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Nº 28 Novembro 2012
ISSN 1647-9629




                           mde.es




                      34
2
NESTA EDIÇÃO PODE LER:

 Artigo de Opinião:
 A OTAN depois de Chicago por Rui Câmara Pina
 Artigo de opinião que aflora as três vertentes da Cimeira de Chicago, realizada em maio de
 2012 e que serviu para implementar as decisões de Lisboa, adotadas dois anos antes: A Defesa
 Coletiva, consignada no artigo V do Tratado do Atlântico Norte e tendo por base o Elo
 Transatlântico, a Gestão de Crises (onde as Operações têm um papel fundamental num novo
 ambiente estratégico) e as Parcerias.


 A reunião entre o Ministro da Defesa Nacional José
 Pedro Aguiar-Branco e o Ministro da Defesa
 espanhol Pedro Morenés no passado dia 20 de
 novembro em Madrid, onde acordaram “em
 desenvolver uma cooperação bilateral reforçada
 que contribua para melhorar a segurança e defesa
 regionais, no seio da OTAN e da União Europeia.”



 A Cooperação Técnico-Militar com São Tomé e
 Príncipe: O Acordo Geral de Cooperação e
 Amizade, assinado em 12 de Julho de 1975, e o
 Acordo de Cooperação Científica e Técnica,
 definiram as bases gerais da cooperação entre
 Portugal a República Portuguesa e a República
 Democrática de São Tomé e Príncipe. Tendo em
 vista o reforço dos laços e cooperação entre os
 dois países, o Secretário de Estado Adjunto e da
 Defesa Nacional visitou S. Tomé no passado mês de outubro.




                                              3
ÍNDICE

Editorial

-Novos ventos de Espanha..................................................................................... 6

Artigo de Opinião

- A OTAN depois de Chicago

Por Rui Câmara Pina .......................................................................................... 7

Planeamento Estratégico de Defesa: Consultas bilaterais de Defesa OTAN-NDPP ............... 12

Relações Internacionais

Argélia ......................................................................................................... 14

Chile ............................................................................................................ 15

Coreia / EUA .................................................................................................. 16

Espanha- Reunião de Ministros da Defesa Ibéricos (tema de capa) ................................... 17

Marrocos ........................................................................................................ 18

Tunísia ......................................................................................................... 19

Africa Clearing House / Iniciativa 5+5 Defesa ............................................................ 20

ONU ............................................................................................................. 21

OSCE / OTAN ................................................................................................... 22

União Europeia ................................................................................................ 23

Diversos ......................................................................................................... 24

Cooperação Técnico-Militar

Entrega do prémio Ministro da Defesa Nacional ao Aspirante a Oficial Ernesto Pedro Rungo ..... 26

Visita do Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional a S. Tomé e Príncipe

- Angola

Projeto 6: Estado-Maior do Exército........................................................................ 29

- Moçambique

Projeto 2: Marinha de Guerra de Moçambique............................................................ 30

Projeto 10: Instituto Superior de Estudos de Defesa ..................................................... 30




                                                          4
Agenda ......................................................................................................... 35

Dados Estatísticos ........................................................................................... 36



Nota: As fotos de capa e do artigo sobre Espanha são da cortesia do Ministerio de Defensa de España, disponíveis em
http://www.defensa.gob.es/gabinete/notasPrensa/2012/11/DGC-121120-Morenes-recibe-ministro-portugues.html




                                                              5
Editorial

Novos ventos de Espanha


Os Ministros da Defesa de Portugal e de Espanha reuniram em Madrid no dia 20 do mês de
Novembro, tendo adotado a Declaração Conjunta para o Reforço da Cooperação no âmbito da
Defesa. Não é por demais destacar a importância desta reunião pela afirmação da inequívoca
vontade de dar uma nova dimensão às relações entre os dois países na área da defesa. Devemos
encarar esta relação bilateral de forma desinibida, madura e sobretudo leal, ultrapassando
preconceitos antigos que durante demasiado tempo bloquearam uma inevitável e desejável
cooperação entre vizinhos.

Portugal só tem fronteira terrestre com Espanha, integra com este país alianças e organizações
na área da (ou com componente de) segurança e defesa (OTAN, UE e Iniciativa 5+5 Defesa),
partilha valores e visão do mundo, e opera essencialmente no mesmo espaço estratégico. As
geografias física e política constituem indiscutíveis fatores que, simultaneamente, condicionam
e potenciam a definição e concretização da política de defesa de um país.

Acresce que, face à diversidade, transversalidade e multipolaridade das ameaças que
contemporaneamente se colocam à segurança de um Estado, a cooperação internacional
arquitetada a sucessivos níveis geopolíticos é fundamental, e seria incompreensível não incluir
de modo mais efetivo aqueles que nos estão mais próximos.

Por outro lado, os programas de Smart Defence (OTAN) e de Pooling and Sharing (UE) favorecem
o desenvolvimento de iniciativas de cooperação sub-regional numa perspetiva holística de
integração num projeto coletivo mais amplo, e que visa dotar essas organizações de melhores
capacidades e de maior interoperabilidade para a garantir a segurança dos seus membros.

Assim, a referida Declaração constituirá a alavanca e o motor que permitirá aprofundar e elevar
a um novo patamar a cooperação entre os dois países em âmbitos tão diversos como o
planeamento de capacidades, o emprego conjunto de forças em operações no exterior, e as
indústrias de armamento e tecnologias de defesa.

Neste quadro, competirá à DGPDN com a sua congénere espanhola impulsionar as atividades de
cooperação e coordenar apoios e conjugar esforços sobre assuntos de interesse comum.

Para terminar ficam os votos de um ótimo Natal e um excelente Ano de 2013.



                                                                              Boas leituras.

                                                          Nuno Pinheiro Torres

                                                   Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional




                                               6
Artigo de Opinião

                                                                           A OTAN depois de Chicago
                                                                                     Rui Câmara Pina


A Cimeira de Chicago, realizada em maio de               - Os Norte-Americanos, principalmente os
2012, serviu para implementar as decisões                Estados Unidos da América (EUA), têm uma
de Lisboa, adotadas dois anos antes, e                   perceção do mundo diferente dos Europeus,
promover três diretrizes muito claras para a             nomeadamente quanto ao Irão, que é
Aliança: A Defesa Coletiva, consignada no                avaliado de maneira diferente em ambos os
artigo V do Tratado do Atlântico Norte e                 lados do Atlântico.
tendo por base o Elo Transatlântico, a
                                                         - Por sua vez, grande parte dos Europeus
Gestão de Crises (onde as Operações têm um
                                                         estão imbuídos dos princípios da Política
papel fundamental num novo ambiente
                                                         Europeia de Segurança e Defesa, embora
estratégico) e as Parcerias.
                                                         esta não tenha sido posta em prática em
São estas três vertentes que aqui se afloram:
                                                         várias situações, como no caso da Líbia,
                                                         como de início os franceses pretendiam.
O Elo Transatlântico
                                                         O fato de a Aliança ser constituída por 28
A ligação que une os aliados europeus aos
                                                         Estados membros também torna a noção do
americanos permanece como um dos fulcros
                                                         elo transatlântico mais difusa, e certamente
vitais da Aliança desde 1949. Essa ligação foi
                                                         os polacos ou os lituanos têm uma ideia
essencial ao longo destes últimos 63 anos,
                                                         diferente dos franceses ou dos alemães
fosse com a chegada à Europa das primeiras
                                                         sobre esta ligação. Por isso, de um lado e do
armas nucleares táticas no início dos anos 50
                                                         outro do Atlântico, têm-se multiplicado as
(agora chamadas de sub-estratégicas) ou
                                                         queixas mútuas: Os Americanos consideram
com a instalação dos Euromísseis nos anos
                                                         que os Europeus não têm capacidades
80.
                                                         adequadas, enquanto estes justificam essa
Este   elo   foi   posto    à   prova    com    o
desaparecimento do Pacto de Varsóvia e o
desmantelamento        da   URSS,       mas    ele
continuou a ser considerado essencial para o
novo papel da OTAN no mundo. Porém, de
um lado e de outro do Atlântico, a sua
perceção está a atingir novos contornos:




                                                     7
lacuna devido aos problemas financeiros que              catalisador para as enormes mudanças que
assolam a Europa.                                        começaram         a         verificar-se       e      que
                                                         desembocaram no Conceito Estratégico de
Não é de estranhar, pois, que se esteja a
                                                         2010.
registar uma aparente ‘mudança’ na política
externa     americana        para   a    área   do       É normal, portanto, a pergunta: para onde
Pacífico/Ásia. A emergência da China e                   vai a OTAN? O que será da Organização em
ainda alguma desconfiança sobre os intentos              2015, 2020 ou 2030?
de Pyongyang são razão para tal.
                                                         Para além de todas as discussões académicas
Em conclusão, a situação não é tão grave                 e debates analíticos, há várias coisas que se
como na altura da invasão do Iraque mas                  podem perspetivar:
persistem        perceções      e   sensibilidades
                                                         •   O     ambiente      de      segurança       é    uma
distintas que são difíceis de colmatar.
                                                             consequência do ambiente económico.
Contudo, ambos continuam a precisar um do
                                                             De forma que a OTAN irá ser sempre o
outro: os Estados Unidos não estão no Velho
                                                             resultado destas duas vertentes;
Continente por um ato de caridade, o seu
                                                         •   Prevê-se que a crise financeira dure
interesse é ter uma Europa que os apoie,
                                                             mais     tempo          que      qualquer       outra
lhes dê garantias na retaguarda e lhes possa
                                                             registada após 1945, afetando os gastos
legitimar o uso da força. Já os Europeus
                                                             com a defesa, mesmo entre os Aliados
necessitam da OTAN (e dos EUA) para
                                                             mais ricos, como os EUA, Reino Unido ou
ultrapassar as ameaças fora do perímetro do
                                                             Alemanha. De momento, apenas quatro
Atlântico, pois sabem que não será a União
                                                             deles atribuem os 2% consignados para a
Europeia a fazê-lo.
                                                             defesa, mas isso poderá agravar-se
De momento manter-se-á o princípio da                        dentro de pouco tempo;
Defesa Coletiva assente nesta ligação. Será              •   Uma      potencial         instabilidade        social
que ele irá ser posto à prova proximamente?                  provocada         por     esta     crise       poderá
                                                             também influenciar negativamente “a
                                                             retaguarda da Aliança”, criando aquilo
A orientação estratégica da Aliança e a
                                                             que      alguns,         numa      visão        muito
Gestão de Crises
                                                             pessimista,         apontam            como         a
O Conceito Estratégico da OTAN de 1999,                      ‘balcanização’ do sul e ocidente da
apesar de na altura ter sido considerado um                  Europa       (há        quem      mencione         os
instrumento adequado para fazer face ao                      problemas sociais da Grécia, Espanha e
mundo do século XXI, veio ser posto em                       Portugal);
causa     logo    dois   anos   depois    com   os       •   A já referida mudança dos Estados
atentados do 11 de setembro. Isso foi um                     Unidos para o Continente Asiático. Claro



                                                     8
que   ela,    a    verificar-se,   não   seria       Assim, quais são as consequências que estas
    imediata nem traria a ‘desertificação’               premissas poderão trazer para a OTAN?
    americana da Europa (no fundo, o                     Uma primeira consequência é que a OTAN
    inverso do que foi preconizado por                   tornar-se-á menos global. É verdade que
    Presidentes como Nixon). E o Continente              nunca esteve na mente dos responsáveis da
    Asiático     não   é    propriamente     uma         Aliança fazer da Organização o ‘polícia do
    novidade para os Estados Unidos que já               mundo’, mas a OTAN irá progressivamente
    aí lutaram por duas vezes desde o pós-               focar-se em iniciativas regionais (quando os
    guerra (Coreia e Vietnam).                           interesses Ocidentais estiverem em jogo) em
    De qualquer forma, ao contrário de                   detrimento das grandes operações globais,
    outrora, esta seria agora uma ‘opção                 como o Afeganistão. As ações no Oceano
    competitiva’ e não ‘belicista’, embora a             Índico fazem já parte desta linha de
    região do Mar do Sul da China se esteja              pensamento.
    a tornar num ponto potencialmente                    A segunda consequência é que a austeridade
    inflamável.                                          financeira reduzirá o número de forças de
• A influência de eventos ocorridos em                   combate e impedirá a modernização de
  diferentes regiões do mundo, desde a                   muitos dos equipamentos militares atuais,
  Rússia à Primavera Árabe (ou “Inverno                  além    de     criar    algumas          discrepâncias
  Islâmico”, dependendo da sua evolução),                notáveis. Recorde-se que os Estados Unidos
  passando pelo Irão. Note-se que se, em                 gastaram nas sete semanas de operações na
  consequência duma qualquer crise no                    Líbia o que gastam numa semana no
  Golfo Pérsico, os iranianos fechassem o                Afeganistão.
  Estreito de Ormuz, a OTAN /EUA não                     Outra consequência é que a Aliança tenderá
  poderiam ser levados a reagir.                         a correr menos riscos e a Síria é já um
• O Afeganistão tem sido classificado como               exemplo      disso.    Daí   a    importância       das
  a principal missão militar da OTAN,                    Parcerias pois, através de elas, pode-se
  aquela que é o barómetro do sucesso da                 empreender o treino de forças locais, como
  atuação da OTAN. O seu sucesso, porém,                 acontece em relação à União Africana.
  só poderá ser avaliado após 2014, no caso              Uma quarta consequência é que a OTAN,
  de as Forças Nacionais Afegãs manterem                 mesmo       apesar      de       estas       limitações,
  o país fora da órbita talibã (ou pelo                  permanecerá como o ‘fornecedor de força
  menos da sua fação mais radical) e não                 militar’ mais importante do mundo.
  torne o país num novo porto de abrigo do               Outra   consequência         será        a    confiança
  terrorismo islâmico.                                   crescente      da      Aliança      Atlântica       nos
                                                         instrumentos e capacidades que melhor
                                                         pode controlar, e que têm sido a base da



                                                     9
‘nova OTAN’ para melhor combater as novas            Certamente que as diferentes parcerias não
ameaças: a Defesa Antimíssil, a “Alliance            têm o mesmo valor para todos os 28 Aliados.
Ground Surveillance/AGS”, o Policiamento             O Diálogo do Mediterrâneo, por exemplo,
Aéreo dos Bálticos, a Nova Estrutura de              assume maior relevância junto de países
Comandos e a Defesa Cibernética.                     como Portugal, Espanha, Itália e França, do
                                                     que para muitos Aliados do norte e centro da
                                                     Europa. Estes são mais sensíveis às Parcerias
                                                     com a Federação Russa, Ucrânia e Geórgia.

                                                     De início, as relações da OTAN com os
                                                     Parceiros fizeram-se com base na partilha de
                                                     valores    comuns,      como     os      ideais
                                                     democráticas e o primado do            Direito.
                                                     Todavia, na era atual, estas premissas já não
                                                     são tomadas tão em conta, importando mais
                                                     para a OTAN o papel que os Parceiros podem
                                                     desempenhar nas suas Operações Militares
                                                     (tenha-se em conta que 10% das tropas da
Parcerias                                            ISAF pertencem aos Parceiros).

A maior parte das Parcerias da OTAN foi              O princípio da diferenciação dos Parceiros,
criada ainda nos anos noventa, mas elas              em que cada um destes tem um papel
começaram a ganhar maior proeminência já             distinto e não é obrigatório que representem
neste século, principalmente na Cimeira de           o mesmo valor para a Aliança, começou a
Lisboa, quando foram vistas como um dos              ser adotada na Cimeira de Riga em 2006 e
novos três pilares da Aliança Atlântica (além        foi confirmado nas Cimeiras posteriores. Daí
de Defesa Coletiva e da Gestão de Crises).           que não se possa equiparar a importância

Quando a OTAN deu início à formação das              (como Parceiro) do Paquistão, um país em

Parcerias, muitos questionaram-se sobre a            que o seu Exército e os seus serviços de

sua necessidade e importância. Mas foi               Informação (o célebre ISI) são acusados de

graças justamente a essas iniciativas que os         estarem infiltrados por simpatizantes dos

Estados Unidos, a seguir ao 11 de setembro,          Talibans   e   da    Al-Qaeda,   com     outros

tiveram acesso à logística militar desses            Parceiros como a Austrália ou o Japão.

países (como o Uzbequistão e outros países           No seguimento do preconizado no novo
da Ásia Central), o que veio a favorecer as          Conceito Estratégico, prevê-se que a Aliança
operações militares dos Estados Unidos e da          fortaleça as suas Parcerias e estabeleça
ISAF no Afeganistão.                                 ligações mais profundas com outras zonas do



                                                10
globo. Uma delas é com países do hemisfério           se em conta que a situação nalgumas zonas
sul, tendo Portugal estado na vanguarda               africanas (como no Congo e no Mali) tem
deste    movimento   quando,    em    tempos,         dado sinais de crescente instabilidade, e
preconizou um relacionamento especial da              Pretória ocupou recentemente a presidência
OTAN com o Brasil (embora os brasileiros              da União Africana.
não     tenham   retribuído    esse   rol   de
                                                      Em suma, num mundo crescentemente mais
intenções), enquanto são conhecidas os
                                                      global,   as     Parcerias     tornaram-se         um
desejos espanhóis em aproximarem a OTAN
                                                      instrumento      fundamental    para    a     “nova
de alguns países da América do Sul, como a
                                                      OTAN”. O Novo Conceito Estratégico basear-
Colômbia. Ainda em relação ao hemisfério
                                                      se-á na Defesa Coletiva (onde se nota a
sul, alguns Aliados têm defendido uma
                                                      crescente importância do artigo IV, que fala
aproximação com a grande potência da
                                                      de consultas entre os Membros), na Gestão
África Austral, a África do Sul, constituindo
                                                      de Crises e na Cooperação através de
a recente visita do Presidente Zuma a
                                                      Parcerias,     trilogia   fundamental       para    o
Bruxelas um sinal dessa aproximação; tenha-
                                                      sucesso das Operações militares da OTAN.




                                                 11
Planeamento Estratégico de Defesa

CONSULTAS BILATERAIS COM A OTAN - NDPP


No âmbito da terceira fase do corrente ciclo               tables 1      nacionais.          Nestas
do processo de planeamento de defesa                       consultas,          as         atividades
aliado (NDPP), realizaram-se nos passados                  foram, conforme é usual,
dias 13 e 14 de novembro as consultas                      divididas        em       grupos       de
bilaterais    com   as    equipas    da     OTAN           trabalho afetos às áreas de operações
pertencentes ao Defence Planning Staff                     navais,       terrestres,          aéreas,        operações
Team (DPST).                                               especiais e conjuntas. O EMGFA, através da
                                                           Divisão de Planeamento Estratégico Militar
A edificação de capacidades na aliança é da
                                                           (DIPLAEM), foi a entidade coordenadora do
responsabilidade dos estados membros pelo
                                                           processo, tendo ainda participado os ramos
que o planeamento de defesa aliado é uma
                                                           e a DGPDN, os quais, através dos seus
preocupação permanente, não apenas no
                                                           representantes, compuseram a Delegação
sentido dos planos nacionais se conjugarem
                                                           Nacional.
com as necessidades coletivas, e assim se
superarem      as   capacidades      deficitárias          No dia 13 de novembro, e dando inicio aos
identificadas na prossecução do nível de                   trabalhos, o chefe da delegação nacional,
ambição da OTAN, mas também na garantia                    Contra-almirante Almeida de Carvalho do
da efetiva disponibilidade desses meios,                   EMGFA/DIPLAEM,                 proferiu       uma     sucinta
numa busca de aperfeiçoar e facilitar a                    introdução enunciando as contingências que
articulação entre este planeamento e o                     atualmente afetam a aceitação de alguns
planeamento operacional.                                   dos targets propostos pela OTAN a Portugal,
                                                           não deixando de sublinhar, no entanto, o
Tendo presente a necessidade de uma
                                                           forte        empenhamento                 nacional              no
distribuição equitativa destas necessidades
                                                           planeamento                de        defesa            aliado.
entre os aliados (targets), as reuniões em
                                                           Seguidamente,              e      após        uma       breve
epígrafe deram continuidade ao trabalho
                                                           intervenção dada pelo chefe da delegação
anteriormente desenvolvido no âmbito do
                                                           da     OTAN,        BGen        Richard       Laurent,          foi
NDPP entre Portugal e a OTAN, realizado em
                                                           efetuada pelo Cor Van Unnen uma exposição
diversos     workshops,   tendo     em    vista   a
                                                           relativa      aos        objetivos       do    NDPP,        aos
aceitação das propostas de targets e force
                                                           trabalhos já efetuados, aos princípios Fair

                                                           1
                                                            Objetivos de edificação ou manutenção de capacidades a curto
                                                           prazo (6 anos).




                                                      12
Burden Sharing 2 e Reasonable Chalenge 3                                    DGPDN        a    coordenação        desta    fase.   O
adotados na distribuição dos targets às                                     processo         culminará     com     a     aprovação
nações.                                                                     ministerial dos targets e force tables que se
                                                                            dará em junho de 2013.
Os trabalhos decorreram com uma grande
frontalidade e transparência, tendo sido                                    Paralelamente          às      reuniões      bilaterais
visitados e analisados todos os targets e                                   realizaram-se encontros com o Diretor de
force tables que estavam à data por aceitar.                                Política do Staff Internacional da OTAN,
Através         de     uma        postura         de      franca            onde foram abordados os planos e as
colaboração e da clarificação de algumas                                    políticas        de     defesa        nacionais       no
dúvidas         existentes,        que       habilitaram          à         enquadramento da atual conjuntura.
revisão das posições nacionais, considera-se
                                                                            Houve um sentimento generalizado de toda
que        os        objetivos         propostos           foram
                                                                            a Delegação Nacional de que as consultas
alcançados.
                                                                            foram pautadas pelo sucesso, na medida em
Findo este passo de consultas bilaterais,                                   que     os        interesses     nacionais        foram
seguem-se as reuniões multilaterais ao nível                                devidamente defendidos, para os quais
político com os restantes aliados, numa                                     contribuiu o empenho de todas as entidades
lógica em que um target não aceite por um                                   participantes.
país terá de ser assumido por outro. As
reuniões multilaterais serão realizadas no
primeiro quadrimestre de 2013, cabendo à




2
   Princípio que preconiza o não fornecimento de qualquer
capacidade num montante superior a 50% apenas por uma nação.
Indicia a justeza na divisão do encargo por todas as nações aliadas.
3
  A atribuição dos targets pela Aliança é efetuada considerando o
PIB e os números da população de cada nação, assim como a
capacidade dessa mesma nação poder atingir os seus objetivos de
um modo considerado razoável perante aqueles valores.




                                                                       13
Relações Internacionais




                ARGÉLIA
Indo ao encontro do preconizado no Acordo
de Cooperação no domínio da Defesa entre a
República   Portuguesa    e    a   República
Democrática e Popular da Argélia assinado
em 2005, teve lugar, entre os dias 25 e 27
de novembro, em Argel, a 7ª Reunião da
Comissão Mista Luso-Argelina. A delegação            apresentou uma taxa de realização que
portuguesa foi chefiada pelo Diretor-Geral           ultrapassa os 80%. De referir ainda que para
de Política de Defesa Nacional, o Dr. Nuno           o ano de 2013, em matéria de cooperação,
Pinheiro Torres, que para esta reunião se fez        esta focar-se-á nos mesmos domínios como
acompanhar da colaboradora responsável               os que até agora têm sido objeto de
pela cooperação bilateral com a Argélia, a           cooperação: ensino e formação militar,
                                                     troca de experiências no âmbito operacional
                                                     com os três Ramos das Forças Armadas e
                                                     indústrias de Defesa.




Dr.ª Elisabete Gomes, e por um membro do             Entre os dias 25 e 28 de novembro,
Conselho de Administração da EMPORDEF, o             deslocou-se à República Democrática e
MGen Moura Marques, bem como pelo adido              Popular da Argélia um Oficial do Exército
de defesa na Argélia, o Coronel Paula                Português a fim de participar num exercício
Santos.                                              tático com fogos reais de nível Companhia
Dos assuntos debatidos aquando da reunião            no seio de uma Unidade de Infantaria. A
destaca-se o balanço das atividades de               unidade escolhida para a realização do
cooperação bilateral de Defesa ocorridas em          exercício foi a “École des Cadres de
2012, sendo de relevar que o plano de                l’Infanterie”, em Sidi Bel Abbès, a cerca de
atividades negociado para o corrente ano             448 quilómetros de Argel.



                                                14
CHILE

Portugal acolheu em 13 e 16 de novembro o
IV encontro político-estratégico de Defesa
entre Portugal e o Chile, chefiado pelo
Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional,
Dr. Nuno Pinheiro Torres e pelo Embaixador
                                                     do Chile sobre os problemas de Segurança e
Luis Palma Castillo, Chefe da Divisão de
                                                     Defesa na Bacia do Pacífico.
Relações Internacionais da Subsecretaria de
                                                     Além de programa social, foram ainda
Defesa (SSD) do Ministério da Defesa do
                                                     proporcionadas à delegação chilena visitas
                                                     relevantes em áreas de mútuo interesse, a
                                                     saber, ao Instituto Geográfico do Exército
                                                     português e à Esquadrilha de Submarinos da
                                                     Marinha portuguesa.




Chile.   Tendo   como    enquadramento     o         Na mesma ocasião, entre 12 e 16 de

Memorando de Entendimento (MoU) sobre                novembro, ao abrigo do Plano de Atividades

cooperação no âmbito da Defesa entre                 de Cooperação Bilateral de Defesa acordado

Portugal e o Chile, de 27 de novembro de             entre os dois países para 2012 decorreu em

2000, foi nesta ocasião efetuada a revisão           Portugal a visita de delegação do Exército do

do Plano de Cooperação Bilateral de Defesa           Chile para intercâmbio multidisciplinar com

Chile-Portugal 2012-2013 e negociada nova            o     Exército   Português,   em   Portugal.   A

proposta de Programa de Atividades para              comitiva chilena, chefiada pelo Comandante

2013-2014. A relevância deste encontro               das     Operações    Terrestres,   General     de

consubstanciou-se,    ainda,    na    análise        División Ricardo Toro Tassara, incluiu ainda

conjuntural dos processos de integração              quatro Oficiais Superiores. Foram múltiplas

regional, bem como na apresentação de                as temáticas da presente atividade de

temas como o Acordo de Wassenaar e o                 colaboração incidindo o Sistema de Gestão

Missile Technology Control Regime, a Lei de          Estratégica do Exército, Situação do Soldado

Programação Militar e Política Ambiental             Profissional e Sistemas de Formação em

portuguesas, Indústrias de Defesa e a Visão          Portugal, bem como a Organização, Treino e



                                                15
Emprego da Brigada de Reação Rápida,
tendo para o efeito sido desenvolvidos
contactos,     visitas     e   apresentações   no
Estado-Maior     do      Exército,   Comando   de
Forças Terrestres, Brigada de Reação Rápida
(Tancos) e Comando da Instrução e Doutrina
(Évora).




                          COREIA                                                EUA
No dia 28 de novembro realizou-se no Salão                Realizou-se     em    29     de    novembro,    no
Nobre do Ministério da Economia e do                      Ministério da Defesa Nacional, a Reunião
Emprego a 3.ª reunião da Comissão Mista                   Preparatória    da    42.ª    Comissão     Técnica
Económica entre Portugal e a Coreia do Sul,               Portugal-EUA, tendo em vista coordenar a
presidida por Sexa. o Secretário de Estado                posição   portuguesa         em     três   projetos
do Empreendedorismo, Competitividade e                    submetidos pela parte norte-americana, no
Inovação, Dr. Carlos Nuno Oliveira, incluindo             âmbito das infraestruturas localizadas na
na delegação portuguesa a representante                   Base Aérea N.º 4, Lajes. No dia seguinte
desta Direção-Geral, Dra. Cláudia Bicho.                  teve lugar, no mesmo local, a 42.ª Reunião
Integrado como ponto de agenda, foram                     da Comissão Técnica com a delegação norte-
nesta oportunidade veiculadas pelo chefe da               americana chefiada pelo capitão-de-fragata
delegação portuguesa as consultas conjuntas               Terrence Dudley. A Direção-Geral de Política
no   âmbito     da       proposta    de   programa        de Defesa Nacional esteve representada nas
subordinado a um “International Military                  duas sessões de trabalho, conduzidas pela
Flight Training Center Consortium”.                       Coordenadora     da    Comissão       Técnica   da
                                                          Direção-Geral         de          Armamento      e
                                                          Infraestruturas de Defesa do MDN.




                                                     16
espanhola reforçada, tendo em conta o novo
                                                                             cenário político-estratégico de segurança e
                              ESPANHA                                        defesa, desenvolvendo novos projetos de
O Ministro da Defesa Nacional José Pedro                                     cooperação”.
Aguiar-Branco             e   o       Ministro       da    Defesa
espanhol Pedro Morenés estiveram reunidos
no passado dia 20 de novembro em Madrid,
“tendo concordado em desenvolver uma
cooperação            bilateral           reforçada               que
contribua para melhorar a segurança e
defesa regionais, no seio da OTAN e da
União Europeia, bem como da Iniciativa 5+5                                                                                   mde.es

Defesa, de que Portugal e Espanha fazem                                      Os    dois    ministros        decidiram   também

parte”.                                                                      “estabelecer consultas sobre os processos de
                                                                             planeamento de capacidades de cada país, a
Na Declaração de Intenções Conjunta 4,
                                                                             fim   de     explorar     as    oportunidades     de
assinada por ambos os ministros, foi ainda
                                                                             desenvolvimento conjunto das capacidades
acordado         estudar          a     revisão       do     atual
                                                                             militares       de        interesse        comum,
Protocolo de Cooperação, assinado entre os
                                                                             nomeadamente no âmbito das iniciativas
dois ministérios em 1998, e, se necessário
                                                                             Smart Defence e Pooling & Sharing”.
atualizá-lo “por forma a adaptá-lo aos
desafios e objetivos que se pretendem                                        No quadro da participação em operações no

alcançar        com           uma       cooperação           luso-           âmbito da OTAN da UE ou das Nações Unidas
                                                                             foi   acordado       o     estabelecimento        de
                                                                             “consultas sobre o planeamento de emprego
                                                                             de forças”, e a “elaboração de planos
                                                                             conjuntos e combinados de emprego de
                                                                             forças em situações de interesse comum,
                                                                             designadas como operações NEO, e missões
                                                                             de auxílio em situações de catástrofes
                                                                             naturais ou de emergência humanitária”.
                                                             mde.es




4
    A   Declaração   de   Intenções     pode   ser   consultada    em
http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministerio-da-defesa-
nacional/mantenha-se-atualizado/20121120-mdn-reuniao-es.aspx




                                                                        17
Portugal e Espanha pretendem “fomentar e                   mútuo com a segurança e proteção das vias
agilizar” os contactos periódicos e regulares              de comunicação marítimas”, bem como
entre os Estados-Maiores Conjuntos, “com o                 procurar cooperar “no âmbito das indústrias
objetivo de coordenar apoios e posições,                   de armamento e tecnologias de defesa”.
conjugar esforços de forma sinérgica em                    Neste âmbito, as “áreas prioritárias” são a
áreas de interesse comum, e impulsionar as                 aeronáutica,        naval,      comunicações,
atividades de cooperação bilateral” e entre                tecnologias         de       informação      e
as Direções-Gerais de Política de Defesa,                  desmilitarização.
para “trocar pontos de vista, coordenar
apoios, conjugar esforços» e «facilitar e
impulsionar as atividades de cooperação no
seio    das         organizações     europeias    e
transatlânticas”.

No     quadro       da   Segurança    Marítima    e
Indústrias de Defesa os dois países vão ainda
“estudar        e     desenvolver     formas     de
cooperação que reflitam o compromisso                                                                mde.es




                         MARROCOS
Inserida   no        Plano   de     Atividades   de
Cooperação Bilateral no âmbito da Defesa,
deslocaram-se à Academia Militar, entre os
dias 6 e 9 de novembro, dois militares das
Forças Armadas do Reino de Marrocos. Esta
visita visou essencialmente a tomada de
conhecimento do sistema de ensino na


                                                           Academia Militar, bem como das principais
                                                           alterações introduzidas pelo Processo de
                                                           Bolonha.

                                                           Durante a sua permanência em território
                                                           português, esta delegação marroquina teve
                                                           oportunidade de visitar as instalações da



                                                      18
Academia Militar e ainda de assistir à Sessão                 participação, na qualidade de observadores,
Solene de Abertura do novo ano letivo,                        no   exercício   de   Busca   e   Salvamento
cerimónia    que      teve     lugar    no    Grande          “Tamaris 2012”, que ocorreu ao largo de
Auditório do Aquartelamento da Academia                       Casablanca. Na manhã do dia 27 assistiram
Militar na Amadora e que foi presidida por                    ao briefing geral do exercício no Centre
Sua Excelência o Primeiro-Ministro.                           d’Entraînement Naval/MR, tendo o exercício
                                                              propriamente dito acontecido na manhã do
                                                              dia 28 de novembro. Durante a tarde desse
No período compreendido entre os dias 26 e
                                                              mesmo dia desenrolou-se uma reunião de
30 de novembro, deslocaram-se a Marrocos
                                                              coordenação SAR (Search & Rescue) entre as
dois militares do Comando Aéreo da Força
                                                              autoridades marroquinas e a delegação
Aérea     Portuguesa,    tendo         em    vista   a
                                                              portuguesa.



               TUNÍSIA
Entre os dias 20 e 24 de novembro deslocou-
se à Tunísia um militar da Esquadra 201 –
Falcões, da Força Aérea Portuguesa para
troca de experiências no âmbito da operação
de aviões de caça. A atividade teve lugar na
Base Aérea de Gabès, a cerca de 406
quilómetros da capital tunisina. Durante a
sua estada no país, este Oficial Superior teve
a ocasião de se inteirar das missões da
15ème Unité Aérienne e da 33ème Unité
Aérienne. Assistiu ainda a um briefing para
uma missão de tiro ar-solo, que viria a
decorrer no dia seguinte.

Note-se que a 15ème Unité Aérienne da Base
Aérea de Gabès opera os sistemas de armas
Northrop F-5E/F Tiger e que os Falcões da
Base Aérea Nº 5, Monte Real, operam o
Lockheed     Martin     F-16    AM,      partilhando
contudo     uma    missão        muito       idêntica:
executar operações de defesa aérea e de
ataque convencional.



                                                         19
como objetivo passar em revista os últimos
                                                    desenvolvimentos    nas     diferentes   áreas
                                                    sectoriais e confirmar o Plano de Ação para
                                                    2013. Para além disso, foi importante
                                                    acompanhar projetos em curso no seio da
                                                    Iniciativa, bem como a sua evolução, sendo
Nos dias 13 e 14 de novembro o Diretor-
                                                    importante manter um papel interventivo e
Geral de Política de Defesa Nacional, Dr.
                                                    ativo no desenvolvimento dos mesmos.
Nuno Pinheiro Torres, participou no G8++
Africa Clearing House, no Departamento de           Na aludida reunião estiveram representados
Estado dos EUA, subordinado às temáticas da         todos os países da Iniciativa, sendo que pelo
segurança marítima no Golfo da Guiné e              nosso país estiveram presentes o Coronel Rui
Operações de Paz em África. Da agenda do            Clero, Diretor de Serviços de Relações
encontro,   no   primeiro   dia,   constaram        Internacionais e o Major Vitor Sanches, POC
intervenções da União Africana (UA), da             da Iniciativa 5+5 Defesa da DGPDN e do
Economic Community of West African States           EMCOC/EMGFA o CMG Silva Ramos.
(ECOWAS), e da Economic Community of
                                                    Esta reunião visou dar continuidade ao
Central African States (ECCAS). No segundo
                                                    trabalho já desenvolvido no âmbito da
dia, o tema em destaque foi a capacidade
                                                    Iniciativa em assunto e preparar a reunião
africana para o peacebuilding, com a UA a
                                                    Ministerial que irá ter lugar em Rabat a 10
dar a sua visão e análise do que tem falhado
                                                    de dezembro.
a este nível. De referir ainda que o Dr.
                                                    Portugal apresentou       a versão final do
Pinheiro Torres manteve igualmente, em 13
                                                    logótipo da Iniciativa 5+5 Defesa, sendo
de novembro, um encontro no Departamento
                                                    feita uma breve descrição do mesmo. Está a
de Defesa dos EUA, com o Subsecretário
                                                    ser elaborado o Manual de Utilização do
Adjunto da Defesa para os Assuntos da
                                                    Logótipo 5+5, em inglês, francês e árabe,
Europa e OTAN (DASD), James Townsend.
                                                    que será entregue a todos os Estados-
                                                    Membros na próxima
                                                    reunião     do   Comité
                                                    Diretor, que decorrerá
            INICIATIVA 5+5 DEFESA
                                                    em março de 2013 em
Reunião do Comité Diretor da Iniciativa 5+5         Portugal.
Defesa
                                                    O   representante    de
Decorreu em Rabat, de 19 a 22 de novembro           Malta fez o anúncio
de 2012, a 15ª reunião do Comité Diretor da         oficial da associação de Portugal ao projeto
Iniciativa 5+5 Defesa. Este encontro teve           de criação do website da Iniciativa 5+5



                                               20
organização que implementa as disposições
                                                       da Chemical Weapons Convention (CWC),
                                                       com o objetivo de assegurar um regime
                                                       credível e transparente na verificação da
                                                       destruição de armas químicas e incentivando
                                                       a cooperação internacional na utilização
                                                       pacífica     da     química.        As       188   nações
                                                       signatárias têm como principal desiderato
Defesa, tendo feito uma breve apresentação             obter uma adesão universal à OPCW. A
de   um     esboço    inicial     do   mesmo,          cooperação entre as Nações Unidas e a
previamente preparado pelos dois países                Organização para a Proibição de Armas
líderes deste projeto. Malta e Portugal                Químicas é regulada pelo contrato de
comprometeram-se a implementar o website               relação     entre     ambas        as        Organizações,
5+5 durante o ano de 2013.                             adotado pela Assembleia Geral das Nações
                                                       Unidas, em setembro de 2001. O progresso
Todas as delegações reconheceram o atual
                                                       havido, desde 2008, na destruição de armas
dinamismo da Iniciativa 5+5 Defesa, patente
                                                       químicas,      significou      uma           redução    das
nos últimos desenvolvimentos dos diferentes
                                                       atividades em quadro de artigo IV e V e,
projetos, cursos, seminários e exercícios.
                                                       consequente, uma adaptação dos recursos
Marrocos demonstrou uma vez mais grande
                                                       humanos da Organização. No plano da
empenho    e    dedicação,      revelando   uma
                                                       execução técnica, há que registar progressos
excelente capacidade na organização do
                                                       que apontam para um valor total da
evento, mostrando assim o seu potencial
                                                       categoria 2 de armas químicas destruídas
interesse em continuar a dinamizar e dar
                                                       até à data de 919,931 milhões de toneladas,
relevância às atividades que organiza no seio
                                                       ou 52,09%, do montante total declarado.
da Iniciativa 5+5 Defesa, ano em que
                                                       Acresce,      em        matéria          processual,     a
Portugal assume a presidência.
                                                       relevância das Declarações anuais, tidas
                                                       como       essenciais       para    um        regime    de
                                                       verificação       eficaz.    Após        a    decisão   do
               ONU
                                                       Conselho, na sua quinquagésima-primeira
               Reunião Organization for the            sessão (27 de novembro de 2007),
Prohibition of Chemical Weapons (OPCW),                o Secretariado tornou público os
Haia, 26-30 de novembro.                               relatórios nacionais, nos termos
A DGPDN é a entidade responsável por                   do artigo VI da Convenção.
acompanhar, em estreita cooperação com
MNE, as ações desencadeadas pela OPCW,



                                                  21
OSCE
Ottawa acolheu entre 12 e 16 de novembro                 NATO Crisis Management Exercise 2012
o 42º Co-ordination Forum (CF) do Tratado
                                                         Decorreu de 12 a 16 de novembro de 2012 o
OPEN SKIES com a presença de Portugal
                                                         NATO Crisis Management Exercise 2012
(presidência),    Espanha,   Itália,     Bélgica,
                                                         (CMX12). Para o efeito foi constituída uma
Holanda, Canadá e França. A Grécia e o
                                                         Célula de Resposta Nacional (CRN) com
Luxemburgo estiveram ausentes da reunião.
                                                         representantes do Ministério da Defesa
A participação nacional foi assegurada pelo
                                                         Nacional     (Direção-Geral   de      Política   de
Dr. Henrique Castanheira da DGPDN/ MDN
                                                         Defesa Nacional e Direção de Serviços de
(Chairman) e pelo Maj/Nav Paulo Manuel
                                                         Comunicação       e    Relações     Públicas),   do
Correia Rodrigues Alves da UNAVE/EMGFA. A
                                                         Ministério dos Negócios Estrangeiros, do
Presidência      do   POD-GROUP        2012   foi
                                                         Estado-Maior General das Forças Armadas,
acometida a Portugal, por um sistema
                                                         do Sistema de Informações da República
rotativo, acordado no MOU, assinado em
                                                         Portuguesa, do Gabinete Coordenador de
2006. O encontro foi marcado pela revisão
                                                         Segurança,      do     Gabinete      Nacional    de
dos temas inerentes ao fim do atual
                                                         Segurança e da Autoridade Nacional de
enquadramento e vigência do POD, previsto
                                                         Proteção Civil. A DGPDN desempenhou os
para 31 dezembro de 2013. Tal circunstância
                                                         papéis de Direção do exercício, Coordenação
adveio da impossibilidade de encontrar, no
                                                         da CRN e Decisor Político.
quadro das 9 nações do POD-GROUP, um
                                                         O CMX destina-se a exercitar o nível de
novo Base Country, após a decisão belga de
                                                         consulta Estratégico Político / Militar da
sair do POD GROUP, em 31 de dezembro de
                                                         Aliança e tomada de decisão coletiva quando
2013 e consequentemente deixar de ser
                                                         confrontados com potenciais ameaças às
“Base   Country”      e   “Home    Base”      do
                                                         suas populações, forças e interesses.
equipamento. O fim da vigência do POD deu
início a um conjunto de ações visando a                  O CMX12 teve como cenário um ambiente de
resignação dos Estados signatários do POD                ameaças assimétricas com a proliferação de
GROUP e o encerramento de contas.                        armas de destruição em massa, eventos
                                                         químicos,       biológicos,       radiológicos    e
                                                         nucleares e uma crise decorrente de ataques
                                                         cibernéticos,     no   qual   se     aplicaram    e
                                                         desenvolveram os conceitos e procedimentos
                                                         OTAN de gestão de crises.




                                                    22
Ao longo desta semana o exercício permitiu:          interação    entre       as    diversas         entidades,
                                                     órgãos,       sistemas              e          subsistemas
- Consolidar a solidariedade entre os países
                                                     intervenientes,               desenvolvendo             e
membros da OTAN e países parceiros;
                                                     consolidando os procedimentos necessários
- Exercitar a participação nacional nas
                                                     ao seu eficaz funcionamento;
potenciais   respostas   da   Aliança,   numa
                                                     - Testar e aperfeiçoar a constituição e
situação de crise;
                                                     configuração        da     Célula         de     Resposta
- Familiarizar os participantes nacionais com
                                                     Nacional, a articulação entre os diversos
a operação da Célula de Resposta Nacional,
                                                     serviços que nela estão representados e o
tendo em vista a execução das tarefas que
                                                     seu                                      funcionamento.
lhe estão cometidas, designadamente a




                                                     Durante a sessão formal, que contou com a
                                                     presença do SG NATO, foi feito um ponto da
             UE
                                                     situação das “Operações” e da “Task Force
Conselho dos Negócios Estrangeiros da União          Defesa”, contribuindo, para esta última,
Europeia – Formato Defesa, Bruxelas, 19              uma apresentação feita pelo Comissário M.
novembro 2012                                        Barnier.
Teve lugar em Bruxelas, em 19 novembro               Durante o almoço conjunto, o debate foi
2012, o Conselho dos Negócios Estrangeiros           conduzido     no     sentido        de     se     obterem
da União Europeia – Formato Defesa, com a            orientações MNE’s e MDN’s sobre a forma
presença de S. Exª. o Ministro da Defesa             como o Conselho Europeu irá, no decurso de
Nacional, Dr. José Pedro Aguiar-Branco, do           2013, abordar o tema PCSD, assim como
Gen. Manuel Chambel, da DGAIED, e do                 sobre a futura missão da UE para o Mali.
Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional,
                                                     Da parte da tarde, o Conselho debateu
Dr. Nuno Pinheiro Torres.
                                                     outros assuntos específicos dos negócios
O Conselho foi precedido com uma reunião             estrangeiros,      sendo       de       destacar,    entre
do “Steering Board” da Agência Europeia de           outros:    África    –    incluindo         adoção    das
Defesa, presidido pela Alta Representante,           Conclusões      Mali       e    debate          República
cujos temas principais em discussão foram            Democrática de Congo; Vizinhança Sul –
“Pooling and Sharing” e as Sinergias com             Síria, Egipto e Líbia; Plano de Paz para o
Políticas mais alargadas da UE.                      Médio Oriente; Ucrânia.



                                                23
como a indústria política e militar (Ministros,
                                                      Secretários de Estado, membros de vários
A 27 e 28 de novembro de 2012 realizou-se o
                                                      Parlamentos,         Embaixadores,         Generais,
11º Congresso sobre Segurança e Defesa
                                                      Almirantes,        representantes       das     Forças
Europeia, em Berlim. O tema da Conferência
                                                      Armadas internacionais, representantes de
deste ano foi sobre a temática "Europa e os
                                                      organizações internacionais, delegados das
seus vizinhos – Uma responsabilidade comum
                                                      indústrias de defesa e especialistas em
para um continente estável”. O Congresso
                                                      segurança e defesa).
está organizado em fóruns (4), plenários e
vários painéis em que participam como                 O Congresso é uma iniciativa do Behörden
interlocutores (de várias nacionalidades) -           Spiegel Publishing Group, tendo sido criado
personalidades de destaque de várias áreas            em 2001, tem uma periodicidade anual.



            DIVERSOS
            Maritime Analysis and Operation Centre – Narcotics (MAOC-N)
O MAOC-N é um organismo internacional                 tem a sua localização em Lisboa, onde estão
(intergovernamental) de law enforcement               representados        Oficiais   de     Ligação     que
(com apoio militar) criado em Lisboa, a 30            representam          os     serviços          policiais,
de setembro de 2007, durante a Presidência            aduaneiros,         militares      e     autoridades
Portuguesa da União Europeia.                         marítimas      dos        países       participantes,
Sete Estados-membros de vocação oceânica              contando com apoio financeiro da União
(Portugal, Reino Unido, Holanda, Espanha,             Europeia. Ainda no âmbito do combate ao
Irlanda, França e Itália) estabeleceram               tráfico   de   droga,      este      centro     integra
então um Acordo, tendo como área principal            também       observadores       internacionais       de
de atuação o Oceano Atlântico. O objetivo             organizações como o Observatório Europeu
principal    do   MAOC-N   é   o   combate   à        da   Droga     e     da   Toxicodependência,          a
importação de cocaína da América do Sul               Europol, a Joint Interagency Task Force -
para a Europa, sobretudo por via marítima,            South (JIATF - S), entre outros.
mas também por via aérea. Este “Centro”




                                                 24
Plano Nacional para a Igualdade de Género,
                                                       bem   como   do   Plano   Setorial   para   a
Sessão de Esclarecimento para a Linguagem              Igualdade do Ministério da Defesa Nacional,
Inclusiva na DGPDN                                     e teve como objetivo fornecer aos/às
Teve lugar no passado dia 28 de novembro,              colaboradores/as da DGPDN ferramentas
no   Auditório   do    Ministério   da   Defesa        para melhorar a comunicação externa e
Nacional,        uma          sessão        de         interna em matéria de linguagem de género.
esclarecimento/sensibilização       subordinada        Para o efeito, esta Direção-Geral contou
ao tema “Linguagem Inclusiva”. Esta sessão             com a presença da Dr.ª Teresa Alvarez, da
de esclarecimento/sensibilização insere-se             Comissão para a Cidadania e Igualdade de
no âmbito das medidas preconizadas no IV               Género, na qualidade de palestrante.




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Cooperação Técnico-Militar

Entrega do prémio Ministro da Defesa                 Defesa Nacional, Dr. José Pedro Aguiar-
Nacional ao Aspirante a Oficial Ernesto              Branco,   o prémio “Ministro da Defesa
Pedro Rungo.                                         Nacional” ao Aspirante Ernesto Pedro Rungo
                                                     da República de Moçambique.
Na ocasião da cerimónia de encerramento da
VIII Edição das Jornadas do Mar, que                 Este prémio destina-se aos alunos-bolseiros
decorreu em simultâneo com a abertura                da Cooperação Técnico-Militar, originários
solene do ano letivo 2012/2013 da Escola             dos países lusófonos que frequentam os
Naval, foi entregue S. Exª o Ministro da             Estabelecimentos de Ensino Superior Militar
                                                     e visa galardoar aquele que obteve a melhor
                                                     cota de mérito.

                                                     A    classificação    final,     o       aprumo,   a
                                                     responsabilidade,     a   lealdade,       as   fortes
                                                     convicções éticas e as qualidades militares
                                                     demonstradas pelo referido militar durante
                                                     os cinco anos que frequentou o curso na
                                                     Escola    Naval,     foram     reconhecidas        e,
                                                     consequentemente, merecedoras da entrega
                                                     pública       da          citada           distinção.



A Cooperação Técnico-Militar com São Tomé
e Príncipe: Visita do Secretário de Estado
Adjunto e da Defesa Nacional

De forma a fazer o acompanhamento do
desenvolvimento do Programa Quadro o
Secretário Adjunto e da Defesa Nacional
(SEADN), Dr. Paulo Braga Lino, visitou a ilha
de São Tomé e Príncipe de 9 a 11 do passado
mês de outubro. Do programa da visita
constou ainda a participação nas cerimónias          permanente     de     Oficiais       e    Sargentos,
de inauguração do edifício prisional e no            respetivamente no âmbito dos projetos 2 e
encerramento     do   primeiro    curso   de         3.
promoção para ingresso para o quadro




                                                26
A cerimónia de inauguração do E.P. das
FASTP no passado dia 10 de outubro foi
presidida pelo Ministro da Defesa Nacional e
da Segurança Pública, Dr. Carlos Stock
contando com a presença do SEADN.

Ainda no mesmo dia, o SEADN participou na
cerimónia de entrega dos diplomas de
conclusão do primeiro Curso de Formação de           A Cooperação Técnico-Militar com São Tomé
Oficiais e Curso de Formação de Sargentos,           e Príncipe
respetivamente com 29 e 31 instruendos,
                                                     O Acordo Geral de Cooperação e Amizade,
tendo oferecido os novos galões e insígnias a
                                                     assinado em 12 de Julho de 1975, e o Acordo
todos os novos oficiais e sargentos, bem
                                                     de    Cooperação        Científica    e       Técnica,
como uma lembrança aos melhores alunos
                                                     definiram as bases gerais da cooperação
de cada curso. Os Diretores Técnicos e
                                                     entre Portugal a República Portuguesa e a
Assessores dos projetos 1, 2, 3 e 4 tiveram
                                                     República Democrática de São Tomé e
ainda a oportunidade de descrever ao SEADN
                                                     Príncipe. Em dezembro de 1988 foi assinado
qual o progresso de cada uma das respetivas
                                                     o Acordo de Cooperação Técnica no Domínio
áreas   de    cooperação.    A   visita   foi
                                                     Militar,     que     define   as     linhas     gerais
acompanhada     pela    Chefe    de   Missão
                                                     orientadoras da Cooperação Técnico-Militar
Diplomática, Embaixadora Dra. Paula Silva,
                                                     a    desenvolver      entre   os     dois      países,
bem como o staff da Chancelaria do
                                                     decorrendo atualmente o Programa-Quadro
Gabinete do Adido de Defesa e incluiu ainda
                                                     2011-2013, no qual estão inscritos seis
a deslocação ao cemitério de S. João, em
                                                     projetos.
São Tomé, para aí prestar homenagem aos
                                                     -Projeto 1 – Estrutura Superior da Defesa e
ex-Combatentes.
                                                     das Forças Armadas - Projeto de muito
                                                     interesse     pela     proximidade        à    decisão
                                                     superior, donde se realça a intervenção na
                                                     elaboração do Quadro Legislativo das FASTP.

                                                     -Projeto 2 – Centro de Instrução Militar -
                                                     Este Projeto apoia a formação de oficiais e
                                                     sargentos do Quadro Permanente e praças.
                                                     Com o empenhamento de uma assessoria
                                                     portuguesa composta por 03 oficiais, foi
                                                     ministrado pela primeira vez em S. Tomé e
                                                     Príncipe um curso de oficiais e sargentos



                                                27
para os Quadros Permanentes das FASTP, os                     -Projeto 4 – Guarda Costeira - Projeto
quais no futuro poderão constituir uma                        estruturante que visa desenvolver os aspetos
“bolsa     de   formadores”.       Para    além     da        orgânicos,       operacionais,         logísticos   e
formação, este projeto apoia também o                         administrativos da Guarda Costeira e da
treino de unidades para operações conjuntas                   Autoridade      Marítima.      Para     além    deste
de interesse público, ajuda humanitária,                      objetivo, a Assessoria desenvolve atividades
gestão de crises e apoio à paz.                               de aconselhamento técnico nos domínios da
-Projeto 3 – Pelotão de Engenharia Militar de                 organização e operacionalidade da Capitania
Construções       -    Projeto     relevante,       em        dos Portos e do Sistema de Autoridade
particular      pelo    impacto     que    tem      na        Marítima. Também neste Projeto, o apoio
formação de militares. De destacar ainda a                    técnico em material e equipamento para a
sua importância, após a passagem dos                          manutenção       da    rede     de     assinalamento
militares        à          disponibilidade,        no        marítimo da RDSTP, apoiando a sustentação
desenvolvimento socioeconómico do país.                       da rede de faróis e farolins já implementada
Este Projeto visa desenvolver e aplicar em                    no país, se constitui como um valoroso
benefício das infra-estruturas militares as                   contributo para a segurança da navegação
capacidades de intervenção do Pelotão                         nos espaços marítimos sob sua soberania ou
Independente de Engenharia do Exército.                       jurisdição.
O “Edifício Prisional” das FASTP situado nos                  -Projeto 5 – Comunicações Militares - Projeto
terrenos do Centro de Instrução Militar,                      inscrito pela primeira vez no atual Programa
construído de raiz entre agosto de 2011 e                     Quadro, constitui-se como uma mais-valia
agosto de 2012, é o maior expoente da ação                    para a organização e operacionalização da
do projeto 3. Trata-se de um edifício                         quase inexistente rede de comunicações
moderno e funcional com 408 m2, permite                       militares      das     FASTP.         Este     Projeto
albergar até 28 reclusos em 6 celas, tem                      complementa-se,        a      nível    de     recursos
uma sala refeições, de lazer, de visitas, uma                 humanos, com os militares especializados
zona de recreio e área de apoio para                          em Portugal no âmbito do Projeto 6.
segurança. Para o efeito, Portugal contribuiu                 -Projeto 6 – Formação em Portugal -
com      aquisição     de    material,    ficando    a        Formação nas Unidades, Estabelecimentos e
aquisição do equipamento do edifício a                        Órgãos de Ensino Militar (U/E/O) das Forças
cargo das FASTP. Para a sua construção foi                    Armadas, Instituto de Estudos Superiores
destacado um efetivo de 15 militares do                       Militares     (IESM)   e   Instituto     da    Defesa
Pelotão de Engenharia Militar das FASTP que                   Nacional (IDN), conforme Programa Anual de
ali trabalharam na modalidade de “on job                      Formação de Pessoal em Portugal.
training”.




                                                         28
ANGOLA
                 PROJETO 6 – APOIO AO COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO

Formação em Liderança

• Escola    de   Formação       de   Condutores-
 Namibe

No período de 17 a 22 de novembro de 2012,
no âmbito do Projeto 6 realizou-se, na
Escola de Formação de Condutores, sedeado
na Província do Namibe, um programa de
formação em liderança para os oficiais e
sargentos    que     integram    o    corpo     de
instrutores e monitores daquela Escola de
Condução Auto, bem como, a oficiais das
Unidades da Força Aérea Nacional e da
                                                           Correia, que se referiu à “…importância da
Marinha de Guerra Angolana.
                                                           formação em liderança pois, cada vez mais
A Escola de Formação de Condutores Auto                    as pessoas não querem ser geridas, querem
tem a missão de formar praças destinadas às                é ser lideradas”. A cerimónia contou com a
Unidades    /Estabelecimentos        /Órgãos    do         presença dos Órgãos de Comunicação Social
Exército e para a estrutura da Unidade da                  locais, nomeadamente a televisão e rádio
Guarda Presidencial (UGP). Esta unidade                    angolanos que projetaram a atividade a todo
encontra-se na dependência hierárquica do                  o território nacional.
Comando do Exército e na dependência
técnica e funcional da Direção de Instrução,
                                                           • Escola Inter-Armas de Sargentos- Lubango
do Estado-Maior do Exército.
                                                           No período de 25 a 30 de novembro de 2012,
O Comandante da Escola de Condução Auto -
                                                           no âmbito do Apoio ao Comando e Estado-
Cor Paulo Vangui António - acompanhou e
                                                           Maior do Exército realizou-se, na Escola
participou nos trabalhos, reforçando assim a
                                                           Inter-Armas de Sargentos (Ex-RI 22), sedeada
importância do curso. A cerimónia de
                                                           no Lubango, na Província da Huíla, um
encerramento       foi   presidida   pelo     Vice-
                                                           seminário de formação em liderança para os
Governador do Namibe, para os Serviços
                                                           oficiais e sargentos que integram o corpo
Técnicos e Infra-estruturas, Dr. António



                                                      29
docente daquele estabelecimento de ensino            dependência técnica e funcional da Direção
militar, extensivo a oficiais de polícia da          de Instrução, do Estado-Maior do Exército.
Unidade de Polícia do Lubango.
                                                     A cerimónia de encerramento foi presidida
A Escola de Sargentos tem a missão a                 pelo Chefe do Estado-Maior, da Região
formação dos sargentos destinadas às U/E/O           Militar do Sul, Brigadeiro Domingos Filipe
do Exército encontrando-se na dependência            Kicongo, referindo que “…a liderança é
hierárquica do Comando do Exército e na              fundamental     no   exercício    da    atividade
                                                     militar,   em   especial,    na   condução    de
                                                     homens     procurando      levá-los    de   forma
                                                     voluntária ao cumprimento das tarefas,
                                                     metas e finalidades que o Líder tiver
                                                     traçado. De destacar ainda a presença, mais
                                                     uma vez, da Comunicação Social.




             MOÇAMBIQUE
                    PROJETO 2 – MARINHA DE GUERRA DE MOÇAMBIQUE

Cerimónia comemorativa do 13º aniversário
do batalhão de fuzileiros navais

Realizou-se em 29 de novembro de 2012, o
13º aniversário do Batalhão de Fuzileiros
Navais (BFN), unidade de cariz operacional
                             da Marinha de
                             Guerra       de
                                 Moçambique          Interno em aprovação integra a matriz
                             (MGM)      que,         organizacional do Comando de Fuzileiros.
                             fruto       das
                                                     Presididas pelo CEM da MGM, Comodoro FZ
                                   alterações
                                                     Rivas   Mangrasse,    em     representação    do
                             recentemente
                                                     COMAR, as comemorações tiveram lugar no
                                 introduzidas
                                                     Dgidgidgi, município da Katembe, recente
                             pelo       novo
                                                     área de acantonamento do BFN.
                                 Regulamento




                                                30
As    comemorações             consistiram     numa           edificaram     o     BFN,   não     esquecendo         a
imposição de coroa de flores junto do                         presença da assessoria, realçando todo o
monumento ao Soldado Desconhecido, ao                         trabalho de cooperação que, desde 1994,
que se seguiu uma singela, mas muito digna                    vem sendo realizado.
cerimónia      militar      em   parada,     com     o
                                                              Por último, o Comodoro Rivas, na sua
patenteamento de oficiais e sargentos,
                                                              alocução, referiu-se à importância ímpar dos
finalistas do 1º Curso de Atualização para
                                                              Fuzileiros, que se constituem hoje como
Sargentos Fuzileiros, imposição de boinas
                                                              importantes          defensores          da        pátria
aos finalistas do 2º Tirocínio para Sargentos,
                                                              moçambicana, incentivando-os a adaptarem-
terminando a cerimónia militar com os
                                                              se   às      novas     exigências        do        mundo
tradicionais       três   desfiles   em    frente    à
                                                              globalizado,         inferindo-se        aqui        uma
tribuna.
                                                              referência     às     ameaças       de        terrorismo
Na sua extensa alocução, o CMG FZ Segredo                     marítimo.
fez uma alusão ao histórico da unidade
desde a sua criação, elogiando todos os
fuzileiros,    em         especial   aqueles       que


                     PROJETO 10 – INSTITUTO SUPERIORES DE ESTUDOS DE DEFESA

General Valença Pinto no ISEDEF

A 19 de novembro de 2012, decorreu em
Moçambique e no Instituto Superior de
Estudos       de      Defesa     “Tenente-General
Armando Emílio Guebuza” (ISEDEF), um ciclo
de palestras proferidas pelo Exmo. Senhor
General Luis Vasco Valença Pinto.

A convite do ISEDEF e integradas na “semana
de conferências e palestras” constante nos
                                                              Oficial   Superior      subordinada           ao    tema
planos dos cursos em funcionamento, o
                                                              “Cooperação Europa-África em tempo de
Senhor General Valença Pinto proferiu três
                                                              globalização” e foi moderada pelo Exmo
palestras cujos assuntos abordados tiveram
                                                              Major-General         Daniel      Frazão           Chale,
em atenção as características da audiência.
                                                              Comandante do ISEDEF. Ainda no período da
O dia começou com uma palestra dedicada
                                                              manhã, teve lugar uma segunda palestra
ao 1º Curso de Capacitação de Comandantes
                                                              destinada aos oficiais alunos do 6º Curso de
de Batalhão e 2º Curso de Promoção a
                                                              Adequação de Quadros, na qual o assunto



                                                         31
abordado      foi     “As   Forças     Armadas     na         Externos”. A audiência contou com presença
sociedade: Relações Civis-Militares”. Esta                    de toda a estrutura superior das FADM e
sessão foi moderada pelo Vice-Comandante                      Corpo Docente do ISEDEF. A testemunhar o
do ISEDEF para a área académica, Senhor                       empenho de todos, foi o próprio CEMGFADM
Brigadeiro Joaquim Marcus Manjate. Durante                    quem moderou a sessão.
a manhã houve lugar a uma visita à
                                                              Ainda que o dia tivesse passado rápido, os
Biblioteca e ao Edifício do Comando, infra-
                                                              destinatários de todas as conferências não
estruturas     recentemente          entregues     ao
                                                              perderam tempo em questionar tão ilustre
ISEDEF, a que se seguiu um almoço com o
                                                              palestrante.    Entusiasmadas   pela   sempre
Comando do Instituto. Para o período da
                                                              cativante forma de expressão e esclarecida
tarde ficou reservada uma terceira palestra
                                                              opinião sobre os assuntos versados, as
levada a efeito por solicitação do Exmo
                                                              diversas audiências não pouparam o Senhor
Senhor Chefe de Estado-Maior General da
                                                              General Valença Pinto ao esclarecimento das
Forças Armadas de Defesa de Moçambique
                                                              suas dúvidas.
(CEMGFADM), General de Exército Paulino
                                                              Militar distinto e com um vasto currículo, o
José    Macaringue.         Esta      palestra     era
                                                              Senhor General Luís Vasco Valença Pinto foi
aguardada com elevada espectativa, pois
                                                              o primeiro convidado estrangeiro a proferir
versava o tema “As Forças Armadas no
                                                              uma palestra no ISEDEF.
Mundo    de         Hoje:   Fatores     Internos    e




                                                         32
Encerramento do Ano Letivo no ISEDEF

A 26 de novembro de 2012, decorreu em                               Exª o Vice-Ministro da Defesa Nacional, o
Moçambique       no      Instituto        Superior        de        MGen Frazão Chale, referiu que 2012 foi um
Estudos     de     Defesa        “Tenente-General                   ano de inúmeros desafios e dificuldades e
Armando     Emílio      Guebuza”           (ISEDEF),       o        que para 2013 o ISEDEF iria procurar
encerramento do ano letivo 2012.                                    satisfazer as necessidades para a realização
                                                                    do 1º Curso de Estado-Maior Conjunto e o 1º
A cerimónia foi presidida por S. Exª o Vice-
                                                                    Curso de Defesa Nacional e agradeceu aos
Ministro da Defesa Nacional, Dr. Agostinho
                                                                    que acreditam e apoiam o ISEDEF com o seu
Mondlane, o qual, na sua intervenção,
                                                                    saber e dedicação. No seguimento da sua
sublinhou a criação do ISEDEF face à
                                                                    intervenção agradeceu ainda ao Instituto de
necessidade      de     formação           dos     oficiais
                                                                    Estudos Superiores Militares de Portugal o
superiores e oficiais generais das Forças
                                                                    esforço na garantia de uma equipa de
Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
                                                                    assessoria permanente e no envio das
Nas suas palavras, agradeceu ainda os
                                                                    equipas     de    assessoria   temporária    para
contributos prestados pelas Forças Armadas
                                                                    ministrar    conteúdos,        para    os   quais
Portuguesas      no     âmbito       da     Cooperação
                                                                    reconhecem ainda não ter a experiência
Técnico-Militar.
                                                                    necessária       para   garantir   a    qualidade
A   acompanhar          S.     Exª     o     Vice-MDN,
                                                                    esperada. Na intervenção de S. Exª o
participaram na mesa da presidência S. Exª
                                                                    CEMGFADM,         visivelmente     satisfeito,   o
o Senhor Chefe de Estado-Maior General das
                                                                    Senhor       GenEx       Paulino       Macaringue
Forças Armadas de Defesa de Moçambique
                                                                    agradeceu todo o trabalho desenvolvido
(CEMGFADM), General de Exército Paulino
                                                                    para a criação do ISEDEF e assumiu o risco
José Macaringue, o Comandante do ISEDEF,
                                                                    de ter “empurrado”, a então Comissão
Major-General         Daniel    Frazão       Chale,        o
                                                                    Instaladora do ISEDEF, para a realização de
Inspetor das FADM, Major-General Graça
                                                                    cursos com o propósito de mostrar a mais
Tomás Chongo e o Presidente do Município
                                                                    valia que representa para as FADM a
da Matola, Sr. Arão Nhancale. De destacar
                                                                    existência de uma escola de formação de
ainda a presença de toda a estrutura
                                                                    oficiais superiores. Na sua intervenção
superior das FADM, adidos militares do
                                                                    confirmou a sua intenção de realizar o 1º
Brasil,    Botswana,         Portugal,       Tanzânia,
                                                                    Curso de Estado-Maior Conjunto e o 1º
Zâmbia e Zimbabué e Diretores Técnicos
                                                                    Curso de Defesa Nacional no ano de 2013.
dos projetos da Cooperação Técnico-Militar
                                                                    Terminaram os seus cursos um total 186
sedeados    em        Maputo,        para    além         de
                                                                    oficias sendo 47 do 2º Curso de Promoção a
representantes        das    estruturas          locais    e
                                                                    Oficial Superior (2º CPOS), 29 do 1º Curso
líderes comunitários. Na sua intervenção S.



                                                               33
de   Capacitação   de      Comandantes    de         A assessoria portuguesa do Projeto 10
Batalhão (1º CCapCmdtBat), 44 do 6º Curso            revelou-se fundamental para o sucesso dos
de Adequação de Quadros (6º CAQ) e 66 do             cursos quer pelo contributo prestado pelos
1º Curso de Promoção a Capitão (1º CPC).             dois Assessores Permanentes no apoio à
Durante a cerimónia foi distribuído o                preparação     e     acompanhamento     da
tradicional   diploma   aos    oficiais   que        realização dos 2º CPOS, 6º CAQ e 1º
terminaram o seu curso. Os primeiros três            CCapCmdtBat, quer pelo contributo dos
classificados de cada curso viram o esforço          quatro Assessores Temporários que Portugal
do seu trabalho ser reconhecido com a                afetou ao Projeto 10 para condução das
entrega de algumas ofertas. Para surpresa            Unidade Curriculares relativas ao Processo
de alguns, os finalistas do 2º CPOS e do 1º          de Decisão Militar e ao Planeamento de
CPC foram promovidos ao posto de Major e             Operações.
Capitão, respetivamente.
                                                     O ISEDEF está de parabéns por, neste seu
                                                     primeiro ano de vida efetiva, ter procurado
                                                     pautar a realização das suas atividades com
                                                     critérios de excelência.




                                                34
AGENDA
  DEZEMBRO
 Visita a Portugal do Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da China,
  General Hou Shusen (5 dez)
 Intercâmbio entre o Instituto Hidrográfico e o Serviço Hidrográfico do Chile, Valparaíso (4-7
  dez)
 Estágio em ambiente desértico numa unidade de infantaria de Marrocos para um Oficial de
  Operações Especiais, Marraquexe (4-8 dez)
 Reunião de Ministros da Defesa da Iniciativa 5+5 Defesa, Rabat, Marrocos, (10 dez)
 Participação em Reunião Extraordinária da Comissão Bilateral Permanente PT-EUA (11 dez)




  JANEIRO 2013
 Reunião de Diretores de Política de Defesa da UE, Dublin, 24-25 jan13
 XVII Reunião da Comissão Mista de Defesa Luso-Tunisina, Tunes (jan s.d.)




                                               25
                                               35
MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL
                                 DIREÇÃO-GERAL DE POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL



                 DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES A 30 DE NOVEMBRO DE 2012


1. Mapa de empenhamento

                                               Marinha           Exército                 FAP               Total
                                               H          M     H          M         H          M       H           M
                                               48          1    295        23        28         1     371         25
                    Forças Nacionais
                      Destacadas                    49               318                  29                396
                                               41          0    56         1         21         1     118           2
                      Cooperação
                     Técnico-Militar                41                57                  22                120
                       Total por Sexo          89          1    351        24        49         2     489         27

                 Total por Ramo das FAs             90               375                  51             516

                                        FAP
                                        10%
                                                                                                                         5%

                                     Marinha
                                      17%                                                                                      H
            Exército
              73%                                                                               95%                            M




   Empenhamento por Ramo das Forças Armadas                                     Empenhamento por Sexo




2. Evolução dos Efetivos


                                  EVOLUÇÃO EFETIVOS FORÇAS DESTACADAS - MÉDIA ANUAL
                                      744                                      736         707
    800       689         688                                                                           704
                                                    662
    700                                                        589
    600                                                                                                                 477
                                                                                                                                   Efetivos




    500
    400
    300
    200
    100
      0
             2004         2005       2006           2007       2008        2009           2010        2011              2012




                                                                36
A OTAN depois de Chicago: O elo transatlântico, as crises e as parcerias
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A OTAN depois de Chicago: O elo transatlântico, as crises e as parcerias

  • 1. Newsletter Nº 28 Novembro 2012 ISSN 1647-9629 mde.es 34
  • 2. 2
  • 3. NESTA EDIÇÃO PODE LER: Artigo de Opinião: A OTAN depois de Chicago por Rui Câmara Pina Artigo de opinião que aflora as três vertentes da Cimeira de Chicago, realizada em maio de 2012 e que serviu para implementar as decisões de Lisboa, adotadas dois anos antes: A Defesa Coletiva, consignada no artigo V do Tratado do Atlântico Norte e tendo por base o Elo Transatlântico, a Gestão de Crises (onde as Operações têm um papel fundamental num novo ambiente estratégico) e as Parcerias. A reunião entre o Ministro da Defesa Nacional José Pedro Aguiar-Branco e o Ministro da Defesa espanhol Pedro Morenés no passado dia 20 de novembro em Madrid, onde acordaram “em desenvolver uma cooperação bilateral reforçada que contribua para melhorar a segurança e defesa regionais, no seio da OTAN e da União Europeia.” A Cooperação Técnico-Militar com São Tomé e Príncipe: O Acordo Geral de Cooperação e Amizade, assinado em 12 de Julho de 1975, e o Acordo de Cooperação Científica e Técnica, definiram as bases gerais da cooperação entre Portugal a República Portuguesa e a República Democrática de São Tomé e Príncipe. Tendo em vista o reforço dos laços e cooperação entre os dois países, o Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional visitou S. Tomé no passado mês de outubro. 3
  • 4. ÍNDICE Editorial -Novos ventos de Espanha..................................................................................... 6 Artigo de Opinião - A OTAN depois de Chicago Por Rui Câmara Pina .......................................................................................... 7 Planeamento Estratégico de Defesa: Consultas bilaterais de Defesa OTAN-NDPP ............... 12 Relações Internacionais Argélia ......................................................................................................... 14 Chile ............................................................................................................ 15 Coreia / EUA .................................................................................................. 16 Espanha- Reunião de Ministros da Defesa Ibéricos (tema de capa) ................................... 17 Marrocos ........................................................................................................ 18 Tunísia ......................................................................................................... 19 Africa Clearing House / Iniciativa 5+5 Defesa ............................................................ 20 ONU ............................................................................................................. 21 OSCE / OTAN ................................................................................................... 22 União Europeia ................................................................................................ 23 Diversos ......................................................................................................... 24 Cooperação Técnico-Militar Entrega do prémio Ministro da Defesa Nacional ao Aspirante a Oficial Ernesto Pedro Rungo ..... 26 Visita do Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional a S. Tomé e Príncipe - Angola Projeto 6: Estado-Maior do Exército........................................................................ 29 - Moçambique Projeto 2: Marinha de Guerra de Moçambique............................................................ 30 Projeto 10: Instituto Superior de Estudos de Defesa ..................................................... 30 4
  • 5. Agenda ......................................................................................................... 35 Dados Estatísticos ........................................................................................... 36 Nota: As fotos de capa e do artigo sobre Espanha são da cortesia do Ministerio de Defensa de España, disponíveis em http://www.defensa.gob.es/gabinete/notasPrensa/2012/11/DGC-121120-Morenes-recibe-ministro-portugues.html 5
  • 6. Editorial Novos ventos de Espanha Os Ministros da Defesa de Portugal e de Espanha reuniram em Madrid no dia 20 do mês de Novembro, tendo adotado a Declaração Conjunta para o Reforço da Cooperação no âmbito da Defesa. Não é por demais destacar a importância desta reunião pela afirmação da inequívoca vontade de dar uma nova dimensão às relações entre os dois países na área da defesa. Devemos encarar esta relação bilateral de forma desinibida, madura e sobretudo leal, ultrapassando preconceitos antigos que durante demasiado tempo bloquearam uma inevitável e desejável cooperação entre vizinhos. Portugal só tem fronteira terrestre com Espanha, integra com este país alianças e organizações na área da (ou com componente de) segurança e defesa (OTAN, UE e Iniciativa 5+5 Defesa), partilha valores e visão do mundo, e opera essencialmente no mesmo espaço estratégico. As geografias física e política constituem indiscutíveis fatores que, simultaneamente, condicionam e potenciam a definição e concretização da política de defesa de um país. Acresce que, face à diversidade, transversalidade e multipolaridade das ameaças que contemporaneamente se colocam à segurança de um Estado, a cooperação internacional arquitetada a sucessivos níveis geopolíticos é fundamental, e seria incompreensível não incluir de modo mais efetivo aqueles que nos estão mais próximos. Por outro lado, os programas de Smart Defence (OTAN) e de Pooling and Sharing (UE) favorecem o desenvolvimento de iniciativas de cooperação sub-regional numa perspetiva holística de integração num projeto coletivo mais amplo, e que visa dotar essas organizações de melhores capacidades e de maior interoperabilidade para a garantir a segurança dos seus membros. Assim, a referida Declaração constituirá a alavanca e o motor que permitirá aprofundar e elevar a um novo patamar a cooperação entre os dois países em âmbitos tão diversos como o planeamento de capacidades, o emprego conjunto de forças em operações no exterior, e as indústrias de armamento e tecnologias de defesa. Neste quadro, competirá à DGPDN com a sua congénere espanhola impulsionar as atividades de cooperação e coordenar apoios e conjugar esforços sobre assuntos de interesse comum. Para terminar ficam os votos de um ótimo Natal e um excelente Ano de 2013. Boas leituras. Nuno Pinheiro Torres Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional 6
  • 7. Artigo de Opinião A OTAN depois de Chicago Rui Câmara Pina A Cimeira de Chicago, realizada em maio de - Os Norte-Americanos, principalmente os 2012, serviu para implementar as decisões Estados Unidos da América (EUA), têm uma de Lisboa, adotadas dois anos antes, e perceção do mundo diferente dos Europeus, promover três diretrizes muito claras para a nomeadamente quanto ao Irão, que é Aliança: A Defesa Coletiva, consignada no avaliado de maneira diferente em ambos os artigo V do Tratado do Atlântico Norte e lados do Atlântico. tendo por base o Elo Transatlântico, a - Por sua vez, grande parte dos Europeus Gestão de Crises (onde as Operações têm um estão imbuídos dos princípios da Política papel fundamental num novo ambiente Europeia de Segurança e Defesa, embora estratégico) e as Parcerias. esta não tenha sido posta em prática em São estas três vertentes que aqui se afloram: várias situações, como no caso da Líbia, como de início os franceses pretendiam. O Elo Transatlântico O fato de a Aliança ser constituída por 28 A ligação que une os aliados europeus aos Estados membros também torna a noção do americanos permanece como um dos fulcros elo transatlântico mais difusa, e certamente vitais da Aliança desde 1949. Essa ligação foi os polacos ou os lituanos têm uma ideia essencial ao longo destes últimos 63 anos, diferente dos franceses ou dos alemães fosse com a chegada à Europa das primeiras sobre esta ligação. Por isso, de um lado e do armas nucleares táticas no início dos anos 50 outro do Atlântico, têm-se multiplicado as (agora chamadas de sub-estratégicas) ou queixas mútuas: Os Americanos consideram com a instalação dos Euromísseis nos anos que os Europeus não têm capacidades 80. adequadas, enquanto estes justificam essa Este elo foi posto à prova com o desaparecimento do Pacto de Varsóvia e o desmantelamento da URSS, mas ele continuou a ser considerado essencial para o novo papel da OTAN no mundo. Porém, de um lado e de outro do Atlântico, a sua perceção está a atingir novos contornos: 7
  • 8. lacuna devido aos problemas financeiros que catalisador para as enormes mudanças que assolam a Europa. começaram a verificar-se e que desembocaram no Conceito Estratégico de Não é de estranhar, pois, que se esteja a 2010. registar uma aparente ‘mudança’ na política externa americana para a área do É normal, portanto, a pergunta: para onde Pacífico/Ásia. A emergência da China e vai a OTAN? O que será da Organização em ainda alguma desconfiança sobre os intentos 2015, 2020 ou 2030? de Pyongyang são razão para tal. Para além de todas as discussões académicas Em conclusão, a situação não é tão grave e debates analíticos, há várias coisas que se como na altura da invasão do Iraque mas podem perspetivar: persistem perceções e sensibilidades • O ambiente de segurança é uma distintas que são difíceis de colmatar. consequência do ambiente económico. Contudo, ambos continuam a precisar um do De forma que a OTAN irá ser sempre o outro: os Estados Unidos não estão no Velho resultado destas duas vertentes; Continente por um ato de caridade, o seu • Prevê-se que a crise financeira dure interesse é ter uma Europa que os apoie, mais tempo que qualquer outra lhes dê garantias na retaguarda e lhes possa registada após 1945, afetando os gastos legitimar o uso da força. Já os Europeus com a defesa, mesmo entre os Aliados necessitam da OTAN (e dos EUA) para mais ricos, como os EUA, Reino Unido ou ultrapassar as ameaças fora do perímetro do Alemanha. De momento, apenas quatro Atlântico, pois sabem que não será a União deles atribuem os 2% consignados para a Europeia a fazê-lo. defesa, mas isso poderá agravar-se De momento manter-se-á o princípio da dentro de pouco tempo; Defesa Coletiva assente nesta ligação. Será • Uma potencial instabilidade social que ele irá ser posto à prova proximamente? provocada por esta crise poderá também influenciar negativamente “a retaguarda da Aliança”, criando aquilo A orientação estratégica da Aliança e a que alguns, numa visão muito Gestão de Crises pessimista, apontam como a O Conceito Estratégico da OTAN de 1999, ‘balcanização’ do sul e ocidente da apesar de na altura ter sido considerado um Europa (há quem mencione os instrumento adequado para fazer face ao problemas sociais da Grécia, Espanha e mundo do século XXI, veio ser posto em Portugal); causa logo dois anos depois com os • A já referida mudança dos Estados atentados do 11 de setembro. Isso foi um Unidos para o Continente Asiático. Claro 8
  • 9. que ela, a verificar-se, não seria Assim, quais são as consequências que estas imediata nem traria a ‘desertificação’ premissas poderão trazer para a OTAN? americana da Europa (no fundo, o Uma primeira consequência é que a OTAN inverso do que foi preconizado por tornar-se-á menos global. É verdade que Presidentes como Nixon). E o Continente nunca esteve na mente dos responsáveis da Asiático não é propriamente uma Aliança fazer da Organização o ‘polícia do novidade para os Estados Unidos que já mundo’, mas a OTAN irá progressivamente aí lutaram por duas vezes desde o pós- focar-se em iniciativas regionais (quando os guerra (Coreia e Vietnam). interesses Ocidentais estiverem em jogo) em De qualquer forma, ao contrário de detrimento das grandes operações globais, outrora, esta seria agora uma ‘opção como o Afeganistão. As ações no Oceano competitiva’ e não ‘belicista’, embora a Índico fazem já parte desta linha de região do Mar do Sul da China se esteja pensamento. a tornar num ponto potencialmente A segunda consequência é que a austeridade inflamável. financeira reduzirá o número de forças de • A influência de eventos ocorridos em combate e impedirá a modernização de diferentes regiões do mundo, desde a muitos dos equipamentos militares atuais, Rússia à Primavera Árabe (ou “Inverno além de criar algumas discrepâncias Islâmico”, dependendo da sua evolução), notáveis. Recorde-se que os Estados Unidos passando pelo Irão. Note-se que se, em gastaram nas sete semanas de operações na consequência duma qualquer crise no Líbia o que gastam numa semana no Golfo Pérsico, os iranianos fechassem o Afeganistão. Estreito de Ormuz, a OTAN /EUA não Outra consequência é que a Aliança tenderá poderiam ser levados a reagir. a correr menos riscos e a Síria é já um • O Afeganistão tem sido classificado como exemplo disso. Daí a importância das a principal missão militar da OTAN, Parcerias pois, através de elas, pode-se aquela que é o barómetro do sucesso da empreender o treino de forças locais, como atuação da OTAN. O seu sucesso, porém, acontece em relação à União Africana. só poderá ser avaliado após 2014, no caso Uma quarta consequência é que a OTAN, de as Forças Nacionais Afegãs manterem mesmo apesar de estas limitações, o país fora da órbita talibã (ou pelo permanecerá como o ‘fornecedor de força menos da sua fação mais radical) e não militar’ mais importante do mundo. torne o país num novo porto de abrigo do Outra consequência será a confiança terrorismo islâmico. crescente da Aliança Atlântica nos instrumentos e capacidades que melhor pode controlar, e que têm sido a base da 9
  • 10. ‘nova OTAN’ para melhor combater as novas Certamente que as diferentes parcerias não ameaças: a Defesa Antimíssil, a “Alliance têm o mesmo valor para todos os 28 Aliados. Ground Surveillance/AGS”, o Policiamento O Diálogo do Mediterrâneo, por exemplo, Aéreo dos Bálticos, a Nova Estrutura de assume maior relevância junto de países Comandos e a Defesa Cibernética. como Portugal, Espanha, Itália e França, do que para muitos Aliados do norte e centro da Europa. Estes são mais sensíveis às Parcerias com a Federação Russa, Ucrânia e Geórgia. De início, as relações da OTAN com os Parceiros fizeram-se com base na partilha de valores comuns, como os ideais democráticas e o primado do Direito. Todavia, na era atual, estas premissas já não são tomadas tão em conta, importando mais para a OTAN o papel que os Parceiros podem desempenhar nas suas Operações Militares (tenha-se em conta que 10% das tropas da Parcerias ISAF pertencem aos Parceiros). A maior parte das Parcerias da OTAN foi O princípio da diferenciação dos Parceiros, criada ainda nos anos noventa, mas elas em que cada um destes tem um papel começaram a ganhar maior proeminência já distinto e não é obrigatório que representem neste século, principalmente na Cimeira de o mesmo valor para a Aliança, começou a Lisboa, quando foram vistas como um dos ser adotada na Cimeira de Riga em 2006 e novos três pilares da Aliança Atlântica (além foi confirmado nas Cimeiras posteriores. Daí de Defesa Coletiva e da Gestão de Crises). que não se possa equiparar a importância Quando a OTAN deu início à formação das (como Parceiro) do Paquistão, um país em Parcerias, muitos questionaram-se sobre a que o seu Exército e os seus serviços de sua necessidade e importância. Mas foi Informação (o célebre ISI) são acusados de graças justamente a essas iniciativas que os estarem infiltrados por simpatizantes dos Estados Unidos, a seguir ao 11 de setembro, Talibans e da Al-Qaeda, com outros tiveram acesso à logística militar desses Parceiros como a Austrália ou o Japão. países (como o Uzbequistão e outros países No seguimento do preconizado no novo da Ásia Central), o que veio a favorecer as Conceito Estratégico, prevê-se que a Aliança operações militares dos Estados Unidos e da fortaleça as suas Parcerias e estabeleça ISAF no Afeganistão. ligações mais profundas com outras zonas do 10
  • 11. globo. Uma delas é com países do hemisfério se em conta que a situação nalgumas zonas sul, tendo Portugal estado na vanguarda africanas (como no Congo e no Mali) tem deste movimento quando, em tempos, dado sinais de crescente instabilidade, e preconizou um relacionamento especial da Pretória ocupou recentemente a presidência OTAN com o Brasil (embora os brasileiros da União Africana. não tenham retribuído esse rol de Em suma, num mundo crescentemente mais intenções), enquanto são conhecidas os global, as Parcerias tornaram-se um desejos espanhóis em aproximarem a OTAN instrumento fundamental para a “nova de alguns países da América do Sul, como a OTAN”. O Novo Conceito Estratégico basear- Colômbia. Ainda em relação ao hemisfério se-á na Defesa Coletiva (onde se nota a sul, alguns Aliados têm defendido uma crescente importância do artigo IV, que fala aproximação com a grande potência da de consultas entre os Membros), na Gestão África Austral, a África do Sul, constituindo de Crises e na Cooperação através de a recente visita do Presidente Zuma a Parcerias, trilogia fundamental para o Bruxelas um sinal dessa aproximação; tenha- sucesso das Operações militares da OTAN. 11
  • 12. Planeamento Estratégico de Defesa CONSULTAS BILATERAIS COM A OTAN - NDPP No âmbito da terceira fase do corrente ciclo tables 1 nacionais. Nestas do processo de planeamento de defesa consultas, as atividades aliado (NDPP), realizaram-se nos passados foram, conforme é usual, dias 13 e 14 de novembro as consultas divididas em grupos de bilaterais com as equipas da OTAN trabalho afetos às áreas de operações pertencentes ao Defence Planning Staff navais, terrestres, aéreas, operações Team (DPST). especiais e conjuntas. O EMGFA, através da Divisão de Planeamento Estratégico Militar A edificação de capacidades na aliança é da (DIPLAEM), foi a entidade coordenadora do responsabilidade dos estados membros pelo processo, tendo ainda participado os ramos que o planeamento de defesa aliado é uma e a DGPDN, os quais, através dos seus preocupação permanente, não apenas no representantes, compuseram a Delegação sentido dos planos nacionais se conjugarem Nacional. com as necessidades coletivas, e assim se superarem as capacidades deficitárias No dia 13 de novembro, e dando inicio aos identificadas na prossecução do nível de trabalhos, o chefe da delegação nacional, ambição da OTAN, mas também na garantia Contra-almirante Almeida de Carvalho do da efetiva disponibilidade desses meios, EMGFA/DIPLAEM, proferiu uma sucinta numa busca de aperfeiçoar e facilitar a introdução enunciando as contingências que articulação entre este planeamento e o atualmente afetam a aceitação de alguns planeamento operacional. dos targets propostos pela OTAN a Portugal, não deixando de sublinhar, no entanto, o Tendo presente a necessidade de uma forte empenhamento nacional no distribuição equitativa destas necessidades planeamento de defesa aliado. entre os aliados (targets), as reuniões em Seguidamente, e após uma breve epígrafe deram continuidade ao trabalho intervenção dada pelo chefe da delegação anteriormente desenvolvido no âmbito do da OTAN, BGen Richard Laurent, foi NDPP entre Portugal e a OTAN, realizado em efetuada pelo Cor Van Unnen uma exposição diversos workshops, tendo em vista a relativa aos objetivos do NDPP, aos aceitação das propostas de targets e force trabalhos já efetuados, aos princípios Fair 1 Objetivos de edificação ou manutenção de capacidades a curto prazo (6 anos). 12
  • 13. Burden Sharing 2 e Reasonable Chalenge 3 DGPDN a coordenação desta fase. O adotados na distribuição dos targets às processo culminará com a aprovação nações. ministerial dos targets e force tables que se dará em junho de 2013. Os trabalhos decorreram com uma grande frontalidade e transparência, tendo sido Paralelamente às reuniões bilaterais visitados e analisados todos os targets e realizaram-se encontros com o Diretor de force tables que estavam à data por aceitar. Política do Staff Internacional da OTAN, Através de uma postura de franca onde foram abordados os planos e as colaboração e da clarificação de algumas políticas de defesa nacionais no dúvidas existentes, que habilitaram à enquadramento da atual conjuntura. revisão das posições nacionais, considera-se Houve um sentimento generalizado de toda que os objetivos propostos foram a Delegação Nacional de que as consultas alcançados. foram pautadas pelo sucesso, na medida em Findo este passo de consultas bilaterais, que os interesses nacionais foram seguem-se as reuniões multilaterais ao nível devidamente defendidos, para os quais político com os restantes aliados, numa contribuiu o empenho de todas as entidades lógica em que um target não aceite por um participantes. país terá de ser assumido por outro. As reuniões multilaterais serão realizadas no primeiro quadrimestre de 2013, cabendo à 2 Princípio que preconiza o não fornecimento de qualquer capacidade num montante superior a 50% apenas por uma nação. Indicia a justeza na divisão do encargo por todas as nações aliadas. 3 A atribuição dos targets pela Aliança é efetuada considerando o PIB e os números da população de cada nação, assim como a capacidade dessa mesma nação poder atingir os seus objetivos de um modo considerado razoável perante aqueles valores. 13
  • 14. Relações Internacionais ARGÉLIA Indo ao encontro do preconizado no Acordo de Cooperação no domínio da Defesa entre a República Portuguesa e a República Democrática e Popular da Argélia assinado em 2005, teve lugar, entre os dias 25 e 27 de novembro, em Argel, a 7ª Reunião da Comissão Mista Luso-Argelina. A delegação apresentou uma taxa de realização que portuguesa foi chefiada pelo Diretor-Geral ultrapassa os 80%. De referir ainda que para de Política de Defesa Nacional, o Dr. Nuno o ano de 2013, em matéria de cooperação, Pinheiro Torres, que para esta reunião se fez esta focar-se-á nos mesmos domínios como acompanhar da colaboradora responsável os que até agora têm sido objeto de pela cooperação bilateral com a Argélia, a cooperação: ensino e formação militar, troca de experiências no âmbito operacional com os três Ramos das Forças Armadas e indústrias de Defesa. Dr.ª Elisabete Gomes, e por um membro do Entre os dias 25 e 28 de novembro, Conselho de Administração da EMPORDEF, o deslocou-se à República Democrática e MGen Moura Marques, bem como pelo adido Popular da Argélia um Oficial do Exército de defesa na Argélia, o Coronel Paula Português a fim de participar num exercício Santos. tático com fogos reais de nível Companhia Dos assuntos debatidos aquando da reunião no seio de uma Unidade de Infantaria. A destaca-se o balanço das atividades de unidade escolhida para a realização do cooperação bilateral de Defesa ocorridas em exercício foi a “École des Cadres de 2012, sendo de relevar que o plano de l’Infanterie”, em Sidi Bel Abbès, a cerca de atividades negociado para o corrente ano 448 quilómetros de Argel. 14
  • 15. CHILE Portugal acolheu em 13 e 16 de novembro o IV encontro político-estratégico de Defesa entre Portugal e o Chile, chefiado pelo Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional, Dr. Nuno Pinheiro Torres e pelo Embaixador do Chile sobre os problemas de Segurança e Luis Palma Castillo, Chefe da Divisão de Defesa na Bacia do Pacífico. Relações Internacionais da Subsecretaria de Além de programa social, foram ainda Defesa (SSD) do Ministério da Defesa do proporcionadas à delegação chilena visitas relevantes em áreas de mútuo interesse, a saber, ao Instituto Geográfico do Exército português e à Esquadrilha de Submarinos da Marinha portuguesa. Chile. Tendo como enquadramento o Na mesma ocasião, entre 12 e 16 de Memorando de Entendimento (MoU) sobre novembro, ao abrigo do Plano de Atividades cooperação no âmbito da Defesa entre de Cooperação Bilateral de Defesa acordado Portugal e o Chile, de 27 de novembro de entre os dois países para 2012 decorreu em 2000, foi nesta ocasião efetuada a revisão Portugal a visita de delegação do Exército do do Plano de Cooperação Bilateral de Defesa Chile para intercâmbio multidisciplinar com Chile-Portugal 2012-2013 e negociada nova o Exército Português, em Portugal. A proposta de Programa de Atividades para comitiva chilena, chefiada pelo Comandante 2013-2014. A relevância deste encontro das Operações Terrestres, General de consubstanciou-se, ainda, na análise División Ricardo Toro Tassara, incluiu ainda conjuntural dos processos de integração quatro Oficiais Superiores. Foram múltiplas regional, bem como na apresentação de as temáticas da presente atividade de temas como o Acordo de Wassenaar e o colaboração incidindo o Sistema de Gestão Missile Technology Control Regime, a Lei de Estratégica do Exército, Situação do Soldado Programação Militar e Política Ambiental Profissional e Sistemas de Formação em portuguesas, Indústrias de Defesa e a Visão Portugal, bem como a Organização, Treino e 15
  • 16. Emprego da Brigada de Reação Rápida, tendo para o efeito sido desenvolvidos contactos, visitas e apresentações no Estado-Maior do Exército, Comando de Forças Terrestres, Brigada de Reação Rápida (Tancos) e Comando da Instrução e Doutrina (Évora). COREIA EUA No dia 28 de novembro realizou-se no Salão Realizou-se em 29 de novembro, no Nobre do Ministério da Economia e do Ministério da Defesa Nacional, a Reunião Emprego a 3.ª reunião da Comissão Mista Preparatória da 42.ª Comissão Técnica Económica entre Portugal e a Coreia do Sul, Portugal-EUA, tendo em vista coordenar a presidida por Sexa. o Secretário de Estado posição portuguesa em três projetos do Empreendedorismo, Competitividade e submetidos pela parte norte-americana, no Inovação, Dr. Carlos Nuno Oliveira, incluindo âmbito das infraestruturas localizadas na na delegação portuguesa a representante Base Aérea N.º 4, Lajes. No dia seguinte desta Direção-Geral, Dra. Cláudia Bicho. teve lugar, no mesmo local, a 42.ª Reunião Integrado como ponto de agenda, foram da Comissão Técnica com a delegação norte- nesta oportunidade veiculadas pelo chefe da americana chefiada pelo capitão-de-fragata delegação portuguesa as consultas conjuntas Terrence Dudley. A Direção-Geral de Política no âmbito da proposta de programa de Defesa Nacional esteve representada nas subordinado a um “International Military duas sessões de trabalho, conduzidas pela Flight Training Center Consortium”. Coordenadora da Comissão Técnica da Direção-Geral de Armamento e Infraestruturas de Defesa do MDN. 16
  • 17. espanhola reforçada, tendo em conta o novo cenário político-estratégico de segurança e ESPANHA defesa, desenvolvendo novos projetos de O Ministro da Defesa Nacional José Pedro cooperação”. Aguiar-Branco e o Ministro da Defesa espanhol Pedro Morenés estiveram reunidos no passado dia 20 de novembro em Madrid, “tendo concordado em desenvolver uma cooperação bilateral reforçada que contribua para melhorar a segurança e defesa regionais, no seio da OTAN e da União Europeia, bem como da Iniciativa 5+5 mde.es Defesa, de que Portugal e Espanha fazem Os dois ministros decidiram também parte”. “estabelecer consultas sobre os processos de planeamento de capacidades de cada país, a Na Declaração de Intenções Conjunta 4, fim de explorar as oportunidades de assinada por ambos os ministros, foi ainda desenvolvimento conjunto das capacidades acordado estudar a revisão do atual militares de interesse comum, Protocolo de Cooperação, assinado entre os nomeadamente no âmbito das iniciativas dois ministérios em 1998, e, se necessário Smart Defence e Pooling & Sharing”. atualizá-lo “por forma a adaptá-lo aos desafios e objetivos que se pretendem No quadro da participação em operações no alcançar com uma cooperação luso- âmbito da OTAN da UE ou das Nações Unidas foi acordado o estabelecimento de “consultas sobre o planeamento de emprego de forças”, e a “elaboração de planos conjuntos e combinados de emprego de forças em situações de interesse comum, designadas como operações NEO, e missões de auxílio em situações de catástrofes naturais ou de emergência humanitária”. mde.es 4 A Declaração de Intenções pode ser consultada em http://www.portugal.gov.pt/pt/os-ministerios/ministerio-da-defesa- nacional/mantenha-se-atualizado/20121120-mdn-reuniao-es.aspx 17
  • 18. Portugal e Espanha pretendem “fomentar e mútuo com a segurança e proteção das vias agilizar” os contactos periódicos e regulares de comunicação marítimas”, bem como entre os Estados-Maiores Conjuntos, “com o procurar cooperar “no âmbito das indústrias objetivo de coordenar apoios e posições, de armamento e tecnologias de defesa”. conjugar esforços de forma sinérgica em Neste âmbito, as “áreas prioritárias” são a áreas de interesse comum, e impulsionar as aeronáutica, naval, comunicações, atividades de cooperação bilateral” e entre tecnologias de informação e as Direções-Gerais de Política de Defesa, desmilitarização. para “trocar pontos de vista, coordenar apoios, conjugar esforços» e «facilitar e impulsionar as atividades de cooperação no seio das organizações europeias e transatlânticas”. No quadro da Segurança Marítima e Indústrias de Defesa os dois países vão ainda “estudar e desenvolver formas de cooperação que reflitam o compromisso mde.es MARROCOS Inserida no Plano de Atividades de Cooperação Bilateral no âmbito da Defesa, deslocaram-se à Academia Militar, entre os dias 6 e 9 de novembro, dois militares das Forças Armadas do Reino de Marrocos. Esta visita visou essencialmente a tomada de conhecimento do sistema de ensino na Academia Militar, bem como das principais alterações introduzidas pelo Processo de Bolonha. Durante a sua permanência em território português, esta delegação marroquina teve oportunidade de visitar as instalações da 18
  • 19. Academia Militar e ainda de assistir à Sessão participação, na qualidade de observadores, Solene de Abertura do novo ano letivo, no exercício de Busca e Salvamento cerimónia que teve lugar no Grande “Tamaris 2012”, que ocorreu ao largo de Auditório do Aquartelamento da Academia Casablanca. Na manhã do dia 27 assistiram Militar na Amadora e que foi presidida por ao briefing geral do exercício no Centre Sua Excelência o Primeiro-Ministro. d’Entraînement Naval/MR, tendo o exercício propriamente dito acontecido na manhã do dia 28 de novembro. Durante a tarde desse No período compreendido entre os dias 26 e mesmo dia desenrolou-se uma reunião de 30 de novembro, deslocaram-se a Marrocos coordenação SAR (Search & Rescue) entre as dois militares do Comando Aéreo da Força autoridades marroquinas e a delegação Aérea Portuguesa, tendo em vista a portuguesa. TUNÍSIA Entre os dias 20 e 24 de novembro deslocou- se à Tunísia um militar da Esquadra 201 – Falcões, da Força Aérea Portuguesa para troca de experiências no âmbito da operação de aviões de caça. A atividade teve lugar na Base Aérea de Gabès, a cerca de 406 quilómetros da capital tunisina. Durante a sua estada no país, este Oficial Superior teve a ocasião de se inteirar das missões da 15ème Unité Aérienne e da 33ème Unité Aérienne. Assistiu ainda a um briefing para uma missão de tiro ar-solo, que viria a decorrer no dia seguinte. Note-se que a 15ème Unité Aérienne da Base Aérea de Gabès opera os sistemas de armas Northrop F-5E/F Tiger e que os Falcões da Base Aérea Nº 5, Monte Real, operam o Lockheed Martin F-16 AM, partilhando contudo uma missão muito idêntica: executar operações de defesa aérea e de ataque convencional. 19
  • 20. como objetivo passar em revista os últimos desenvolvimentos nas diferentes áreas sectoriais e confirmar o Plano de Ação para 2013. Para além disso, foi importante acompanhar projetos em curso no seio da Iniciativa, bem como a sua evolução, sendo Nos dias 13 e 14 de novembro o Diretor- importante manter um papel interventivo e Geral de Política de Defesa Nacional, Dr. ativo no desenvolvimento dos mesmos. Nuno Pinheiro Torres, participou no G8++ Africa Clearing House, no Departamento de Na aludida reunião estiveram representados Estado dos EUA, subordinado às temáticas da todos os países da Iniciativa, sendo que pelo segurança marítima no Golfo da Guiné e nosso país estiveram presentes o Coronel Rui Operações de Paz em África. Da agenda do Clero, Diretor de Serviços de Relações encontro, no primeiro dia, constaram Internacionais e o Major Vitor Sanches, POC intervenções da União Africana (UA), da da Iniciativa 5+5 Defesa da DGPDN e do Economic Community of West African States EMCOC/EMGFA o CMG Silva Ramos. (ECOWAS), e da Economic Community of Esta reunião visou dar continuidade ao Central African States (ECCAS). No segundo trabalho já desenvolvido no âmbito da dia, o tema em destaque foi a capacidade Iniciativa em assunto e preparar a reunião africana para o peacebuilding, com a UA a Ministerial que irá ter lugar em Rabat a 10 dar a sua visão e análise do que tem falhado de dezembro. a este nível. De referir ainda que o Dr. Portugal apresentou a versão final do Pinheiro Torres manteve igualmente, em 13 logótipo da Iniciativa 5+5 Defesa, sendo de novembro, um encontro no Departamento feita uma breve descrição do mesmo. Está a de Defesa dos EUA, com o Subsecretário ser elaborado o Manual de Utilização do Adjunto da Defesa para os Assuntos da Logótipo 5+5, em inglês, francês e árabe, Europa e OTAN (DASD), James Townsend. que será entregue a todos os Estados- Membros na próxima reunião do Comité Diretor, que decorrerá INICIATIVA 5+5 DEFESA em março de 2013 em Reunião do Comité Diretor da Iniciativa 5+5 Portugal. Defesa O representante de Decorreu em Rabat, de 19 a 22 de novembro Malta fez o anúncio de 2012, a 15ª reunião do Comité Diretor da oficial da associação de Portugal ao projeto Iniciativa 5+5 Defesa. Este encontro teve de criação do website da Iniciativa 5+5 20
  • 21. organização que implementa as disposições da Chemical Weapons Convention (CWC), com o objetivo de assegurar um regime credível e transparente na verificação da destruição de armas químicas e incentivando a cooperação internacional na utilização pacífica da química. As 188 nações signatárias têm como principal desiderato Defesa, tendo feito uma breve apresentação obter uma adesão universal à OPCW. A de um esboço inicial do mesmo, cooperação entre as Nações Unidas e a previamente preparado pelos dois países Organização para a Proibição de Armas líderes deste projeto. Malta e Portugal Químicas é regulada pelo contrato de comprometeram-se a implementar o website relação entre ambas as Organizações, 5+5 durante o ano de 2013. adotado pela Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro de 2001. O progresso Todas as delegações reconheceram o atual havido, desde 2008, na destruição de armas dinamismo da Iniciativa 5+5 Defesa, patente químicas, significou uma redução das nos últimos desenvolvimentos dos diferentes atividades em quadro de artigo IV e V e, projetos, cursos, seminários e exercícios. consequente, uma adaptação dos recursos Marrocos demonstrou uma vez mais grande humanos da Organização. No plano da empenho e dedicação, revelando uma execução técnica, há que registar progressos excelente capacidade na organização do que apontam para um valor total da evento, mostrando assim o seu potencial categoria 2 de armas químicas destruídas interesse em continuar a dinamizar e dar até à data de 919,931 milhões de toneladas, relevância às atividades que organiza no seio ou 52,09%, do montante total declarado. da Iniciativa 5+5 Defesa, ano em que Acresce, em matéria processual, a Portugal assume a presidência. relevância das Declarações anuais, tidas como essenciais para um regime de verificação eficaz. Após a decisão do ONU Conselho, na sua quinquagésima-primeira Reunião Organization for the sessão (27 de novembro de 2007), Prohibition of Chemical Weapons (OPCW), o Secretariado tornou público os Haia, 26-30 de novembro. relatórios nacionais, nos termos A DGPDN é a entidade responsável por do artigo VI da Convenção. acompanhar, em estreita cooperação com MNE, as ações desencadeadas pela OPCW, 21
  • 22. OSCE Ottawa acolheu entre 12 e 16 de novembro NATO Crisis Management Exercise 2012 o 42º Co-ordination Forum (CF) do Tratado Decorreu de 12 a 16 de novembro de 2012 o OPEN SKIES com a presença de Portugal NATO Crisis Management Exercise 2012 (presidência), Espanha, Itália, Bélgica, (CMX12). Para o efeito foi constituída uma Holanda, Canadá e França. A Grécia e o Célula de Resposta Nacional (CRN) com Luxemburgo estiveram ausentes da reunião. representantes do Ministério da Defesa A participação nacional foi assegurada pelo Nacional (Direção-Geral de Política de Dr. Henrique Castanheira da DGPDN/ MDN Defesa Nacional e Direção de Serviços de (Chairman) e pelo Maj/Nav Paulo Manuel Comunicação e Relações Públicas), do Correia Rodrigues Alves da UNAVE/EMGFA. A Ministério dos Negócios Estrangeiros, do Presidência do POD-GROUP 2012 foi Estado-Maior General das Forças Armadas, acometida a Portugal, por um sistema do Sistema de Informações da República rotativo, acordado no MOU, assinado em Portuguesa, do Gabinete Coordenador de 2006. O encontro foi marcado pela revisão Segurança, do Gabinete Nacional de dos temas inerentes ao fim do atual Segurança e da Autoridade Nacional de enquadramento e vigência do POD, previsto Proteção Civil. A DGPDN desempenhou os para 31 dezembro de 2013. Tal circunstância papéis de Direção do exercício, Coordenação adveio da impossibilidade de encontrar, no da CRN e Decisor Político. quadro das 9 nações do POD-GROUP, um O CMX destina-se a exercitar o nível de novo Base Country, após a decisão belga de consulta Estratégico Político / Militar da sair do POD GROUP, em 31 de dezembro de Aliança e tomada de decisão coletiva quando 2013 e consequentemente deixar de ser confrontados com potenciais ameaças às “Base Country” e “Home Base” do suas populações, forças e interesses. equipamento. O fim da vigência do POD deu início a um conjunto de ações visando a O CMX12 teve como cenário um ambiente de resignação dos Estados signatários do POD ameaças assimétricas com a proliferação de GROUP e o encerramento de contas. armas de destruição em massa, eventos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares e uma crise decorrente de ataques cibernéticos, no qual se aplicaram e desenvolveram os conceitos e procedimentos OTAN de gestão de crises. 22
  • 23. Ao longo desta semana o exercício permitiu: interação entre as diversas entidades, órgãos, sistemas e subsistemas - Consolidar a solidariedade entre os países intervenientes, desenvolvendo e membros da OTAN e países parceiros; consolidando os procedimentos necessários - Exercitar a participação nacional nas ao seu eficaz funcionamento; potenciais respostas da Aliança, numa - Testar e aperfeiçoar a constituição e situação de crise; configuração da Célula de Resposta - Familiarizar os participantes nacionais com Nacional, a articulação entre os diversos a operação da Célula de Resposta Nacional, serviços que nela estão representados e o tendo em vista a execução das tarefas que seu funcionamento. lhe estão cometidas, designadamente a Durante a sessão formal, que contou com a presença do SG NATO, foi feito um ponto da UE situação das “Operações” e da “Task Force Conselho dos Negócios Estrangeiros da União Defesa”, contribuindo, para esta última, Europeia – Formato Defesa, Bruxelas, 19 uma apresentação feita pelo Comissário M. novembro 2012 Barnier. Teve lugar em Bruxelas, em 19 novembro Durante o almoço conjunto, o debate foi 2012, o Conselho dos Negócios Estrangeiros conduzido no sentido de se obterem da União Europeia – Formato Defesa, com a orientações MNE’s e MDN’s sobre a forma presença de S. Exª. o Ministro da Defesa como o Conselho Europeu irá, no decurso de Nacional, Dr. José Pedro Aguiar-Branco, do 2013, abordar o tema PCSD, assim como Gen. Manuel Chambel, da DGAIED, e do sobre a futura missão da UE para o Mali. Diretor-Geral de Política de Defesa Nacional, Da parte da tarde, o Conselho debateu Dr. Nuno Pinheiro Torres. outros assuntos específicos dos negócios O Conselho foi precedido com uma reunião estrangeiros, sendo de destacar, entre do “Steering Board” da Agência Europeia de outros: África – incluindo adoção das Defesa, presidido pela Alta Representante, Conclusões Mali e debate República cujos temas principais em discussão foram Democrática de Congo; Vizinhança Sul – “Pooling and Sharing” e as Sinergias com Síria, Egipto e Líbia; Plano de Paz para o Políticas mais alargadas da UE. Médio Oriente; Ucrânia. 23
  • 24. como a indústria política e militar (Ministros, Secretários de Estado, membros de vários A 27 e 28 de novembro de 2012 realizou-se o Parlamentos, Embaixadores, Generais, 11º Congresso sobre Segurança e Defesa Almirantes, representantes das Forças Europeia, em Berlim. O tema da Conferência Armadas internacionais, representantes de deste ano foi sobre a temática "Europa e os organizações internacionais, delegados das seus vizinhos – Uma responsabilidade comum indústrias de defesa e especialistas em para um continente estável”. O Congresso segurança e defesa). está organizado em fóruns (4), plenários e vários painéis em que participam como O Congresso é uma iniciativa do Behörden interlocutores (de várias nacionalidades) - Spiegel Publishing Group, tendo sido criado personalidades de destaque de várias áreas em 2001, tem uma periodicidade anual. DIVERSOS Maritime Analysis and Operation Centre – Narcotics (MAOC-N) O MAOC-N é um organismo internacional tem a sua localização em Lisboa, onde estão (intergovernamental) de law enforcement representados Oficiais de Ligação que (com apoio militar) criado em Lisboa, a 30 representam os serviços policiais, de setembro de 2007, durante a Presidência aduaneiros, militares e autoridades Portuguesa da União Europeia. marítimas dos países participantes, Sete Estados-membros de vocação oceânica contando com apoio financeiro da União (Portugal, Reino Unido, Holanda, Espanha, Europeia. Ainda no âmbito do combate ao Irlanda, França e Itália) estabeleceram tráfico de droga, este centro integra então um Acordo, tendo como área principal também observadores internacionais de de atuação o Oceano Atlântico. O objetivo organizações como o Observatório Europeu principal do MAOC-N é o combate à da Droga e da Toxicodependência, a importação de cocaína da América do Sul Europol, a Joint Interagency Task Force - para a Europa, sobretudo por via marítima, South (JIATF - S), entre outros. mas também por via aérea. Este “Centro” 24
  • 25. Plano Nacional para a Igualdade de Género, bem como do Plano Setorial para a Sessão de Esclarecimento para a Linguagem Igualdade do Ministério da Defesa Nacional, Inclusiva na DGPDN e teve como objetivo fornecer aos/às Teve lugar no passado dia 28 de novembro, colaboradores/as da DGPDN ferramentas no Auditório do Ministério da Defesa para melhorar a comunicação externa e Nacional, uma sessão de interna em matéria de linguagem de género. esclarecimento/sensibilização subordinada Para o efeito, esta Direção-Geral contou ao tema “Linguagem Inclusiva”. Esta sessão com a presença da Dr.ª Teresa Alvarez, da de esclarecimento/sensibilização insere-se Comissão para a Cidadania e Igualdade de no âmbito das medidas preconizadas no IV Género, na qualidade de palestrante. 25
  • 26. Cooperação Técnico-Militar Entrega do prémio Ministro da Defesa Defesa Nacional, Dr. José Pedro Aguiar- Nacional ao Aspirante a Oficial Ernesto Branco, o prémio “Ministro da Defesa Pedro Rungo. Nacional” ao Aspirante Ernesto Pedro Rungo da República de Moçambique. Na ocasião da cerimónia de encerramento da VIII Edição das Jornadas do Mar, que Este prémio destina-se aos alunos-bolseiros decorreu em simultâneo com a abertura da Cooperação Técnico-Militar, originários solene do ano letivo 2012/2013 da Escola dos países lusófonos que frequentam os Naval, foi entregue S. Exª o Ministro da Estabelecimentos de Ensino Superior Militar e visa galardoar aquele que obteve a melhor cota de mérito. A classificação final, o aprumo, a responsabilidade, a lealdade, as fortes convicções éticas e as qualidades militares demonstradas pelo referido militar durante os cinco anos que frequentou o curso na Escola Naval, foram reconhecidas e, consequentemente, merecedoras da entrega pública da citada distinção. A Cooperação Técnico-Militar com São Tomé e Príncipe: Visita do Secretário de Estado Adjunto e da Defesa Nacional De forma a fazer o acompanhamento do desenvolvimento do Programa Quadro o Secretário Adjunto e da Defesa Nacional (SEADN), Dr. Paulo Braga Lino, visitou a ilha de São Tomé e Príncipe de 9 a 11 do passado mês de outubro. Do programa da visita constou ainda a participação nas cerimónias permanente de Oficiais e Sargentos, de inauguração do edifício prisional e no respetivamente no âmbito dos projetos 2 e encerramento do primeiro curso de 3. promoção para ingresso para o quadro 26
  • 27. A cerimónia de inauguração do E.P. das FASTP no passado dia 10 de outubro foi presidida pelo Ministro da Defesa Nacional e da Segurança Pública, Dr. Carlos Stock contando com a presença do SEADN. Ainda no mesmo dia, o SEADN participou na cerimónia de entrega dos diplomas de conclusão do primeiro Curso de Formação de A Cooperação Técnico-Militar com São Tomé Oficiais e Curso de Formação de Sargentos, e Príncipe respetivamente com 29 e 31 instruendos, O Acordo Geral de Cooperação e Amizade, tendo oferecido os novos galões e insígnias a assinado em 12 de Julho de 1975, e o Acordo todos os novos oficiais e sargentos, bem de Cooperação Científica e Técnica, como uma lembrança aos melhores alunos definiram as bases gerais da cooperação de cada curso. Os Diretores Técnicos e entre Portugal a República Portuguesa e a Assessores dos projetos 1, 2, 3 e 4 tiveram República Democrática de São Tomé e ainda a oportunidade de descrever ao SEADN Príncipe. Em dezembro de 1988 foi assinado qual o progresso de cada uma das respetivas o Acordo de Cooperação Técnica no Domínio áreas de cooperação. A visita foi Militar, que define as linhas gerais acompanhada pela Chefe de Missão orientadoras da Cooperação Técnico-Militar Diplomática, Embaixadora Dra. Paula Silva, a desenvolver entre os dois países, bem como o staff da Chancelaria do decorrendo atualmente o Programa-Quadro Gabinete do Adido de Defesa e incluiu ainda 2011-2013, no qual estão inscritos seis a deslocação ao cemitério de S. João, em projetos. São Tomé, para aí prestar homenagem aos -Projeto 1 – Estrutura Superior da Defesa e ex-Combatentes. das Forças Armadas - Projeto de muito interesse pela proximidade à decisão superior, donde se realça a intervenção na elaboração do Quadro Legislativo das FASTP. -Projeto 2 – Centro de Instrução Militar - Este Projeto apoia a formação de oficiais e sargentos do Quadro Permanente e praças. Com o empenhamento de uma assessoria portuguesa composta por 03 oficiais, foi ministrado pela primeira vez em S. Tomé e Príncipe um curso de oficiais e sargentos 27
  • 28. para os Quadros Permanentes das FASTP, os -Projeto 4 – Guarda Costeira - Projeto quais no futuro poderão constituir uma estruturante que visa desenvolver os aspetos “bolsa de formadores”. Para além da orgânicos, operacionais, logísticos e formação, este projeto apoia também o administrativos da Guarda Costeira e da treino de unidades para operações conjuntas Autoridade Marítima. Para além deste de interesse público, ajuda humanitária, objetivo, a Assessoria desenvolve atividades gestão de crises e apoio à paz. de aconselhamento técnico nos domínios da -Projeto 3 – Pelotão de Engenharia Militar de organização e operacionalidade da Capitania Construções - Projeto relevante, em dos Portos e do Sistema de Autoridade particular pelo impacto que tem na Marítima. Também neste Projeto, o apoio formação de militares. De destacar ainda a técnico em material e equipamento para a sua importância, após a passagem dos manutenção da rede de assinalamento militares à disponibilidade, no marítimo da RDSTP, apoiando a sustentação desenvolvimento socioeconómico do país. da rede de faróis e farolins já implementada Este Projeto visa desenvolver e aplicar em no país, se constitui como um valoroso benefício das infra-estruturas militares as contributo para a segurança da navegação capacidades de intervenção do Pelotão nos espaços marítimos sob sua soberania ou Independente de Engenharia do Exército. jurisdição. O “Edifício Prisional” das FASTP situado nos -Projeto 5 – Comunicações Militares - Projeto terrenos do Centro de Instrução Militar, inscrito pela primeira vez no atual Programa construído de raiz entre agosto de 2011 e Quadro, constitui-se como uma mais-valia agosto de 2012, é o maior expoente da ação para a organização e operacionalização da do projeto 3. Trata-se de um edifício quase inexistente rede de comunicações moderno e funcional com 408 m2, permite militares das FASTP. Este Projeto albergar até 28 reclusos em 6 celas, tem complementa-se, a nível de recursos uma sala refeições, de lazer, de visitas, uma humanos, com os militares especializados zona de recreio e área de apoio para em Portugal no âmbito do Projeto 6. segurança. Para o efeito, Portugal contribuiu -Projeto 6 – Formação em Portugal - com aquisição de material, ficando a Formação nas Unidades, Estabelecimentos e aquisição do equipamento do edifício a Órgãos de Ensino Militar (U/E/O) das Forças cargo das FASTP. Para a sua construção foi Armadas, Instituto de Estudos Superiores destacado um efetivo de 15 militares do Militares (IESM) e Instituto da Defesa Pelotão de Engenharia Militar das FASTP que Nacional (IDN), conforme Programa Anual de ali trabalharam na modalidade de “on job Formação de Pessoal em Portugal. training”. 28
  • 29. ANGOLA PROJETO 6 – APOIO AO COMANDO E ESTADO-MAIOR DO EXÉRCITO Formação em Liderança • Escola de Formação de Condutores- Namibe No período de 17 a 22 de novembro de 2012, no âmbito do Projeto 6 realizou-se, na Escola de Formação de Condutores, sedeado na Província do Namibe, um programa de formação em liderança para os oficiais e sargentos que integram o corpo de instrutores e monitores daquela Escola de Condução Auto, bem como, a oficiais das Unidades da Força Aérea Nacional e da Correia, que se referiu à “…importância da Marinha de Guerra Angolana. formação em liderança pois, cada vez mais A Escola de Formação de Condutores Auto as pessoas não querem ser geridas, querem tem a missão de formar praças destinadas às é ser lideradas”. A cerimónia contou com a Unidades /Estabelecimentos /Órgãos do presença dos Órgãos de Comunicação Social Exército e para a estrutura da Unidade da locais, nomeadamente a televisão e rádio Guarda Presidencial (UGP). Esta unidade angolanos que projetaram a atividade a todo encontra-se na dependência hierárquica do o território nacional. Comando do Exército e na dependência técnica e funcional da Direção de Instrução, • Escola Inter-Armas de Sargentos- Lubango do Estado-Maior do Exército. No período de 25 a 30 de novembro de 2012, O Comandante da Escola de Condução Auto - no âmbito do Apoio ao Comando e Estado- Cor Paulo Vangui António - acompanhou e Maior do Exército realizou-se, na Escola participou nos trabalhos, reforçando assim a Inter-Armas de Sargentos (Ex-RI 22), sedeada importância do curso. A cerimónia de no Lubango, na Província da Huíla, um encerramento foi presidida pelo Vice- seminário de formação em liderança para os Governador do Namibe, para os Serviços oficiais e sargentos que integram o corpo Técnicos e Infra-estruturas, Dr. António 29
  • 30. docente daquele estabelecimento de ensino dependência técnica e funcional da Direção militar, extensivo a oficiais de polícia da de Instrução, do Estado-Maior do Exército. Unidade de Polícia do Lubango. A cerimónia de encerramento foi presidida A Escola de Sargentos tem a missão a pelo Chefe do Estado-Maior, da Região formação dos sargentos destinadas às U/E/O Militar do Sul, Brigadeiro Domingos Filipe do Exército encontrando-se na dependência Kicongo, referindo que “…a liderança é hierárquica do Comando do Exército e na fundamental no exercício da atividade militar, em especial, na condução de homens procurando levá-los de forma voluntária ao cumprimento das tarefas, metas e finalidades que o Líder tiver traçado. De destacar ainda a presença, mais uma vez, da Comunicação Social. MOÇAMBIQUE PROJETO 2 – MARINHA DE GUERRA DE MOÇAMBIQUE Cerimónia comemorativa do 13º aniversário do batalhão de fuzileiros navais Realizou-se em 29 de novembro de 2012, o 13º aniversário do Batalhão de Fuzileiros Navais (BFN), unidade de cariz operacional da Marinha de Guerra de Moçambique Interno em aprovação integra a matriz (MGM) que, organizacional do Comando de Fuzileiros. fruto das Presididas pelo CEM da MGM, Comodoro FZ alterações Rivas Mangrasse, em representação do recentemente COMAR, as comemorações tiveram lugar no introduzidas Dgidgidgi, município da Katembe, recente pelo novo área de acantonamento do BFN. Regulamento 30
  • 31. As comemorações consistiram numa edificaram o BFN, não esquecendo a imposição de coroa de flores junto do presença da assessoria, realçando todo o monumento ao Soldado Desconhecido, ao trabalho de cooperação que, desde 1994, que se seguiu uma singela, mas muito digna vem sendo realizado. cerimónia militar em parada, com o Por último, o Comodoro Rivas, na sua patenteamento de oficiais e sargentos, alocução, referiu-se à importância ímpar dos finalistas do 1º Curso de Atualização para Fuzileiros, que se constituem hoje como Sargentos Fuzileiros, imposição de boinas importantes defensores da pátria aos finalistas do 2º Tirocínio para Sargentos, moçambicana, incentivando-os a adaptarem- terminando a cerimónia militar com os se às novas exigências do mundo tradicionais três desfiles em frente à globalizado, inferindo-se aqui uma tribuna. referência às ameaças de terrorismo Na sua extensa alocução, o CMG FZ Segredo marítimo. fez uma alusão ao histórico da unidade desde a sua criação, elogiando todos os fuzileiros, em especial aqueles que PROJETO 10 – INSTITUTO SUPERIORES DE ESTUDOS DE DEFESA General Valença Pinto no ISEDEF A 19 de novembro de 2012, decorreu em Moçambique e no Instituto Superior de Estudos de Defesa “Tenente-General Armando Emílio Guebuza” (ISEDEF), um ciclo de palestras proferidas pelo Exmo. Senhor General Luis Vasco Valença Pinto. A convite do ISEDEF e integradas na “semana de conferências e palestras” constante nos Oficial Superior subordinada ao tema planos dos cursos em funcionamento, o “Cooperação Europa-África em tempo de Senhor General Valença Pinto proferiu três globalização” e foi moderada pelo Exmo palestras cujos assuntos abordados tiveram Major-General Daniel Frazão Chale, em atenção as características da audiência. Comandante do ISEDEF. Ainda no período da O dia começou com uma palestra dedicada manhã, teve lugar uma segunda palestra ao 1º Curso de Capacitação de Comandantes destinada aos oficiais alunos do 6º Curso de de Batalhão e 2º Curso de Promoção a Adequação de Quadros, na qual o assunto 31
  • 32. abordado foi “As Forças Armadas na Externos”. A audiência contou com presença sociedade: Relações Civis-Militares”. Esta de toda a estrutura superior das FADM e sessão foi moderada pelo Vice-Comandante Corpo Docente do ISEDEF. A testemunhar o do ISEDEF para a área académica, Senhor empenho de todos, foi o próprio CEMGFADM Brigadeiro Joaquim Marcus Manjate. Durante quem moderou a sessão. a manhã houve lugar a uma visita à Ainda que o dia tivesse passado rápido, os Biblioteca e ao Edifício do Comando, infra- destinatários de todas as conferências não estruturas recentemente entregues ao perderam tempo em questionar tão ilustre ISEDEF, a que se seguiu um almoço com o palestrante. Entusiasmadas pela sempre Comando do Instituto. Para o período da cativante forma de expressão e esclarecida tarde ficou reservada uma terceira palestra opinião sobre os assuntos versados, as levada a efeito por solicitação do Exmo diversas audiências não pouparam o Senhor Senhor Chefe de Estado-Maior General da General Valença Pinto ao esclarecimento das Forças Armadas de Defesa de Moçambique suas dúvidas. (CEMGFADM), General de Exército Paulino Militar distinto e com um vasto currículo, o José Macaringue. Esta palestra era Senhor General Luís Vasco Valença Pinto foi aguardada com elevada espectativa, pois o primeiro convidado estrangeiro a proferir versava o tema “As Forças Armadas no uma palestra no ISEDEF. Mundo de Hoje: Fatores Internos e 32
  • 33. Encerramento do Ano Letivo no ISEDEF A 26 de novembro de 2012, decorreu em Exª o Vice-Ministro da Defesa Nacional, o Moçambique no Instituto Superior de MGen Frazão Chale, referiu que 2012 foi um Estudos de Defesa “Tenente-General ano de inúmeros desafios e dificuldades e Armando Emílio Guebuza” (ISEDEF), o que para 2013 o ISEDEF iria procurar encerramento do ano letivo 2012. satisfazer as necessidades para a realização do 1º Curso de Estado-Maior Conjunto e o 1º A cerimónia foi presidida por S. Exª o Vice- Curso de Defesa Nacional e agradeceu aos Ministro da Defesa Nacional, Dr. Agostinho que acreditam e apoiam o ISEDEF com o seu Mondlane, o qual, na sua intervenção, saber e dedicação. No seguimento da sua sublinhou a criação do ISEDEF face à intervenção agradeceu ainda ao Instituto de necessidade de formação dos oficiais Estudos Superiores Militares de Portugal o superiores e oficiais generais das Forças esforço na garantia de uma equipa de Armadas de Defesa de Moçambique (FADM). assessoria permanente e no envio das Nas suas palavras, agradeceu ainda os equipas de assessoria temporária para contributos prestados pelas Forças Armadas ministrar conteúdos, para os quais Portuguesas no âmbito da Cooperação reconhecem ainda não ter a experiência Técnico-Militar. necessária para garantir a qualidade A acompanhar S. Exª o Vice-MDN, esperada. Na intervenção de S. Exª o participaram na mesa da presidência S. Exª CEMGFADM, visivelmente satisfeito, o o Senhor Chefe de Estado-Maior General das Senhor GenEx Paulino Macaringue Forças Armadas de Defesa de Moçambique agradeceu todo o trabalho desenvolvido (CEMGFADM), General de Exército Paulino para a criação do ISEDEF e assumiu o risco José Macaringue, o Comandante do ISEDEF, de ter “empurrado”, a então Comissão Major-General Daniel Frazão Chale, o Instaladora do ISEDEF, para a realização de Inspetor das FADM, Major-General Graça cursos com o propósito de mostrar a mais Tomás Chongo e o Presidente do Município valia que representa para as FADM a da Matola, Sr. Arão Nhancale. De destacar existência de uma escola de formação de ainda a presença de toda a estrutura oficiais superiores. Na sua intervenção superior das FADM, adidos militares do confirmou a sua intenção de realizar o 1º Brasil, Botswana, Portugal, Tanzânia, Curso de Estado-Maior Conjunto e o 1º Zâmbia e Zimbabué e Diretores Técnicos Curso de Defesa Nacional no ano de 2013. dos projetos da Cooperação Técnico-Militar Terminaram os seus cursos um total 186 sedeados em Maputo, para além de oficias sendo 47 do 2º Curso de Promoção a representantes das estruturas locais e Oficial Superior (2º CPOS), 29 do 1º Curso líderes comunitários. Na sua intervenção S. 33
  • 34. de Capacitação de Comandantes de A assessoria portuguesa do Projeto 10 Batalhão (1º CCapCmdtBat), 44 do 6º Curso revelou-se fundamental para o sucesso dos de Adequação de Quadros (6º CAQ) e 66 do cursos quer pelo contributo prestado pelos 1º Curso de Promoção a Capitão (1º CPC). dois Assessores Permanentes no apoio à Durante a cerimónia foi distribuído o preparação e acompanhamento da tradicional diploma aos oficiais que realização dos 2º CPOS, 6º CAQ e 1º terminaram o seu curso. Os primeiros três CCapCmdtBat, quer pelo contributo dos classificados de cada curso viram o esforço quatro Assessores Temporários que Portugal do seu trabalho ser reconhecido com a afetou ao Projeto 10 para condução das entrega de algumas ofertas. Para surpresa Unidade Curriculares relativas ao Processo de alguns, os finalistas do 2º CPOS e do 1º de Decisão Militar e ao Planeamento de CPC foram promovidos ao posto de Major e Operações. Capitão, respetivamente. O ISEDEF está de parabéns por, neste seu primeiro ano de vida efetiva, ter procurado pautar a realização das suas atividades com critérios de excelência. 34
  • 35. AGENDA DEZEMBRO  Visita a Portugal do Vice-Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas da China, General Hou Shusen (5 dez)  Intercâmbio entre o Instituto Hidrográfico e o Serviço Hidrográfico do Chile, Valparaíso (4-7 dez)  Estágio em ambiente desértico numa unidade de infantaria de Marrocos para um Oficial de Operações Especiais, Marraquexe (4-8 dez)  Reunião de Ministros da Defesa da Iniciativa 5+5 Defesa, Rabat, Marrocos, (10 dez)  Participação em Reunião Extraordinária da Comissão Bilateral Permanente PT-EUA (11 dez) JANEIRO 2013  Reunião de Diretores de Política de Defesa da UE, Dublin, 24-25 jan13  XVII Reunião da Comissão Mista de Defesa Luso-Tunisina, Tunes (jan s.d.) 25 35
  • 36. MINISTÉRIO DA DEFESA NACIONAL DIREÇÃO-GERAL DE POLÍTICA DE DEFESA NACIONAL DADOS ESTATÍSTICOS REFERENTES A 30 DE NOVEMBRO DE 2012 1. Mapa de empenhamento Marinha Exército FAP Total H M H M H M H M 48 1 295 23 28 1 371 25 Forças Nacionais Destacadas 49 318 29 396 41 0 56 1 21 1 118 2 Cooperação Técnico-Militar 41 57 22 120 Total por Sexo 89 1 351 24 49 2 489 27 Total por Ramo das FAs 90 375 51 516 FAP 10% 5% Marinha 17% H Exército 73% 95% M Empenhamento por Ramo das Forças Armadas Empenhamento por Sexo 2. Evolução dos Efetivos EVOLUÇÃO EFETIVOS FORÇAS DESTACADAS - MÉDIA ANUAL 744 736 707 800 689 688 704 662 700 589 600 477 Efetivos 500 400 300 200 100 0 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 36