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Gestão Clínica de
Medicamentos na Atenção
   Primária à Saúde




                  Cassyano J CorrerPharmB MScPhD
                      Departamento de Farmácia
           Universidade Federal do Paraná, Brasil
                              cassyano@ufpr.br
OS GRANDES MOVIMENTOS DA GESTÃO
      DA SAÚDE NO SÉCULO 21
                          2




 Da gestão das condições agudas para a gestão
 das condições crônicas

 Da gestão baseada em opiniões para a gestão
 baseada em evidências

 Da gestão dos meios para a gestão dos fins



                                           MENDES (2004)
A HISTÓRIA DE UM PACIENTE DO SUS/APS
                                  3

 João, 81 anos
 Residente de Colombo, área 126.
 Pertence ao território da US Jd. Graças
 Aposentado, foi Carpinteiro.
 Evangélico (Igreja - Deus é amor)
 Casado, com 16 filhos, 9 filhos do primeiro casamento da
  esposa + 7 filhos do seu primeiro casamento.
 Analfabeto



             Fonte: Farmacêuticos - Residência Multiprofissional em Saúde da
                                  Família – UFPR – Curitiba, PR Junho 2010
História Clínica
                                           29/04/2000
                                                       4
                                           Apresenta cefaléia
                                           PA: 180/100mmHg                                27/10/2004
10/10/1995 - Início do atendimento na US   Metildopa 500mg + HCTZ 50mg +                  PA: 160/100 mmHg
PA: 170/100mmHg– Dx HAS                    Furosemida 2 amp (no momento)                  Metildopa 500mg + HCTZ
Medicação: HCTZ 25mg + Dilacoron 80mg      *foi liberado com Metildopa + HCTZ             50mg

                                                                     12/03/2001
                         28/02/1996                                  Pedido de Urografia
                         PA: 160/100 Encaminhado                     (PSA alterado)
                         para Oftalmo


       1994               1996             1998               2000                 2002                2004




                 06/11/1995                 16/07/1998                               20/03/2003
                 PA: 150/90                 PA: 180/100                              PA: 170/100 mmHg
                                                                                     Captopril 25mg (8/8horas) +
                                                                                     HCTZ 50mg (1x/d)


                                                                       06/12/2001
                                                                       PA: 200/140 mmHg
                                                                       Metildopa + HCTZ
História Clínica

                            28/08/2007
                            RX toráx - ↑ cardíaco
   12/05/2005               PA: 190/100 mmHg
   PA: 200/120 mmHg         Encaminhamento para o Cardiologista
   Relata que esteve em     Medicação: Captopril 25mg (12/12h) +
   observação no Pronto     HCTZ (12/12h) + Digoxina 0,25mg (1x/d)
   Atendimento




     2005                  2007                        2008                     2009


                                                     17/02/2008
                                                     Dor de estômago – Omeprazol 20mg
                          06/06/2007
                          Falta de ar
                          Solicita ECG




                                          5
História Clínica
                                           18/05/2009
                                           RX tórax – pulmões levemente
                                           insulflados, área cardíaca aumentada
                                           (VE), Ectasia e alongamento aórtico.
 06/01/2009                                Não fez uso da medicação nesse
 Resultado do ECG (01/12/2008)             dia(PA: 200/100mmHg)
 Ritmo sinusal, FC=68,                     Encaminhado para a Atenção
 HipertrofriaVentr. Esq.- Dx ICC           Farmacêutica




          2009                                                                    2010   2011




       30/04/2009
       PA: 140/100 mmHg
       Trouxe exames, GJ=90,
       Nega queixas
       Medicação: Captopril 25mg
       (3x/d), HCTZ 25mg(2x/d), Digoxina
       0,25mg (1x/d), AAS 100mg (1x/d)

                                                       6
A mudança dos sistemas piramidais e
hierárquicos para as redes de atenção à saúde
                             7




               Mendes EV. As redes de atençãoà saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011.
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p.
                     8
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p.
                     9
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p.
                    10
11

  A IMPORTÂNCIA DO MODELO DE
PIRAMIDE DE RISCOS NA ATENÇÃO ÀS
      CONDIÇÕES CRÔNICAS

O processo de estratificação da população é             central
                                                          nos modelos de
atenção à saúde porque permite identificar pessoas e grupos com
necessidades de saúde semelhantes que devem ser atendidos
por tecnologias e recursos específicos, segundo uma
estratificação de riscos. Sua lógica se apóia num
manejo diferenciado, pela ESF, de pessoas e de grupos que apresentam
riscos similares



                                         Mendes EV. O cuidado das condiçõescrônicasnaatençãoprimáriaàsaúde:
          oimperativodaconsolidaçãodaestratégiadasaúdedafamília. Brasilia: Organização Pan-Americana daSaúde;
Mendes EV. O cuidado das condiçõescrônicasnaatençãoprimáriaàsaúde:
                                      12
oimperativodaconsolidaçãodaestratégiadasaúdedafamília. Brasilia: Organização Pan-Americana daSaúde;
O que é a Gestão da Clínica?
                                         13

A expressão “gestão da clínica”não é muito
encontrada na literatura internacional, mas, no Brasil, foi
adotada por Mendes (2001b) para expressar um sistema de
tecnologias de microgestão dos sistemas de
atenção à saúde, aplicável ao SUS.

                        ...Tem suas origens em dois movimentos
                    principais: um, mais antigo, desenvolvido no sistema
                    de atenção à saúde dos Estados Unidos, a atenção
                                          gerenciada (managedcare);
                        outro, mais recente, a governança clínica
                       (clinicalgovernance) que se estabeleceu no Serviço
                           Nacional de Saúde (NHS), o sistema público de
                                         atenção à saúde do Reino Unido.
                    Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p.
A gestão da clínica é um conjunto de
tecnologias de microgestão da clínica,
destinado a prover uma atenção à saúde de qualidade:
1. centrada nas pessoas;
2. efetiva, estruturada com base em evidências científicas;
3. segura, que não cause danos às pessoas usuárias e aos
profissionais de saúde;
4. eficiente, provida com os custos ótimos;
5. oportuna, prestada no tempo certo;
6. equitativa, de forma a reduzir as desigualdades injustas;
7. ofertada de forma humanizada.




               Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p.
                                   14
Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p.
                    15
Qualidade
   Acesso



              Uso
            Racional




Assistência Farmacêutica

            16
Problemas com Medicamentos
                          17


 Erros de medicação
 Não seguimento de diretrizes clínicas
 Discrepâncias terapêuticas na transição do
    paciente entre níveis assistenciais
   Baixa efetividade dos tratamentos
   Ocorrência de eventos adversos evitáveis
   Automedicação irresponsável
   Baixa adesão aos tratamentos.
MMRM NO BRASIL E NO MUNDO

Tipo de dano                      Prevalência no Brasil   Prevalência em outros países


EAM - Crianças - Serviços de               4,0%           Canadá (0,6%)
emergência

EAM – Adultos e Idosos -              15,6% a 34,1%       EUA (7,6% - 18,1%), Espanha (5,5%),
Hospitais                                                 Tailândia (2,5%) e Arábia Saudita (0,2%)

PRM – Sem restrição de faixa          31,6% a 38,2%       EUA (4,2 – 28,1%)
etária – Serviços de emergência

RAM - Crianças - Comunidade               19,9%           Alemanha (1,7%)


RAM - Crianças – Serviços de               3,5%           Austrália (1,4%)
emergência

RAM – Adultos e Idosos –                   6,3%           Índia (3,8%)
Serviços de emergência

RAM ->Hosp– Adultos e Idosos              52,3%           Espanha (19,4%), Suécia (10,7% - 12,0%),
– Hospital                                                Reino Unido (0,9% - 6,5%)

RAM ->Hosp- Idosos - Hospitais            46,5%           Itália (3,4% - 5,8%), Holanda (17,6% -
                                                          41,5%), Eslováquia (7,8%)
• As necessidades da população vão além da
questão da acessibilidade e da qualidade dos
produtos farmacêuticos, requerendo ações
articuladas ao processo de atenção à saúde que
possam garantir a continuidade do cuidado, bem
como, a prevenção e resolução de problemas
ligados à farmacoterapia.

• Uma nova assistência farmacêutica, integrada de
forma singular ao processo de cuidado em
saúde, faz-se necessária, a fim de dar resposta à
nova situação farmacoepidemiológica que se
apresenta.
                          19
                      Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Revista Pan-Amazonica de Saude. 2011;2(3).
20


     QUE
 ASSISTÊNCIA
FARMACÊUTICA
  NÓS TEMOS
    HOJE?
Acesso a medicamentos para pacientes
          ambulatoriais no Brasil
                                   21


     SETOR PÚBLICO

                 Rede
               Farmácia
                                           SETOR PRIVADO
                Popular
Unidades                                Farmácias Privadas
de Saúde
                                            ~70.000
 (APS)                 Programa
                       “Aqui tem
                       Farmácia
                        Popular”
                                                       Farmácias
 Farmácias
                                                       Magistrais
Comunitárias
                                                        ~9.000
  Públicas


        Farmácias
        Especiais /
       Ambulatoriais
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: FRAGMENTAÇÃO
                  22




                                 CUIDADOS
LOGÍSTICA       VS.         FARMACÊUTICOS
FARMACÊUTICA
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: FRAGMENTAÇÃO
                             23




LOGÍSTICA



                                 • Desarticulada do processo de cuidado
                     • Dificuldade para qualificar o processo de seleção
            • Não consegue ter um olhar para a resolubilidade em saúde
                         • Profissão vista como “meio”, não como “fim”
                      • AF vista apenas como sistema de apoio das RAS
ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: FRAGMENTAÇÃO
                                      24

• Cuidado do paciente, mas na prática ainda
centrado no medicamento
• Às vezes pouca compreensão das questões do
acesso aos medicamentos no país
• Faltando visão mais integrada dos serviços
farmacêuticos
• Falta de farmacêuticos clínicos
                                               CUIDADO
• A situação atual da assistência farmacêutica no Brasil leva à
população a conviver com um duplo padrão de problemas relacionados
aos medicamentos, próprios tanto de países desenvolvidos como daqueles
em desenvolvimento.


• Por um lado, deficiências políticas, gerenciais e estruturais
comprometem o acesso oportuno de parte da população aos
medicamentos, em quantidade e qualidade suficientes.


• Por outro lado, o desenvolvimento sócio-econômico, o acesso à
informação e a medicamentos sem prescrição médica, a alta prevalência
das condições crônicas e a polimedicação criaram novas necessidades
coletivas e individuais relacionadas com os medicamentos que os serviços
farmacêuticos de hoje não atendem.



                                     25
                                 Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Revista Pan-Amazonica de Saude. 2011;2(3).
Perigos do caminho:




                      “See the trees, but not the forest”
SERVIÇOS FARMACÊUTICOS INTEGRADOS AO CUIDADO EM SAÚDE

       Cadeia de abastecimento
            farmacêutico                                     Aquisição



                                    Programação                                  Armazenamento
                                                       Gestão Logística
                                                       do Medicamento

                                            Seleção                           Distribuição

                                                                                                     Nível assistencial

                                               Dispensação                 Prescrição             Avaliação                      Paciente
                                                Orientação               Plano Terapêutico        Diagnóstico                  Estado de Saúde

                                                                                                                      Antes do uso de medicamentos
   Continuidade do cuidado                                                                                          Durante o uso de medicamentos
      Avaliações periódicas


             Indicação clínica e objetivo                    Resolução                       Referência         Problema de saúde não tratado
                    terapêutico                                                                                 Falha no acesso ao medicamento
                                                                                                                Medicação não necessária
                                              Gestão Clínica                                                    Desvio de qualidade do
             Compreensão do paciente e             do                                                           medicamento
                adesão terapêutica            Medicamento                                                       Baixa adesão ao tratamento
                                                                                                                Interação medicamentosa
                                                                                                                Duplicidade terapêutica
             Efetividade e segurança da                           Problemas                                     Discrepâncias na medicação
                     terapêutica                                                                                Falta de efetividade terapêutica
                                                                                                                Reação adversa ou toxicidade
                                                                                                                Erro de medicação
                                                                                                                Contra-indicações
                                                                                                                Outros..


                                                                Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Revista Pan-Amazonica de Saude. 2011;2(3).
DEFINIÇÃO DE GESTÃO CLÍNICA DO
MEDICAMENTO
A gestão clínica do medicamento consiste em um conjunto de ações assistenciais, vinculadas à
assistência farmacêutica, que visam garantir o uso adequado dos medicamentos e a obtenção de
resultados terapêuticos positivos. São tecnologias de microgestão que devem ser incorporadas à
gestão da clínica, como a gestão das condições de saúde e gestão de caso.

Caracteriza-se pela provisão de serviços clínicos centrados no paciente, de alta complexidade e
baixa densidade tecnológica. Estes serviços podem ser providos de forma individual e coletiva
juntamente com a entrega de medicamentos, ainda que sejam independentes desta.

As tecnologias que compõe a gestão clínica do medicamento integram-se ao processo de atenção à
saúde, tendo como objetivos principais: i) a avaliação do acesso dos pacientes a tratamentos
adequados para seus problemas de saúde, ii) o empoderamento dos pacientes e o autocuidado
apoiado no que tange à terapêutica, iii) a concordância e adesão ao tratamento, iv) a redução do
desperdício e o alcance de tratamentos mais custo-efetivos, v) a identificação, prevenção e manejo
de erros de medicação, interações medicamentosas, reações adversas e riscos associados aos
medicamentos, vi) o aumento da efetividade terapêutica, vii) a destinação adequada dos
medicamentos e demais resíduos de saúde ligados à terapêutica.
                        Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Assistência farmacêutica integrada ao processo de cuidado em saúde: gestão clínica
                                                         28      do medicamento. Revista Pan-Amazônica de Saúde. 2011 Sep;2(3):41–9.
Assistência                    Conjunto total de serviços farmacêuticos integrados




                                                                                                                   Gestão de todo sistema de serviços
 Farmacêutica                     ao sistema de saúde que visam garantir o acesso,
       =                          qualidade e uso racional dos medicamentos

Gestão técnica do
                                  Ações logísticas dirigidas ao medicamento que visam
  medicamento
                                  garantir uma distribuição e disponibilidade oportunas
       +

                                  Ações clínicas dirigidas ao paciente, à família e à
Gestão clínica do                 comunidade que visam garantir o uso adequado dos
  medicamento                     medicamentos e a obtenção de resultados
                                  terapêuticos positivos.




                    Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Assistência farmacêutica integrada ao processo de cuidado em saúde: gestão clínica
                                                     29      do medicamento. Revista Pan-Amazônica de Saúde. 2011 Sep;2(3):41–9.
COMO AVANÇAR NA
      APS?
Uma agenda para os SF em APS
                             31

(I) os modelos organizacionais de gestão clínica do
medicamento baseados em evidências e validados
para a realidade brasileira


(II) Métodos para estratificação dos usuários por
gravidade ou risco relacionado aos medicamentos


(III) a estruturação e organização da oferta de
serviços aos usuários por territórios



(IV) os indicadores de qualidade mensuráveis que
possam ser aplicados para a avaliação e acreditação
desses serviços
Estratificação do Risco Associado ao
        Uso de Medicamentos

                                                   Nível III
         Menos
         pessoas        Pessoas com risco alto ou muito alto


                                                    Nível II

                           Pessoas com risco intermediário


                                                     Nível I

          Mais                      Pessoas com risco baixo
         pessoas




                   32
Estratificação do Risco Associado ao
        Uso de Medicamentos
                                                   Nível III

         Menos          Pessoas com risco alto ou muito alto
         pessoas              Serviços Farmacêuticos 7-8-9

                                                    Nível II

                           Pessoas com risco intermediário
                             Serviços Farmacêuticos 4-5-6

                                                     Nível I

                                   Pessoas com risco baixo
          Mais
                              Serviços Farmacêuticos 1-2-3
         pessoas




                   33
Estratificação do Risco Associado ao Uso
      de Medicamentos: MUSE Tool

      • Quantos remédios receitados pelo médico você toma?
num
    • No último mês, você esqueceu alguma vez de tomar seus remédios, por
s/n   qualquer motivo?
    • No último ano, você deixou de adquirir ou parou de tomar algum remédio
s/n   por causa do custo?
   • Em um mês típico, em quantas farmácias diferentes você vai para pegar
num seus remédios?

      • Você foi internado em hospital alguma vez nos últimos 6 meses?
s/n
   • Quantos médicos diferentes te passaram receita de remédios no último
num ano?
   • Quantas doenças ou problemas de saúde você trata atualmente com
num remédios?

34                                                                                 © 2012
                                            Clinical therapeutics. 2013 Mar;35(3):344–50.
Estratificação do Risco Associado ao Uso
        de Medicamentos no Território
                                                        35




                                              ACS: Avaliação
                                                das famílias
                                               residentes no
                                                 território




Fontedaimagem: Cad. SaúdePública vol.24 n.1 2008
36
37


Trazer a
evidência

O Desenho do
estudo
determina sua
relevância para
a prática
clínica
Registros obtidos na busca por
         revisões sistemáticas no Pubmed
                      (n = 343)
                                                  Registros excluídos
                                                       (n =228)

          Artigos na íntegra avaliados para
                    elegibilidade             Artigos na íntegra excluídos,
                      (n = 115)                        com razões
                                                        (n = 69)
                                                        Idioma (n=2)
                                                  Critérios PRISMA (n=26)
                                                   RS desatualizadas (n=7)
                  Artigos incluídos             Revisão não sistemática (n=16)
                       (n = 46)                  RS que não incluem ECR ou
                                                    farmacêuticos (n=17)
                                                 RS publicada em 2011 (n=1)
 Estudos incluídos
manualmente (n=3)


           Revisões sistemáticas incluídas
                       (n = 49)



                                         38
Resultados
                        39




                        273
• Revisões                        • Publicados
  sistemáticas   • Ensaios          entre:
                   Clínicos
                   Randomizados

         49                          1973-2009
Temas das Revisões
                                   40




1.   Cuidados primários a               7.  Adesão ao tratamento em
     idosos                                 idosos e usuários contínuos
2.   DM, HAS, ICC,                      8. Doentes hospitalizados ou
     dislipidemia                           lares de longa permanência
3.   Tabagismo                          9. HIV/SIDA
4.   Saúde mental                       10. Transferência entre níveis
5.   Polifarmácia e qualidade da            assistenciais
     prescrição em idosos               11. Terapia anticoagulante
6.   Farmacoterapia pediátrica
Serviços Farmacêuticos Clínicos
                                 41




     1                                                     4
                       2                   3
 Aconselha-                                           Revisão da
                 Programas de          Adesão ao
  mento ao                                            farmacote-
                 rastreamento         tratamento
  paciente                                               rapia



      5                                    7
                       6                                   8
  Acompanha-                          Informação e
   mento da
                 Reconciliação                         Prescrição
                                        suporte à
farmacoterapia    terapêutica                        independente
                                         equipe
Serviços Clínicos
                          42




               Aconselhamento sobre os
               medicamentos, doenças e medidas não
Aconselha-     farmacológicas
 mento ao
 paciente      Promover o uso correto de medicamentos e o
               autocuidado

               Juntamente ou não com a entrega de
               medicamentos

               Pode utilizar materiais educativos impressos
               ou multimídia
Serviços Clínicos
                               43




              Programas de
              rastreamento




Programas para detecção, prevenção ou controle de fatores de risco
específicos (p.ex. tabagismo, point-of-caretests)
Intervenções centradas em técnicas comportamentais e educação
individual ou em grupo
Serviços Clínicos
                               44




                                     Adesão ao
                                    tratamento




Serviços focados na adesão do paciente ao tratamento

Técnicas diversas, como educação e aconselhamento, dispositivos,
recursos facilitadores, consultas domiciliares, na farmácia
comunitária ou remotas (telefone, web, email).
Serviços Clínicos
                               45




Revisão e ajustes na farmacoterapia, em
contato direto com o paciente ou não.
                                          Revisão da
Corrigir falhas na utilização pelo        farmacote-
doente, seleção inapropriada e regime        rapia
terapêutico, custos do tratamento ou
minimizar efeitos secundários

Recomendações ao doente ou ao médico

Farmacêutico com maior ou menor
autonomia para realizar modificações no
tratamento.
Serviços Clínicos
                             46




                   Acompanhamento da evolução do
                   doente, com foco nos resultados em saúde
                   (outcomes) obtidos e no cuidado contínuo da
                   condição de saúde

                   Diversas formas de contato com o doente e
                   com o médico (consulta
  Acompanha-       presencial, telefone, fax, web, email)
   mento da
farmacoterapia     Tempo de seguimento ou número de
                   consultas variados.
Serviços Clínicos
                                  47



Elaboração e aprimoramento da história farmacoterapêutica completa
e confiável

No internamento hospitalar, na transferência entre centros ou após a
alta hospitalar

Informações ao médico para corrigir discrepâncias na medicação.




                 Reconciliação
                  terapêutica
Serviços Clínicos
                                   48



Informações ao médico e equipe de saúde, sem haver necessariamente
cuidado direto do paciente

Discussões de caso, rondas, protocolos clínicos, prontuários terapêuticos
erelações mais próximas com a equipe

Visitas ao médico, a fim de divulgar informações científicas




                                        Informação e
                                          suporte à
                                           equipe
Serviços Clínicos
                                  49




Autonomia para prescrever ou iniciar um
tratamento farmacológico

Segundo protocolos definidos ou convênios
colaborativos entre centros de saúde

Inclui experiências com medicamentos isentos de
prescrição médica                                   Prescrição
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 As 8 categorias não são excludentes


 Muitos serviços tem desenhos híbridos, singulares e
 personalizados à necessidade

 Pode ser mais útil descrever as atividades clínicas
 do que dar um “nome” ao serviço clínico
COMPONENTES PARA CONSTRUIR UM
 SERVIÇO FARMACÊUTICO CLÍNICO:

                                      4.
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  10.
                                                   6.
COMUNI-
                                                 AÇÕES
 CAÇÃO

              9.         8.          7.
          REPETIÇÃO   MATERIAIS   MOMENTO



                         51                  www.DepictProject.org
52



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Gestão Clínica de Medicamentos na Atenção Primária à Saúde

  • 1. Gestão Clínica de Medicamentos na Atenção Primária à Saúde Cassyano J CorrerPharmB MScPhD Departamento de Farmácia Universidade Federal do Paraná, Brasil cassyano@ufpr.br
  • 2. OS GRANDES MOVIMENTOS DA GESTÃO DA SAÚDE NO SÉCULO 21 2  Da gestão das condições agudas para a gestão das condições crônicas  Da gestão baseada em opiniões para a gestão baseada em evidências  Da gestão dos meios para a gestão dos fins MENDES (2004)
  • 3. A HISTÓRIA DE UM PACIENTE DO SUS/APS 3  João, 81 anos  Residente de Colombo, área 126.  Pertence ao território da US Jd. Graças  Aposentado, foi Carpinteiro.  Evangélico (Igreja - Deus é amor)  Casado, com 16 filhos, 9 filhos do primeiro casamento da esposa + 7 filhos do seu primeiro casamento.  Analfabeto Fonte: Farmacêuticos - Residência Multiprofissional em Saúde da Família – UFPR – Curitiba, PR Junho 2010
  • 4. História Clínica 29/04/2000 4 Apresenta cefaléia PA: 180/100mmHg 27/10/2004 10/10/1995 - Início do atendimento na US Metildopa 500mg + HCTZ 50mg + PA: 160/100 mmHg PA: 170/100mmHg– Dx HAS Furosemida 2 amp (no momento) Metildopa 500mg + HCTZ Medicação: HCTZ 25mg + Dilacoron 80mg *foi liberado com Metildopa + HCTZ 50mg 12/03/2001 28/02/1996 Pedido de Urografia PA: 160/100 Encaminhado (PSA alterado) para Oftalmo 1994 1996 1998 2000 2002 2004 06/11/1995 16/07/1998 20/03/2003 PA: 150/90 PA: 180/100 PA: 170/100 mmHg Captopril 25mg (8/8horas) + HCTZ 50mg (1x/d) 06/12/2001 PA: 200/140 mmHg Metildopa + HCTZ
  • 5. História Clínica 28/08/2007 RX toráx - ↑ cardíaco 12/05/2005 PA: 190/100 mmHg PA: 200/120 mmHg Encaminhamento para o Cardiologista Relata que esteve em Medicação: Captopril 25mg (12/12h) + observação no Pronto HCTZ (12/12h) + Digoxina 0,25mg (1x/d) Atendimento 2005 2007 2008 2009 17/02/2008 Dor de estômago – Omeprazol 20mg 06/06/2007 Falta de ar Solicita ECG 5
  • 6. História Clínica 18/05/2009 RX tórax – pulmões levemente insulflados, área cardíaca aumentada (VE), Ectasia e alongamento aórtico. 06/01/2009 Não fez uso da medicação nesse Resultado do ECG (01/12/2008) dia(PA: 200/100mmHg) Ritmo sinusal, FC=68, Encaminhado para a Atenção HipertrofriaVentr. Esq.- Dx ICC Farmacêutica 2009 2010 2011 30/04/2009 PA: 140/100 mmHg Trouxe exames, GJ=90, Nega queixas Medicação: Captopril 25mg (3x/d), HCTZ 25mg(2x/d), Digoxina 0,25mg (1x/d), AAS 100mg (1x/d) 6
  • 7. A mudança dos sistemas piramidais e hierárquicos para as redes de atenção à saúde 7 Mendes EV. As redes de atençãoà saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011.
  • 8. Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p. 8
  • 9. Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p. 9
  • 10. Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p. 10
  • 11. 11 A IMPORTÂNCIA DO MODELO DE PIRAMIDE DE RISCOS NA ATENÇÃO ÀS CONDIÇÕES CRÔNICAS O processo de estratificação da população é central nos modelos de atenção à saúde porque permite identificar pessoas e grupos com necessidades de saúde semelhantes que devem ser atendidos por tecnologias e recursos específicos, segundo uma estratificação de riscos. Sua lógica se apóia num manejo diferenciado, pela ESF, de pessoas e de grupos que apresentam riscos similares Mendes EV. O cuidado das condiçõescrônicasnaatençãoprimáriaàsaúde: oimperativodaconsolidaçãodaestratégiadasaúdedafamília. Brasilia: Organização Pan-Americana daSaúde;
  • 12. Mendes EV. O cuidado das condiçõescrônicasnaatençãoprimáriaàsaúde: 12 oimperativodaconsolidaçãodaestratégiadasaúdedafamília. Brasilia: Organização Pan-Americana daSaúde;
  • 13. O que é a Gestão da Clínica? 13 A expressão “gestão da clínica”não é muito encontrada na literatura internacional, mas, no Brasil, foi adotada por Mendes (2001b) para expressar um sistema de tecnologias de microgestão dos sistemas de atenção à saúde, aplicável ao SUS. ...Tem suas origens em dois movimentos principais: um, mais antigo, desenvolvido no sistema de atenção à saúde dos Estados Unidos, a atenção gerenciada (managedcare); outro, mais recente, a governança clínica (clinicalgovernance) que se estabeleceu no Serviço Nacional de Saúde (NHS), o sistema público de atenção à saúde do Reino Unido. Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p.
  • 14. A gestão da clínica é um conjunto de tecnologias de microgestão da clínica, destinado a prover uma atenção à saúde de qualidade: 1. centrada nas pessoas; 2. efetiva, estruturada com base em evidências científicas; 3. segura, que não cause danos às pessoas usuárias e aos profissionais de saúde; 4. eficiente, provida com os custos ótimos; 5. oportuna, prestada no tempo certo; 6. equitativa, de forma a reduzir as desigualdades injustas; 7. ofertada de forma humanizada. Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p. 14
  • 15. Mendes EV. As redes de atenção à saúde. 2a. ed. Brasilia: OPAS; 2011. 554 p. 15
  • 16. Qualidade Acesso Uso Racional Assistência Farmacêutica 16
  • 17. Problemas com Medicamentos 17  Erros de medicação  Não seguimento de diretrizes clínicas  Discrepâncias terapêuticas na transição do paciente entre níveis assistenciais  Baixa efetividade dos tratamentos  Ocorrência de eventos adversos evitáveis  Automedicação irresponsável  Baixa adesão aos tratamentos.
  • 18. MMRM NO BRASIL E NO MUNDO Tipo de dano Prevalência no Brasil Prevalência em outros países EAM - Crianças - Serviços de 4,0% Canadá (0,6%) emergência EAM – Adultos e Idosos - 15,6% a 34,1% EUA (7,6% - 18,1%), Espanha (5,5%), Hospitais Tailândia (2,5%) e Arábia Saudita (0,2%) PRM – Sem restrição de faixa 31,6% a 38,2% EUA (4,2 – 28,1%) etária – Serviços de emergência RAM - Crianças - Comunidade 19,9% Alemanha (1,7%) RAM - Crianças – Serviços de 3,5% Austrália (1,4%) emergência RAM – Adultos e Idosos – 6,3% Índia (3,8%) Serviços de emergência RAM ->Hosp– Adultos e Idosos 52,3% Espanha (19,4%), Suécia (10,7% - 12,0%), – Hospital Reino Unido (0,9% - 6,5%) RAM ->Hosp- Idosos - Hospitais 46,5% Itália (3,4% - 5,8%), Holanda (17,6% - 41,5%), Eslováquia (7,8%)
  • 19. • As necessidades da população vão além da questão da acessibilidade e da qualidade dos produtos farmacêuticos, requerendo ações articuladas ao processo de atenção à saúde que possam garantir a continuidade do cuidado, bem como, a prevenção e resolução de problemas ligados à farmacoterapia. • Uma nova assistência farmacêutica, integrada de forma singular ao processo de cuidado em saúde, faz-se necessária, a fim de dar resposta à nova situação farmacoepidemiológica que se apresenta. 19 Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Revista Pan-Amazonica de Saude. 2011;2(3).
  • 20. 20 QUE ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA NÓS TEMOS HOJE?
  • 21. Acesso a medicamentos para pacientes ambulatoriais no Brasil 21 SETOR PÚBLICO Rede Farmácia SETOR PRIVADO Popular Unidades Farmácias Privadas de Saúde ~70.000 (APS) Programa “Aqui tem Farmácia Popular” Farmácias Farmácias Magistrais Comunitárias ~9.000 Públicas Farmácias Especiais / Ambulatoriais
  • 22. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: FRAGMENTAÇÃO 22 CUIDADOS LOGÍSTICA VS. FARMACÊUTICOS FARMACÊUTICA
  • 23. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: FRAGMENTAÇÃO 23 LOGÍSTICA • Desarticulada do processo de cuidado • Dificuldade para qualificar o processo de seleção • Não consegue ter um olhar para a resolubilidade em saúde • Profissão vista como “meio”, não como “fim” • AF vista apenas como sistema de apoio das RAS
  • 24. ASSISTÊNCIA FARMACÊUTICA: FRAGMENTAÇÃO 24 • Cuidado do paciente, mas na prática ainda centrado no medicamento • Às vezes pouca compreensão das questões do acesso aos medicamentos no país • Faltando visão mais integrada dos serviços farmacêuticos • Falta de farmacêuticos clínicos CUIDADO
  • 25. • A situação atual da assistência farmacêutica no Brasil leva à população a conviver com um duplo padrão de problemas relacionados aos medicamentos, próprios tanto de países desenvolvidos como daqueles em desenvolvimento. • Por um lado, deficiências políticas, gerenciais e estruturais comprometem o acesso oportuno de parte da população aos medicamentos, em quantidade e qualidade suficientes. • Por outro lado, o desenvolvimento sócio-econômico, o acesso à informação e a medicamentos sem prescrição médica, a alta prevalência das condições crônicas e a polimedicação criaram novas necessidades coletivas e individuais relacionadas com os medicamentos que os serviços farmacêuticos de hoje não atendem. 25 Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Revista Pan-Amazonica de Saude. 2011;2(3).
  • 26. Perigos do caminho: “See the trees, but not the forest”
  • 27. SERVIÇOS FARMACÊUTICOS INTEGRADOS AO CUIDADO EM SAÚDE Cadeia de abastecimento farmacêutico Aquisição Programação Armazenamento Gestão Logística do Medicamento Seleção Distribuição Nível assistencial Dispensação Prescrição Avaliação Paciente Orientação Plano Terapêutico Diagnóstico Estado de Saúde Antes do uso de medicamentos Continuidade do cuidado Durante o uso de medicamentos Avaliações periódicas Indicação clínica e objetivo Resolução Referência Problema de saúde não tratado terapêutico Falha no acesso ao medicamento Medicação não necessária Gestão Clínica Desvio de qualidade do Compreensão do paciente e do medicamento adesão terapêutica Medicamento Baixa adesão ao tratamento Interação medicamentosa Duplicidade terapêutica Efetividade e segurança da Problemas Discrepâncias na medicação terapêutica Falta de efetividade terapêutica Reação adversa ou toxicidade Erro de medicação Contra-indicações Outros.. Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Revista Pan-Amazonica de Saude. 2011;2(3).
  • 28. DEFINIÇÃO DE GESTÃO CLÍNICA DO MEDICAMENTO A gestão clínica do medicamento consiste em um conjunto de ações assistenciais, vinculadas à assistência farmacêutica, que visam garantir o uso adequado dos medicamentos e a obtenção de resultados terapêuticos positivos. São tecnologias de microgestão que devem ser incorporadas à gestão da clínica, como a gestão das condições de saúde e gestão de caso. Caracteriza-se pela provisão de serviços clínicos centrados no paciente, de alta complexidade e baixa densidade tecnológica. Estes serviços podem ser providos de forma individual e coletiva juntamente com a entrega de medicamentos, ainda que sejam independentes desta. As tecnologias que compõe a gestão clínica do medicamento integram-se ao processo de atenção à saúde, tendo como objetivos principais: i) a avaliação do acesso dos pacientes a tratamentos adequados para seus problemas de saúde, ii) o empoderamento dos pacientes e o autocuidado apoiado no que tange à terapêutica, iii) a concordância e adesão ao tratamento, iv) a redução do desperdício e o alcance de tratamentos mais custo-efetivos, v) a identificação, prevenção e manejo de erros de medicação, interações medicamentosas, reações adversas e riscos associados aos medicamentos, vi) o aumento da efetividade terapêutica, vii) a destinação adequada dos medicamentos e demais resíduos de saúde ligados à terapêutica. Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Assistência farmacêutica integrada ao processo de cuidado em saúde: gestão clínica 28 do medicamento. Revista Pan-Amazônica de Saúde. 2011 Sep;2(3):41–9.
  • 29. Assistência Conjunto total de serviços farmacêuticos integrados Gestão de todo sistema de serviços Farmacêutica ao sistema de saúde que visam garantir o acesso, = qualidade e uso racional dos medicamentos Gestão técnica do Ações logísticas dirigidas ao medicamento que visam medicamento garantir uma distribuição e disponibilidade oportunas + Ações clínicas dirigidas ao paciente, à família e à Gestão clínica do comunidade que visam garantir o uso adequado dos medicamento medicamentos e a obtenção de resultados terapêuticos positivos. Correr CJ, Otuki MF, Soler O. Assistência farmacêutica integrada ao processo de cuidado em saúde: gestão clínica 29 do medicamento. Revista Pan-Amazônica de Saúde. 2011 Sep;2(3):41–9.
  • 31. Uma agenda para os SF em APS 31 (I) os modelos organizacionais de gestão clínica do medicamento baseados em evidências e validados para a realidade brasileira (II) Métodos para estratificação dos usuários por gravidade ou risco relacionado aos medicamentos (III) a estruturação e organização da oferta de serviços aos usuários por territórios (IV) os indicadores de qualidade mensuráveis que possam ser aplicados para a avaliação e acreditação desses serviços
  • 32. Estratificação do Risco Associado ao Uso de Medicamentos Nível III Menos pessoas Pessoas com risco alto ou muito alto Nível II Pessoas com risco intermediário Nível I Mais Pessoas com risco baixo pessoas 32
  • 33. Estratificação do Risco Associado ao Uso de Medicamentos Nível III Menos Pessoas com risco alto ou muito alto pessoas Serviços Farmacêuticos 7-8-9 Nível II Pessoas com risco intermediário Serviços Farmacêuticos 4-5-6 Nível I Pessoas com risco baixo Mais Serviços Farmacêuticos 1-2-3 pessoas 33
  • 34. Estratificação do Risco Associado ao Uso de Medicamentos: MUSE Tool • Quantos remédios receitados pelo médico você toma? num • No último mês, você esqueceu alguma vez de tomar seus remédios, por s/n qualquer motivo? • No último ano, você deixou de adquirir ou parou de tomar algum remédio s/n por causa do custo? • Em um mês típico, em quantas farmácias diferentes você vai para pegar num seus remédios? • Você foi internado em hospital alguma vez nos últimos 6 meses? s/n • Quantos médicos diferentes te passaram receita de remédios no último num ano? • Quantas doenças ou problemas de saúde você trata atualmente com num remédios? 34 © 2012 Clinical therapeutics. 2013 Mar;35(3):344–50.
  • 35. Estratificação do Risco Associado ao Uso de Medicamentos no Território 35 ACS: Avaliação das famílias residentes no território Fontedaimagem: Cad. SaúdePública vol.24 n.1 2008
  • 36. 36
  • 37. 37 Trazer a evidência O Desenho do estudo determina sua relevância para a prática clínica
  • 38. Registros obtidos na busca por revisões sistemáticas no Pubmed (n = 343) Registros excluídos (n =228) Artigos na íntegra avaliados para elegibilidade Artigos na íntegra excluídos, (n = 115) com razões (n = 69) Idioma (n=2) Critérios PRISMA (n=26) RS desatualizadas (n=7) Artigos incluídos Revisão não sistemática (n=16) (n = 46) RS que não incluem ECR ou farmacêuticos (n=17) RS publicada em 2011 (n=1) Estudos incluídos manualmente (n=3) Revisões sistemáticas incluídas (n = 49) 38
  • 39. Resultados 39 273 • Revisões • Publicados sistemáticas • Ensaios entre: Clínicos Randomizados 49 1973-2009
  • 40. Temas das Revisões 40 1. Cuidados primários a 7. Adesão ao tratamento em idosos idosos e usuários contínuos 2. DM, HAS, ICC, 8. Doentes hospitalizados ou dislipidemia lares de longa permanência 3. Tabagismo 9. HIV/SIDA 4. Saúde mental 10. Transferência entre níveis 5. Polifarmácia e qualidade da assistenciais prescrição em idosos 11. Terapia anticoagulante 6. Farmacoterapia pediátrica
  • 41. Serviços Farmacêuticos Clínicos 41 1 4 2 3 Aconselha- Revisão da Programas de Adesão ao mento ao farmacote- rastreamento tratamento paciente rapia 5 7 6 8 Acompanha- Informação e mento da Reconciliação Prescrição suporte à farmacoterapia terapêutica independente equipe
  • 42. Serviços Clínicos 42 Aconselhamento sobre os medicamentos, doenças e medidas não Aconselha- farmacológicas mento ao paciente Promover o uso correto de medicamentos e o autocuidado Juntamente ou não com a entrega de medicamentos Pode utilizar materiais educativos impressos ou multimídia
  • 43. Serviços Clínicos 43 Programas de rastreamento Programas para detecção, prevenção ou controle de fatores de risco específicos (p.ex. tabagismo, point-of-caretests) Intervenções centradas em técnicas comportamentais e educação individual ou em grupo
  • 44. Serviços Clínicos 44 Adesão ao tratamento Serviços focados na adesão do paciente ao tratamento Técnicas diversas, como educação e aconselhamento, dispositivos, recursos facilitadores, consultas domiciliares, na farmácia comunitária ou remotas (telefone, web, email).
  • 45. Serviços Clínicos 45 Revisão e ajustes na farmacoterapia, em contato direto com o paciente ou não. Revisão da Corrigir falhas na utilização pelo farmacote- doente, seleção inapropriada e regime rapia terapêutico, custos do tratamento ou minimizar efeitos secundários Recomendações ao doente ou ao médico Farmacêutico com maior ou menor autonomia para realizar modificações no tratamento.
  • 46. Serviços Clínicos 46 Acompanhamento da evolução do doente, com foco nos resultados em saúde (outcomes) obtidos e no cuidado contínuo da condição de saúde Diversas formas de contato com o doente e com o médico (consulta Acompanha- presencial, telefone, fax, web, email) mento da farmacoterapia Tempo de seguimento ou número de consultas variados.
  • 47. Serviços Clínicos 47 Elaboração e aprimoramento da história farmacoterapêutica completa e confiável No internamento hospitalar, na transferência entre centros ou após a alta hospitalar Informações ao médico para corrigir discrepâncias na medicação. Reconciliação terapêutica
  • 48. Serviços Clínicos 48 Informações ao médico e equipe de saúde, sem haver necessariamente cuidado direto do paciente Discussões de caso, rondas, protocolos clínicos, prontuários terapêuticos erelações mais próximas com a equipe Visitas ao médico, a fim de divulgar informações científicas Informação e suporte à equipe
  • 49. Serviços Clínicos 49 Autonomia para prescrever ou iniciar um tratamento farmacológico Segundo protocolos definidos ou convênios colaborativos entre centros de saúde Inclui experiências com medicamentos isentos de prescrição médica Prescrição independente
  • 50. Percebemos que... 50  As 8 categorias não são excludentes  Muitos serviços tem desenhos híbridos, singulares e personalizados à necessidade  Pode ser mais útil descrever as atividades clínicas do que dar um “nome” ao serviço clínico
  • 51. COMPONENTES PARA CONSTRUIR UM SERVIÇO FARMACÊUTICO CLÍNICO: 4. 2. 3. FONTES LOCAL FOCO DE DADOS 5. 1. VARIÁVEIS CONTATO AVALIADAS 10. 6. COMUNI- AÇÕES CAÇÃO 9. 8. 7. REPETIÇÃO MATERIAIS MOMENTO 51 www.DepictProject.org
  • 52. 52 OBRIGADO Esta apresentação encontra-se disponível em: http://www.slideshare.net/CassyanoJCorrer/