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O MODELO DE REFERÊNCIA
PARA A GESTÃO DA CADEIA
DE FORNECIMENTO
SCOR (supply chain operations reference)

JOÃO PAULO PINTO, DEZEMBRO DE 2013
APRESENTAÇÃO
 Uma cadeia de fornecimento pode ser entendida como o
conjunto de processos que visam a satisfação dos
pedidos (ou necessidades) dos clientes desde a
matéria-prima até à entrega do produto e/ou serviço;
 Esta envolve todos os intervenientes no processo de
fornecimento, as funções dentro e fora de uma
organização, visando a entrega de valor ao cliente
(final).

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

2 de 54
A ORIGEM DO MODELO SCOR
 Vários autores e investigadores têm vindo a propor, ao
longo de décadas, modelos de referência para a SCM;
 Muitos dos modelos propostos orientam-se para a gestão
de materiais e distribuição logística, recorrendo a modelos
matemáticos, não assegurando uma abordagem global à
cadeia de fornecimento (SC) e sua gestão;
 Dos modelos mais recentes aquele que mais se adequa à
aplicação prática é o modelo SCOR (supply chain
operations reference) desenvolvido pelo Supply Chain
Council (www.supply-chain.org) desde 1996;
 Em 2013 temos a 11ª versão do modelo SCOR…

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

3 de 54
CARACTERIZAÇÃO
 O modelo SCOR fornece e integra conceitos de processos
de negócios bem estabelecidos como o BPR,
benchmarking e análise de boas práticas.
 Fornece orientações-padrão para apoiar as empresas na
análise e configuração da sua SC,
 Através de conceitos BPR, caracteriza o estado actual dos
processos SCM e desenha o estado pretendido/futuro;
 Através de benchmarking quantifica o desempenho
operacional de empresas similares e estabelece padrões
baseados no “melhor da sua classe”;
 Caracteriza as boas práticas de gestão e as soluções
informáticas que potenciam desempenhos ao nível dos
melhores.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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Análise
BPR

Estudos de
benchmarking

Análise de
boas práticas

Comparação com os
melhores da classe;

Caracterizar as
práticas de gestão e
as soluções de
software que
resultarão em boas
práticas ao nível
dos melhores.

Idenficação dos
“gaps” existentes.

as-is
(estado actual)

Desenho do
modelo de
referência
para a SCM
Desenho do modelo
to-be;
Definição de
métricas, práticas
de gestão e
aplicações de
software.
to-be
(estado futuro)

BPR – Business Process Reengineering
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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DEFINIÇÃO DE “BOA PRÁTICA”
 Boa prática: “um método actual, estruturado, demonstrado, e
reproduzível para realizar um impacto positivo num desejado
resulto operacional."
 Actual
Must not be emerging and can not be antiquated
 Estruturado
Has clearly stated Goal, Scope, Process, and Procedure
 Demonstrado
Success has been demonstrated in a working environment and
can be linked to key metrics
 Reproduzível
The practice has been proven in multiple environments.

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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Process ID

Process Name

Process
Definition
Metrics
Best
Practices

Inputs
Outputs

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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O PROCEDIMENTO SCOR DISPONIBILIZA:
 Descrições standard dos processos de gestão da cadeia
de fornecimento (SCM);

 Uma estrutura de relações entre processos standard;
 Métricas de referência para medir o desempenho dos
processos;
 Práticas de gestão que levam a desempenhos
comparáveis aos melhores na sua classe;
 Orientações para a selecção e/ou desenvolvimento de
aplicações informáticas de apoio à SCM.

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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ABRANGÊNCIA DO MODELO
 O modelo SCOR foi concebido para permitir às organizações
comunicar, comparar e aprender com os concorrentes e
empresas dentro (ou fora) do mesmo sector de actividade.
 Deste modo é possível medir o desempenho da SC e testar
futuras configurações da cadeia e dos processos de gestão.
 A abrangência do modelo SCOR é a seguinte:
 Todas as relações com clientes (desde a apresentação do pedido
por parte do cliente até ao pagamento);
 Todas as transacções físicas de materiais, desde o fornecedor do
fornecedor ao cliente do cliente, incluindo os serviços associados;
 Todas as interacções de mercado, desde a gestão da procura à
satisfação integral dos pedidos dos clientes.

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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CONTRIBUTOS DO SUPPLY CHAIN COUNCIL

Product Design
DCOR™

Sales & Support
CCOR™

Customer processes
Customer processes

Supplier processes

Product/Portfolio Management

Supply Chain
SCOR ®

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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ESTRUTURA DO MODELO SCOR
 O modelo SCOR é o ponto de partida para a melhoria do
desempenho da cadeia de fornecimento (SC);
 A sequência “planear (P), fornecer (S), fazer (M), entregar (D) e
retorno (R)” fornece aos gestores a informação necessária para
definir objectivos e medidas de comparação com as melhores
práticas, e apoia na determinação de custos e ganhos dos
investimentos (aplicável a todos os elementos da SC);
 O modelo SCOR não dispensa a empresa de formular a sua
estratégia de operações logísticas;
 A estratégia de operações deve ser consistente com a estratégia
global da empresa. Após esta definida, os processos da SC devem
ser modelados e alinhados com a estratégia de operações;
 Antes de usar o modelo, a empresa terá conhecer o seu ambiente
competitivo e garantir que este é compreendido a todos os níveis.

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

11 de 54
PLANEAR

FAZER

ENTREGAR

Rtr
n

FORNECER

RETORNO

Fornecedores e seus
fornecedores

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

FAZER

ENTREGAR

RETORNO

“a nossa empresa”

FORNECER

FAZER

Rtr
n

Clientes e seus
clientes

12 de 54
Este modelo tem cinco níveis (3+2) que representam
o caminho que a empresa deve seguir para
alcançar a melhoria do desempenho da sua SC...

Plan

Supply
Chain

N1 define Scope e contexto,
geografias, segmentos e
productos

Source

Make

Deliver
Return

M2
Make
Build to Order

M1
Make
Build to Stock

M3
Make
Engineer to Order

N2 Identifica as principais
Configurações dentro das
Geografias, Segmentos e
Productos

Level-3 Identificas as
Actividades chave do
negócio dentro da
configuração
M2.01
Schedule
Production
Activities

M2.02
Issue Product

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

M2.03
Produce & Test

M2.04
Package

M2.05
Stage Product

M2.06
Release Product to
Deliver

13 de 54
Nível 4.

PROCESSO
ACTIVIDADE

Nível 3.

TAREFA

Configuração

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

Definição dos
elementos de cada
processo

Nível de implementação.
Não considerado pelo
modelo SCOR

Abrangência do modelo de referência SCOR

Nível 2.

ELEMENTOS DO
PROCESSO

Nível 1.

14 de 54
OS PROCESSOS SCOR
Nível 1

Nível 2

Nível 3

Nível 4

Nível 5

Âmbito

Configuração

Actividade

Workflow

Transactions

Supply-Chain
Source

S1
Source
Stocked Product

S1.2
Receive Product

EDI
XML

Differentiates
Business

Differentiates
Complexity

Names Tasks

Sequences
Steps

Links
Transactions

Defines Scope

Differentiates
Capabilities

Links, Metrics,
Tasks and
Practices

Job Details

Details of
Automation

Framework
Language

Framework
Language

Framework
Language

Industry or
Company
Specific
Language

Technology
Specific
Language

Definições padrão do SCOR
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

Definições da Empresa/Indústria

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PRINCIPAIS MÉTRICAS DE DESEMPENHO NO NÍVEL 1

INTERNAS

CLIENTES

ATRIBUTOS

METRICAS (estratégicas)

Fiabilidade

Perfect Order Fulfillment

Responsiveness

Order Fulfillment Cycle Time

Agilidade

Supply Chain Flexibility
Supply Chain Adaptability

Custo

Supply Chain Management Cost
Cost of Goods Sold

Activos

Cash-to-Cash Cycle Time
Return on Supply Chain Fixed Assets
Return on Working Capital

Nota: não é possível ser excelente em todas as métricas, convém focalizar para diferenciar…

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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TEMPLATE PARA O NÍVEL 1
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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Componentes

Source

Make

Deliver

Supplier’s Supplier

Submontagens

Source

Make

Supplier

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

Deliver

Fabricante

Source

Make

Deliver

MP3 Company

Retalhista

Source

Deliver

Customer

Consumidor

Source

Customer’s Customer

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N1 – O ÂMBITO DO NEGÓCIO
Suppliers

mp3, Inc.

Flash Inc.

Battery ltd.

Customers

mp3 HQ

Factory

Retail, Inc.

Components

Warehouse

Service Providers
Material and information flow
Information flow
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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Nível 2.
O procedimento e as
actividades-chave do
modelo SCOR

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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N2 - RESULT: THE THREAD DIAGRAM
TEIA DE PROCESSOS

P1

P4

P2

P3

P2

S2
D1

S1

M1

D1

Battery
Supplier

Drive Supplier

Suppliers

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

S1

D1

S1

mp3 Inc HQ

mp3 Inc
factory

mp3 Incorporated

D1

mp3 Inc
warehouse

Retail, Inc

Customers

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EXEMPLO DE UM MAPA DE PROCESSOS PARA A “NOSSA EMPRESA”

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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N3 – Nível dos elementos do processo
Permite definir com detalhe os processos identificados, bem
como as métricas de desempenho e as boas práticas para
cada actividade.
Determina a capacidade competitiva da empresa nos
mercados escolhidos e procura a definição:
 dos elementos do processo;
 dos inputs e outputs de cada processo, bem como fluxos
associados;
 das métricas de desempenho;
 das boas práticas e necessárias características;
 dos sistemas de informação e ferramentas de suporte.
Este nível é ainda utilizado pelas organizações para refinar a
sua estratégia de operações logísticas.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

23 de 54
N3 - SOURCE PROCESS ELEMENTS
Stocked Product (S1)

Make-to-Order (S2)

Engineer-to-Order (S3)
S3.1 Identify Sources of
Supply
S3.2 Select Final
Supplier(s) & Negoc.

S1.1 Schedule Product
Deliveries

S2.1 Schedule Product
Deliveries

S3.3 Schedule Product
Deliveries

S1.2 Receive Product

S2.2 Receive Product

S3.4 Receive Product

S1.3 Verify Product

S2.3 Verify Product

S3.5 Verify Product

S1.4 Transfer Product

S2.4 Transfer Product

S3.6 Transfer Product

S1.5 Authorize Supplier
Payment

S2.5 Authorize Supplier
Payment

S3.7 Authorize Supplier
Payment

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

24 de 54
N3 - MAKE PROCESS ELEMENTS
Make-to-Stock (M1)

Make-to-Order (M2)

Engineer-to-Order (M3)
M3.1 Finalize Production
Engineering

M1.1 Schedule Production
Activities

M2.1 Schedule Production M3.2 Schedule Production
Activities
Activities

M1.2 Issue Material

M2.2 Issue Sourced/InProcess Product

M3.3 Issue Sourced/InProcess Product

M1.3 Produce and Test

M2.3 Produce and Test

M3.4 Produce and Test

M1.4 Package

M2.4 Package

M3.5 Package

M1.5 Stage Product

M2.5 Stage Finished
Product

M3.6 Stage Finished Product

M1.6 Release Product to
Deliver

M2.6 Release Finished
Product to Deliver

M3.7 Release Product to
Deliver

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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N3 - DELIVER PROCESS ELEMENTS (1/3)
Stocked Products (D1)

Make-to-Order (D2)

Engineer-to-Order (D3)

D1.1 Process Inquiry &
Quote

D2.1 Process Inquiry &
Quote

D3.1 Obtain & Respond to
RFP/RFQ¹

D1.2 Receive, Enter &
Validate Order

D2.2 Receive, Configure,
D3.2 Negotiate & Receive
Enter & Validate Order
Contract

D1.3 Reserve Inventory &
Determine Delivery
Date

D2.3 Reserve Inventory &
Determine Delivery
Date

D3.3 Enter Order, Commit
Resources & Launch
Program

D1.4 Consolidate Orders

D2.4 Consolidate Orders

D3.4 Schedule Installation

D1.5 Build Loads

D2.5 Build Loads

D3.5 Build Loads

D1.6 Route Shipments

D2.6 Route Shipments

D3.6 Route Shipments

D1.7 Select Carriers & Rate D2.7 Select Carriers & Rate D3.7 Select Carriers & Rate
Shipments
Shipments
Shipments
¹ RFP = Request for Proposal, RFQ = Request for Quote
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

26 de 54
N3 - DELIVER PROCESS ELEMENTS (2/3)
Stocked Products (D1)

Make-to-Order (D2)

Engineer-to-Order (D3)

D1.8 Receive Product from D2.8 Receive Product from
Source or Make
Source or Make

D3.8 Receive Product from
Source or Make

D1.9 Pick Product

D2.9 Pick Product

D3.9 Pick Product

D1.10 Pack Product

D2.10 Pack Product

D3.10 Pack Product

D1.11 Load Product &
D2.11 Load Product &
D3.11 Load Product &
Create Documentation
Create Documentation
Create
Documentation
D1.12 Ship Product

D2.12 Ship Product

D3.12 Ship Product

D1.13 Receive & Verify
Product by Customer

D1.13 Receive & Verify
Product by Customer

D1.13 Receive & Verify
Product by Customer

D1.14 Install Product

D2.14 Install Product

D3.14 Install Product

D1.15 Invoice

D2.15 Invoice

D3.15 Invoice

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

27 de 54
N3 - DELIVER PROCESS ELEMENTS (3/3)
Retail Products (D4)
D4.1 Generate Stocking
Schedule
D4.2 Receive Product at
Store

 Os processos da cadeia de
fornecimento do Retalhista não são
iguais aos do fabricante
(manufacturing supply chain model)…

D4.3 Pick Product from
Backroom
D4.4 Stock Shelf
D4.5 Fill Shopping Cart
D4.6 Checkout
D4.7 Deliver and/or Install

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

28 de 54
N3 - PLAN PROCESS ELEMENTS (1/2)
Plan Supply Chain (P1)

Plan Source (P2)

Plan Make (P3)

P1.1 Gather Supply Chain
Requirements

P2.1 Gather Materials
Requirements

P3.1 Gather Production
Requirements

P1.2 Gather Supply Chain
Resources

P2.2 Gather Material
Resources

P3.2 Gather Production
Resources

P1.3 Balance Supply Chain P2.3 Balance Material
Resources with
Resources with
Requirements
Requirements

P3.3 Balance Production
Resources with
Requirements

P1.4 Establish &
Communicate Supply
Chain Plans

P3.4 Establish Production
Plans

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

P2.4 Establish Sourcing
Plans

29 de 54
N3 - PLAN PROCESS ELEMENTS (2/2)
Plan Deliver (P4)

Plan Return (P5)

P4.1 Gather Delivery
Requirements

P5.1 Gather Return Requirements

P4.2 Gather Delivery Resources

P5.2 Gather Return Resources

P4.3 Balance Delivery Resources
with Requirements

P5.3 Balance Return Resources
with Requirements

P4.4 Establish Delivery Plans

P5.4 Establish & Communicate
Return Plans

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

30 de 54
N3 – PROCESSOS INVERSOS

Plan

Source

Return

Make

Deliver

Customer processes
Customer processes

Supplier processes

Supply Chain

Return

• Processos: Retorno (Source Return, Deliver Return)
• Objectivos: Garantir o fluxo inverso de materiais
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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N3 - SOURCE RETURN PROCESS ELEMENTS
Defective Products (SR1)

MRO Return (SR2)

Excess Products (SR3)

SR1.1 Identify Defective
Product Condition

SR2.1 Identify MRO Product
Condition

SR3.1 IDentify Excess
Product Condition

SR1.2 Disposition Defective
Product

SR2.2 Disposition MRO
Product

SR3.2 Disposition Excess
Product

SR1.3 Request Defective
Product Return
Authorization

SR2.3 Request MRO Return
Authorization

SR3.3 Request Excess
Product Return
Authorization

SR1.4 Schedule Defective
Product Shipment

SR2.4 Schedule MRO
Shipment

SR3.4 Schedule Excess
Product Shipment

SR1.5 Return (Ship)
Defective Product

SR2.5 Return (Ship) MRO
Product

SR3.5 Return (Ship) Excess
Product
MRO – Maintenance, repair and overhaull

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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N3 - DELIVER RETURN PROCESS ELEMENTS
Defective Products (DR1)

MRO Return (DR2)

Excess Products (DR3)

DR1.1 Authorize Defective
Product Return

DR2.1 Authorize MRO
Product Return

DR3.1 Authorize Excess
Product Return

DR1.2 Schedule Defective
Product Receipt

DR2.2 Schedule MRO
Product Receipt

DR3.2 Schedule Excess
Product Receipt

DR1.3 Receive & Verify
Defective Product

DR2.3 Receive & Verify MRO DR3.3 Receive & Verify
Product
Excess Product

DR1.4 Transfer Defective
Product

DR2.4 Transfer MRO Product DR3.4 Transfer Excess
Product

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

33 de 54
EXERCÍCIO
 O gestor da cadeia de fornecimento da TC descobre que
uma elevada percentagem de produtos acabados precisam
ser re-trabalhados pois têm gerado elevadas taxas de
insatisfação junto do cliente...
 Que processo de Nível 3 deve considerar os materiais
defeituosos antes de serem utilizados na produção?
 Qual a métrica que sugere?
 Qual o input deste processo?
 Que boas melhores práticas poderia este gestor considerar
se pretender reduzir o tempo que leva para concluir o teste
de materiais?

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

34 de 54
 Dado que o SCOR é um modelo que pode ser aplicado a vários
sectores de actividade, a operar sob diferentes estratégias (ex.
MTO ou MTS), e considerando que as operações de cada
organização são únicas, o modelo tem ainda de ser mais
detalhado (ie, nível 4).
 O Nível 4 define as tarefas detalhadas de cada actividade do N3.
Estas tarefas e as suas interacções são únicas a cada empresa ou
organização.
A especificidade e o detalhe exigido neste nível não são
abordados pelo SCOR;
No N4 acontece a implementação da SC, a qual é acompanhada
pela definição de objectivos imediatos, por melhorias na cadeia
intra e inter-empresa e pela definição de prioridades de
intervenção.

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

35 de 54
 O modelo SCOR pode ainda ser utilizado para
desenvolver mapas de processo que definem
a estrutura da SC e a sua subsequente utilização.
 Muitas organizações começam por definir um mapa geográfico
da sua cadeia e depois convertem-no num mapa de processos;
 Após o mapa de processos estar concluído, as organizações
podem ver com que é que a sua cadeia se assemelha, mas
ainda não têm informação suficiente sobre o seu desempenho
nem a possibilidade de a comparar com as práticas de
referência;
 O passo que se segue é a determinação dos atributos e métricas
de desempenho.
 Resumindo, utilizando estes 4 níveis, uma organização poderá
de modo rápido e claro descrever a sua SC.
 A SC descrita deste modo pode ser modificada e configurada
respondendo prontamente às alterações de mercado.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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N1. MAPA GEOGRÁFICO
HQ
P1, P2, D2, S2

Retail, Inc
S1, P2
Battery Supplier
D1, P1, P4

Drive Supplier
D1, P1, P4

MP3 Factory
P3, S1, M1, D1

Questão: Não há fluxo do HQ; Porquê?
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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Mapa geografico

Diagrama de Afinidade

Métrica: Order Fulfillment Cycle Time
Entry Delays

Build Issues

Shipping
Delays

Thread Diagram

Ferramenta a usar: Cause & Effect Diagram

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

38 de 54
IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO SCOR
 Embora a estrutura do modelo pareça simples, existem
vários níveis de detalhe que integram mais de 70 passos
de processos, 240 métricas de desempenho, 80 práticas
orientadoras e uma centena de possíveis configurações de
fluxos de materiais!

 O procedimento, tal como sugerido pelo supply chain
council é resumidamente descrito em quatro passos tal
como mostra a figura que se segue...

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

39 de 54
SCOR: the road map

1.

Avaliar o actual sistema (as-is)
de cadeia de fornecimento.

2.

Configurar a de cadeia de
fornecimento (to-be) e a sua
gestão.

3.

Alinhar os níveis de desempenho,
práticas e sistemas

4.

Implementar as alterações e
novas práticas e métricas

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

ESTRATÉGIA DE
OPERAÇÕES

FLUXO DE
MATERIAL

FLUXO DE
INFORMAÇÃO
E DE TRABALHO

IMPLEMENTAÇÃO

Oportunidades
de melhoria

Formação e treino

Estratégia e
orientação

Envolvimento de todos

Solução e
protótipo

Instalar e avaliar

40 de 54
EXEMPLO DE APLICAÇÃO

Pretende-se aplicar o modelo SCOR para
identificar as verdadeiras causas do problema,
e com este definir acções de melhoria que
estejam em linha com a estratégia.

 Uma empresa multinacional ligada ao fabrico e comercialização
Três níveis do modelo SCOR serão
de artigos de vestuário. O perfil desta análise do problema. A estrutura utilizados
empresa é apresentado da
na
geral
na seguinte tabela:
análise é apresentada na figura que se segue.

2012

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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NKD: estrutura geral de análise
Base de
competição

Estratégia
de Operações
Logísticas

2.

Configuração
da cadeia de
fornecimento

Configuração
Intra-Empresa

3.

Níveis de
desempenho,
práticas e
escolha de
sistemas

1.

SCOR Nível 1

SCOR Nível 3
Intra-Empresa:

Configuração de
processos, práticas,
sistemas e elementos

Processos da
Cadeia de
fornecimento e
implementação

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

Inter-Empresa:

Configuração de
processos, práticas,
sistemas e elementos

SCOR Nível 4

Nível de implementação dentro da empresa NKD

4.

SCOR Nível 2

Configuração
da SCM

Intra-Empresa:
Melhoria da
SC interna

Inter-Empresa:
Melhoria da
SC externa

42 de 54
NKD: análise ao N1

 Antes de estudar os problemas, a estratégia da SC tem de ser
associada à missão e estratégia de negócios da empresa. Desta
forma assegura-se que as melhorias e as alterações a introduzir
estão em linha com a estratégia da NKD Cloths.
 Neste caso, a missão da NKD Cloths é:
Ser uma empresa de classe mundial no fornecimento de
artigos de vestuário e tornar-se líder de mercado na Europa
nos próximos cinco anos.

 A estratégia da NKD Cloths é:
Assegurar elevada disponibilidade dos seus produtos junto do
cliente final através da melhoria contínua da fiabilidade de
entrega da cadeia de fornecimento a custos comportáveis.

 A NKD pretende alcançar um desempenho superior ao nível da
qualidade e fiabilidade da gestão da sua SC.
 Além destes, a empresa definiu outros objectivos (ver quadro).
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

43 de 54
 A tabela que segue apresenta o actual quadro de
desempenho (scorecard) da SC da NKD Cloths;
 Este scorecard mostra que o desempenho da empresa ao
nível da entrega e satisfação dos pedidos dos clientes está
abaixo da média das empresas concorrentes;
 Também o indicador referente ao fill rate (taxa de
satisfação dos pedidos dos clientes) necessita de ser
melhorado para que a empresa possa ambicionar atingir os
níveis de desempenho apresentados no quadro anterior.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

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João Paulo Pinto – O modelo SCOR

45 de 54
NKD: análise ao N2
Configuração da SC

 Após a elaboração do scorecard é feito o mapeamento
da SC de modo a exibir os fluxos de informação;
 O mapa é utilizado para identificar as áreas problemáticas da SC
(ex. nos processos de planeamento (P) no departamento comercial não
existe coordenação entre as diferentes localizações de produção e de
armazenamento. Isto tem resultado em elevados erros de previsões);

 É também possível identificar incoerências entre as estratégias de
fornecimento e as de produção, o que pode resultar em elevadas
quantidades de stocks para dados materiais e roturas em outros;
 Trata-se de um processo moroso e que exige a presença dos
vários intervenientes na SC e um longo processo de recolha de
dados;
 A partir deste mapa é possível desenhar um diagrama de
processos mais detalhado que ajudará a identificar as áreas
criticas no desempenho da SC;
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

46 de 54
Fornecedor

Produção

Dept de Vendas

Armazém

Centro de Distr

Retalhista

CLIENTE

P1
P1
P3

P1
P4

P2

P1

P3

P4

P2

tecido

M1

D1

P1
P4

P2

P1
P4

P2

P1

P3

P4

P2

P4

Espanha

S1

S1
M2

D1

S1

D1

S1

M1

D1

S1

D1

S1

D2

acessórios
exportação

M2

D2

S2

S1
fio e outros
materiais

M1

D1

D1

S1

D1

S1

D1

S1

D1

S1

D1

S1

D1

S1

S1

D1

S1

D1

S1

Itália

S1
S1
M1

D1

embalagens
Inglaterra

M1

D1

S1

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

S1

D1

47 de 54
NKD: análise ao N3
Análise detalhada dos processos

 Para cada problema, ou área critica, identificado é
necessário fazer uma análise detalhada aos processos;
 O nível 3 do SCOR recorre a gráficos do processo e a folhas
de análise para avaliar o actual nível de desempenho e
detectar pontos de melhoria. Os resultados obtidos são
comparados com os objectivos traçados no N1;
 Desta comparação, e recorrendo a processos de análise de
métodos, é possível definir as recomendações de melhoria e
traçar as acções que levarão a cadeia de fornecimento a
atingir o desempenho desejado;
 A figura que se segue apresenta um possível gráfico de
processo (aplicado ao fornecimento de material, S1).

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

48 de 54
Análise detalhada dos processos

S1: Fornecimento de material armazenado

Planos de fornecimento
Dados de fornecimento
Sinais de re-fornecimento

Material comprado
Documentos
Planos de inspecção

Localização de materiais
Localização de produtos

S1.1

S1.2

S1.3

Programação
de entrega
de materiais

Recepção
de materiais

Transferência
de materiais

Informação ao fornecedor;
Encomenda de materiais.

Documento de verificação
Validação das entregas

Stock de materiais
Stock de produtos

Ver também uma análise ainda mais detalhada para este processo 
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

49 de 54
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

50 de 54
 Após a análise de todos os processos do SCOR nível 3 é
possível identificar questões relevantes à SCM da NKD
Cloths. As questões mais criticas são as seguintes:








Devido aos elevados erros de previsão (30%) torna-se difícil
alcançar os elevados níveis qualidade e serviço;
O problema agrava-se dada a elevada utilização da
capacidade (não deixando margem de manobra para lidar
com alterações ou erros);
A capacidade de entrega a tempo e a fill rate estão longe de
serem satisfatórias;
Uma percentagem significativa (27%) dos materiais
recebidos não passa pelos processos de recepção qualitativa
e quantitativa permitindo a entrada de produtos com defeito
na cadeia de operações e de fornecimento;
A flexibilidade é comprometida pela extensa duração do
período de fornecimento em stock (17 dias, tabela anterior).

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

51 de 54
Recomendações
(ex. processo S1)

1. Aumentar a precisão das previsões revendo os métodos de
previsão e efectuando as previsões por grupos de artigos;
2. Fazer previsões em colaboração com os restantes parceiros
da cadeia de fornecimento;
3. Reduzir a utilização dos recursos para 85% para aumentar a
flexibilidade dos processos;
4. Comprar materiais e acessórios para o cenário de produção
por encomenda recorrendo a acordos de consignação para
a redução de stocks e de tempos enquanto que se aumenta
a disponibilidade de produtos críticos;
5. Promover programas de “qualidade na fonte” em todos os
elos da cadeia de fornecimento.

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

52 de 54
João Paulo Pinto – O modelo SCOR

53 de 54
CONCLUSÃO
 O modelo SCOR fornece uma estrutura comum para a SC e
sua gestão, fornece também uma terminologia standard,
métricas de desempenho comuns associadas a benchmarks e
às boas práticas de SCM;
 Estas características estão a fazer do modelo SCOR um
referencial para a indústria e serviços;
 Factores críticos de sucesso:
A estratégia de operações deve ser consistente com e suportar a
estratégia de negócios da empresa;
A empresa tem de estar organizada para suportar processos de decisão
rápidos, as práticas de gestão têm de ser apoiadas por sistemas
apropriados e TI.
As métricas de desempenho e os objectivos devem motivar o
comportamento que produz os resultados esperados.

João Paulo Pinto – O modelo SCOR

54 de 54
MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO

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O modelo SCOR de referência para a gestão da cadeia de fornecimento

  • 1. O MODELO DE REFERÊNCIA PARA A GESTÃO DA CADEIA DE FORNECIMENTO SCOR (supply chain operations reference) JOÃO PAULO PINTO, DEZEMBRO DE 2013
  • 2. APRESENTAÇÃO  Uma cadeia de fornecimento pode ser entendida como o conjunto de processos que visam a satisfação dos pedidos (ou necessidades) dos clientes desde a matéria-prima até à entrega do produto e/ou serviço;  Esta envolve todos os intervenientes no processo de fornecimento, as funções dentro e fora de uma organização, visando a entrega de valor ao cliente (final). João Paulo Pinto – O modelo SCOR 2 de 54
  • 3. A ORIGEM DO MODELO SCOR  Vários autores e investigadores têm vindo a propor, ao longo de décadas, modelos de referência para a SCM;  Muitos dos modelos propostos orientam-se para a gestão de materiais e distribuição logística, recorrendo a modelos matemáticos, não assegurando uma abordagem global à cadeia de fornecimento (SC) e sua gestão;  Dos modelos mais recentes aquele que mais se adequa à aplicação prática é o modelo SCOR (supply chain operations reference) desenvolvido pelo Supply Chain Council (www.supply-chain.org) desde 1996;  Em 2013 temos a 11ª versão do modelo SCOR… João Paulo Pinto – O modelo SCOR 3 de 54
  • 4. CARACTERIZAÇÃO  O modelo SCOR fornece e integra conceitos de processos de negócios bem estabelecidos como o BPR, benchmarking e análise de boas práticas.  Fornece orientações-padrão para apoiar as empresas na análise e configuração da sua SC,  Através de conceitos BPR, caracteriza o estado actual dos processos SCM e desenha o estado pretendido/futuro;  Através de benchmarking quantifica o desempenho operacional de empresas similares e estabelece padrões baseados no “melhor da sua classe”;  Caracteriza as boas práticas de gestão e as soluções informáticas que potenciam desempenhos ao nível dos melhores. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 4 de 54
  • 5. Análise BPR Estudos de benchmarking Análise de boas práticas Comparação com os melhores da classe; Caracterizar as práticas de gestão e as soluções de software que resultarão em boas práticas ao nível dos melhores. Idenficação dos “gaps” existentes. as-is (estado actual) Desenho do modelo de referência para a SCM Desenho do modelo to-be; Definição de métricas, práticas de gestão e aplicações de software. to-be (estado futuro) BPR – Business Process Reengineering João Paulo Pinto – O modelo SCOR 5 de 54
  • 6. DEFINIÇÃO DE “BOA PRÁTICA”  Boa prática: “um método actual, estruturado, demonstrado, e reproduzível para realizar um impacto positivo num desejado resulto operacional."  Actual Must not be emerging and can not be antiquated  Estruturado Has clearly stated Goal, Scope, Process, and Procedure  Demonstrado Success has been demonstrated in a working environment and can be linked to key metrics  Reproduzível The practice has been proven in multiple environments. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 6 de 54
  • 8. O PROCEDIMENTO SCOR DISPONIBILIZA:  Descrições standard dos processos de gestão da cadeia de fornecimento (SCM);  Uma estrutura de relações entre processos standard;  Métricas de referência para medir o desempenho dos processos;  Práticas de gestão que levam a desempenhos comparáveis aos melhores na sua classe;  Orientações para a selecção e/ou desenvolvimento de aplicações informáticas de apoio à SCM. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 8 de 54
  • 9. ABRANGÊNCIA DO MODELO  O modelo SCOR foi concebido para permitir às organizações comunicar, comparar e aprender com os concorrentes e empresas dentro (ou fora) do mesmo sector de actividade.  Deste modo é possível medir o desempenho da SC e testar futuras configurações da cadeia e dos processos de gestão.  A abrangência do modelo SCOR é a seguinte:  Todas as relações com clientes (desde a apresentação do pedido por parte do cliente até ao pagamento);  Todas as transacções físicas de materiais, desde o fornecedor do fornecedor ao cliente do cliente, incluindo os serviços associados;  Todas as interacções de mercado, desde a gestão da procura à satisfação integral dos pedidos dos clientes. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 9 de 54
  • 10. CONTRIBUTOS DO SUPPLY CHAIN COUNCIL Product Design DCOR™ Sales & Support CCOR™ Customer processes Customer processes Supplier processes Product/Portfolio Management Supply Chain SCOR ® João Paulo Pinto – O modelo SCOR 10 de 54
  • 11. ESTRUTURA DO MODELO SCOR  O modelo SCOR é o ponto de partida para a melhoria do desempenho da cadeia de fornecimento (SC);  A sequência “planear (P), fornecer (S), fazer (M), entregar (D) e retorno (R)” fornece aos gestores a informação necessária para definir objectivos e medidas de comparação com as melhores práticas, e apoia na determinação de custos e ganhos dos investimentos (aplicável a todos os elementos da SC);  O modelo SCOR não dispensa a empresa de formular a sua estratégia de operações logísticas;  A estratégia de operações deve ser consistente com a estratégia global da empresa. Após esta definida, os processos da SC devem ser modelados e alinhados com a estratégia de operações;  Antes de usar o modelo, a empresa terá conhecer o seu ambiente competitivo e garantir que este é compreendido a todos os níveis. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 11 de 54
  • 12. PLANEAR FAZER ENTREGAR Rtr n FORNECER RETORNO Fornecedores e seus fornecedores João Paulo Pinto – O modelo SCOR FAZER ENTREGAR RETORNO “a nossa empresa” FORNECER FAZER Rtr n Clientes e seus clientes 12 de 54
  • 13. Este modelo tem cinco níveis (3+2) que representam o caminho que a empresa deve seguir para alcançar a melhoria do desempenho da sua SC... Plan Supply Chain N1 define Scope e contexto, geografias, segmentos e productos Source Make Deliver Return M2 Make Build to Order M1 Make Build to Stock M3 Make Engineer to Order N2 Identifica as principais Configurações dentro das Geografias, Segmentos e Productos Level-3 Identificas as Actividades chave do negócio dentro da configuração M2.01 Schedule Production Activities M2.02 Issue Product João Paulo Pinto – O modelo SCOR M2.03 Produce & Test M2.04 Package M2.05 Stage Product M2.06 Release Product to Deliver 13 de 54
  • 14. Nível 4. PROCESSO ACTIVIDADE Nível 3. TAREFA Configuração João Paulo Pinto – O modelo SCOR Definição dos elementos de cada processo Nível de implementação. Não considerado pelo modelo SCOR Abrangência do modelo de referência SCOR Nível 2. ELEMENTOS DO PROCESSO Nível 1. 14 de 54
  • 15. OS PROCESSOS SCOR Nível 1 Nível 2 Nível 3 Nível 4 Nível 5 Âmbito Configuração Actividade Workflow Transactions Supply-Chain Source S1 Source Stocked Product S1.2 Receive Product EDI XML Differentiates Business Differentiates Complexity Names Tasks Sequences Steps Links Transactions Defines Scope Differentiates Capabilities Links, Metrics, Tasks and Practices Job Details Details of Automation Framework Language Framework Language Framework Language Industry or Company Specific Language Technology Specific Language Definições padrão do SCOR João Paulo Pinto – O modelo SCOR Definições da Empresa/Indústria 15 de 54
  • 16. PRINCIPAIS MÉTRICAS DE DESEMPENHO NO NÍVEL 1 INTERNAS CLIENTES ATRIBUTOS METRICAS (estratégicas) Fiabilidade Perfect Order Fulfillment Responsiveness Order Fulfillment Cycle Time Agilidade Supply Chain Flexibility Supply Chain Adaptability Custo Supply Chain Management Cost Cost of Goods Sold Activos Cash-to-Cash Cycle Time Return on Supply Chain Fixed Assets Return on Working Capital Nota: não é possível ser excelente em todas as métricas, convém focalizar para diferenciar… João Paulo Pinto – O modelo SCOR 16 de 54
  • 17. TEMPLATE PARA O NÍVEL 1 João Paulo Pinto – O modelo SCOR 17 de 54
  • 18. Componentes Source Make Deliver Supplier’s Supplier Submontagens Source Make Supplier João Paulo Pinto – O modelo SCOR Deliver Fabricante Source Make Deliver MP3 Company Retalhista Source Deliver Customer Consumidor Source Customer’s Customer 18 de 54
  • 19. N1 – O ÂMBITO DO NEGÓCIO Suppliers mp3, Inc. Flash Inc. Battery ltd. Customers mp3 HQ Factory Retail, Inc. Components Warehouse Service Providers Material and information flow Information flow João Paulo Pinto – O modelo SCOR 19 de 54
  • 20. Nível 2. O procedimento e as actividades-chave do modelo SCOR João Paulo Pinto – O modelo SCOR 20 de 54
  • 21. N2 - RESULT: THE THREAD DIAGRAM TEIA DE PROCESSOS P1 P4 P2 P3 P2 S2 D1 S1 M1 D1 Battery Supplier Drive Supplier Suppliers João Paulo Pinto – O modelo SCOR S1 D1 S1 mp3 Inc HQ mp3 Inc factory mp3 Incorporated D1 mp3 Inc warehouse Retail, Inc Customers 21 de 54
  • 22. EXEMPLO DE UM MAPA DE PROCESSOS PARA A “NOSSA EMPRESA” João Paulo Pinto – O modelo SCOR 22 de 54
  • 23. N3 – Nível dos elementos do processo Permite definir com detalhe os processos identificados, bem como as métricas de desempenho e as boas práticas para cada actividade. Determina a capacidade competitiva da empresa nos mercados escolhidos e procura a definição:  dos elementos do processo;  dos inputs e outputs de cada processo, bem como fluxos associados;  das métricas de desempenho;  das boas práticas e necessárias características;  dos sistemas de informação e ferramentas de suporte. Este nível é ainda utilizado pelas organizações para refinar a sua estratégia de operações logísticas. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 23 de 54
  • 24. N3 - SOURCE PROCESS ELEMENTS Stocked Product (S1) Make-to-Order (S2) Engineer-to-Order (S3) S3.1 Identify Sources of Supply S3.2 Select Final Supplier(s) & Negoc. S1.1 Schedule Product Deliveries S2.1 Schedule Product Deliveries S3.3 Schedule Product Deliveries S1.2 Receive Product S2.2 Receive Product S3.4 Receive Product S1.3 Verify Product S2.3 Verify Product S3.5 Verify Product S1.4 Transfer Product S2.4 Transfer Product S3.6 Transfer Product S1.5 Authorize Supplier Payment S2.5 Authorize Supplier Payment S3.7 Authorize Supplier Payment João Paulo Pinto – O modelo SCOR 24 de 54
  • 25. N3 - MAKE PROCESS ELEMENTS Make-to-Stock (M1) Make-to-Order (M2) Engineer-to-Order (M3) M3.1 Finalize Production Engineering M1.1 Schedule Production Activities M2.1 Schedule Production M3.2 Schedule Production Activities Activities M1.2 Issue Material M2.2 Issue Sourced/InProcess Product M3.3 Issue Sourced/InProcess Product M1.3 Produce and Test M2.3 Produce and Test M3.4 Produce and Test M1.4 Package M2.4 Package M3.5 Package M1.5 Stage Product M2.5 Stage Finished Product M3.6 Stage Finished Product M1.6 Release Product to Deliver M2.6 Release Finished Product to Deliver M3.7 Release Product to Deliver João Paulo Pinto – O modelo SCOR 25 de 54
  • 26. N3 - DELIVER PROCESS ELEMENTS (1/3) Stocked Products (D1) Make-to-Order (D2) Engineer-to-Order (D3) D1.1 Process Inquiry & Quote D2.1 Process Inquiry & Quote D3.1 Obtain & Respond to RFP/RFQ¹ D1.2 Receive, Enter & Validate Order D2.2 Receive, Configure, D3.2 Negotiate & Receive Enter & Validate Order Contract D1.3 Reserve Inventory & Determine Delivery Date D2.3 Reserve Inventory & Determine Delivery Date D3.3 Enter Order, Commit Resources & Launch Program D1.4 Consolidate Orders D2.4 Consolidate Orders D3.4 Schedule Installation D1.5 Build Loads D2.5 Build Loads D3.5 Build Loads D1.6 Route Shipments D2.6 Route Shipments D3.6 Route Shipments D1.7 Select Carriers & Rate D2.7 Select Carriers & Rate D3.7 Select Carriers & Rate Shipments Shipments Shipments ¹ RFP = Request for Proposal, RFQ = Request for Quote João Paulo Pinto – O modelo SCOR 26 de 54
  • 27. N3 - DELIVER PROCESS ELEMENTS (2/3) Stocked Products (D1) Make-to-Order (D2) Engineer-to-Order (D3) D1.8 Receive Product from D2.8 Receive Product from Source or Make Source or Make D3.8 Receive Product from Source or Make D1.9 Pick Product D2.9 Pick Product D3.9 Pick Product D1.10 Pack Product D2.10 Pack Product D3.10 Pack Product D1.11 Load Product & D2.11 Load Product & D3.11 Load Product & Create Documentation Create Documentation Create Documentation D1.12 Ship Product D2.12 Ship Product D3.12 Ship Product D1.13 Receive & Verify Product by Customer D1.13 Receive & Verify Product by Customer D1.13 Receive & Verify Product by Customer D1.14 Install Product D2.14 Install Product D3.14 Install Product D1.15 Invoice D2.15 Invoice D3.15 Invoice João Paulo Pinto – O modelo SCOR 27 de 54
  • 28. N3 - DELIVER PROCESS ELEMENTS (3/3) Retail Products (D4) D4.1 Generate Stocking Schedule D4.2 Receive Product at Store  Os processos da cadeia de fornecimento do Retalhista não são iguais aos do fabricante (manufacturing supply chain model)… D4.3 Pick Product from Backroom D4.4 Stock Shelf D4.5 Fill Shopping Cart D4.6 Checkout D4.7 Deliver and/or Install João Paulo Pinto – O modelo SCOR 28 de 54
  • 29. N3 - PLAN PROCESS ELEMENTS (1/2) Plan Supply Chain (P1) Plan Source (P2) Plan Make (P3) P1.1 Gather Supply Chain Requirements P2.1 Gather Materials Requirements P3.1 Gather Production Requirements P1.2 Gather Supply Chain Resources P2.2 Gather Material Resources P3.2 Gather Production Resources P1.3 Balance Supply Chain P2.3 Balance Material Resources with Resources with Requirements Requirements P3.3 Balance Production Resources with Requirements P1.4 Establish & Communicate Supply Chain Plans P3.4 Establish Production Plans João Paulo Pinto – O modelo SCOR P2.4 Establish Sourcing Plans 29 de 54
  • 30. N3 - PLAN PROCESS ELEMENTS (2/2) Plan Deliver (P4) Plan Return (P5) P4.1 Gather Delivery Requirements P5.1 Gather Return Requirements P4.2 Gather Delivery Resources P5.2 Gather Return Resources P4.3 Balance Delivery Resources with Requirements P5.3 Balance Return Resources with Requirements P4.4 Establish Delivery Plans P5.4 Establish & Communicate Return Plans João Paulo Pinto – O modelo SCOR 30 de 54
  • 31. N3 – PROCESSOS INVERSOS Plan Source Return Make Deliver Customer processes Customer processes Supplier processes Supply Chain Return • Processos: Retorno (Source Return, Deliver Return) • Objectivos: Garantir o fluxo inverso de materiais João Paulo Pinto – O modelo SCOR 31 de 54
  • 32. N3 - SOURCE RETURN PROCESS ELEMENTS Defective Products (SR1) MRO Return (SR2) Excess Products (SR3) SR1.1 Identify Defective Product Condition SR2.1 Identify MRO Product Condition SR3.1 IDentify Excess Product Condition SR1.2 Disposition Defective Product SR2.2 Disposition MRO Product SR3.2 Disposition Excess Product SR1.3 Request Defective Product Return Authorization SR2.3 Request MRO Return Authorization SR3.3 Request Excess Product Return Authorization SR1.4 Schedule Defective Product Shipment SR2.4 Schedule MRO Shipment SR3.4 Schedule Excess Product Shipment SR1.5 Return (Ship) Defective Product SR2.5 Return (Ship) MRO Product SR3.5 Return (Ship) Excess Product MRO – Maintenance, repair and overhaull João Paulo Pinto – O modelo SCOR 32 de 54
  • 33. N3 - DELIVER RETURN PROCESS ELEMENTS Defective Products (DR1) MRO Return (DR2) Excess Products (DR3) DR1.1 Authorize Defective Product Return DR2.1 Authorize MRO Product Return DR3.1 Authorize Excess Product Return DR1.2 Schedule Defective Product Receipt DR2.2 Schedule MRO Product Receipt DR3.2 Schedule Excess Product Receipt DR1.3 Receive & Verify Defective Product DR2.3 Receive & Verify MRO DR3.3 Receive & Verify Product Excess Product DR1.4 Transfer Defective Product DR2.4 Transfer MRO Product DR3.4 Transfer Excess Product João Paulo Pinto – O modelo SCOR 33 de 54
  • 34. EXERCÍCIO  O gestor da cadeia de fornecimento da TC descobre que uma elevada percentagem de produtos acabados precisam ser re-trabalhados pois têm gerado elevadas taxas de insatisfação junto do cliente...  Que processo de Nível 3 deve considerar os materiais defeituosos antes de serem utilizados na produção?  Qual a métrica que sugere?  Qual o input deste processo?  Que boas melhores práticas poderia este gestor considerar se pretender reduzir o tempo que leva para concluir o teste de materiais? João Paulo Pinto – O modelo SCOR 34 de 54
  • 35.  Dado que o SCOR é um modelo que pode ser aplicado a vários sectores de actividade, a operar sob diferentes estratégias (ex. MTO ou MTS), e considerando que as operações de cada organização são únicas, o modelo tem ainda de ser mais detalhado (ie, nível 4).  O Nível 4 define as tarefas detalhadas de cada actividade do N3. Estas tarefas e as suas interacções são únicas a cada empresa ou organização. A especificidade e o detalhe exigido neste nível não são abordados pelo SCOR; No N4 acontece a implementação da SC, a qual é acompanhada pela definição de objectivos imediatos, por melhorias na cadeia intra e inter-empresa e pela definição de prioridades de intervenção. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 35 de 54
  • 36.  O modelo SCOR pode ainda ser utilizado para desenvolver mapas de processo que definem a estrutura da SC e a sua subsequente utilização.  Muitas organizações começam por definir um mapa geográfico da sua cadeia e depois convertem-no num mapa de processos;  Após o mapa de processos estar concluído, as organizações podem ver com que é que a sua cadeia se assemelha, mas ainda não têm informação suficiente sobre o seu desempenho nem a possibilidade de a comparar com as práticas de referência;  O passo que se segue é a determinação dos atributos e métricas de desempenho.  Resumindo, utilizando estes 4 níveis, uma organização poderá de modo rápido e claro descrever a sua SC.  A SC descrita deste modo pode ser modificada e configurada respondendo prontamente às alterações de mercado. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 36 de 54
  • 37. N1. MAPA GEOGRÁFICO HQ P1, P2, D2, S2 Retail, Inc S1, P2 Battery Supplier D1, P1, P4 Drive Supplier D1, P1, P4 MP3 Factory P3, S1, M1, D1 Questão: Não há fluxo do HQ; Porquê? João Paulo Pinto – O modelo SCOR 37 de 54
  • 38. Mapa geografico Diagrama de Afinidade Métrica: Order Fulfillment Cycle Time Entry Delays Build Issues Shipping Delays Thread Diagram Ferramenta a usar: Cause & Effect Diagram João Paulo Pinto – O modelo SCOR 38 de 54
  • 39. IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO SCOR  Embora a estrutura do modelo pareça simples, existem vários níveis de detalhe que integram mais de 70 passos de processos, 240 métricas de desempenho, 80 práticas orientadoras e uma centena de possíveis configurações de fluxos de materiais!  O procedimento, tal como sugerido pelo supply chain council é resumidamente descrito em quatro passos tal como mostra a figura que se segue... João Paulo Pinto – O modelo SCOR 39 de 54
  • 40. SCOR: the road map 1. Avaliar o actual sistema (as-is) de cadeia de fornecimento. 2. Configurar a de cadeia de fornecimento (to-be) e a sua gestão. 3. Alinhar os níveis de desempenho, práticas e sistemas 4. Implementar as alterações e novas práticas e métricas João Paulo Pinto – O modelo SCOR ESTRATÉGIA DE OPERAÇÕES FLUXO DE MATERIAL FLUXO DE INFORMAÇÃO E DE TRABALHO IMPLEMENTAÇÃO Oportunidades de melhoria Formação e treino Estratégia e orientação Envolvimento de todos Solução e protótipo Instalar e avaliar 40 de 54
  • 41. EXEMPLO DE APLICAÇÃO Pretende-se aplicar o modelo SCOR para identificar as verdadeiras causas do problema, e com este definir acções de melhoria que estejam em linha com a estratégia.  Uma empresa multinacional ligada ao fabrico e comercialização Três níveis do modelo SCOR serão de artigos de vestuário. O perfil desta análise do problema. A estrutura utilizados empresa é apresentado da na geral na seguinte tabela: análise é apresentada na figura que se segue. 2012 João Paulo Pinto – O modelo SCOR 41 de 54
  • 42. NKD: estrutura geral de análise Base de competição Estratégia de Operações Logísticas 2. Configuração da cadeia de fornecimento Configuração Intra-Empresa 3. Níveis de desempenho, práticas e escolha de sistemas 1. SCOR Nível 1 SCOR Nível 3 Intra-Empresa: Configuração de processos, práticas, sistemas e elementos Processos da Cadeia de fornecimento e implementação João Paulo Pinto – O modelo SCOR Inter-Empresa: Configuração de processos, práticas, sistemas e elementos SCOR Nível 4 Nível de implementação dentro da empresa NKD 4. SCOR Nível 2 Configuração da SCM Intra-Empresa: Melhoria da SC interna Inter-Empresa: Melhoria da SC externa 42 de 54
  • 43. NKD: análise ao N1  Antes de estudar os problemas, a estratégia da SC tem de ser associada à missão e estratégia de negócios da empresa. Desta forma assegura-se que as melhorias e as alterações a introduzir estão em linha com a estratégia da NKD Cloths.  Neste caso, a missão da NKD Cloths é: Ser uma empresa de classe mundial no fornecimento de artigos de vestuário e tornar-se líder de mercado na Europa nos próximos cinco anos.  A estratégia da NKD Cloths é: Assegurar elevada disponibilidade dos seus produtos junto do cliente final através da melhoria contínua da fiabilidade de entrega da cadeia de fornecimento a custos comportáveis.  A NKD pretende alcançar um desempenho superior ao nível da qualidade e fiabilidade da gestão da sua SC.  Além destes, a empresa definiu outros objectivos (ver quadro). João Paulo Pinto – O modelo SCOR 43 de 54
  • 44.  A tabela que segue apresenta o actual quadro de desempenho (scorecard) da SC da NKD Cloths;  Este scorecard mostra que o desempenho da empresa ao nível da entrega e satisfação dos pedidos dos clientes está abaixo da média das empresas concorrentes;  Também o indicador referente ao fill rate (taxa de satisfação dos pedidos dos clientes) necessita de ser melhorado para que a empresa possa ambicionar atingir os níveis de desempenho apresentados no quadro anterior. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 44 de 54
  • 45. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 45 de 54
  • 46. NKD: análise ao N2 Configuração da SC  Após a elaboração do scorecard é feito o mapeamento da SC de modo a exibir os fluxos de informação;  O mapa é utilizado para identificar as áreas problemáticas da SC (ex. nos processos de planeamento (P) no departamento comercial não existe coordenação entre as diferentes localizações de produção e de armazenamento. Isto tem resultado em elevados erros de previsões);  É também possível identificar incoerências entre as estratégias de fornecimento e as de produção, o que pode resultar em elevadas quantidades de stocks para dados materiais e roturas em outros;  Trata-se de um processo moroso e que exige a presença dos vários intervenientes na SC e um longo processo de recolha de dados;  A partir deste mapa é possível desenhar um diagrama de processos mais detalhado que ajudará a identificar as áreas criticas no desempenho da SC; João Paulo Pinto – O modelo SCOR 46 de 54
  • 47. Fornecedor Produção Dept de Vendas Armazém Centro de Distr Retalhista CLIENTE P1 P1 P3 P1 P4 P2 P1 P3 P4 P2 tecido M1 D1 P1 P4 P2 P1 P4 P2 P1 P3 P4 P2 P4 Espanha S1 S1 M2 D1 S1 D1 S1 M1 D1 S1 D1 S1 D2 acessórios exportação M2 D2 S2 S1 fio e outros materiais M1 D1 D1 S1 D1 S1 D1 S1 D1 S1 D1 S1 D1 S1 S1 D1 S1 D1 S1 Itália S1 S1 M1 D1 embalagens Inglaterra M1 D1 S1 João Paulo Pinto – O modelo SCOR S1 D1 47 de 54
  • 48. NKD: análise ao N3 Análise detalhada dos processos  Para cada problema, ou área critica, identificado é necessário fazer uma análise detalhada aos processos;  O nível 3 do SCOR recorre a gráficos do processo e a folhas de análise para avaliar o actual nível de desempenho e detectar pontos de melhoria. Os resultados obtidos são comparados com os objectivos traçados no N1;  Desta comparação, e recorrendo a processos de análise de métodos, é possível definir as recomendações de melhoria e traçar as acções que levarão a cadeia de fornecimento a atingir o desempenho desejado;  A figura que se segue apresenta um possível gráfico de processo (aplicado ao fornecimento de material, S1). João Paulo Pinto – O modelo SCOR 48 de 54
  • 49. Análise detalhada dos processos S1: Fornecimento de material armazenado Planos de fornecimento Dados de fornecimento Sinais de re-fornecimento Material comprado Documentos Planos de inspecção Localização de materiais Localização de produtos S1.1 S1.2 S1.3 Programação de entrega de materiais Recepção de materiais Transferência de materiais Informação ao fornecedor; Encomenda de materiais. Documento de verificação Validação das entregas Stock de materiais Stock de produtos Ver também uma análise ainda mais detalhada para este processo  João Paulo Pinto – O modelo SCOR 49 de 54
  • 50. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 50 de 54
  • 51.  Após a análise de todos os processos do SCOR nível 3 é possível identificar questões relevantes à SCM da NKD Cloths. As questões mais criticas são as seguintes:      Devido aos elevados erros de previsão (30%) torna-se difícil alcançar os elevados níveis qualidade e serviço; O problema agrava-se dada a elevada utilização da capacidade (não deixando margem de manobra para lidar com alterações ou erros); A capacidade de entrega a tempo e a fill rate estão longe de serem satisfatórias; Uma percentagem significativa (27%) dos materiais recebidos não passa pelos processos de recepção qualitativa e quantitativa permitindo a entrada de produtos com defeito na cadeia de operações e de fornecimento; A flexibilidade é comprometida pela extensa duração do período de fornecimento em stock (17 dias, tabela anterior). João Paulo Pinto – O modelo SCOR 51 de 54
  • 52. Recomendações (ex. processo S1) 1. Aumentar a precisão das previsões revendo os métodos de previsão e efectuando as previsões por grupos de artigos; 2. Fazer previsões em colaboração com os restantes parceiros da cadeia de fornecimento; 3. Reduzir a utilização dos recursos para 85% para aumentar a flexibilidade dos processos; 4. Comprar materiais e acessórios para o cenário de produção por encomenda recorrendo a acordos de consignação para a redução de stocks e de tempos enquanto que se aumenta a disponibilidade de produtos críticos; 5. Promover programas de “qualidade na fonte” em todos os elos da cadeia de fornecimento. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 52 de 54
  • 53. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 53 de 54
  • 54. CONCLUSÃO  O modelo SCOR fornece uma estrutura comum para a SC e sua gestão, fornece também uma terminologia standard, métricas de desempenho comuns associadas a benchmarks e às boas práticas de SCM;  Estas características estão a fazer do modelo SCOR um referencial para a indústria e serviços;  Factores críticos de sucesso: A estratégia de operações deve ser consistente com e suportar a estratégia de negócios da empresa; A empresa tem de estar organizada para suportar processos de decisão rápidos, as práticas de gestão têm de ser apoiadas por sistemas apropriados e TI. As métricas de desempenho e os objectivos devem motivar o comportamento que produz os resultados esperados. João Paulo Pinto – O modelo SCOR 54 de 54
  • 55. MUITO OBRIGADO PELA ATENÇÃO