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CIRCUITO DE RECOMPENSA E
      DEPENDÊNCIAS
         PARTE II
Acredito piamente que conhecimento é poder e que prevenção é infinitamente
melhor que tratamento.
Assim, estou dando início a um projeto que vem saracoteando em minha cabeça há
muitos anos: Neurologia para crianças.
Começo com o pacote para Dependências.
Usei os slides da NIDA, que os distribui gratuitamente para médicos e professores, e
pede que sejam repassados.
A tradução, comentários e analogias são minhas.
Para pais e professores, usem, abusem, repassem .
Pode ser copiado em pequenas apostilas

Dúvidas e comentários: mandem uma mensagem na página do
facebook – Curare Dolorem. (http://www.facebook.com/curare.dolorem)

Ciao

Dra. Patrizia D. Streparava




        NIDA - NATIONAL INSTITUTE OF DRUG ABUSE (USA)
       (INSTITUTO NACIONAL DO ABUSO DE DROGAS – EUA)
CIRCUITO DE RECOMPENSA E
      DEPENDÊNCIAS

Nós humanos, bem como outros animais,
adoramos nos envolver em
comportamentos gratificantes.
As sensações prazerosas proporcionam
reforço positivo, de modo que o
comportamento é repetido.
Há recompensas naturais, e recompensas
artificiais, tais como as drogas.
RECOMPENSAS NATURAIS
             As recompensas naturais são: comida,
             água, sexo e carinho, de forma que
             possamos sentir prazer ao comer,
Comida       beber, procriar, acarinhar e ser
             acarinhado.


             Essas sensações agradáveis reforçam o
Água         comportamento, de maneira que este
             seja repetido.


             Cada um desses comportamentos é
 Sexo        necessário para a sobrevivência do
             indivíduo e da espécie.


Carinho      Vamos lembrar que, apesar de serem
             recompensas naturais, nós humanos
             podemos dar um jeito de usá-los como
             drogas, quando comemos em demasia
             e engordamos, por exemplo.
CIRCUITO DE RECOMPENSA

               Este é seu cérebro, se você fizer um
               corte no meio, na altura do nariz.
               Pois bem no meio dele estão as
               estruturas que fazem parte do
               circuito de recompensa.

               De baixo para cima: VTA = Área
               Tegmental Ventral; Núcleo
               Acumbens e Córtex Pré frontal.

               O VTA contém toneladas de
               dopamina, que é liberada no núcleo
               acumbens e no córtex pré frontal.

               Vamos lembrar que esse circuito é
               ativado por um estímulo de
               recompensa, ou seja, sentimos algo
                como agradável, quando essa
               parte de nosso cérebro é
               encharcada de dopamina.
ATIVAÇÃO DO CIRCUITO DE RECOMPENSA POR ESTÍMULO ELÉTRICO

                        A descoberta do circuito de recompensa se deu usando
                        ratos como cobaias. Os ratinhos foram treinados a
                        pressionar uma alavanca para receberem pequenas
                        descargas elétricas em certas partes do seu cérebro.
                        Quando um eletrodo era colocado em seu nucleo
                        cumbens, o ratinho ficava pressionando a alavanca sem
                        parar, para receber os choquinhos, porque a sensação
                        era agradável.
                        Essa sensação agradável é também chamada de
                        REFORÇO POSITIVO.
                        Caso o eletrodo fosse colocado em qualquer outra área
                        do cérebro, o ratinho não pressionava a alavanca, pois,
                        como as outras áreas não se comunicam com o nucleo
                        acumbens, não tem prazer nenhum na coisa. Também,
                        nos mesmos experimentos, os cientistas puderam medir
                        o aumento de liberação de dopamina no sistema de
                        recompensa, logo em seguida ao ratinho receber uma.
                        (recompensa).
                         E se a liberação de dopamina é impedida (ou com uma
                        droga ou pela destruição do circuito), o ratinho não mais
                        impulsiona a alavanca.
DEPENDÊNCIA OU ADIÇÃO

                         Agora que definimos o conceito de
                         RECOMPENSA, podemos definir
  Dependência            dependência.
                         DEPENDÊNCIA é um estado no qual o
                         organismo se envolve em comportamento
  Comportamento          compulsivo, mesmo que esse
                         comportamento tenha consequências
    compulsivo           negativas.
                         Esse comportamento reforça ou provê
                         algum tipo de recompensa.
Reforço de algum tipo    Uma das características mais importantes
    de recompensa        da dependência é a perda de controle
                         para limitar o uso da substância que vicia.
                          Fica claro agora que, quando nos
  Perda de controle      tornamos dependentes, perdemos o
                         controle sobre nosso comportamento.
AÇÃO DA HEROINA (MORFINA )

             A Heroína é uma droga
             extremamente viciante, e mesmo
             assim, nem todos os que a usam se
             tornam viciados.

              O ambiente e a personalidade do
             usuário são fatores
             importantíssimos na produção e/ou
             desenvolvimento de um vício.

             A Heroína produz euforia e/ou
             sentimentos de prazer, assim, é um
             reforço positivo que interage com o
             circuito de recompensa no cérebro.
LOCAIS DE LIGAÇÃO DOS OPIÁCEOS NO CÉREBRO E MEDULA ESPINHAL

                        Quando alguém usa heroína (morfina) por qualquer via, a
                        droga vai rapidinho para o cérebro, e parece que injetar ou
                        fumar leva quase que o mesmo tempo para a droga viajar
                        pelo sistema circulatório.
                        Alguns usuários cheiram, para evitar problemas com
                        agulhas, mas, aqui nos EUA, o grande problema está sendo
                        o uso de medicamentos à base de heroína, natural e/ou
                        sintética.
                        Quando chega no cérebro, a heroína é transformada em
                        morfina pelas enzimas que tem essa função e
                        imediatamente se liga a receptores em certas áreas do
                        cérebro (verde), e, como já se aprendeu, essas áreas são:
                        parte do córtex cerebral, nucleo accumbens, tálamo,
                        tronco cerebral e medula espinhal.
                        Dá para notar que a danadinha se liga precisamente nas
                        áreas que fazem parte do sistema de recompensa.
                        Também se liga a áreas envolvidas no circuito da dor:
                        tálamo, tronco cerebral e medula espinhal, e é por essa
                        razão que é amplamente usada em medicina, tanto para
                        cirurgias como para tratamento de dores severas
                        (analgesia).
VÍNCULO DA MORFINA NO CIRCUITO DE RECOMPENSA




Novamente mostrando onde a morfina atua, que é no circuito de
recompensa, por se ligar a receptores no VTA e nucleo accumbens.

Na próxima figura, veremos como.
Os Opiáceos se ligam aos receptores opiáceos no
nucleo accumbens: aumento da liberação de dopamina




     Esse slide já foi visto na aula anterior. Recoloco só para lembrar.
Rato se auto administrando heroína




         Também lembrando aula anterior
TOLERÂNCIA

                    Quando drogas tipo heroína são usadas
 Tolerância         repetidamente, desenvolve-se a
                    TOLERÂNCIA.
                    Esta ocorre quando a pessoa não mais
  Não há mais       responde à droga, como costumava
resposta à droga    fazer no início, ou seja, vai precisar de
                    dose maior para conseguir o mesmo
                    efeito.
Necessidade de      No caso da heroína (morfina), a
                    tolerância a seus efeitos analgésicos
 dose maior         desenvolve-se rapidamente.
                    Tolerância não é dependência, embora
                    a maioria das drogas que produzem
                    tolerância, também produzam
                    dependência.
REGIÕES CEREBRAIS ONDE É FEITA A MEDIAÇÃO
    À TOLERÂNCIA A MORFINA (HEROÍNA)

                    O desenvolvimento de tolerância
                    aos efeitos analgésicos da
                    morfina envolve outras áreas
                    cerebrais fora do circuito de
                    recompensa, a saber: tálamo e
                    medula espinhal (em verde).

                    Compare com as áreas envolvidas
                    no desenvolvimento de
                    dependência (em vermelho)
DEPENDÊNCIA

                        Dependência aparece sempre e quando os
  Dependência           neurônios se adaptam ao uso repetido da
                        droga, e o organismo só consegue funcionar
                        normalmente quando em presença da
                        mesma.
     Organismo só       Quando a droga é retirada, ocorrem reações
consegue funcionar em   fisiológicas.
                        Podem ser leves, como a dor de cabeça que
  presença da droga     dá em bebedores de café, quando ficam sem
                        o mesmo, ou podem ser muito severas, com
                        risco de vida, como por exemplo com álcool.
 A retirada da droga
                        Isto é chamado de SÍNDROME DE
    causa reações       ABSTINÊNCIA.
     fisiológicas       No caso de abstinência de heroína, a coisa
                        pode ser tão séria que a pessoa volta a usar a
                        droga só para evitar a abstinência.
DEPENDÊNCIA X VÍCIO
 (DO ANGLICISMO ADIÇÃO)


        Como vimos anteriormente, partes diferentes
        do cérebro são responsáveis pelo vício
        (adição) e pela dependência.
        Assim, é possível ser DEPENDENTE de
        morfina, sem necessariamente ser VICIADO
        na mesma.
        Um exemplo são as pessoas sendo tratadas
        com morfina em caso de cânceres terminais:
        são dependentes, podendo sofrer Síndrome
        de Abstinência se a droga for retirada
        abruptamente, mas não são usuários
        compulsivos.
        É bom saber que pessoas hospitalizadas e
        tratadas com morfina para controle de dor
        após cirurgia, raramente se tornam
        dependentes.
A AÇÃO DA COCAINA

(CRACK E QUALQUER OUTRO SUBPRODUTO)
CHEIRAR X FUMAR:
DIFERENTES FORMAS DE VICIAR
            Historicamente, o abuso de cocaína se dava pela
            inalação do pó (sal hidroclorídrico), que quando é
            processado para formar base livre, pode ser fumado.
            Fumar (crack) leva a droga ao cérebro muito mais
            rapidamente do que cheirar.
            O cheirar faz com que a cocaína vá, desde os vasos
            sanguíneos no nariz para o coração, daí para os
            pulmões (setas roxas).
            Dos pulmões, volta para o coração, de onde vai para
            o resto do corpo, incluindo o cérebro (setas
            vermelhas).
            Já o fumar, a coisa vai direto para os pulmões,
            coração e resto do corpo.
            Quanto mais rápido uma droga com potencial aditivo
            alcançar o cérebro, mais possível ela é de ser
            abusada.
            Isto quer dizer que, quanto menor o tempo entre
            uso e o aparecimento dos efeitos de recompensa,
            maior é seu potencial para abuso.
LOCALIZAÇÃO DOS “SÍTIOS DE LIGAÇÃO”DA COCAÍNA

                            Quando alguém fuma (crack) ou
                            cheira cocaína, ela se espalha
                            por todas as áreas do cérebro,
                            mas só se liga em áreas
                            específicas (amarelinho): VTA,
                            nucleo accumbens e núcleo
                            caudado)
                            Nota-se que ela se liga às áreas
                            do sistema de recompensa, já
                            discutido previamente.
                            A ligação da coca no núcleo
                            caudado, explica os outros
                            efeitos da cocaína, tais como
                            movimentos estereotipados
                            (repetitivos), como andar de um
                            lado prá outro, roer unhas, se
                            coçar, etc.
Cocaína (amarelo) se liga
aos receptores de
dopamina, e, a dopamina
não tendo para onde ir,
fica solta dentro da
sinapse.

Exatamente o mesmo
efeito da morfina, como já
vimos.
DEPENDÊNCIA DE COCAÍNA E
A ATIVAÇÃO DO CIRCUITO DE RECOMPENSA

                    Vamos lembrar que o circuito de
                    recompensa pode ser ativado mesmo
                    na falta da droga (craving - desejo,
                    ânsia pela droga).
                    Isso demonstra que, com o uso
                    repetido, o organismo passa a
                    depender da droga para ser capaz de
                    sentir prazer e se torna incapaz de ter
                    prazer com as recompensas naturais,
                    tornando-se assim dependente.
                    O dependente, quando não usa, passa
                    a apresentar anedonia
                    (incapacidade de sentir prazer), e
                    depressão.
                    Para evitar isso, o dependente volta a
                    usar.
RATO AUTO ADMINISTRANDO COCAINA


                    Cientistas fizeram com
                    ratos e cocaína, as
                    mesmas coisas que
                    fizeram com a morfina,
                    com exatamente os
                    mesmos resultados.
                    Em ambos os casos, os
                    ratos morreram de
                    inanição porque ficavam
                    se estimulando e não
                    paravam nem para comer
                    ou beber.
RESUMINDO


Drogas que causam dependências ativam
 o sistema de recompensa por aumentar
                   a
     neurotransmissão da dopamina.
ATIVAÇÃO DO CIRCUITO DE RECOMPENSA POR
    DROGAS QUE CAUSAM ADIÇÃO - DEPENDÊNCIA




Esse slide mostra o circuito de recompensas em relação às drogas potencialmente aditivas, que
são: alcohol = álcool, cocaine = cocaína; heroin = heroína; nicotine= nicotina (cigarro, charuto)
Embora cada uma dessas drogas tenha um mecanismo de ação diferente, todas elas aumentam a
atividade no circuito de recompensa, e por isso são drogas que causam dependência.
RESUMÃO

No início, usar ou não uma droga é uma escolha
Depois, vira feito ratinho na jaula, apertando a
 alavanca.
O uso de drogas, embora pareça à primeira vista um
 ato legal (cool, como dizem aqui), para fazer parte de
 um grupo, na realidade é uma escolha de solidão
 dependente de uma substância
E, ao fim e a cabo, você escolhe quem e o que quer
 ser na vida
Escolha bem, porque é fácil prevenir, mas muito
 difícil remediar.

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  • 1. CIRCUITO DE RECOMPENSA E DEPENDÊNCIAS PARTE II
  • 2. Acredito piamente que conhecimento é poder e que prevenção é infinitamente melhor que tratamento. Assim, estou dando início a um projeto que vem saracoteando em minha cabeça há muitos anos: Neurologia para crianças. Começo com o pacote para Dependências. Usei os slides da NIDA, que os distribui gratuitamente para médicos e professores, e pede que sejam repassados. A tradução, comentários e analogias são minhas. Para pais e professores, usem, abusem, repassem . Pode ser copiado em pequenas apostilas Dúvidas e comentários: mandem uma mensagem na página do facebook – Curare Dolorem. (http://www.facebook.com/curare.dolorem) Ciao Dra. Patrizia D. Streparava NIDA - NATIONAL INSTITUTE OF DRUG ABUSE (USA) (INSTITUTO NACIONAL DO ABUSO DE DROGAS – EUA)
  • 3. CIRCUITO DE RECOMPENSA E DEPENDÊNCIAS Nós humanos, bem como outros animais, adoramos nos envolver em comportamentos gratificantes. As sensações prazerosas proporcionam reforço positivo, de modo que o comportamento é repetido. Há recompensas naturais, e recompensas artificiais, tais como as drogas.
  • 4. RECOMPENSAS NATURAIS As recompensas naturais são: comida, água, sexo e carinho, de forma que possamos sentir prazer ao comer, Comida beber, procriar, acarinhar e ser acarinhado. Essas sensações agradáveis reforçam o Água comportamento, de maneira que este seja repetido. Cada um desses comportamentos é Sexo necessário para a sobrevivência do indivíduo e da espécie. Carinho Vamos lembrar que, apesar de serem recompensas naturais, nós humanos podemos dar um jeito de usá-los como drogas, quando comemos em demasia e engordamos, por exemplo.
  • 5. CIRCUITO DE RECOMPENSA Este é seu cérebro, se você fizer um corte no meio, na altura do nariz. Pois bem no meio dele estão as estruturas que fazem parte do circuito de recompensa. De baixo para cima: VTA = Área Tegmental Ventral; Núcleo Acumbens e Córtex Pré frontal. O VTA contém toneladas de dopamina, que é liberada no núcleo acumbens e no córtex pré frontal. Vamos lembrar que esse circuito é ativado por um estímulo de recompensa, ou seja, sentimos algo como agradável, quando essa parte de nosso cérebro é encharcada de dopamina.
  • 6. ATIVAÇÃO DO CIRCUITO DE RECOMPENSA POR ESTÍMULO ELÉTRICO A descoberta do circuito de recompensa se deu usando ratos como cobaias. Os ratinhos foram treinados a pressionar uma alavanca para receberem pequenas descargas elétricas em certas partes do seu cérebro. Quando um eletrodo era colocado em seu nucleo cumbens, o ratinho ficava pressionando a alavanca sem parar, para receber os choquinhos, porque a sensação era agradável. Essa sensação agradável é também chamada de REFORÇO POSITIVO. Caso o eletrodo fosse colocado em qualquer outra área do cérebro, o ratinho não pressionava a alavanca, pois, como as outras áreas não se comunicam com o nucleo acumbens, não tem prazer nenhum na coisa. Também, nos mesmos experimentos, os cientistas puderam medir o aumento de liberação de dopamina no sistema de recompensa, logo em seguida ao ratinho receber uma. (recompensa). E se a liberação de dopamina é impedida (ou com uma droga ou pela destruição do circuito), o ratinho não mais impulsiona a alavanca.
  • 7. DEPENDÊNCIA OU ADIÇÃO Agora que definimos o conceito de RECOMPENSA, podemos definir Dependência dependência. DEPENDÊNCIA é um estado no qual o organismo se envolve em comportamento Comportamento compulsivo, mesmo que esse comportamento tenha consequências compulsivo negativas. Esse comportamento reforça ou provê algum tipo de recompensa. Reforço de algum tipo Uma das características mais importantes de recompensa da dependência é a perda de controle para limitar o uso da substância que vicia. Fica claro agora que, quando nos Perda de controle tornamos dependentes, perdemos o controle sobre nosso comportamento.
  • 8. AÇÃO DA HEROINA (MORFINA ) A Heroína é uma droga extremamente viciante, e mesmo assim, nem todos os que a usam se tornam viciados. O ambiente e a personalidade do usuário são fatores importantíssimos na produção e/ou desenvolvimento de um vício. A Heroína produz euforia e/ou sentimentos de prazer, assim, é um reforço positivo que interage com o circuito de recompensa no cérebro.
  • 9. LOCAIS DE LIGAÇÃO DOS OPIÁCEOS NO CÉREBRO E MEDULA ESPINHAL Quando alguém usa heroína (morfina) por qualquer via, a droga vai rapidinho para o cérebro, e parece que injetar ou fumar leva quase que o mesmo tempo para a droga viajar pelo sistema circulatório. Alguns usuários cheiram, para evitar problemas com agulhas, mas, aqui nos EUA, o grande problema está sendo o uso de medicamentos à base de heroína, natural e/ou sintética. Quando chega no cérebro, a heroína é transformada em morfina pelas enzimas que tem essa função e imediatamente se liga a receptores em certas áreas do cérebro (verde), e, como já se aprendeu, essas áreas são: parte do córtex cerebral, nucleo accumbens, tálamo, tronco cerebral e medula espinhal. Dá para notar que a danadinha se liga precisamente nas áreas que fazem parte do sistema de recompensa. Também se liga a áreas envolvidas no circuito da dor: tálamo, tronco cerebral e medula espinhal, e é por essa razão que é amplamente usada em medicina, tanto para cirurgias como para tratamento de dores severas (analgesia).
  • 10. VÍNCULO DA MORFINA NO CIRCUITO DE RECOMPENSA Novamente mostrando onde a morfina atua, que é no circuito de recompensa, por se ligar a receptores no VTA e nucleo accumbens. Na próxima figura, veremos como.
  • 11. Os Opiáceos se ligam aos receptores opiáceos no nucleo accumbens: aumento da liberação de dopamina Esse slide já foi visto na aula anterior. Recoloco só para lembrar.
  • 12. Rato se auto administrando heroína Também lembrando aula anterior
  • 13. TOLERÂNCIA Quando drogas tipo heroína são usadas Tolerância repetidamente, desenvolve-se a TOLERÂNCIA. Esta ocorre quando a pessoa não mais Não há mais responde à droga, como costumava resposta à droga fazer no início, ou seja, vai precisar de dose maior para conseguir o mesmo efeito. Necessidade de No caso da heroína (morfina), a tolerância a seus efeitos analgésicos dose maior desenvolve-se rapidamente. Tolerância não é dependência, embora a maioria das drogas que produzem tolerância, também produzam dependência.
  • 14. REGIÕES CEREBRAIS ONDE É FEITA A MEDIAÇÃO À TOLERÂNCIA A MORFINA (HEROÍNA) O desenvolvimento de tolerância aos efeitos analgésicos da morfina envolve outras áreas cerebrais fora do circuito de recompensa, a saber: tálamo e medula espinhal (em verde). Compare com as áreas envolvidas no desenvolvimento de dependência (em vermelho)
  • 15. DEPENDÊNCIA Dependência aparece sempre e quando os Dependência neurônios se adaptam ao uso repetido da droga, e o organismo só consegue funcionar normalmente quando em presença da mesma. Organismo só Quando a droga é retirada, ocorrem reações consegue funcionar em fisiológicas. Podem ser leves, como a dor de cabeça que presença da droga dá em bebedores de café, quando ficam sem o mesmo, ou podem ser muito severas, com risco de vida, como por exemplo com álcool. A retirada da droga Isto é chamado de SÍNDROME DE causa reações ABSTINÊNCIA. fisiológicas No caso de abstinência de heroína, a coisa pode ser tão séria que a pessoa volta a usar a droga só para evitar a abstinência.
  • 16. DEPENDÊNCIA X VÍCIO (DO ANGLICISMO ADIÇÃO) Como vimos anteriormente, partes diferentes do cérebro são responsáveis pelo vício (adição) e pela dependência. Assim, é possível ser DEPENDENTE de morfina, sem necessariamente ser VICIADO na mesma. Um exemplo são as pessoas sendo tratadas com morfina em caso de cânceres terminais: são dependentes, podendo sofrer Síndrome de Abstinência se a droga for retirada abruptamente, mas não são usuários compulsivos. É bom saber que pessoas hospitalizadas e tratadas com morfina para controle de dor após cirurgia, raramente se tornam dependentes.
  • 17. A AÇÃO DA COCAINA (CRACK E QUALQUER OUTRO SUBPRODUTO)
  • 18. CHEIRAR X FUMAR: DIFERENTES FORMAS DE VICIAR Historicamente, o abuso de cocaína se dava pela inalação do pó (sal hidroclorídrico), que quando é processado para formar base livre, pode ser fumado. Fumar (crack) leva a droga ao cérebro muito mais rapidamente do que cheirar. O cheirar faz com que a cocaína vá, desde os vasos sanguíneos no nariz para o coração, daí para os pulmões (setas roxas). Dos pulmões, volta para o coração, de onde vai para o resto do corpo, incluindo o cérebro (setas vermelhas). Já o fumar, a coisa vai direto para os pulmões, coração e resto do corpo. Quanto mais rápido uma droga com potencial aditivo alcançar o cérebro, mais possível ela é de ser abusada. Isto quer dizer que, quanto menor o tempo entre uso e o aparecimento dos efeitos de recompensa, maior é seu potencial para abuso.
  • 19. LOCALIZAÇÃO DOS “SÍTIOS DE LIGAÇÃO”DA COCAÍNA Quando alguém fuma (crack) ou cheira cocaína, ela se espalha por todas as áreas do cérebro, mas só se liga em áreas específicas (amarelinho): VTA, nucleo accumbens e núcleo caudado) Nota-se que ela se liga às áreas do sistema de recompensa, já discutido previamente. A ligação da coca no núcleo caudado, explica os outros efeitos da cocaína, tais como movimentos estereotipados (repetitivos), como andar de um lado prá outro, roer unhas, se coçar, etc.
  • 20. Cocaína (amarelo) se liga aos receptores de dopamina, e, a dopamina não tendo para onde ir, fica solta dentro da sinapse. Exatamente o mesmo efeito da morfina, como já vimos.
  • 21. DEPENDÊNCIA DE COCAÍNA E A ATIVAÇÃO DO CIRCUITO DE RECOMPENSA Vamos lembrar que o circuito de recompensa pode ser ativado mesmo na falta da droga (craving - desejo, ânsia pela droga). Isso demonstra que, com o uso repetido, o organismo passa a depender da droga para ser capaz de sentir prazer e se torna incapaz de ter prazer com as recompensas naturais, tornando-se assim dependente. O dependente, quando não usa, passa a apresentar anedonia (incapacidade de sentir prazer), e depressão. Para evitar isso, o dependente volta a usar.
  • 22. RATO AUTO ADMINISTRANDO COCAINA Cientistas fizeram com ratos e cocaína, as mesmas coisas que fizeram com a morfina, com exatamente os mesmos resultados. Em ambos os casos, os ratos morreram de inanição porque ficavam se estimulando e não paravam nem para comer ou beber.
  • 23. RESUMINDO Drogas que causam dependências ativam o sistema de recompensa por aumentar a neurotransmissão da dopamina.
  • 24. ATIVAÇÃO DO CIRCUITO DE RECOMPENSA POR DROGAS QUE CAUSAM ADIÇÃO - DEPENDÊNCIA Esse slide mostra o circuito de recompensas em relação às drogas potencialmente aditivas, que são: alcohol = álcool, cocaine = cocaína; heroin = heroína; nicotine= nicotina (cigarro, charuto) Embora cada uma dessas drogas tenha um mecanismo de ação diferente, todas elas aumentam a atividade no circuito de recompensa, e por isso são drogas que causam dependência.
  • 25. RESUMÃO No início, usar ou não uma droga é uma escolha Depois, vira feito ratinho na jaula, apertando a alavanca. O uso de drogas, embora pareça à primeira vista um ato legal (cool, como dizem aqui), para fazer parte de um grupo, na realidade é uma escolha de solidão dependente de uma substância E, ao fim e a cabo, você escolhe quem e o que quer ser na vida Escolha bem, porque é fácil prevenir, mas muito difícil remediar.