O documento descreve um estudo que avaliou os efeitos de um programa de atenção farmacêutica em pacientes com diabetes mellitus tipo 2. O estudo comparou resultados clínicos e de saúde entre um grupo que recebeu intervenções farmacêuticas e um grupo controle. As intervenções mais comuns foram reduzir a não adesão à farmacoterapia, modificar a dose de medicamentos e substituir medicamentos prescritos."
Efeitos da atenção farmacêutica em pacientes com diabetes tipo 2 em farmácia comunitária
1. EFEITOS DE UM PROGRAMA DE
ATENÇÃO FARMACÊUTICA EM
PACIENTES COM DIABETES
MELLITUS TIPO 2
Cassyano J Correr, MSc
Departamento de Farmácia
Grupo de Pesquisa em Prática Farmacêutica (GPPF)
Universidade Federal do Paraná
cassyano@ufpr.br
1
2. Referências
Correr CJ, Melchiors AC, Fernandez-Llimos F, Pontarolo R. Effects of a
pharmacotherapy follow-up in community pharmacies on type 2 diabetes
patients in Brazil. International journal of clinical pharmacy. 2011/03/12 ed.
2011 Apr;33(2):273–80.
Correr CJ, Pontarolo R, Souza RA de P e, Venson R, Melchiors AC, Wiens
A. Effect of a Pharmaceutical Care Program on quality of life and
satisfaction with pharmacy services in patients with type 2 diabetes mellitus.
Brazilian Journal of Pharmaceutical Sciences. 2009 Dec;45(4):809–17.
Correr CJ, Pontarolo R, Wiens A, Rossignoli P, Melchiors AC, Radominski
R, et al. [Economic evaluation of pharmacotherapeutic follow-up in type 2
diabetes mellitus patients in community pharmacies]. Arquivos brasileiros
de endocrinologia e metabologia. 2009/11/28 ed. 2009 Oct;53(7):825–33.
2
3. Objetivo Principal do Estudo
Avaliar o efeito do seguimento
farmacoterapêutico, desenvolvido por um
farmacêutico comunitário, sobre resultados
clínicos de saúde em pacientes portadores
de Diabetes Mellitus tipo 2.
3
4. Seguimento Farmacoterapêutico
Componente da Atenção Farmacêutica e configura
um processo no qual o farmacêutico se
responsabiliza pelas necessidades do usuário
relacionadas ao medicamento,
por meio da detecção, prevenção e resolução de
Problemas Relacionados aos Medicamentos (PRM),
de forma sistemática, contínua e documentada, com
o objetivo de alcançar resultados definidos,
buscando a melhoria da qualidade de vida do
usuário”
4
5. Problemas Relacionados com
Medicamentos (PRM)
Ligados à indicação ou necessidade
Pacientes usando medicação desnecessária
Pacientes não utilizando medicamentos necessários
Ligados à inefetividade
Tratamento não alcança os objetivos pretendidos
Ligados à insegurança
Medicamentos produzem reações adversas no paciente ou
toxicidade
5
6. Fases da Atenção Farmacêutica
Fase 1. Coleta de dados - Organização do conjunto de
dados do paciente incluindo história clínica, exame físico
e resultados laboratoriais.
Fase 2. Identificação de problemas - Formulação de uma
lista completa dos problemas do paciente identificados
pelo médico.
Fase 3. Plano – Desenvolvimento de planos de ação para
cada problema identificado.
Fase 4. Seguimento – Acompanhar o progresso das
ações realizadas e a evolução dos problemas
abordados.
6
7. Intervenções Farmacêuticas
Intervenção Definição
Modificar a dose Ajuste da quantidade de fármaco
administrada a cada vez
medida sobre a Modificar a freqüência e/ou Modificar a freqüência de uso (vezes
quantidade de duração ao dia) ou duração do tratamento
medicamento
Modificar a pauta/horário de Modificar o esquema de horários em
administração que são utilizados os
medicamentos ao longo do dia
Acrescentar um medicamento Incorporar ao tratamento um novo
medicamento que o paciente não
utilizava
Suspender um medicamento Abandonar o uso de um determinado
medida sobre a medicamento dentre aqueles em
estratégia uso pelo paciente
farmacológica
Substituir um medicamento Substituir um determinado
medicamento em uso por outro de
composição diferente ou ainda
forma farmacêutica ou via de
administração diferente
*Problemas relacionados com medicamentos que requereram para sua resolução medidas de início de uso de medicamentos, modificações
de aspectos posológicos prescritos, substituição ou suspensão de medicamentos prescritos, levaram o farmacêutico a encaminhar o
paciente, munido de orientação e/ou informe escrito direcionado ao médico. 7
8. Intervenções Farmacêuticas (cont.)
Intervenção Definição
Reduzir a não adesão involuntária Educação do paciente sobre as
(educar sobre o uso do instruções e precauções para a
medicamento) correta utilização e administração
do medicamento
medida sobre a Reduzir a não adesão voluntária Reforçar a importância da adesão do
educação do (modificar atitudes com paciente ao seu tratamento
paciente relação ao tratamento)
Educar sobre medidas não Educação do paciente sobre as
farmacológicas medidas não farmacológicas que
favoreçam o alcance dos objetivos
terapêuticos
*Problemas relacionados com medicamentos que requereram para sua resolução medidas de início de uso de medicamentos, modificações
de aspectos posológicos prescritos, substituição ou suspensão de medicamentos prescritos, levaram o farmacêutico a encaminhar o
paciente, munido de orientação e/ou informe escrito direcionado ao médico.
8
12. Grupo
Grupo Controle
Parâmetro† Intervenção p*
n=46
n=50
Gênero n(%) Homens 22 (44,0) 23 (50) 0,556
Mulheres 28 (56,0) 23 (50)
Idade média (DP) 58,1 (10,3) 59,5 (11,0) 0,534
Tempo diagnóstico média (DP) 8,4 (8,7) 9,4 (7,8) 0,529
Índice de co-morbidade de Charlson 3,3 (1,2) 4,2 (1,4) 0,001‡
média (DP)
Acesso ao Público 23 (46,0) 39 (84,8) <0,001‡
serviço de saúde
n(%) Privado 11 (22,0) 3 (6,5)
Ambos 16 (32,0) 4 (8,7)
Escolaridade Fundamental incompleto 21 (42,0) 26 (56,5) 0,382
n (%)
Fundamental completo 14 (28,0) 8 (17,4)
Participação em grupo de diabéticos n(%) 12 (24,0) 7 (15,2) 0,281
Última consulta médica <6 meses n(%) 41 (82,0) 40 (86,9) 0,339
Hemoglobina Glicada A1 % (DP) 9,8 (2,0) 8,6 (1,0) <0,001‡
Glicemia em jejum mg/dl(DP) 166,9 (56,4) 161,2 (53,2) 0,614
Pressão arterial sistólica mmHg (DP) 134,9 (17,8) 147,7 (31,5) 0,016‡
Pressão arterial diastólica mmHg (DP) 81,5 (12,1) 91,1 (17,2) 0,002‡
Índice de massa corporal Kg/m2 (DP) 29,2 (4,9) 27,6 (4,4) 0,100
Circunferência abdominal cm (DP) 95,2 (11,4) 94,9 (10,2) 0,893
†Dados basais recolhidos quando da entrada do paciente na pesquisa. *Teste de qui-quadrado, para duas ou mais proporções e t de Student para
12
comparação de médias entre grupos independentes,. ‡Diferenças significativas (p<0,05)
13. Perfil farmacoterapêutico
Grupo Grupo
Número de
Intervenção Controle
medicamentos Total
n=50 n=46
antidiabéticos
n (%) n (%)
1 26 (52,0) 30 (65,2) 56 (58,3)
2 21 (42,0) 12 (26,1) 33 (34,4)
3 ou mais 3 (6,0) 4 (7,7) 7 (7,3)
Qui-quadrado=3,580; p=0,311, para pacientes tomando 1 ou 2 medicamentos.
13
14. Perfil farmacoterapêutico
Grupo Grupo
Tratamento Intervenção Controle p
n=50 n=46
Número de medicamentos* 4 [1-7] 3,5 [1,5-5,5] 0,141
Tratamento do diabetes 43 (86,0) 39 (84,8) 0,866
Apenas hipoglicemiantes orais n (%) 7 (14,0) 7 (15,2)
Qualquer tratamento com insulina n (%)
Uso plantas medicinais para diabetes n (%) 24 (48,0) 25 (54,3) 0,534
Tratamento da hipertensão arterial 29 (58,0) 30 (65,2) 0,468
Qualquer antihipertensivo n (%) 21 (42,0) 23 (50,0) 0,432
Inibidor da ECA ou Antagonista AT1 n (%)
Tratamento hipolipemiante n (%) 8 (16,0) 5 (10,9) 0,463
Tratamento antiagregante plaquetário n (%) 18 (36,0) 15 (32,6) 0,727
ECA, Enzima conversora de angiotensina; AT1, receptor da angiotensina II; *Dados
apresentados em termos de mediana [intervalo inter-quartis]
14
17. Causas de Problemas Relacionados com
Medicamentos
Categoria Causas n (%)
Necessidade Não adesão à farmacoterapia 2 (11,1)
Duplicidade Terapêutica 1 (5,6)
Automedicação inadequada 2 (11,1)
Outras 13 (72,2)
Inefetividade Não adesão à farmacoterapia 31 (38,3)
Dose insuficiente 18 (22,2)
Dieta inadequada 8 (9,9)
Interação medicamentosa 1 (1,2)
Outras 23 (28,4)
Insegurança Interação medicamentosa 4 (20,0)
Dose elevada 3 (2,5)
Dieta inadequada 1 (5,0)
Duplicidade terapêutica 1 (5,0)
Outras 11 (55,0)
Total 119 (100,0)
A avaliação da adesão à farmacoterapia foi subjetiva e realizada pelo farmacêutico; duplicidade terapêutica
corresponde à utilização simultânea de dois medicamentos de uma mesma classe farmacológica com mesmo
mecanismo de ação; a dieta corresponde ao hábito alimentar relatado pelo paciente e não diz respeito às dietas
prescritas por um profissional; 17
18. 20
I
n
15
t
e
r
10 40,0% v
e
P
n
e
a
s
c
)
(
t
i
n
5 20,0%
18,0%
ç
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8,0%
6,0% 6,0% e
0
0 2 4 6 8
2,0%
s
18
Número de intervençoes realizadas
19. Condutas Realizadas
Condutas n (%) % cumulativo
Reduzir não adesão à farmacoterapia 33 (27,7) 27,7
Modificar a dose 21 (17,6) 45,4
Substituir um medicamento 19 (16,0) 61,3
Acrescentar/Iniciar um medicamento 18 (15,1) 76,5
Suspender um medicamento 10 (8,4) 84,9
Educar sobre medidas não farmacológicas 10 (8,4) 93,3
Modificar o horário/pauta da medicação 6 (5,0) 98,3
Encaminhamento para outro especialista
(nutrição) 2 (1,7) 100,0
Total
119 (100,0)
19
20. Resultados das Intervenções
Resultado das intervenções n (%) % acumulada
Médico suspendeu ou substituiu o medicamento 25 (21,0) 21,0
Paciente melhorou a adesão ao tratamento 23 (19,3) 40,3
Médico manteve o tratamento sem alterações 14 (11,8) 52,1
Médico subiu a dose do medicamento 13 (10,9) 63,0
Médico iniciou novo tratamento farmacológico 10 (8,4) 71,4
Paciente melhorou aspectos da sua alimentação ou 9 (7,6) 79,0
atividade física
Médico acrescentou um medicamento ao tratamento 7 (5,9) 84,9
Paciente modificou horário / modo de administração do 7 (5,9) 90,8
medicamento
Paciente não seguiu recomendação farmacêutica 6 (5,0) 95,8
Paciente encaminhado a especialista/outro profissional 4 (3,4) 99,2
Médico baixou a dose 1 (0,8) 100,0
20
21. Mudanças Clínicas
Grupo Intervenção Grupo Controle
(n=50) (n=46)
Desfecho
Mudança após Mudança após
Basal Basal
12 meses 12 meses
Hemoglobina Glicada A1 9,9 -2,2* 8,6 -0,3*
(HbA1) (%) (2,0) (-2,8 a -1,6) (1,0) (-0,8 a 0,2)
Glicemia capilar em jejum 166,9 -20,1** 161,2 4,3**
(mg/dl) (56,4) (-31,9 a -8,3) (53,2) (-13,4 a 22,2)
Pressão Arterial Sistólica 134,9 -6,88 147,7 -11,9
(mmHg) (17,8) (-11,5 a -2,2) (31,5) (-19,6 a -4,2)
Pressão Arterial Diastólica 81,5 -1,8 91,1 -9,8
(mmHg) (12,1) (-5,1 a 1,3) (17,2) (-14,1 a -5,5)
Índice de Massa Corporal 29,2 -0,2 27,6 -0,1
(Kg/m2) (4,9) (-0,8 a 0,3) (4,4) (-0,7 a 0,4)
Circunferência abdominal 95,2 0,8 94,9 0,06
(cm) (11,4) (-0,7 a 2,4) (10,2) (-2,0 a 2,1)
21
*p<0,001) **p=0,022
22. Ajustando valores basais:
Modelo 1* Modelo 2**
Desfecho
Coeficiente de Coeficiente de
p p
regressão regressão
Hemoglobina glicada A1 (HbA1) 0,19 0,035‡ 0,18 0,045‡
Glicemia em jejum (GJ) 0,35 0,007‡ 0,35 0,008‡
Pressão Arterial Sistólica (PAS) -0,01 0,865 -0,01 0,878
Pressão Arterial Diastólica (PAD) -0,11 0,202 -0,10 0,264
Índice de Massa Corporal (IMC) -0,04 0,749 -0,08 0,544
Circunferência abdominal (CA) -0,01 0,968 -0,01 0,905
*Modelo 1 ajustado para idade, gênero, índice de co-morbidade de Charlson, tempo de diagnóstico do
diabetes, acesso aos serviços de saúde, número total de medicamentos em uso e parâmetros clínicos
basais (HbA1, glicemia, pressão arterial, índice de massa corporal e circunferência abdominal); **
Modelo 2 inclui todos os parâmetros do modelo 1, mais o tipo de tratamento para diabetes
(hipoglicemiantes orais ou tratamento com insulina) e número de medicamentos em uso para
diabetes; Ambos os modelos avaliam o poder preditivo da realização do seguimento
farmacoterapêutico sobre as mudanças observdas nos desfechos; ‡ Valores de p significativos
(p<0,05)
22
23. 10,5 9,9 (9,3-10,4)
10,0
9,5
9,0
9,0 8,6 (8,3-8,9)
8,3 (7,8-8,9)
7,7 (6,9-8,4)
8,5
7,8 (7,4-8,2)
7,6 (7,3-8,0)
%
C
H
A
8,5
5
9
1
b
)
(
I
8,0
7,2 (6,8-7,7)
7,1 (6,7-7,5)
7,5
8,0
7,0 7,4 (7,0-7,8)
%
7,5
C
H
6,5
A
5
9
1
b
)
(
I
Mês 1 3 6 8 10 12
n= 50 29 28 31 18 50
7,0
grupo intervenção
6,5
Mês 1 6 12
n= 46 37 46
grupo controle 23
24. 200
190
180
170 200
190
160
180
150
%
m
G
C
5
9
u
a
e
J
c
)
(
I
j
i
l
170
140
160
130
150
120
%
m
G
C
5
9
u
a
e
J
c
)
(
I
j
i
l
Mês 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 140
n= 50 37 45 35 36 34 37 41 29 36 25 50
130
grupo intervenção 120
Mês 1 6 12
n= 46 38 46
grupo controle 24
25. Análise de Risco
HbA1 ≤ 8% (pacientes
controlados) *
Sim Não
Grupo Intervenção (seguimento 37† 13
farmacoterapêutico)
Grupo Controle (atendimento padrão) 24 22
Risco Relativo (RR) (%) 0,54 (0,31 a 0,95)
Redução do risco relativo (RRR) (%) 45,64 (5,15 a 68,84)
Redução do risco absoluto (RRA) (%) 21,83 (2,95 a 40,70)
Odds Ratio 0,38 (0,16 a 0,90)
Número necessário para tratar (NNT) 5 (2 a 34) ‡
*Dados expressos em número de pacientes; † Χ2 = 4,92 p = 0,026, ‡ NNT
arredondado para número inteiro superior. Os números entre parênteses indicam
o intervalo de confiança 95% (IC 95%). 25
26. Mudanças no tratamento
Grupo Intervenção Grupo Controle
Tratamento n=50 n=46
Início Mudança Início Mudança
Número de medicamentos 4 -0,5* 3,5 0,2*
[1-7] (-1,0 a [1,5-5,5] (-0,2 a 0,7)
-0,5)
Tratamento do diabetes 86,0 -2,0 84,8 -8,7
Apenas hipoglicemiantes orais n (%) 14,0 2,0 15,2 6,5
Qualquer tratamento com insulina n
(%)
Tratamento da hipertensão arterial 58,0 4,0 65,2 0,0
Qualquer antihipertensivo n (%) 42,0 4,0 50,0 8,7
Inibidor da ECA ou Antagonista AT1
n (%)
Tratamento hipolipemiante (%) 16,0 8,0** 10,9 -4,4**
Tratamento antiagregante plaquetário 36,0 14,0 32,6 0,0
(%)
26
*p=0,023; ** p=0,018
27. Custos da Atenção Farmacêutica
Média Intervalo
Item Mediana Mínimo Máximo
(DP) interquartis
Atendimentos / Paciente / 11,4 (4,3) 11,0 (5,44) 6,0 a 16,0 4,0 29,0
Ano (2,97 a 7,92) (1,98) (14,35)
Tempo / Atendimento (min) 19,3 (6,6) 18,6 7,5 a 29,7 10,0 35,0
Custo / Atendimento 5,42 5,20 2,10 a 8,30 2,80 9,80
(2,68) (2,57) (1,03 a 4,10) (1,38) (4,85)
Custo / Paciente / Ano 58,60 55,02 23,52 a 86,52 28,00 120,40
(modelo 1)* (29,00) (27,23) (11,64 a 42,83) (13,86) (59,60)
Custo / Paciente / Ano 88,60 85,02 53,52 a 116,52 58,00 150,40
(modelo 2)** (43,86) (42,08) (26,49 a 57,68) (28,71) (74,45)
Dados apresentados em minutos e valor em reais R$ (valor em dólar U$); O custo por atendimento foi calculado
com base no custo por minuto, estimado em R$ 0,28. *Modelo 1: O custo por paciente por ano foi calculado
com base no tempo total gasto por paciente multiplicado pelo custo por minuto.**Modelo 2: além do custo do
tempo, foi acrescido o valor fixo de R$30,00 por paciente/ano, referente a realização de 12 testes de glicemia
capilar a um custo de R$ 2,50 por teste. Câmbio: U$ 1,00 = R$ 2,02
27
29. Investimento para organização do
serviços
Descrição do Item necessário à organização do serviço Custo estimado
01 (um) computador completo, com gravador de CD e estrutura para acesso à R$ 3.000,00
internet, mais 01 (uma) impressora jato de tinta
01 (uma) mesa para atendimento, acompanhada de 03 (três) cadeiras, sendo uma R$ 750,00
para o profissional e duas para paciente e acompanhante.
Material bibliográfico para consultas sobre medicamentos e problemas de saúde, R$ 1.000,00
necessários ao estudo dos casos. Inclui no mínimo 02 (um) compêndios sobre
medicamentos (sendo um nacional e um importado), 01(um) guia de
interações medicamentosas, 01 livro de farmacologia clínica.
Material impresso, incluindo prontuários de pacientes, informes escritos ao médico, R$ 200,00
diretrizes clínicas, entre outros.
01 (um) Aparelho de medida da pressão do tipo aneróide, validado, acompanhado R$ 400,00
de estetoscópio.
01 (um) glucosímetro, acompanhado de lancetas, tiras reagentes e lancetador R$ 100,00
01 (uma) fita antropométrica validada R$ 100,00
Custo total R$ 5.550,00
Custos estimados em Reais com base em valores de maio de 2007.
29
30. Conclusões
A Atenção Farmacêutica produz resultados
positivos sobre a saúde dos pacientes, melhorando
o controle glicêmico em pacientes diabéticos
Colabora, ainda, para a resolução de problemas
relacionados aos medicamentos ocorridos durante o
tratamento
O custo desse novo serviço é compatível com
outros serviços de atenção ao paciente providos
pelo equipe de saúde
30