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                        Convênio BRDE/FUNCITEC/FEESC/UFSC
                                Florianópolis, maio de 1998




(/$%25$d­2 Fundação de Ensino da Engenharia em Santa Catarina
                     (TXLSH GH RQVXOWRULD
                     Engenheiro Edgar Lanzer, Dr. Coordenador
                     Engenheiro Cristiano Cunha, Dr.
                     Engenheiro Carlos Orsatto, M.Eng.
                     Administrador Maurício Pereira, M.Eng., ligados ao Curso de Pós-
                     Graduação em Engenharia de Produção da UFSC


683(59,6­2  Gerência de Planejamento da Agência do BRDE em Santa Catarina
                     Engenheiro Nelson Casarotto Filho, Dr.




),+$ $7$/2*5È),$
    LANZER, Edgar ; CASAROTTO FILHO, Nelson; CUNHA, Cristiano et al. $QiOLVH
GD
       FRPSHWLWLYLGDGH VLVWrPLFD GR VHWRU WXUtVWLFR HP 6DQWD DWDULQD Florianópolis
:
       BRDE, 1998. 135 p.


    1. Santa Catarina - Turismo - Indústria. I. Título
                                                                 CDU 379.85(816.4)
$35(6(17$d­2




           O turismo é um fator de desenvolvimento econômico e colaborador para o bem
estar social de todos os envolvidos, direta ou indiretamente, com a atividade, tornando-
se assim, um instrumento de crescimento econômico e impulsionador do social e da
cultura de um povo.
           A atividade também se reveste de outros atributos que tornam o seu sucesso,
papel fundamental para a sociedade moderna, qual seja, o de gerador de renda e
emprego; estimula o investimento de capital e gera oportunidades para a criação de
pequenos e grandes negócios; melhora a qualidade de vida associada; aumenta a entrada
de divisas estrangeiras; auxilia na preservação do patrimônio natural, histórico e
cultural; e desenvolve e revitaliza uma determinada região. Obviamente, isso só será
concretizado com condições técnicas e organizacionais, bem como com a integração e
efetiva cooperação de todos os atores do sistema (Governo, setor privado, entidades de
classe, de suporte e todos aqueles que direta ou indiretamente estão envolvidos com a
atividade).
           Um Estado como o de Santa Catarina, tem potencialidades de desenvolver o
turismo de 4 estações, em vários subseguimentos (histórico, de natureza, de negócios,
etc...).
           Atentos a esse panorama, o BRDE e o Funcitec, enquanto ainda Secretaria de
Estado, enxergaram a importância de se analisar a competitividade do segmento em
Santa Catarina. O presente relatório sintetiza o resultado do trabalho de pesquisa
oriundo do convênio entre a Fundação do Ensino da Engenharia de Santa Catarina -
FEESC, Universidade federal de Santa Catarina - UFSC e o Banco Regional de
Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE, com a finalidade de realizar uma Análise da
Competitividade Sistêmica do Setor Turístico de Santa Catarina com enfoque na
indústria hoteleira.
       Este trabalho dá seqüência a uma série de estudos sobre a competitividade da
indústria catarinense, um deles sobre o setor de móveis, neste mesmo convênio, outros
coordenados pela FIESC, nos setores eletrometalmecânico, têxtil/vestuário e cerâmica
branca, um pelo Copesul e BRDE no segmento de plásticos e ainda outro no segmento
de alimentos no Oeste, coordenado pelo Fórum Catarinense de Desenvolvimento.
       O presente estudo, elaborado pela FEESC - Fundação do Ensino da Engenharia
em Santa Catarina/Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da UFSC,
complementa, portanto, os estudos anteriores e espera-se com isso, subsidiar e até
mesmo induzir futuras ações por parte de governo e das próprias empresas, visando
melhorar a competitividade do segmento em Santa Catarina.




                             6,/9(5,12 '$ 6,/9$
            683(5,17(1'(17( '2 %5'( (0 6$17$ $7$5,1$
680È5,2




1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15

2. CARACTERIZAÇÃO E DESEMPENHO DO TURISMO ............................................... 19
   2.1 O Turismo no Mundo..................................................................................................... 19
   2.2 O Turismo no Brasil....................................................................................................... 25
       2.2.1 O Turismo Receptivo ............................................................................................ 30
       2.2.2 O Turismo Emissivo ............................................................................................. 36
   2.3 O Turismo em Santa Catarina ........................................................................................ 38

3. REFERENCIAL DA PESQUISA E ASPECTOS METODOLÓGICOS ............................ 48
   3.1 O Modelo do Instituto Alemão de Desenvolvimento (IAD) para Análise da
       Competitividade Sistêmica............................................................................................. 53
   3.2 Universo da Pesquisa ..................................................................................................... 60
   3.3 Operacionalização e Conteúdo da Pesquisa ................................................................... 63
   3.4 Limitações e Dificuldades da Pesquisa .......................................................................... 64

4. ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DO TURISMO CATARINENSE .......................... 66
   4.1 Nível Meta...................................................................................................................... 68
   4.2 Nível Macro ................................................................................................................... 78
   4.3 Nível Meso ..................................................................................................................... 81
   4.4 Nível Micro ......................................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
       4.4.1 Planos de Investimentos e Estratégias Empresariais(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
       4.4.2 Capacidade Gerencial e Organizacional..................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
       4.4.3 Capacidade e Inovação Tecnológica .......................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
       4.4.4 Entrelaçamento e Relações entre Empresas ............(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
             4.4.4.1 Terceirização e Relações com Fornecedores(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
4.4.4.2 Relações com Hotéis Concorrentes e Empresas Correlatas.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
            4.4.4.3 Relações com Clientes................................ (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR

5. OBSTÁCULOS E OPORTUNIDADES AO DESENVOLVIMENTO DO SETOR(UUR ,QGLFDGRU QmR GHIL

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS. ............................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR

7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Ë1',( '( ),*85$6



Figura 1: Principais Mercados Emissores de Turistas para o Brasil - 1995........................... 32
Figura 2: Principais Portões de Entrada de Turistas Estrangeiros - 1995. ............................. 33
Figura 3: Divisão Turística de Santa Catarina. ...................................................................... 39
Figura 4: Mapa das Microrregiões de Santa Catarina. ........................................................... 42
Figura 5: Fatores Empresariais............................................................................................... 50
Figura 6: Fatores Estruturais. ................................................................................................. 51
Figura 7: Fatores Determinantes da Competitividade............................................................ 52
Figura 8: Determinantes da Competitividade Sistêmica: Níveis de Análise ......................... 54
Figura 9: Resumo dos Determinantes da Competitividade Sistêmica nos seus Quatro
     Níveis. .............................................................................................................................. 55
Figura 10: Hotéis e Instituições Pesquisadas. .......................................................................... 62
Figura 11: Estrutura do Sistema Turismo. .............................................................................. 67
Figura 12: Capacidade de Condução e Coordenação do Processo de Desenvolvimento
     da
               Competitividade do Setor por Parte do Poder Público............................................ 71
Figura 13: Grau de Concordância sobre a Existência de Coesão entre os Atores do Setor
               (Governos, Empresas, Associações de Classe, Entidades de Suporte) para o
               Desenvolvimento do Turismo. ................................................................................ 72
Figura 14: Grau de Concordância sobre a Existência de Linhas de Ação Específicas em
            Torno de uma Orientação Integrativa e Cooperativa entre os Diferentes
       Atores
                voltadas ao Desenvolvimento Competitivo do Setor. ............................................ 74
Figura 15: É Fundamental a Participação do Governo Estadual no Apoio a Construção e
               Implantação de Equipamentos Turísticos para Parques Temáticos, Eventos,
               Congressos, Recreação e Festas. ............................................................................. 75
Figura 16: A Participação do Governo Municipal na Promoção do Potencial Turístico,
               dos Eventos e Festas Desenvolvidos em sua Região é Decisiva............................. 76
Figura 17: Comparando com Outras Regiões do Brasil, Existe Equiparação entre os
               Esforços Desenvolvidos pelo Governo Federal no Sentido do
               Desenvolvimento do Potencial Turístico de Santa Catarina. .................................. 77
Figura 18: A abertura da Economia Brasileira tem Facilitado os Negócios no Setor
Turístico................................................................................................................... 80
Figura 19: Sobre a Existência de uma Política do Governo Federal de Fortalecimento
          do Setor de Turismo. ............................................................................................... 82


Figura 20: Sobre a Existência de uma Política do Governo Estadual de Fortalecimento
          do Setor de Turismo. ............................................................................................... 82
Figura 21: Intensidade das Relações Cooperativas Mantidas entre os Hotéis e as
          Entidades de Suporte. .............................................................................................. 85
Figura 22: Intensidade das Relações Cooperativas dos Hotéis com as Associações
          de Classe. ................................................................................................................. 87
Figura 23: Intensidade das Relações Cooperativas dos Hotéis com os Órgãos Públicos......... 88
Figura 24: A Infra-Estrutura Existente é Moderna e Sustenta as Vantagens Competitivas
          da Empresa/Setor. .................................................................................................... 91
Figura 25: Em Relação a Infra-Estrutura que dá Suporte ao Desenvolvimento Turístico,
          o Papel do Governo do Estado de Santa Catarina tem sido Decisivo. .................... 92
Figura 26: A Empresa se Preocupa em Engajar-se nos Projetos de Caráter Comunitários
          Buscando um Envolvimento Efetivo com a Comunidade Local............................. 93
Figura 27: Grau de Importância dos Atributos Relacionados à Definição das Estratégias
          da Empresa. .............................................................. (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 28: Fatores Determinantes do Sucesso Competitivo da Empresa.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 29: Fatores Relacionados a Infra-Estrutura Turística e Importância da sua
          Qualidade como Determinantes do Sucesso Competitivo da Empresa.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 30: Fatores Externos à Empresa Segundo seu Grau de Importância no Momento
          da Definição das Estratégias Competitivas............... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 31: Posição da Empresa com Relação ao Uso das Práticas de Gestão
          Organizacional.......................................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 32: Grau de Concordância sobre os Controles de Desempenho dos Funcionários.(UUR ,QGLFDGRU QmR G
Figura 33: Sobre a Existência de Critérios Definidos para a Dispensa dos Funcionários
          fora da “Alta Temporada”. ....................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 34: Sobre a Tendência de Redução dos Níveis Hierárquicos nas Empresas.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLG
Figura 35: Compartilhar Experiências Profissionais com os Níveis Inferiores é
          Importante para o Sucesso. ....................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 36: Grau de Importância Atribuída pelos Hotéis às Diferentes Fontes de
Informação para a Inovação de Produtos e Serviços. (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 37: Grau de Importância Atribuída pelos Hotéis às Instituições de Suporte
          como Fontes de Informação para a Inovação de Produtos e Serviços.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHIL
Figura 38: A Utilização da Internet é um Fator Decisivo para a Competitividade do
          Setor. .........................................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 39: A Existência de uma Home Page é um Ponto Forte para a Empresa.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQ
Figura 40: O Acesso à Internet pela Empresa é um Processo Fácil.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 41: Grau de Colaboração Existente entre a Empresa e os Diferentes Atores.(UUR ,QGLFDGRU QmR G
Figura 42: Intensidade da Manutenção de Fornecedores Fixos como Fonte de
          Diferenciação. ...........................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 43: Grau de Intensidade que os Hotéis Promovem Trocas Sistemáticas
          de Informações sobre Qualidade e Desempenho dos Produtos e Serviços
          com seus Fornecedores..............................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 44: Grau de Intensidade com que Realiza Compras de Fornecedores com
          Certificados ISO 9000..............................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 45: Intensidade das Relações de Cooperação Mantidas com os Fornecedores
          a fim de Desenvolver Novos Produtos e Serviços. ...(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 46: Grau de Importância Segundo as Estratégias de Compra.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 47: Relações Assumidas na Terceirização......................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 48: Grau de Concordância sobre a Importância do Acompanhamento Sistemático
          das Atividades dos Concorrentes como sendo um Fator Decisivo para o
          Sucesso do Hotel. ......................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 49: Intensidade das Atividades Realizadas em Conjunto com os Concorrentes.(UUR ,QGLFDGRU Qm
Figura 50: Intensidade das Atividades Realizadas em Conjunto com Outras Empresas
          Correlatas. .................................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 51: Relacionamento entre o Hotel e os seus Hóspedes no que se Refere
          as Reservas. ...............................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 52: Percentual de Relacionamento Hóspedes-Hotel (Reservas).(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 53: Relacionamento entre a Empresa e os seus Clientes no que se Refere as
          Reclamações..............................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 54: Percentual de Relacionamento Hóspede-Hotel (Reclamações).(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 55: Relacionamento entre a Empresa e os seus Clientes no que se Refere ao
          Pagamento de Diárias................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 56: Percentual de Relacionamento Hóspede-Hotel (Pagamento de Diárias).(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLG
Figura 57: Percentual dos Hóspedes que Retornam. ................. (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 58: Fatores Considerados Importantes para a Seleção do Destino de Viagens
           dos seus Clientes....................................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 59: Avaliações dos Serviços Pós-Ocupação................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 60: O Hotel Mantém um Cadastro de Clientes, e os Consulta, Pedindo
           Sugestões ou Oferecendo Pacote de Férias ou Feriados.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 61: Como as Prospecções do Mercado Consumidor são Realizadas.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 62: Serviços Diferenciados Oferecidos. ........................ (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 63: Pessoa a Disposição dos Hóspedes que Saiba Falar pelo menos Inglês
           e Espanhol................................................................. (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Figura 64: Ambientes Separados entre Fumantes e não Fumantes.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
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Tabela 1: Evolução do Turismo Mundial - 1965/1995. ......................................................... 20
Tabela 2: Chegada de Turistas Internacionais, por Região - 1991/1995................................ 21
Tabela 3: Receita Gerada com o Turismo Internacional, por Região - 1991/1995................ 21
Tabela 4: Evolução Mundial do Tempo Livre. ...................................................................... 22
Tabela 5: Resumo Quantitativo - Estabelecimentos/Apartamentos....................................... 26
Tabela 6: Receita Total Anual (R$ mil). ................................................................................ 27
Tabela 7: Quantidade Total de Funcionários. ........................................................................ 27
Tabela 8: Total de Salários Pagos ao Ano (R$ mil)............................................................... 27
Tabela 9: Entrada de Turistas no Brasil - 1970/1995............................................................. 31
Tabela 10: Entrada de Turistas no Brasil, Segundo Vias de Acesso....................................... 31
Tabela 11: Entrada de Turistas no Brasil, Segundo Pontos de Chegada e Regiões de
               Residência Permanente. ......................................................................................... 32
Tabela 12: Evolução da Receita-Turismo em Relação às Exportações.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Tabela 13: Perfil do Turista Brasileiro que Viajou ao Exterior. .............................................. 37
Tabela 14: Microrregiões de Santa Catarina ............................................................................ 40
Tabela 15: Principais Mercados Emissores - Nacionais. ......................................................... 44
Tabela 16: Principais Mercados Emissores - Estrangeiros. ..................................................... 44
Tabela 17: Movimento Estimado de Turistas. ......................................................................... 44
Tabela 18: Receita Estimada em Dólar. ................................................................................... 45
Tabela 19: Qualidade dos Equipamentos e Serviços Turísticos de Santa Catarina -
               Serviço de Hotel (1994). ........................................................................................ 45
Tabela 20: Meios de Hospedagem Utilizados.......................................................................... 46
Tabela 21: Motivo da Viagem.................................................................................................. 46
Tabela 22: Principais Atrativos Turísticos............................................................................... 47
Tabela 23: Grau de Concordância sobre o Papel do Poder Público (Federal,
              Estadual, Municipal) como Impulsionador do Desenvolvimento Econômico........ 71
Tabela 24: Grau de Concordância sobre a Interação entre as Esferas Governamentais
              (Governo Federal, Estadual, Municipal) na Promoção da Competitividade
              do Setor Turístico.................................................................................................... 73
Tabela 25: Grau de Concordância sobre a Influência das Associações de Classe nas
Decisões Governamentais voltadas ao Setor. .......................................................... 74
Tabela 26: O Estado tem Facilitado o Desenvolvimento de Associações ou -RLQW
    9HQWXUHV
               com Empresas do Setor (Nacionais ou Estrangeiras). ............................................ 75
Tabela 27: É Fundamental a Participação do Governo Municipal no Apoio a
               Construção e Implantação de Equipamentos Turísticos para Parques
              Temáticos, Eventos, Congressos, Recreação e Festas. ............................................ 76
Tabela 28: Balanço de Pagamentos - Conta Turismo do Brasil - 1979/1995........................... 79
Tabela 29: Intensidade das Relações Cooperativas Mantidas entre os Hotéis e a Fatma
               e o Ibama................................................................................................................. 83
Tabela 30: Intensidade das Relações Cooperativas Mantidas entre os Hotéis e as
              Entidades de Suporte. .............................................................................................. 85
Tabela 31: Intensidade das Relações Cooperativas dos Hotéis com as Associações de
              Classe....................................................................................................................... 87
Tabela 32: A Infra-Estrutura Existente é Moderna e Sustenta as Vantagens
               Competitivas da Empresa/Setor.............................................................................. 91
Tabela 33: Em Relação a Infra-Estrutura que dá Suporte ao Desenvolvimento
           Turístico, o Papel do Governo do Estado de Santa Catarina tem sido
      Decisivo. ........................................................................................................................... 92
Tabela 34: O Papel Desempenhado pelas Comunidades é de Extrema Relevância
               para as Empresas do Setor de Turismo................................................................... 94
Tabela 35: Percentual dos Hóspedes Segundo Origem. ............ (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Tabela 36: Grau de Importância Atribuída pelos Hotéis às Diferentes Fontes de
               Informação para a Inovação de Produtos e Serviços.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Tabela 37: Grau de Importância Atribuída pelos Hotéis às Instituições de Suporte
               como Fontes de Informação para a Inovação de Produtos e Serviços.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Tabela 38: Serviços Terceirizados e Grau de Satisfação........... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Tabela 39: Fatores que Determinam o Retorno dos Hóspedes.. (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Tabela 40: Fatores Considerados Importantes para a Seleção do Destino de Viagens
              dos seus Clientes....................................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Tabela 41: Serviços Diferenciados Oferecidos.......................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Tabela 42: Pontos Fontes e Fracos na Gestão Empresarial. ...... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Tabela 43: Principais Problemas Percebidos pelos Hotéis em seu Ambiente
    Competitivo. ...................................................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
Ë1',( '( 48$'526




Quadro 1: Fatores Sistêmicos................................................................................................... 51
Quadro 2: Padrão Internacional versus o Catarinense................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
³3RGHVH VHP UHFHLR DOJXP
DILUPDU TXH RV SULPHLURV YLDMDQWHV
DUWLVWDV FLHQWLVWDV DYHQWXUHLURV D
SUySULD WULSXODomR HQJDMDGD QDV
QDXV GR FRPpUFLR GH H[SORUDomR
GH SLUDWD  IRUDP RV SULPHLURV
WXULVWDV PRGHUQRV H FRP HOHV R
KRPHP FRPXP SULQFLSLRX D YHU R
PXQGR GH PDQHLUD UHYROXFLRQiULD
SDUD DTXHOHV WHPSRV RX VHMD FRPR
XP YDVWR GRPtQLR SDUD H[HUFHU VXDV
DUWHV H FLrQFLDV DWp FXOPLQDU QD
DOGHLD JOREDO FRQWHPSRUkQHD FRP
H DSHVDU GDV UHVLVWrQFLDV pWLQLFDV H
GRV IXQGDPHQWDOLVPRV UHOLJLRVRV´
(Beni, p.63, 1996).
,1752'8d­2




          O turismo assumiu uma posição de destaque depois da Segunda Guerra Mundial
e com a evolução do transporte aéreo de passageiros e dos meios de comunicação em
níveis globais. Só para se ter uma idéia da dimensão do turismo no mundo, apenas em
1993 o turismo internacional registrou 500 milhões de chegadas, o que gerou uma
receita de 303 bilhões de dólares, colocando-o à frente das receitas com exportação de
setores    tradicionais   como   petróleo, automóveis    e   equipamentos    eletrônicos.
Considerando a produção bruta do turismo em 1991, obtém-se uma receita de US$ 2,9
trilhões. A estimativa para 2005 é de 7,9 trilhões. Os números representam a realidade e
o potencial do setor como sendo a mais importante indústria deste final de século.
          O turismo é um fator de desenvolvimento econômico e colaborador para o bem
estar social de todos os envolvidos, direta ou indiretamente, com a atividade, tornando-
se assim, um instrumento de crescimento econômico e impulsionador do social e da
cultura de um povo.
          A atividade também se reveste de outros atributos que tornam o seu sucesso,
papel fundamental para a sociedade moderna, qual seja, o de gerador de renda e
emprego; estimula o investimento de capital e gera oportunidades para a criação de
pequenos e grandes negócios; melhora a qualidade de vida associada; aumenta a entrada
de divisas estrangeiras; auxilia na preservação do patrimônio natural, histórico e
cultural; e desenvolve e revitaliza uma determinada região. Obviamente, isso só será
concretizado com condições técnicas e organizacionais, bem como com a integração e
efetiva cooperação de todos os atores do sistema (Governo, setor privado, entidades de
classe, de suporte e todos aqueles que direta ou indiretamente estão envolvidos com a
atividade).
          Santos Silva (1995) salienta ainda que, além da importância econômica do
turismo, ele incorpora as necessidades essenciais da pessoa humana (pois é através do
lazer que se recompõe o equilíbrio emocional), recupera a capacidade de inter-
relacionamento pessoal e quando o turista interage com novas culturas, habilita-se mais
facilmente ao processo de integração entre os países.
Pelas características do setor turístico, em tela os hotéis, predominantemente
prestador de serviços, interagindo com outras cinco dezenas de atividades da economia,
é um setor importante de forma positiva na criação e geração de empregos diretos e
indiretos. Por isso mesmo, o Governo Federal, Estados e Municípios devem enaltecer o
setor, auxiliando-o e incentivando-o através de redes de cooperação e diálogos
constantes. Haja vista que, segundo a OEA (apud Belli, 1996), para cada emprego
gerado no setor hoteleiro, 2 ou 3 outros são criados na própria atividade turística e
outros 3 postos de trabalho em uma outra atividade econômica.
       Naisbitt (1994) considera o turismo o segundo setor mais globalizado, perdendo
apenas para os serviços financeiros. Hoje, através das telecomunicações e da
informática, pode-se conhecer várias partes do mundo, pode-se reservar hotéis e
cruzeiros em qualquer parte do globo, fechar pacotes com operadoras, enfim pode-se
quase tudo através da informática via Internet. Houve sem dúvida alguma, uma redução
das distâncias com tais inovações tecnológicas.
       Castelli (1984) observa que o turismo implica em deslocamento e estada, sendo
que a empresa hoteleira é a que dá o suporte básico para a estada, isto é, para a
hospedagem do turista.
       Sendo os hotéis a expressão maior da indústria do turismo, Castelli (1984)
afirma que o produto hoteleiro possui as seguintes características: a) é intangível; b) é
estático, sendo o cliente, não o produto, o elemento móvel; c) não é estocável (um dia de
instalações vazias é uma perda; e) é instantâneo (produção, distribuição e consumo são
feitos em conjunto e no ato, na presença do hóspede) e f) o hóspede adquire o direito de
uso, não de posse.
       Pelas características do país, o maravilhoso potencial turístico do Estado de
Santa Catarina, o torna um diferencial competitivo perante outros Estados da Federação.
Atualmente Santa Catarina possui duas cidades (Florianópolis e Camboriú) no ranking
da Embratur como os mais visitados por turistas estrangeiros, devendo movimentar US$
900 milhões, o que representa algo em torno de 7% do PIB catarinense, com a chegada
anual de 2,3 milhões de turistas ao Estado.
O Estado tem hoje o potencial de desenvolver vários circuitos turísticos como:
a) Caminho da Fé ou Circuito Religioso; b) Circuito de Cultura Açoriana, Alemã,
Italiana, Austríaca, Japonesa e Polonesa; c) Circuito Litorâneo; d) Circuito Ferroviário;
e) Ecoturismo; f) Agroturismo ou Turismo Rural; g) Circuito da Neve; h) Circuito das
Águas Termais;          i) Circuito de Compras; j) Aventuras; l) Museus; m) Circuito das
Festas; entre outros.
       Apresenta ainda as famosas rotas turísticas elaboradas pela Santur: a) Capital da
Natureza (Litoral Centro); b) Rota do Sol (Litoral Norte); c) Caminho dos Príncipes
(Região Norte); d) República Juliana (Região Sul); e) Vale Europeu (Vale do Itajaí); f)
Serras Catarinenses (Região Serrana); g) Contestado (Vale do Rio do Peixe); h) Nova
Rota das Termas (Região Oeste).
       Apesar da performance atual, por ser um mercado ainda que com todos os seus
problemas, em expansão, apresenta deficiências competitivas em relação ao padrão de
competitividade e de concorrência de alguns Estados brasileiros e, principalmente, em
relação ao padrão internacional.
       Diante do exposto, o presente estudo analisa a competitividade sistêmica da
indústria do turismo em Santa Catarina, com ênfase ao setor hoteleiro, através de uma
amostra especial selecionada entre os hotéis com efetivo poder de influenciar o vetor
padrão de concorrência do setor. A metodologia de análise, idealizada pelo IAD -
Instituto Alemão de Desenvolvimento avalia a capacidade competitiva da indústria
hoteleira não apenas pela atuação dos hotéis, mas também, das estruturas de suporte,
assim como todo o entorno do sistema específico, articulados nos vários níveis ,
inclusive a atuação do governo, ou seja, o objetivo do trabalho é avaliar o grau de
entrelaçamento entre os diferentes atores do sistema e que dão suporte para o
incremento da competitividade.
       A competitividade foi analisada através de quatro níveis: o meta, o macro, o
meso e o micro. O nível meta resulta de três elementos importantes: dos fatores sócio-
culturais e da escala de valores; dos padrões básicos de organização político-jurídico-
econômico; e da capacidade estratégica e política.
       O objetivo principal no nível macro consiste em criar condições para uma
competência eficaz, procurando incrementar a produtividade das empresas e fazê-las se
aproximar ao nível da empresas mais sólidas em termos de inovação e competição.
Aspectos como política monetária, fiscal, cambial e comercial são fundamentais neste
nível.
         A atribuição do nível meso é configurar o entorno específico das empresas. Os
objetivos principais são: reformular a infra-estrutura física; atuar nas políticas
educacionais e tecnológicas e nas políticas ambientais e regionais.


         No nível micro se cristalizam novas EHVW SUDFWLFHV com a atuação e interação
entre as empresas, pois o padrão organizativo se desenvolve através das empresas que
possuem relações simbióticas entre si.
         Em suma, o trabalho tem por objetivo, através da metodologia do IAD, avaliar o
grau de competição e colaboração dos atores dos sistemas de turismo do Estado, pois é
através do esforço integrado entre proprietários de empreendimentos hoteleiros,
associações de classe e instituições de suporte, com auxílio do governo, que o tecido
institucional se aperfeiçoa e atinge o objetivo: competitividade com coesão e diálogo
entre todos.
$5$7(5,=$d­2 ( '(6(03(1+2 '2 785,602



                                                           2 7XULVPR QR 0XQGR


       A dimensão do turismo no mundo é algo quase que inimaginável. A indústria do
turismo é uma atividade que cresce num ritmo acelerado. É uma indústria importante no
mundo todo. Mais do que outra atividade essencial, o turismo é um instrumento de
desenvolvimento, num mundo de serviços e tecnologias avançadas (ABRESI, 1996).
       O turismo representa cerca de 10% do PIB mundial e gera algo em torno de 204
milhões de empregos, sendo que em 1996 foi o segundo setor em termos de
investimentos em todo o mundo, perdendo apenas para o setor de informática. A receita
gerada com o turismo no mundo gira em torno de 380 bilhões de dólares, com taxas de
crescimento perto dos 10% nos últimos anos. A Tabela 1 mostra a magnitude desta
indústria.
       O número de turistas viajando pelo mundo também é muito expressivo. Desde
1992, a média está na casa dos 500 milhões de pessoas, com um crescimento médio na
década de 90 de 4,5%.
Tabela A: Evolução do Turismo Mundial - 1965/1995.

           +(*$'$ '( 785,67$6 ,17(51$,21$,6                                5((,7$6
ANOS       MILHÕES DE          ÍNDICE         TAXA ANUAL DE   US$ BILHÕES           ÍNDICE     TAXA ANUAL DE
            TURISTAS       BASE:   1996=100   CRESCIMENTO                   BASE:   1996=100   CRESCIMENTO
1965         112,9                 100              0           11,6                100              -
1966         120,0                 106            6,3            13,3               115            14,7
1967         129,8                 115             8,2           14,5                125            9,0
1968         131,2                 116            1,1            15,0               129             3,4
1969         143,5                 127             9,4           16,8                145           12,0
1970         165,8                 147            15,5           17,9               154             6,5
1971         178,9                 158             7,9           20,9                180           16,8
1972         188,1                 167            5,1            24,6               212            17,7
1973         198,9                 176             5,7           31,1                268           26,4
1974         205,7                 182            3,4            33,8               291             8,7
1975         222,3                 197             8,1           40,7                351           20,4
1976         228,9                 203            3,0            44,4               383             9,1
1977         249,3                 221             8,9           55,6                479           25,2
1978         267,1                 237            7,1            68,8               593            23,7
1979         283,1                 251             6,0           83,3                718           21,1
1980         286,2                 253            1,1           105,2               907            26,3
1981         288,6                 256             0,8          107,4                926            2,1
1982         288,7                 256            0,0           100,9               870            -6,1
1983         291,9                 259             1,1          102,4                883            1,5
1984         319,1                 283            9,3           112,5               970             9,9
1985         329,5                 292             3,3          117,4               1012            4,4
1986         340,5                 302            3,3           142,1               1225           21,0
1987         366,9                 325             7,8          174,2               1502           22,6
1988         401,7                 356            9,5           201,5               1737           15,7
1989         430,9                 382             7,3          218,4               1883            8,4
1990         459,2                 407            6,6           264,7               2282           21,2
1991         465,8                 413             1,4          271,9               2344            2,7
1992         503,3                 446            8,1           308,8               2662           13,6
1993         517,6                 458             2,8          314,2               2709            1,7
1994         545,9                 484            5,5           345,5               2978           10,0
1995         561,0                 497             2,8          380,7               3282           10,2
Fonte: Embratur - Anuário 1996.



       Estes valores acima, colocariam o turismo com frequência em primeiro lugar nas
“exportações mundiais”, à frente das receitas com exportações de petróleo, veículos e
equipamentos eletrônicos.
       A Europa continua hegemônica como principal pólo de recepção de turistas, pois
em média são 300 milhões de pessoas, gerando uma receita anual de 150 bilhões de
dólares.
Tabela B: Chegada de Turistas Internacionais, por Região - 1991/1995.

                Unidade: Milhões de Turistas
                     $12                         
              5(*,®(6
              È)5,$           16,0       17,6   18,1    18,3    18,7
              $0e5,$6         96,8      103,4   103,7   107,0   110,6
              (8523$           287,9     307,3   313,7   329,8   333,3
              2($1,$           5,1        5,8    6,3     7,3     7,9
              È6,$             60,0       69,2   75,8    83,5    90,5
              727$/                          
                Fonte: Embratur - Anuário 1996.




   Tabela C: Receita Gerada com o Turismo Internacional, por Região - 1991/1995.

                Unidade: Milhões de turistas
                     $12                         
              5(*,®(6
              È)5,$            4,9        5,9    6,0     6,4     6,7
              $0e5,$6         76,8       84,7   90,3    95,7    96,4
              (8523$           143,3     162,6   158,0   173,2   195,3
              2($1,$           7,7        8,3    8,0     9,8    11,5
              È6,$             39,2       47,2   51,9    60,4    70,8
              727$/                          
                Fonte: Embratur - Anuário 1996.




      Na América do Sul, conforme dados da OMT, a atividade cresceu 11% em 1993
e 8% em 1994. Especificamente no Mercosul, de 1993 para 1994 o número de turistas
cresceu 8,7% e a média de 1985-1994 está na faixa de 6,9% a.a. A atividade
representou, no Mercosul, em 1995, 7,1% do PIB da região; 7,2% do total de despesas
do consumidor; 6,1% do total de investimentos e 3,6% dos gastos do governo. A
atividade empregou na região em 1995, 7,5 milhões de pessoas.
           Segundo a ABRESI, a OMT1 e o WTTC, de 1995 a 2005 o turismo deverá criar
745 novos empregos/dia, o que significa 2,7 milhões a mais de empregos diretos e
indiretos, ou seja, 36% a mais de novos empregos em 10 anos.
           Segundo a OMT o número de pessoas viajando pelo mundo no ano 2000 vai
chegar a 660 milhões e no ano 2010 a 937 milhões. Números bem diferentes da média
da década de 50 (25 milhões), de 70 (166 milhões), de 80 (288 milhões) e da média da
década de 90 que deve ficar em torno de 456 milhões.
           A indústria do turismo no mundo todo emprega 204 milhões de pessoas. Uma
em cada dez pessoas da faixa economicamente ativa está ligada ao setor, ou seja, 10%
da força de trabalho global está de alguma forma ligada à atividade turística. Para a
WTTC, em 2005 serão 348 milhões de pessoas.
           Os principais mercados emissores no ano 2000, provavelmente, serão os mesmos
dos anos 90: Alemanha, Estados Unidos, Reino unido, França e Japão. Como destinos
principais, destacam-se entre os 10 primeiros: Estados Unidos, França, Espanha, Itália,
Hungria, Reino Unido, China, Áustria, Polônia e México. Em termos de receitas geradas
pelo Turismo, os dez maiores serão: Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Áustria,
Reino unido, Alemanha, Hong Kong, Suíça e México.


           Uma das razões que fazem a indústria do turismo ser uma das mais prósperas em
todo o mundo é o aumento do tempo livre para lazer, com a redução das horas por
semana dedicadas ao trabalho. Os dados, como mostra a Tabela 4, estimam que até o
final do século XX haverá uma disponibilidade de 51% do tempo das pessoas para
práticas de lazer, incluindo a isso, maior tempo disponível para viagens de turismo.


                           Tabela D: Evolução Mundial do Tempo Livre.
               +25$6                      3(5Ë2'26 '( 7(032 +25$66(0$1$
',6321Ë9(,6          'e$'$6         'e$'$6 '(           'e$'$6 '(   $7e 2 ),1$/

1
    Todas as siglas e seus significados encontram-se no glossário.
'(                  '2 6e8/2
                                                          ;;
      Lazer           64 (37%)      72 (43%)     77 (46%)       83 (49%)
      Trabalho        48 (30%)      40 (24%)     35 (21%)       30 (18%)
      Repouso         56 (33%)      56 (33%)     56 (33%)       56 (33%)
      7RWDO
Fonte: Lage  Milone (apud OMT, 1995).
     Conforme salienta Santos Silva (1995), o mercado turístico internacional tem
acompanhado a dinâmica do mercado mundial no sentido da expansão e crescente
competição entre um número cada vez maior de destinos turísticos, em relação a uma
demanda cada vez mais consciente e exigente por qualidade e diversificação de produtos
e serviços. Nesse contexto, o autor (apud Trigueiros, 1995), ainda destaca algumas das
principais tendências e condicionantes do mercado turístico internacional:
     a) busca de melhor qualidade nas instalações e na prestação de serviços;
     b) existência de um ambiente não degradado, indicando a importância dos
        recursos naturais e culturais para o desenvolvimento do turismo. Na verdade, é
        o surgimento e ERRP do Ecoturismo. Para a Eco-Tourism Society, grupo
        fundado há cinco anos em North Bennington, Vermont, EUA, Ecoturismo é
        turismo de viagem para áreas naturais que conservam o meio ambiente e
        sustentam o bem-estar da população (Wade, 1997). Feldmann (1997), afirma
        que o Ecoturismo é um dos segmentos da atividade turística que mais tem se
        desenvolvido no mundo, crescendo cerca de 20% ao ano;
     c) escalonamento das férias escolares, levando a um aumento do número de
        viagens, embora com a redução da permanência no destino;
     d) procura de produtos turísticos diferenciados, voltados às inquietudes dos
        consumidores no terreno da cultura e do ócio; e
     e) o surgimento de destinos diferentes, competitivos, oferecendo vantagens como
        redução de custos.


       Beni (1996) também observa algumas tendências para o turismo mundial:
       a) predomínio da imagem virtual como principal meio de comunicação para a
          oferta de turismo;
       b) crescimento da demanda de viagens e turismo pelo aumento do número de
          destinações com atrativos ecológicos, de aventura e histórico-culturais. Junto
com o turismo de eventos, os três segmentos são os que mais crescem no
          mundo;
       c) crescimento mundial da classe média causado pelo aumento da produção das
          empresas e sua internacionalização;
       d) encurtamento das distâncias de viagens determinado pelo avanço tecnológico
          e exploração comercial de novas rotas de transporte aéreo e marítimo;
       e) previsão pela IATA, para os próximos dez anos, de 600 milhões de
          passageiros aéreos internacionais em relação aos 345 milhões de 1995;
       f) aumento da segmentação do mercado turístico internacional;
       g) proliferação de mega-agências de viagens e turismo mundiais e de mega-
          agências regionais ou locais;
       h) aumento da competitividade e da qualidade entre bens e serviços turísticos em
          maior número de destinações;
       i) superação das resistências sócio-culturais frente à globalização do turismo
          pela conscientização do que ela representa para as economias nacionais ou
          regionais e pela certeza de que, justamente nas diferenças geográficas e
          culturais estão os mananciais das fontes do turismo internacional; e
       j) a hotelaria estará oferecendo espaços, instalações e equipamentos adaptados,
          segundo padrões universais de conforto e qualidade, aos diversos meios
          ambientes sem agressão à ecologia e às culturas locais. Só para se ter uma
          idéia, enquanto nos EUA e no Canadá 70% das propriedades hoteleiras
          encontram-se sob a guarda de redes hoteleiras, na Europa o índice cai para
          30% e América do Sul para 6%. No Brasil e em Santa Catarina
          principalmente, os índices são mínimos, inexpressivos no contexto geral.
       Em suma, a importância assumida pelo mercado de viagens e turismo para a
economia mundial, com milhões de pessoas viajando, consumindo e promovendo a
distribuição de bens e serviços por todo o planeta, coloca este mercado numa posição de
liderança no comércio internacional - com projeções de crescimento da atividade em 4 a
5% ao ano até 2005 - pois representa uma parcela significativa da geração e circulação
da riqueza transacionada no mercado global (Santos Silva, 1995).
2 7XULVPR QR %UDVLO


       A indústria brasileira do turismo é privilegiada, possui um potencial maravilhoso
apresentando vários segmentos: turismo de praia; ecoturismo; diversidade cultural e
paisagística; turismo religioso com as suas diversas festas por todo o território
brasileiro; turismo rural; turismo de negócios e de eventos; turismo gastronômico, com
as comidas típicas de regiões do país, bem como de outros países; turismo de pesca e
aventuras. Enfim, o país com sua grande extensão e características geográficas, permite
a exploração turística em quase todo o território nacional nas suas mais diversas formas.

       O turismo é formado por um amplo e diversificado conjunto de atividades
econômicas com importância destacada no setor de serviços, na indústria e no comércio
em geral (Política Nacional de Turismo: 1996-1999). De acordo com essa Política, no
Brasil, 52 setores da economia são diretamente impactados pelo bom desempenho da
indústria turística, com reflexos consideráveis, diretos e indiretos, sobre a geração de
empregos.
       Conforme a WTTC, estima-se que em 1994, a indústria do turismo e lazer
movimentou na economia, direta e indiretamente, 45 bilhões de dólares, arrecadando
cerca de 7,8 bilhões de dólares em impostos diretos, indiretos e pessoais. Dados de 1995
da WTTC indicam que o setor emprega cerca de 6 milhões de trabalhadores,
movimentando 16 bilhões de dólares em salários, postando-se assim, como um dos
maiores geradores de emprego no país. Estima-se que um em cada onze trabalhadores,
tem seu emprego vinculado ao setor.
       Já para a ABRESI, a atividade turística no Brasil emprega 10 milhões de
pessoas, sendo que deste universo, 1,8 milhão são empregos temporários. Em termos
salariais, estão 6,1% acima do salário médio brasileiro. Cada US$ 15 mil gastos em
turismo geram um novo emprego. Mantida essa relação, pode-se estimar a geração de
100 mil novos empregos/ano. Afirma ainda que a atividade turística, com todos os seus
segmentos, gera US$ 40,41 bilhões, o que eqüivale a mais de                8% do PIB.
Historicamente, no Brasil, a contribuição do turismo para o PIB tem-se mantido estável,
entre 7,7% e 8%, nos últimos sete anos.
Para o crescimento e desenvolvimento do turismo no país faz-se necessário
investimento e infra-estrutura, serviços operacionais, marketing e promoções por parte
do Estado. Enquanto que, no âmbito internacional esses investimentos representam
6,9% dos orçamentos fiscais, no Brasil o valor cai mais da metade, ficando em 3,3% do
orçamento fiscal, percentual muito aquém das reais necessidades do país e da atividade.
        Com 1.570 municípios com potencial turístico, o Brasil possui mais de 500.0002
apartamentos, distribuídos em 18.026 estabelecimentos de hospedagem, localizados em
todos os Estados brasileiros formando assim, o parque hoteleiro.




        Os estabelecimentos estão distribuídos no território brasileiro da seguinte forma:
a) 49% dos apartamentos estão localizados na Região Sudeste, através de 8.558
estabelecimentos; b) 21% dos apartamentos estão localizados no Nordeste, com 4.784
empreendimentos; c) 19% do total de apartamentos estão no sul do país, que tem 2.842
estabelecimentos e d) 11% do total dos apartamentos, distribuídos em 1.842
estabelecimentos, estão na Região Norte e Centro-Oeste.
        Abaixo é apresentado um resumo quantitativo dos hotéis no Brasil, levando em
conta a classificação luxo, muito confortável, confortável, médio conforto, simples e
muito simples, elaborado pela Asmussen  Associados - 1995, constante do relatório da
ABRESI/Embratur/ SEBRAE.

             Tabela E: Resumo Quantitativo - Estabelecimentos/Apartamentos.
                     1RUWH          1RUGHVWH          2HVWH         6XGHVWH            6XO                7RWDO
GHVFULomR         XQLG     DSWR    XQLG    DSWR    XQLG    DSWR    XQLG     DSWRV    XQLG DSWR      XQLG      DSWRV
                           V               V               V                              V
HOTÉIS
Luxo                 2      967      2      453       0      0       13     4166   1   164   18                5750
Muito Conf.          1      188     18     2993       4     739      28     3854   7   989   58                8763
Confortável         11     1304     48     5845      17    2203     119     11105 53 5811 248                 26268
Médio Conf.         36     1923    135     8961      56    4791     319     20057 159 13269 705               49001
Simples             58     1734    274     9512     104    4170     712     24992 425 21795 1573              62203
Muito               30     712     255     5258     168    3994     586     16483 309 415 1348                35862
Simples
6XEWRWDO                                             
Outros Hotéis      49      1251    235    5037 100 2597 373                 10601 172 5247 929 24743

2
 Os dados estatísticos constantes nesta parte, na sua maioria foram obtidos no relatório: “A Indústria do
Turismo no Brasil: perfil e tendências”, idealizado pela Abresi/Embratur/SEBRAE.
7RWDO +RWpLV                              
Fonte: ABRESI, 1996.



       Em se tratando especificamente do parque hoteleiro, a receita total gerada é de
aproximadamente 2,7 bilhões de reais, como mostra a tabela resumo abaixo:

                       Tabela F: Receita Total Anual (R$ mil).
                     1RUWH    1RUGHVWH  2HVWH       6XGHVWH       6XO       7RWDO
/X[R                 48.484     24.794         0      294.949      9.918     378.044
0XLWR RQIRUWiYHO 5.851        101.912      22.878    173.042     30.727     334.410
RQIRUWiYHO          23.151    129.554      43.556    252.137    118.383     566.781
0pGLR RQIRUWR       21.899    110.871      50.526    361.410    172.036     716.742
6LPSOHV              11.449     56.440      22.580    217.106    161.713     469.288
0XLWR 6LPSOHV        3.027      21.332      16.505     98.547     52.999     192.409
2XWURV +RWpLV        3.940      15.289       9.901     53.446     23.443     106.018
7RWDO                             
Fonte: Adaptado de Asmussen  Associados - 1995 apud ABRESI.
       Os hotéis no Brasil empregam 190.423 trabalhadores especializados e semi-
especializados diretamente, pagando salários médios mensal em torno de R$ 400,00,
gerando um total de salários pagos anualmente de R$ 1 bilhão.



                     Tabela G: Quantidade Total de Funcionários.

                     1RUWH 1RUGHVWH  2HVWH 6XGHVWH          6XO              7RWDO
 Luxo                2.127      997         0        8.832    303             11.759
 Muito Confortável    357      5.537      1.330      6.745   1.632            15.601
 Confortável         2.217     9.644     3.525      16.658   8.135            40.179
 Médio Conforto      2.885    11.649      5.270     20.057  12.606            52.466
 Simples             1.474     7.610     3.128      18.744  16.346            47.301
 Muito Simples        356      2.629      1.797      7.417   4.237            16.436
 Outros Hotéis        438      1.763       779       2.650   1.049             6.680
 7RWDO                                          
   Fonte: Adaptado de Asmussen  Associados - 1995 apud ABRESI.




                 Tabela H: Total de Salários Pagos ao Ano (R$ mil).

                     1RUWH     1RUGHVWH     2HVWH    6XGHVWH        6XO       7RWDO
Luxo                11.062    5.506         0       56.866    2.012                            75.446
Muito Confortável 1.672      28.793       7.436     44.716   10.395                            93.011
Confortável          9.366   43.254      17.183    106.108   50.236                           226.148
Médio Conforto      11.625   49.218      24.322    123.852   75.381                           284.398
Simples              5.365   28.688      13.417    109.652   93.501                           250.623
Muito Simples        1.157    9.228       7.243     40.499   22.031                            80.158
Outros Hotéis        1.195    5.157       2.431     13.092    4.911                            26.787
7RWDO                                                       
Fonte: Adaptado de Asmussen  Associados - 1995 apud ABRESI.



        Considerando os dados de Garcia (1996), apresentam-se alguns resultados
diferentes a respeito do assunto. Numa pesquisa nacional com 173 hotéis, chegou-se a
algumas conclusões que servem para este trabalho. Segundo o autor (1996), os dados
amostrais evidenciam que, na média geral, os hotéis empregam de forma permanente
49,2 pessoas; os de pequeno porte cerca de 43% do total, têm em média e de forma
permanente 12 empregados; os de tamanho médio, 35% do total, têm 36 empregados de
forma permanente; enquanto os de grande porte, 22% do total, mantém em seus
quadros, em média, 139 empregados permanentes.
        Garcia (1996) vai mais além, considerando-se o total de 5.126 meios de
hospedagem, a aplicação da média geral obtida no processo de amostragem conduz ao
expressivo número de 252,3 mil empregados permanentes na rede hoteleira nacional3. A
esse total deve-se somar os empregados temporários e aqueles que executam serviços
terceirizados. Quanto ao número de temporários, os dados da amostra indicam que eles
representam, em média, aproximadamente 9,7% dos permanentes, ou seja, um
contingente nacional de cerca de 24,5 mil empregados.
        Logo, a pesquisa de Garcia (1996) conclui que uma estimativa de empregos
gerados pelos hotéis poderia chegar aos seguintes resultados: total de empregos diretos
no setor hoteleiro: 252,3 mil empregados permanentes; 24,5 mil temporários; 15,4 mil




3
 Na pesquisa de Garcia (1996) houve uma constatação da realidade brasileira dos hotéis. Apurou-se que
do conjunto de hotéis pesquisados, 70% são independentes, ou seja, não fazem parte de nenhuma rede
hoteleira, e 95% deles são administrados por seus proprietários. Os resultados confirmam o que se
constatou na pesquisa realizada com os hotéis catarinenses. Nas palavras de Dizelda Benedet, presidente
da SULCATUR, “Ainda há uma deficiência grande na profissionalização da mão-de-obra. Precisamos,
com urgência, trabalhar na capacitação dos profissionais do setor” (DC, 03/10/97).
terceirizados e 33,3 mil em hotéis sem classificação. Ao todo seriam 325,5 mil
empregos no setor hoteleiro.
       Quanto à qualificação e ao grau de educação formal dos trabalhadores da rede
hoteleira no Brasil, pesquisas indicam que 67% do total de pessoal permanente possui
apenas o 1º grau, independente da classificação do hotel. Este dado não só retrata o
perfil da mão-de-obra do setor no Brasil, como também da mão-de-obra em Santa
Catarina, estado próspero no setor, com enorme potencial, porém com mão-de-obra
desqualificada.
       As taxas de ocupação da rede hoteleira no Brasil em 1996, situaram-se entre
45% e 52%. Em comparação com 1995 (60%), 1996 não foi um ano bom. Sem os dados
de 1997 fechados pela Embratur, calcula-se que não foi muito diferente de 1996, devido
aos muitos ajustes que o setor enfrentou. O Painel S/A da Folha de S. Paulo de 08/01/98
antecipou alguns dados referentes a 1997, como o de que cerca de 82% dos hotéis
brasileiros cobram diárias de até R$ 100,00 e têm uma média de ocupação mensal de
55% a 58%.
       Desde o início de 1997, foram investidos R$ 1 bilhão na construção de novos
estabelecimentos e nas reformas de empreendimentos antigos. Segundo o DC-Diário
Catarinense, de 30/12/97, esta foi a maior inversão de recursos já realizada ao longo da
história da hotelaria nacional. Apostando no potencial do mercado nacional, grandes
grupos brasileiros e estrangeiros estão investindo no setor. Estimativas       existentes
apontam que mais de R$ 3,8 bilhões, destinados a 200 novos hotéis no país, serão
aplicados até o ano 2000.


       No contexto global do turismo brasileiro, além do ecoturismo (que em média
cresce 8% ao ano) e do turismo cultural e de lazer, um dos que tem demonstrado
crescimento expressivo também, é o turismo de negócios ou eventos. Considerado um
dos mais lucrativos, foi um dos que mais cresceu no período 1992-1995, em torno de
13%, quase três vezes mais do que em toda a América Latina. Em 1995, 23,4% dos
turistas estrangeiros no Brasil vieram a negócios e 4,8% para participar de congressos.
       Este tipo de turismo já movimenta a receita quase que total de muitos hotéis. Por
exemplo, o turismo de negócios representa 100% das receitas do Caesar Park de São
Paulo; 98% no Transamérica; 90% no Meliá; 85% no Maksoud; 80% no Le Canard, no
L’Hotel, no Novotel e no Softel; 70% no Caesar Park do Rio de Janeiro e no Vila Rica.
       O governo está incentivando a construção de parques temáticos a fim de
desenvolver o turismo em determinadas regiões. Atualmente, estão isentos de IPI e do
Imposto de Importação, os equipamentos para parques temáticos.
       Segundo a ADIBRA, existe no país 2 mil parques (95% são pequenos e móveis),
que faturam 200 milhões de reais, geram 50 mil empregos diretos e 250 mil
temporários. Atualmente, existem 15 parques temáticos em construção ou projetados e
investimentos previstos até o ano 2000 de 2 bilhões de reais.
       Em suma, a ABRESI resume todos os paradoxos do turismo no Brasil ao ilustrar
que o país tem um clima excepcional, praias belíssimas e grandes santuários ecológicos,
como a Amazônia e o Pantanal, e ainda uma diversidade cultural impressionante. Tudo
isso é matéria-prima de alto valor em turismo. Entretanto, os turistas não querem correr
o risco de serem assaltados, nem pagar preços exorbitantes nos hotéis, muito menos com
os serviços prestados de forma bastante amadora. As pessoas pagam por um serviço e
querem profissionalismo com qualidade. Para a ABRESI a solução começa pela
mudança de enfoque. O turismo não é algo que deva ser visto como mordomia a ser
desfrutada por uns poucos privilegiados. É um produto, um serviço ao qual deve ter
acesso um número cada vez maior de pessoas.
       Diante disso, é fato constatado que o turismo é hoje uma das indústrias que mais
cresce no mundo e deverá ser uma das maiores possibilidades de se amenizar o caos do
desemprego, pois tem enorme potencial de geração de renda e ampla utilização de mão-
de-obra nos seus diversos segmentos (ABRESI, 1995).



                                                             2 7XULVPR 5HFHSWLYR


       Para o Diretor de Economia e Fomento da Embratur, Bismarck Pinheiro Maia,
“...as pessoas precisam entender que o grande mercado para o turismo nacional está aqui
mesmo e somos nós, os brasileiros. Nós temos 17 milhões de turistas viajando pelo país,
mais isso parece não importar. No Nordeste, apenas 5% do total de turistas são
estrangeiros. Em Santa Catarina, esse percentual deve ficar em torno de 10% a 15% no
verão mas ao longo do ano não deve ultrapassar os 5%. É o turista brasileiro que tem
 força para alavancar o turismo no país” (DC, 17/08/97).
        Esta afirmação representa o motivo do investimento ao fomento do turismo
 interno no Brasil durante o ano de 1997 por parte da Embratur. Não obstante a isso, o
 turismo receptivo internacional é fundamental para um país, principalmente por gerar
 divisas à Nação.
        De acordo com o Anuário Estatístico 1996 da Embratur, em 1995 entraram
 1.991.416 turistas estrangeiros no país, sendo 1.106.062, provenientes da América do
 Sul, dentre esses, 32% da Argentina, o maior emissor.




                    Tabela I: Entrada de Turistas no Brasil - 1970/1995.


$126     785,67$6    $126      785,67$6        $126      785,67$6      $126    785,67$6
      249.900            634.595               1.595.726       1.228.178
      287.926            784.316               1.735.982       1.692.078
      342.961          1.081.799               1.934.091       1.641.138
      399.127          1.625.422               1.929.053       1.853.301
      480.267          1.357.879               1.742.939       1.991.416
      517.967          1.146.681               1.402.897
      555.967          1.420.481               1.091.067
 Fonte: Embratur - Anuário 1996.




            Tabela J: Entrada de Turistas no Brasil, Segundo Vias de Acesso.

 3RQWRV GH            9LD $pUHD   9LD 0DUtWLPD      9LD 7HUUHVWUH   9LD )OXYLDO         7RWDO
 KHJDGD                                               
 AMAZONAS            9.413 11.772    -       -        2.030 2.538   392      490   11.835 14.800
 BAHIA              66.470 62.599  1.668   1.655       -       -    -        -     68.138 64.254
DISTRITO FED.      3.874 4.603        -                          -             -       -       -                  -        3.874         4.603
   MATO G. DO SUL         7      170     -                          -           26.392 22.593     -                  -       26.399        22.763
   PARÁ               6.360 6.291        -                          -             -       -     1.468              2.624      7.828         8.915
   PARANÁ            11.759 10.523       647                        566        151.516 142.874    582                530    164.504       154.493
   PERNAMBUCO        48.367 48.619     2.940                      2.926           -       -       -                  -       51.307        51.545
   RIO G. DO SUL     57.966 54.220     1.437                      1.239        450.717 388.978 18.307             15.792    528.427       460.229
   RIO DE JANEIRO 424.469 484.114      5.080                      5.793           -       -       -                  -      429.549       489.907
   SÃO PAULO       405.899 533.329     4.405                      4.512           -       -       -                  -      410.304       537.841
   OUTROS PONTOS 94.998 127.345        6.390                      6.622         49.652 47.920       96               179    151.136       182.066
   727$/                                                      
   Fonte: Embratur - Anuário 1996.




      Tabela K: Entrada de Turistas no Brasil, Segundo Pontos de Chegada e Regiões de
                                  Residência Permanente.

5(*,®(6                 $0$=21$6                  %$+,$          ',675,72               0$72 *                3$5È          3$5$1È
                                                                 )('(5$/                 '2 68/
                                                                                         
ÁFRICA                      42         30        264    213         27       143          53     28    26            14     292    370
AMÉRICA CENTRAL            173        256        190      8        100       119          37     33   198           771     692    824
AMÉRICA D. NORTE         6.404      8.537      1.489 3.200       2.810     2.925         301    296 1.887         1.214   5.248 5.743
AMÉRICA D. SUL           1.912      2.604     32.553 21.414        425       286      23.444 20.116 4.087         4.346 138.461 124.208
ÁSIA                       497        746         92    112        128       215          93    112   152            56   3.303 3.630
EUROPA                   2.670      2.197     33.063 38.750        249       404       2.035 1.656 1.385          1.728 14.654 17.223
OCEANIA                     81        324         24     16         10        13         148    108     7             3     618    792
ORIENTE MÉDIO               33         73        180    125         73       375         281    411     8             5   1.148 1.522
NÃO ESPECIFICADO            23         33        283    416         52       123           7      3    78           778      88    181
727$/                                              


          (CONTINUA)


5(*,®(6             3(51$0             5,2 * '2            5,2 '(     6­2 3$8/2                     287526                 727$/
                      %82                 68/               -$1(,52                                  321726
                                                                                        
ÁFRICA                 263       279        109      115     19.949   13.357       4.003     4.232     171        152     25.229     18.933
AMÉRICA CENTRAL         43         64       144       148     3.511   4.653       5.116      6.153       77        453    10.281      13.482
AMÉRICA D. NORTE     2.214      3.403     1.961     2.783    70.655 85.131       91.619    131.494    3.553      9.841   188.141     254.567
AMÉRICA D. SUL       7.886      6.059   520.379   450.597   146.233 148.853     149.286    171.539   134.163   156.040 1.158.829   1.106.062
ÁSIA                    95       121        470      457      8.845   11.371     28.800     41.289     387        770     42.862     58.879
EUROPA              40.285     40.822     4.878     5.558   170.950 212.898     125.329    173.559   12.475     14.358   407.973    509.153
OCEANIA                 29        15        206      230      2.880    4.211       1.529     2.105       54       149      5.586      7.966
ORIENTE MÉDIO          121       291        169      183      3.240    4.297       3.187     4.748       62       138      8.502     12.168
NÃO ESPECIFICADO       371       491        111      158      3.286    5.136       1.405     2.722     194        165      5.898     10.206
727$/
                    ¢ ¤¢© ¤'¢§¥ %© ¤©©¦ % ¡$§¥#¡ ¤¢  ¢© §§!©§¥ §¦ ¢ ©© §©© ©©  §§§© §©©§ §§ ©©  ¤¢¨©§¥ ¤¢ 
                     ¡ £ ¡  £ ¡ ¡ ¦ £ ¥   £ ¡   £   £ ¡ ¡ ¡  £ ¨ ¥    ¦ £ ¡ ¨ ¦ £     £      £ ¦  ¨  £    £ ¡   ¦ £ ¡

   Fonte: Embratur - Anuário 1996.



          Figura A: Principais Mercados Emissores de Turistas para o Brasil - 1995.
Outros
           Suiça               17%                                               Argentina
            2%                                                                     32%
   Inglaterra
      2%
  Portugal
     3%


  França
    3%
   Espanha
     3%
         Chile
          3% Itália                                                        USA
               4%         Paraguai                                         11%
                                       Alemanha   Uruguai
                            5%
                                          5%       10%




Fonte: Embratur - Anuário 1996.

         Figura B: Principais Portões de Entrada de Turistas Estrangeiros - 1995.




                                       Outros
                   Pernambuco
                                        12%                             São Paulo
               Bahia 3%                                                   26%
                3%
           Paraná
            8%




                   Rio G. do Sul                                     Rio de Janeiro
                       23%                                                25%




Fonte: Embratur - Anuário 1996.
Os dados de 1996 indicam um crescimento do turismo receptivo: 2.386.000
turistas vieram ao Brasil, deixando US$ 2,3 bilhões, 11% a mais do que em 1995.

          O perfil do turismo pode ser resumido pelas informações da Embratur listadas
abaixo:

          a) Renda média anual: US$ 41.462,85;
          b) Gasto médio per capita/dia , excluindo hospedagem: US$ 70,39;
          c) Gasto médio per capita/dia com hotel: US$ 65,26;
          d) Motivo da viagem: turismo (67,2%);
          e) Fator decisório da visita: atrativos turísticos (74,7%);
          f) O que influenciou a decisão da visita: televisão (12,7%);
          g) Forma de organização da viagem: organizada por agências de viagem
             (36,2%);
          h) Permanência média no país: 13,16 dias;
          i) Turistas que viajaram pela primeira vez ao país: 35,2%;
          j) Meio de hospedagem: hotel (85%) e
          k) Turistas que pretendem voltar ao Brasil: 89,3%.


          Em 1996, houve um aumento de 26,2% no gasto médio per capita por dia do
turista estrangeiro. O segmento que merece destaque, mais uma vez, é o do turismo de
negócios e eventos que cresceu 29% em função da estabilidade e da abertura econômica,
com o interesse de investimentos estrangeiros e do Mercosul (Alvares, 1997).
          As cidades mais visitadas em 1996 seguem a tendência histórica e estão assim
distribuídas: Rio de Janeiro (30,5%); São Paulo (22,4%); Florianópolis (17%); Foz do
Iguaçu (16,6%); Porto Alegre (10,1%); Salvador (7,7%); Camboriú (5,4%); Manaus
(4,7%); Recife (4,7%) e Torres (4,4%).
          O número de turistas que o Brasil recebe é irrisório quando comparado com
outros países. Enquanto o Brasil recebe anualmente 2 milhões em média, a França
recebe 61 milhões de visitantes; os EUA 45 milhões; a Espanha 42 milhões; o México
20 milhões; Portugal 10 milhões; a Rússia com seus problemas também recebe em
média 10 milhões e a Malásia 8 milhões.
Ao que parece, o turismo receptivo internacional no Brasil ainda é muito pouco
desenvolvido. O seu potencial é enorme, os dados e o segmento turístico que ele
apresenta comprovam isso, porém é muito pouco explorado pelos atores competentes do
sistema. Estimativas mostram que em 1997 o Brasil pode ter recebido cerca de 2,3
milhões de turistas estrangeiros, número muito aquém do real potencial do país.
         Segundo Carlos Alberto Júlio, o Brasil ocupa o 42º posto no mundo em recepção
de turistas. É pouco expressivo diante da diversidade de fatores culturais e naturais
existentes, e que poderiam servir como meio de fomentar recursos para atrair mais
visitantes (Lage  Milone, 1995).
         A meta do governo é um aumento de 1,8 milhão, valor referente a 1994, de
turistas estrangeiros no país, para 3,8 milhões em 1999, com incremento de 111% no
período. Isso representaria aumentar de US$ 1,95 bilhão em 1994 de ingressos de
divisas estrangeiras, para US$ 4 bilhões em 1999, um incremento de 105,13% no
período, o que representa dizer que os empregos gerados na economia passarão dos
atuais 9% da população economicamente ativa no setor, para além da média mundial de
10,6%.
         A evolução da receita-turismo em relação às exportações decresceu de 1980 para
1990, como mostra a Tabela 12.



           Tabela L: Evolução da Receita-Turismo em Relação às Exportações.


                             $12      3$57,,3$d­2 1$6
                                        (;3257$d®(6
                                      8,91%
                                       7,4%
                                         8%
                                         7%
                                       5,6%
                                       5,8%
                                       6,8%
                                       5,7%
                                       4,9%
                                       3,6%
                                       4,6%
                                       4,9%
                                       3,7%
2,8%
                                        4,4%
                            Fonte: Adaptado de ABRESI, 1996.


                                                               2 7XULVPR (PLVVLYR


       A quantidade de brasileiros que sai do país é muito maior do que a de turistas
que entram no Brasil. Somente em 1997, estimativa da ABAV, enquanto que 2,3
milhões de estrangeiros visitaram o país, 3,5 milhões de brasileiros viajaram ao exterior.
Nos últimos 15 anos, enquanto o turismo emissivo internacional do Brasil cresceu 495%
o receptivo evoluiu apenas 17%.
       O perfil do turista brasileiro que viajou ao exterior em 1996 pode ser resumido
da seguinte forma, segundo a Embratur:
       a) a maioria (62,9%) viajou a turismo, sendo os “atrativos turísticos” o principal
          fator decisivo para a viagem;
       b) 54,7% dos turistas organizou a viagem sem o auxílio de agências;
       c) cerca de 64,7% já haviam viajado pelo Brasil nos últimos doze meses que
          precederam à data de realização da pesquisa;
       d) 56,3% visitou os EUA;
       e) a permanência média no exterior é de 16,92 dias;
       f) o gasto médio por pessoa por dia é de US$ 90,67 e
       g) 75,8% do total dos entrevistados hospedou-se em hotéis.


       Além dos EUA (56,3%), os brasileiros também viajam para a França (9,9%);
Argentina (9,5%); Canadá (7,6%); Itália (6,9%); Uruguai (5,5%); Espanha (5%);
Inglaterra (4,8%); e Portugal (4,2%).
       Os engenheiros (10,5%), os professores (10,2%), comerciantes (7,2%) e médicos
(6,4%) foram os que mais viajaram ao exterior em 1996. Sendo os maiores pólos
emissores segundo residência: São Paulo (31,1%); Rio de Janeiro (23%); Rio Grande do
Sul (12,9%) e Distrito Federal (4,4%).
Tabela M: Perfil do Turista Brasileiro que Viajou ao Exterior.

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MOTIVO DA VIAGEM
Turismo                                            67,7%          67,1%             62,9%
Negócio                                            23,3%          23,4%             26,7%
FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM
Não Organizada por Agência                         54,3%          51,6%             54,7%
Organizada por Agência                             45,7%          48,4%             45,3%
HOSPEDAGEM UTILIZADA NO EXTERIOR
Hotel                                              74,0%          79,4%             75,8%
Casa de amigo/Parente                              19,4%          15,5%             17,9%
PERMANÊNCIA MÉDIA (dias)                           17,54           17,51            16,92
GASTO MÉDIO PER CAPITA DIA (US$)                   80,02           93,37            90,67
PAÍSES MAIS VISITADOS
Estados Unidos                                     53,0%          54,0%             56,3%
França                                             7,4%           11,5%              9,9%
Itália                                              5,5%          10,7%              6,9%
Argentina                                          10,1%            9,8%             9,5%
Canadá                                                -             7,0%             7,6%
Espanha                                             5,4%            9,0%             5,0%
Inglaterra                                          3,9%            6,3%             4,8%
Uruguai                                            7,5%             5,9%            5,5%
Portugal                                           4,4%             5,3%            4,2%
Fonte: Embratur - Estudo da Demanda Turística Internacional - 1996.



       Por fim, três são os principais motivos que estão levando cada vez mais
brasileiros ao exterior: a) nunca foi tão barato viajar ao exterior, mais barato muitas
vezes do que viajar dentro do próprio país; b) facilidade de sair e entrar no país; e c)
estabilização da economia (ABRESI).
2 7XULVPR HP 6DQWD DWDULQD
                                                                                                    




        A indústria do turismo em Santa Catarina destaca-se pela diversidade dos
atrativos turísticos. Poucos estados, e até mesmo países, poderiam igualar-se a Santa
Catarina em termos de atrativos naturais. Em um espaço de 95 mil quilômetros
quadrados pode-se encontrar os mais variados contrastes da natureza. São serras que se
elevam a uma altitude de 1.400 metros, um litoral pontilhado com belas praias, baías,
enseadas e ilhas, passando por planaltos e vales de colonização européia. São inúmeras
as fontes termais no Estado, onde a temperatura varia de 35 graus centígrados no verão a
zero grau negativo no inverno, é quando acontece o espetáculo da neve no planalto
serrano (Gazeta Mercantil de 29/07/97).
        É evidente que o diferencial do produto turístico de Santa Catarina frente aos
estados concorrentes é a grande diversidade de seus atrativos. A ampla e diversificada
base de recursos naturais, aliada a fatores relacionados às várias culturas dos grupos
sociais que colonizaram o território, possibilita a oferta de diversos circuitos turísticos:
Caminho da Fé ou Circuito Religioso; Circuito de Cultura Açoriana, Alemã, Italiana,
Austríaca, Japonesa e Polonesa; Circuito Litorâneo; Circuito Ferroviário; Ecoturismo;
Agroturismo e Turismo Rural; Circuito da Neve; Circuito das Águas Termais; Circuito
de Compras; Aventuras; de Museus; de Parques; Circuito das Festas dentre outros
dispersos nas diversas microregiões geográficas que integram o território catarinense e
que se encontram sintetizados na Tabela 14.
        O órgão oficial de turismo no Estado, a Santur, numa tentativa de agrupar as
diferentes opções em nível de marketing, estabeleceu oito rotas turísticas oficiais: a Rota
do Sol localizada no Litoral Norte do Estado; o Caminho dos Príncipes na Região
Norte; República Juliana na Região Sul; a Rota Vale Europeu, no Vale do Itajaí; as
Serras Catarinenses na Região Serrana; a Rota do Contestado no Vale do Rio do Peixe;
Nova Rota das Termas na Região Oeste; e a Capital da Natureza no Litoral Centro.




4
 Parte deste tópico está fundamentado nos trabalhos “Diagnóstico e Prognóstico da Atividade Turística
em Santa Catarina” e “Turismo em Santa Catarina: diagnóstico básico”, coordenado pelo professor da
UFSC e Presidente da Santur, Luis Moretto Neto.
Figura C: Divisão Turística de Santa Catarina.




Fonte: Santur, 1992.
Tabela N: Microrregiões de Santa Catarina

                                                          ³                                ´
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                                                        Cultura germânica; festas; Científico                            37        2.190          4.625                  661
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                     †
                                                          eventos; compras e
                                                          ecoturismo
                                                        Nenhum                       Termal; ecoturismo e                09            202           631                    42
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                                                        Termal                       Ecoturismo; científico;             14            437           882                 121
       C97676671
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                                                                                       cultural e agroturismo
                                                        Nenhum                       Ecoturismo; rural; cultura          08                  -       408                       -
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                                                                                       japonesa
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                                                        Nenhum                       Cultural; gastronomia             22            767          1.483                  25
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                                                        Praias; eventos; cultura     Cultura alemã; ecoturis.;        216          6.545         19.315               2.025
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                                                        Praias; festas; compras e                   -                 214          9.714         21.317               2.965
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                                                          parque temático
                                                       Nenhum                       Festas; religioso e                    -                -               -                 -
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                                                       Compras; Industrial; rural; Ferroviário; museus                  63        2.216          5.174                  734
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                                                          festas e ecoturismo
                                                       Ecoturismo                   Ferroviário; Cultura alemã e        18            558        1.789                     73
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                                                       Rural; festas e neve         Ecoturismo; gastronômico;           38            631        2.070                  414
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                                                                                       cultura japonesa e compras
                                                       Aventuras; festas e          Ecoturismo; cultura                 15            170           474                       -
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                                                          compras                      germânica e italiana
                                                      Ferroviário; festas; cultura Ecoturismo; culturais e             14            365           777                       -
        5 6B§U                        5 6P
                         †
                                                          alemã e polonesa               compras
 9§U
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-             Rural; ecoturismo;               09     371      662        -
           6§U
          ( 5 B          5 6P
                                                           agroturismo e aventura
              8VR%4A5
                  U 8

                             Termal                     Rural; ecoturismo; aventura      04     127      182     106
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            †
                                                           e cultura alemã
                             Religioso; ecoturismo;                   -                  05     114      216        -
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                                compras; cultura italiana e
                                esportivo
                             Praias; termal e ferroviário Ecoturismo; cultura alemã e    81    2.315    5.680    693
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                             Lazer                        Ecoturismo e cultural          04      185      340      20
X 7H                 9S8
                     — 3

                                                                                                  
      –          –
    9SRA4R
   ` H 5

      Fonte: Adaptado de Moretto Neto (coord.) et. al, 1997.
      Legenda: nas lacunas com um traço (-), os dados não estão disponíveis.
Figura D: Mapa das Microrregiões de Santa Catarina.
A Tabela 14 mostra o potencial turístico ainda a ser desenvolvido nas mais
diversas microrregiões do Estado. Também são apresentados o número de empregos
diretos gerados pelos meios de hospedagem, totalizando 8.235 trabalhadores em todas
as microrregiões. Valor irrisório se for levado em conta que o turismo tornar-se-á daqui
para frente, a indústria que mais gerará empregos diretos e indiretos.
        Ao nível de oferta de hospedagem, nos municípios dotados de atrativos turísticos
efetivos e/ou potenciais, existem 8115 empreendimentos instalados em Santa Catarina,
com capacidade de 68.921 leitos em 28.336 unidades habitacionais. Neste contexto, as
microrregiões geográficas de Itajaí e Florianópolis concentram 30,9% e 28%
respectivamente da oferta total do Estado. A grande maioria dos investimentos de
hospedagem, encontra-se concentrado na faixa litorânea, particularmente no Centro e
Norte, nas localidades de Florianópolis, Balneário Camboriú, Itapema e Bombinhas.
        O Secretário de Turismo de Balneário Camboriú, Osmar Nunes Filho faz uma
importante constatação. Para ele, quanto maior a crise, maior a necessidade das pessoas
descansarem, saírem da rotina. Por esse ou por outro motivo, o que se vem observando é
que historicamente o turismo em Santa Catarina está crescendo.
        Em 1991 eram 1.102.400 turistas; em 1992, 1.339.300; em 1993, 1.583.800; e
em 1994, 1.540.400 turistas. Em 1997, já somava 2,264 milhões de turistas, o que
representa 930 milhões de reais de recursos deixados no Estado, ou seja, 7% do PIB
catarinense. Segundo dados da Santur, só no verão de 1995, 1,35 milhões de turistas
visitaram o Estado e em 1996, 1,56 milhões de pessoas passaram o verão no Estado
Catarinense. Nesse período, a taxa média de ocupação na rede hoteleira subiu de 52,9%
para 70,8%.
        As 10 cidades catarinenses mais visitadas são Balneário Camboriú,
Florianópolis, Blumenau, Joinville, Laguna, Lages, Porto Belo, São Francisco do Sul,
Brusque e Chapecó. Sendo que os principais mercados emissores são Paraná, Rio
Grande do Sul, Santa Catarina
(turismo interno) e São Paulo como mostra abaixo a tabela.


5
 Cadastrados na Embratur existem 162 meios de hospedagem em Santa Catarina, com predominância de
hotéis. Classificados da seguinte forma: 1 estrela: 12 com 430 unidades habitacionais (UH); 2 estrelas: 69
com 3.031 UH; 3 estrelas: 54 com 3.705 UH; 4 estrelas: 22 com 2.362 UH; 5 estrelas: 5 com 472 UH;
perfazendo um total de 162 com 10.000 UH.
Tabela O: Principais Mercados Emissores - Nacionais.

                  (67$'2
PARANÁ                      27,66   26,68    28,82
                  SANTA CATARINA              21,73   28,55    23,13
                  RIO GRANDE DO SUL           20,49   24,64    25,18
                  SÃO PAULO                   17,29   11,79    12,93
                  RIO DE JANEIRO               3,70    2,26     2,81
                   Fonte: Santur.



       Já como principal mercado emissor de estrangeiros a Santa Catarina, os países
do Mercosul representam mais de 90%, com destaque à Argentina que mantém de longe
a liderança com 82,79% dos turistas estrangeiros que vem ao Estado.



                Tabela P: Principais Mercados Emissores - Estrangeiros.

                  3$Ë6
ARGENTINA                   89,30   79,19    82,79
                  PARAGUAI                     5,30    9,49     6,05
                  URUGUAI                      3,31    3,64     4,19
                  CHILE                       0,57    3,64      0,93
                   Fonte: Santur.



       Em termos de números de turistas os percentuais das tabelas acima podem ser
sintetizados através da tabela a seguir:



                       Tabela Q: Movimento Estimado de Turistas.

              25,*(0                                     
              NACIONAIS               1.205.241   1.238.117   1.443.340
              ESTRANGEIROS              335.186     112.515     117.679
727$/                              
               Fonte: Santur.

       Pode-se observar um predomínio muito expressivo de turistas nacionais em
Santa Catarina, razão pela qual a Santur está se dedicando mais a esse mercado.
       O gasto médio diário por turista em dólar vem aumentando ao longo dos anos.
Em 1994 enquanto o turista nacional gastava US$ 28,67 dia, o estrangeiro gastava US$
37,20. Essa proporção demonstra uma tendência de aproximação. Em 1995, o turista
nacional gastava US$ 37,72 dia e o estrangeiro US$ 38,34. Em 1996 o gasto do turista
nacional foi de US$ 38,35 e do estrangeiro US$ 45,44. A seguir está o somatório da
receita, em dólar, com os turistas nacionais e estrangeiros.



                         Tabela R: Receita Estimada em Dólar.


    25,*(0                                                         
    1$,21$,6                 336.606.569,73      483.674.004,38      561.299.215,18
    (675$1*(,526              179.195.909,23       57.976.697,16       75.668.973,71
    727$/                                 
    Fonte: Santur.


       Quanto à qualidade dos equipamentos e serviços turísticos em Santa Catarina
especificamente tratando-se dos hotéis, uma pesquisa realizada pela Santur em 1994
mostra que tanto o turista nacional (amostra de 13.991 turistas) quanto o estrangeiro
(amostra de 3.891 turistas), na sua maioria qualificam os serviços prestados pelos hotéis
como sendo bom. Em média, 63,28% dos turistas o qualificam desta forma.


    Tabela S: Qualidade dos Equipamentos e Serviços Turísticos de Santa Catarina -
                              Serviço de Hotel (1994).
                    25,*(0        1$,21$,6          (675$1*(,526         727$/
      6(59,d2                       % DE                 % DE              % DE
      '( +27(/                    RESPOSTAS            RESPOSTAS         RESPOSTAS
      %20                            63,66                 61,61               63,28
      (;(/(17(                      25,48                 27,24               25,81
      5(*8/$5                         9,30                 8,98                9,24
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  • 1. %$1&2 5(*,21$/ '( '(6(192/9,0(172 '2 (;75(02 68/ $1È/,6( '$ &203(7,7,9,'$'( 6,67Ç0,&$ '2 6(725 785Ë67,&2 (0 6$17$ &$7$5,1$ &RQYrQLR %5'()81,7()((68)6 )/25,$1Ï32/,6 6 0DLR
  • 2. $1È/,6( '$ 203(7,7,9,'$'( 6,67Ç0,$ '2 6(725 785Ë67,2 (0 6$17$ $7$5,1$ Convênio BRDE/FUNCITEC/FEESC/UFSC Florianópolis, maio de 1998 (/$%25$d­2 Fundação de Ensino da Engenharia em Santa Catarina (TXLSH GH RQVXOWRULD Engenheiro Edgar Lanzer, Dr. Coordenador Engenheiro Cristiano Cunha, Dr. Engenheiro Carlos Orsatto, M.Eng. Administrador Maurício Pereira, M.Eng., ligados ao Curso de Pós- Graduação em Engenharia de Produção da UFSC 683(59,6­2 Gerência de Planejamento da Agência do BRDE em Santa Catarina Engenheiro Nelson Casarotto Filho, Dr. ),+$ $7$/2*5È),$ LANZER, Edgar ; CASAROTTO FILHO, Nelson; CUNHA, Cristiano et al. $QiOLVH GD FRPSHWLWLYLGDGH VLVWrPLFD GR VHWRU WXUtVWLFR HP 6DQWD DWDULQD Florianópolis : BRDE, 1998. 135 p. 1. Santa Catarina - Turismo - Indústria. I. Título CDU 379.85(816.4)
  • 3. $35(6(17$d­2 O turismo é um fator de desenvolvimento econômico e colaborador para o bem estar social de todos os envolvidos, direta ou indiretamente, com a atividade, tornando- se assim, um instrumento de crescimento econômico e impulsionador do social e da cultura de um povo. A atividade também se reveste de outros atributos que tornam o seu sucesso, papel fundamental para a sociedade moderna, qual seja, o de gerador de renda e emprego; estimula o investimento de capital e gera oportunidades para a criação de pequenos e grandes negócios; melhora a qualidade de vida associada; aumenta a entrada de divisas estrangeiras; auxilia na preservação do patrimônio natural, histórico e cultural; e desenvolve e revitaliza uma determinada região. Obviamente, isso só será concretizado com condições técnicas e organizacionais, bem como com a integração e efetiva cooperação de todos os atores do sistema (Governo, setor privado, entidades de classe, de suporte e todos aqueles que direta ou indiretamente estão envolvidos com a atividade). Um Estado como o de Santa Catarina, tem potencialidades de desenvolver o turismo de 4 estações, em vários subseguimentos (histórico, de natureza, de negócios, etc...). Atentos a esse panorama, o BRDE e o Funcitec, enquanto ainda Secretaria de Estado, enxergaram a importância de se analisar a competitividade do segmento em Santa Catarina. O presente relatório sintetiza o resultado do trabalho de pesquisa oriundo do convênio entre a Fundação do Ensino da Engenharia de Santa Catarina - FEESC, Universidade federal de Santa Catarina - UFSC e o Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul - BRDE, com a finalidade de realizar uma Análise da
  • 4. Competitividade Sistêmica do Setor Turístico de Santa Catarina com enfoque na indústria hoteleira. Este trabalho dá seqüência a uma série de estudos sobre a competitividade da indústria catarinense, um deles sobre o setor de móveis, neste mesmo convênio, outros coordenados pela FIESC, nos setores eletrometalmecânico, têxtil/vestuário e cerâmica branca, um pelo Copesul e BRDE no segmento de plásticos e ainda outro no segmento de alimentos no Oeste, coordenado pelo Fórum Catarinense de Desenvolvimento. O presente estudo, elaborado pela FEESC - Fundação do Ensino da Engenharia em Santa Catarina/Departamento de Engenharia de Produção e Sistemas da UFSC, complementa, portanto, os estudos anteriores e espera-se com isso, subsidiar e até mesmo induzir futuras ações por parte de governo e das próprias empresas, visando melhorar a competitividade do segmento em Santa Catarina. 6,/9(5,12 '$ 6,/9$ 683(5,17(1'(17( '2 %5'( (0 6$17$ $7$5,1$
  • 5. 680È5,2 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................... 15 2. CARACTERIZAÇÃO E DESEMPENHO DO TURISMO ............................................... 19 2.1 O Turismo no Mundo..................................................................................................... 19 2.2 O Turismo no Brasil....................................................................................................... 25 2.2.1 O Turismo Receptivo ............................................................................................ 30 2.2.2 O Turismo Emissivo ............................................................................................. 36 2.3 O Turismo em Santa Catarina ........................................................................................ 38 3. REFERENCIAL DA PESQUISA E ASPECTOS METODOLÓGICOS ............................ 48 3.1 O Modelo do Instituto Alemão de Desenvolvimento (IAD) para Análise da Competitividade Sistêmica............................................................................................. 53 3.2 Universo da Pesquisa ..................................................................................................... 60 3.3 Operacionalização e Conteúdo da Pesquisa ................................................................... 63 3.4 Limitações e Dificuldades da Pesquisa .......................................................................... 64 4. ANÁLISE DA COMPETITIVIDADE DO TURISMO CATARINENSE .......................... 66 4.1 Nível Meta...................................................................................................................... 68 4.2 Nível Macro ................................................................................................................... 78 4.3 Nível Meso ..................................................................................................................... 81 4.4 Nível Micro ......................................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR 4.4.1 Planos de Investimentos e Estratégias Empresariais(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR 4.4.2 Capacidade Gerencial e Organizacional..................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR 4.4.3 Capacidade e Inovação Tecnológica .......................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR 4.4.4 Entrelaçamento e Relações entre Empresas ............(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR 4.4.4.1 Terceirização e Relações com Fornecedores(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
  • 6. 4.4.4.2 Relações com Hotéis Concorrentes e Empresas Correlatas.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR 4.4.4.3 Relações com Clientes................................ (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR 5. OBSTÁCULOS E OPORTUNIDADES AO DESENVOLVIMENTO DO SETOR(UUR ,QGLFDGRU QmR GHIL 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS. ............................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
  • 7. Ë1',( '( ),*85$6 Figura 1: Principais Mercados Emissores de Turistas para o Brasil - 1995........................... 32 Figura 2: Principais Portões de Entrada de Turistas Estrangeiros - 1995. ............................. 33 Figura 3: Divisão Turística de Santa Catarina. ...................................................................... 39 Figura 4: Mapa das Microrregiões de Santa Catarina. ........................................................... 42 Figura 5: Fatores Empresariais............................................................................................... 50 Figura 6: Fatores Estruturais. ................................................................................................. 51 Figura 7: Fatores Determinantes da Competitividade............................................................ 52 Figura 8: Determinantes da Competitividade Sistêmica: Níveis de Análise ......................... 54 Figura 9: Resumo dos Determinantes da Competitividade Sistêmica nos seus Quatro Níveis. .............................................................................................................................. 55 Figura 10: Hotéis e Instituições Pesquisadas. .......................................................................... 62 Figura 11: Estrutura do Sistema Turismo. .............................................................................. 67 Figura 12: Capacidade de Condução e Coordenação do Processo de Desenvolvimento da Competitividade do Setor por Parte do Poder Público............................................ 71 Figura 13: Grau de Concordância sobre a Existência de Coesão entre os Atores do Setor (Governos, Empresas, Associações de Classe, Entidades de Suporte) para o Desenvolvimento do Turismo. ................................................................................ 72 Figura 14: Grau de Concordância sobre a Existência de Linhas de Ação Específicas em Torno de uma Orientação Integrativa e Cooperativa entre os Diferentes Atores voltadas ao Desenvolvimento Competitivo do Setor. ............................................ 74 Figura 15: É Fundamental a Participação do Governo Estadual no Apoio a Construção e Implantação de Equipamentos Turísticos para Parques Temáticos, Eventos, Congressos, Recreação e Festas. ............................................................................. 75 Figura 16: A Participação do Governo Municipal na Promoção do Potencial Turístico, dos Eventos e Festas Desenvolvidos em sua Região é Decisiva............................. 76 Figura 17: Comparando com Outras Regiões do Brasil, Existe Equiparação entre os Esforços Desenvolvidos pelo Governo Federal no Sentido do Desenvolvimento do Potencial Turístico de Santa Catarina. .................................. 77 Figura 18: A abertura da Economia Brasileira tem Facilitado os Negócios no Setor
  • 8. Turístico................................................................................................................... 80 Figura 19: Sobre a Existência de uma Política do Governo Federal de Fortalecimento do Setor de Turismo. ............................................................................................... 82 Figura 20: Sobre a Existência de uma Política do Governo Estadual de Fortalecimento do Setor de Turismo. ............................................................................................... 82 Figura 21: Intensidade das Relações Cooperativas Mantidas entre os Hotéis e as Entidades de Suporte. .............................................................................................. 85 Figura 22: Intensidade das Relações Cooperativas dos Hotéis com as Associações de Classe. ................................................................................................................. 87 Figura 23: Intensidade das Relações Cooperativas dos Hotéis com os Órgãos Públicos......... 88 Figura 24: A Infra-Estrutura Existente é Moderna e Sustenta as Vantagens Competitivas da Empresa/Setor. .................................................................................................... 91 Figura 25: Em Relação a Infra-Estrutura que dá Suporte ao Desenvolvimento Turístico, o Papel do Governo do Estado de Santa Catarina tem sido Decisivo. .................... 92 Figura 26: A Empresa se Preocupa em Engajar-se nos Projetos de Caráter Comunitários Buscando um Envolvimento Efetivo com a Comunidade Local............................. 93 Figura 27: Grau de Importância dos Atributos Relacionados à Definição das Estratégias da Empresa. .............................................................. (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 28: Fatores Determinantes do Sucesso Competitivo da Empresa.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 29: Fatores Relacionados a Infra-Estrutura Turística e Importância da sua Qualidade como Determinantes do Sucesso Competitivo da Empresa.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 30: Fatores Externos à Empresa Segundo seu Grau de Importância no Momento da Definição das Estratégias Competitivas............... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 31: Posição da Empresa com Relação ao Uso das Práticas de Gestão Organizacional.......................................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 32: Grau de Concordância sobre os Controles de Desempenho dos Funcionários.(UUR ,QGLFDGRU QmR G Figura 33: Sobre a Existência de Critérios Definidos para a Dispensa dos Funcionários fora da “Alta Temporada”. ....................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 34: Sobre a Tendência de Redução dos Níveis Hierárquicos nas Empresas.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLG Figura 35: Compartilhar Experiências Profissionais com os Níveis Inferiores é Importante para o Sucesso. ....................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 36: Grau de Importância Atribuída pelos Hotéis às Diferentes Fontes de
  • 9. Informação para a Inovação de Produtos e Serviços. (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 37: Grau de Importância Atribuída pelos Hotéis às Instituições de Suporte como Fontes de Informação para a Inovação de Produtos e Serviços.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHIL Figura 38: A Utilização da Internet é um Fator Decisivo para a Competitividade do Setor. .........................................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 39: A Existência de uma Home Page é um Ponto Forte para a Empresa.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQ Figura 40: O Acesso à Internet pela Empresa é um Processo Fácil.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 41: Grau de Colaboração Existente entre a Empresa e os Diferentes Atores.(UUR ,QGLFDGRU QmR G Figura 42: Intensidade da Manutenção de Fornecedores Fixos como Fonte de Diferenciação. ...........................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 43: Grau de Intensidade que os Hotéis Promovem Trocas Sistemáticas de Informações sobre Qualidade e Desempenho dos Produtos e Serviços com seus Fornecedores..............................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 44: Grau de Intensidade com que Realiza Compras de Fornecedores com Certificados ISO 9000..............................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 45: Intensidade das Relações de Cooperação Mantidas com os Fornecedores a fim de Desenvolver Novos Produtos e Serviços. ...(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 46: Grau de Importância Segundo as Estratégias de Compra.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 47: Relações Assumidas na Terceirização......................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 48: Grau de Concordância sobre a Importância do Acompanhamento Sistemático das Atividades dos Concorrentes como sendo um Fator Decisivo para o Sucesso do Hotel. ......................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 49: Intensidade das Atividades Realizadas em Conjunto com os Concorrentes.(UUR ,QGLFDGRU Qm Figura 50: Intensidade das Atividades Realizadas em Conjunto com Outras Empresas Correlatas. .................................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 51: Relacionamento entre o Hotel e os seus Hóspedes no que se Refere as Reservas. ...............................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 52: Percentual de Relacionamento Hóspedes-Hotel (Reservas).(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 53: Relacionamento entre a Empresa e os seus Clientes no que se Refere as Reclamações..............................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 54: Percentual de Relacionamento Hóspede-Hotel (Reclamações).(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 55: Relacionamento entre a Empresa e os seus Clientes no que se Refere ao Pagamento de Diárias................................................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
  • 10. Figura 56: Percentual de Relacionamento Hóspede-Hotel (Pagamento de Diárias).(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLG Figura 57: Percentual dos Hóspedes que Retornam. ................. (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 58: Fatores Considerados Importantes para a Seleção do Destino de Viagens dos seus Clientes....................................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 59: Avaliações dos Serviços Pós-Ocupação................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 60: O Hotel Mantém um Cadastro de Clientes, e os Consulta, Pedindo Sugestões ou Oferecendo Pacote de Férias ou Feriados.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 61: Como as Prospecções do Mercado Consumidor são Realizadas.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 62: Serviços Diferenciados Oferecidos. ........................ (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 63: Pessoa a Disposição dos Hóspedes que Saiba Falar pelo menos Inglês e Espanhol................................................................. (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Figura 64: Ambientes Separados entre Fumantes e não Fumantes.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
  • 11. Ë1',( '( 7$%(/$6 Tabela 1: Evolução do Turismo Mundial - 1965/1995. ......................................................... 20 Tabela 2: Chegada de Turistas Internacionais, por Região - 1991/1995................................ 21 Tabela 3: Receita Gerada com o Turismo Internacional, por Região - 1991/1995................ 21 Tabela 4: Evolução Mundial do Tempo Livre. ...................................................................... 22 Tabela 5: Resumo Quantitativo - Estabelecimentos/Apartamentos....................................... 26 Tabela 6: Receita Total Anual (R$ mil). ................................................................................ 27 Tabela 7: Quantidade Total de Funcionários. ........................................................................ 27 Tabela 8: Total de Salários Pagos ao Ano (R$ mil)............................................................... 27 Tabela 9: Entrada de Turistas no Brasil - 1970/1995............................................................. 31 Tabela 10: Entrada de Turistas no Brasil, Segundo Vias de Acesso....................................... 31 Tabela 11: Entrada de Turistas no Brasil, Segundo Pontos de Chegada e Regiões de Residência Permanente. ......................................................................................... 32 Tabela 12: Evolução da Receita-Turismo em Relação às Exportações.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Tabela 13: Perfil do Turista Brasileiro que Viajou ao Exterior. .............................................. 37 Tabela 14: Microrregiões de Santa Catarina ............................................................................ 40 Tabela 15: Principais Mercados Emissores - Nacionais. ......................................................... 44 Tabela 16: Principais Mercados Emissores - Estrangeiros. ..................................................... 44 Tabela 17: Movimento Estimado de Turistas. ......................................................................... 44 Tabela 18: Receita Estimada em Dólar. ................................................................................... 45 Tabela 19: Qualidade dos Equipamentos e Serviços Turísticos de Santa Catarina - Serviço de Hotel (1994). ........................................................................................ 45 Tabela 20: Meios de Hospedagem Utilizados.......................................................................... 46 Tabela 21: Motivo da Viagem.................................................................................................. 46 Tabela 22: Principais Atrativos Turísticos............................................................................... 47 Tabela 23: Grau de Concordância sobre o Papel do Poder Público (Federal, Estadual, Municipal) como Impulsionador do Desenvolvimento Econômico........ 71 Tabela 24: Grau de Concordância sobre a Interação entre as Esferas Governamentais (Governo Federal, Estadual, Municipal) na Promoção da Competitividade do Setor Turístico.................................................................................................... 73 Tabela 25: Grau de Concordância sobre a Influência das Associações de Classe nas
  • 12. Decisões Governamentais voltadas ao Setor. .......................................................... 74 Tabela 26: O Estado tem Facilitado o Desenvolvimento de Associações ou -RLQW 9HQWXUHV com Empresas do Setor (Nacionais ou Estrangeiras). ............................................ 75 Tabela 27: É Fundamental a Participação do Governo Municipal no Apoio a Construção e Implantação de Equipamentos Turísticos para Parques Temáticos, Eventos, Congressos, Recreação e Festas. ............................................ 76 Tabela 28: Balanço de Pagamentos - Conta Turismo do Brasil - 1979/1995........................... 79 Tabela 29: Intensidade das Relações Cooperativas Mantidas entre os Hotéis e a Fatma e o Ibama................................................................................................................. 83 Tabela 30: Intensidade das Relações Cooperativas Mantidas entre os Hotéis e as Entidades de Suporte. .............................................................................................. 85 Tabela 31: Intensidade das Relações Cooperativas dos Hotéis com as Associações de Classe....................................................................................................................... 87 Tabela 32: A Infra-Estrutura Existente é Moderna e Sustenta as Vantagens Competitivas da Empresa/Setor.............................................................................. 91 Tabela 33: Em Relação a Infra-Estrutura que dá Suporte ao Desenvolvimento Turístico, o Papel do Governo do Estado de Santa Catarina tem sido Decisivo. ........................................................................................................................... 92 Tabela 34: O Papel Desempenhado pelas Comunidades é de Extrema Relevância para as Empresas do Setor de Turismo................................................................... 94 Tabela 35: Percentual dos Hóspedes Segundo Origem. ............ (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Tabela 36: Grau de Importância Atribuída pelos Hotéis às Diferentes Fontes de Informação para a Inovação de Produtos e Serviços.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Tabela 37: Grau de Importância Atribuída pelos Hotéis às Instituições de Suporte como Fontes de Informação para a Inovação de Produtos e Serviços.(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Tabela 38: Serviços Terceirizados e Grau de Satisfação........... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Tabela 39: Fatores que Determinam o Retorno dos Hóspedes.. (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Tabela 40: Fatores Considerados Importantes para a Seleção do Destino de Viagens dos seus Clientes....................................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Tabela 41: Serviços Diferenciados Oferecidos.......................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Tabela 42: Pontos Fontes e Fracos na Gestão Empresarial. ...... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR Tabela 43: Principais Problemas Percebidos pelos Hotéis em seu Ambiente Competitivo. ...................................................................... (UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
  • 13. Ë1',( '( 48$'526 Quadro 1: Fatores Sistêmicos................................................................................................... 51 Quadro 2: Padrão Internacional versus o Catarinense................(UUR ,QGLFDGRU QmR GHILQLGR
  • 14. ³3RGHVH VHP UHFHLR DOJXP DILUPDU TXH RV SULPHLURV YLDMDQWHV DUWLVWDV FLHQWLVWDV DYHQWXUHLURV D SUySULD WULSXODomR HQJDMDGD QDV QDXV GR FRPpUFLR GH H[SORUDomR GH SLUDWD IRUDP RV SULPHLURV WXULVWDV PRGHUQRV H FRP HOHV R KRPHP FRPXP SULQFLSLRX D YHU R PXQGR GH PDQHLUD UHYROXFLRQiULD SDUD DTXHOHV WHPSRV RX VHMD FRPR XP YDVWR GRPtQLR SDUD H[HUFHU VXDV DUWHV H FLrQFLDV DWp FXOPLQDU QD DOGHLD JOREDO FRQWHPSRUkQHD FRP H DSHVDU GDV UHVLVWrQFLDV pWLQLFDV H GRV IXQGDPHQWDOLVPRV UHOLJLRVRV´ (Beni, p.63, 1996).
  • 15. ,1752'8d­2 O turismo assumiu uma posição de destaque depois da Segunda Guerra Mundial e com a evolução do transporte aéreo de passageiros e dos meios de comunicação em níveis globais. Só para se ter uma idéia da dimensão do turismo no mundo, apenas em 1993 o turismo internacional registrou 500 milhões de chegadas, o que gerou uma receita de 303 bilhões de dólares, colocando-o à frente das receitas com exportação de setores tradicionais como petróleo, automóveis e equipamentos eletrônicos. Considerando a produção bruta do turismo em 1991, obtém-se uma receita de US$ 2,9 trilhões. A estimativa para 2005 é de 7,9 trilhões. Os números representam a realidade e o potencial do setor como sendo a mais importante indústria deste final de século. O turismo é um fator de desenvolvimento econômico e colaborador para o bem estar social de todos os envolvidos, direta ou indiretamente, com a atividade, tornando- se assim, um instrumento de crescimento econômico e impulsionador do social e da cultura de um povo. A atividade também se reveste de outros atributos que tornam o seu sucesso, papel fundamental para a sociedade moderna, qual seja, o de gerador de renda e emprego; estimula o investimento de capital e gera oportunidades para a criação de pequenos e grandes negócios; melhora a qualidade de vida associada; aumenta a entrada de divisas estrangeiras; auxilia na preservação do patrimônio natural, histórico e cultural; e desenvolve e revitaliza uma determinada região. Obviamente, isso só será concretizado com condições técnicas e organizacionais, bem como com a integração e efetiva cooperação de todos os atores do sistema (Governo, setor privado, entidades de classe, de suporte e todos aqueles que direta ou indiretamente estão envolvidos com a atividade). Santos Silva (1995) salienta ainda que, além da importância econômica do turismo, ele incorpora as necessidades essenciais da pessoa humana (pois é através do lazer que se recompõe o equilíbrio emocional), recupera a capacidade de inter- relacionamento pessoal e quando o turista interage com novas culturas, habilita-se mais facilmente ao processo de integração entre os países.
  • 16. Pelas características do setor turístico, em tela os hotéis, predominantemente prestador de serviços, interagindo com outras cinco dezenas de atividades da economia, é um setor importante de forma positiva na criação e geração de empregos diretos e indiretos. Por isso mesmo, o Governo Federal, Estados e Municípios devem enaltecer o setor, auxiliando-o e incentivando-o através de redes de cooperação e diálogos constantes. Haja vista que, segundo a OEA (apud Belli, 1996), para cada emprego gerado no setor hoteleiro, 2 ou 3 outros são criados na própria atividade turística e outros 3 postos de trabalho em uma outra atividade econômica. Naisbitt (1994) considera o turismo o segundo setor mais globalizado, perdendo apenas para os serviços financeiros. Hoje, através das telecomunicações e da informática, pode-se conhecer várias partes do mundo, pode-se reservar hotéis e cruzeiros em qualquer parte do globo, fechar pacotes com operadoras, enfim pode-se quase tudo através da informática via Internet. Houve sem dúvida alguma, uma redução das distâncias com tais inovações tecnológicas. Castelli (1984) observa que o turismo implica em deslocamento e estada, sendo que a empresa hoteleira é a que dá o suporte básico para a estada, isto é, para a hospedagem do turista. Sendo os hotéis a expressão maior da indústria do turismo, Castelli (1984) afirma que o produto hoteleiro possui as seguintes características: a) é intangível; b) é estático, sendo o cliente, não o produto, o elemento móvel; c) não é estocável (um dia de instalações vazias é uma perda; e) é instantâneo (produção, distribuição e consumo são feitos em conjunto e no ato, na presença do hóspede) e f) o hóspede adquire o direito de uso, não de posse. Pelas características do país, o maravilhoso potencial turístico do Estado de Santa Catarina, o torna um diferencial competitivo perante outros Estados da Federação. Atualmente Santa Catarina possui duas cidades (Florianópolis e Camboriú) no ranking da Embratur como os mais visitados por turistas estrangeiros, devendo movimentar US$ 900 milhões, o que representa algo em torno de 7% do PIB catarinense, com a chegada anual de 2,3 milhões de turistas ao Estado.
  • 17. O Estado tem hoje o potencial de desenvolver vários circuitos turísticos como: a) Caminho da Fé ou Circuito Religioso; b) Circuito de Cultura Açoriana, Alemã, Italiana, Austríaca, Japonesa e Polonesa; c) Circuito Litorâneo; d) Circuito Ferroviário; e) Ecoturismo; f) Agroturismo ou Turismo Rural; g) Circuito da Neve; h) Circuito das Águas Termais; i) Circuito de Compras; j) Aventuras; l) Museus; m) Circuito das Festas; entre outros. Apresenta ainda as famosas rotas turísticas elaboradas pela Santur: a) Capital da Natureza (Litoral Centro); b) Rota do Sol (Litoral Norte); c) Caminho dos Príncipes (Região Norte); d) República Juliana (Região Sul); e) Vale Europeu (Vale do Itajaí); f) Serras Catarinenses (Região Serrana); g) Contestado (Vale do Rio do Peixe); h) Nova Rota das Termas (Região Oeste). Apesar da performance atual, por ser um mercado ainda que com todos os seus problemas, em expansão, apresenta deficiências competitivas em relação ao padrão de competitividade e de concorrência de alguns Estados brasileiros e, principalmente, em relação ao padrão internacional. Diante do exposto, o presente estudo analisa a competitividade sistêmica da indústria do turismo em Santa Catarina, com ênfase ao setor hoteleiro, através de uma amostra especial selecionada entre os hotéis com efetivo poder de influenciar o vetor padrão de concorrência do setor. A metodologia de análise, idealizada pelo IAD - Instituto Alemão de Desenvolvimento avalia a capacidade competitiva da indústria hoteleira não apenas pela atuação dos hotéis, mas também, das estruturas de suporte, assim como todo o entorno do sistema específico, articulados nos vários níveis , inclusive a atuação do governo, ou seja, o objetivo do trabalho é avaliar o grau de entrelaçamento entre os diferentes atores do sistema e que dão suporte para o incremento da competitividade. A competitividade foi analisada através de quatro níveis: o meta, o macro, o meso e o micro. O nível meta resulta de três elementos importantes: dos fatores sócio- culturais e da escala de valores; dos padrões básicos de organização político-jurídico- econômico; e da capacidade estratégica e política. O objetivo principal no nível macro consiste em criar condições para uma competência eficaz, procurando incrementar a produtividade das empresas e fazê-las se
  • 18. aproximar ao nível da empresas mais sólidas em termos de inovação e competição. Aspectos como política monetária, fiscal, cambial e comercial são fundamentais neste nível. A atribuição do nível meso é configurar o entorno específico das empresas. Os objetivos principais são: reformular a infra-estrutura física; atuar nas políticas educacionais e tecnológicas e nas políticas ambientais e regionais. No nível micro se cristalizam novas EHVW SUDFWLFHV com a atuação e interação entre as empresas, pois o padrão organizativo se desenvolve através das empresas que possuem relações simbióticas entre si. Em suma, o trabalho tem por objetivo, através da metodologia do IAD, avaliar o grau de competição e colaboração dos atores dos sistemas de turismo do Estado, pois é através do esforço integrado entre proprietários de empreendimentos hoteleiros, associações de classe e instituições de suporte, com auxílio do governo, que o tecido institucional se aperfeiçoa e atinge o objetivo: competitividade com coesão e diálogo entre todos.
  • 19. $5$7(5,=$d­2 ( '(6(03(1+2 '2 785,602 2 7XULVPR QR 0XQGR A dimensão do turismo no mundo é algo quase que inimaginável. A indústria do turismo é uma atividade que cresce num ritmo acelerado. É uma indústria importante no mundo todo. Mais do que outra atividade essencial, o turismo é um instrumento de desenvolvimento, num mundo de serviços e tecnologias avançadas (ABRESI, 1996). O turismo representa cerca de 10% do PIB mundial e gera algo em torno de 204 milhões de empregos, sendo que em 1996 foi o segundo setor em termos de investimentos em todo o mundo, perdendo apenas para o setor de informática. A receita gerada com o turismo no mundo gira em torno de 380 bilhões de dólares, com taxas de crescimento perto dos 10% nos últimos anos. A Tabela 1 mostra a magnitude desta indústria. O número de turistas viajando pelo mundo também é muito expressivo. Desde 1992, a média está na casa dos 500 milhões de pessoas, com um crescimento médio na década de 90 de 4,5%.
  • 20. Tabela A: Evolução do Turismo Mundial - 1965/1995. +(*$'$ '( 785,67$6 ,17(51$,21$,6 5((,7$6 ANOS MILHÕES DE ÍNDICE TAXA ANUAL DE US$ BILHÕES ÍNDICE TAXA ANUAL DE TURISTAS BASE: 1996=100 CRESCIMENTO BASE: 1996=100 CRESCIMENTO 1965 112,9 100 0 11,6 100 - 1966 120,0 106 6,3 13,3 115 14,7 1967 129,8 115 8,2 14,5 125 9,0 1968 131,2 116 1,1 15,0 129 3,4 1969 143,5 127 9,4 16,8 145 12,0 1970 165,8 147 15,5 17,9 154 6,5 1971 178,9 158 7,9 20,9 180 16,8 1972 188,1 167 5,1 24,6 212 17,7 1973 198,9 176 5,7 31,1 268 26,4 1974 205,7 182 3,4 33,8 291 8,7 1975 222,3 197 8,1 40,7 351 20,4 1976 228,9 203 3,0 44,4 383 9,1 1977 249,3 221 8,9 55,6 479 25,2 1978 267,1 237 7,1 68,8 593 23,7 1979 283,1 251 6,0 83,3 718 21,1 1980 286,2 253 1,1 105,2 907 26,3 1981 288,6 256 0,8 107,4 926 2,1 1982 288,7 256 0,0 100,9 870 -6,1 1983 291,9 259 1,1 102,4 883 1,5 1984 319,1 283 9,3 112,5 970 9,9 1985 329,5 292 3,3 117,4 1012 4,4 1986 340,5 302 3,3 142,1 1225 21,0 1987 366,9 325 7,8 174,2 1502 22,6 1988 401,7 356 9,5 201,5 1737 15,7 1989 430,9 382 7,3 218,4 1883 8,4 1990 459,2 407 6,6 264,7 2282 21,2 1991 465,8 413 1,4 271,9 2344 2,7 1992 503,3 446 8,1 308,8 2662 13,6 1993 517,6 458 2,8 314,2 2709 1,7 1994 545,9 484 5,5 345,5 2978 10,0 1995 561,0 497 2,8 380,7 3282 10,2 Fonte: Embratur - Anuário 1996. Estes valores acima, colocariam o turismo com frequência em primeiro lugar nas “exportações mundiais”, à frente das receitas com exportações de petróleo, veículos e equipamentos eletrônicos. A Europa continua hegemônica como principal pólo de recepção de turistas, pois em média são 300 milhões de pessoas, gerando uma receita anual de 150 bilhões de dólares.
  • 21. Tabela B: Chegada de Turistas Internacionais, por Região - 1991/1995. Unidade: Milhões de Turistas $12 5(*,®(6 È)5,$ 16,0 17,6 18,1 18,3 18,7 $0e5,$6 96,8 103,4 103,7 107,0 110,6 (8523$ 287,9 307,3 313,7 329,8 333,3 2($1,$ 5,1 5,8 6,3 7,3 7,9 È6,$ 60,0 69,2 75,8 83,5 90,5 727$/ Fonte: Embratur - Anuário 1996. Tabela C: Receita Gerada com o Turismo Internacional, por Região - 1991/1995. Unidade: Milhões de turistas $12 5(*,®(6 È)5,$ 4,9 5,9 6,0 6,4 6,7 $0e5,$6 76,8 84,7 90,3 95,7 96,4 (8523$ 143,3 162,6 158,0 173,2 195,3 2($1,$ 7,7 8,3 8,0 9,8 11,5 È6,$ 39,2 47,2 51,9 60,4 70,8 727$/ Fonte: Embratur - Anuário 1996. Na América do Sul, conforme dados da OMT, a atividade cresceu 11% em 1993 e 8% em 1994. Especificamente no Mercosul, de 1993 para 1994 o número de turistas
  • 22. cresceu 8,7% e a média de 1985-1994 está na faixa de 6,9% a.a. A atividade representou, no Mercosul, em 1995, 7,1% do PIB da região; 7,2% do total de despesas do consumidor; 6,1% do total de investimentos e 3,6% dos gastos do governo. A atividade empregou na região em 1995, 7,5 milhões de pessoas. Segundo a ABRESI, a OMT1 e o WTTC, de 1995 a 2005 o turismo deverá criar 745 novos empregos/dia, o que significa 2,7 milhões a mais de empregos diretos e indiretos, ou seja, 36% a mais de novos empregos em 10 anos. Segundo a OMT o número de pessoas viajando pelo mundo no ano 2000 vai chegar a 660 milhões e no ano 2010 a 937 milhões. Números bem diferentes da média da década de 50 (25 milhões), de 70 (166 milhões), de 80 (288 milhões) e da média da década de 90 que deve ficar em torno de 456 milhões. A indústria do turismo no mundo todo emprega 204 milhões de pessoas. Uma em cada dez pessoas da faixa economicamente ativa está ligada ao setor, ou seja, 10% da força de trabalho global está de alguma forma ligada à atividade turística. Para a WTTC, em 2005 serão 348 milhões de pessoas. Os principais mercados emissores no ano 2000, provavelmente, serão os mesmos dos anos 90: Alemanha, Estados Unidos, Reino unido, França e Japão. Como destinos principais, destacam-se entre os 10 primeiros: Estados Unidos, França, Espanha, Itália, Hungria, Reino Unido, China, Áustria, Polônia e México. Em termos de receitas geradas pelo Turismo, os dez maiores serão: Estados Unidos, França, Itália, Espanha, Áustria, Reino unido, Alemanha, Hong Kong, Suíça e México. Uma das razões que fazem a indústria do turismo ser uma das mais prósperas em todo o mundo é o aumento do tempo livre para lazer, com a redução das horas por semana dedicadas ao trabalho. Os dados, como mostra a Tabela 4, estimam que até o final do século XX haverá uma disponibilidade de 51% do tempo das pessoas para práticas de lazer, incluindo a isso, maior tempo disponível para viagens de turismo. Tabela D: Evolução Mundial do Tempo Livre. +25$6 3(5Ë2'26 '( 7(032 +25$66(0$1$
  • 23. ',6321Ë9(,6 'e$'$6 'e$'$6 '( 'e$'$6 '( $7e 2 ),1$/ 1 Todas as siglas e seus significados encontram-se no glossário.
  • 24. '( '2 6e8/2 ;; Lazer 64 (37%) 72 (43%) 77 (46%) 83 (49%) Trabalho 48 (30%) 40 (24%) 35 (21%) 30 (18%) Repouso 56 (33%) 56 (33%) 56 (33%) 56 (33%) 7RWDO
  • 25. Fonte: Lage Milone (apud OMT, 1995). Conforme salienta Santos Silva (1995), o mercado turístico internacional tem acompanhado a dinâmica do mercado mundial no sentido da expansão e crescente competição entre um número cada vez maior de destinos turísticos, em relação a uma demanda cada vez mais consciente e exigente por qualidade e diversificação de produtos e serviços. Nesse contexto, o autor (apud Trigueiros, 1995), ainda destaca algumas das principais tendências e condicionantes do mercado turístico internacional: a) busca de melhor qualidade nas instalações e na prestação de serviços; b) existência de um ambiente não degradado, indicando a importância dos recursos naturais e culturais para o desenvolvimento do turismo. Na verdade, é o surgimento e ERRP do Ecoturismo. Para a Eco-Tourism Society, grupo fundado há cinco anos em North Bennington, Vermont, EUA, Ecoturismo é turismo de viagem para áreas naturais que conservam o meio ambiente e sustentam o bem-estar da população (Wade, 1997). Feldmann (1997), afirma que o Ecoturismo é um dos segmentos da atividade turística que mais tem se desenvolvido no mundo, crescendo cerca de 20% ao ano; c) escalonamento das férias escolares, levando a um aumento do número de viagens, embora com a redução da permanência no destino; d) procura de produtos turísticos diferenciados, voltados às inquietudes dos consumidores no terreno da cultura e do ócio; e e) o surgimento de destinos diferentes, competitivos, oferecendo vantagens como redução de custos. Beni (1996) também observa algumas tendências para o turismo mundial: a) predomínio da imagem virtual como principal meio de comunicação para a oferta de turismo; b) crescimento da demanda de viagens e turismo pelo aumento do número de destinações com atrativos ecológicos, de aventura e histórico-culturais. Junto
  • 26. com o turismo de eventos, os três segmentos são os que mais crescem no mundo; c) crescimento mundial da classe média causado pelo aumento da produção das empresas e sua internacionalização; d) encurtamento das distâncias de viagens determinado pelo avanço tecnológico e exploração comercial de novas rotas de transporte aéreo e marítimo; e) previsão pela IATA, para os próximos dez anos, de 600 milhões de passageiros aéreos internacionais em relação aos 345 milhões de 1995; f) aumento da segmentação do mercado turístico internacional; g) proliferação de mega-agências de viagens e turismo mundiais e de mega- agências regionais ou locais; h) aumento da competitividade e da qualidade entre bens e serviços turísticos em maior número de destinações; i) superação das resistências sócio-culturais frente à globalização do turismo pela conscientização do que ela representa para as economias nacionais ou regionais e pela certeza de que, justamente nas diferenças geográficas e culturais estão os mananciais das fontes do turismo internacional; e j) a hotelaria estará oferecendo espaços, instalações e equipamentos adaptados, segundo padrões universais de conforto e qualidade, aos diversos meios ambientes sem agressão à ecologia e às culturas locais. Só para se ter uma idéia, enquanto nos EUA e no Canadá 70% das propriedades hoteleiras encontram-se sob a guarda de redes hoteleiras, na Europa o índice cai para 30% e América do Sul para 6%. No Brasil e em Santa Catarina principalmente, os índices são mínimos, inexpressivos no contexto geral. Em suma, a importância assumida pelo mercado de viagens e turismo para a economia mundial, com milhões de pessoas viajando, consumindo e promovendo a distribuição de bens e serviços por todo o planeta, coloca este mercado numa posição de liderança no comércio internacional - com projeções de crescimento da atividade em 4 a 5% ao ano até 2005 - pois representa uma parcela significativa da geração e circulação da riqueza transacionada no mercado global (Santos Silva, 1995).
  • 27. 2 7XULVPR QR %UDVLO A indústria brasileira do turismo é privilegiada, possui um potencial maravilhoso apresentando vários segmentos: turismo de praia; ecoturismo; diversidade cultural e paisagística; turismo religioso com as suas diversas festas por todo o território brasileiro; turismo rural; turismo de negócios e de eventos; turismo gastronômico, com as comidas típicas de regiões do país, bem como de outros países; turismo de pesca e aventuras. Enfim, o país com sua grande extensão e características geográficas, permite a exploração turística em quase todo o território nacional nas suas mais diversas formas. O turismo é formado por um amplo e diversificado conjunto de atividades econômicas com importância destacada no setor de serviços, na indústria e no comércio em geral (Política Nacional de Turismo: 1996-1999). De acordo com essa Política, no Brasil, 52 setores da economia são diretamente impactados pelo bom desempenho da indústria turística, com reflexos consideráveis, diretos e indiretos, sobre a geração de empregos. Conforme a WTTC, estima-se que em 1994, a indústria do turismo e lazer movimentou na economia, direta e indiretamente, 45 bilhões de dólares, arrecadando cerca de 7,8 bilhões de dólares em impostos diretos, indiretos e pessoais. Dados de 1995 da WTTC indicam que o setor emprega cerca de 6 milhões de trabalhadores, movimentando 16 bilhões de dólares em salários, postando-se assim, como um dos maiores geradores de emprego no país. Estima-se que um em cada onze trabalhadores, tem seu emprego vinculado ao setor. Já para a ABRESI, a atividade turística no Brasil emprega 10 milhões de pessoas, sendo que deste universo, 1,8 milhão são empregos temporários. Em termos salariais, estão 6,1% acima do salário médio brasileiro. Cada US$ 15 mil gastos em turismo geram um novo emprego. Mantida essa relação, pode-se estimar a geração de 100 mil novos empregos/ano. Afirma ainda que a atividade turística, com todos os seus segmentos, gera US$ 40,41 bilhões, o que eqüivale a mais de 8% do PIB. Historicamente, no Brasil, a contribuição do turismo para o PIB tem-se mantido estável, entre 7,7% e 8%, nos últimos sete anos.
  • 28. Para o crescimento e desenvolvimento do turismo no país faz-se necessário investimento e infra-estrutura, serviços operacionais, marketing e promoções por parte do Estado. Enquanto que, no âmbito internacional esses investimentos representam 6,9% dos orçamentos fiscais, no Brasil o valor cai mais da metade, ficando em 3,3% do orçamento fiscal, percentual muito aquém das reais necessidades do país e da atividade. Com 1.570 municípios com potencial turístico, o Brasil possui mais de 500.0002 apartamentos, distribuídos em 18.026 estabelecimentos de hospedagem, localizados em todos os Estados brasileiros formando assim, o parque hoteleiro. Os estabelecimentos estão distribuídos no território brasileiro da seguinte forma: a) 49% dos apartamentos estão localizados na Região Sudeste, através de 8.558 estabelecimentos; b) 21% dos apartamentos estão localizados no Nordeste, com 4.784 empreendimentos; c) 19% do total de apartamentos estão no sul do país, que tem 2.842 estabelecimentos e d) 11% do total dos apartamentos, distribuídos em 1.842 estabelecimentos, estão na Região Norte e Centro-Oeste. Abaixo é apresentado um resumo quantitativo dos hotéis no Brasil, levando em conta a classificação luxo, muito confortável, confortável, médio conforto, simples e muito simples, elaborado pela Asmussen Associados - 1995, constante do relatório da ABRESI/Embratur/ SEBRAE. Tabela E: Resumo Quantitativo - Estabelecimentos/Apartamentos. 1RUWH 1RUGHVWH 2HVWH 6XGHVWH 6XO 7RWDO GHVFULomR XQLG DSWR XQLG DSWR XQLG DSWR XQLG DSWRV XQLG DSWR XQLG DSWRV V V V V HOTÉIS Luxo 2 967 2 453 0 0 13 4166 1 164 18 5750 Muito Conf. 1 188 18 2993 4 739 28 3854 7 989 58 8763 Confortável 11 1304 48 5845 17 2203 119 11105 53 5811 248 26268 Médio Conf. 36 1923 135 8961 56 4791 319 20057 159 13269 705 49001 Simples 58 1734 274 9512 104 4170 712 24992 425 21795 1573 62203 Muito 30 712 255 5258 168 3994 586 16483 309 415 1348 35862 Simples 6XEWRWDO Outros Hotéis 49 1251 235 5037 100 2597 373 10601 172 5247 929 24743 2 Os dados estatísticos constantes nesta parte, na sua maioria foram obtidos no relatório: “A Indústria do Turismo no Brasil: perfil e tendências”, idealizado pela Abresi/Embratur/SEBRAE.
  • 29. 7RWDO +RWpLV Fonte: ABRESI, 1996. Em se tratando especificamente do parque hoteleiro, a receita total gerada é de aproximadamente 2,7 bilhões de reais, como mostra a tabela resumo abaixo: Tabela F: Receita Total Anual (R$ mil). 1RUWH 1RUGHVWH 2HVWH 6XGHVWH 6XO 7RWDO /X[R 48.484 24.794 0 294.949 9.918 378.044 0XLWR RQIRUWiYHO 5.851 101.912 22.878 173.042 30.727 334.410 RQIRUWiYHO 23.151 129.554 43.556 252.137 118.383 566.781 0pGLR RQIRUWR 21.899 110.871 50.526 361.410 172.036 716.742 6LPSOHV 11.449 56.440 22.580 217.106 161.713 469.288 0XLWR 6LPSOHV 3.027 21.332 16.505 98.547 52.999 192.409 2XWURV +RWpLV 3.940 15.289 9.901 53.446 23.443 106.018 7RWDO Fonte: Adaptado de Asmussen Associados - 1995 apud ABRESI. Os hotéis no Brasil empregam 190.423 trabalhadores especializados e semi- especializados diretamente, pagando salários médios mensal em torno de R$ 400,00, gerando um total de salários pagos anualmente de R$ 1 bilhão. Tabela G: Quantidade Total de Funcionários. 1RUWH 1RUGHVWH 2HVWH 6XGHVWH 6XO 7RWDO Luxo 2.127 997 0 8.832 303 11.759 Muito Confortável 357 5.537 1.330 6.745 1.632 15.601 Confortável 2.217 9.644 3.525 16.658 8.135 40.179 Médio Conforto 2.885 11.649 5.270 20.057 12.606 52.466 Simples 1.474 7.610 3.128 18.744 16.346 47.301 Muito Simples 356 2.629 1.797 7.417 4.237 16.436 Outros Hotéis 438 1.763 779 2.650 1.049 6.680 7RWDO Fonte: Adaptado de Asmussen Associados - 1995 apud ABRESI. Tabela H: Total de Salários Pagos ao Ano (R$ mil). 1RUWH 1RUGHVWH 2HVWH 6XGHVWH 6XO 7RWDO
  • 30. Luxo 11.062 5.506 0 56.866 2.012 75.446 Muito Confortável 1.672 28.793 7.436 44.716 10.395 93.011 Confortável 9.366 43.254 17.183 106.108 50.236 226.148 Médio Conforto 11.625 49.218 24.322 123.852 75.381 284.398 Simples 5.365 28.688 13.417 109.652 93.501 250.623 Muito Simples 1.157 9.228 7.243 40.499 22.031 80.158 Outros Hotéis 1.195 5.157 2.431 13.092 4.911 26.787 7RWDO Fonte: Adaptado de Asmussen Associados - 1995 apud ABRESI. Considerando os dados de Garcia (1996), apresentam-se alguns resultados diferentes a respeito do assunto. Numa pesquisa nacional com 173 hotéis, chegou-se a algumas conclusões que servem para este trabalho. Segundo o autor (1996), os dados amostrais evidenciam que, na média geral, os hotéis empregam de forma permanente 49,2 pessoas; os de pequeno porte cerca de 43% do total, têm em média e de forma permanente 12 empregados; os de tamanho médio, 35% do total, têm 36 empregados de forma permanente; enquanto os de grande porte, 22% do total, mantém em seus quadros, em média, 139 empregados permanentes. Garcia (1996) vai mais além, considerando-se o total de 5.126 meios de hospedagem, a aplicação da média geral obtida no processo de amostragem conduz ao expressivo número de 252,3 mil empregados permanentes na rede hoteleira nacional3. A esse total deve-se somar os empregados temporários e aqueles que executam serviços terceirizados. Quanto ao número de temporários, os dados da amostra indicam que eles representam, em média, aproximadamente 9,7% dos permanentes, ou seja, um contingente nacional de cerca de 24,5 mil empregados. Logo, a pesquisa de Garcia (1996) conclui que uma estimativa de empregos gerados pelos hotéis poderia chegar aos seguintes resultados: total de empregos diretos no setor hoteleiro: 252,3 mil empregados permanentes; 24,5 mil temporários; 15,4 mil 3 Na pesquisa de Garcia (1996) houve uma constatação da realidade brasileira dos hotéis. Apurou-se que do conjunto de hotéis pesquisados, 70% são independentes, ou seja, não fazem parte de nenhuma rede hoteleira, e 95% deles são administrados por seus proprietários. Os resultados confirmam o que se constatou na pesquisa realizada com os hotéis catarinenses. Nas palavras de Dizelda Benedet, presidente da SULCATUR, “Ainda há uma deficiência grande na profissionalização da mão-de-obra. Precisamos, com urgência, trabalhar na capacitação dos profissionais do setor” (DC, 03/10/97).
  • 31. terceirizados e 33,3 mil em hotéis sem classificação. Ao todo seriam 325,5 mil empregos no setor hoteleiro. Quanto à qualificação e ao grau de educação formal dos trabalhadores da rede hoteleira no Brasil, pesquisas indicam que 67% do total de pessoal permanente possui apenas o 1º grau, independente da classificação do hotel. Este dado não só retrata o perfil da mão-de-obra do setor no Brasil, como também da mão-de-obra em Santa Catarina, estado próspero no setor, com enorme potencial, porém com mão-de-obra desqualificada. As taxas de ocupação da rede hoteleira no Brasil em 1996, situaram-se entre 45% e 52%. Em comparação com 1995 (60%), 1996 não foi um ano bom. Sem os dados de 1997 fechados pela Embratur, calcula-se que não foi muito diferente de 1996, devido aos muitos ajustes que o setor enfrentou. O Painel S/A da Folha de S. Paulo de 08/01/98 antecipou alguns dados referentes a 1997, como o de que cerca de 82% dos hotéis brasileiros cobram diárias de até R$ 100,00 e têm uma média de ocupação mensal de 55% a 58%. Desde o início de 1997, foram investidos R$ 1 bilhão na construção de novos estabelecimentos e nas reformas de empreendimentos antigos. Segundo o DC-Diário Catarinense, de 30/12/97, esta foi a maior inversão de recursos já realizada ao longo da história da hotelaria nacional. Apostando no potencial do mercado nacional, grandes grupos brasileiros e estrangeiros estão investindo no setor. Estimativas existentes apontam que mais de R$ 3,8 bilhões, destinados a 200 novos hotéis no país, serão aplicados até o ano 2000. No contexto global do turismo brasileiro, além do ecoturismo (que em média cresce 8% ao ano) e do turismo cultural e de lazer, um dos que tem demonstrado crescimento expressivo também, é o turismo de negócios ou eventos. Considerado um dos mais lucrativos, foi um dos que mais cresceu no período 1992-1995, em torno de 13%, quase três vezes mais do que em toda a América Latina. Em 1995, 23,4% dos turistas estrangeiros no Brasil vieram a negócios e 4,8% para participar de congressos. Este tipo de turismo já movimenta a receita quase que total de muitos hotéis. Por exemplo, o turismo de negócios representa 100% das receitas do Caesar Park de São
  • 32. Paulo; 98% no Transamérica; 90% no Meliá; 85% no Maksoud; 80% no Le Canard, no L’Hotel, no Novotel e no Softel; 70% no Caesar Park do Rio de Janeiro e no Vila Rica. O governo está incentivando a construção de parques temáticos a fim de desenvolver o turismo em determinadas regiões. Atualmente, estão isentos de IPI e do Imposto de Importação, os equipamentos para parques temáticos. Segundo a ADIBRA, existe no país 2 mil parques (95% são pequenos e móveis), que faturam 200 milhões de reais, geram 50 mil empregos diretos e 250 mil temporários. Atualmente, existem 15 parques temáticos em construção ou projetados e investimentos previstos até o ano 2000 de 2 bilhões de reais. Em suma, a ABRESI resume todos os paradoxos do turismo no Brasil ao ilustrar que o país tem um clima excepcional, praias belíssimas e grandes santuários ecológicos, como a Amazônia e o Pantanal, e ainda uma diversidade cultural impressionante. Tudo isso é matéria-prima de alto valor em turismo. Entretanto, os turistas não querem correr o risco de serem assaltados, nem pagar preços exorbitantes nos hotéis, muito menos com os serviços prestados de forma bastante amadora. As pessoas pagam por um serviço e querem profissionalismo com qualidade. Para a ABRESI a solução começa pela mudança de enfoque. O turismo não é algo que deva ser visto como mordomia a ser desfrutada por uns poucos privilegiados. É um produto, um serviço ao qual deve ter acesso um número cada vez maior de pessoas. Diante disso, é fato constatado que o turismo é hoje uma das indústrias que mais cresce no mundo e deverá ser uma das maiores possibilidades de se amenizar o caos do desemprego, pois tem enorme potencial de geração de renda e ampla utilização de mão- de-obra nos seus diversos segmentos (ABRESI, 1995). 2 7XULVPR 5HFHSWLYR Para o Diretor de Economia e Fomento da Embratur, Bismarck Pinheiro Maia, “...as pessoas precisam entender que o grande mercado para o turismo nacional está aqui mesmo e somos nós, os brasileiros. Nós temos 17 milhões de turistas viajando pelo país, mais isso parece não importar. No Nordeste, apenas 5% do total de turistas são estrangeiros. Em Santa Catarina, esse percentual deve ficar em torno de 10% a 15% no
  • 33. verão mas ao longo do ano não deve ultrapassar os 5%. É o turista brasileiro que tem força para alavancar o turismo no país” (DC, 17/08/97). Esta afirmação representa o motivo do investimento ao fomento do turismo interno no Brasil durante o ano de 1997 por parte da Embratur. Não obstante a isso, o turismo receptivo internacional é fundamental para um país, principalmente por gerar divisas à Nação. De acordo com o Anuário Estatístico 1996 da Embratur, em 1995 entraram 1.991.416 turistas estrangeiros no país, sendo 1.106.062, provenientes da América do Sul, dentre esses, 32% da Argentina, o maior emissor. Tabela I: Entrada de Turistas no Brasil - 1970/1995. $126 785,67$6 $126 785,67$6 $126 785,67$6 $126 785,67$6 249.900 634.595 1.595.726 1.228.178 287.926 784.316 1.735.982 1.692.078 342.961 1.081.799 1.934.091 1.641.138 399.127 1.625.422 1.929.053 1.853.301 480.267 1.357.879 1.742.939 1.991.416 517.967 1.146.681 1.402.897 555.967 1.420.481 1.091.067 Fonte: Embratur - Anuário 1996. Tabela J: Entrada de Turistas no Brasil, Segundo Vias de Acesso. 3RQWRV GH 9LD $pUHD 9LD 0DUtWLPD 9LD 7HUUHVWUH 9LD )OXYLDO 7RWDO KHJDGD AMAZONAS 9.413 11.772 - - 2.030 2.538 392 490 11.835 14.800 BAHIA 66.470 62.599 1.668 1.655 - - - - 68.138 64.254
  • 34. DISTRITO FED. 3.874 4.603 - - - - - - 3.874 4.603 MATO G. DO SUL 7 170 - - 26.392 22.593 - - 26.399 22.763 PARÁ 6.360 6.291 - - - - 1.468 2.624 7.828 8.915 PARANÁ 11.759 10.523 647 566 151.516 142.874 582 530 164.504 154.493 PERNAMBUCO 48.367 48.619 2.940 2.926 - - - - 51.307 51.545 RIO G. DO SUL 57.966 54.220 1.437 1.239 450.717 388.978 18.307 15.792 528.427 460.229 RIO DE JANEIRO 424.469 484.114 5.080 5.793 - - - - 429.549 489.907 SÃO PAULO 405.899 533.329 4.405 4.512 - - - - 410.304 537.841 OUTROS PONTOS 94.998 127.345 6.390 6.622 49.652 47.920 96 179 151.136 182.066 727$/ Fonte: Embratur - Anuário 1996. Tabela K: Entrada de Turistas no Brasil, Segundo Pontos de Chegada e Regiões de Residência Permanente. 5(*,®(6 $0$=21$6 %$+,$ ',675,72 0$72 * 3$5È 3$5$1È )('(5$/ '2 68/ ÁFRICA 42 30 264 213 27 143 53 28 26 14 292 370 AMÉRICA CENTRAL 173 256 190 8 100 119 37 33 198 771 692 824 AMÉRICA D. NORTE 6.404 8.537 1.489 3.200 2.810 2.925 301 296 1.887 1.214 5.248 5.743 AMÉRICA D. SUL 1.912 2.604 32.553 21.414 425 286 23.444 20.116 4.087 4.346 138.461 124.208 ÁSIA 497 746 92 112 128 215 93 112 152 56 3.303 3.630 EUROPA 2.670 2.197 33.063 38.750 249 404 2.035 1.656 1.385 1.728 14.654 17.223 OCEANIA 81 324 24 16 10 13 148 108 7 3 618 792 ORIENTE MÉDIO 33 73 180 125 73 375 281 411 8 5 1.148 1.522 NÃO ESPECIFICADO 23 33 283 416 52 123 7 3 78 778 88 181 727$/ (CONTINUA) 5(*,®(6 3(51$0 5,2 * '2 5,2 '( 6­2 3$8/2 287526 727$/ %82 68/ -$1(,52 321726 ÁFRICA 263 279 109 115 19.949 13.357 4.003 4.232 171 152 25.229 18.933 AMÉRICA CENTRAL 43 64 144 148 3.511 4.653 5.116 6.153 77 453 10.281 13.482 AMÉRICA D. NORTE 2.214 3.403 1.961 2.783 70.655 85.131 91.619 131.494 3.553 9.841 188.141 254.567 AMÉRICA D. SUL 7.886 6.059 520.379 450.597 146.233 148.853 149.286 171.539 134.163 156.040 1.158.829 1.106.062 ÁSIA 95 121 470 457 8.845 11.371 28.800 41.289 387 770 42.862 58.879 EUROPA 40.285 40.822 4.878 5.558 170.950 212.898 125.329 173.559 12.475 14.358 407.973 509.153 OCEANIA 29 15 206 230 2.880 4.211 1.529 2.105 54 149 5.586 7.966 ORIENTE MÉDIO 121 291 169 183 3.240 4.297 3.187 4.748 62 138 8.502 12.168 NÃO ESPECIFICADO 371 491 111 158 3.286 5.136 1.405 2.722 194 165 5.898 10.206 727$/ ¢ ¤¢© ¤'¢§¥ %© ¤©©¦ % ¡$§¥#¡ ¤¢  ¢© §§!©§¥ §¦ ¢ ©© §©© ©©  §§§© §©©§ §§ ©©  ¤¢¨©§¥ ¤¢  ¡ £ ¡ £ ¡ ¡ ¦ £ ¥   £ ¡ £ £ ¡ ¡ ¡ £ ¨ ¥   ¦ £ ¡ ¨ ¦ £ £ £ ¦ ¨ £   £ ¡   ¦ £ ¡ Fonte: Embratur - Anuário 1996. Figura A: Principais Mercados Emissores de Turistas para o Brasil - 1995.
  • 35. Outros Suiça 17% Argentina 2% 32% Inglaterra 2% Portugal 3% França 3% Espanha 3% Chile 3% Itália USA 4% Paraguai 11% Alemanha Uruguai 5% 5% 10% Fonte: Embratur - Anuário 1996. Figura B: Principais Portões de Entrada de Turistas Estrangeiros - 1995. Outros Pernambuco 12% São Paulo Bahia 3% 26% 3% Paraná 8% Rio G. do Sul Rio de Janeiro 23% 25% Fonte: Embratur - Anuário 1996.
  • 36. Os dados de 1996 indicam um crescimento do turismo receptivo: 2.386.000 turistas vieram ao Brasil, deixando US$ 2,3 bilhões, 11% a mais do que em 1995. O perfil do turismo pode ser resumido pelas informações da Embratur listadas abaixo: a) Renda média anual: US$ 41.462,85; b) Gasto médio per capita/dia , excluindo hospedagem: US$ 70,39; c) Gasto médio per capita/dia com hotel: US$ 65,26; d) Motivo da viagem: turismo (67,2%); e) Fator decisório da visita: atrativos turísticos (74,7%); f) O que influenciou a decisão da visita: televisão (12,7%); g) Forma de organização da viagem: organizada por agências de viagem (36,2%); h) Permanência média no país: 13,16 dias; i) Turistas que viajaram pela primeira vez ao país: 35,2%; j) Meio de hospedagem: hotel (85%) e k) Turistas que pretendem voltar ao Brasil: 89,3%. Em 1996, houve um aumento de 26,2% no gasto médio per capita por dia do turista estrangeiro. O segmento que merece destaque, mais uma vez, é o do turismo de negócios e eventos que cresceu 29% em função da estabilidade e da abertura econômica, com o interesse de investimentos estrangeiros e do Mercosul (Alvares, 1997). As cidades mais visitadas em 1996 seguem a tendência histórica e estão assim distribuídas: Rio de Janeiro (30,5%); São Paulo (22,4%); Florianópolis (17%); Foz do Iguaçu (16,6%); Porto Alegre (10,1%); Salvador (7,7%); Camboriú (5,4%); Manaus (4,7%); Recife (4,7%) e Torres (4,4%). O número de turistas que o Brasil recebe é irrisório quando comparado com outros países. Enquanto o Brasil recebe anualmente 2 milhões em média, a França recebe 61 milhões de visitantes; os EUA 45 milhões; a Espanha 42 milhões; o México 20 milhões; Portugal 10 milhões; a Rússia com seus problemas também recebe em média 10 milhões e a Malásia 8 milhões.
  • 37. Ao que parece, o turismo receptivo internacional no Brasil ainda é muito pouco desenvolvido. O seu potencial é enorme, os dados e o segmento turístico que ele apresenta comprovam isso, porém é muito pouco explorado pelos atores competentes do sistema. Estimativas mostram que em 1997 o Brasil pode ter recebido cerca de 2,3 milhões de turistas estrangeiros, número muito aquém do real potencial do país. Segundo Carlos Alberto Júlio, o Brasil ocupa o 42º posto no mundo em recepção de turistas. É pouco expressivo diante da diversidade de fatores culturais e naturais existentes, e que poderiam servir como meio de fomentar recursos para atrair mais visitantes (Lage Milone, 1995). A meta do governo é um aumento de 1,8 milhão, valor referente a 1994, de turistas estrangeiros no país, para 3,8 milhões em 1999, com incremento de 111% no período. Isso representaria aumentar de US$ 1,95 bilhão em 1994 de ingressos de divisas estrangeiras, para US$ 4 bilhões em 1999, um incremento de 105,13% no período, o que representa dizer que os empregos gerados na economia passarão dos atuais 9% da população economicamente ativa no setor, para além da média mundial de 10,6%. A evolução da receita-turismo em relação às exportações decresceu de 1980 para 1990, como mostra a Tabela 12. Tabela L: Evolução da Receita-Turismo em Relação às Exportações. $12 3$57,,3$d­2 1$6 (;3257$d®(6 8,91% 7,4% 8% 7% 5,6% 5,8% 6,8% 5,7% 4,9% 3,6% 4,6% 4,9% 3,7%
  • 38. 2,8% 4,4% Fonte: Adaptado de ABRESI, 1996. 2 7XULVPR (PLVVLYR A quantidade de brasileiros que sai do país é muito maior do que a de turistas que entram no Brasil. Somente em 1997, estimativa da ABAV, enquanto que 2,3 milhões de estrangeiros visitaram o país, 3,5 milhões de brasileiros viajaram ao exterior. Nos últimos 15 anos, enquanto o turismo emissivo internacional do Brasil cresceu 495% o receptivo evoluiu apenas 17%. O perfil do turista brasileiro que viajou ao exterior em 1996 pode ser resumido da seguinte forma, segundo a Embratur: a) a maioria (62,9%) viajou a turismo, sendo os “atrativos turísticos” o principal fator decisivo para a viagem; b) 54,7% dos turistas organizou a viagem sem o auxílio de agências; c) cerca de 64,7% já haviam viajado pelo Brasil nos últimos doze meses que precederam à data de realização da pesquisa; d) 56,3% visitou os EUA; e) a permanência média no exterior é de 16,92 dias; f) o gasto médio por pessoa por dia é de US$ 90,67 e g) 75,8% do total dos entrevistados hospedou-se em hotéis. Além dos EUA (56,3%), os brasileiros também viajam para a França (9,9%); Argentina (9,5%); Canadá (7,6%); Itália (6,9%); Uruguai (5,5%); Espanha (5%); Inglaterra (4,8%); e Portugal (4,2%). Os engenheiros (10,5%), os professores (10,2%), comerciantes (7,2%) e médicos (6,4%) foram os que mais viajaram ao exterior em 1996. Sendo os maiores pólos emissores segundo residência: São Paulo (31,1%); Rio de Janeiro (23%); Rio Grande do Sul (12,9%) e Distrito Federal (4,4%).
  • 39. Tabela M: Perfil do Turista Brasileiro que Viajou ao Exterior. 0$,25(6 (0,6625(6 $12 MOTIVO DA VIAGEM Turismo 67,7% 67,1% 62,9% Negócio 23,3% 23,4% 26,7% FORMA DE ORGANIZAÇÃO DA VIAGEM Não Organizada por Agência 54,3% 51,6% 54,7% Organizada por Agência 45,7% 48,4% 45,3% HOSPEDAGEM UTILIZADA NO EXTERIOR Hotel 74,0% 79,4% 75,8% Casa de amigo/Parente 19,4% 15,5% 17,9% PERMANÊNCIA MÉDIA (dias) 17,54 17,51 16,92 GASTO MÉDIO PER CAPITA DIA (US$) 80,02 93,37 90,67 PAÍSES MAIS VISITADOS Estados Unidos 53,0% 54,0% 56,3% França 7,4% 11,5% 9,9% Itália 5,5% 10,7% 6,9% Argentina 10,1% 9,8% 9,5% Canadá - 7,0% 7,6% Espanha 5,4% 9,0% 5,0% Inglaterra 3,9% 6,3% 4,8% Uruguai 7,5% 5,9% 5,5% Portugal 4,4% 5,3% 4,2% Fonte: Embratur - Estudo da Demanda Turística Internacional - 1996. Por fim, três são os principais motivos que estão levando cada vez mais brasileiros ao exterior: a) nunca foi tão barato viajar ao exterior, mais barato muitas vezes do que viajar dentro do próprio país; b) facilidade de sair e entrar no país; e c) estabilização da economia (ABRESI).
  • 40. 2 7XULVPR HP 6DQWD DWDULQD A indústria do turismo em Santa Catarina destaca-se pela diversidade dos atrativos turísticos. Poucos estados, e até mesmo países, poderiam igualar-se a Santa Catarina em termos de atrativos naturais. Em um espaço de 95 mil quilômetros quadrados pode-se encontrar os mais variados contrastes da natureza. São serras que se elevam a uma altitude de 1.400 metros, um litoral pontilhado com belas praias, baías, enseadas e ilhas, passando por planaltos e vales de colonização européia. São inúmeras as fontes termais no Estado, onde a temperatura varia de 35 graus centígrados no verão a zero grau negativo no inverno, é quando acontece o espetáculo da neve no planalto serrano (Gazeta Mercantil de 29/07/97). É evidente que o diferencial do produto turístico de Santa Catarina frente aos estados concorrentes é a grande diversidade de seus atrativos. A ampla e diversificada base de recursos naturais, aliada a fatores relacionados às várias culturas dos grupos sociais que colonizaram o território, possibilita a oferta de diversos circuitos turísticos: Caminho da Fé ou Circuito Religioso; Circuito de Cultura Açoriana, Alemã, Italiana, Austríaca, Japonesa e Polonesa; Circuito Litorâneo; Circuito Ferroviário; Ecoturismo; Agroturismo e Turismo Rural; Circuito da Neve; Circuito das Águas Termais; Circuito de Compras; Aventuras; de Museus; de Parques; Circuito das Festas dentre outros dispersos nas diversas microregiões geográficas que integram o território catarinense e que se encontram sintetizados na Tabela 14. O órgão oficial de turismo no Estado, a Santur, numa tentativa de agrupar as diferentes opções em nível de marketing, estabeleceu oito rotas turísticas oficiais: a Rota do Sol localizada no Litoral Norte do Estado; o Caminho dos Príncipes na Região Norte; República Juliana na Região Sul; a Rota Vale Europeu, no Vale do Itajaí; as Serras Catarinenses na Região Serrana; a Rota do Contestado no Vale do Rio do Peixe; Nova Rota das Termas na Região Oeste; e a Capital da Natureza no Litoral Centro. 4 Parte deste tópico está fundamentado nos trabalhos “Diagnóstico e Prognóstico da Atividade Turística em Santa Catarina” e “Turismo em Santa Catarina: diagnóstico básico”, coordenado pelo professor da UFSC e Presidente da Santur, Luis Moretto Neto.
  • 41. Figura C: Divisão Turística de Santa Catarina. Fonte: Santur, 1992.
  • 42. Tabela N: Microrregiões de Santa Catarina ³ ´ 6CA4976642)0( 5 B) @ 8 3 3 5 3 1 72)V%297S497663 5 1 R UT 3 Q R 5 R Q P 5 9CY6SVA5 ` H) 1 X 8 R efd %Aa c b £ g c wu v f%€ %b ‚ e d c d ¢„Gr %b t … ƒ I I b g q r € c xyrGh b g 42G976D4A@ H 1) F E 3 @ 5 8 W%297SR 5 ( U) 3 Q q%pfd h b ie e c sv d c  r efd t wA%b b ƒ i a %b Gsg a t r f%¢wƒ c g e d € b Veraneio Rural; ecológico e aventuras 15 640 1.349 149 766X773777H E Q @ H H 3 Cultura germânica; festas; Científico 37 2.190 4.625 661 77S09S` Q H X 8 ( Q † eventos; compras e ecoturismo Nenhum Termal; ecoturismo e 09 202 631 42 6D7C)A6741 U H ‡ X 5 X H cultural Termal Ecoturismo; científico; 14 437 882 121 C97676671 H) P 3 ˆ 1 X 5 cultural e agroturismo Nenhum Ecoturismo; rural; cultura 08 - 408 - D67H V‰9741 U 5 X ) R) 3 Q † japonesa Lazer e termal Científico; rural; 25 789 1.547 207 D41 H ‡ 748 ˆ 1 I agroturismo Nenhum Cultural; gastronomia 22 767 1.483 25 ‘9CY2941 H ( ) 1) 3 Praias; eventos; cultura Cultura alemã; ecoturis.; 216 6.545 19.315 2.025 ˆ67C964GF X H) 3 5 ` 2)VA5 U ` I açoriana e termal aventura; rural e científico Praias; festas; compras e - 214 9.714 21.317 2.965 9©’7S‰) T H H R parque temático Nenhum Festas; religioso e - - - - Q SR‰) 66X7765 H @ H 3 I ecoturismo Compras; Industrial; rural; Ferroviário; museus 63 2.216 5.174 734 V`V‰97C)A%’ 8 `) “ X 5 festas e ecoturismo Ecoturismo Ferroviário; Cultura alemã e 18 558 1.789 73 466%’ H ” H 5 H † italiana Rural; festas e neve Ecoturismo; gastronômico; 38 631 2.070 414 4A6S` U 8 @ H cultura japonesa e compras Aventuras; festas e Ecoturismo; cultura 15 170 474 - 9§6•293 ` Q U 5 P 5) compras germânica e italiana Ferroviário; festas; cultura Ecoturismo; culturais e 14 365 777 - 5 6B§U 5 6P † alemã e polonesa compras 9§U ` Q
  • 43. - Rural; ecoturismo; 09 371 662 - 6§U ( 5 B 5 6P agroturismo e aventura 8VR%4A5 U 8 Termal Rural; ecoturismo; aventura 04 127 182 106 563C)V8V`9Q SR H † e cultura alemã Religioso; ecoturismo; - 05 114 216 - 646©CVR U H 1 Q ’) compras; cultura italiana e esportivo Praias; termal e ferroviário Ecoturismo; cultura alemã e 81 2.315 5.680 693 Q SR 677H 5 B 3 † açoriana Lazer Ecoturismo e cultural 04 185 340 20 X 7H 9S8 — 3 – – 9SRA4R ` H 5 Fonte: Adaptado de Moretto Neto (coord.) et. al, 1997. Legenda: nas lacunas com um traço (-), os dados não estão disponíveis.
  • 44. Figura D: Mapa das Microrregiões de Santa Catarina.
  • 45. A Tabela 14 mostra o potencial turístico ainda a ser desenvolvido nas mais diversas microrregiões do Estado. Também são apresentados o número de empregos diretos gerados pelos meios de hospedagem, totalizando 8.235 trabalhadores em todas as microrregiões. Valor irrisório se for levado em conta que o turismo tornar-se-á daqui para frente, a indústria que mais gerará empregos diretos e indiretos. Ao nível de oferta de hospedagem, nos municípios dotados de atrativos turísticos efetivos e/ou potenciais, existem 8115 empreendimentos instalados em Santa Catarina, com capacidade de 68.921 leitos em 28.336 unidades habitacionais. Neste contexto, as microrregiões geográficas de Itajaí e Florianópolis concentram 30,9% e 28% respectivamente da oferta total do Estado. A grande maioria dos investimentos de hospedagem, encontra-se concentrado na faixa litorânea, particularmente no Centro e Norte, nas localidades de Florianópolis, Balneário Camboriú, Itapema e Bombinhas. O Secretário de Turismo de Balneário Camboriú, Osmar Nunes Filho faz uma importante constatação. Para ele, quanto maior a crise, maior a necessidade das pessoas descansarem, saírem da rotina. Por esse ou por outro motivo, o que se vem observando é que historicamente o turismo em Santa Catarina está crescendo. Em 1991 eram 1.102.400 turistas; em 1992, 1.339.300; em 1993, 1.583.800; e em 1994, 1.540.400 turistas. Em 1997, já somava 2,264 milhões de turistas, o que representa 930 milhões de reais de recursos deixados no Estado, ou seja, 7% do PIB catarinense. Segundo dados da Santur, só no verão de 1995, 1,35 milhões de turistas visitaram o Estado e em 1996, 1,56 milhões de pessoas passaram o verão no Estado Catarinense. Nesse período, a taxa média de ocupação na rede hoteleira subiu de 52,9% para 70,8%. As 10 cidades catarinenses mais visitadas são Balneário Camboriú, Florianópolis, Blumenau, Joinville, Laguna, Lages, Porto Belo, São Francisco do Sul, Brusque e Chapecó. Sendo que os principais mercados emissores são Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina (turismo interno) e São Paulo como mostra abaixo a tabela. 5 Cadastrados na Embratur existem 162 meios de hospedagem em Santa Catarina, com predominância de hotéis. Classificados da seguinte forma: 1 estrela: 12 com 430 unidades habitacionais (UH); 2 estrelas: 69 com 3.031 UH; 3 estrelas: 54 com 3.705 UH; 4 estrelas: 22 com 2.362 UH; 5 estrelas: 5 com 472 UH; perfazendo um total de 162 com 10.000 UH.
  • 46. Tabela O: Principais Mercados Emissores - Nacionais. (67$'2
  • 47. PARANÁ 27,66 26,68 28,82 SANTA CATARINA 21,73 28,55 23,13 RIO GRANDE DO SUL 20,49 24,64 25,18 SÃO PAULO 17,29 11,79 12,93 RIO DE JANEIRO 3,70 2,26 2,81 Fonte: Santur. Já como principal mercado emissor de estrangeiros a Santa Catarina, os países do Mercosul representam mais de 90%, com destaque à Argentina que mantém de longe a liderança com 82,79% dos turistas estrangeiros que vem ao Estado. Tabela P: Principais Mercados Emissores - Estrangeiros. 3$Ë6
  • 48. ARGENTINA 89,30 79,19 82,79 PARAGUAI 5,30 9,49 6,05 URUGUAI 3,31 3,64 4,19 CHILE 0,57 3,64 0,93 Fonte: Santur. Em termos de números de turistas os percentuais das tabelas acima podem ser sintetizados através da tabela a seguir: Tabela Q: Movimento Estimado de Turistas. 25,*(0 NACIONAIS 1.205.241 1.238.117 1.443.340 ESTRANGEIROS 335.186 112.515 117.679
  • 49. 727$/ Fonte: Santur. Pode-se observar um predomínio muito expressivo de turistas nacionais em Santa Catarina, razão pela qual a Santur está se dedicando mais a esse mercado. O gasto médio diário por turista em dólar vem aumentando ao longo dos anos. Em 1994 enquanto o turista nacional gastava US$ 28,67 dia, o estrangeiro gastava US$ 37,20. Essa proporção demonstra uma tendência de aproximação. Em 1995, o turista nacional gastava US$ 37,72 dia e o estrangeiro US$ 38,34. Em 1996 o gasto do turista nacional foi de US$ 38,35 e do estrangeiro US$ 45,44. A seguir está o somatório da receita, em dólar, com os turistas nacionais e estrangeiros. Tabela R: Receita Estimada em Dólar. 25,*(0 1$,21$,6 336.606.569,73 483.674.004,38 561.299.215,18 (675$1*(,526 179.195.909,23 57.976.697,16 75.668.973,71 727$/ Fonte: Santur. Quanto à qualidade dos equipamentos e serviços turísticos em Santa Catarina especificamente tratando-se dos hotéis, uma pesquisa realizada pela Santur em 1994 mostra que tanto o turista nacional (amostra de 13.991 turistas) quanto o estrangeiro (amostra de 3.891 turistas), na sua maioria qualificam os serviços prestados pelos hotéis como sendo bom. Em média, 63,28% dos turistas o qualificam desta forma. Tabela S: Qualidade dos Equipamentos e Serviços Turísticos de Santa Catarina - Serviço de Hotel (1994). 25,*(0 1$,21$,6 (675$1*(,526 727$/ 6(59,d2 % DE % DE % DE '( +27(/ RESPOSTAS RESPOSTAS RESPOSTAS %20 63,66 61,61 63,28 (;(/(17( 25,48 27,24 25,81 5(*8/$5 9,30 8,98 9,24