Formação de Professores Promove Ensino CTS Química
1. Formação Contínua de Professores para uma Orientação
CTS do Ensino de Química: Um Estudo de Caso
Isabel Sofia Rebelo, Isabel P. Martins e Maria Arminda Pedrosa
Referem-se sumariamente características gerais da educação científica renovada emergente no limiar do século
XXI e alguns condicionalismos sócio-económicos que a contextualizam. Assume-se o movimento CTS como en-
quadrador de finalidades abrangentes que lhe subjazem e operacionalizador de metodologias e de abordagens
inovadoras de ensino de ciências promotoras de desenvolvimento de literacia científica e tecnológica dos alunos.
Descrevem-se as características e os resultados principais de um programa de formação contínua de professores de
ciências/química concebido para promover o seu desenvolvimento e a inovação de práticas em consonância.
literacia científica, CTS, desenvolvimento profissional de professores
Recebido em 29/10/2007; aceito em 30/10/2007
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N
as sociedades ocidentais, a necessidade de se percorrer um os alunos, visando simultaneamente
cada vez mais se vem cons- longo caminho para se conseguir a a qualificação pessoal e obtenção de
tatando a integração e interde- tão almejada Sociedade do Conheci- capital intelectual que sirva a socie-
pendência sociocultural e econômica, mento. Simultaneamente, estudos in- dade. Emergem, neste início do sé-
com reflexos nas linguagens dos ternacionais revelam baixos níveis de culo XXI, lógicas mais humanistas de
próprios movimentos de reforma conhecimento científico de jovens na educação científica, pelo menos nos
educativa, em que se reconhecem escolaridade obriga- princípios orientado-
lógicas da globalização actual que, tória e uma tendência res, podendo promo-
Na valoração do seu
apoiando-se em políticas económicas para se afastarem de ver valores como os
trabalho, referiram-se a
e modelos de gestão neoliberais, áreas em científicas de equidade, justiça
indicadores de aumento
reguladas e controladas por princí- e tecnológicas nos social, diversidade
de motivação e melhoria
pios neoconservadores, celebram a seus percursos edu- e sustentabilidade.
de atitudes dos alunos
produtividade, a competitividade e cativos posteriores Visam estimular o
para aprender Química, em
o lucro (Carter, 2005). O desenvolvi- (OECD, 2001). desenvolvimento de
particular daqueles que se
mento de sistemas, tecnologias e vias Nas sociedades literacias científicas
comportavam pior e tinham
de comunicação promove a circula- ocidentais, têm-se e tecnológicas e exer-
piores desempenhos
ção abundante e quase instantânea alterado perspecti- cícios de cidadania
de informação, ideias, mercadorias, vas referentes a prá- mais informados e
produtos e serviços, conduzindo à ticas de educação científica, a par responsáveis nas sociedades de-
generalização de tendências, gostos com mudanças no reconhecimento mocráticas actuais (Acevedo, 2004;
e hábitos e repercutindo-se numa social e político do papel das ciências Cachapuz, Praia e Jorge, 2002).
homogeneização cada vez maior e e das tecnologias. Em particular, o O movimento Ciência-Tecnologia-
mais universal, que se reflecte em ensino de ciências tem sido alvo de Sociedade (CTS), movimento inter-
mudanças de identidades pessoais mudanças nas finalidades, nos con- nacional de reforma do ensino das
e sociais. Ciência e Tecnologia per- teúdos curriculares e nas abordagens ciências, que se tem desenvolvido
passam a vida quotidiana dessas recomendadas. À perspectivação da desde meados da década de 1980,
sociedades e alguns produtos de educação científica vocacionada para engloba ênfases curriculares que re-
progressos científicos e tecnológicos a formação de elites de cientistas e querem metodologias e abordagens
chegam, talvez como nunca, aos ci- de engenheiros, foram-se seguindo inovadoras de ensino de ciências
dadãos. Continuam, porém, a existir outras orientações mais vocaciona- para efectivamente promoverem o
bolsas de exclusão que evidenciam das para a formação geral de todos desenvolvimento de literacia científica
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2. e tecnológica (Acevedo, Vásquez e cias/química, necessários para que práticas mobilizadas pelos PF, análise
Manassero, 2002). as reformas educativas actuais se e discussão de documentos escritos
concretizem como se pretende e se e de videogramas, interacção com
Centralidade dos professores de ciên- referiu, recorrendo a metodologias oradores convidados, actividades de
cias/química na efectivação das reformas de investigação-acção, desenvolveu- exploração conceptual e actividades
Os professores de ciências são, se, implementou-se e avaliou-se um de desenvolvimento e inovação cur-
nos sistemas educativos, determi- programa de formação contínua de ricular em química. Adicionalmente
nantes para a melhoria qualitativa da professores de química (PFC). Este aos aspectos referidos na Tabela 1,
educação científica formal, estabele- decorreu ao longo de seis meses, foram também objecto de reflexão do
cendo em última análise o sucesso foi concluído por oito professores- PFC dilemas com que os professores
ou o fracasso de qualquer reforma ou formandos (PF), intitulou-se Perspec- de ciências/química se debatem na
inovação curricular naquelas áreas. tivas de Educação em Química no 3º prática e motivações, preconceitos,
No quadro das finalidades que per- Ciclo do Ensino Básico: exploração aspirações e sentimentos que guiam,
cepcionam para a educação científica de interrelações Ciência-Tecnologia- legitimam e sustentam a sua actua-
formal e das experiências e vivências Sociedade e enquadrou-se no quadro ção profissional.
profissionais que se lhes afigurem legal da formação contínua em Por- No PFC, criou-se alternância e
relevantes, cabe-lhes reinterpretar e tugal. Fundamentou-se em recomen- interactividade entre períodos de en-
implementar documentos oficiais e dações de investigação em formação volvimento intensivo e sustentado dos
recursos didácticos. Assim, a adequa- de professores de ciências/química PF em reflexões cooperativas sobre
ção de conhecimentos e crenças de e contemplou aspectos inovadores os objectos de reflexão, em sessões
professores de ciências/química sobre de finalidades e pressupostos da presenciais de formação (total de
ensino, aprendizagem e natureza das educação em ciências, introduzidos 45h), com a presença da formadora-
ciências são cruciais para que as re- na recente Reorganização Curricular investigadora (1ª autora), e períodos
formas educativas actuais se concre- do Ensino Básico, em Portugal (ver, de introspecção e de realização
tizem nos sentidos necessários. por exemplo, Ciências Físicas e Na- de actividades complementares às
turais. Orientações curriculares para desenvolvidas nas sessões presen- 31
Formação contínua de professores o 3º ciclo do ensino básico, Galvão ciais, nos contextos profissionais dos
de ciências/química – papel e pres- e col., 2002). PF, sem a presença da formadora-
supostos O PFC, cujos pressupostos e investigadora (total de 45h).
Para que as reformas educativas metodologias se consideram con- No PFC, pretendeu-se criar con-
tenham os reflexos desejados nas sistentes com princípios sociocons- dições e contextos que permitissem
escolas e, sobretudo, na vida dos trutivistas, assumiu os PF como aos PF desenvolverem competências
alunos, é necessário agir ao nível profissionais reflexivos e estimulou (CCE, 2005) e, genericamente, ferra-
da formação e do desenvolvimento o seu envolvimento em actividades mentas para explorarem novos cami-
profissional, pessoal e social dos formativas de reflexão (ver Tabela nhos de crescimento pessoal, social
professores, nomeadamente criando 1), em processos individualizados/ e profissional. Pretendeu-se também
oportunidades para promover ade- diferenciados de aprendizagem mas que desenvolvessem inovações ade-
quada formação contínua em múl- também, e em grande parte, em quadas aos seus contextos profis-
tiplas dimensões (Levy e Sanmartí, trabalho cooperativo, em grupos de sionais, aos seus estados e trajectos
2001; Mellado e col., 2006; Shulman dimensão variável. As actividades de desenvolvimento profissional e
e Sherin, 2004; Shulman e Shulman, incluíram partilha e discussão de re- pessoal e aos seus interesses e suas
2004). Tal formação deverá constituir flexões, de trabalhos realizados e de motivações como profissionais.
um meio privilegiado para inovar o
ensino de ciências e, em última aná- Tabela 1: Objectos de reflexão do programa de formação
lise, para a promover aprendizagens
mais significativas e mais relevantes Aspectos sobre ciências e educação em ciências que, de forma geral e abrangen-
para a vida dos seus destinatários nas te, podem condicionar as práticas lectivas dos professores de ciências/química:
sociedades contemporâneas. - Crenças e conhecimentos dos PF;
- Referenciais teóricos;
O estudo desenvolvido
- Resultados de investigação em Educação em Ciências.
Propósitos e metodologias Dimensões comtempladas:
Com os propósitos de facilitar a - Aprendizagem e ensino de ciências/química;
(re)construção de crenças e conhe- - Conhecimento científico, empreendimentos científicos e cientistas;
cimentos relativos à educação formal - Interrelações CTS em educação científica,
em química, de promover a inovação
- Propósitos do ensino formal de ciências/química;
de práticas lectivas compatíveis com
perspectivas CTS de ensino de ciên- - Perspectivas de ensino CTS de química.
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3. A avaliação do PFC decorreu em As intervenções e reflexões de- Os professores promoveram a
dois momentos vistos como com- senvolvidas pelos grupos de PF so- exploração dos conceitos de ião,
plementares. O primeiro, durante a bre ensino CTS de ciências, quanto composto iónico, substância, mistura
sua implementação (ao longo do ao papel que nele assumem os de substâncias, dureza da água e
processo de investigação-acção) conceitos científicos, orientaram-se, precipitação de sais; introduziram a
em que, tendo em conta pressupos- inicialmente, segundo duas perspec- noção de reacção química; e pro-
tos e propósitos, foi se avaliando a tivas: i) o ensino CTS corresponde moveram a revisão dos conceitos de
operacionalização do PFC e monito- a formas de atribuir significado a pureza (química), átomo, molécula,
rizando a sua implementação, tendo conceitos científicos, recorrendo à substâncias elementares e compos-
em vista informar, complementar e sua contextualização em situações tas, símbolos e fórmulas químicas, já
reformular actividades planeadas. de aplicação; ii) os conceitos e as introduzidos anteriormente.
O segundo, após a implementa- suas interrelações, no ensino CTS, A nível metodológico, a partir da
ção do PFC, serviu para avaliar os são veículos para compreender o análise de rótulos de águas de mesa
produtos do envolvimento nele dos que nos rodeia – não são um fim e de embalagens de detergentes,
PF, procurando escrutinar as apren- em si. Em resultado das actividades promoveram discussões sobre a
dizagens realizadas (entendidas de exploração conceptual e meto- existência de iões em solução, em
como (re)construção de crenças e dológica desenvolvidas ao longo termos de que alguma coisa teve
de conhecimentos relativos à edu- do programa, os PF passaram a de se dissolver em água levando ao
cação formal em ciências/química) identificar um conjunto mais espe- seu aparecimento, e averiguou-se o
e também identificar as inovações cífico de características de ensino que poderia ter sido. Os professores
em práticas lectivas concebidas e CTS de ciências, designadamente promoveram discussão sobre a no-
efectivadas, designadamente nas as relacionadas com a importância ção de dureza da água e de formas
actividades de desenvolvimento e da responsabilização dos alunos de a alterar, a utilidade de cálcio
inovação curricular. pela sua própria aprendizagem, a dissolvido em água e a formação
relevância da promoção de literacia de estalactites e de estalagmites
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Resultados científica na formação dos alunos em grutas calcárias. Recorreram a
Nas diversas actividades formati- com vista à sua participação respon- fontes de informação diversificadas,
vas, os PF revelaram, genericamen- sável na sociedade, por meio de te- como a Carta Europeia da Água, um
te, disponibilidade para se envol- mas criteriosamente escolhidos para poema de António Gedeão (um po-
verem em processos de formação contextualizar o ensino de ciências, eta português) e fichas informativas
e desenvolvimento. Ao longo do e do recurso a abordagens inter e por si construídas, para além dos
PFC, identificaram possibilidades de transdisciplinares. rótulos já referidos. Estimularam o
inovação, tanto em termos de con- A título de exemplo, um dos envolvimento dos alunos em diver-
cepções como de práticas. Embora grupos envolvidos nas actividades sas actividades, solicitando, por
individualmente diferenciados, reve- de desenvolvimento e inovação exemplo, a localização e a análise
laram envolvimento em inovação e curricular em química concebeu e de informação em mapas (de Por-
desenvolvimento de concepções de implementou, com alunos do 8º ano tugal e planisfério, facultados por
aprendizagem de ciências, indician- (no sistema educativo português, professores de Geografia), sobre a
do aproximação a modelos construti- alunos com cerca de 13 anos e no ocorrência territorial de águas com
vistas de aprendizagem, e de ensino 2º ano de estudo de química na dis- diferentes durezas, de cursos e
de ciências e, conseqüentemente, ciplina curricular de Ciências Físico- reservatórios de águas superficiais,
afastamento de modelos transmissi- Químicas), uma proposta de trabalho de águas subterrâneas e de águas
vos. Evidenciaram desenvolvimento subordinada ao tema “A água”, cujo minero-medicinais. Realizaram a
na identificação e compreensão de desenvolvimento incluiu a exploração electrólise da água e solicitaram,
características específicas de pro- dos tópicos: em fichas de trabalho (normalmente
postas de ensino CTS de química, 1. A água tem iões dissolvidos; como trabalho de casa), sínteses
bem como na compreensão e no 2. Importância da água para a vida; de informação. Promoveram, ainda,
compromisso com pressupostos, 3. Distribuição da água na Terra a realização de investigações e a
princípios e finalidades renovadas (ciclo da água; águas superficiais elaboração de cartazes por grupos
da educação científica, indiciando e águas subterrâneas; águas de alunos.
desenvolvimento nas compreensões minero-medicinais); Os relatos dos PF que se en-
dos conceitos de literacia científica 4. Usos da água (nível doméstico, volveram na implementação de
e de educação para a cidadania. municipal e industrial) e evolução propostas de desenvolvimento e
Revelaram também indicadores de das necessidades e usos da água inovação curricular permitiram iden-
envolvimento em inovação e de- no último século; tificar, nos papéis que assumiram,
senvolvimento de práticas lectivas, 5. Águas residuais (função e funcio- aspectos que Acevedo e col. (2002)
traduzidos em propostas de ensino namento de Estações de Trata- consideram característicos da atua-
CTS de química. mento de Águas Residuais). ção de professores envolvidos no
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4. desenvolvimento de ensino CTS suas práticas lectivas (re)construindo Destaca-se, pois, a importância de
de ciências. Na valoração do seu identidades profissionais. os professores se envolverem em
trabalho, referiram-se a indicadores Os processos e produtos desse processos formativos e reflexivos
de aumento de motivação e me- estudo (Rebelo, 2004) permitem que promovam o estabelecimento de
lhoria de atitudes dos alunos para realçar a importância da formação pontes com a escola e com as suas
aprender Química, em particular contínua de professores como um práticas lectivas, e contribuam para
daqueles que se comportavam pior meio para, numa perspectiva inclu- criar comunidades de aprendizagem
e tinham piores desempenhos, mas siva de educação, efectivar reformas onde, de forma informada e susten-
também, e após algumas inseguran- educativas, o que reclama inovações tada, se envolvam em processos de
ças e resistências iniciais, por outros profundas em ensino de ciências/ desenvolvimento profissional que
que, tendo melhores desempenhos química. Para a efectivação de se repercutam na reconstrução de
em abordagens mais tradicionais, tais inovações, assumirá um papel identidades profissionais.
normalmente precisam de grande importante a articulação com for-
Isabel Sofia Rebelo (irebelo@esel.ipleiria.pt) é pro-
orientação no seu estudo. Os ga- mação contínua que contribua para fessora da Escola Superior de Educação do Insti-
nhos que os PF percepcionaram nos ajudar os professores a elaborar tuto Politécnico de Leiria, Portugal. Isabel P. Martins
alunos reflectiram-se em ganhos na estratégias e recursos necessários (imartins@dte.ua.pt) é professora do Departamento
de Tecnologia Educativa da Universidade de Aveiro,
sua própria satisfação profissional para enfrentarem, com segurança e Portugal. Maria Arminda Pedrosa (apedrosa@ci.uc.pt)
e em motivação para superarem re- conforto, as exigências acrescidas é professora da Faculdade de Ciências e Tecnologia
sistências à mudança e dificuldades que a sua concretização requer. da Universidade de Coimbra, Portugal.
associadas às exigências acrescidas
que sentiram na preparação e no
desenvolvimento desse tipo de acti- Referências REIRA, M. Ciências Físicas e Naturais.
Orientações curriculares para o 3º ciclo
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volverem e avaliarem inovações nas
Abstract: In-service Teachers’ Education Based on CTS Approach to Chemistry Teaching: a Case Study. This paper summarily exposes the general characteristics of the emergent science education
in the threshold of the twenty century and some socio-economical conditions that contextualize it. It is supposed that its subjacent finalities frame in the STS movement and that this contributes to profile
new methodologies and focus in science teaching, with the aim of the development pupils scientific (and technological) skills. The main characteristics and results of a science/chemistry teachers
continuous program of formation are described and conceived to contribute making effective this goal of science education, by means of the support of an indispensable practical innovation.
Keywords: scientific literacy, CTS, teachers’ professional development.
QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Formação contínua de professores para uma orientação cts do ensino de química N° 27, FEVEREIRO 2008