1. Griffith observou que bactérias do tipo S, quando mortas pelo calor, podiam transformar bactérias do tipo R em patogénicas quando inoculadas em ratos.
2. Avery testou se o "princípio transformante" era proteína ou DNA, e encontrou que era degradado pela enzima DNAse, sugerindo que o DNA é o responsável pela transformação.
3. Os resultados apoiam a hipótese de que o DNA das bactérias mortas é incorporado nas vivas, permitindo-lhes produzir a cápsula e
1. ESCOLA SECUNDÁRIA DE JAIME MONIZ
Disciplina: Biologia e Geologia – 11º ano Ano letivo: 2012/2013
Unidade 5: Crescimento e renovação celular
Tema: Importância biológica do DNA
Nome do aluno:_____________________________________ nº:___ Turma: ___ Data: __/__/__
FICHA DE TRABALHO
EXPERIÊNCIA DE GRIFFITH (1928)
Frederick Griffith trabalhava com bactérias, conhecidas na época como
pneumococos e que são, atualmente, classificadas como pertencentes à espécie
Streptococcus pneumoniae. Algumas estirpes de S. pneumoniae produzem uma cápsula
de polissacarídeos, enquanto que outras estirpes são desprovidas de cápsula. Quando
cultivadas em placas de Petri, as estirpes que produzem cápsula formam colónias com
aspeto liso, enquanto que as estirpes não capsuladas crescem, originando colónias
com aspeto rugoso. Devido ao aspeto das colónias, as estirpes capsuladas são
designadas por "tipo S", enquanto que as estirpes não produtoras de cápsula são
chamadas "tipo R".
As estirpes lisas de S. pneumoniae são virulentas, podendo provocar pneumonia e
outras infeções em mamíferos. Particularmente, nos ratos, estas infeções são geralmente
fatais.
Nota: Bactérias do tipo R (R, do inglês rough, rugoso); Bactérias do tipo S (S, do inglês smooth, liso)
Griffith procedeu, então, da seguinte forma:
Método
Resultados
2. 1 – Qual das estirpes é patogénica para os ratos?
2 – Qual (quais) do(s) lote(s) pode(m) ser considerado(s) como controlo?
3 – Explique a sobrevivência dos ratos do lote C.
4 – Procure explicar o surgimento de bactérias vivas do tipo S, no sangue dos ratos do
lote D.
Griffith não conseguiu explicar o fenómeno. Contudo, uma possível explicação era a
de que as bactérias mortas do tipo S transmitiam alguma informação às bactérias do tipo
R, de tal forma que estas eram capazes de produzir uma cápsula, tornando-se assim
virulentas. Essa informação deveria ser transmitida por uma substância química, que ficou
conhecida por princípio transformante, pelo facto de transformar um tipo de bactérias
noutro.
A descoberta deste princípio transformante surgiu em 1944, como resultado de
trabalhos de investigação realizados por uma equipa de trabalhos de investigadores
norte-americanos (Oswald Avery, Collin Macleod e Maclyn McCarty).
Avery e os seus colaboradores suspeitavam que o DNA pudesse ser "o princípio
transformante".
A equipa liderada por Oswald Avery procedeu da seguinte forma:
• obteve uma mistura de bactérias de tipo R com bactérias do tipo S mortas
pelo calor (que, como Griffith tinha verificado, causava a morte dos ratos);
• tratou uma amostra A dessa mistura com uma protease (enzima que degrada
as proteínas);
• tratou uma amostra B da mesma mistura com uma DNAase (enzima que
degrada o DNA);
• inoculou dois lotes de ratos, um com a amostra A e outro com a amostra B.
3. 1 – Qual era o objetivo dos trabalhos de Avery?
2 – Em qual das amostras o princípio transformante se mantém ativo?
3 – Em que medida os resultados desta experiência permitem apoiar a ideia de que o
DNA é o "princípio transformante"?
4 – Procure interpretar os resultados das experiências de Griffith, com base nas
observações de Avery
4. EXPERIÊNCIA DE GRIFFITH (1928)
Método
Resultados
1 – Qual das estirpes é patogénica para os ratos?
A estirpe de bactérias do tipo S.
2 – Qual (quais) do(s) lote(s) pode(m) ser considerado(s) como controlo?
Os lotes A, B e C.
3 – Explique a sobrevivência dos ratos do lote C.
As bactérias do tipo S foram mortas pelo calor, perdendo a capacidade de provocar
pneumonia.
4 – Procure explicar o surgimento de bactérias vivas do tipo S, no sangue dos ratos do lote D.
Talvez as bactérias mortas do tipo S, transmitam alguma informação às bactérias
do tipo R, de tal forma que estas passam a ser capazes de produzir uma cápsula,
tornando-se, assim, virulentas.
5. EXPERIÊNCIA DE AVERY E COLABORADORES
1 – Qual era o objetivo dos trabalhos de Avery?
Verificar qual a natureza química da substância, que seria o "princípio
transformante".
2 – Em qual das amostras o princípio transformante se mantém ativo?
Na amostra A.
3 – Em que medida os resultados desta experiência permitem apoiar a ideia de que o DNA é o
"princípio transformante"?
Dado que na amostra tratada com enzimas responsáveis pela degradação do DNA
não ocorria transformação das bactérias (os ratos não contraíam pneumonia) e, por
outro lado, na amostra tratada com enzimas responsáveis pela degradação das
proteínas a transformação ocorria, é então provável que o princípio transformante
seja o DNA.
4 – Procure interpretar os resultados das experiências de Griffith, com base nas observações de
Avery
O DNA das bactérias de tipo S mortas pelo calor é incorporado nas bactérias do
tipo R. Assim, estas passam a ter informação para produzirem cápsula, tornando-se
virulentas, razão pela qual provocam a morte dos ratos.