2ª Conferência Luso-Brasileira sobre Acesso Aberto - "A relação ainda não discutida entre repositórios institucionais de acesso aberto e teses e dissertações eletrônicas no Brasil: um convite à reflexão / Fernando César Lima Leite"
A relação ainda não discutida entre repositórios institucionais de acesso aberto e teses e dissertações eletrônicas no Brasil
1. A relação ainda não discutida entre
repositórios institucionais de acesso aberto e
ETD no Brasil: um convite à reflexão
Fernando César Lima Leite
Professor da Universidade de Brasília
2. Acesso aberto no Brasil: iniciativa pioneira
Proliferação de RI em coexistência com as inúmeras bibliotecas
digitais de teses e dissertações (ETD), que fazem parte da
BDTD
3. O contexto
RI devem gerenciar artigos de periódicos avaliados por pares, livros, capítulos
de livros, anais de conferências e também teses e dissertações
T&D constituem talvez as unidades de comunicação científica mais transversais
e de igual importância em todas as áreas do conhecimento
T&D prescindem da figura do editor para estarem acessíveis, seus direitos
patrimoniais pertencem ao autor e são frequentemente cedidos instituições
patrocinadoras (fácil gestão de direitos autorais)
T&D há muito representam a parcela da produção científica institucional
gerenciada pelas bibliotecas antes em ambiente impresso e agora em ambiente
digital
T&D constituem os primeiros documentos a serem depositados em RI e são o
carro-chefe de seu povoamento
4. O contexto
80% dos RI da União Européia contém T&D (Van
Weijndhoven e Van der Graaf, 2008)
5. O contexto
A BDTD é formada por 97 instituições e reúne mais
de 137.000 T&D eletrônicas
Além de grande avanço para
o acesso aberto, tal situação
representa um desafio para à
operacionalização dos RI no
Brasil
6. O contexto
O Brasil conta hoje com cerca de 40 RI e 97 bibliotecas
digitais de T&D (ETD):
57 instituições possuem apenas ETD
das 40 instituições que possuem RI, 29 também possuem ETD
19 instituições possuem apenas RI
das 29 instituições que possuem os dois sistemas, 20 armazenam ou pretendem
armazenar T&D em seus RI (e ao mesmo tempo nas ETD) e 5 gerenciam-nas
somente nas ETD (não possuem coleções nos RI)
das 40 instituições que possuem RI, 11 não possuem ETD. Destas 11, 7
gerenciam suas T&D por meio dos seus RI
7. PROBLEMAS
O contexto
1. Instituições que duplicam esforços para o depósito de T&D. Aparentemente
nenhuma instituição faz uso ou desenvolveu interface única para depósito
Desse cenário, é possível identificar três grandes situações em
↓
que as instituições brasileiras se encontram:
quantidade maior de pessoal dedicado
manutenção institucional de dois sistemas
necessidade de manutenção do TEDE (sistema de T&D) pelo Ibict
1.prejuízo aos usuários que tem duas interfaces para astempo e que
instituições que possuem RI e ETD ao mesmo mesmas atividades
participam da BDTD por meio destas últimas. Estas instituições
poderiam ainda serem divididas problemas citados, e enfrentam
2. Instituições que tentam evitar os entre três subgrupos:
outros, decidiram por não alimentar seus RI com T&D e continuam alimentando
normalmente suas ETD.
↓
Se por um lado esta decisão evita retrabalho, por outro a instituição promove uma
divisão de sua produção científica
aquelas que alimentam os dois sistemas com T&D,
aquelas que alimentam somente as ETDfinalidades convergentes
Manutenção de dois sistemas com com T&D
aquelasInstituições que alimentar asalimentar somente o RI o RI
3. que deixaram de decidiram ETD e alimentam apenas
↓
a não participação efetiva na BDTD.
8. O contexto
PROBLEMAS
Desse cenário, é possível identificar três grandes situações em
1. Aquelas instituições que nunca antes gerenciaram suas T&D e
que as instituições brasileiras se encontram:
iniciaram os trabalhos com o RI
↓
Não fazem parte da BDTD
2. instituições que possuem apenas RI e gerenciam suas T&D por
intermédio destes. Estas podem ser divididas em dois
2. Instituições que desenvolveram facilidade tecnológica para
subgrupos:
exposição de metadados das T&D a partir do próprio RI
↓
Fazem parte da BDTD (poucos casos)
aquelas que participam da BDTD
aquelas que não participam da BDTD
9. O contexto
Desse cenário, é possível identificar três grandes situações em
PROBLEMAS
que as instituições brasileiras se encontram:
1. Aquelas instituições que, estrategicamente, merecem maior
atenção do IBICT.
3. instituições que possuem apenas ETD e não gerenciam outros
tipos de produção científica. ↓
São 57 instituições que possuem ETD e não possuem RI
10. Possíveis caminhos
Considerando a necessidade da percepção da atuação sistêmica
dos diversos atores envolvidos com o acesso aberto e
repositórios institucionais, e das inúmeras faces relacionadas à
mesmas questões, cabe a pergunta:
Qual é a condição futura que
acomodaria de modo mais
apropriado as diferentes
situações?
11. Possíveis caminhos
A reposta a essa questão não pode deixar de considerar que:
RI nasceram para gerenciar e tornar acessível a totalidade da produção
científica institucional e são uma realidade mundial
maior parte das universidades e instituições de pesquisa brasileiras não gozam
de condições que as permitam manter efetivamente os dois sistemas
a quantidade de RI no Brasil tende a crescer cada vez mais
a continuidade da BDTD não implica na continuidade das ETD nas instituições
a solução não perpassa exclusivamente por solução tecnológica
A BDTD surgiu em momento que RI não existiam ou eram poucos
12. Possíveis caminhos
Recomendação de ponto de partida:
O investimento nos RI como os ambientes responsáveis
pelo gerenciamento da totalidade da produção científica
das universidades e instituições de pesquisa brasileiras e o
fortalecimento da BDTD como agregador de T&D
depositadas neles
13. ETD nas instituições
RI: gerenciamento da
produção científica
como um todo
Bibliotecas Digitais Mecanismos de
de Teses e buscas de
Dissertações informação científica
14. Tal solução requer
verificação das diferentes situações na realidade
a incorporação das funções desempenhadas pelas ETD nos RI. Em termos
tecnológicos significa a absorção das funções do TEDE (ou outro sistema
adotado) pelo software utilizado no RI
desenvolvimento de metodologia padrão de migração de dados das ETD para os
RI, incluindo a oferta suporte
adaptação/configuração para que os RI (maior parte utiliza o DSpace) sejam
capazes de expor adequadamente/separadamente metadados de T&D