Sala de aula interativa: convite à interatividade e complexidade
1. SALA DE AULA INTERATIVA
(AUTOR: MARCO SILVA)
UM CONVITE À INTERATIVIDADE E À
COMPLEXIDADE
(INTRODUÇÃO)
POR: CRISTIANE COSTA DE FREITAS
2. CONVITE AO DIÁLOGO!
COMO O TERMO “INTERATIVIDADE” É
ASSIMILADO FREGUENTEMENTE:
• 1º. É um termo da “moda”.
• 2º. Tem a ver com estratégia de markenting .
• 3º Regressão do homem à máquina.
6. “A EMERGÊNCIA DA
INTERATIVIDADE”
• A relevante diferença entre a “lógica
da distribuição” com a “lógica da
comunicação” tão equalizada nas
mídias.
• Nova configuração tecnológica, onde o
receptador não é passivo, mas busca
fazer por si mesmo, busca autonomia.
7.
8. O HIPERTEXTO E O
NOVO ESPECTADOR
• O hipertexto vem para quebrar o
paradigma da lógica da distribuição,
que permite o indivíduo reinventar as
informações. Passando assim, a ser
um novo espectador.
9. EPISTEMOLOGIA DA
COMPLEXIDADE E
INTERATIVIDADE
• Edgar Morin nos ajuda a esclarecer a
epistemologia da complexidade. E diferencia este
do paradigma da simplicidade com propriedade.
• Morin é contrário ao paradigma da simplificação,
do princípio da linearidade, de um discurso
monológico.
• Para ele“ A complexidade é um tecido cujos
constituintes heterogêneos e contraditórios
encontram-se inseparavelmente associados”. Que
o conhecimento é gerado de forma dialógica “da
ordem, desordem, interação, organização”.
11. • O “pensamento complexo” é
(...)aquele que busca apreender tais interações a
partir da ótica da diversidade, da incorporação do acaso,
da incerteza e, portanto, como superação da causalidade
linear, do determinismo simplificador.
Silva (2010, p.19)
• Podemos entender que a interação é fundamental
para poder haver a complexidade. O autor Marco
Silva nos esclarece tal afirmativa dizendo que “as
interações é essencial para a epistemologia da
complexidade”. E sustenta que conhecer as
interações é atentar para a “causalidade mútua
inter-relacionar”, as “inter-retroações”, as
“interferências”, a “dialógica”.
• Para haver o pensamento complexo é necessário: o
dialógico, a multiplicidade e a recursividade.
12. PERSPECTIVA PARA A
EDUCAÇÃO
• Repensar as práticas comunicacionais nas salas de
aula. Para deixar de lado a lógica da distribuição e
o paradigma da simplificação. E levar para a escola
um ambiente onde o aluno possa interagir, ser
colaborador de sua aprendizagem.
• Os pensadores Paulo Freire e Pierre Lévy já se
preocupavam com a falta de diálogo e de interação
entre educador e educando.
• Construir uma sala de aula interativa seria o
ambiente em que o professor interrompe com a
sala de aula tradicional.
Hinweis der Redaktion
Um breve mapeamento da introdução do livro “Sala de aula Interativa” do autor Marco Silva.
Marco Silva nos convida a entender melhor o que é interatividade. Ele relata que atualmente a interatividade é uma palavra muito falada, e freguentemente compreendida de forma equivocada. Pois a interatividade não é apenas para ser utilizada como estratégia de markenting ou porque está na moda. Para se entender o que realmente é a interatividade, precisa se entender toda a sua complexidade. É o que este livro trata, como argumentos bem esclarecedores.
Alguns exemplos de como a palavra interatividade está sendo utilizada. Neste slide, se reflete como esta na moda.
Neste exemplo, como é utilizada em estratégia de markentig. Os carros que podem ser montados conforme o pedido dos clientes por internet, o tênis que “interage” com o cliente, assim como, o brinquedo. E até mesmo os programas de televisão, que trazem a interatividade no seu slogan.
Em um dos argumentos dos críticos a interatividade é a submissão do homem à máquina. Se submetendo ao seu “controle”.
Nesta item, se esclarece a diferença entre informação e comunicação, pois a “lógica da distribuição” se trata das informações que são distribuídas aleatoriamente sem destino certo, sem saber com quem se está falando. Já a “lógica da comunicação” é quando o emissor e receptor estão se interligando através da mensagem, havendo assim, a comunicação, propriamente dita. A mídia, no entanto, confundi o seu espectador, deixando a entender que ambos estão se comunicando. A interatividade vem para suprir essa falha. Mas para isso, ela precisa ser possibilitada, precisa haver essa possibilidade de diálogo, aí que entra o hipertexto como uma grande ferramenta, que poderá ligar a mensagem entre o emissor e o receptador.
Na lógica da distribuição, a mensagem é apenas transmitida. Uma “mão-única”. Na lógica da comunicação, o emissor dialoga a mensagem com o receptor. É uma “mão-dupla” para a mensagem. O emissor está aberto para as opiniões do receptor. A mensagem passa a ser flexível, podendo ser modificada conforme é compreendida. E o receptor tem a possibilidade de dialogar com emissor, não está mas na posição de só receber a mensagem, mas sim de interagir.
O hipertexto vem como uma grande ferramenta de interação entre o emissor e o receptador, vem para quebrar o paradigma da “lógica da distribuição” (onde a mensagem é apenas transmitida). Agora o “novo espectador” pode modificar, reinventar as informações através do hipertexto.
Marco Silva traz a contribuição de Edgar Morin que nos ajuda a entender o que é complexidade, como a interatividade é essencial para tornar os assuntos mais complexos, mais profundos, mais significativos, para assim compreender melhor o objeto de estudo e sua relação com o sujeito.
As interligações entre os fenômenos dialógicos. Esquema realizado pelo Edgar Morin, para ilustrar o seu entendimento sobre a complexidade.
Se pode compreender que a interatividade e a complexidade se completam. Atualmente o mundo tecnológico transita para esse mundo mais complexo, mais interativo, onde as pessoas são co-autores, são autônomas. Está ficando aos poucos para trás a “lógica da distribuição”, do paradigma da simplificação, o qual a mídia se aproveitava para mandar informações, onde o receptor apenas recebia e não podia dialogar, interagir com seu emissor. Isto agora, está cada vez mais ficando para trás. O mundo pede, exige, mas possibilidades de respostas, de opinião, de interação.
Nós profissionais da educação devemos parar e refletir sobre a importância da interatividade na sala de aula. Creio que seja esse um dos passos que o autor Marco Silva nos remete, para mudar os velhos paradigmas da sala de aula tradicional.