SlideShare ist ein Scribd-Unternehmen logo
1 von 56
Aspectos clínicos, diagnóstico
e tratamento da Febre do
Chikungunya
Vírus
• RNA;
• Família Togaviridae.
•Gênero Alphavírus.
Robinson MC. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1955;49:28-32
3 subtipos:
• West África
•East South- Central África
• Ásia
Vetores
Ae. aegypti Ae. albopictus
Reservatórios
• Humanos;
• Primatas não humanos, roedores, pássaros e outros pequenos
mamíferos (PADBIDRI & GNANESWAR, 1979).
Ciclo
Período de Incubação
• O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser
humano é em média de 3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12
dias);
• O extrínseco, que ocorre no vetor, dura em média 10 dias.
Suscetibilidade e imunidade
• Todos não previamente expostos ao CHIKV;
• Imunidade duradoura
Apresentação Clínica
•A febre tem início súbito, é
alta, associada a poliartralgia
/ artralgia intensa.
•Pode ocorrer mialgia, cefaleia
e exantema;
•A viremia pode persistir por
até 10 dias;
•Analises sorológicas indicam
que 3% a 28% apresentam
infecção assintomática;
•Pode cursar 3 fases clínicas
distintas: fase aguda,
subaguda e crônica.
Fase Aguda
• Febre de início súbito (> 38,5°C);
• O paciente recorda a hora de início da febre;
• Dor articular intensa;
• Cefaleia, fotofobia, dor difusa nas costas, mialgia, náuseas, vômito, erupção
cutânea e conjuntivite;
• A fase aguda pode durar de 3 – 10 dias.
Frequência de sintomas agudos da infecção por CHIKV
Sinal ou Sintoma
Faixa de frequência
(% de pacientes sintomáticos)
Febre 76-100
Poliartralgia 71-100
Cefaleia 17-74
Mialgia 46-72
Dor nas costas 34-50
Náusea 50-69
Vômito 4-59
Exantema 28-77
Poliartrite 12-32
Conjuntivite 3-56
Febre
Poliartralgia
• É a principal característica de infecção pelo vírus;
• Usualmente simétrica e compromete mais de uma
articulação;
• É um sintoma debilitante (dor/ fragilidade/ edema/
rigidez/ incapacidade);
• O edema é comum, mas não há outros sinais de
inflamação;
• Pode persistir por meses ou anos;
• Dura de poucos dias até uma semana;
• Pode ser contínua ou intermitente;
Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007
Fase Aguda
Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007
Fase Aguda
Lesões de pele
• Normalmente está presente durante a fase aguda;
• Acometem o tórax, membros e face;
• A incidência pode chegar até 50% dos casos;
• A manifestação mais comum é um exantema
maculopapular que surgem entre dois a cinco dias após
início da febre e dura de dois a três dias;
• Eritema difuso;
• Em crianças, vesículas bolhosas;
Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007
Fase Aguda
Fase Aguda
Fonte: http://prezi.com/kbo1_z1nf9om/chikungunya-nas-americas/ / cedido por Vitor Laerte
• Trombocitopenia leve – geralmente acima de 100.000/
mm3;
• Leucopenia – geralmente menor que 5.000 células;
• Linfopenia – menor que 1.000 células;
• Elevação discreta das transaminases;
• Proteína C Reativa e taxa de sedimentação de eritrócitos
elevados.
• Efeitos diretos do vírus, resposta imunológica e
toxicidade dos medicamentos;
• Estima-se 2% dos casos;
• A convulsão acomete principalmente pessoas com
história prévia de epilepsia e/ou alcoolismo.
Formas Atípicas
Sistema Manifestações Clínicas
Neurológico Meningoencefalite, encefalopatia, convulsões, síndrome de
Guillain-Barré, síndrome cerebelar, paresia, paralisia, neuropatia.
Ocular Neurite óptica, iridociclite, episclerite, retinite, uveíte
Cardiovascular Miocardite, pericardite, insuficiência cardíaca, arritmias,
instabilidade hemodinâmica
Dermatológico Hiperpigmentação fotossensível, úlcera aftosa intertriginosa,
dermatose vesículo-bolhosa
Renal Nefrite, insuficiência renal aguda
Outro Discrasias hemorrágicas, pneumonia, insuficiência respiratória,
hepatite, pancreatite, SSIHA, hipoadrenalismo
Adaptado por Rajapakse et al. 20
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Formas Atípicas
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Formas Atípicas
Formas Atípicas
Formas Atípicas
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Formas Atípicas
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Crianças
• Tem risco de manifestação
grave;
• Pode haver transmissão
materno fetal;
• Nesses casos o
comprometimento do
sistema nervoso é grave e
frequente;
• Neonatos: manifestações
hemorrágicas e instabilidade
hemodinâmica.
Crianças
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Crianças
Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
Fase Subaguda
• 2-3 meses após a fase aguda (a partir de 10 dias)
• Poliartite distal;
• Exarcebação da dor ;
• Persistência ou recaída da artralgia nas regiões previamente
acometidas;
• Astenia, prurido generalizado;
• Pode surgir lesões purpúricas, vesiculares e bolhosas;
• Doença vascular periférica, fraqueza, fadiga e sintomas
depressivos;
• Tenosinovite hipertrófica subaguda (tornozelos e punhos).
Simon F et coll. Medicine 2007;86: 123-37
Fase subaguda
Formas crônicas
• Sintomas persistem após 3 meses;
• Artralgia inflamatória nas mesmas articulações afetadas
durante a fase aguda;
• Evolução variável (meses a anos);
• Fatiga, depressão;
• Fatores de risco: idade maior de 45, intensidade da doença na
fase aguda; lesões reumáticas prévias.
• Persistência dos sintomas*:
• África do Sul: 12 – 18% (18 meses a 3 anos);
• Índia: 49% após 10 meses;
• Ilhas Reunion: 80 – 93% após 3 meses; 57% aos 15
meses e 47% após 2 anos.
Óbitos
• Normalmente ocorre na fase aguda;
• 1/1000 pacientes;
• Neonatos, idosos e adultos com comorbidades;
• Causas: falência cardíaca, falência múltipla de órgãos,
hepatite e encefalite;
• Difícil relação causal entre a infecção do vírus e o óbito.
Grupo de Risco
• Neonatos;
• Maiores de 65 anos;
• Portadores de
comorbidades;
• Grávidas (período
intraparto).
• Evidências em humanos e em modelos animais sugerem que a resposta
inflamatória do hospedeiro faz parte da doença induzida pelo vírus;
• Citocinas pró-inflamatórias, interleucinas 1 e 6 estão ativas em
pacientes com formas graves da doença;
• Há uma desregulação da resposta inflamatória;
• Há persistência do vírus no tecido conectivo;
• O vírus se replica nos tecidos articulares e é essa replicação que recruta
células inflamatórias, com monócitos, macrófagos e células natural-
killer;
• A artralgia crônica pode ser devida à persistência viral;
• Pacientes com artralgia crônica tem IgM persistentemente positivo.
Patogenia
Quala razãoda gravidade?
• Há uma desorganização da resposta imune;
• Persistência do vírus em articulações;
• Possibilidade da perpetuação da resposta inflamatória
por meses;
• Resposta exagerada levando a dano articular;
• Reativação de doença inflamatória;
• Descompensação de doença pré-existente.
MALARIA
DENGUE
FEVER
CHIKUNGUNYA FEVER
Jaundice
Renal failure
Fever
Myalgia
Rash
Bleedings
Retro-orbital pain
Transient arterial hypotension
Acute polyarthritis
Tenosynovitis
Anemia
LEPTOSPIROSIS
Adapted from Simon et al, Schwartz, Infections in travelers, Ed 2009
BACTERIAL
SEPSIS
Myalgia
Myocarditis
ADRS
Diagnóstico Diferencial – Fase Aguda
Comparação das Características Clínicas e Laboratoriais de Infecções do vírus de Chikungunya e Dengue1
Características Clínicas e
Laboratoriais
Infecção pelo vírus de
Chikungunya
Infecção pelo vírus da
Dengue
Febre (>102°F ou 39°C) +++ ++
Mialgias + ++
Artralgias +++ +/-
Cefaleia ++ ++2
Erupção cutânea ++ +
Discrasias hemorrágicas +/- ++
Choques - +
Leucopenia ++ +++
Neutropenia + +++
Linfopenia +++ ++
Hematócrito elevado - ++
Trombocitopenia + +++
1 Frequência média dos sintomas de estudos onde as duas doenças foram diretamente comparadas entre
pacientes que procuravam ajuda; +++ = 70-100% dos pacientes; ++ = 40-69%; + = 10-39%; +/- = <10%; - = 0% 32,
33
2 Geralmente retro-orbital
Tabela modificada por Staples et al.34
Diagnóstico Diferencial
Reação de Cadeia de Polimerase (RT-PCR)
Teste de Neutralização por Redução de Placas (PRNT)
Diagnóstico Laboratorial
Diagnóstico Laboratorial
Solicitaçãoda Sorologia
Nome do paciente
Solicito IgM para o chikungunya ou
Solicito IgM para CHIKV.
Diagnóstico Laboratorial
Avaliação e tratamento do
paciente na fase aguda
I. Anamnese
A anamnese deve ser o mais detalhada possível e incluir,
sempre:
• Procedência e história de viagens para área endêmica
/epidêmica para Febre de Chikungunya;
• Tempo de doença com data do início dos sintomas;
• Estabelecer uma relação entre o início da febre e as
manifestações articulares;
• Característica / tempo de febre;
• Manifestações associadas;
• Pesquisa de fatores de risco para doença grave ;
• Uso de medicamentos – aspirina, paracetamol,
antiinflamatórios;
• Alterações na pele – exantema, prurido, dermatite esfoliativa,
hiperpigmentação, fotossensibilidade, lesões simulando
eritema nodoso, úlceras orais, bolhas e vesículas;
• Queixas articulares – duração dos sinais e sintomas, a
localização das articulações primariamente envolvidas, o
padrão topográfico da progressão para outras articulações, a
natureza aguda ou insidiosa do início da doença e também a
frequência e periodicidade das dores nas articulações.
• Dor lombar - procurar indícios para diferenciar da lombalgia
por outras causas crônicas;
• Queixas do sistema nervoso central / periférico – convulsões,
paresia, parestesia, tontura, rebaixamento do nível de
consciência, cefaleia;
• Queixas oculares – dor ocular, redução da acuidade visual,
turvação visual, moscas volantes, olho vermelho;
• Queixas digestivas – dor abdominal, diarreia;
• Casos semelhantes no domicílio, peridomicílio e local de
trabalho;
II. Exame Físico
• No exame físico deve-se atentar para coleta de dados que possam apoiar
no diagnóstico diferencial de dengue;
• Avaliar a ocorrência de sinais de alarme e sinais de choque;
• Sinais vitais: pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória,
temperatura axilar;
• Examinar a pele;
• Exame neurológico e oftalmológico;
• Exame articular;
• Exame físico dos membros superiores: inspeção e palpação
das mãos, observando formas e dimensões, edema, paralisia,
atrofia e contratura musculares. Em seguida, examinar o
punho, carpo e dedos. O punho, o cotovelo e o ombro devem
ser examinados da seguinte maneira:
• Observar o aspecto da pele;
• Mobilidade ativa e passiva – abdução, adução, flexão, extensão,
rotação, movimentos do ombro em suas três articulações;
• Aumento do volume;
• Crepitação;
• Limitação dos movimentos;
• Atrofias musculares;
• Nódulos.
• Exame físico dos membros inferiores: inspeção global dos
membros inferiores, bacia e coluna vertebral. Os pés devem
ser examinados com inspeção estática e dinâmica; os
tornozelos devem ser examinados da seguinte maneira:
• Inspeção de tornozelos e maléolo;
• Mobilidade ativa e passiva do tornozelo;
• Mobilidade durante a marcha;
• Atrofias musculares;
• Dor à compressão.
• Os joelhos:
• Inspeção;
• Examinar a pele;
• Mobilidade;
• Crepitação
• Fase aguda:
‒ Não existe tratamento específico;
‒ Tratamento sintomático;
‒ Paracetamol e dipirona / refratários: codeína;
‒ Repouso;
‒ Exercícios leves / Fisioterapia;
‒ Ingestão de líquidos (oral) / formas graves (volêmico);
‒ Compressas frias.
Tratamento
Tratamento
• Os anti-inflamatórios não esteroides (ibuprofeno, naproxeno,
ácido acetilsalicílico)
• não devem ser utilizados na fase aguda;
• O ácido acetilsalicílico também é contraindicado nessa fase da
doença pelo risco de Síndrome de Reye e de sangramento;
• Os esteroides estão contraindicados na fase aguda, pelo risco do
efeito rebote.
Tratamento
• Fase sub aguda / crônica:
• Terapia antiflamatória;
• Corticoterapia;
• Fisioterapia graduada;
• Injeções intra-articulares de corticoide, AINH tópico ou
oral, e metotrexate em pacientes com sintomas articulares
refratários;
• Considerar uso de morfina e derivados para analgesia de
difícil controle.
Tel.: (71) 3116-0029/ 0047
Email: gerenciadengue@saude.gov.ba.br
GT-DENGUE / CODTV / DIVEP/
SUVISA / SESAB
OBRIGADO!

Weitere ähnliche Inhalte

Was ist angesagt? (7)

Perguntas Malária
Perguntas MaláriaPerguntas Malária
Perguntas Malária
 
Rotavirus vaccine presentation Rotateq 28 june 2013
Rotavirus vaccine presentation Rotateq   28 june 2013Rotavirus vaccine presentation Rotateq   28 june 2013
Rotavirus vaccine presentation Rotateq 28 june 2013
 
Influenza
InfluenzaInfluenza
Influenza
 
Middle east respiratory syndrome coronavirus
Middle east respiratory syndrome   coronavirusMiddle east respiratory syndrome   coronavirus
Middle east respiratory syndrome coronavirus
 
The dengue virus structure
The dengue virus structureThe dengue virus structure
The dengue virus structure
 
Inflamação
InflamaçãoInflamação
Inflamação
 
Arte Egípcia - Escola APP
Arte Egípcia - Escola APPArte Egípcia - Escola APP
Arte Egípcia - Escola APP
 

Andere mochten auch

Chikungunya
Chikungunya Chikungunya
Chikungunya
Claupaiva
 
Febre de-chikungunya-manejo-clinico
Febre de-chikungunya-manejo-clinicoFebre de-chikungunya-manejo-clinico
Febre de-chikungunya-manejo-clinico
Adriana Facin
 
Chikungunya natali suarez
Chikungunya natali suarezChikungunya natali suarez
Chikungunya natali suarez
Natalí Suárez
 

Andere mochten auch (20)

Chikungunya o proximo desafio
Chikungunya o proximo desafioChikungunya o proximo desafio
Chikungunya o proximo desafio
 
Febre chikungunya
Febre chikungunya Febre chikungunya
Febre chikungunya
 
CHIKUNGUNYA
CHIKUNGUNYACHIKUNGUNYA
CHIKUNGUNYA
 
Chikungunya
ChikungunyaChikungunya
Chikungunya
 
Apresentação dengue chikungunya e zika
Apresentação dengue chikungunya e zikaApresentação dengue chikungunya e zika
Apresentação dengue chikungunya e zika
 
Dengue e Chikungunya
Dengue e ChikungunyaDengue e Chikungunya
Dengue e Chikungunya
 
Chikungunya
Chikungunya Chikungunya
Chikungunya
 
Dengue, chikungunya e zika
Dengue, chikungunya e zikaDengue, chikungunya e zika
Dengue, chikungunya e zika
 
AEDES: Zika, Dengue e Chicungunha - Medicina UFRJ 3o. período, Disciplina AIS
AEDES: Zika, Dengue e Chicungunha - Medicina UFRJ 3o. período, Disciplina AISAEDES: Zika, Dengue e Chicungunha - Medicina UFRJ 3o. período, Disciplina AIS
AEDES: Zika, Dengue e Chicungunha - Medicina UFRJ 3o. período, Disciplina AIS
 
Apresentação cikungunya jg
Apresentação cikungunya jgApresentação cikungunya jg
Apresentação cikungunya jg
 
dengue, zika, chicungunya
dengue, zika, chicungunyadengue, zika, chicungunya
dengue, zika, chicungunya
 
DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA
DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA
DENGUE CHIKUNGUNYA ZIKA
 
Palestra sobre combate a dengue
Palestra sobre combate a denguePalestra sobre combate a dengue
Palestra sobre combate a dengue
 
Historia del Virus Chikungunya
Historia del Virus ChikungunyaHistoria del Virus Chikungunya
Historia del Virus Chikungunya
 
Slides Dengue
Slides DengueSlides Dengue
Slides Dengue
 
Dengue – Chikungunya Zika
Dengue – Chikungunya   ZikaDengue – Chikungunya   Zika
Dengue – Chikungunya Zika
 
Febre de-chikungunya-manejo-clinico
Febre de-chikungunya-manejo-clinicoFebre de-chikungunya-manejo-clinico
Febre de-chikungunya-manejo-clinico
 
Chikungunya joão vitor 3 a
Chikungunya  joão vitor 3 aChikungunya  joão vitor 3 a
Chikungunya joão vitor 3 a
 
Vamos combater a dengue!
Vamos combater a dengue!Vamos combater a dengue!
Vamos combater a dengue!
 
Chikungunya natali suarez
Chikungunya natali suarezChikungunya natali suarez
Chikungunya natali suarez
 

Ähnlich wie Chikungunya

Afecções imunológicas e reumáticas ainda cru
Afecções imunológicas e reumáticas ainda cruAfecções imunológicas e reumáticas ainda cru
Afecções imunológicas e reumáticas ainda cru
Cibelle Viero
 
Resumo doenças exantemáticas
Resumo doenças exantemáticasResumo doenças exantemáticas
Resumo doenças exantemáticas
Lívia Zadra
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013
Yvone Formiga
 
Doenças exantemáticas
 Doenças exantemáticas Doenças exantemáticas
Doenças exantemáticas
Karina Pereira
 
Slide de biologia pneumonia, sífilis e tétano
Slide de biologia pneumonia, sífilis e tétanoSlide de biologia pneumonia, sífilis e tétano
Slide de biologia pneumonia, sífilis e tétano
lucas_12
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia  2013Tétano com espasmo e apneia  2013
Tétano com espasmo e apneia 2013
Yvone Formiga
 

Ähnlich wie Chikungunya (20)

Afecções imunológicas e reumáticas ainda cru
Afecções imunológicas e reumáticas ainda cruAfecções imunológicas e reumáticas ainda cru
Afecções imunológicas e reumáticas ainda cru
 
Chikungunya.pptx
Chikungunya.pptxChikungunya.pptx
Chikungunya.pptx
 
Resumo doenças exantemáticas
Resumo doenças exantemáticasResumo doenças exantemáticas
Resumo doenças exantemáticas
 
Sle 2013
Sle 2013Sle 2013
Sle 2013
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia 2013
 
Doenças exantemáticas
 Doenças exantemáticas Doenças exantemáticas
Doenças exantemáticas
 
Slide de biologia pneumonia, sífilis e tétano
Slide de biologia pneumonia, sífilis e tétanoSlide de biologia pneumonia, sífilis e tétano
Slide de biologia pneumonia, sífilis e tétano
 
Em Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue IIEm Tempos De Dengue II
Em Tempos De Dengue II
 
Em Tempos De Dengue
Em Tempos De DengueEm Tempos De Dengue
Em Tempos De Dengue
 
Tétano com espasmo e apneia 2013
Tétano com espasmo e apneia  2013Tétano com espasmo e apneia  2013
Tétano com espasmo e apneia 2013
 
Apres. dengue zica, chikungunya
Apres. dengue zica, chikungunyaApres. dengue zica, chikungunya
Apres. dengue zica, chikungunya
 
tcc-e-learn
tcc-e-learntcc-e-learn
tcc-e-learn
 
Dengue - by Ismael Costa
Dengue - by Ismael CostaDengue - by Ismael Costa
Dengue - by Ismael Costa
 
Infecções Osteoarticulares
Infecções OsteoarticularesInfecções Osteoarticulares
Infecções Osteoarticulares
 
2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.2 fiebre reumatica 2015.
2 fiebre reumatica 2015.
 
Tutoria 3 varicela
Tutoria 3   varicelaTutoria 3   varicela
Tutoria 3 varicela
 
Febre amarela
Febre amarelaFebre amarela
Febre amarela
 
Febre amarela (1)
Febre amarela (1)Febre amarela (1)
Febre amarela (1)
 
EMULTIPLA2.pdf
EMULTIPLA2.pdfEMULTIPLA2.pdf
EMULTIPLA2.pdf
 
Arbovirose em tempos de covid
Arbovirose em tempos de covidArbovirose em tempos de covid
Arbovirose em tempos de covid
 

Kürzlich hochgeladen

matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
CleidianeCarvalhoPer
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
edelon1
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
LusGlissonGud
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
LeloIurk1
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
azulassessoria9
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
LeloIurk1
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
TailsonSantos1
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
FabianeMartins35
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
HELENO FAVACHO
 

Kürzlich hochgeladen (20)

matematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecnimatematica aula didatica prática e tecni
matematica aula didatica prática e tecni
 
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
Nós Propomos! " Pinhais limpos, mundo saudável"
 
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdfPRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
PRÉDIOS HISTÓRICOS DE ASSARÉ Prof. Francisco Leite.pdf
 
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de HotéisAbout Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
About Vila Galé- Cadeia Empresarial de Hotéis
 
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptxSlide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
Slide - EBD ADEB 2024 Licao 02 2Trim.pptx
 
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdfPROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
PROJETO DE EXTENSÃO - EDUCAÇÃO FÍSICA BACHARELADO.pdf
 
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptxApresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
Apresentação em Powerpoint do Bioma Catinga.pptx
 
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdfENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
ENSINO RELIGIOSO 7º ANO INOVE NA ESCOLA.pdf
 
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.pptaula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
aula de bioquímica bioquímica dos carboidratos.ppt
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia TecnologiaPROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
PROJETO DE EXTENSÃO I - Radiologia Tecnologia
 
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...Considere a seguinte situação fictícia:  Durante uma reunião de equipe em uma...
Considere a seguinte situação fictícia: Durante uma reunião de equipe em uma...
 
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
5 bloco 7 ano - Ensino Relogioso- Lideres Religiosos _ Passei Direto.pdf
 
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdfCurrículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
Currículo - Ícaro Kleisson - Tutor acadêmico.pdf
 
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
DeClara n.º 75 Abril 2024 - O Jornal digital do Agrupamento de Escolas Clara ...
 
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptxTeoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
Teoria heterotrófica e autotrófica dos primeiros seres vivos..pptx
 
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! SertãConstrução (C)erta - Nós Propomos! Sertã
Construção (C)erta - Nós Propomos! Sertã
 
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
Rota das Ribeiras Camp, Projeto Nós Propomos!
 
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividadesRevolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
Revolução russa e mexicana. Slides explicativos e atividades
 
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdfPROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
PROJETO DE EXTENÇÃO - GESTÃO DE RECURSOS HUMANOS.pdf
 
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
PROJETO DE EXTENSÃO I - TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO Relatório Final de Atividade...
 

Chikungunya

  • 1. Aspectos clínicos, diagnóstico e tratamento da Febre do Chikungunya
  • 2. Vírus • RNA; • Família Togaviridae. •Gênero Alphavírus. Robinson MC. Trans R Soc Trop Med Hyg. 1955;49:28-32 3 subtipos: • West África •East South- Central África • Ásia
  • 4. Reservatórios • Humanos; • Primatas não humanos, roedores, pássaros e outros pequenos mamíferos (PADBIDRI & GNANESWAR, 1979).
  • 6. Período de Incubação • O período de incubação intrínseco, que ocorre no ser humano é em média de 3 a 7 dias (podendo variar de 1 a 12 dias); • O extrínseco, que ocorre no vetor, dura em média 10 dias.
  • 7. Suscetibilidade e imunidade • Todos não previamente expostos ao CHIKV; • Imunidade duradoura
  • 8. Apresentação Clínica •A febre tem início súbito, é alta, associada a poliartralgia / artralgia intensa. •Pode ocorrer mialgia, cefaleia e exantema; •A viremia pode persistir por até 10 dias; •Analises sorológicas indicam que 3% a 28% apresentam infecção assintomática; •Pode cursar 3 fases clínicas distintas: fase aguda, subaguda e crônica.
  • 9. Fase Aguda • Febre de início súbito (> 38,5°C); • O paciente recorda a hora de início da febre; • Dor articular intensa; • Cefaleia, fotofobia, dor difusa nas costas, mialgia, náuseas, vômito, erupção cutânea e conjuntivite; • A fase aguda pode durar de 3 – 10 dias.
  • 10. Frequência de sintomas agudos da infecção por CHIKV Sinal ou Sintoma Faixa de frequência (% de pacientes sintomáticos) Febre 76-100 Poliartralgia 71-100 Cefaleia 17-74 Mialgia 46-72 Dor nas costas 34-50 Náusea 50-69 Vômito 4-59 Exantema 28-77 Poliartrite 12-32 Conjuntivite 3-56
  • 11. Febre Poliartralgia • É a principal característica de infecção pelo vírus; • Usualmente simétrica e compromete mais de uma articulação; • É um sintoma debilitante (dor/ fragilidade/ edema/ rigidez/ incapacidade); • O edema é comum, mas não há outros sinais de inflamação; • Pode persistir por meses ou anos; • Dura de poucos dias até uma semana; • Pode ser contínua ou intermitente;
  • 12.
  • 13. Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007 Fase Aguda
  • 14. Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007 Fase Aguda
  • 15. Lesões de pele • Normalmente está presente durante a fase aguda; • Acometem o tórax, membros e face; • A incidência pode chegar até 50% dos casos; • A manifestação mais comum é um exantema maculopapular que surgem entre dois a cinco dias após início da febre e dura de dois a três dias; • Eritema difuso; • Em crianças, vesículas bolhosas;
  • 16. Simon et al. Medicine, 86 (3), May 2007 Fase Aguda
  • 17.
  • 18. Fase Aguda Fonte: http://prezi.com/kbo1_z1nf9om/chikungunya-nas-americas/ / cedido por Vitor Laerte • Trombocitopenia leve – geralmente acima de 100.000/ mm3; • Leucopenia – geralmente menor que 5.000 células; • Linfopenia – menor que 1.000 células; • Elevação discreta das transaminases; • Proteína C Reativa e taxa de sedimentação de eritrócitos elevados.
  • 19. • Efeitos diretos do vírus, resposta imunológica e toxicidade dos medicamentos; • Estima-se 2% dos casos; • A convulsão acomete principalmente pessoas com história prévia de epilepsia e/ou alcoolismo. Formas Atípicas
  • 20. Sistema Manifestações Clínicas Neurológico Meningoencefalite, encefalopatia, convulsões, síndrome de Guillain-Barré, síndrome cerebelar, paresia, paralisia, neuropatia. Ocular Neurite óptica, iridociclite, episclerite, retinite, uveíte Cardiovascular Miocardite, pericardite, insuficiência cardíaca, arritmias, instabilidade hemodinâmica Dermatológico Hiperpigmentação fotossensível, úlcera aftosa intertriginosa, dermatose vesículo-bolhosa Renal Nefrite, insuficiência renal aguda Outro Discrasias hemorrágicas, pneumonia, insuficiência respiratória, hepatite, pancreatite, SSIHA, hipoadrenalismo Adaptado por Rajapakse et al. 20 Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62 Formas Atípicas
  • 21. Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62 Formas Atípicas
  • 23. Formas Atípicas Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
  • 24. Formas Atípicas Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
  • 25. Crianças • Tem risco de manifestação grave; • Pode haver transmissão materno fetal; • Nesses casos o comprometimento do sistema nervoso é grave e frequente; • Neonatos: manifestações hemorrágicas e instabilidade hemodinâmica.
  • 26. Crianças Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
  • 27. Crianças Ernould S et al. Arch Ped 2008;15:253-62
  • 28. Fase Subaguda • 2-3 meses após a fase aguda (a partir de 10 dias) • Poliartite distal; • Exarcebação da dor ; • Persistência ou recaída da artralgia nas regiões previamente acometidas; • Astenia, prurido generalizado; • Pode surgir lesões purpúricas, vesiculares e bolhosas; • Doença vascular periférica, fraqueza, fadiga e sintomas depressivos; • Tenosinovite hipertrófica subaguda (tornozelos e punhos).
  • 29. Simon F et coll. Medicine 2007;86: 123-37 Fase subaguda
  • 30. Formas crônicas • Sintomas persistem após 3 meses; • Artralgia inflamatória nas mesmas articulações afetadas durante a fase aguda; • Evolução variável (meses a anos); • Fatiga, depressão; • Fatores de risco: idade maior de 45, intensidade da doença na fase aguda; lesões reumáticas prévias. • Persistência dos sintomas*: • África do Sul: 12 – 18% (18 meses a 3 anos); • Índia: 49% após 10 meses; • Ilhas Reunion: 80 – 93% após 3 meses; 57% aos 15 meses e 47% após 2 anos.
  • 31. Óbitos • Normalmente ocorre na fase aguda; • 1/1000 pacientes; • Neonatos, idosos e adultos com comorbidades; • Causas: falência cardíaca, falência múltipla de órgãos, hepatite e encefalite; • Difícil relação causal entre a infecção do vírus e o óbito.
  • 32. Grupo de Risco • Neonatos; • Maiores de 65 anos; • Portadores de comorbidades; • Grávidas (período intraparto).
  • 33. • Evidências em humanos e em modelos animais sugerem que a resposta inflamatória do hospedeiro faz parte da doença induzida pelo vírus; • Citocinas pró-inflamatórias, interleucinas 1 e 6 estão ativas em pacientes com formas graves da doença; • Há uma desregulação da resposta inflamatória; • Há persistência do vírus no tecido conectivo; • O vírus se replica nos tecidos articulares e é essa replicação que recruta células inflamatórias, com monócitos, macrófagos e células natural- killer; • A artralgia crônica pode ser devida à persistência viral; • Pacientes com artralgia crônica tem IgM persistentemente positivo. Patogenia
  • 34. Quala razãoda gravidade? • Há uma desorganização da resposta imune; • Persistência do vírus em articulações; • Possibilidade da perpetuação da resposta inflamatória por meses; • Resposta exagerada levando a dano articular; • Reativação de doença inflamatória; • Descompensação de doença pré-existente.
  • 35. MALARIA DENGUE FEVER CHIKUNGUNYA FEVER Jaundice Renal failure Fever Myalgia Rash Bleedings Retro-orbital pain Transient arterial hypotension Acute polyarthritis Tenosynovitis Anemia LEPTOSPIROSIS Adapted from Simon et al, Schwartz, Infections in travelers, Ed 2009 BACTERIAL SEPSIS Myalgia Myocarditis ADRS Diagnóstico Diferencial – Fase Aguda
  • 36. Comparação das Características Clínicas e Laboratoriais de Infecções do vírus de Chikungunya e Dengue1 Características Clínicas e Laboratoriais Infecção pelo vírus de Chikungunya Infecção pelo vírus da Dengue Febre (>102°F ou 39°C) +++ ++ Mialgias + ++ Artralgias +++ +/- Cefaleia ++ ++2 Erupção cutânea ++ + Discrasias hemorrágicas +/- ++ Choques - + Leucopenia ++ +++ Neutropenia + +++ Linfopenia +++ ++ Hematócrito elevado - ++ Trombocitopenia + +++ 1 Frequência média dos sintomas de estudos onde as duas doenças foram diretamente comparadas entre pacientes que procuravam ajuda; +++ = 70-100% dos pacientes; ++ = 40-69%; + = 10-39%; +/- = <10%; - = 0% 32, 33 2 Geralmente retro-orbital Tabela modificada por Staples et al.34 Diagnóstico Diferencial
  • 37.
  • 38. Reação de Cadeia de Polimerase (RT-PCR) Teste de Neutralização por Redução de Placas (PRNT) Diagnóstico Laboratorial
  • 40. Solicitaçãoda Sorologia Nome do paciente Solicito IgM para o chikungunya ou Solicito IgM para CHIKV.
  • 42. Avaliação e tratamento do paciente na fase aguda I. Anamnese A anamnese deve ser o mais detalhada possível e incluir, sempre: • Procedência e história de viagens para área endêmica /epidêmica para Febre de Chikungunya; • Tempo de doença com data do início dos sintomas; • Estabelecer uma relação entre o início da febre e as manifestações articulares; • Característica / tempo de febre; • Manifestações associadas;
  • 43. • Pesquisa de fatores de risco para doença grave ; • Uso de medicamentos – aspirina, paracetamol, antiinflamatórios; • Alterações na pele – exantema, prurido, dermatite esfoliativa, hiperpigmentação, fotossensibilidade, lesões simulando eritema nodoso, úlceras orais, bolhas e vesículas; • Queixas articulares – duração dos sinais e sintomas, a localização das articulações primariamente envolvidas, o padrão topográfico da progressão para outras articulações, a natureza aguda ou insidiosa do início da doença e também a frequência e periodicidade das dores nas articulações.
  • 44. • Dor lombar - procurar indícios para diferenciar da lombalgia por outras causas crônicas; • Queixas do sistema nervoso central / periférico – convulsões, paresia, parestesia, tontura, rebaixamento do nível de consciência, cefaleia; • Queixas oculares – dor ocular, redução da acuidade visual, turvação visual, moscas volantes, olho vermelho; • Queixas digestivas – dor abdominal, diarreia; • Casos semelhantes no domicílio, peridomicílio e local de trabalho;
  • 45. II. Exame Físico • No exame físico deve-se atentar para coleta de dados que possam apoiar no diagnóstico diferencial de dengue; • Avaliar a ocorrência de sinais de alarme e sinais de choque; • Sinais vitais: pressão arterial, frequência cardíaca, frequência respiratória, temperatura axilar; • Examinar a pele; • Exame neurológico e oftalmológico; • Exame articular;
  • 46. • Exame físico dos membros superiores: inspeção e palpação das mãos, observando formas e dimensões, edema, paralisia, atrofia e contratura musculares. Em seguida, examinar o punho, carpo e dedos. O punho, o cotovelo e o ombro devem ser examinados da seguinte maneira: • Observar o aspecto da pele; • Mobilidade ativa e passiva – abdução, adução, flexão, extensão, rotação, movimentos do ombro em suas três articulações; • Aumento do volume; • Crepitação; • Limitação dos movimentos; • Atrofias musculares; • Nódulos.
  • 47. • Exame físico dos membros inferiores: inspeção global dos membros inferiores, bacia e coluna vertebral. Os pés devem ser examinados com inspeção estática e dinâmica; os tornozelos devem ser examinados da seguinte maneira: • Inspeção de tornozelos e maléolo; • Mobilidade ativa e passiva do tornozelo; • Mobilidade durante a marcha; • Atrofias musculares; • Dor à compressão. • Os joelhos: • Inspeção; • Examinar a pele; • Mobilidade; • Crepitação
  • 48. • Fase aguda: ‒ Não existe tratamento específico; ‒ Tratamento sintomático; ‒ Paracetamol e dipirona / refratários: codeína; ‒ Repouso; ‒ Exercícios leves / Fisioterapia; ‒ Ingestão de líquidos (oral) / formas graves (volêmico); ‒ Compressas frias. Tratamento
  • 49. Tratamento • Os anti-inflamatórios não esteroides (ibuprofeno, naproxeno, ácido acetilsalicílico) • não devem ser utilizados na fase aguda; • O ácido acetilsalicílico também é contraindicado nessa fase da doença pelo risco de Síndrome de Reye e de sangramento; • Os esteroides estão contraindicados na fase aguda, pelo risco do efeito rebote.
  • 50. Tratamento • Fase sub aguda / crônica: • Terapia antiflamatória; • Corticoterapia; • Fisioterapia graduada; • Injeções intra-articulares de corticoide, AINH tópico ou oral, e metotrexate em pacientes com sintomas articulares refratários; • Considerar uso de morfina e derivados para analgesia de difícil controle.
  • 51.
  • 52.
  • 53.
  • 54.
  • 55. Tel.: (71) 3116-0029/ 0047 Email: gerenciadengue@saude.gov.ba.br GT-DENGUE / CODTV / DIVEP/ SUVISA / SESAB

Hinweis der Redaktion

  1. DJI is a small spot in the Eastern Africa. The fame of this country comes from its geographic situation. A crossroad between Africa and Arabic countries, between earth and sea This location induces a highly strategic position. Like Gibraltar, Panama, Suez…
  2. DJI is a small spot in the Eastern Africa. The fame of this country comes from its geographic situation. A crossroad between Africa and Arabic countries, between earth and sea This location induces a highly strategic position. Like Gibraltar, Panama, Suez…
  3. DJI is a small spot in the Eastern Africa. The fame of this country comes from its geographic situation. A crossroad between Africa and Arabic countries, between earth and sea This location induces a highly strategic position. Like Gibraltar, Panama, Suez…