O modelo SCOR de referência para a gestão da cadeia de fornecimento
1. O MODELO DE REFERÊNCIA
PARA A GESTÃO DA CADEIA
DE FORNECIMENTO
SCOR (supply chain operations reference)
JOÃO PAULO PINTO, DEZEMBRO DE 2013
2. APRESENTAÇÃO
Uma cadeia de fornecimento pode ser entendida como o
conjunto de processos que visam a satisfação dos
pedidos (ou necessidades) dos clientes desde a
matéria-prima até à entrega do produto e/ou serviço;
Esta envolve todos os intervenientes no processo de
fornecimento, as funções dentro e fora de uma
organização, visando a entrega de valor ao cliente
(final).
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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3. A ORIGEM DO MODELO SCOR
Vários autores e investigadores têm vindo a propor, ao
longo de décadas, modelos de referência para a SCM;
Muitos dos modelos propostos orientam-se para a gestão
de materiais e distribuição logística, recorrendo a modelos
matemáticos, não assegurando uma abordagem global à
cadeia de fornecimento (SC) e sua gestão;
Dos modelos mais recentes aquele que mais se adequa à
aplicação prática é o modelo SCOR (supply chain
operations reference) desenvolvido pelo Supply Chain
Council (www.supply-chain.org) desde 1996;
Em 2013 temos a 11ª versão do modelo SCOR…
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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4. CARACTERIZAÇÃO
O modelo SCOR fornece e integra conceitos de processos
de negócios bem estabelecidos como o BPR,
benchmarking e análise de boas práticas.
Fornece orientações-padrão para apoiar as empresas na
análise e configuração da sua SC,
Através de conceitos BPR, caracteriza o estado actual dos
processos SCM e desenha o estado pretendido/futuro;
Através de benchmarking quantifica o desempenho
operacional de empresas similares e estabelece padrões
baseados no “melhor da sua classe”;
Caracteriza as boas práticas de gestão e as soluções
informáticas que potenciam desempenhos ao nível dos
melhores.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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5. Análise
BPR
Estudos de
benchmarking
Análise de
boas práticas
Comparação com os
melhores da classe;
Caracterizar as
práticas de gestão e
as soluções de
software que
resultarão em boas
práticas ao nível
dos melhores.
Idenficação dos
“gaps” existentes.
as-is
(estado actual)
Desenho do
modelo de
referência
para a SCM
Desenho do modelo
to-be;
Definição de
métricas, práticas
de gestão e
aplicações de
software.
to-be
(estado futuro)
BPR – Business Process Reengineering
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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6. DEFINIÇÃO DE “BOA PRÁTICA”
Boa prática: “um método actual, estruturado, demonstrado, e
reproduzível para realizar um impacto positivo num desejado
resulto operacional."
Actual
Must not be emerging and can not be antiquated
Estruturado
Has clearly stated Goal, Scope, Process, and Procedure
Demonstrado
Success has been demonstrated in a working environment and
can be linked to key metrics
Reproduzível
The practice has been proven in multiple environments.
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8. O PROCEDIMENTO SCOR DISPONIBILIZA:
Descrições standard dos processos de gestão da cadeia
de fornecimento (SCM);
Uma estrutura de relações entre processos standard;
Métricas de referência para medir o desempenho dos
processos;
Práticas de gestão que levam a desempenhos
comparáveis aos melhores na sua classe;
Orientações para a selecção e/ou desenvolvimento de
aplicações informáticas de apoio à SCM.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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9. ABRANGÊNCIA DO MODELO
O modelo SCOR foi concebido para permitir às organizações
comunicar, comparar e aprender com os concorrentes e
empresas dentro (ou fora) do mesmo sector de actividade.
Deste modo é possível medir o desempenho da SC e testar
futuras configurações da cadeia e dos processos de gestão.
A abrangência do modelo SCOR é a seguinte:
Todas as relações com clientes (desde a apresentação do pedido
por parte do cliente até ao pagamento);
Todas as transacções físicas de materiais, desde o fornecedor do
fornecedor ao cliente do cliente, incluindo os serviços associados;
Todas as interacções de mercado, desde a gestão da procura à
satisfação integral dos pedidos dos clientes.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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10. CONTRIBUTOS DO SUPPLY CHAIN COUNCIL
Product Design
DCOR™
Sales & Support
CCOR™
Customer processes
Customer processes
Supplier processes
Product/Portfolio Management
Supply Chain
SCOR ®
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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11. ESTRUTURA DO MODELO SCOR
O modelo SCOR é o ponto de partida para a melhoria do
desempenho da cadeia de fornecimento (SC);
A sequência “planear (P), fornecer (S), fazer (M), entregar (D) e
retorno (R)” fornece aos gestores a informação necessária para
definir objectivos e medidas de comparação com as melhores
práticas, e apoia na determinação de custos e ganhos dos
investimentos (aplicável a todos os elementos da SC);
O modelo SCOR não dispensa a empresa de formular a sua
estratégia de operações logísticas;
A estratégia de operações deve ser consistente com a estratégia
global da empresa. Após esta definida, os processos da SC devem
ser modelados e alinhados com a estratégia de operações;
Antes de usar o modelo, a empresa terá conhecer o seu ambiente
competitivo e garantir que este é compreendido a todos os níveis.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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13. Este modelo tem cinco níveis (3+2) que representam
o caminho que a empresa deve seguir para
alcançar a melhoria do desempenho da sua SC...
Plan
Supply
Chain
N1 define Scope e contexto,
geografias, segmentos e
productos
Source
Make
Deliver
Return
M2
Make
Build to Order
M1
Make
Build to Stock
M3
Make
Engineer to Order
N2 Identifica as principais
Configurações dentro das
Geografias, Segmentos e
Productos
Level-3 Identificas as
Actividades chave do
negócio dentro da
configuração
M2.01
Schedule
Production
Activities
M2.02
Issue Product
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
M2.03
Produce & Test
M2.04
Package
M2.05
Stage Product
M2.06
Release Product to
Deliver
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14. Nível 4.
PROCESSO
ACTIVIDADE
Nível 3.
TAREFA
Configuração
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
Definição dos
elementos de cada
processo
Nível de implementação.
Não considerado pelo
modelo SCOR
Abrangência do modelo de referência SCOR
Nível 2.
ELEMENTOS DO
PROCESSO
Nível 1.
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15. OS PROCESSOS SCOR
Nível 1
Nível 2
Nível 3
Nível 4
Nível 5
Âmbito
Configuração
Actividade
Workflow
Transactions
Supply-Chain
Source
S1
Source
Stocked Product
S1.2
Receive Product
EDI
XML
Differentiates
Business
Differentiates
Complexity
Names Tasks
Sequences
Steps
Links
Transactions
Defines Scope
Differentiates
Capabilities
Links, Metrics,
Tasks and
Practices
Job Details
Details of
Automation
Framework
Language
Framework
Language
Framework
Language
Industry or
Company
Specific
Language
Technology
Specific
Language
Definições padrão do SCOR
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
Definições da Empresa/Indústria
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16. PRINCIPAIS MÉTRICAS DE DESEMPENHO NO NÍVEL 1
INTERNAS
CLIENTES
ATRIBUTOS
METRICAS (estratégicas)
Fiabilidade
Perfect Order Fulfillment
Responsiveness
Order Fulfillment Cycle Time
Agilidade
Supply Chain Flexibility
Supply Chain Adaptability
Custo
Supply Chain Management Cost
Cost of Goods Sold
Activos
Cash-to-Cash Cycle Time
Return on Supply Chain Fixed Assets
Return on Working Capital
Nota: não é possível ser excelente em todas as métricas, convém focalizar para diferenciar…
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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17. TEMPLATE PARA O NÍVEL 1
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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19. N1 – O ÂMBITO DO NEGÓCIO
Suppliers
mp3, Inc.
Flash Inc.
Battery ltd.
Customers
mp3 HQ
Factory
Retail, Inc.
Components
Warehouse
Service Providers
Material and information flow
Information flow
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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20. Nível 2.
O procedimento e as
actividades-chave do
modelo SCOR
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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21. N2 - RESULT: THE THREAD DIAGRAM
TEIA DE PROCESSOS
P1
P4
P2
P3
P2
S2
D1
S1
M1
D1
Battery
Supplier
Drive Supplier
Suppliers
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
S1
D1
S1
mp3 Inc HQ
mp3 Inc
factory
mp3 Incorporated
D1
mp3 Inc
warehouse
Retail, Inc
Customers
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22. EXEMPLO DE UM MAPA DE PROCESSOS PARA A “NOSSA EMPRESA”
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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23. N3 – Nível dos elementos do processo
Permite definir com detalhe os processos identificados, bem
como as métricas de desempenho e as boas práticas para
cada actividade.
Determina a capacidade competitiva da empresa nos
mercados escolhidos e procura a definição:
dos elementos do processo;
dos inputs e outputs de cada processo, bem como fluxos
associados;
das métricas de desempenho;
das boas práticas e necessárias características;
dos sistemas de informação e ferramentas de suporte.
Este nível é ainda utilizado pelas organizações para refinar a
sua estratégia de operações logísticas.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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24. N3 - SOURCE PROCESS ELEMENTS
Stocked Product (S1)
Make-to-Order (S2)
Engineer-to-Order (S3)
S3.1 Identify Sources of
Supply
S3.2 Select Final
Supplier(s) & Negoc.
S1.1 Schedule Product
Deliveries
S2.1 Schedule Product
Deliveries
S3.3 Schedule Product
Deliveries
S1.2 Receive Product
S2.2 Receive Product
S3.4 Receive Product
S1.3 Verify Product
S2.3 Verify Product
S3.5 Verify Product
S1.4 Transfer Product
S2.4 Transfer Product
S3.6 Transfer Product
S1.5 Authorize Supplier
Payment
S2.5 Authorize Supplier
Payment
S3.7 Authorize Supplier
Payment
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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25. N3 - MAKE PROCESS ELEMENTS
Make-to-Stock (M1)
Make-to-Order (M2)
Engineer-to-Order (M3)
M3.1 Finalize Production
Engineering
M1.1 Schedule Production
Activities
M2.1 Schedule Production M3.2 Schedule Production
Activities
Activities
M1.2 Issue Material
M2.2 Issue Sourced/InProcess Product
M3.3 Issue Sourced/InProcess Product
M1.3 Produce and Test
M2.3 Produce and Test
M3.4 Produce and Test
M1.4 Package
M2.4 Package
M3.5 Package
M1.5 Stage Product
M2.5 Stage Finished
Product
M3.6 Stage Finished Product
M1.6 Release Product to
Deliver
M2.6 Release Finished
Product to Deliver
M3.7 Release Product to
Deliver
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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26. N3 - DELIVER PROCESS ELEMENTS (1/3)
Stocked Products (D1)
Make-to-Order (D2)
Engineer-to-Order (D3)
D1.1 Process Inquiry &
Quote
D2.1 Process Inquiry &
Quote
D3.1 Obtain & Respond to
RFP/RFQ¹
D1.2 Receive, Enter &
Validate Order
D2.2 Receive, Configure,
D3.2 Negotiate & Receive
Enter & Validate Order
Contract
D1.3 Reserve Inventory &
Determine Delivery
Date
D2.3 Reserve Inventory &
Determine Delivery
Date
D3.3 Enter Order, Commit
Resources & Launch
Program
D1.4 Consolidate Orders
D2.4 Consolidate Orders
D3.4 Schedule Installation
D1.5 Build Loads
D2.5 Build Loads
D3.5 Build Loads
D1.6 Route Shipments
D2.6 Route Shipments
D3.6 Route Shipments
D1.7 Select Carriers & Rate D2.7 Select Carriers & Rate D3.7 Select Carriers & Rate
Shipments
Shipments
Shipments
¹ RFP = Request for Proposal, RFQ = Request for Quote
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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27. N3 - DELIVER PROCESS ELEMENTS (2/3)
Stocked Products (D1)
Make-to-Order (D2)
Engineer-to-Order (D3)
D1.8 Receive Product from D2.8 Receive Product from
Source or Make
Source or Make
D3.8 Receive Product from
Source or Make
D1.9 Pick Product
D2.9 Pick Product
D3.9 Pick Product
D1.10 Pack Product
D2.10 Pack Product
D3.10 Pack Product
D1.11 Load Product &
D2.11 Load Product &
D3.11 Load Product &
Create Documentation
Create Documentation
Create
Documentation
D1.12 Ship Product
D2.12 Ship Product
D3.12 Ship Product
D1.13 Receive & Verify
Product by Customer
D1.13 Receive & Verify
Product by Customer
D1.13 Receive & Verify
Product by Customer
D1.14 Install Product
D2.14 Install Product
D3.14 Install Product
D1.15 Invoice
D2.15 Invoice
D3.15 Invoice
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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28. N3 - DELIVER PROCESS ELEMENTS (3/3)
Retail Products (D4)
D4.1 Generate Stocking
Schedule
D4.2 Receive Product at
Store
Os processos da cadeia de
fornecimento do Retalhista não são
iguais aos do fabricante
(manufacturing supply chain model)…
D4.3 Pick Product from
Backroom
D4.4 Stock Shelf
D4.5 Fill Shopping Cart
D4.6 Checkout
D4.7 Deliver and/or Install
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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29. N3 - PLAN PROCESS ELEMENTS (1/2)
Plan Supply Chain (P1)
Plan Source (P2)
Plan Make (P3)
P1.1 Gather Supply Chain
Requirements
P2.1 Gather Materials
Requirements
P3.1 Gather Production
Requirements
P1.2 Gather Supply Chain
Resources
P2.2 Gather Material
Resources
P3.2 Gather Production
Resources
P1.3 Balance Supply Chain P2.3 Balance Material
Resources with
Resources with
Requirements
Requirements
P3.3 Balance Production
Resources with
Requirements
P1.4 Establish &
Communicate Supply
Chain Plans
P3.4 Establish Production
Plans
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
P2.4 Establish Sourcing
Plans
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30. N3 - PLAN PROCESS ELEMENTS (2/2)
Plan Deliver (P4)
Plan Return (P5)
P4.1 Gather Delivery
Requirements
P5.1 Gather Return Requirements
P4.2 Gather Delivery Resources
P5.2 Gather Return Resources
P4.3 Balance Delivery Resources
with Requirements
P5.3 Balance Return Resources
with Requirements
P4.4 Establish Delivery Plans
P5.4 Establish & Communicate
Return Plans
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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31. N3 – PROCESSOS INVERSOS
Plan
Source
Return
Make
Deliver
Customer processes
Customer processes
Supplier processes
Supply Chain
Return
• Processos: Retorno (Source Return, Deliver Return)
• Objectivos: Garantir o fluxo inverso de materiais
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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33. N3 - DELIVER RETURN PROCESS ELEMENTS
Defective Products (DR1)
MRO Return (DR2)
Excess Products (DR3)
DR1.1 Authorize Defective
Product Return
DR2.1 Authorize MRO
Product Return
DR3.1 Authorize Excess
Product Return
DR1.2 Schedule Defective
Product Receipt
DR2.2 Schedule MRO
Product Receipt
DR3.2 Schedule Excess
Product Receipt
DR1.3 Receive & Verify
Defective Product
DR2.3 Receive & Verify MRO DR3.3 Receive & Verify
Product
Excess Product
DR1.4 Transfer Defective
Product
DR2.4 Transfer MRO Product DR3.4 Transfer Excess
Product
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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34. EXERCÍCIO
O gestor da cadeia de fornecimento da TC descobre que
uma elevada percentagem de produtos acabados precisam
ser re-trabalhados pois têm gerado elevadas taxas de
insatisfação junto do cliente...
Que processo de Nível 3 deve considerar os materiais
defeituosos antes de serem utilizados na produção?
Qual a métrica que sugere?
Qual o input deste processo?
Que boas melhores práticas poderia este gestor considerar
se pretender reduzir o tempo que leva para concluir o teste
de materiais?
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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35. Dado que o SCOR é um modelo que pode ser aplicado a vários
sectores de actividade, a operar sob diferentes estratégias (ex.
MTO ou MTS), e considerando que as operações de cada
organização são únicas, o modelo tem ainda de ser mais
detalhado (ie, nível 4).
O Nível 4 define as tarefas detalhadas de cada actividade do N3.
Estas tarefas e as suas interacções são únicas a cada empresa ou
organização.
A especificidade e o detalhe exigido neste nível não são
abordados pelo SCOR;
No N4 acontece a implementação da SC, a qual é acompanhada
pela definição de objectivos imediatos, por melhorias na cadeia
intra e inter-empresa e pela definição de prioridades de
intervenção.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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36. O modelo SCOR pode ainda ser utilizado para
desenvolver mapas de processo que definem
a estrutura da SC e a sua subsequente utilização.
Muitas organizações começam por definir um mapa geográfico
da sua cadeia e depois convertem-no num mapa de processos;
Após o mapa de processos estar concluído, as organizações
podem ver com que é que a sua cadeia se assemelha, mas
ainda não têm informação suficiente sobre o seu desempenho
nem a possibilidade de a comparar com as práticas de
referência;
O passo que se segue é a determinação dos atributos e métricas
de desempenho.
Resumindo, utilizando estes 4 níveis, uma organização poderá
de modo rápido e claro descrever a sua SC.
A SC descrita deste modo pode ser modificada e configurada
respondendo prontamente às alterações de mercado.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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37. N1. MAPA GEOGRÁFICO
HQ
P1, P2, D2, S2
Retail, Inc
S1, P2
Battery Supplier
D1, P1, P4
Drive Supplier
D1, P1, P4
MP3 Factory
P3, S1, M1, D1
Questão: Não há fluxo do HQ; Porquê?
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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38. Mapa geografico
Diagrama de Afinidade
Métrica: Order Fulfillment Cycle Time
Entry Delays
Build Issues
Shipping
Delays
Thread Diagram
Ferramenta a usar: Cause & Effect Diagram
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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39. IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO SCOR
Embora a estrutura do modelo pareça simples, existem
vários níveis de detalhe que integram mais de 70 passos
de processos, 240 métricas de desempenho, 80 práticas
orientadoras e uma centena de possíveis configurações de
fluxos de materiais!
O procedimento, tal como sugerido pelo supply chain
council é resumidamente descrito em quatro passos tal
como mostra a figura que se segue...
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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40. SCOR: the road map
1.
Avaliar o actual sistema (as-is)
de cadeia de fornecimento.
2.
Configurar a de cadeia de
fornecimento (to-be) e a sua
gestão.
3.
Alinhar os níveis de desempenho,
práticas e sistemas
4.
Implementar as alterações e
novas práticas e métricas
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
ESTRATÉGIA DE
OPERAÇÕES
FLUXO DE
MATERIAL
FLUXO DE
INFORMAÇÃO
E DE TRABALHO
IMPLEMENTAÇÃO
Oportunidades
de melhoria
Formação e treino
Estratégia e
orientação
Envolvimento de todos
Solução e
protótipo
Instalar e avaliar
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41. EXEMPLO DE APLICAÇÃO
Pretende-se aplicar o modelo SCOR para
identificar as verdadeiras causas do problema,
e com este definir acções de melhoria que
estejam em linha com a estratégia.
Uma empresa multinacional ligada ao fabrico e comercialização
Três níveis do modelo SCOR serão
de artigos de vestuário. O perfil desta análise do problema. A estrutura utilizados
empresa é apresentado da
na
geral
na seguinte tabela:
análise é apresentada na figura que se segue.
2012
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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42. NKD: estrutura geral de análise
Base de
competição
Estratégia
de Operações
Logísticas
2.
Configuração
da cadeia de
fornecimento
Configuração
Intra-Empresa
3.
Níveis de
desempenho,
práticas e
escolha de
sistemas
1.
SCOR Nível 1
SCOR Nível 3
Intra-Empresa:
Configuração de
processos, práticas,
sistemas e elementos
Processos da
Cadeia de
fornecimento e
implementação
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
Inter-Empresa:
Configuração de
processos, práticas,
sistemas e elementos
SCOR Nível 4
Nível de implementação dentro da empresa NKD
4.
SCOR Nível 2
Configuração
da SCM
Intra-Empresa:
Melhoria da
SC interna
Inter-Empresa:
Melhoria da
SC externa
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43. NKD: análise ao N1
Antes de estudar os problemas, a estratégia da SC tem de ser
associada à missão e estratégia de negócios da empresa. Desta
forma assegura-se que as melhorias e as alterações a introduzir
estão em linha com a estratégia da NKD Cloths.
Neste caso, a missão da NKD Cloths é:
Ser uma empresa de classe mundial no fornecimento de
artigos de vestuário e tornar-se líder de mercado na Europa
nos próximos cinco anos.
A estratégia da NKD Cloths é:
Assegurar elevada disponibilidade dos seus produtos junto do
cliente final através da melhoria contínua da fiabilidade de
entrega da cadeia de fornecimento a custos comportáveis.
A NKD pretende alcançar um desempenho superior ao nível da
qualidade e fiabilidade da gestão da sua SC.
Além destes, a empresa definiu outros objectivos (ver quadro).
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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44. A tabela que segue apresenta o actual quadro de
desempenho (scorecard) da SC da NKD Cloths;
Este scorecard mostra que o desempenho da empresa ao
nível da entrega e satisfação dos pedidos dos clientes está
abaixo da média das empresas concorrentes;
Também o indicador referente ao fill rate (taxa de
satisfação dos pedidos dos clientes) necessita de ser
melhorado para que a empresa possa ambicionar atingir os
níveis de desempenho apresentados no quadro anterior.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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46. NKD: análise ao N2
Configuração da SC
Após a elaboração do scorecard é feito o mapeamento
da SC de modo a exibir os fluxos de informação;
O mapa é utilizado para identificar as áreas problemáticas da SC
(ex. nos processos de planeamento (P) no departamento comercial não
existe coordenação entre as diferentes localizações de produção e de
armazenamento. Isto tem resultado em elevados erros de previsões);
É também possível identificar incoerências entre as estratégias de
fornecimento e as de produção, o que pode resultar em elevadas
quantidades de stocks para dados materiais e roturas em outros;
Trata-se de um processo moroso e que exige a presença dos
vários intervenientes na SC e um longo processo de recolha de
dados;
A partir deste mapa é possível desenhar um diagrama de
processos mais detalhado que ajudará a identificar as áreas
criticas no desempenho da SC;
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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48. NKD: análise ao N3
Análise detalhada dos processos
Para cada problema, ou área critica, identificado é
necessário fazer uma análise detalhada aos processos;
O nível 3 do SCOR recorre a gráficos do processo e a folhas
de análise para avaliar o actual nível de desempenho e
detectar pontos de melhoria. Os resultados obtidos são
comparados com os objectivos traçados no N1;
Desta comparação, e recorrendo a processos de análise de
métodos, é possível definir as recomendações de melhoria e
traçar as acções que levarão a cadeia de fornecimento a
atingir o desempenho desejado;
A figura que se segue apresenta um possível gráfico de
processo (aplicado ao fornecimento de material, S1).
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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49. Análise detalhada dos processos
S1: Fornecimento de material armazenado
Planos de fornecimento
Dados de fornecimento
Sinais de re-fornecimento
Material comprado
Documentos
Planos de inspecção
Localização de materiais
Localização de produtos
S1.1
S1.2
S1.3
Programação
de entrega
de materiais
Recepção
de materiais
Transferência
de materiais
Informação ao fornecedor;
Encomenda de materiais.
Documento de verificação
Validação das entregas
Stock de materiais
Stock de produtos
Ver também uma análise ainda mais detalhada para este processo
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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51. Após a análise de todos os processos do SCOR nível 3 é
possível identificar questões relevantes à SCM da NKD
Cloths. As questões mais criticas são as seguintes:
Devido aos elevados erros de previsão (30%) torna-se difícil
alcançar os elevados níveis qualidade e serviço;
O problema agrava-se dada a elevada utilização da
capacidade (não deixando margem de manobra para lidar
com alterações ou erros);
A capacidade de entrega a tempo e a fill rate estão longe de
serem satisfatórias;
Uma percentagem significativa (27%) dos materiais
recebidos não passa pelos processos de recepção qualitativa
e quantitativa permitindo a entrada de produtos com defeito
na cadeia de operações e de fornecimento;
A flexibilidade é comprometida pela extensa duração do
período de fornecimento em stock (17 dias, tabela anterior).
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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52. Recomendações
(ex. processo S1)
1. Aumentar a precisão das previsões revendo os métodos de
previsão e efectuando as previsões por grupos de artigos;
2. Fazer previsões em colaboração com os restantes parceiros
da cadeia de fornecimento;
3. Reduzir a utilização dos recursos para 85% para aumentar a
flexibilidade dos processos;
4. Comprar materiais e acessórios para o cenário de produção
por encomenda recorrendo a acordos de consignação para
a redução de stocks e de tempos enquanto que se aumenta
a disponibilidade de produtos críticos;
5. Promover programas de “qualidade na fonte” em todos os
elos da cadeia de fornecimento.
João Paulo Pinto – O modelo SCOR
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54. CONCLUSÃO
O modelo SCOR fornece uma estrutura comum para a SC e
sua gestão, fornece também uma terminologia standard,
métricas de desempenho comuns associadas a benchmarks e
às boas práticas de SCM;
Estas características estão a fazer do modelo SCOR um
referencial para a indústria e serviços;
Factores críticos de sucesso:
A estratégia de operações deve ser consistente com e suportar a
estratégia de negócios da empresa;
A empresa tem de estar organizada para suportar processos de decisão
rápidos, as práticas de gestão têm de ser apoiadas por sistemas
apropriados e TI.
As métricas de desempenho e os objectivos devem motivar o
comportamento que produz os resultados esperados.
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