O documento discute a hipertensão arterial sistêmica, definindo-a como a elevação sustentada da pressão arterial. Apresenta suas principais estatísticas, fatores de risco, sintomas, complicações, diagnóstico, classes de medicamentos para tratamento e desafios atuais.
2. FACULDADE SANTA MARIA – FSM
BACHARELADO EM FARMÁCIA – 4º PERÍODO
INTEGRADOR DE PATOLOGIA
ORIENTADOR: GLERISTON MOURA
Ana Letícia Lira de Freitas
Francisco Robson Nascimento
José Danilo Alves Pereira
Laíza Lopes Bezerra
Larissa Araújo de Lima
Roberta Ramalho de Souza
3. HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA
Caracterizada pela elevação da pressão arterial, a
hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma doença que
afeta cerca de 20% da população brasileira e chega a 50%
entre os idosos.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 3
4. HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA
Aumentam o risco do acidente cerebral vascular (AVC),
de doenças no rins e coração.
Facilitam a formação de placas de gordura nas artérias.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 4
6. HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA
A primeira medida experimental da pressão arterial foi feita
em 1711, por Stephen Halles, na Inglaterra.
Antes de 1950 não havia um tratamento medicamentoso
efetivo para a hipertensão arterial.
Em 1954 apareceram os produtos à base de alcalóides, e logo
depois, a hidrazina, que tinha efeitos colaterais. Neste mesmo
ano surgiu a clorotiazida.
Nos meados do século, a ciência brasileira, através de
Maurício Rocha e Silva e sua equipe, ocorreu um feito
espetacular com a descoberta da bradicinina.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 6
8. HIPERTENSÃO ARTERIAL
SISTÊMICA
Hipertensão Primária: Cerca de 90% de todos os casos,
não tem causa conhecida.
Hipertensão Secundária: Forma menos comum de
hipertensão.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 8
9.
10. FISIOPATOLOGIA DA HIPERTENSÃO
ARTERIAL
A elevação sustentada da pressão arterial provem de
interações complexas entre fatores genéticos e
ambientais ( síndrome multifatorial).
A pressão arterial representa portanto, a força exercida
pelo sangue contra as paredes arteriais durante um
ciclo cardíaco e é determinada por uma combinação de
processos.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 10
11. FISIOPATOLOGIA DA HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Diferentes mecanismos estão envolvidos na variação
da pressão arterial, regulando o calibre e a reatividade
vascular, a distribuição de fluido dentro e fora dos
vasos e o debito cardíaco
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 11
12. FISIOPATOLOGIA DA HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Sistema nervoso simpático
Tem sido postulado que nos estágios precoces de
hipertensão,a elevação da pressão arterial é causada
por um aumento do débito cardíaco,relacionando a
uma hiperatividade simpática .
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 12
13. FISIOPATOLOGIA DA HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Sistema cinina-calicreína
Apresenta um papel relevante na etiologia da
hipertensão e na patogênese dos danos cardíacos e
renais a ela associados .
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 13
14. Complicações na HIPERTENSÃO
ARTERIAL
Estas complicações podem ocorrer em diversos locais do
organismo. São chamadas “lesões em órgãos alvos’’ da
hipertensão arterial.
Tabagismo;
Dislipidemia;
Diabete Melito e
Obesidade
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 14
16. SINAIS E SINTOMAS
A HAS é considerada uma doença assintomática
Estágio 1 Estágio 2
Dor de cabeça Retinopatia hipertensiva
Cansaço Doenças renais ou endócrinas
Dor no pescoço Obesidade do tipo andróide
Dor nos olhos DiabetesMellitus
Peso nas pernas ou palpitações Acromegalia
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 16
17. 20
18
16
14
12
10
8
6
4
2
0
18 - 29 30 - 34 40 - 49 50 - 59 60 - 70
Normotenso
Limitrofe
Estágio I
Estágio II
Estágio III
Não Diagnosticados
Distribuição dos níveis tensionais nas respectivas faixas etárias, em ambos
os gêneros, Cajazeiras/PB, 2012.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 17
18. Proporção (em%) de hipertensos nas
capitais e no Distrito Federal
Rio de Janeiro(RJ)28,0% Vitória(ES)23,3%
Recife(PE)27,6% Natal(RN)23,0%
Campo Grande(MS)26,5% Aracaju(SE)22,7
São Paulo(SP)26,5% Teresina(PI)22,0%
Salvador(BA)26,2% Maceió(AL)21,8%
Porto Alegre(RS)25,4% Porto Velho(RO)21,8%
Belo Horizonte(MG)25,1% Curitiba(PR)21,5%
Rio Branco(AC)24,9% Distrito Federal 21,2%
João Pessoa(PB)24,8% Goiânia(GO)21,2%
Cuiabá(MT)23,9% Fortaleza(CE)20,7%
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 18
21. Análise Econômica do Tratamento da
Hipertensão Arterial Sistêmica no Brasil:
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 21
22.
23. CLASSES ANTI-HIPERTENSIVAS
CLASSES ANTI-HIPERTENSIVAS
MECANISMO DE
AÇÃO
PRINCIPAIS
REAÇÕES
ADVERSAS
FÁRMACOS
AÇÃO CENTRAL Estimulam os
receptores alfa-2
pré-sinápticos no
SNC.
Depressão;
sonolência; sedação;
boca seca; fadiga;
disfunção sexual.
Metildopa;
Clonidina;
Guanabenzo.
BETABLOQUEADO
RES
Bloqueiam as ações
de noradrenalina e
adrenalina nos
receptores beta-1,
localizados no
coração.
Broncoconstrição;
bradicardia;
distúrbios da
condução AV;
insônia; astenia;
depressão psíquica.
Atenolol; Carvedilol;
Propanolol.
ALFABLOQUEADO
RES
Bloqueia a ativação
dos receptores alfa-1.
Hipotensão
postural;
palpitações; astenia.
Prazosinas;
Doxazosina;
Terazosina.
VASODILATADORE
S DIRETOS
Atuam sobre a
musculatura da
parede vascular.
Retenção hídrica;
taquicardia.
Hidralazina;
Minoxidil.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 23
24. CLASSES ANTI-HIPERTENSIVAS
CLASSES ANTI-HIPERTENSIVAS
MECANISMO DE
AÇÃO
PRINCIPAIS
REAÇÕES
ADVERSAS
FÁRMACOS
BLOQUEADORES
DOS CANAIS DE
CÁLCIO (BCC)
Impedem a entrada
de Ca⁺² a partir dos
canais de Ca⁺²
sensíveis a
voltagem.
Cefaléia; tontura;
rubor facial; edema
de extremidades.
Verapamil;
Alodipino;
Isradipina.
INIBIDORES DA
ENZIMA
CONVERSORA DE
ANGIOTENSINA
(IECA)
Inibe a ECA que
converte
angiotensina I em
angiotensina II.
Tosse seca; alteração
do paladar; reações
de
hipersensibilidade
com erupção
cutânea.
Benazepril;
Captopril;
Enalapril.
BLOQUEADORES
DO RECEPTORES
AT₁ DA
ANGIOTENSINA II
(BRA II)
Antagonizam a ação
da angiotensina II
por meio do
bloqueio específico
de seus receptores
AT₁.
Tontura. Losartana;
Valsartana;
Candersartana.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 24
25. COMPLICAÇÕES HIPERTENSIVAS
AGUDAS
Urgências hipertensivas
Elevação crítica da PA, porém sem comprometimento de
órgãos.
Nifedipino.
Emergências hipertensivas
Elevação crítica com quadro clínico grave, progressiva
lesão de órgãos e risco de morte.
Nitroglicerina e Nitroprussiato de sódio (NPS).
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 25
26. FITOTERÁPICOS
NOME
CIENTÍFICO
NOME POPULAR PRINCIPAIS
COMPOSTOS
MECANISMO DE
AÇÃO
Allium sativum L. Alho Alicina IECA; reduz a
síntese de
prostanóides
vasoconstritores.
Sechium edule
(Jacq.) Sw.
Chuchu Flavonóides Diuréticos
Rosmarinus
officinalis L.
Alecrim Derivados do ácido
caféico (Ácido
rosmarínico),
diterpenos.
Diuréticos
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 26
27. TRATAMENTO NÃO-MEDICAMENTOSO
Alterações alimentares;
Prática de exercício físico;
Cessação do tabagismo e alcoolismo;
Prática de atividades relaxantes.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 27
28. Adesão ao tratamento – Tema cada
vez mais atual
É um dos mais importantes desafios de quem trata grande números de
pacientes com hipertensão arterial.
São assintomáticos;
A adesão ao tratamento é um fenômeno multidimensional, em que
estão envolvidos pelo menos cinco fatores que são:
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 28
29. V Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Rev Bras Hipert. 2006;13(4):
256-312.
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 29
30. AVANÇOS E DESAFIOS DA
HIPERTENSÃO ARTERIAL
É uma doença de alta prevalência tanto em países
desenvolvidos como nos países em desenvolvimento.
Acidente vascular encefálico e
Infarto agudo do miocárdio
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 30
31.
32. REFERÊNCIAS
VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão – DBH VI.
Volume 13 – Número 01 - Janeiro / Março – 2010
http://departamentos.cardiol.br/
http://www.ufop.br/
http://www.sbh.org.br/
http://www.hipertensaoarterial.com.br/
http://dab.saude.gov.br/
HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA 32