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O papel do Orientador Profissional
- Revisão crítica

Yvette Piha Lehman

        O enquadre teórico que encontramos na área de Orientação Profissional nos coloca
frente ao seguinte dilema:

a) será que há neste momento pouca possibilidade de inovar na área? Ou
b) devido à complexidade da área, urge novas abordagens, teorias e novos campos de
   atuação do orientador?

        Observamos que as abordagens atuais não abarcam toda gama da problemática
vocacional, pois é muito restrita frente aos novos problemas e situações sociais.
        Muitos profissionais da área são pressionados para buscar soluções e novas
estratégias. De fato, inúmeros fatores intervêm e muitas publicações, que supostamente
contêm novas abordagens, não chegam a ter qualquer força inovadora que possa nos tirar
deste dilema.
        A própria produção científica na área, o número de revistas existentes sobre o tema,
está cada vez menor, ou deixou de ser restrita à área de Orientação Vocacional. Por
exemplo, a revista Vocacional Guindance Quartely muda em 1986 para Career
Development Quartely.
        Podemos nos perguntar o porquê desta situação?
        Questionamentos anteriores, que possibilitavam definir abordagens diferentes,
atualmente não têm a mesma validade para discriminar e avaliar a eficiência das várias
estratégias e os enquadres teóricos divergentes que permitiam ao orientador profissional se
auto-definir. Desta maneira a problemática que advém da técnica utilizada se dilui e nos
remete a questionamentos mais amplos que talvez ultrapassam a própria área da psicologia.
        O que fazer frente as novas situações do mercado e da ideologia social frente ao
trabalho do homem na nossa sociedade? Qual é o papel específico do orientador
profissional frente a esta situação? O que a nossa sociedade espera do homem em relação
ao trabalho? Será que estamos caminhando para uma nova concepção de trabalho e o seu
correspondente projeto social? Quais a novas demandas sociais que existem hoje para a
pessoa que escolhe? São claras?
        O problema da escolha pessoal tem a ver com toda esta dinâmica, pois neste
momento emergem todos estes questionamentos, que são tanto de ordem individual, quanto
de ordem social. É neste momento que surge o confronto de todas essas variáveis
decorrentes destas ordens.
        O problema da escolha na adolescência nos remete a uma questão de aquisição de
identidade, à formulação de que adulto quer ser e ao delineamento de um projeto de vida.
Este momento é um momento crucial, pois envolve a sua entrada na vida adulta e a
conscientização de seu projeto de vida, antecipando a sua definição do seu papel adulto.
        Consideramos que o trabalho que realizamos é de elaboração de um projeto de vida
do mundo adulto, através da conscientização das identificações, conscientes e
inconscientes, subjacentes à escolha do indivíduo.
Assim, o vínculo com a profissão será vivenciado como auto-reparação é como um
estado de preparação para ser vivenciado em si mesmo como um fazer reparatório. Por isso,
podemos afirmar que o processo de orientação profissional tem valor profilático.
        Partimos do princípio que a escolha não é causal e que de alguma forma o vínculo
com a profissão futura há de Ter algo reparatório para o indivíduo.
        Nosso principal enfoque segue a teoria de Bohoslavsky, R. (1971), que se baseia
tanto na sua conceituação de Orientação Profissional quanto em sua prática na Escola
Psicanalítica Inglesa, na Psicologia do Ego de Hartmann e nos aspectos psico-sociais que
influenciam a escolha. Enfatiza que a escolha se remete a uma relação e o vínculo entre o
indivíduo, o outro e o futuro.
        Bohoslavsky se apóia numa visão psicanalítica e na hipótese de Wender de que as
vocações expressam respostas do ego a chamados internos, provenientes de objetos internos
danificados, que pedem e reclamam a reparação do ego.
        Para o autor, o problema da escolha pessoal tem que ser definido com a dificuldade
das pessoas em alcançar escolhas conscientes e autônomas, que podem abranger tanto
aspectos de ordem pessoal, considerando a estrutura da pessoa que escolha, quanto aspectos
da estrutura social em que se dá esta escolha, tendo como base a dialética dos desejos e
identificações sociais.
        Talvez o orientador profissional tenha que incluir, na sua concepção, um novo
modelo de escolha, que inclui, além das grandes especializações, um modelo que enfoquea
opção de um modo mais dinâmico.
        Com isto quero dizer um modelo que inclui uma opção que não esteja totalmente
fechada e que segue o que Bleger (1970) claramente explicita, quando disse: “o homem de
nosso tempo deve também cronicamente ser uma pessoa em crise – e esta crise contínua é a
melhor adaptação ao meio que se quer modificar e transformar”.
        Vemos aqui que o modelo de identidade atual e de maturidade inclui como parte de
uma crise permanente que o faz um pesquisador constante de seu meio, de seus aspectos
internos, evitando uma identidade ajustada ou alienada.
        Para que a pessoa que escolhe, temos que desmistificar que a escolha tem
necessariamente de ser permanente. Temos que torna-lo consciente que isto atualmente é
uma ilusão, pois até o conceito de educação hoje entra num modelo de educação
continuada, que pode se confrontar com o modelo segundo o qual, uma vez formado, já está
conquistado o seu espaço profissional.
        Hoje existe a necessidade de se reajustar constantemente a uma formação que
muitas vezes se justapõe com a vida profissional, acompanhando as inovações na área.
        De certo modo isso implica uma visão dinâmica e ativa de escolha. Uma constante
re-constextualização e atualização profissional são necessárias, procurando desenvolver um
profissional ativo na sua área. Em outras palavras, não ser um profissional alienado e sim
criativo.
        Este novo recontextualizar da orientação profissional também têm que envolver o
próprio orientador profissional, que terá que contribuir para que o orientando assente na sua
identidade profissional o contexto educacional, histórico-social e os fatores ideológicos
subjacentes a estes.
        Este re-contextualizar tanto do orientador quanto do orientando é absolutamente
necessário para evitar que o adolescente sinta que a necessidade de uma adaptação a uma
nova realidade na estrutura social e educativa seja por causa de falhas pessoais.
        A escolha da profissão não mais traz um alívio imediato e permanente.
O papel do orientador profissional é fundamentalmente esclarecer situações,
conscientizar e vincular a problemática do adolescente, frente à escolha de seu futuro, com
o contexto histórico e as situações locais onde esta escolha se dá.
        Muitas vezes podemos confundir uma pessoa que está neste processo de constante
questionamento com outra, totalmente confusa, que se deixa envolver e que permite que a
própria situação a escolha.
        O desenvolvimento vocacional apontado por Super (1968), onde vemos a
vinculação dos indivíduos às ocupações, passa evolutivamente por cinco etapas. Cada uma
oferece características e determinantes específicos. São: crescimento (13-14 anos);
exploração (15-24 anos); estabelecimento (24-44 anos); manutenção (44-64 anos) e
declínio (após os 64).
        Atualmente, observamos que nesse desenvolvimento as crises vocacionais são cada
vez mais freqüentes, levando o sujeito a se re-introduzir em etapas anteriores, fazendo
ressurgir as questões correspondentes a essas etapas, não se observando um
desenvolvimento evolutivo linear. Basta mencionar a quantidade de jovens que após terem
ingressado na faculdade ficam insatisfeitos com a sua primeira escolha e procuram novos
caminhos.
        Esta crise pode surgir tanto de uma situação pessoal, como pode ser decorrente do
atual modelo de educação continuada e todas as questões que ela nos coloca.
        Vários fatores que emergem deste modelo de educação continuada confundem
muitos orientadores, que se perguntam a quem esta se dirige: para as pessoas super-
especializadas ou para as pessoas que tiveram uma formação lacunar, e que buscam na
educação continuada uma tentativa de superar lacunas deixadas pela formação anterior.
        Nós, como profissionais, obviamente estamos sendo diretamente atingidos por estas
mudanças. Isto nos faz propor um novo modelo, igualmente dinâmico, de escolha, ou a
reformulação do atual modelo estático, que nos permite visualizar a identidade ocupacional
que emerge deste novo modelo.
        Depois de esclarecidas a dupla ordem de determinação da escolha do sujeito
(individual e social). Cai por terra a noção de que a escolha do indivíduo é livre ou
autônoma. Isto não significa que estas inexistem, mas são de fato liberdade e autonomia
relativas, que emergem na consciência a partir das identificações e das demandas sociais.
        Nós como orientadores profissionais temos que ter muito claro a consciência da
crise, seja porque o próprio trabalho, ou a própria noção de trabalho, está se modificando,
ou seja porque o valor do trabalho hoje não é o mesmo que antigamente. Temos uma série
de ideologias concomitantes e paradoxais – colocando-nos frente a uma série de
contradições. Sem dúvida, nesta área fica mais explícito o tangenciamento e a dupla
influência entre o orientador e o social.
        Cada vez mais nos confrontamos, e temos que lidar, com as encruzilhadas
vocacionais. Temos que conhecer, e até tentar prever, as condições futuras da profissão
escolhida. E também ter em mente a realidade nacional no plano educativo e econômico.
        Isto que estou assinalando pode parecer utópico dentro de um âmbito brasileiro
onde a realidade das condições de trabalho são tão divergentes, tanto no nível de
desenvolvimento econômico, desenvolvimento técnico e do desenvolvimento educacional.
        Temos demandas sociais muito diversas e necessidades sociais que são igualmente
diversas.
        A escolha é multi e sobredeterminada. As contradições sociais e as demandas
sociais expressam-se por meio de novas exigências, que o sujeito percebe através da
família, da estrutura educacional e dos meios de comunicação de massa. Estes cristalizam a
ideologia pela representação das profissões, das suas relações, dos requisitos pessoais para
se ter acesso a elas, seu sentido social, e o próprio valor do trabalho e organização.
        Entretanto, recentemente observamos que de alguma forma estas representações não
chegam a se cristalizar, ou seja as demandas e as contradições sociais não são claramente
distinguidas. Há uma certa anarquia de valores observada num crescente desconhecimento
destas demandas sociais pelo jovem. Ou, dito de outra forma, o material representacional
do seu super ego e do ideal de ego são freqüentemente vagos para uma futura definição.
        De fato, colabora com isto toda uma realidade profissional onde novas profissões
surgem a todo momento, outras desaparecem e outras se modificam ou se subdividem.
Basta ver o que a própria psicologia se modificou, seja a nível do sistema educativo, do
campo de trabalho e das áreas segundo a evolução das diversas técnicas que o profissional
segue.
        Nesse momento, onde o social está numa vertiginosa transformação, a apreensão da
realidade se torna confusa e difusa. Muitas vezes o nosso trabalho começa pela clarificação
desta confusão, e nesta o que de importante existe para o indivíduo que escolhe.
        Todas estas questões trazem para o campo da Orientação Profissional novos
problemas. Destaco, aqui, o desmoronamento da identidade profissional. Vemos cada vez
mais freqüentemente adultos cujo sentido de sua profissão se perdeu – são adultos que
escolheram de forma madura, mas que entretanto, por alguma razão, não encontram mais
sentido na sua escolha. É como se houvesse uma implosão de todo seus ideais.
        Estes casos poderiam ser convertidos em apenas casos que podem ser encaminhados
para terapia. Entretanto, ao meu ver são casos onde a crise se origina de uma série de
condições advindas da profissão. É uma crise de lucidez, e está no campo da orientação
profissional.
        Poderíamos chamar estes de casos atípicos, mas entretanto, após tanto tempo na
área, podemos ver que trazem pontos de reflexão.
        Aqui é possível detectar, descrever e definir, com certa precisão, um conjunto de
condutas, sentimentos e ansiedades, estados de ânimo, fantasias e defesas que não podem
ser incluídos dentro dos conceitos habituais utilizados para caracterizar a patologia mental.
        Isto faz com que o campo de Orientação Profissional comece a se ampliar e novas
situações a se delinearem. Há uma maior atenção e interesse na área. Existem vários
institutos de orientação especializados para atender estas situações novas ou para atender a
orientação de carreira, seja nos altos níveis, como também em relação a re-colocação de
profissionais dispensados ou no momento de aposentadoria.
        Orientação Profissional hoje é um campo que transcende em muito a situação
individual de cada orientador e suas técnicas, pois para ela convergem todos os conflitos de
ordem social, institucional e psicológica que marcam nosso dia-a-dia.
BIBLIOGRAFIA


BOHOSLAVSKY, R. Orientação Vocacional – A estratégia clínica. São Paulo, Martins
   Fontes, 1977

BOHOSLAVSKY, R. Lo Vocacional: Teoria, Técnica e Ideologia. Buenos Aires,
   Busqueda, 1975.

CARVALHO, M. M. M. J. Orientação Profissional em Dinâmicas de Grupo: Teoria e
   Técnica. Campinas, Editorial Psy, 1995.

LEHMAN, Y. P. Aspectos afetivos e cognitivos na Orientação Profissional de
   adolescentes. São Paulo, 1980. Dissertação (mestrado). Instituto de Psicologia da
   USP.

LEHMAN, Y. P. Aquisição da identidade vocacional em uma sociedade em crise – dois
   momentos na escolha profissional liberal. São Paulo, 1988. Tese (doutoramento).
   Instituto de Psicologia da USP.

SUPER, D. E.; BOHN, M. J. J. Psicologia Ocupacional. São Paulo, Atlas, 1980.

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O papeldo orientador profissional

  • 1. O papel do Orientador Profissional - Revisão crítica Yvette Piha Lehman O enquadre teórico que encontramos na área de Orientação Profissional nos coloca frente ao seguinte dilema: a) será que há neste momento pouca possibilidade de inovar na área? Ou b) devido à complexidade da área, urge novas abordagens, teorias e novos campos de atuação do orientador? Observamos que as abordagens atuais não abarcam toda gama da problemática vocacional, pois é muito restrita frente aos novos problemas e situações sociais. Muitos profissionais da área são pressionados para buscar soluções e novas estratégias. De fato, inúmeros fatores intervêm e muitas publicações, que supostamente contêm novas abordagens, não chegam a ter qualquer força inovadora que possa nos tirar deste dilema. A própria produção científica na área, o número de revistas existentes sobre o tema, está cada vez menor, ou deixou de ser restrita à área de Orientação Vocacional. Por exemplo, a revista Vocacional Guindance Quartely muda em 1986 para Career Development Quartely. Podemos nos perguntar o porquê desta situação? Questionamentos anteriores, que possibilitavam definir abordagens diferentes, atualmente não têm a mesma validade para discriminar e avaliar a eficiência das várias estratégias e os enquadres teóricos divergentes que permitiam ao orientador profissional se auto-definir. Desta maneira a problemática que advém da técnica utilizada se dilui e nos remete a questionamentos mais amplos que talvez ultrapassam a própria área da psicologia. O que fazer frente as novas situações do mercado e da ideologia social frente ao trabalho do homem na nossa sociedade? Qual é o papel específico do orientador profissional frente a esta situação? O que a nossa sociedade espera do homem em relação ao trabalho? Será que estamos caminhando para uma nova concepção de trabalho e o seu correspondente projeto social? Quais a novas demandas sociais que existem hoje para a pessoa que escolhe? São claras? O problema da escolha pessoal tem a ver com toda esta dinâmica, pois neste momento emergem todos estes questionamentos, que são tanto de ordem individual, quanto de ordem social. É neste momento que surge o confronto de todas essas variáveis decorrentes destas ordens. O problema da escolha na adolescência nos remete a uma questão de aquisição de identidade, à formulação de que adulto quer ser e ao delineamento de um projeto de vida. Este momento é um momento crucial, pois envolve a sua entrada na vida adulta e a conscientização de seu projeto de vida, antecipando a sua definição do seu papel adulto. Consideramos que o trabalho que realizamos é de elaboração de um projeto de vida do mundo adulto, através da conscientização das identificações, conscientes e inconscientes, subjacentes à escolha do indivíduo.
  • 2. Assim, o vínculo com a profissão será vivenciado como auto-reparação é como um estado de preparação para ser vivenciado em si mesmo como um fazer reparatório. Por isso, podemos afirmar que o processo de orientação profissional tem valor profilático. Partimos do princípio que a escolha não é causal e que de alguma forma o vínculo com a profissão futura há de Ter algo reparatório para o indivíduo. Nosso principal enfoque segue a teoria de Bohoslavsky, R. (1971), que se baseia tanto na sua conceituação de Orientação Profissional quanto em sua prática na Escola Psicanalítica Inglesa, na Psicologia do Ego de Hartmann e nos aspectos psico-sociais que influenciam a escolha. Enfatiza que a escolha se remete a uma relação e o vínculo entre o indivíduo, o outro e o futuro. Bohoslavsky se apóia numa visão psicanalítica e na hipótese de Wender de que as vocações expressam respostas do ego a chamados internos, provenientes de objetos internos danificados, que pedem e reclamam a reparação do ego. Para o autor, o problema da escolha pessoal tem que ser definido com a dificuldade das pessoas em alcançar escolhas conscientes e autônomas, que podem abranger tanto aspectos de ordem pessoal, considerando a estrutura da pessoa que escolha, quanto aspectos da estrutura social em que se dá esta escolha, tendo como base a dialética dos desejos e identificações sociais. Talvez o orientador profissional tenha que incluir, na sua concepção, um novo modelo de escolha, que inclui, além das grandes especializações, um modelo que enfoquea opção de um modo mais dinâmico. Com isto quero dizer um modelo que inclui uma opção que não esteja totalmente fechada e que segue o que Bleger (1970) claramente explicita, quando disse: “o homem de nosso tempo deve também cronicamente ser uma pessoa em crise – e esta crise contínua é a melhor adaptação ao meio que se quer modificar e transformar”. Vemos aqui que o modelo de identidade atual e de maturidade inclui como parte de uma crise permanente que o faz um pesquisador constante de seu meio, de seus aspectos internos, evitando uma identidade ajustada ou alienada. Para que a pessoa que escolhe, temos que desmistificar que a escolha tem necessariamente de ser permanente. Temos que torna-lo consciente que isto atualmente é uma ilusão, pois até o conceito de educação hoje entra num modelo de educação continuada, que pode se confrontar com o modelo segundo o qual, uma vez formado, já está conquistado o seu espaço profissional. Hoje existe a necessidade de se reajustar constantemente a uma formação que muitas vezes se justapõe com a vida profissional, acompanhando as inovações na área. De certo modo isso implica uma visão dinâmica e ativa de escolha. Uma constante re-constextualização e atualização profissional são necessárias, procurando desenvolver um profissional ativo na sua área. Em outras palavras, não ser um profissional alienado e sim criativo. Este novo recontextualizar da orientação profissional também têm que envolver o próprio orientador profissional, que terá que contribuir para que o orientando assente na sua identidade profissional o contexto educacional, histórico-social e os fatores ideológicos subjacentes a estes. Este re-contextualizar tanto do orientador quanto do orientando é absolutamente necessário para evitar que o adolescente sinta que a necessidade de uma adaptação a uma nova realidade na estrutura social e educativa seja por causa de falhas pessoais. A escolha da profissão não mais traz um alívio imediato e permanente.
  • 3. O papel do orientador profissional é fundamentalmente esclarecer situações, conscientizar e vincular a problemática do adolescente, frente à escolha de seu futuro, com o contexto histórico e as situações locais onde esta escolha se dá. Muitas vezes podemos confundir uma pessoa que está neste processo de constante questionamento com outra, totalmente confusa, que se deixa envolver e que permite que a própria situação a escolha. O desenvolvimento vocacional apontado por Super (1968), onde vemos a vinculação dos indivíduos às ocupações, passa evolutivamente por cinco etapas. Cada uma oferece características e determinantes específicos. São: crescimento (13-14 anos); exploração (15-24 anos); estabelecimento (24-44 anos); manutenção (44-64 anos) e declínio (após os 64). Atualmente, observamos que nesse desenvolvimento as crises vocacionais são cada vez mais freqüentes, levando o sujeito a se re-introduzir em etapas anteriores, fazendo ressurgir as questões correspondentes a essas etapas, não se observando um desenvolvimento evolutivo linear. Basta mencionar a quantidade de jovens que após terem ingressado na faculdade ficam insatisfeitos com a sua primeira escolha e procuram novos caminhos. Esta crise pode surgir tanto de uma situação pessoal, como pode ser decorrente do atual modelo de educação continuada e todas as questões que ela nos coloca. Vários fatores que emergem deste modelo de educação continuada confundem muitos orientadores, que se perguntam a quem esta se dirige: para as pessoas super- especializadas ou para as pessoas que tiveram uma formação lacunar, e que buscam na educação continuada uma tentativa de superar lacunas deixadas pela formação anterior. Nós, como profissionais, obviamente estamos sendo diretamente atingidos por estas mudanças. Isto nos faz propor um novo modelo, igualmente dinâmico, de escolha, ou a reformulação do atual modelo estático, que nos permite visualizar a identidade ocupacional que emerge deste novo modelo. Depois de esclarecidas a dupla ordem de determinação da escolha do sujeito (individual e social). Cai por terra a noção de que a escolha do indivíduo é livre ou autônoma. Isto não significa que estas inexistem, mas são de fato liberdade e autonomia relativas, que emergem na consciência a partir das identificações e das demandas sociais. Nós como orientadores profissionais temos que ter muito claro a consciência da crise, seja porque o próprio trabalho, ou a própria noção de trabalho, está se modificando, ou seja porque o valor do trabalho hoje não é o mesmo que antigamente. Temos uma série de ideologias concomitantes e paradoxais – colocando-nos frente a uma série de contradições. Sem dúvida, nesta área fica mais explícito o tangenciamento e a dupla influência entre o orientador e o social. Cada vez mais nos confrontamos, e temos que lidar, com as encruzilhadas vocacionais. Temos que conhecer, e até tentar prever, as condições futuras da profissão escolhida. E também ter em mente a realidade nacional no plano educativo e econômico. Isto que estou assinalando pode parecer utópico dentro de um âmbito brasileiro onde a realidade das condições de trabalho são tão divergentes, tanto no nível de desenvolvimento econômico, desenvolvimento técnico e do desenvolvimento educacional. Temos demandas sociais muito diversas e necessidades sociais que são igualmente diversas. A escolha é multi e sobredeterminada. As contradições sociais e as demandas sociais expressam-se por meio de novas exigências, que o sujeito percebe através da
  • 4. família, da estrutura educacional e dos meios de comunicação de massa. Estes cristalizam a ideologia pela representação das profissões, das suas relações, dos requisitos pessoais para se ter acesso a elas, seu sentido social, e o próprio valor do trabalho e organização. Entretanto, recentemente observamos que de alguma forma estas representações não chegam a se cristalizar, ou seja as demandas e as contradições sociais não são claramente distinguidas. Há uma certa anarquia de valores observada num crescente desconhecimento destas demandas sociais pelo jovem. Ou, dito de outra forma, o material representacional do seu super ego e do ideal de ego são freqüentemente vagos para uma futura definição. De fato, colabora com isto toda uma realidade profissional onde novas profissões surgem a todo momento, outras desaparecem e outras se modificam ou se subdividem. Basta ver o que a própria psicologia se modificou, seja a nível do sistema educativo, do campo de trabalho e das áreas segundo a evolução das diversas técnicas que o profissional segue. Nesse momento, onde o social está numa vertiginosa transformação, a apreensão da realidade se torna confusa e difusa. Muitas vezes o nosso trabalho começa pela clarificação desta confusão, e nesta o que de importante existe para o indivíduo que escolhe. Todas estas questões trazem para o campo da Orientação Profissional novos problemas. Destaco, aqui, o desmoronamento da identidade profissional. Vemos cada vez mais freqüentemente adultos cujo sentido de sua profissão se perdeu – são adultos que escolheram de forma madura, mas que entretanto, por alguma razão, não encontram mais sentido na sua escolha. É como se houvesse uma implosão de todo seus ideais. Estes casos poderiam ser convertidos em apenas casos que podem ser encaminhados para terapia. Entretanto, ao meu ver são casos onde a crise se origina de uma série de condições advindas da profissão. É uma crise de lucidez, e está no campo da orientação profissional. Poderíamos chamar estes de casos atípicos, mas entretanto, após tanto tempo na área, podemos ver que trazem pontos de reflexão. Aqui é possível detectar, descrever e definir, com certa precisão, um conjunto de condutas, sentimentos e ansiedades, estados de ânimo, fantasias e defesas que não podem ser incluídos dentro dos conceitos habituais utilizados para caracterizar a patologia mental. Isto faz com que o campo de Orientação Profissional comece a se ampliar e novas situações a se delinearem. Há uma maior atenção e interesse na área. Existem vários institutos de orientação especializados para atender estas situações novas ou para atender a orientação de carreira, seja nos altos níveis, como também em relação a re-colocação de profissionais dispensados ou no momento de aposentadoria. Orientação Profissional hoje é um campo que transcende em muito a situação individual de cada orientador e suas técnicas, pois para ela convergem todos os conflitos de ordem social, institucional e psicológica que marcam nosso dia-a-dia.
  • 5. BIBLIOGRAFIA BOHOSLAVSKY, R. Orientação Vocacional – A estratégia clínica. São Paulo, Martins Fontes, 1977 BOHOSLAVSKY, R. Lo Vocacional: Teoria, Técnica e Ideologia. Buenos Aires, Busqueda, 1975. CARVALHO, M. M. M. J. Orientação Profissional em Dinâmicas de Grupo: Teoria e Técnica. Campinas, Editorial Psy, 1995. LEHMAN, Y. P. Aspectos afetivos e cognitivos na Orientação Profissional de adolescentes. São Paulo, 1980. Dissertação (mestrado). Instituto de Psicologia da USP. LEHMAN, Y. P. Aquisição da identidade vocacional em uma sociedade em crise – dois momentos na escolha profissional liberal. São Paulo, 1988. Tese (doutoramento). Instituto de Psicologia da USP. SUPER, D. E.; BOHN, M. J. J. Psicologia Ocupacional. São Paulo, Atlas, 1980.