O documento discute como o bibliotecário terapeuta pode ajudar com a ansiedade de informação dos usuários nativos digitais. Ele explora como a sobrecarga de informação pode causar problemas e propõe que a biblioterapia e dietas de informação podem ajudar os adolescentes a desenvolverem critérios para lidar melhor com o fluxo de dados.
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Dietas de informação bibliotecário terapeuta e a ansiedade de informação no usuário nativo digital
1. DIETAS DE INFORMAÇÃO: o bibliotecário terapeuta e
a ansiedade da informação do usuário nativo digital
Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo - FESPSP
Faculdade de Biblioteconomia e Ciência da informação - FaBCI
Aluna: Daniely Niina Kussaba
Orientador: Anna Silvia Rosal de Rosal
Dezembro/2014
3. Objetivos
Objetivo geral:
● Compreender como o biblioterapeuta pode trabalhar com a ansiedade de
informação do nativo digital.
Objetivos específicos:
● Compreender as consequências geradas pela ansiedade de informação
nos usuários nativos digitais, especificamente na geração Z
● Propor abordagens pertinentes ao trabalho do bibliotecário enquanto
biblioterapeuta, no combate a ansiedade de informação dos usuários
nativos digitais
4. Metodologia
● Pesquisa de revisão bibliográfica
● Pesquisa qualitativa e interpretativa
➔ IBICT, Scielo e ABVS
➔ Àreas: biblioteconomia, biblioterapia, psicologia e sociologia
➔ Período: a partir dos anos 2000, com exceção das obras de referência das
áreas.
➔ Preditores: ansiedade, transtornos de ansiedade, sociedade da
informação, sociedade do conhecimento, mediação da leitura,
biblioterapia, excesso de informação.
5. Os Nativos Digitais
● Gerações - Compartilhamento de tempo - espaço cultura
● Juventude como força transformadora da sociedade
● Geração Digital - 3 períodos principais
6. Os nativos digitais
● Geração Y e Z
● Adolescentes: 12 a 18 anos
● Interatividade, mobilidade, independência, fluidez, falta de hierarquia,
dinamismo, rapidez
● Período de descobertas de habilidades e preferências profissionais
● Busca da identidade
● Inspirações e aspirações
● Modificação de relações profissionais e empresa - cliente
7. A ansiedade no contexto informacional
- Angústia, Inquietação, Intranquilidade, Desejo permanente, apreensão
- O medo
- Fatores psicossomáticos: Ansiedade aguda x Ansiedade crônica
- Perigos, problemas crônicos, mudança de vida e transtornos
- Falta de auto conhecimento
8. A ansiedade no contexto informacional
- Capitalismo selvagem -> lucros
- Era dos excessos : muitas opções
- Muitas escolhas a fazer = conflitos = ansiedade
- Conflitos intrapessoais e interpessoais (Davidoff, 2001)
- Tipos : aproximação-aproximação, esquiva-esquiva
aproximação-esquiva simples e dupla.
- Dois polos de ação opostos de ocorrências comuns: tendência a desejar
não perder nenhuma opção disponível - vício, ou desejar não escolher -
fuga/evitação
9. A ansiedade no contexto informacional
Consequências
- Baixa autoestima
- Dificuldade de foco e atenção
- Problemas com interpretações de mensagens e pensamento
- Diminuição de interesses
- Desenvolvimento de meios compensatórios
- Predisposição a doeças físicas (infecções, gripes, resfriados, viroses,
gastrites, piora em problemas cardíacos, etc.)
Mecanismos inconsciente naturais:
● intelectualização/ racionalização: justificativas
● distração/ catarse: evitação
10. Biblioterapia
● Tempos remotos da Grécia Antiga
● Várias denominações º
L.H.TWEFFORT (1968) “ Um auxílio no tratamento que, através da leitura,
busca a aquisição de um conhecimento melhor de si mesmo e das reações
dos outros, resultando em um melhor ajustamento à vida.”
● A procura da cura através das palavras (o texto literário + oralidade)
● Interpretações e discussões - a identidade em movimento
● Linguagens e a leitura: construção de sentidos e significados
● Catarse (Aristóteles, sobre o teatro grego), trabalho com emoções
humanas
11. Biblioterapia
● Tipos : de autoajuda, criativa, institucional, clínica, desenvolvimento
pessoal, entre outras.
● Divida em públicos - alvo: crianças, adolescentes, adultos (com
problemas específicos) e idosos.
● Maurice Baker nos anos 70 indicou que existiam pouquíssimos trabalhos
de biblioterapia com adolescentes.
● Programas temporários brasileiros
● Consultas individuais/grupo
● Trabalho em equipe. °
● Competências necessárias para o biblioterapeuta
12. Dietas da informação
● Informação e a necessidade humana
● Redução de incerteza, indicação de ordem
● Necessidades informacionais: pirâmide de Maslow
● Demandas da informação: pirâmide invertida sobre-
posta
14. Dietas da informação
● Sobrecarga/excesso de informação vs Consumo indiscriminado
● Consumidor viciado : transtornos
“Sintomas” :
- Dismorfia da realidade
“Causas”:
- Agnotologia, fechamento epistêmico e falha de filtro de seleção
Ansiedade de informação
Ciberhipocondríaco
Dataholics
Bulimia Informacional
Obesidade Informacional
15. Dietas da informação
- Desconectar-se totalmente é fugir do problema
- Formação de critérios e atitudes bem determinados
- Busca a estímulos de pensamento crítico
1. Seja um infovegano
2. Busque a alfabetização informacional
3. Exercitar a atenção e o foco
16. Conclusão
★ Adolescentes são uma parte da força transformadora da sociedade, e
mesmo assim não têm o foco em trabalhos de consciência informacional
★ O período da adolescência é crucial para o desenvolvimento do ser,
sendo um época onde vários problemas individuais podem ocorrem, e
também um período onde a recuperação é mais provável (em termos
sociais e psicológicos)
★ O não controle do fluxo informacional gera problemas individuais e
coletivos na saúde humana e deve ser trabalhado
★ O bibliotecário possui um rol de conhecimentos adequados ao trabalho
proposto
★ A biblioterapia e o esquema das dietas informacionais são uma opção de
trabalho aconselhável.