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Aplicação do
HACCP/APPCC na
Indústria
Vinícola.
Discentes:
Celina
César
Mario
Jussara
Docente:
Fausto
Castilho.
Disciplina:
APPCC
INTRODUÇÃO
A APPCC Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC)
ou Hazard Analisys And Critical Control Points (HACCP) foi
inicialmente aplicada por empresas que elaboram produtos
alimentícios de alto risco microbiológico (carnes, laticínios, conservas
vegetais). Atualmente, a APPCC está sendo empregada também por
empresas cujos produtos elaborados apresentam baixo risco de
contaminação por patogênicos, como café e vinho. Os benefícios que
o sistema oferece resultam em maior competitividade nos mercados
em que atuam, internos ou externos.
PRINCÍPIOS DO APPCC
Para implantar o sistema APPCC numa empresa, é preciso aplicar os
sete princípios estabelecidos pelo Codex Alimentarius:
• análise de perigos e medidas preventivas;
• identificação dos pontos críticos de controle; e
• estabelecimento dos limites críticos;
• estabelecimento dos procedimentos de monitoração;
• estabelecimento das ações corretivas;
• estabelecimento dos procedimentos de verificação;
• estabelecimento dos procedimentos de registro.
DEFINIÇÕES E CONCEITOS
Indústria vinícola é a atividade industrial envolvida na fabricação
de vinhos composta por algumas fases principais como:
• Plantio
• Colheita
• Esmagamento
• Fermentação
• Filtragem
• Envelhecimento
• Envase
LEGISLAÇÃO
No Brasil, o vinho tem seu registro junto ao Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (MAPA), e a legislação principal
relacionada ao sistema APPCC está apoiada nos seguintes atos
normativos: Portarias MAPA nº 368 de 04/09/1997 e nº 46 de
10/02/1998 (estabelecem a obrigatoriedade da aplicação do sistema
APPCC pelas indústrias de alimentos e bebidas, as condições
higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação (BPF), e outras
providências); e Instrução Normativa MAPA nº 05 de 31/03/2000
(estabelece os requisitos higiênico-sanitários e de BPF na elaboração
de vinho).
APLICAÇÃO DO SISTEMA APPCC NA INDÚSTRIA
VINÍCOLA
• Implantar o Sistema BPF
• Seguir os 7 princípios básicos do APPCC
• Seguir as normativas do MAPA/ISO
• Aplicação dos PCC’S
PERIGOS NAS INDUSTRIAS VINÍCOLAS.
Biológicos Químicos Físicos
Segundo a Portaria MAPA nº 46/98, perigo é definido como “causas potenciais de danos
inaceitáveis que possam tornar um alimento impróprio ao consumo e afetar a saúde do
consumidor, ocasionar a perda da qualidade e da integridade econômica dos produtos”
(BRASIL, 1998).
PERIGOS NAS INDUSTRIAS VINÍCOLAS
Perigos microbiológicos: doenças do vinho e a microrganismos
deteriorantes, oriundos do ambiente, dos equipamentos usados no
processo e dos trabalhadores da vinícola.
Perigos físicos (pedaços de metal, vidros, insetos).
Químicos (resíduos de pesticidas, resíduos de metais pesados,
uréia, etil carbamato) desde o cultivo da uva, passando pelos
processos de elaboração na indústria, pelo engarrafamento e pelas
etapas de distribuição e transporte (TZIA & CHRISTAKI, 2002).
PROCESSO DE PRODUÇÃO DO VINHO
CULTIVO DAS
UVAS
COLHEITA DAS
UVAS
DESENGAÇAME
NTO
SEPARAÇÃO DO
MOSTO
FERMENTAÇAO
ALCOOLICA
ESTOCAGEM DO
MOSTO
ENGARRAFAME
NTO
ARROLHAMENT
O ROTULAGEM
ESTABILIZAÇÃO CORTE
EVOLUÇÃO E
ENVELHECIMEN
TO
PC – PONTO CRITICO
PCC – PONTO
CRITICO DE
CONTROLE
LEGENDAS
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
1.Cultivo da uva (PCC e PC): Doenças da uva causadas por
fungos, insetos e pragas, e mofos; (S) uso incorreto de
fungicidas e pesticidas (doses, tipo, tempo de aplicação), metais
pesados acabam passando às uvas através do solo (ex.
chumbo). Medidas preventivas e de controle: uso de pesticidas
e fungicidas permitidos, respeito ao tempo de aplicação,
remoção das uvas mofadas, controle sobre os registros do uso
de pesticidas, respeito à legislação que regula o uso de
pesticidas, medições dos resíduos de pesticidas nas uvas, e de
metais pesados no solo, uso de Boas Práticas Agrícolas.
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
2. Colheita das uvas (PCC e PC): colheita prematura, colheita com
a uva super madura, injúrias nas uvas devido à manipulação,
práticas inadequadas na colheita, contaminação por fungos devido
às injúrias nas uvas, infecção fúngica (Penicillium e Aspergillus),
crescimento de bactérias acéticas (Acetobacter); (S) resíduos de
inseticidas, matérias estranhas oriundas do solo (pedras, peças
metálicas).
Medidas preventivas e de controle: medição da densidade e da
acidez da uva, controle sobre a integridade da uva, medição dos
resíduos de pesticidas (conforme legislação), uso de Boas Práticas
Agrícolas.
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
3.Desengaçamento (PC): (Q) Resíduos de sementes (tintos), uvas
contaminadas por Botrytis cinerea.
Medidas preventivas: uso das Boas Práticas de Fabricação
(manutenção dos equipamentos), remoção manual das uvas
mofadas, medição do SO2 nas uvas.
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
4. Separação do mosto (branco) (PC): (Q) Resíduos de cascas no
mosto, oxidação do mosto.
Medidas preventivas e de controle: a aeração durante a separação
do mosto deve ser a mínima possível, uso de Boas Práticas de
Fabricação durante a separação.
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
5. Estocagem do mosto (branco): (Q) Crescimento de mofos e
leveduras
Medidas preventivas: Manutenção do pH, da temperatura de
estocagem, medição do SO2 (dióxido de enxofre) e pressão do
CO2 (gás carbônico).
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
6. Fermentação alcoólica (PCC e PC): (Q) Crescimento de
bactérias indesejáveis no fermentador, parada de fermentação,
perda dos componentes aromáticos, produção de ácido sulfídrico e
ácido acético, oxidação devido ao rendimento em oxigênio dentro
do fermentador; (S) produção de etil carbamato.
Medidas preventivas e de controle: Monitoramento da temperatura
para vinificação em branco (10-21 ºC), e para vinificação em tinto
(20-30 º), aeração do mosto durante as primeiras 24 horas da
fermentação, controle da etapa de inoculação das leveduras,
respeito à dose recomendada de SO2, controle do teor de etil
carbamato.
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
7. Corte (PC): (Q) perda de características sensoriais do vinho
cortado, instabilidade do vinho.
Medidas preventivas e de controle: Avaliação sensorial do vinho
cortado, controle dos microrganismos (deteriorantes).
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
8. Estabilização (PCC): (S) presença de metais perigosos (Pb, As,
Cu), resíduos de substâncias químicas.
Medidas preventivas e de controle: Medições dos limites para a
presença dos metais (Pb, As, Cu, conforme legislação), controle e
uso de aditivos permitidos, respeitando os limites.
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
9. Evolução/Envelhecimento (PCC e PC): (Q) Alterações
sensoriais, vinho com gosto do barril, oxidação, desenvolvimento
de Cândida, Pichia, Brettanomyces, Dekkera e bactérias acéticas;
(S) presença de etil carbamato.
Medidas preventivas e de controle: Controle do SO2, da
temperatura de estocagem.
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
10. Engarrafamento (PCC e PC): (Q) Presença de microrganismos
deteriorantes nas garrafas, perda de vinho das garrafas, perda das
características sensoriais devido à oxidação, matérias estranhas
oriundas das garrafas; (S) matérias estranhas (garrafas e
enchedora), resíduos de agentes de limpeza no vinho.
Medidas preventivas e de controle: Controle dos procedimentos de
limpeza das garrafas, controle visual e microbiológico das
garrafas, controle das Boas Práticas de Fabricação durante o
engarrafamento (linha, ambiente e garrafas).
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
11. Arrolhamento (PCC e PC): (Q) Oxidação do vinho, rolhas
contaminadas, matérias estranhas no vinho provindas da rolha,
alterações sensoriais, apodrecimento da rolha durante sua vida útil
(prejudica a qualidade do vinho engarrafado); (S) material da rolha
no vinho, contaminação do vinho devido ao ambiente da vinícola.
Medidas preventivas e de controle: Controle de qualidade do
arrolhamento, controle microbiológico da rolha através de análises,
controle das Boas Práticas de Fabricação, controle das medidas
de higiene das rolhas e ambiente.
PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS
CORRETIVAS
12 - Rotulagem (PCC): (S) Ausência de codificação (identificação
do lote) no produto pronto.
Medidas preventivas e de controle: Inspeção dos procedimentos
de codificação, controle da correta codificação.
CONCLUSÃO
A demanda dos consumidores por qualidade e segurança
alimentar é crescente, cada vez mais os profissionais envolvidos
precisam empreender esforços para aperfeiçoar seus processos e
produtos com o foco nos clientes.
O mapeamento do processo, a identificação dos perigos, os
controles preventivos e corretivos, os procedimentos de registro e
verificação conferem à empresa um melhor domínio do seu
processo produtivo. A indústria vinícola brasileira poderá competir
mais efetivamente no mercado interno, frente à concorrência dos
importados, e poderá também competir externamente, atuando em
novos mercados.
BIBLIOGRAFIA
ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14900. Sistema de gestão
da análise de perigos e pontos críticos de controle – Segurança de alimentos. 30 out.
2002.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n. 05
de 31 de março de 2000. Aprova o Regulamento Técnico para a fabricação de bebidas e
vinagres, inclusive vinhos e derivados da uva e do vinho, dirigido a estabelecimentos
elaboradores e/ou industrializadores. In: Legislação brasileira para bebidas. Bevtech
Beverage Technologies. FANTINEL, Jorge (Org.), 1 CD.
BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria n. 46 de 10 de
fevereiro de 1998. Manual genérico de procedimentos para APPCC em indústrias de
produtos de origem animal. Diário Oficial da União. Seção 1, p. 24-28, de 16/03/98.

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HACCP E APPCC Industria vinicola

  • 2. INTRODUÇÃO A APPCC Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle (APPCC) ou Hazard Analisys And Critical Control Points (HACCP) foi inicialmente aplicada por empresas que elaboram produtos alimentícios de alto risco microbiológico (carnes, laticínios, conservas vegetais). Atualmente, a APPCC está sendo empregada também por empresas cujos produtos elaborados apresentam baixo risco de contaminação por patogênicos, como café e vinho. Os benefícios que o sistema oferece resultam em maior competitividade nos mercados em que atuam, internos ou externos.
  • 3. PRINCÍPIOS DO APPCC Para implantar o sistema APPCC numa empresa, é preciso aplicar os sete princípios estabelecidos pelo Codex Alimentarius: • análise de perigos e medidas preventivas; • identificação dos pontos críticos de controle; e • estabelecimento dos limites críticos; • estabelecimento dos procedimentos de monitoração; • estabelecimento das ações corretivas; • estabelecimento dos procedimentos de verificação; • estabelecimento dos procedimentos de registro.
  • 4. DEFINIÇÕES E CONCEITOS Indústria vinícola é a atividade industrial envolvida na fabricação de vinhos composta por algumas fases principais como: • Plantio • Colheita • Esmagamento • Fermentação • Filtragem • Envelhecimento • Envase
  • 5. LEGISLAÇÃO No Brasil, o vinho tem seu registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), e a legislação principal relacionada ao sistema APPCC está apoiada nos seguintes atos normativos: Portarias MAPA nº 368 de 04/09/1997 e nº 46 de 10/02/1998 (estabelecem a obrigatoriedade da aplicação do sistema APPCC pelas indústrias de alimentos e bebidas, as condições higiênico-sanitárias e de Boas Práticas de Fabricação (BPF), e outras providências); e Instrução Normativa MAPA nº 05 de 31/03/2000 (estabelece os requisitos higiênico-sanitários e de BPF na elaboração de vinho).
  • 6. APLICAÇÃO DO SISTEMA APPCC NA INDÚSTRIA VINÍCOLA • Implantar o Sistema BPF • Seguir os 7 princípios básicos do APPCC • Seguir as normativas do MAPA/ISO • Aplicação dos PCC’S
  • 7. PERIGOS NAS INDUSTRIAS VINÍCOLAS. Biológicos Químicos Físicos Segundo a Portaria MAPA nº 46/98, perigo é definido como “causas potenciais de danos inaceitáveis que possam tornar um alimento impróprio ao consumo e afetar a saúde do consumidor, ocasionar a perda da qualidade e da integridade econômica dos produtos” (BRASIL, 1998).
  • 8. PERIGOS NAS INDUSTRIAS VINÍCOLAS Perigos microbiológicos: doenças do vinho e a microrganismos deteriorantes, oriundos do ambiente, dos equipamentos usados no processo e dos trabalhadores da vinícola. Perigos físicos (pedaços de metal, vidros, insetos). Químicos (resíduos de pesticidas, resíduos de metais pesados, uréia, etil carbamato) desde o cultivo da uva, passando pelos processos de elaboração na indústria, pelo engarrafamento e pelas etapas de distribuição e transporte (TZIA & CHRISTAKI, 2002).
  • 9. PROCESSO DE PRODUÇÃO DO VINHO CULTIVO DAS UVAS COLHEITA DAS UVAS DESENGAÇAME NTO SEPARAÇÃO DO MOSTO FERMENTAÇAO ALCOOLICA ESTOCAGEM DO MOSTO ENGARRAFAME NTO ARROLHAMENT O ROTULAGEM ESTABILIZAÇÃO CORTE EVOLUÇÃO E ENVELHECIMEN TO PC – PONTO CRITICO PCC – PONTO CRITICO DE CONTROLE LEGENDAS
  • 10. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 1.Cultivo da uva (PCC e PC): Doenças da uva causadas por fungos, insetos e pragas, e mofos; (S) uso incorreto de fungicidas e pesticidas (doses, tipo, tempo de aplicação), metais pesados acabam passando às uvas através do solo (ex. chumbo). Medidas preventivas e de controle: uso de pesticidas e fungicidas permitidos, respeito ao tempo de aplicação, remoção das uvas mofadas, controle sobre os registros do uso de pesticidas, respeito à legislação que regula o uso de pesticidas, medições dos resíduos de pesticidas nas uvas, e de metais pesados no solo, uso de Boas Práticas Agrícolas.
  • 11. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 2. Colheita das uvas (PCC e PC): colheita prematura, colheita com a uva super madura, injúrias nas uvas devido à manipulação, práticas inadequadas na colheita, contaminação por fungos devido às injúrias nas uvas, infecção fúngica (Penicillium e Aspergillus), crescimento de bactérias acéticas (Acetobacter); (S) resíduos de inseticidas, matérias estranhas oriundas do solo (pedras, peças metálicas). Medidas preventivas e de controle: medição da densidade e da acidez da uva, controle sobre a integridade da uva, medição dos resíduos de pesticidas (conforme legislação), uso de Boas Práticas Agrícolas.
  • 12. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 3.Desengaçamento (PC): (Q) Resíduos de sementes (tintos), uvas contaminadas por Botrytis cinerea. Medidas preventivas: uso das Boas Práticas de Fabricação (manutenção dos equipamentos), remoção manual das uvas mofadas, medição do SO2 nas uvas.
  • 13. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 4. Separação do mosto (branco) (PC): (Q) Resíduos de cascas no mosto, oxidação do mosto. Medidas preventivas e de controle: a aeração durante a separação do mosto deve ser a mínima possível, uso de Boas Práticas de Fabricação durante a separação.
  • 14. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 5. Estocagem do mosto (branco): (Q) Crescimento de mofos e leveduras Medidas preventivas: Manutenção do pH, da temperatura de estocagem, medição do SO2 (dióxido de enxofre) e pressão do CO2 (gás carbônico).
  • 15. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 6. Fermentação alcoólica (PCC e PC): (Q) Crescimento de bactérias indesejáveis no fermentador, parada de fermentação, perda dos componentes aromáticos, produção de ácido sulfídrico e ácido acético, oxidação devido ao rendimento em oxigênio dentro do fermentador; (S) produção de etil carbamato. Medidas preventivas e de controle: Monitoramento da temperatura para vinificação em branco (10-21 ºC), e para vinificação em tinto (20-30 º), aeração do mosto durante as primeiras 24 horas da fermentação, controle da etapa de inoculação das leveduras, respeito à dose recomendada de SO2, controle do teor de etil carbamato.
  • 16. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 7. Corte (PC): (Q) perda de características sensoriais do vinho cortado, instabilidade do vinho. Medidas preventivas e de controle: Avaliação sensorial do vinho cortado, controle dos microrganismos (deteriorantes).
  • 17. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 8. Estabilização (PCC): (S) presença de metais perigosos (Pb, As, Cu), resíduos de substâncias químicas. Medidas preventivas e de controle: Medições dos limites para a presença dos metais (Pb, As, Cu, conforme legislação), controle e uso de aditivos permitidos, respeitando os limites.
  • 18. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 9. Evolução/Envelhecimento (PCC e PC): (Q) Alterações sensoriais, vinho com gosto do barril, oxidação, desenvolvimento de Cândida, Pichia, Brettanomyces, Dekkera e bactérias acéticas; (S) presença de etil carbamato. Medidas preventivas e de controle: Controle do SO2, da temperatura de estocagem.
  • 19. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 10. Engarrafamento (PCC e PC): (Q) Presença de microrganismos deteriorantes nas garrafas, perda de vinho das garrafas, perda das características sensoriais devido à oxidação, matérias estranhas oriundas das garrafas; (S) matérias estranhas (garrafas e enchedora), resíduos de agentes de limpeza no vinho. Medidas preventivas e de controle: Controle dos procedimentos de limpeza das garrafas, controle visual e microbiológico das garrafas, controle das Boas Práticas de Fabricação durante o engarrafamento (linha, ambiente e garrafas).
  • 20. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 11. Arrolhamento (PCC e PC): (Q) Oxidação do vinho, rolhas contaminadas, matérias estranhas no vinho provindas da rolha, alterações sensoriais, apodrecimento da rolha durante sua vida útil (prejudica a qualidade do vinho engarrafado); (S) material da rolha no vinho, contaminação do vinho devido ao ambiente da vinícola. Medidas preventivas e de controle: Controle de qualidade do arrolhamento, controle microbiológico da rolha através de análises, controle das Boas Práticas de Fabricação, controle das medidas de higiene das rolhas e ambiente.
  • 21. PONTOS CRITICOS DE CONTROLE E MEDIDAS CORRETIVAS 12 - Rotulagem (PCC): (S) Ausência de codificação (identificação do lote) no produto pronto. Medidas preventivas e de controle: Inspeção dos procedimentos de codificação, controle da correta codificação.
  • 22. CONCLUSÃO A demanda dos consumidores por qualidade e segurança alimentar é crescente, cada vez mais os profissionais envolvidos precisam empreender esforços para aperfeiçoar seus processos e produtos com o foco nos clientes. O mapeamento do processo, a identificação dos perigos, os controles preventivos e corretivos, os procedimentos de registro e verificação conferem à empresa um melhor domínio do seu processo produtivo. A indústria vinícola brasileira poderá competir mais efetivamente no mercado interno, frente à concorrência dos importados, e poderá também competir externamente, atuando em novos mercados.
  • 23. BIBLIOGRAFIA ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 14900. Sistema de gestão da análise de perigos e pontos críticos de controle – Segurança de alimentos. 30 out. 2002. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Instrução Normativa n. 05 de 31 de março de 2000. Aprova o Regulamento Técnico para a fabricação de bebidas e vinagres, inclusive vinhos e derivados da uva e do vinho, dirigido a estabelecimentos elaboradores e/ou industrializadores. In: Legislação brasileira para bebidas. Bevtech Beverage Technologies. FANTINEL, Jorge (Org.), 1 CD. BRASIL. Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Portaria n. 46 de 10 de fevereiro de 1998. Manual genérico de procedimentos para APPCC em indústrias de produtos de origem animal. Diário Oficial da União. Seção 1, p. 24-28, de 16/03/98.