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Resumo para a 2ª Ficha de Avaliação de Língua Portuguesa 11ºB



                Sermão de Santo António aos Peixes.

   Estrutura interna        Estrutura externa                          MATÉRIA/CONTEÚDO                                   Correspo.
       PARTES                 CAPÍTULOS                                                                                    no texto
                                                                                                                          narrativo
            1ª                                       Apresentação do tema, partindo de conceito predicável: vos
   Exórdio ou intróito                               estis sal terrae (vós sois o sal da Terra)
(ideia sumária da matéria                            Exploração do tema;
   que vai ser tratada)           Cap.I              Panegírico a Santo António;                                          Introdução
                                                     Invocação à Virgem Maria
                                                     Proposição: até «E onde há bons, e maus, há que louvar, e que
                                                     repreender.»
                                                (apresentação do assunto do sermão)
                                 Cap.II              Início da alegoria: «Suposto isto, para que procedamos com
                                                     clareza (…)»
                                                     Divisão: desde «Suposto isto » até «vossos vícios»
                                                (o auditório fica na posse do esquema do desenvolvimento do
                                                sermão)
                                                                      Louvores em geral: a partir de «começando pois
                                                                      pelos vossos louvores (…)»
                                                                 -Exemplificação: «Ia Jonas pregador do mesmo deus
                                                                 (…)»
                                                                      Louvores do geral para o particular: desde
                                                                      «Este é, peixes (…) descendo ao particular (…)»,
                                                                      até «Santo António abria a sua contra os que não
                                 Cap.III                              se queriam lavar».
                                                                      Início da confirmação: «Ah Moradores do
            2ª                                                                                                           Desenvol.
                                                                      Maranhão»
       Exposição
                                                                      Louvores em particular:
     (apresentação
                                                                 -o peixe de Tobias;
circunstanciada de uma
                                                                 -a rémora;
    matéria didática) e
                                                                 -o torpedo;
      Confirmação
                                                                 -o quatro-olhos
   (desenvolvimento a
apresentação de provas                                                1ª Repreensão aos peixes em geral: a ictiofagia
       dos factos)                                               (os peixes comem-se uns aos outros)
                                 Cap.IV                          -Amplificação da repreensão (os maiores comem os
                                                                 mais pequenos)
                                                                      2ª Repreensão em geral: a ignorância e a
                                                                      cegueira dos peixes.
                                                                      Repreensões em particular:
                                                                 -os roncadores;
                                 Cap.V                           -os pegadores;
                                                                 -os voadores;
                                                                 -o polvo.
            3ª                                       Apelo, incitamento, elevação:
Peroração ou Epílogo                            -os peixes estão acima dos outros animais;
(parte final do discurso)        Cap.VI         -ao peixes estão acima do pregador.                                      Conclusão
                                                (as ultimas palavras são as que a memória dos ouvintes mais
                                                retém)


                                                                                                                   1
Capítulo I

Conceito predicável:

“Vós sois o sal da terra”:

         - Vós : Pregadores;

         - Sal : Doutrina (evitar a propagação da corrupção);

         - Terra : Povo.




                       Propriedades:

         - Impedir a corrupção,

         -Louvar o bem e impedir o mal.

Qual a causa desta corrupção?

“Ou proque o sal não salga”                           “Ou porque a Terra não se deixa salgar”

    (a) Os pregadores não pregam a verdadeira              (a) Os ouvintes não querem receber a
        doutrina;                                              verdadeira doutrina;
    (b) Dizem uma coisa e fazem outra;                     (b) Os ouvintes preferem imitar o que fazem
    (c) Os pregadores pregam-se a si mesmos e                  do que fazer o que eles dizem;
        não a Cristo.                                      (c) Os ouvintes querem servir os seus
                                                               apetites em vez de servirem a Cristo.

O que há a fazer?

Em relação ao sal:

         Cristo propõe que o sal seja lançado fora como inútil e calcado pelos Homens;

Em relação à terra:

         Santo António propõe a mudança do púlpito e do auditório.




                                                 Obtemos
                                                 então um
                                                  jogo de
                                                 Simetrias




                                                                                                         2
Paralelismo (entre Sto. António e Padre António Vieira)



Santo António:                                     Padre António Vieira:

Arimido                                            S. Luís de Maranhão

Muitos Hereges                                     Colonos corruptos




                        Mudança do púlpito;

                       Mudança do Auditório.



Conclusão:

Padre António Vieira conclui que não se conseguindo, através da pregação da doutrina sagrada, mudar o
comportamento do auditório, deve-se proceder a alterações que consistem em:

                                                           - Mudança de púlpito;

                                                           -Mudança de auditório.

    Capítulo II (exposição)

Propriedades do sal:

    (a) Conservar o são;
    (b) Repreender a corrupção



    Finalidade do sermão

    Louvar as virtudes dos peixes

Propriedades da pregação de Sto. António (aparece para legitimar e engrandecer o sermão):

   (a) Louvar o bem;
   (b) Repreender o mal



Finalidade do sermão

Repreender os vícios dos peixes



                                                                                                    3
Os peixes são a metáfora do Homem, as suas virtudes são, por contraste, os defeitos do Homem e os
seus vícios são diretamente a metáfora dos vícios do mesmo Homem.

Divisão do sermão em duas partes:

    (I)         O louvor dos peixes;
    (II)        A repreensão dos vícios



Virtudes dos peixes:

   Obedientes;
   Atentos;
   Ouvem e não falam (“ouvem e calam”);
   Quietação;
   Ordem;
   Características que os distinguem dos restantes animais – não se deixam domar nem domesticar;
   Foram os primeiros seres a serem criados;
   São seres em maior quantidade no mundo;
   Afastam-se dos Homens porque desconfiam deles.

    A partir do momento em que o Padre António Vieira começa a enumerar as virtudes dos peixes o
   sermão é uma alegoria (metáforas e comparação), os peixes são a metáfora do Homem e cada
   peixe enumerado tem como semelhante um Homem.

   METODO UTILIZADO: Do geral para o particular!



   Conclusão: «quanto melhor sois que os homens, quanto mais longe dos homens ficardes»



               Capítulo III (confirmação a partir de «ah moradores de Maranhão (…)»

           Virtudes em particular:



                         O peixe de Tobias e as virtudes das suas entranhas:
                        o O fel (para curar a cegueira);
                        o O coração (para lançar fora os demónios)



Comparação a Sto. António: “abria a boca contra os Hereges”

                        o   “Procura alumiar e curar a cegueira dos Homens”;
                        o   “Tentara lançar os demónios fora de casa, limpando as almas dos Homens”




                                                                                                      4
 A Rémora:
                o Pequena no corpo;
                o Grande no poder e na força

   Simbologia: menos perigos na vida, menos naufrágios no mundo.



                  Comparação a Sto. António

                    o   “Prega ao leme da nau” – procurando conduzir no bom caminho;
                    o   “Agarra ao freio” – tratando o mal.



                 Domou as paixões Humanas



            O Torpedo: (faz tremer o braço do pescador impedindo que o pesque)
                o Energia;
                o Quanto maiores mais se escondem

Simbologia: Há Homens que ouvem a verdade e continuam no seu caminho errado, indiferente.




            Quatro-olhos:
                o Dois olhos para cima – vigiam as aves (inimigos do ar);
                o Dois olhos para baixo – vigiam os peixes (inimigos do mar)



                    Fé e uso da razão (ensinou o pregador)

                    -olhar diretamente para cima (céu);

                    -olhar diretamente para baixo (inferno).

       Capítulo IV ( a crítica e a repreensão aos peixes para melhorar e explicitar a condenação
       dos Homens)



   Repreensões dirigidas aos Peixes:
                                                               1ª
   “Vos comes uns aos outros” l.3;

   “Os grandes comem os pequenos” l.5

    - Os Homens também se comem uns aos outros e vivos:

   Ex: Alguém que morreu - l.23

                                                                                                   5
Algum réu em julgamento – l.35

    Polissemia do verbo “comer” – alimento, exploração. A sua repetição reforça a ideia da voragem
    incansável e ininterrupta, tornando, assim, mais repugnante a cobiça dos Homens (l.29 –
    trocadilhos).



    Ignorância e cegueira:

                                                               2ª

    -Caracterização do peixe: “arremete e fica preso”

    Ignorância porque não entende o significado do pano, cegueira porque se atirava cegamente e
    ficava preso. Os peixes não precisam de roupa e deixam-se enganar pelo isco.

    -Caracterização do Homem: não conseguem resistir à tentação e vaidade. (vaidade no vestuário =
    ambição).

    - Santo António despojou-se de vestes ricas e com as suas roupas simples e as suas palavras
    “pescar muitos” para o bom caminho.



    As virtudes e os defeitos dos peixes surgem sempre associados, por comparação aos homens do
    Maranhão.

-Ora por antítese, opondo os peixes aos homens;

-Ora por semelhança, identificando os peixes com os homens.



        Capítulo V



             Roncadores: são pequenos e fáceis de pescar, mas muito barulhentos.
                     Alegoria da arrogância, da soberba e da vaidade.
                     Ex(s) Bíblicos – Pedro
                             Deus não quer Roncadores
                    Conselho (conclusão): o melhor é “calar e imitar Santo António” l.23



                  Pegadores: vivem à custa dos peixes grandes, morrem quando os peixes grandes
                   morrem.
                       Alegoria do parasitismo, oportunismo e bajulação
                       Ex(s) Bíblicos – Herodes
                            Santo António também foi pegador, pegou-se a Cristo
                       Conselho (conclusão): l.91/92


                                                                                                     6
 Voadores: são peixes mas querem ser aves.
                Alegoria da vaidade e ambição
                Ex(s) Bíblicos – Ícaro, também é feita referencia a Sto António (l.144) (voou mas
                não correu perigo)



             Polvo: Aparenta uma coisa mas é outra.
                  Alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição.

Aparência do Polvo:

Capelo – monge → santidade;

Raio – estrela → Beleza;

Ausência de ossos → Bondade.

Realidade: maior traidor do mar.



Recursos traiçoeiros:



Mudança de cor:

   -Verde → Lima (vegetação);

   -Pardo → Lodo;

   -Cor-de-pedra → Pedra

Consequências: vítimas inocentes e desacauteladas!



Comparação de Judas com o Polvo:

Judas:                                           Polvo:
   Traidor;                                               Traidor;
   Abraçou cristo mas não o prendeu;                      Abraça e prende;
   Faz sinal com os braços;                               Dos braços faz cordas;
   “Traição às claras”                                    “Traição às escuras”




                                                                                                    7
Gramática:

Orações subordinadas:

   Conjunções subordinativas:




   Conjunções coordenativas:

                                Conjunções coordenativas   Locuções conjuncionais
Copulativas                     e, nem                     não só…como também…
Adversativas                    mas
Disjuntivas                     ou                         ora…ora, ou…ou…
Conclusivas                     logo
explicativas                    pois, portanto


                                                                                    8
Ver pág. 332 do manual orações não finitas e orações substantivas!



Funções sintáticas:

        Sujeito:
            o Simples (O João vai à vila);
            o Composto (O João e a Maria vão à vila);
            o Nulo subentendido (Falámos todo o dia no assalto);
            o Nulo indeterminado (Falou-se todo o dia no assalto);
            o Nulo expletivo (Troveja, Há falta de água);
        Predicado ( O João escreveu-lhe uma carta de despedida);
        Modificador:
            o Apositivo (Jacinto Lucas Pires, o escritor, veio ontem a esta escola.
            o Restritivo (As raparigas que usam os cabelos compridos gastam muito tempo ao
                 espelho;
        Vocativo (António, espera um pouco, que eu vou contigo);
        Complemento direto (A Tânia comeu o bolo);
        Complemento indireto (Ela ofereceu uma prenda à mãe);
        Complemento oblíquo (A minha irmã foi ao Suriname);
        Complemento agente da passiva (Ele foi aplaudido por todos);
        Predicativo do sujeito (O quarto é grande);
        Predicativo do complemento direto (Ela julga-o inteligente);
        Complemento do nome (A lista de convidados já foi enviada);
        Complemento de adjetivo (Eu estou feliz com este acontecimento)

    Ver mais exemplos manual pág(s)329/330!




                                                                                             9
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Sermão de Santo António aos Peixes

  • 1. Resumo para a 2ª Ficha de Avaliação de Língua Portuguesa 11ºB Sermão de Santo António aos Peixes. Estrutura interna Estrutura externa MATÉRIA/CONTEÚDO Correspo. PARTES CAPÍTULOS no texto narrativo 1ª Apresentação do tema, partindo de conceito predicável: vos Exórdio ou intróito estis sal terrae (vós sois o sal da Terra) (ideia sumária da matéria Exploração do tema; que vai ser tratada) Cap.I Panegírico a Santo António; Introdução Invocação à Virgem Maria Proposição: até «E onde há bons, e maus, há que louvar, e que repreender.» (apresentação do assunto do sermão) Cap.II Início da alegoria: «Suposto isto, para que procedamos com clareza (…)» Divisão: desde «Suposto isto » até «vossos vícios» (o auditório fica na posse do esquema do desenvolvimento do sermão) Louvores em geral: a partir de «começando pois pelos vossos louvores (…)» -Exemplificação: «Ia Jonas pregador do mesmo deus (…)» Louvores do geral para o particular: desde «Este é, peixes (…) descendo ao particular (…)», até «Santo António abria a sua contra os que não Cap.III se queriam lavar». Início da confirmação: «Ah Moradores do 2ª Desenvol. Maranhão» Exposição Louvores em particular: (apresentação -o peixe de Tobias; circunstanciada de uma -a rémora; matéria didática) e -o torpedo; Confirmação -o quatro-olhos (desenvolvimento a apresentação de provas 1ª Repreensão aos peixes em geral: a ictiofagia dos factos) (os peixes comem-se uns aos outros) Cap.IV -Amplificação da repreensão (os maiores comem os mais pequenos) 2ª Repreensão em geral: a ignorância e a cegueira dos peixes. Repreensões em particular: -os roncadores; Cap.V -os pegadores; -os voadores; -o polvo. 3ª Apelo, incitamento, elevação: Peroração ou Epílogo -os peixes estão acima dos outros animais; (parte final do discurso) Cap.VI -ao peixes estão acima do pregador. Conclusão (as ultimas palavras são as que a memória dos ouvintes mais retém) 1
  • 2. Capítulo I Conceito predicável: “Vós sois o sal da terra”: - Vós : Pregadores; - Sal : Doutrina (evitar a propagação da corrupção); - Terra : Povo. Propriedades: - Impedir a corrupção, -Louvar o bem e impedir o mal. Qual a causa desta corrupção? “Ou proque o sal não salga” “Ou porque a Terra não se deixa salgar” (a) Os pregadores não pregam a verdadeira (a) Os ouvintes não querem receber a doutrina; verdadeira doutrina; (b) Dizem uma coisa e fazem outra; (b) Os ouvintes preferem imitar o que fazem (c) Os pregadores pregam-se a si mesmos e do que fazer o que eles dizem; não a Cristo. (c) Os ouvintes querem servir os seus apetites em vez de servirem a Cristo. O que há a fazer? Em relação ao sal: Cristo propõe que o sal seja lançado fora como inútil e calcado pelos Homens; Em relação à terra: Santo António propõe a mudança do púlpito e do auditório. Obtemos então um jogo de Simetrias 2
  • 3. Paralelismo (entre Sto. António e Padre António Vieira) Santo António: Padre António Vieira: Arimido S. Luís de Maranhão Muitos Hereges Colonos corruptos Mudança do púlpito; Mudança do Auditório. Conclusão: Padre António Vieira conclui que não se conseguindo, através da pregação da doutrina sagrada, mudar o comportamento do auditório, deve-se proceder a alterações que consistem em: - Mudança de púlpito; -Mudança de auditório. Capítulo II (exposição) Propriedades do sal: (a) Conservar o são; (b) Repreender a corrupção Finalidade do sermão Louvar as virtudes dos peixes Propriedades da pregação de Sto. António (aparece para legitimar e engrandecer o sermão): (a) Louvar o bem; (b) Repreender o mal Finalidade do sermão Repreender os vícios dos peixes 3
  • 4. Os peixes são a metáfora do Homem, as suas virtudes são, por contraste, os defeitos do Homem e os seus vícios são diretamente a metáfora dos vícios do mesmo Homem. Divisão do sermão em duas partes: (I) O louvor dos peixes; (II) A repreensão dos vícios Virtudes dos peixes: Obedientes; Atentos; Ouvem e não falam (“ouvem e calam”); Quietação; Ordem; Características que os distinguem dos restantes animais – não se deixam domar nem domesticar; Foram os primeiros seres a serem criados; São seres em maior quantidade no mundo; Afastam-se dos Homens porque desconfiam deles. A partir do momento em que o Padre António Vieira começa a enumerar as virtudes dos peixes o sermão é uma alegoria (metáforas e comparação), os peixes são a metáfora do Homem e cada peixe enumerado tem como semelhante um Homem. METODO UTILIZADO: Do geral para o particular! Conclusão: «quanto melhor sois que os homens, quanto mais longe dos homens ficardes» Capítulo III (confirmação a partir de «ah moradores de Maranhão (…)» Virtudes em particular:  O peixe de Tobias e as virtudes das suas entranhas: o O fel (para curar a cegueira); o O coração (para lançar fora os demónios) Comparação a Sto. António: “abria a boca contra os Hereges” o “Procura alumiar e curar a cegueira dos Homens”; o “Tentara lançar os demónios fora de casa, limpando as almas dos Homens” 4
  • 5.  A Rémora: o Pequena no corpo; o Grande no poder e na força Simbologia: menos perigos na vida, menos naufrágios no mundo. Comparação a Sto. António o “Prega ao leme da nau” – procurando conduzir no bom caminho; o “Agarra ao freio” – tratando o mal. Domou as paixões Humanas  O Torpedo: (faz tremer o braço do pescador impedindo que o pesque) o Energia; o Quanto maiores mais se escondem Simbologia: Há Homens que ouvem a verdade e continuam no seu caminho errado, indiferente.  Quatro-olhos: o Dois olhos para cima – vigiam as aves (inimigos do ar); o Dois olhos para baixo – vigiam os peixes (inimigos do mar) Fé e uso da razão (ensinou o pregador) -olhar diretamente para cima (céu); -olhar diretamente para baixo (inferno). Capítulo IV ( a crítica e a repreensão aos peixes para melhorar e explicitar a condenação dos Homens) Repreensões dirigidas aos Peixes: 1ª “Vos comes uns aos outros” l.3; “Os grandes comem os pequenos” l.5 - Os Homens também se comem uns aos outros e vivos: Ex: Alguém que morreu - l.23 5
  • 6. Algum réu em julgamento – l.35 Polissemia do verbo “comer” – alimento, exploração. A sua repetição reforça a ideia da voragem incansável e ininterrupta, tornando, assim, mais repugnante a cobiça dos Homens (l.29 – trocadilhos). Ignorância e cegueira: 2ª -Caracterização do peixe: “arremete e fica preso” Ignorância porque não entende o significado do pano, cegueira porque se atirava cegamente e ficava preso. Os peixes não precisam de roupa e deixam-se enganar pelo isco. -Caracterização do Homem: não conseguem resistir à tentação e vaidade. (vaidade no vestuário = ambição). - Santo António despojou-se de vestes ricas e com as suas roupas simples e as suas palavras “pescar muitos” para o bom caminho. As virtudes e os defeitos dos peixes surgem sempre associados, por comparação aos homens do Maranhão. -Ora por antítese, opondo os peixes aos homens; -Ora por semelhança, identificando os peixes com os homens. Capítulo V  Roncadores: são pequenos e fáceis de pescar, mas muito barulhentos. Alegoria da arrogância, da soberba e da vaidade. Ex(s) Bíblicos – Pedro Deus não quer Roncadores Conselho (conclusão): o melhor é “calar e imitar Santo António” l.23  Pegadores: vivem à custa dos peixes grandes, morrem quando os peixes grandes morrem. Alegoria do parasitismo, oportunismo e bajulação Ex(s) Bíblicos – Herodes  Santo António também foi pegador, pegou-se a Cristo Conselho (conclusão): l.91/92 6
  • 7.  Voadores: são peixes mas querem ser aves. Alegoria da vaidade e ambição Ex(s) Bíblicos – Ícaro, também é feita referencia a Sto António (l.144) (voou mas não correu perigo)  Polvo: Aparenta uma coisa mas é outra. Alegoria da dissimulação, do disfarce, da hipocrisia, da traição. Aparência do Polvo: Capelo – monge → santidade; Raio – estrela → Beleza; Ausência de ossos → Bondade. Realidade: maior traidor do mar. Recursos traiçoeiros: Mudança de cor: -Verde → Lima (vegetação); -Pardo → Lodo; -Cor-de-pedra → Pedra Consequências: vítimas inocentes e desacauteladas! Comparação de Judas com o Polvo: Judas: Polvo: Traidor; Traidor; Abraçou cristo mas não o prendeu; Abraça e prende; Faz sinal com os braços; Dos braços faz cordas; “Traição às claras” “Traição às escuras” 7
  • 8. Gramática: Orações subordinadas: Conjunções subordinativas: Conjunções coordenativas: Conjunções coordenativas Locuções conjuncionais Copulativas e, nem não só…como também… Adversativas mas Disjuntivas ou ora…ora, ou…ou… Conclusivas logo explicativas pois, portanto 8
  • 9. Ver pág. 332 do manual orações não finitas e orações substantivas! Funções sintáticas: Sujeito: o Simples (O João vai à vila); o Composto (O João e a Maria vão à vila); o Nulo subentendido (Falámos todo o dia no assalto); o Nulo indeterminado (Falou-se todo o dia no assalto); o Nulo expletivo (Troveja, Há falta de água); Predicado ( O João escreveu-lhe uma carta de despedida); Modificador: o Apositivo (Jacinto Lucas Pires, o escritor, veio ontem a esta escola. o Restritivo (As raparigas que usam os cabelos compridos gastam muito tempo ao espelho; Vocativo (António, espera um pouco, que eu vou contigo); Complemento direto (A Tânia comeu o bolo); Complemento indireto (Ela ofereceu uma prenda à mãe); Complemento oblíquo (A minha irmã foi ao Suriname); Complemento agente da passiva (Ele foi aplaudido por todos); Predicativo do sujeito (O quarto é grande); Predicativo do complemento direto (Ela julga-o inteligente); Complemento do nome (A lista de convidados já foi enviada); Complemento de adjetivo (Eu estou feliz com este acontecimento) Ver mais exemplos manual pág(s)329/330! 9
  • 11. 11