Este documento descreve um estudo piloto sobre o uso da edição de vídeo para motivar alunos do ensino secundário nas áreas CTEM. Os alunos trabalharam em grupos para criar vídeos explicativos sobre conceitos complexos. Os resultados mostraram que os alunos se envolveram no processo criativo e gostaram particularmente da edição de vídeo, embora tenham tido algumas dificuldades em definir conceitos complexos inicialmente. A interação em grupo foi essencial para motivar os alunos.
PRÁTICAS EDUCATIVAS COM A EDIÇÃO DE VÍDEO: MOTIVAR COM CRIATIVIDADE
1. PRÁTICAS EDUCATIVAS COM A EDIÇÃO DE
VÍDEO: MOTIVAR COM CRIATIVIDADE
Celestino Magalhães Sara Cruz José Alberto Lencastre
Clara Coutinho João Casal Rui José
Universidade do Minho, Portugal
2. Introdução
• Objetivo: promover a curiosidade dos alunos para as
áreas CTEM através de atividades de edição de vídeo.
• Análise da complexidade dos conceitos motivou a
edição de vídeo como uma estratégia de ensino-aprendizagem
dando a oportunidade dos alunos
investigarem e refletirem sobre as aprendizagens.
3. Metodologia
• Estudo piloto: turma de 12º ano com a colaboração
da professora de Multimédia.
• Recolha de dados:
– observação com técnica de observação direta
(diário de bordo)
– método de inquérito com a técnica de recolha
através de um questionário online no final da
atividade
4. Participantes
• 18 alunos, 4 rapazes e 14 raparigas, com idades
compreendidas entre os 18 e os 20 anos.
6. • 1ª aula:
Atividade
– Distribuição dos alunos por grupos de trabalho, num total de 9
grupos.
– Os alunos escolheram os conceitos complexos a serem
trabalhados.
– Os alunos discutiram sobre qual o conteúdo, quais os passos a
serem seguidos e qual a melhor forma de apresentar o conceito.
– Criação do storyboard utilizando a ferramenta StoryboardThat
7. • 2ª aula:
Atividade
– Introdução do software de edição de vídeo corel draw
– Os alunos usaram os storyboards criados na primeira aula
como guião para a criação dos seus vídeos.
8. • 3ª aula:
Atividade
– Reflexão sobre a atividade.
– Os vídeos foram partilhados no YouTube.
9. Resultados
• Os alunos comportaram-se colaborativamente em cada fase do
processo da criação dos vídeos.
• Recetivos ao desafio de criar vídeos explicativos de assuntos
complexos para gerar cenários de aprendizagem sobre assuntos
escolares.
• Os alunos mostraram-se determinados e automotivados para
atividades escolares que envolvam meios tecnológicos.
10. Resultados
Em qual das etapas do trabalho sentiste mais dificuldade?
5
5
5
1
Definição do conceito
Definição do storyboard
Edição do vídeo
Realização do vídeo
11. Resultados
Em qual das etapas do trabalho sentiste mais dificuldade?
• dos 15 alunos que responderam ao questionário:
– a definição do conceito (5 alunos),
– o storyboard (5 alunos),
– a edição do vídeo (5 alunos)
12. Resultados
Qual das etapas do trabalho gostaste mais de realizar?
5
5
3
7
1
Realização do vídeo
Definição do storyboard
Definição do conceito
Edição do vídeo
Edição do áudio
13. Resultados
Qual das etapas do trabalho gostaste mais de realizar?
• 7 alunos referem a fase de edição de vídeo,
• 5 alunos admitem ser a fase de definição do storyboard,
• 5 alunos dizem ter sido as filmagens.
14. Conclusão
• Criação de vídeos como forma de aumentar a motivação e o interesse dos
alunos pelos conteúdos lecionados mostrou-se uma prática com efeitos
muito positivos.
• Os resultados sugerem:
i. alunos são criativos,
ii. trabalham bem colaborativamente,
iii. estão recetivos ao desafio de criarem vídeos explicativos para gerar
cenários de aprendizagem sobre assuntos escolares,
iv. alunos são determinados e automotivados para atividades escolares
que envolvam meios tecnológicos.
15. Conclusão
• Dos dados recolhidos através dos questionários percebemos
que:
– os alunos gostaram de realizar o storyboard, da edição e
do processo de criação do vídeo (filmagens),
– mas admitiram algumas dificuldades na concretização do
conceito complexo no storyboard.
16. Conclusão
• A interação criada entre os alunos foi o fator mais importante
na motivação e envolvimentos dos alunos no contexto de sala
de aula.
• O trabalho de pares na partilha de ideias aumenta o
envolvimento dos alunos.