Manifestações pacíficas de estudantes e trabalhadores em Pequim em 1989 exigiram reformas políticas e econômicas, mas o governo declarou lei marcial e enviou tanques para dispersar violentamente os protestos, resultando em um massacre na Praça da Paz Celestial em 4 de junho.
1. O Protesto na Praça da Paz Celestial (Tian'anmen) em 1989,
mais conhecido como Massacre da Praça da Paz Celestial, ou
ainda Massacre de 4 de Junho consistiu em uma série de
manifestações lideradas por estudantes na República Popular
da China, que ocorreram entre os dias 15 de abril e 4 de junho
de 1989.
Protestos e Massacre na praça da Paz Celestial (1989)
2. Os manifestantes eram oriundos de diferentes grupos, desde
intelectuais que acreditavam que o governo do Partido
Comunista era demasiado repressivo e corrupto, a
trabalhadores da cidade, que acreditavam que as reformas
econômicas na China haviam sido lentas e que a inflação e o
desemprego estavam dificultando suas vidas.
Desde 1978, Deng Xiaoping havia
liderado uma série de reformas
políticas e econômicas. No
princípio de 1989, estas reformas
políticas e econômicas haviam
levado dois grupos à insatisfação
com o governo.
3. O acontecimento que iniciou os protestos foi o falecimento
do líder reformista Hu Yaobang, ex-membro do Partido
Comunista. Os protestos consistiam em marchas pacíficas
nas ruas de Pequim e greves de fome.
4. Devido aos protestos e às ordens do governo pedindo o encerramento
dos mesmos, se produziu no Partido Comunista uma divisão de critérios
e opiniões sobre como se deveria responder aos manifestantes. A
decisão tomada foi suprimir os protestos pela força, no lugar de
atenderem suas reivindicações.
Em 20 de maio, o governo declarou a lei marcial e, na noite de 3 de
junho, enviou os tanques e a infantaria do exército à praça de
Tian'anmen para dissolver o protesto. As estimativas exatas das mortes
de civis não se sabem até hoje.
5. No dia 4 os protestos estudantis se intensificam
muito, soldados invadem a praça e entram em
confronto com manifestantes desarmados. E há
um enorme massacre.
Diante da violência, o governo, expulsou a imprensa
estrangeira e controlou completamente a cobertura dos
acontecimentos na imprensa chinesa.
6. No dia 5 de junho, um jovem solitário e desarmado invade a Praça da Paz
Celestial e anonimamente faz parar uma fileira de tanques de guerra.
O rapaz, que ficou conhecido como "o rebelde desconhecido" ou “o
homem dos tanques" foi eleito pela revista Time como uma das pessoas
mais influentes do século XX. Sua identidade e seu paradeiro são
desconhecidos até hoje.
7. No dia 6 de junho o Exército Chinês monta guarda nos
arredores da praça e impede aglomerações. Deixando
apenas toda a desordem nas ruas.
8. No final os manifestantes
desistiram, pois viram que não
havia condições de entrarem
em um acordo e não queriam
ver mais derramamento de
sangue.