Esse tipo de criação dificulta o aproveitamento do leite e, assim, praticamente todo o rebanho é destinado ao corte e absorvido pelo mercado consumidor paulista e pelos frigoríficos do oeste do estado de São Paulo. b) Extrativismo mineral: O ouro é um dos produtos econômicos mais importantes da Região Centro-Oeste do Brasil, ao lado do diamante e do ferro. As riquezas minerais da região centro - oeste são ainda mal conhecidas, mas mesmo assim a região se projeta como possuidora de excelentes reservas de ferro, manganês, níquel, cristal de rocha, ouro e diamante. O ferro e o manganês são encontrados em um grande bloco de rochas cristalinas, o Maciço do Urucum. O Maciço do Urucum: Localizado no Mato Grosso do Sul, em razão da natureza das suas rochas, o Maciço do Urucum possui grandes reservas minerais, que se destaca o manganês tipo pirolusita e criptomelana (possui a maior reserva do Brasil e uma das maiores do mundo, podendo ser extraído 30 milhões de toneladas) e o ferro tipo hematita e itabirita (terceira maior do Brasil). A Vale S.A é a grande produtora de minerais no Maciço do Urucum; c) Extrativismo vegetal: É uma atividade econômica importante sobretudo em áreas mais distantes dos grandes centros. Da imensa Floresta Amazônica, que recobre a parte norte da região, extrai-se borracha e madeiras de lei, como mogno, cedro, imbuia e outras. No sudoeste de Mato Grosso extraem o angico e a poaia, cujas raízes fornecem matéria-prima para a indústria farmacêutica; no Pantanal, a espécie de maior aproveitamento é o quebracho, do qual se extrai o tanino, utilizado no curtimento do couro; e no sul de Mato Grosso do Sul alternam-se o extrativismo vegetal e plantações de erva-mate; d) Indústria: Trata-se de uma atividade pouco significativa no Centro-Oeste. As indústrias mais expressivas são recentes, atraídas pela energia abundante fornecida pelas usinas do complexo de Urubupungá, no rio Paraná (Mato Grosso do Sul), de São Simão e Itumbiara, no rio Paranaíba, de Cachoeira Dourada (em Goiás) e outras menores. As indústrias mais importantes são as de produtos alimentícios, de minerais não-metálicos e a madeireira. A área mais industrializada do Centro-Oeste estende-se de Goiânia a Brasília, englobando a cidade de Anápolis. Tem como destaque as indústrias alimentícia, têxtil, de produtos minerais e bebidas. Outros centros fabris importantes são Campo Grande (indústria alimentícia), Cuiabá (indústria alimentícia e de borracha), Corumbá, favorecida pela proximidade do Maciço do Urucum para a obtenção de matérias primas minerais, Catalão e Rio Verde em Goiás e Três Lagoas (Mato Grosso do Sul), que sozinha será responsável por 0,15% do crescimento PIB brasileiro em 2007. 3.2.2 REGIÃO NORTE A Amazônia até hoje é uma das regiões mais despovoadas do globo. Sua ocupação sempre foi difícil, por vários fatores: floresta densa, escassez do elemento humano, as mais diversas endemias, descaso dos antigos governantes. Por esse motivo é que, num mapa de distribuição populacional, destacam-se esse vazio e os dois aglomerados, o da região bragantina e o de Manaus. Dois grandes centros populacionais se destacam na região Norte: a) Manaus: Quase na foz do rio Negro, no centro da região amazônica, com mais de 1,9 milhão de habitantes (2013); b) Belém: Situada na região litorânea, o porto internacional da região e a metrópole regional da Amazônia. Ali se acumula boa parte da produção da região Norte (castanha, borracha, madeira, juta, peles, oleaginosas), que se encaminha para o sul ou para o exterior. A cidade começa a receber a instalação de indústrias que estão modificando a paisagem urbana, atualmente conta com mais de 1,42 milhão de habitantes (2013). O extrativismo vegetal A riqueza vegetal é muito variada e possibilita amplamente a atividade de coleta. Em virtude da grande extensão da região, a população e os produtos extrativos estão muito espalhados. Essa forma de economia primitiva perdura até nossos dias, com todos os seus problemas: provoca atraso econômico da região; cria um sistema de trabalho que é uma verdadeira escravidão, pois o salário é dado em forma de auxílio para o empregado; faz com que grande parte da população supra suas necessidades básicas, mas mantém os níveis de concentração de renda um dos mais elevados do país, no entanto, o extrativismo preserva as áreas florestais, mantém as populações autóctones, preserva a cultura indígena. Nas últimas décadas tem ocorrido um aumento da rede urbana, dos meios de transportes e do desenvolvimento industrial, fatores que têm modificado essa situação. Dentre os produtos do extrativismo vegetal, três ainda lideram a produção: a) Borracha: a extração é realizada pelos seringueiros (geralmente caboclos amazonenses ou nordestinos) que praticam a “sangria” da seringueira (Hevea Brasiliensis), recolhendo o látex (substância leitosa);
  • 4. 4 GráficaGEO b) Castanha-do-pará: é uma árvore majestosa, com caule cilíndrico, sem galhos até a copa, que alcança de 20 a 30 metros de altura. É espécie típica de terra firme, aparecendo em grupos, formando matas, regionalmente denominadas “castanhais”. A coleta dos ouriços, lançados ao chão pelo vento, é feita por um tipo humano regional – o castanheiro; c) Madeira: a exploração da madeira é uma das mais antigas atividades econômicas da região. Grande é o número de espécies da floresta que fornecem madeiras duras. Apesar de ser a maior área florestal do Brasil, a região Norte é a maior produtora de madeira do extrativismo, mas a produção de madeira reflorestada está na região Sul e Sudeste. O extrativismo madeireiro é praticado por cortadores individuais de árvores e sobretudo por companhias nacionais e transnacionais. Extrativismo mineral Desde a época colonial pratica-se a garimpagem na região. Uma das mais antigas explorações minerais é a do ouro (Amapá e Pará); o diamante é garimpado no estado de Roraima; o cristal de rocha (quartzo) é também explorado, assim como a cassiterita (minério de estanho). a) Minério de ferro: embora existam reservas já conhecidas, o Departamento Nacional da Produção Mineral encontrou, em 1967, grandes reservas de alto teor na serra dos Carajás, no vale médio do rio Tocantins e do Xingu, no sudeste paraense; trata-se de uma das maiores províncias mineralógicas do planeta; b) Manganês: minério muito importante utilizado na indústria siderúrgica para aumentar o limite de elasticidade do aço. Mais da metade do minério de manganês do país é extraída das jazidas localizadas na serra do Navio, no Amapá, e destinada integralmente à exportação. Sua reserva está avaliada em 31 milhões de toneladas de minério de alto teor e é considerada a maior do hemisfério ocidental; c) Cassiterita (minério de estanho): na época da Segunda Guerra Mundial (1939-1945), houve grande exploração desse minério. Sua ocorrência foi mapeada na década de 70 através dos trabalhos de fotointerpretação (Projeto Radam). O principal emprego do estanho é na fabricação de folhas metálicas para a produção de latas, soldas etc. O grande consumidor de estanho é a Companhia Siderúrgica Nacional (CSN), que aplica 50% da produção nacional em “folhas de flandres”; d) Bauxita: matéria-prima básica para a produção de alumínio. Há grandes reservas no norte do Pará, na foz do rio Trombetas e na região de Paragominas, também no Pará. No seu conjunto, elas correspondem a um sexto das reservas mundiais. A produção anual é da ordem de 4 milhões de toneladas e realizada pela empresa Mineração Rio do Norte S/A, consórcio formado pela Vale S.A. (antiga CVRD) com as transnacionais Alcan Aluminium (canadense) e a Alcoa (americana), instaladas principalmente com o desenvolvimento do Projeto Trombetas; e) Petróleo: em março de 1955 foi perfurado o poço pioneiro em Nova Olinda (estado do Amazonas); encontrou-se petróleo, numa profundidade de 2.757 m a Petrobrás S.A é a grande produtora de óleo no estado do Amazonas. Os projetos de desenvolvimento a) SUDAM: Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia foi criada em 1967. Estava sob a responsabilidade da Sudam a organização e execução de projetos que visavam ao desenvolvimento da região. Os principais projetos aprovados referem-se à população e aos setores de agropecuária, indústria alimentícia, mineração e siderurgia; b) Suframa: A Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) é diretamente ligada ao Governo Federal, que controla a Zona Franca. Seu objetivo é incrementar a industrialização por meio da importação dos maquinários, facilitada pelos incentivos fiscais. A Zona Franca é uma área que abrange a capital do Amazonas e todo o trecho ocidental da Amazônia. Nessa zona as mercadorias estrangeiras e nacionais podem ser vendidas sem pagamento de impostos ou taxas; c) Calha Norte: instituído a partir de 1985, promoveu a instalação de bases militares ao norte dos vales (calhas) dos rios Solimões e Amazonas. O objetivo foi controlar militarmente a região, combater o contrabando, apaziguar os conflitos entre garimpeiros e índios, empresários e fazendeiros, e impedir que focos guerrilheiros, principalmente na região vizinha à Colômbia, aí se estabelecessem. d) Usina de Tucuruí e Balbina: No Rio Tocantins as obras de infraestrutura da Usina Hidrelétrica Tucuruí, no sudeste do Pará, a construção da usina no estado do Pará tinha como missão preparar a infraestrutura energética necessária para atender o polo minerometalúrgico que seria instalado no oeste do Pará. A usina de Balbina instalada no Rio Uatumã, no estado do Amazonas, veio atender a demanda energética necessária para o polo de desenvolvimento de Manaus, entretanto, sua baixa capacidade de geração não permitiu autonomia na região, sendo comum o uso de termoelétricas movidas a óleo diesel; e) Projeto SIVAM: Para fiscalizar a região amazônica, está sendo implantado o Sistema de Vigilância da Amazônia (Sivam), constituído por uma rede integrada de telecomunicações, que recebe imagens por meio de satélites e visa controlar o tráfego aéreo e as atividades ilegais, mapear as jazidas minerais e as bacias hidrográficas, ao mesmo tempo em que procura contribuir para a proteção do meio ambiente amazônico. O projeto que prevê o controle e fiscalização com base em informações e imagens obtidas por sistemas de radar começou a ser implantado no segundo semestre de 1998, pela empresa norte-americana Raytheon Company; f) Projeto Grande Carajás: Consistia na ampliação da produção mineral, pela antiga Vale do Rio Doce – hoje a privada Vale S.A. Uma área de 900 mil km2 no sul do estado do Pará, incluía usinas hidrelétricas, estradas de ferro, extração mineral e assentamento humano.
  • 5. 5 GráficaGEO 3.2.3 REGIÃO NORDESTE A região Nordeste é bastante complexa e muito variada nas suas características físicas e formas de ocupação humana. É a região que possui o maior número de estados da federação, e todos eles em contato com o Atlântico. Quando se examina um mapa da rede urbana do Nordeste, logo à primeira vista nota-se a grande concentração de núcleos urbanos na Zona da Mata, no Agreste e no Recôncavo Baiano. Para o interior existe um grande distanciamento entre os núcleos urbanos. Recôncavo Baiano é a região em torno da baía de Todos os Santos. Os núcleos urbanos da Zona da Mata, na sua maioria, não se instalaram na orla litorânea, onde há restingas, mangues ou costas não propícias ao estabelecimento de portos. Assim, a localização prende-se ao seguinte fator: ao longo dos rios principais da Zona da Mata, embora geralmente não-navegáveis. Essa preferência pela localização ao longo de cursos d’água deve-se ao uso da terra, pois a cana de açúcar requer solos de aluvião, e havia necessidade de grande quantidade de água para o trabalho nos engenhos. Na Zona da Mata, a intensidade da ocupação agrícola, baseada na lavoura e no comércio do açúcar, e a antiguidade do povoamento fizeram proliferar muitas cidades. Hoje, apresentam diversas funções, inclusive a industrial e a turística, e beneficiam-se do desenvolvimento dos transportes. No agreste não foram os rios que comandaram a localização dos centros urbanos. Ali, muitos núcleos surgiram como consequência do intercâmbio comercial entre o agreste e a zona canavieira. É o caso de Vitória de Santo Antão (PE) e de Campina Grande, ou então entre o agreste e os “pés de serra”, como Crato (CE). A presença dos “brejos” encravados no agreste explica o aparecimento de muitas cidades que se ligam por meio de estradas. A maioria dos núcleos urbanos sertanejos originou-se de fazendas de gado, fazendas mistas de gado e lavoura e aldeamentos indígenas provenientes das missões religiosas. Não se pode esquecer também dos centros urbanos que se originaram dos patrimônios religiosos. Esses patrimônios, localizados nas fazendas de gado, se devem à doação de terras à Igreja sob a evocação de um santo. Construía-se a capela e esta ficava como centro de um pequeno povoado. Outras cidades tiveram origem de simples currais de gado como, Currais Novos (RN) e Pilão Arcado (BA). Também os caminhos de gado estimularam a instalação de núcleos urbanos. Rio dos Currais era o nome dado ao rio São Francisco na época áurea da criação de gado no sertão, durante os séculos XVII e XVIII, quando se viveu a era do couro. As capitais regionais Fortaleza é uma grande capital regional, o mais movimentado porto da costa norte do Nordeste e está adquirindo funções metropolitanas. Possuía mais de 2,5 milhões de habitantes em 2013. Originou-se de um forte construído no século XVII, e seu crescimento foi lento. Mas atualmente apresenta elevado índice populacional pela atração que exerce sobre as populações interioranas. É uma cidade que durante os flagelos das secas sofre terríveis problemas sociais e econômicos, com o aumento excessivo de pessoas banidas de seus centros sertanejos pela fome. Seu parque industrial conta com vários estabelecimentos, e isso mostra o progresso da capital que, além de centro portuário, é importante nó de comunicações. Caruaru (337 mil hab. Em 2013) é chamada de “capital do agreste” e é a maior cidade do interior pernambucano. É nó de comunicação e centro coletor e distribuidor da produção dos “brejos”. Exibe nos dias de feira um espetáculo de fartura e abundância. Situa-se no encontro de duas importantes rodovias: uma de Campina Grande e outra do Recife. Campina Grande (400 mil hab. Em 2013) é o maior centro comercial não só da Paraíba, como de todo o interior nordestino. É a mais importante e ativa capital regional dentro da órbita de influência de Recife, com quem mantém muitas relações comerciais. Localiza-se no rebordo oriental da Borborema e constitui-se na verdadeira porta do sertão, no contato com o “brejo” e o litoral. Aí, durante o período colonial, realizava-se a mais famosa feira de gado. A presença do “brejo” paraibano possibilitou que se formasse também uma feira de cereais. Hoje é empório comercial e transacional de gado e algodão do sertão, produtos manufaturados de toda ordem, importados do litoral e de São Paulo e do Rio de Janeiro. É chamada “Princesa do Sertão” ou “Rainha da Borborema”. As metrópoles regionais: Salvador e Recife A origem de ambas está ligada à implantação da cultura canavieira, zona úmida de solos férteis. Surgiram como cidades, portos. Eram os postos avançados na defesa do litoral e, por estarem na ponta mais projetada a leste do território brasileiro, tinham uma proximidade maior com a Europa. Possuíam facilidades para ligações marítimas, e a rede hidrográfica lhes permitia contato com o interior açucareiro. Recife cada vez mais se afirma como metrópole de todo o Nordeste, beneficiada pela função portuária (3º porto do país). É escoadouro de vasta região interiorana que ultrapassa os limites do Nordeste Oriental, atingindo o Meio-Norte. Seu aumento populacional deve-se ao intenso êxodo rural da região, o que lhe traz sérios problemas sociais. A Grande Recife, com mais de 4 milhões de habitantes, é a terceira maior aglomeração urbana do país, pelo censo de 2010. É o maior centro industrial depois dos da região Centro-Sul do país. Contam-se entre seus estabelecimentos industriais os tradicionais: têxteis, alimentícios, bebidas e indústrias pesadas, como a mecânica, química e metalúrgica, que têm se desenvolvido nos seus arredores graças aos estímulos governamentais para a região. É de Recife que se irradia a mais importante rede ferroviária e rodoviária da região. Salvador beneficiou-se da riqueza agrícola do Recôncavo e foi tradicionalmente um importante centro comercial. Foi nossa primeira capital, fundada em 1549, e a localização junto a um bom porto natural foi um fator vantajoso para seu desenvolvimento. A Grande Salvador segundo o IBGE em 2013 possuía mais de 3,8 milhões de habitantes. Instalada junto à escarpa de falha próxima do mar, desenvolveu-se em dois níveis: a cidade alta e a cidade baixa. No velho núcleo de Salvador estão presentes os belos sobradões
  • 6. 6 GráficaGEO (Pelourinho), que ladeiam as íngremes e estreitas ladeiras, largamente procuradas pelos turistas nacionais e estrangeiros. Esses sobrados e as magníficas igrejas testemunham uma era passada de opulência açucareira na região. Hoje a industrialização se processa em ritmo acelerado, tendo sido criada o CIA (Centro Industrial de Aratu). O petróleo é um dos fatores favoráveis dessa industrialização que vai se diversificando cada vez mais, fugindo das tradicionais indústrias baseadas na matéria-prima da agropecuária. Extrativismo Pelas dificuldades encontradas para o desenvolvimento da lavoura e da criação de gado, o extrativismo coloca-se como uma das atividades mais importantes do Nordeste. Extrativismo vegetal a) O babaçu: É uma palmeira encontrada em grandes extensões nos estados do Maranhão e Piauí, às margens de lagoas, rios e vales úmidos, pois é típica de clima quente e úmido. Maranhão e Piauí produzem 80% do total nacional. A economia do babaçu é considerada doméstica, executada pela família, ao redor da casa ou no meio do babaçual; b) A carnaúba aparece no Meio-Norte e Nordeste oriental, com exceção de Alagoas e Sergipe. Ocupa as regiões de topografia tabular e clima mais seco ou ao longo dos rios, constituindo verdadeiras florestas densas. Da palmeira carnaúba tudo é aproveitado, mas as folhas constituem a parte de maior importância industrial. Delas é extraída a cera, principal produto da carnaúba; c) Extrativismo animal: A pesca é uma das atividades tradicionais do Nordeste, mas sob o ponto de vista técnico é ainda primitiva na sua maioria. As populações litorâneas dedicam-se a essa atividade. Utilizam as jangadas, embarcações de troncos amarrados, para a pescaria. d) Extrativismo mineral: O petróleo teve comprovada a sua existência no subsolo brasileiro, em volume comerciável, em 1939, com a abertura do primeiro poço em Lobato, na Bahia. A primeira refinaria instalada, em 1950, foi a de Mataripe, no Recôncavo Baiano, hoje chamada Landulfo Alves (RLAM). A exploração comercial acelerou-se a partir de 1953, com a criação da Petrobras; e) O sal: O litoral do Rio Grande do Norte oferece condições excepcionais para a produção do sal marinho. O cloreto de sódio (NaCl) ou sal de cozinha, que existe na água do mar, é extraído no litoral brasileiro desde o Pará até o Rio de Janeiro, com exceção do Espírito Santo. Mas somente no Nordeste encontram-se condições excelentes para a cristalização do cloreto de sódio e é no litoral do Rio Grande do Norte, nos vales dos rios Mossoró (ou Apodi) e Açu (ou Piranhas), que se encontram as maiores salinas compreendidas no triângulo potiguar de Mossoró-Macau-Areia Branca. A Industrialização As obras contra a seca aumentaram a partir do início dos anos 1940, quando o governo federal deu assistência aos diversos estados com recursos do Departamento Nacional de Obras contra a Seca (DNOCS). Foram criados dezenas de açudes; muitos com grande capacidade, como o de Orós, Banabuiú e Araras, localizados a sudeste, centro e noroeste do Ceará. Os recursos da Sudene (anos 1960) e os incentivos fiscais (na década de 1970) ajudaram no crescimento industrial, principalmente dos setores têxtil e alimentício. Indústria de transformação, alimentos e matérias-primas se desenvolveram com o aumento da produção de cana de açúcar e dos óleos de carnaúba, mamona e oiticica. Condições propícias à cultura do algodão levaram à instalação de indústrias têxteis na região. O fornecimento de recursos energéticos, associado à facilidade de comunicação e às condições climáticas, levou as indústrias a se instalarem próximas das capitais que estão na orla litorânea. Mas a criação de indústrias no Nordeste era dificultada pela pobreza energética. Com a instalação e funcionamento da Usina Hidrelétrica de Paulo Afonso e a criação da Petrobras, diminuiu o consumo de lenha e de carvão vegetal. A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) é uma subsidiária das Centrais Elétricas Brasileiras S/A. Os distritos industriais A SUDENE (Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, com sede em Recife-PE), criada em 1959 no governo do presidente Juscelino Kubitschek, foi o primeiro organismo público de planejamento macroeconômico. Sua área de atuação abrange todo o Nordeste e o norte de Minas Gerais, correspondente à área conhecida como “Polígono das Secas”. Tinha por objetivo promover o desenvolvimento econômico e social dessa área, procurando diminuir as diferenças regionais. Entretanto, a SUDENE não conseguiu eliminar a concentração dos investimentos industriais na Bahia e em Pernambuco, e principalmente na faixa litorânea da Zona da Mata. Mais de 60% dos investimentos programados são feitos nesses estados, sobretudo nos grandes centros urbanos, suas capitais, que apresentam também maiores perspectivas de mercado. Essa concentração nas duas capitais é explicada:  pela abundância e eficiência dos serviços públicos;  pelos serviços bancários;  pela assistência técnica ampla. O custo das implantações industriais ali é menor do que nas áreas onde não existem tais serviços. Projetos Regionais a) CODESVASF: A Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba é uma empresa pública brasileira, criada em 1974, destinada ao fomento do progresso das regiões ribeirinhas dos rios São Francisco e Parnaíba e de seus afluentes, nos estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas Distrito Federal, Goiás, Sergipe, Piauí e Maranhão; b) TRANSPOSIÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO: A transposição do rio São Francisco é o projeto de deslocamento de parte das águas do rio São Francisco, no Brasil, nomeado pelo governo brasileiro como "Projeto de Integração do Rio São Francisco com Bacias
  • 7. 7 GráficaGEO Hidrográficas do Nordeste Setentrional". Com previsão de beneficiar cerca de 12 milhões de pessoas, o projeto prevê a captação de apenas 1,4% da vazão de 1 850 m³/s do São Francisco, dividida em dois eixos de transposição. Atualmente o projeto é o maior do mundo em orçamento (R$ 8,6 bi) e uma das maiores áreas em extensão (350 mil km2 ); c) DNOCS: O Departamento Nacional de Obras Contras as Secas é uma autarquia federal, em 1945, vinculada ao Ministério da Integração Nacional e com a sede da administração central em Fortaleza. O DNOCS realizou a construção de mais de 300 açudes públicos de médio e grande porte em toda a região semiárida brasileira durante seus 100 anos de existência. Os açudes têm a função de estocar a água acumulada durante os períodos de chuvas para que possa ser utilizada nos períodos secos, em virtude da característica inerente ao clima semiárido de possuir distribuição irregular de chuvas ao longo de um mesmo ano, e grandes flutuações no volume de precipitação de um ano para outro. 3.2.4 REGIÃO SUL Sem ser uma zona tipicamente temperada, a região Sul foge das características da zona intertropical. Na verdade, podemos caracterizá-la como uma zona subtropical. Conhecida como celeiro agrícola nacional em virtude da diversificação das atividades agropecuárias, principalmente com destaque a ovinocultura, pecuária bovina (leiteira e corte) suinocultura, além da moderna atividade vinicultora e a sojicultura. Como consequência, as formas de ocupação humana foram diferentes das demais regiões brasileiras, pois a vegetação e o solo têm aspectos distintos dos observados na zona tropical. A colonização europeia na região Sul, que se estabeleceu em um quadro natural diferente dos demais do Brasil, criou condições para uma grande diversificação no uso da terra. Encontram-se aí áreas em que a terra é utilizada intensamente por meio de técnicas aperfeiçoadas, e áreas onde a terra é usada no sistema tradicional. O Sul é uma das regiões mais urbanizadas do país. Existe uma certa uniformidade na distribuição das cidades ao longo do seu território. Há uma menor ocorrência de núcleos urbanos nas zonas ainda em processo de povoamento, como o oeste do Paraná e Santa Catarina, ou onde há a predominância da criação de gado e, portanto menor densidade de população. No cenário urbano do Brasil meridional, duas cidades destacam-se como metrópoles regionais: Porto Alegre e Curitiba. As metrópoles regionais a) Curitiba: sua influência como centro metropolitano abrange parte do território do Paraná e de Santa Catarina. Sua atuação como metrópole regional é recente; o fato deve-se à expansão e valorização da agricultura do estado, à convergência da rede viária para a capital e seu recente surto de industrialização. b) Porto Alegre: A capital gaúcha é o maior centro comercial, industrial e cultural do Rio Grande do Sul, estendendo sua influência além dos limites gaúchos, penetrando em Santa Catarina e fazendo-se sentir também no Paraná. A região Sul é a segunda mais industrializada do país, vindo logo após o Sudeste. A principal característica da industrialização no Sul é o fato de as atividades comandarem a atividade industrial, onde se localizam indústrias siderúrgicas, químicas, de couros, de bebidas, de produtos alimentícios e têxteis. Já a industrialização de Curitiba, o maior parque industrial, é mais recente, destacando- se suas metalúrgicas, madeireiras, indústrias automobilísticas, peças, químicas, e fábricas de alimentos. Regiões econômicas a) Vale do Itajaí: é a região mais alemã do Brasil. área de grande diversidade agropecuária e principalmente turística; b) Serra Gaúcha: Apresenta características socioculturais específicas, como acentuada influência alemã e também italiana, grande produção de uvas e vinho e desenvolvida indústria turística, tornou-se um polo turístico, atraindo milhares de pessoas todos os anos. A maior parte dos turistas chegam no inverno, à procura do clima frio, raro de se encontrar no Brasil; c) Cinturão Carbonífero: Estende-se do Paraná ao Rio Grande do Sul, é a região brasileira produtora de carvão mineral, atendente principalmente indústria siderúrgica e a termelétricas instaladas na Região Sul. 3.2.5 REGIÃO SUDESTE O Sudeste é a região mais populosa, com quase metade dos habitantes do Brasil. Seu ritmo de crescimento foi notável desde a metade do século XIX. Esse crescimento não se apresenta de maneira regular por toda a região. Em São Paulo o ritmo tem sido mais acelerado do que nos outros estados, embora apresente sinais de queda no crescimento. A população do Sudeste está desigualmente distribuída. No entanto, destaca-se dentro do Brasil por apresentar a mais alta densidade demográfica. Os “vazios” de população aparecem a noroeste de Minas Gerais e em regiões reduzidas do litoral. O aumento da população do Sudeste deve-se: ao crescimento vegetativo, às correntes imigratórias de europeus e asiáticos que para aí se dirigiram, principalmente nas últimas décadas do século XIX e nas primeiras do século passado, e às migrações internas, destacando-se as procedentes do Nordeste, a partir de 1940. Composição da população Na região Sudeste há o predomínio dos elementos brancos, na maioria descendentes de europeus. Destaca-se também a minoria constituída por asiáticos e seus descendentes. Os portugueses e seus descendentes são os que se destacam em número na região desde os tempos coloniais e, a partir do século XIX, como imigrantes numa corrente contínua. Concentram-se principalmente nas grandes cidades. Os italianos são o segundo elemento em número. Fixaram-se no estado de São Paulo e Espírito Santo a partir do século XIX, em grandes correntes imigratórias.
  • 8. 8 GráficaGEO Nas últimas décadas, novos fatores vieram contribuir para essa expansão do povoamento:  a expansão da rede rodoviária, que possibilitou o renascimento de muitas pequenas cidades e fez surgir outras;  a abertura das frentes pioneiras que desbravaram o oeste paulista (a partir de 1920) e as que se expandiram pelo norte do Espírito Santo;  a industrialização. Além de São Paulo, há na região Sudeste mais duas grandes cidades, Rio de Janeiro e Belo Horizonte. Muitos centros importantes também aí se localizam, ultrapassando em número de pessoas algumas capitais de estados de outras regiões. Entre eles destacam-se: Guarulhos, Santos, Ribeirão Preto, Campinas, São José dos Campos, Sorocaba, São José do Rio Preto, Taubaté, Bauru, em São Paulo; Juiz de Fora, Uberlândia, Uberaba, em Minas Gerais; Campos e Volta Redonda, no estado do Rio de Janeiro, e Vitória, no Espírito Santo. Sub-regiões do Sudeste a) Planalto Paulista: Destaque para a agricultura comercial aí praticada utiliza técnicas das mais adiantadas do país. Além do café, destacam-se o algodão e a cana de açúcar. Na região mais próxima de São Paulo a fruticultura desenvolveu-se muito; b) Vale do Paraíba: Este vale transformou-se no grande eixo de circulação entre São Paulo e Rio de Janeiro, através da estrada de ferro Central do Brasil e da rodovia Presidente Dutra; c) Baixadas litorâneas: Desde o norte do Espírito Santo até o sul do estado de São Paulo, as atividades econômicas da baixada litorânea apresentam grande diversidade; d) O Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais tem cerca de 100 km de lado e se localiza a sul e a leste de Belo Horizonte. As principais cidades dessa área são: Sabará, Santa Bárbara, Mariana, Congonhas, Ouro Preto, João Monlevade, Rio Piracicaba, Itaúna e Itabira. Além do minério de ferro, também são extraídos do Quadrilátero Ferrífero, ouro e manganês. As estimativas avaliam ocorrência do ferro em centenas de bilhões de toneladas; e) Triângulo Mineiro: Triângulo Mineiro é a região do sudoeste do estado, delimitada pelos rios Grande, Paranaíba e seu afluente, o Araguari. É uma área de domínio do cerrado, e a base de sua economia é a atividade pecuária. Uberaba, Uberlândia e Araguari são os principais centros urbanos, destacam-se as atividades comerciais e agropastoris; f) Zona da Mata Mineira, leste do Espírito Santo e Rio de Janeiro: Desenvolveu-se então nessa região a pecuária extensiva; a do sul de Minas destina-se à produção do leite, abastecendo as áreas do Rio de Janeiro e São Paulo e os próprios mercados mineiros próximos. Já na região do leste do Espírito Santo e Rio de Janeiro, a pecuária é destinada ao corte. 01.(FUVEST) Observe os cartogramas a seguir: IBGE, 2001. IBGE, 2002. Santos, 2001. A partir dos mapas, a) comente os critérios utilizados para o estabelecimento de cada uma das três regionalizações do Brasil. __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ b) caracterize a Região Concentrada quanto à industrialização. __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ 02.(UFMT) Leia atentamente as informações constantes do mapa do Brasil. BRASIL – REGIÕES GEOECONÔMICAS
  • 9. 9 GráficaGEO O mapa apresenta a divisão do país em três grandes complexos regionais. Essa divisão atende a critérios A) naturais que consideram as fitofisionomias vegetais: o sudoeste de Minas Gerais, área da caatinga, integra o complexo nordestino enquanto que o norte compõe o Centro-Sul. B) geoeconômicos e desconsidera as fronteiras entre os estados: o sul de Mato Grosso integra o complexo do Centro-Sul enquanto a porção norte compõe o complexo da Amazônia. C) homogêneos, definidos segundo uma combinação de características demográficas e econômicas: os estados nordestinos apresentam poucas diferenças entre si, portanto encontram-se individualizados em um único complexo regional. D) heterogêneos que consideram as diferenças sociais regionais: o complexo Centro-Sul não inclui a porção norte do Espírito Santo por apresentar características como altos índices de subnutrição e analfabetismo, fato que o diferencia dos demais. E) políticos, definidos segundo o contexto estatístico do território: o noroeste do Tocantins integra o complexo nordestino enquanto o sudoeste compõe o complexo amazônico. 03.(UFPI) Sobre o processo de formação territorial do Brasil, desde o período colonial aos dias atuais, assinale com V (verdadeira) ou F (falsa) as afirmações abaixo. I. ( ) As capitanias hereditárias foram um empreendimento misto – público e privado – em que se associaram os interesses do Estado Português com investidores que podiam desenvolver a plantation açucareira. II. ( ) O processo de interiorização inicial do território colonial português realizado por bandeirantes visava capturar índios. Só a posteirori descobriu-se ouro e isso possibilitou a criação de povoamentos mais a oeste, como a Vila Bela de Cuiabá. III. ( ) As atuais fronteiras brasileiras com os países limítrofes foram definidas ainda durante o século XIX, à época do Segundo Reinado. IV. ( ) A estrutura fundiária brasileira não tem nenhuma ligação com o processo de conformação territorial do Brasil. 04.(UNICAMP) Durante o Estado Novo (1937-1945), foi criado o Conselho Nacional de Geografia, que deu origem ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, IBGE. Uma das atribuições do IBGE era produzir estatísticas básicas sobre a população brasileira, por meio de Censos. Também caberia ao instituto produzir informações cartográficas, bem como propor e instituir uma regionalização do território brasileiro. As figuras abaixo dizem respeito a dois momentos históricos da regionalização do território brasileiro. Pergunta-se: A Evolução das Grandes Regiões Fonte: www.ibge.gov.br a) Qual o principal critério utilizado para instituir a regionalização do território brasileiro em 1940? Qual a principal finalidade do Estado brasileiro ao regionalizar o seu território? __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ b) Em 1988 o Estado de Tocantins foi criado. Tocantins foi desmembrado de qual Estado? Porque ele foi inserido na região Norte do Brasil? __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ __________________________________________________________________________________________________________ 05.(UNIOESTE) A respeito da regionalização brasileira, é correto afirmar que
  • 10. 10 GráficaGEO I. a divisão regional oficial do Brasil proposta pelo IBGE em 1969 e utilizada até hoje nos artigos de jornais ou revistas, nas estatísticas publicadas, noticiários, etc. é a única forma de representar o país regionalmente. II. a divisão regional do Brasil em cinco regiões proposta pelo IBGE em 1969 levou em consideração as características comuns encontradas entre os Estados, respeitando as fronteiras administrativas, ou seja, os limites estaduais. III. outra forma de regionalização do Brasil é baseada nos critérios geoeconômicos e não está estruturada a partir dos limites formais dos Estados brasileiros, mas sim em aspectos econômicos dividindo o Brasil em três regiões geoeconômicas: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul. IV. a divisão oficial do Brasil proposta pelo IBGE é uma das formas de representar o país regionalmente, sendo também possível representar considerando vários fenômenos sociais, econômicos, culturais e naturais. sociais, econômicos, culturais e naturais. 06.(FATEC) Considere o mapa e as características para responder à questão. Meio técnico-científico-informacional e as regiões do Brasil Assinale a alternativa que relaciona corretamente o estágio técnico- científico e as respectivas regiões indicadas no mapa. I. Baixa densidade demográfica e técnica; atividades primárias tradicionais. II. Alta densidade técnica na agricultura; fraca industrialização. I II A) 1 2 B) 1 3 C) 2 1 D) 3 2 E) 3 4 07.(FEQ-CE) A questão está relacionada ao mapa do Brasil e às afirmações abaixo. Os grandes complexos regionais do Brasil I. O oeste do Maranhão integra o complexo regional da Amazônia devido às suas características equatoriais e econômicas ligadas ao extrativismo vegetal. II. O norte de Minas Gerais, com características físicas semelhantes à Zona da Mata, passa a fazer parte do complexo regional nordestino. III. O sul de Tocantins e do Mato Grosso se inserem no Centro-Sul em virtude de suas relações econômicas com esta região. Está correto SOMENTE o que se afirma em A) I B) II C) I e II D) I e III E) II e III 08. (FEQ-CE) Desde o início do século XX, o processo de industrialização brasileiro confirmou o Sudeste como uma região central. Além da economia de mercado, as políticas desenvolvidas pelo Estado, ligadas inicialmente à implantação da siderurgia e, posteriormente, à entrada de capitais transnacionais para a instalação de indústrias de bens de consumo duráveis como a automobilística e a de eletrodomésticos reforçaram esta organização. Assinale a alternativa que identifica a ideia central do texto. A) O processo de industrialização gerou a concentração espacial da riqueza. B) A industrialização promoveu a integração nacional. C) O capital internacional tornou o processo de industrialização autônomo. D) O Brasil assumiu um novo papel na nova divisão internacional do trabalho. E) O crescimento industrial brasileiro diminuiu o ritmo no pós-Guerra. 09.(ACAFE) De acordo com a regionalização geoeconômica, o Brasil apresenta três grandes complexos: Amazônia, Nordeste e Centro-Sul. A respeito do Nordeste, todas as alternativas estão corretas, exceto: A) O Polígono das Secas é a sub-região que se caracteriza pela semiaridez e pela formação vegetal conhecida como xerófita, própria de clima com pouca precipitação. B) Os graves problemas sociais e econômicos que a região enfrenta contribuem para que seja considerada como a “região- problema” do país.
  • 11. 11 GráficaGEO C) A Zona da Mata é a sub-região economicamente mais importante com destaque para a cana-de-açúcar e o cacau, além de ter a maior população absoluta. D) A homogeneidade comandada pela seca é a marca característica dessa região que sediou a primeira capital do Brasil. E) O Agreste é a sub-região de transição entre a área litorânea e o Sertão, caracterizado pela presença da policultura comercial e da pecuária leiteira. 10.(UFAC) Sobre a Amazônia, analise as seguintes proposições: I. A chegada de novos migrantes atendia à demanda de mão-de-obra para a própria construção das estradas e das hidrelétricas, por outro lado, deixava um rastro de miséria e desemprego quando essas obras terminavam. II. O garimpo tornou-se uma opção para a sobrevivência dessas populações na medida em que a estrutura agrária que apostava na grande propriedade pecuarista não deixava grandes alternativas. III. A organização espacial, que é extremamente original, se configurou onde vilas e cidades apareciam e desapareciam num piscar de olhos, como se estivéssemos diante de acampamentos provisórios. IV. O censo de 2000 do IBGE aponta que 70% dos que habitam a região moram em cidades. No entanto, o processo que enseja essa urbanização se deu, de um lado, como resultado de um determinado modelo agrário e, de outro, por um modelo industrial que não abarcava a população regional. Sobre essas proposições é correto afirmar que: A) somente I e II são verdadeiras. B) somente I é verdadeira. C) somente II e III são verdadeiras. D) nenhuma é verdadeira. E) todas são verdadeiras. 11.(UFAC) O Brasil vem passando por um rápido processo de urbanização: de 46%, em 1940, as cidades passaram a abrigar 84% do total da população, em 2010. A esse respeito, é correto afirmar: A) Os últimos censos do IBGE demonstram um aumento nos índices de crescimento dos centros regionais e uma interiorização do crescimento urbano. B) Em virtude da modernização do campo, verificada em diversas regiões agrícolas, assiste-se a uma verdadeira expulsão dos pobres, que encontram, nas grandes cidades, a oportunidade de empregos e bons salários. C) As indústrias absorvem cada vez mais mão-de-obra, e as atividades terciárias apresentam um lado moderno que exige qualificação profissional, o que pode facilmente ser encontrado no homem do campo. D) A urbanização brasileira vem caminhando lado a lado com a diminuição da desigualdade e a deterioração crescente das possibilidades de vida digna aos novos cidadãos urbanos. E) A região Nordeste foi a maior responsável por essa mudança, pois nela a industrialização foi mais intensa. 12. (Vunesp – Adaptada) Sobre o atual estado de Tocantins é coreto afirmar que: A) lá se encontra a Serra de Carajás, rica em minério de ferro. B) lá se encontra o garimpo de ouro de Serra Pelada. C) o estado foi desmembrado da Região Centro-Oeste, passando a integrar a Região Norte. D) lá fica localizada a reserva dos Ianomâmis. E) lá fica a Serra do Cachimbo onde as forças armadas iriam fazer testes atômicos. 13.(Fundação Hermínio Omette-Araras-SP) A partir da constituição de 1988 e das macrorregiões estabelecidas, é correto dizer que: A) O Território de Fernando de Noronha transformou-se em um novo estado da Região Nordeste. B) Com a divisão do estado do Mato Grosso, surgiu o estado de Tocantins. C) A região Nordeste passou a incorporar os estados de Fernando de Noronha e do Amapá. D) Surgiram três novos estados: Amapá, Tocantins e Roraima. E) O estado do Triangulo surgiu do desmembramento do estado de Minas Gerais. Bons estudos Acesse www.melo-geografia.blogspot.com www.facebook.com/demetrio.melo.71 www.slideshare.net/demetrio33