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BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO
 NA INDÚSTRIA DO PLÁSTICO
      E DA BORRACHA
PREFEITURA DE DIADEMA
O PDS - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha faz
parte do Programa da Melhoria da Competitividade Industria, promovido pela
Prefeitura de Diadema e implementado pela Secretaria de Desenvolvimento
Econômico e Trabalho.
O objetivo principal deste programa é o de fomentar o desenvolvimento das
indústrias de Diadema e região, visando a melhoria da competitividade,
rentabilidade e sustentabilidade de forma inovadora.
Os principais objetivos desse programa são:
- Suprir as deficiências de gestão das empresas através de capacitação de
seus gestores e colaboradores;
• Disseminar o conceito de inovação e apresentar ao empresário a
importância da inovação e da sua utilização como estratégia de
desenvolvimento da empresa;
• Apresentar às empresas os instrumentos de inovação disponíveis;
• Realizar cursos/treinamentos de gestão e inovação;
• Promover Encontros Tecnológicas setoriais visando debater os problemas,
soluções e tendências do setor sob o aspecto da inovação;
• Apresentar as linhas de crédito e financiamento à P,, D & I disponíveis nas
    p                                f                           p
instituições de fomento e apoio à inovação;
• Estimular a internacionalização da empresa e a busca a novos mercados
nacionais e internacionais;
SINDIBOR
 S
 SINDICATO DA INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE BORRACHA
      C O        ÚS               OS     O   C
             NO ESTADO DE SÃO PAULO




O Sindicato da Indústria de Artefatos de Borracha no Estado de São Paulo
-SINDIBOR, representa há mais de 77 anos os interesses da indústria
paulista de artefatos de borracha. O segmento gera aproximadamente
80.000 empregos diretos, além de ocupar indiretamente outros 60.000
p f
profissionais.
Estima-se que, do total nacional, 68% das indústrias de artefatos de
borracha estejam localizadas no Estado de São Paulo, onde a demanda
por acabados corresponde a 70% da produção nacional, estimada em
1.300.000 toneladas.
Cerca d 180 empresas f
C       de                 formam o cadastro d empresas associadas ao
                                      d       de                 i d
SINDIBOR, cuja produção é direcionada aos mais variados segmentos, com
destaque para automotivo, construção civil, saúde, mineração, calçadista e
petrolífero, entre outros.
Finalmente, sabedora de seu papel participativo na sociedade, o SINDIBOR
envolve-se permanentemente em atividades de Responsabilidade Social,
através de participações na Fundação ABRINQ - Nossas Crianças e
Instituto Empresarial de Apoio à Formação da Criança e do Adolescente -
PRÓ-CRIANÇA.
SINDIPLAST
      SINDICATO DA INDÚSTRIA DE MATERIAL PLÁSTICO
               DO ESTADO DE SÃO PAULO

O Sindiplast – Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo –
mantém uma atuação pró-ativa em relação às questões políticas e conjunturais que
afetam o setor d t
 f t        t de transformação d materiall plá ti F d d em 1941 o Si dipl t
                        f      ã de     t i plástico. Fundado      1941, Sindiplast
representa atualmente 4136 empresas em todo o estado de São Paulo. Sua missão
básica é favorecer o desenvolvimento do setor de transformação de material plástico.


O Sindiplast participa de diversos Fóruns de Competitividade do Ministério do
Desenvolvimento,
Desenvolvimento Indústria e Comércio com atuação mais intensa naqueles
                                  Comércio,
relacionados à cadeia produtiva do setor, que tem como principais objetivos: promover
a reorganização da indústria de transformação do plástico a fim de aumentar sua
competitividade; reverter o déficit da balança comercial do setor e criar condições
favoráveis para a redução da informalidade de forma a propiciar um crescimento
sustentável.


Além dessas ações, ainda oferece serviços aos seus associados, como: consulta para a
verificação da existência de produtos similares no mercado; orientação e assessoria em
questões de ordem tributária, civil, trabalhista e comercial, por meio de convênios com
grandes escritórios de advocacia; consultoria e suporte para participação em feiras no
Brasil
B il e no exterior e t d o acompanhamento fi l e aduaneiro com vistas à
                t i       todo           p h        t fiscal      d    i         it
exportação. Atua ainda, como representante nas negociações trabalhistas com as
entidades representativas dos empregados do setor no Estado.
ABDI
AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL



A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, entidade ligada ao Ministério
do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, foi instituída em dezembro de
2004 com a missão de promover a execução da Política Industrial do Brasil (PDP),
em consonância com as políticas de Comércio Exterior e de Ciência e Tecnologia
(Lei 11.080).


Ainda no âmbito da PDP, a ABDI é responsável por coordenar as ações e
p og
programas dos chamados Destaques Estratégicos, iniciativas que tratam de
           s      c      dos est q es st tég cos, c t s q e t t
questões fundamentais para desenvolver a indústria brasileira, perpassando
diversos complexos produtivos. Neste nível, foram estabelecidas iniciativas de
grande relevância para seis dimensões de destaque: ampliação das exportações;
fortalecimento das micro e pequenas empresas; regionalização; integração
produtiva da América Latina e Caribe, com foco inicial no Mercosul; integração com
a África; e produção sustentável
                     sustentável.


O principal enfoque da ABDI está nos programas e projetos estabelecidos pela
Política de Desenvolvimento Produtivo - PDP, da qual é Secretaria Executiva, ao lado
do Ministério da Fazenda e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e
Social – BNDES Nesta função cabe à ABDI o monitoramento programático da
           BNDES.        função,
Política, por meio do Sistema de Gerenciamento de Projetos já utilizado pela
Agência. O Sistema permite o monitoramento contínuo das ações que integram a
PDP, possibilitando a emissão de relatórios periódicos, a análise de indicadores
associados à evolução das metas compromissadas, e, principalmente, seu
acompanhamento pelo setor privado.
Boas Práticas de Produção na
  Indústria do Plástico e da
          Borracha
Créditos:

                         Kaptiva
         Consultoria e Desenvolvimento Ltda.
                        2010
Coordenação Pedagógica:
Priscilla Nunes.

Projeto Gráfico-Editorial:
Elaine Santos.

Tratamento de linguagem e revisão do texto:
Kaptiva.




                                             2
          PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha




                                                      Apresentação:
   O que esperamos que você seja capaz
            de fazer com este material?
Seja bem-vindo à cartilha “Boas Práticas de Produção da Indústria do Plástico e da
Borracha”. Esperamos que com esse material, você seja capaz de colocar a sua
empresa em um novo rumo – um rumo muito mais sintonizado com as constantes
mudanças do mercado, e com a necessidade de se aperfeiçoar sempre.

Essa cartilha está dividida em 06 Unidades:

      Unidade 01: Conceitos Práticos sobre Boas Práticas.
       Nessa primeira unidade, procuramos mostrar para você um painel geral do
       que está envolvido na adoção de Boas Práticas, as lições da história e do
       presente momento, e todos os elementos presentes na maioria das empresas
       que podem atuar tanto quanto incentivadores, quanto como barreiras na
       aplicação de um programa de Boas Práticas. Estar ciente desses elementos é
       parte fundamental para conseguir trabalhar com eles.

      Unidade 02: Conceitos Básicos sobre a Indústria do Plástico.
       Na segunda unidade, sintonizamos com a sua indústria e alguns elementos
       básicos que muitas vezes deixamos de olhar no dia-a-dia. Por exemplo,
       revemos o que são os plásticos e seus principais produtos.

      Unidade 03: Conceitos Básicos sobre a Indústria da Borracha.
       Qual é a história da produção da borracha no Brasil? quais os principais tipos
       de borracha fabricados e como funcionaria um controle de qualidade
       adequado na indústria da borracha? Essas são questões que a unidade tenta
       ajudar a responder.

      Unidade 04: Conceitos para melhoria da produção nas indústrias.
       Não importa se falamos em plástico ou borracha, será preciso saber como
       planejamos um layout eficiente e todos os custos envolvidos na operação da
       Indústria. Sem esses conhecimentos sobre “o que medir”, seria impossível
       adotar melhorias (melhorias em relação a que?).

      Unidade 05: Análises necessárias.
       Na terceira unidade vamos verificar mais a fundo um panorama da
       organização que deve ser considerado para a implantação de Boas Práticas?
       Como está o comprometimento da alta direção da empresa, dos supervisores e
       dos empregados? Existe algum aspecto ao qual devemos estar atentos para
       que o nosso esforço não seja jogado por água abaixo?

      Unidade 06: As Ferramentas e as Técnicas para as Boas Práticas.

       Na quarta unidade oferecemos as ferramentas e técnicas para colocar as
       coisas para funcionar. Como organizar as mudanças? Como planejá-las? Como
       verificar nosso desempenho atual, levar as pessoas a trabalhar em consenso



                                               3
       PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
em busca de um objetivo e como analisar estatisticamente os efeitos
       conseguidos? Nessa unidade você irá encontrar as ferramentas.

Por ser um material bem extenso e completo, oferecemos a seguir uma forma de
acompanhar o seu desenvolvimento. A idéia é que você divida seus estudos em 03
momentos:

      Leitura individual do material.
      Resolução dos exercícios propostos.
      Aplicação no seu dia-a-dia.

Uma ferramenta também muito eficaz para o aprendizado é ensinar. Se existem mais
pessoas em sua empresa que se beneficiariam com esse conteúdo, trabalhe como
agente disseminador: ao finalizar cada um dos capítulos, elabore uma maneira de
explicar esse conteúdo a outra pessoa. Não se limite a emprestar a apostila para
leitura – pense em como você explicaria os itens principais a outra pessoa, dentro do
que seria interessante para a sua empresa.

Guia de estudo:

                                       UNIDADE 01
                                                      Aplicação no    Útil para outra
       Capítulo       Leitura        Exercícios
                                                       dia a dia.     pessoa? Quem?
    Capítulo 01
    Capítulo 02

                                       UNIDADE 02
                                                      Aplicação no    Útil para outra
       Capítulo       Leitura        Exercícios
                                                       dia a dia.     pessoa? Quem?
    Capítulo 03

                                       UNIDADE 03
                                                      Aplicação no    Útil para outra
       Capítulo       Leitura        Exercícios
                                                       dia a dia.     pessoa? Quem?
    Capítulo 04

                                       UNIDADE 04
                                                      Aplicação no    Útil para outra
       Capítulo       Leitura        Exercícios
                                                       dia a dia.     pessoa? Quem?
    Capítulo 05
    Capítulo 06

                                       UNIDADE 05
                                                      Aplicação no    Útil para outra
       Capítulo       Leitura        Exercícios
                                                       dia a dia.     pessoa? Quem?
    Capítulo 07
    Capítulo 08
    Capítulo 09




                                                  4
             PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha




                                            UNIDADE 06
                                                           Aplicação no         Útil para outra
       Capítulo         Leitura          Exercícios
                                                            dia a dia.          pessoa? Quem?
    Capítulo 10
    Capítulo 11
    Capítulo 12
    Capítulo 13
    Capítulo 14

Exercícios:

Os exercícios estão divididos em 02 tipos: com resolução e para reflexão. Os
exercícios com resolução (identificados ao longo da cartilha simplesmente como
“exercícios”) possuem respostas que podem ser verificadas ao final da apostila. Os
exercícios para reflexão (identificados ao longo da cartilha como “exercícios para
reflexão”) são para a reflexão e aplicação prática na sua empresa, e não possuem
resposta correta – pelo menos não uma que possamos fornecer via gabarito.

                                      Esperamos que você aprenda muito e possa aplicar
                                                          muito mais em sua empresa.

                                                                                      Bons estudos!




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       PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
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PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha




                                                                                     Índice:
   Encontre o que está procurando aqui.
UNIDADE 01: CONCEITOS BÁSICOS SOBRE BOAS PRÁTICAS

Capítulo 01: Boas Práticas e o Gerenciamento da Qualidade na
Produção.
    Definição, princípios e conceitos.                                                 13
    Lições da História e de Hoje.                                                      15
    Forças Modernas.                                                                   16
          o Competição Global.                                                          16
          o Mudanças tecnológicas.                                                      16
          o Forças Sociais e a Ética no Trabalho.                                       16
    Resumo.                                                                            17
    Exercícios.                                                                        18

Capítulo 02: Principais elementos da criação de Boas Práticas.
    Introdução.                                                                        21
    Visão Organizacional.                                                              21
    Remoção de Barreiras.                                                              23
    Comunicação.                                                                       24
    Avaliação Contínua.                                                                26
    Melhoria Contínua.                                                                 26
    Relacionamento cliente/fornecedor.                                                 27
    Autonomia aos empregados.                                                          28
    Treinamento.                                                                       28
    Implementação.                                                                     29
    Resumo.                                                                            30
    Exercícios.                                                                        32


UNIDADE 02: CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A INDÚSTRIA DO PLÁSTICO

Capítulo 03: Principais conceitos e Materiais.
    Introdução.                                                                        37
    A definição de plástico.                                                           37
    Polimerização.                                                                     37
    Divisão dos Plásticos.                                                             38
    Confecção.                                                                         38
    Processamento dos termoplásticos.                                                  39
    Processamento dos termorrígidos.                                                   40
    Principais características.                                                        40
    Categorização de parâmetros.                                                       41
    Resumo.                                                                            42
    Exercícios.                                                                        43




                                               7
       PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
UNIDADE 03: CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A INDÚSTRIA DA BORRACHA

Capítulo 04: História e Conceitos Básicos da Produção da Borracha.
    Introdução.                                                                  49
    Uma breve história mundial da borracha.                                      49
    A borracha no Brasil: os "ciclos da borracha".                               50
    Dados sobre a Indústria da Borracha na Atualidade.                           51
    Introdução aos Polímeros, Elastômeros e Borrachas.                           52
    A Qualidade na Produção da Borracha.                                         57
    O Controle de Qualidade na Indústria da Borracha.                            58
    Esboço de um Sistema de Controle de Qualidade.                               59
    Matérias-Primas.                                                             60
    Misturação.                                                                  60
    Calandragem e Extrusão.                                                      61
    Vulcanização.                                                                62
    Inspeção Final.                                                              63
    Resumo.                                                                      64
    Exercícios.                                                                  65


UNIDADE 04: CONCEITOS PARA MELHORIA DAPRODUÇÃO NAS
INDÚSTRIAS.

Capítulo 05: Planejamento do Layout.
    Introdução.                                                                  69
    Objetivos do Layout.                                                         69
    Uso efetivo do chão de fábrica.                                              70
    Construindo os planos de layout de máquinas e células de
       produção.                                                                  71
    Otimização do fluxo de produção.                                             76
    Criando critérios para o local.                                              77
    Considerações Geográficas sobre o local.                                     78
    Resumo.                                                                      78
    Exercícios.                                                                  79

Capítulo 06: Determinando custos.
    Introdução.                                                                  81
    Requisitos de Capital.                                                       81
    Departamento de Manutenção.                                                  85
    Custos de Operação.                                                          85
    Análise do Custo por produto.                                                87
    Determinando o preço da peça.                                                88
    Resumo.                                                                      89
    Exercícios.                                                                  90


UNIDADE 05: ANÁLISES NECESSÁRIAS.

Capítulo 07: Análises necessárias no nível empresarial.
    Introdução.                                                                  95
    Cultura corporativa.                                                         96




                                                8
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Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha




      Liderança.                                                                    98
      Planejamento Estratégico.                                                     99
      Gerenciamento da Mudança.                                                     100
      Resumo.                                                                       103
      Exercícios.                                                                   104

Capítulo 08: Análises necessárias no nível da supervisão.
    Introdução.                                                                     107
    Motivação.                                                                      107
    Comprometimento dos Empregados.                                                 109
    Construção de Equipes.                                                          110
    Resumo.                                                                         111
    Exercícios.                                                                     112

Capítulo 09: Análises necessárias no nível individual.
    Introdução.                                                                     113
    Gerenciamento do estresse.                                                      113
    Gerenciamento do tempo.                                                         116
    Criatividade e inovação.                                                        119
    Resumo.                                                                         120
    Exercícios.                                                                     121


UNIDADE 06: AS FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA AS BOAS PRÁTICAS.

Capítulo 10: Organização.
    Introdução.                                                                     125
    Diagramas de causa efeito.                                                      125
    Folhas de verificação e coleta de dados.                                        130
    Apresentação de Dados.                                                          132
    Fluxogramas e análise de entrada-saída.                                         138
    Análise do fluxo de trabalho.                                                   141

Capítulo 11: Planejamento.
    Introdução.                                                                     143
    Ciclo de Deming.                                                                143
    Análise dos campos de força.                                                    146
    Estabelecimento de metas.                                                       149
    Desdobramento da função qualidade.                                              152

Capítulo 12: Auto-análise
    Introdução.                                                                     157
    Auditoria.                                                                      157
    Marcos de excelência.                                                           159
    Modo de falhas e análise de efeitos.                                            160
    Senso comum.                                                                    162
    Custo da qualidade.                                                             163
    5W1H.                                                                           164




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Capítulo 13: Técnicas de Grupo.
    Introdução.                                                                 167
    Brainstorming.                                                              167
    Técnica de Delphi.                                                          169
    Técnica de nomeação de grupo.                                               172
    Círculo da qualidade.                                                       173

Capítulo 14: Ferramentas Estatísticas.
    Introdução                                                                  175
    Medidas estatísticas e amostragem.                                          175
    Cartas de controle.                                                         176
    Projeto de experimentos.                                                    177
    Análise de Pareto.                                                          178

ELEMENTOS FINAIS
    Gabaritos.                                                                  181
    Glossário.                                                                  189
    Referências.                                                                195




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                                                              Capítulo 01:
       Boas práticas e o Gerenciamento da
                   Qualidade na Produção.
Definição, Princípios e Conceitos




                                          O que são boas
                                             práticas?




                                           Você deve estar se perguntando o que são
                                         “Boas Práticas”. Ainda mais ao se estabelecer
                                           “Boas Práticas de Fabricação na Indústria
                                          Transformadora do Plástico e na Indústria da
                                                          Borracha”.


Por mais que possa parecer óbvio, “boas práticas” referem-se às melhores práticas a
serem executadas em uma determinada tarefa, processo ou projeto – e é claro que
isto está profundamente ligado à introdução de padronizações, indicadores e
verificação da eficiência, pois, adotar “boas práticas” em qualquer setor nada mais
é do que adotar um compromisso completo com a excelência e a qualidade.


              O gerenciamento da qualidade na produção combina diversas técnicas
              básicas de administração com esforços de melhoria contínua dos
              processos, diminuição dos custos, visão de mercado e claro:
              preocupação com o meio ambiente.


No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece um
conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de
garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os
regulamentos técnicos. Essa preocupação se estende para a área de embalagens,
tanto de alimentos quanto de medicamentos.

No entanto, não é preciso esperar que exista regulamentação Federal para que as
empresas trabalhem na adoção de Boas Práticas.




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Ao adotar processos melhores podemos perceber:

         Aumento da produtividade;
         Redução de custos e desperdícios;
         Aumento da competitividade, etc.

A adoção de um programa de Boas Práticas deve, para funcionar corretamente:

     1. Contar com a participação e colaboração das lideranças da empresa;
     2. Se basear em uma cultura empresarial voltada para a melhoria contínua;
     3. Satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes e do mercado;
     4. Conquistar os indivíduos em um nível pessoal na melhoria de seus processos
     de trabalho;
     5. Reconhecer que as pessoas são o recurso mais importante, criando
     relacionamentos construtivos e com trabalho em equipe.


                      Além disso, é preciso mudar o foco do resultado para o
                      processo. Isso não quer dizer que o resultado obtido não
                                   importe, muito pelo contrário.


Em muitas empresas, quando o foco está exclusivamente nos resultados, é comum
que não se pense muito na maneira como esses resultados são obtidos. Você deve
conhecer a frase:




                                                              Pois bem, através da
                                                              adoção de Boas Práticas
         “Os fins justificam                                  é exatamente esse
             os meios”                                        comportamento que
                                                              queremos evitar.



Focando nos processos, e em todas as etapas que os compõe, podemos verificar se
cada uma das atividades está sendo realizada da melhor forma possível – e
conseqüentemente, isso terá impacto positivo nos resultados finais. Com essa
preocupação, evitamos aquela casa limpinha, na qual a sujeira se joga para baixo do
tapete.




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Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha




Lições da História e de Hoje

Se você ainda não está convencido da importância de adotar Boas Práticas, de se
comprometer com a melhoria contínua dos processos de sua empresa, talvez a lista a
seguir lhe ajude a pensar a respeito. Ela nos apresenta 10 lições sobre a história das
nações que eram líderes no cenário econômico, e remotamente industrializadas,
publicadas no trabalho “A two minute warning” (algo como “o aviso de 02 minutos”),
dos autores Grayson e O’Del:

       1. Complacência é o câncer da liderança.
       2. Os líderes não tomam conhecimento do crescimento daqueles que estão em
           progresso.
       3. As taxas de crescimento são pequenas e não são adotadas medidas até que
           seja tarde demais.
       4. Números são pobres estimadores do sucesso.
       5. Os que estão em mudança possuem os “olhos de tigre” (desejo); os líderes
           podem perdê-los.
       6. Os que estão em mudança dão ênfase à educação e às melhorias; os líderes
           somente quando o orçamento permite.
       7. Os que estão em mudança copiam estratégias, os líderes encontram-nas sob
           os seus auspícios, mas muitas vezes não os põem em prática.
       8. Os que estão em mudança orientam-se pelos clientes; os líderes por sua
           conveniência.
       9. O protecionismo quebra os líderes e auxilia os que estão em mudança.
       10. A habilidade dos líderes em mudar e reagir se perde com o tempo.



Isso conta muito sobre o porquê das nações anteriormente líderes terem sido
passadas para trás com a industrialização. E tenho a impressão que essa é uma
história que empresa nenhuma gostaria de repetir.

Mas infelizmente, mesmo nos dias de hoje, a maioria da empresas necessita de um
empurrão externo para adotar Boas Práticas.


                      Em uma pesquisa sobre 700 executivos da Grã-Bretanha1,
                      verificou-se que 73% dos programas de melhoria são iniciados
                      com base na demanda do cliente por melhores produtos e
                      serviços. No entanto, no nosso cenário de alta
                      competitividade, pensar em qualidade apenas quando nossos
                      clientes apontam falhas é uma atitude reativa demais – até
                      suicida.




1
    LASCELLES e BARRIE



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Forças Modernas

Um dos grandes fatores que vêem alterando a forma como pensamos nossos negócios
é o poder da força de trabalho – elas estão se deslocando de um local para o outro do
planeta, em busca do equilíbrio financeiro em um sistema econômico que está cada
vez mais complexo.

Em um nível pessoal, os trabalhadores não procuram apenas boas remunerações –
eles esperam encontram no ambiente de trabalho uma forma de realização e
crescimento pessoal.

As transformações que vemos são dificultadas pelas forças da competição global,
pelas mudanças das tecnologias, no meio ambiente, no contexto social e pelas
mudanças na ética de trabalho – e são as forças que modificam nossa maneira de
trabalhar.
Não podemos sanar o impacto negativo dessas forças simplesmente com a adoção de
Boas Práticas. No entanto, estas permitirão que todos os recursos disponíveis na
empresa estejam envolvidos na minimização desses impactos.

Competição Global

                        A melhoria nas formas de comunicação, nas formas de
                        transporte e diminuição das barreiras comerciais
                        aumentaram a competição em todos os setores. Matérias
                        primas, produtos e em alguns casos até mesmo serviços
                        podem ser contratados em qualquer lugar do planeta. Se a
                        sua empresa não estiver apta a atender as demandas de
                        seus clientes, outra estará. E essa outra pode ser tanto seu
                        vizinho quanto uma empresa na China.

Mudanças Tecnológicas

Não estar atento para as mudanças tecnológicas pode varrer sua empresa do mapa de
uma hora para a outra; veja, por exemplo, o que a indústria do Compact Disc (CD)
fez pela indústria dos discos de vinil. Nesse aspecto, gerenciar a qualidade dentro da
empresa reduz a turbulência pelas novas tecnologias, adotando-as ao invés de ignorá-
las, uma vez que elas podem estimular novas oportunidades de negócio.

Forças Sociais e a Ética no Trabalho

    “Nós passamos grande parte do nosso tempo no trabalho e um outro tanto mais nos
    capacitando, viajando a serviço e pensando à respeito dele. Para muitas pessoas
    entre as idades de 21 a 65 anos, o trabalho é primordial em suas vidas. Podemos nos
    casar, nos divorciar, ter a custódia das crianças por muito ou pouco tempo, mas
    durante grande parte de nossa vida quase sempre estaremos empregados. Com tal
    enfoque, não é surpreendente que as pessoas vejam o trabalho como um
    preenchimento e enriquecimento; algumas vezes podem até mesmo procurar uma
    motivação em seu trabalho.”
                                                                        (BROCKA, 1994)




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Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha




Toda angústia que o trabalhador típico carrega dentro de si faz com que sua mente
se direcione para tudo, exceto suas tarefas. A adoção de boas práticas pode não
resolver esse problema, mas pode ajudar na criação de um ambiente de trabalho no
qual o tratamento humano e honesto possa ser encontrado juntamente com uma dose
de estímulo.


Resumo

Nesse capítulo vimos que:

      Boas Práticas são as melhores práticas a serem adotadas na execução de uma
       tarefa, processo ou projeto.

      As principais vantagens na adoção de Boas Práticas estão no aumento da
       produtividade, na redução de custos e desperdícios e no aumento da
       competitividade empresarial.

      Para que a adoção de um programa de Boas Práticas funcione corretamente,
       ele deve contar com o comprometimento de toda a empresa, das lideranças
       aos profissionais envolvidos diretamente na produção.

      A adoção de Boas Práticas retira o foco do resultado e coloca o foco no
       processo, pois, os meios são tão importantes quanto os fins.

      O contexto empresarial do século XXI está em constante mudança, onde a
       adoção de boas práticas ajuda a empresa a pelo menos manter uma cultura
       de sintonia com as modificações que estão acontecendo.




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Exercícios

1. Assinale a opção correta:

       a. O termo “Boas Práticas” refere-se à:

       (   )   Melhores práticas a serem executadas apenas em uma determinada
               tarefa.
       (   )   Melhores práticas a serem executadas em uma determinada tarefa,
               processo ou projeto.
       (   )   Melhores práticas não executadas em uma determinadas tarefa,
               processo ou projeto.

       b. Ao adotar boas práticas estamos contribuindo entre outras para:

       (   )   Aumento da produtividade.
       (   )   Diminuição de produtos.
       (   )   Aumento de desperdícios.

       c. Os trabalhadores estão procurando mais do que boas remunerações, eles
       também buscam:

       (   )   Mais benefícios e tarefas.
       (   )   Realização e crescimento pessoal.
       (   )   Boas práticas com carga horária reduzida.

       d. Com a melhoria nas formas de comunicação, nas formas de transporte e
       diminuição das barreiras comerciais aumentamos:

       (   )   A competição em todos os setores.
       (   )   A competição no setor envolvido.
       (   )   A competição entre setores.

       e. Devemos direcionar o foco para todas as etapas que o compõem, para
       termos impactos positivos nos resultados finais. Estamos falando de:

       (   )   Boas Práticas.
       (   )   Processos.
       (   )   Resultado.




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2. Complete os espaços:

   a. Devemos nos basear em uma ___________ empresarial voltada para a
      melhoria contínua.
   b. É preciso mudar o foco do _____________ para o processo.
   c. Não podemos sanar o impacto negativo das forças simplesmente com a adoção
      de _____________ _____________.
   d. As transformações que vemos são dificultadas pelas forças da ______________
      _____________, pelas mudanças das tecnologias, no meio ambiente, no
      contexto social e pelas mudanças na _____________ de trabalho.
   e. As nações anteriormente               líderes     foram     passadas       para   trás   com   a
      _________________.


3. Palavras-cruzadas:




 Verticais:                                           Horizontais:

 1. Em qualquer setor nada mais é do                  4. É preciso verificar se cada uma das
 que adotar um compromisso completo                   atividades está sendo realizada da
 com a excelência e a qualidade.                      melhor forma, para bons resultados
 2. É preciso reconhecer que este é o                 no final. Estamos falando de:
 recurso mais importante, criando                     5. A falta de atenção neste assunto
 relacionamentos construtivos e com                   pode varrer a empresa do mapa de
 trabalho em equipe.                                  uma hora para outra.
 3. Estabelece um conjunto de medidas
 que devem ser adotadas pelas
 indústrias de alimentos.




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                                                              Capítulo 02:
         Principais elementos da Criação de
                              Boas Práticas.
Introdução

Nesse capítulo veremos alguns dos fatores que devem estar resolvidos na empresa
antes da implementação de um programa de Boas Práticas. Ignorar esses fatores é
planejar o fracasso, pois são eles que garantem um solo fértil para que as iniciativas
de melhoria possam florescer.

Entre esses itens estão:
   1. A visão organizacional da empresa.
   2. A remoção de barreiras.
   3. Preocupação com a comunicação.
   4. Avaliação contínua.
   5. Melhoria contínua.
   6. Bom relacionamento com clientes e fornecedores.
   7. Autonomia dos trabalhadores.
   8. Treinamento.

A seguir veremos em mais detalhes cada um desses aspectos.

Visão Organizacional




Você sabe qual a visão organizacional da sua empresa? Em uma definição simples, a
visão organizacional é uma crença sobre o “porquê” a empresa existe e o que se
propõe a realizar. Isso pode dar origem a um lema simples, como “produzir os
melhores produtos, com o menor custo para nosso consumidor” quanto uma visão
detalhada que englobe cada setor da empresa e suas finalidades.


              A essência da visão corporativa deve ser simples como um lema, de
              modo que todo empregado a conheça e, mais importante que isso,
              acredite nela.




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Compare o lema da Starbucks “Recompensando momentos do dia-a-dia”, à
declaração da missão da empresa: “Fazer da Starbucks a principal fornecedora do
melhor café do mundo e, ao mesmo tempo, manter absoluta integridade de
princípios ao se desenvolver2”. De qual dos dois é mais fácil se lembrar?

Se formos habilidosos ao enunciar essa crença, ela pode fluir durante grandes
mudanças dos produtos ou tecnologias. Por exemplo, se você fosse um construtor de
carroças para cavalos no ano de 1910 e decidisse que faria apenas carroças de luxo,
uma ou duas décadas depois você estaria falido. Porém se decidisse fornecer uma
carroça independente da força que a movesse, você teria se adaptado rapidamente
em função das novas mudanças.

A visão estratégica precisa levar em conta tanto os clientes externos (consumidores e
fornecedores) quanto os clientes internos (os empregados). Ela também precisa ser
mais objetiva e prática; todos nós gostaríamos de ser “os melhores do mercado”, mas
é preciso traduzir isso de uma forma objetiva através da qual possamos agir à
respeito, como: “o mais rápido do mercado”, o “de mais baixo custo” etc.

Além disso. Estabelecer apenas a visão não suficiente. Ela precisa ser demonstrada
por meio das ações de toda a cadeia hierárquica, de maneira contínua, em todas as
ações e iniciativas. Os empregados conhecer a verdadeira diferença entre a política
da “porta aberta” e a da “meio aberta”.




Exercício de Reflexão


       Escreva a visão estratégica/lema da sua empresa. Se você não se lembra
       dele, ou se ainda não existe um, essa é a hora de pensar em como ele
       deveria ser, contextualizando a sua participação de mercado e sua visão de
       futuro. Escreva como você acha que ele deveria ser.




2
    KAWASAKI, 2006.



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Remoção de Barreiras

A principal barreira encontrada no processo de implementação de Boas Práticas,
melhoria contínua e gerenciamento da qualidade é uma só: a resistência à mudança.

                                                    No entanto, se é para enfrentar
                                                    resistência à mudança, é bem melhor
                                                    que ela venha de pessoas diretamente
                                                    envolvidas no processo de mudança, do
                                                    que resistências que possa vir de
                                                    deliberações administrativas.




                 Estratégias recomendadas para a remoção de Barreiras:
       1. Despreze os receios individuais e coletivos.
       2. Encoraje e premie o pensamento criativo, mesmo que as idéias não estejam
          implementadas.
       3. Divida o crédito pelo sucesso.
       4. Reviste e renove os sistemas de avaliação de resultados.
       5. Verifique o custo sobre o ciclo de vida do produto, e não sobre o resto
          inicial.
       6. Estabeleça a inter-relação entre as tarefas e os projetos.
                                     Adaptado de BROCKA, 1994.


As barreiras que encontramos na empresa não são, no entanto, impossíveis de se
ultrapassar. Com um conjunto de técnicas simples podemos identificar as barreiras e
inventar soluções criativas para ultrapassá-las.

Identifique as barreiras: qualquer coisa que esteja no caminho da implementação
deve ser considerada uma barreira. Isso significa que devemos examinar os
procedimentos internos nas relações e interesses dos clientes e como o pessoal está
distribuído – tudo que aparente ser uma barreira deve ser considerado. Nessa fase
não devemos julgar a prioridade ou validade dos dados levantados, apenas colhe-los.
A geração dessa coleta deve ser acompanhada por meio das técnicas descritas na
unidade 04, “As ferramentas e as técnicas para as Boas Práticas”.

Separe as barreiras em categorias:

As barreiras identificadas e suas causas podem ser agora analisadas, embora ainda
devamos manter em suspenso o julgamento sobre a validade. A categorização pode
ser facilitada utilizando-se os diagramas de causa-efeito ou outras ferramentas de
organização (capítulo 09). E fique atento para as barreiras que escondem ou
mascarram outras: não é comum que uma montanha de problemas seja causada por
algumas poucas dificuldades.




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Estabeleça prioridades:

Agora sim é hora de priorizar. Isto deve ser feito com a utilização de ferramentas
como a “Análise de Pareto” (capítulo 13), diagramas de causa-efeito (capítulo 09) ou
a técnica de Delphi (capítulo 10). Para que se estabeleça um processo objetivo,
alguns cuidados deverão ser tomados, evitando que o processo seja influenciado pela
gerência ou por algum “agente oculto”. Nesse estágio as barreiras devem ser
analisadas de acordo com a seriedade do problema.

Solucione o problema:

Aqui devemos chegar à raiz do problema, não apenas lidar com os sintomas. Na
medicina, o alívio dos sintomas permite ao paciente pensar que está curado e,
mesmo que não esteja tratado, ele poderá se recupera no mesmo período de tempo,
como poderá também jamais se recuperar. As empresas doentes não se recuperam ao
longo do tempo. Se os seus sintomas estiverem maquiados. Na melhor das hipóteses,
o mascaramento dos sintomas pode demonstrar em um quadro de melhora irreal.

Objetivos e estratégias para resolução de problemas:

A preocupação com a resolução de problemas pode gerar uma série de medidas que
podem necessitar de meses ou até anos para serem realizadas. Os objetivos devem
ser realistas e realizáveis com os recursos disponíveis, com estratégias que garantam
que os objetivos possam ser acompanhados. Não se esqueça que os objetivos
numéricos não são o mais importante. Uma melhoria de 15% sem estratégia é
insignificantes. Objetivos numéricos podem também limitar o crescimento, em
especial nas organizações acostumadas a trabalhar em torno de uma “média”, como
ocorre em muitas situações de trabalho por tarefa (empreitada). Ao permitirmos que
as pessoas trabalhem em seus pontos ótimos, sem prejudicar outros trabalhadores,
teremos medidas mensuráveis sem estabelecer quotas numéricas.


Comunicação




                                          “A Comunicação é a cola que solidifica tudo, as
                                     técnicas, as práticas, as filosofias e as ferramentas”.




Ao falar de comunicação aqui, estamos nos referindo a três tipos de comunicação:
escrita, verbal e não-verbal. Todas elas estão presentes em qualquer organização e
sua condução adequada pode levar a resolução de diversos conflitos. Veremos à
seguir cada uma delas em mais detalhes.



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Antes disso, no entanto, vale lembrar que todas formas de comunicação envolvem
quatro elementos: o transmissor, o receptor, a mensagem e o meio de comunicação.
O meio é o canal através do qual a mensagem é destinada e pode influenciar a
mensagem. Isso pode ser percebido com um exemplo bem exagerado e simples:
imagine em qual situação um funcionário se sentiria mais lisonjeado:
    Sendo elogiado informalmente por seu supervisor; ou
    Sendo elogiado publicamente em um evento na empresa?

O mesmo funciona na situação oposta; o que você acharia menos constrangedor:
    Ser repreendido informalmente por seu supervisor; ou
    Ser repreendido publicamente em um evento da empresa.


              Tenha em mente que: boa parte dos conflitos causados por falhas de
              comunicação não são causados pelo “o que” é dito (mensagem), mas
              pela forma como é dito (meio).



Comunicação escrita:

As habilidades de escrita presentes sobretudo nos escritórios levaram muito tempo
para chegar no atual nível de aperfeiçoamento. Os memorandos e relatórios são
freqüentemente resultado de centenas de horas (estudos indicam que 21% a 70% do
tempo gasto nos escritórios está ligado à manipulação de documentos e informações
escritas) de trabalho, e sua finalização é decorrente de um bom tempo gasto para
conseguir a forma correta.

Dica: fuja da linguagem burocrática e escreva na voz ativa. O uso do espaço em
branco e de elementos gráficos, tais como figuras e cartas, melhora a leitura de
qualquer documento escrito.


Comunicação Verbal:

A comunicação verbal tem lugar em uma variedade de situações e suas formas são
variadas. As principais habilidades da comunicação verbal são: falar em público e
interação em pequenos grupos.

Pesquisas mostram que falar em público assusta as pessoas mais do que a morte.
Esse medo não diminui caso a pessoa precisa falar para um grupo de pessoas
conhecidas; podendo ser até pior. Treinamento e prática parecem ser as melhores
alternativas para superar as dificuldades.

Já a interação de pequenos grupos (de conversas normais à popularmente conhecida
“rádio peão”) não é sempre identificada como um tipo separado de discurso, mas
quando mudanças e melhorias devem ser implementadas, é preciso estar atento
sobre como esses pequenos grupos interagem.
Comunicação não-verbal:

Esse tipo de comunicação inclui a linguagem corporal. Antropólogos descobriram que
as emoções são registradas no rosto independente da origem cultural.



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Resolução de conflitos:

A comunicação pode ser a causa e a cura dos conflitos que surgem na empresa. Um
processo de resolução de conflitos precisa identificar os problemas por meio da
identificação de quem, o que, por quê, quando e como3 de cada lado da situação e
tratar ambos os competidores legítimos.


Avaliação Contínua

A realimentação, ou o popular “feedback” é fundamental para a aplicação de
programas de Boas Práticas. É através dela que podemos identificar se os nossos
objetivos estão direcionados e os resultados estão sendo aqueles que esperávamos.
Os mecanismos de realimentação podem ser simples relatórios orais ou escritos,
sistemas de informação ou análise estatística integrada a sistemas especializados. A
chave é receber a informação a tempo para permitir o início da ação corretiva.


Melhoria Contínua

Ao contrário do que acontece com a inovação, que pode demandar grandes recursos,
um compromisso com a melhoria contínua é mais fácil de gerenciar pois utiliza os
talentos de cada um. As empresas japonesas têm utilizado essa idéia por algum
tempo e a chamam de “Kaisen”.

Em um ambiente fabril, tradicionalmente um departamento de controle de qualidade
inspeciona os produtos em função de uma série de especificações. O quadro à seguir
mostra a diferença de uma abordagem para a melhoria contínua e uma abordagem
para a inovação.

              Aspecto                  Melhoria Contínua                 Inovação
    Efeito                         Longo e duradouro prazo,          Curto prazo, mas
                                     mas não dramático.                 dramático.
    Progresso                          Pequenos passos.               Grande Passos.
    Tempo                           Contínuo e Incremental.         Intermitente e não
                                                                       incremental.
    Mudança                           Gradual e constante.           Abrupta e Volátil.
    Envolvimento                             Todos.                 Seleção de poucos
                                                                        campeões.
    Abordagem                        Coletivismo, grupo de        Individualismo desigual,
                                     esforços, abordagem              idéias e esforços
                                           sistêmica.                    desiguais.
    Modo                            Manutenção e Melhorias.            Destruição e


3
 Correspondência com o 5W1H (Who, What, Why, When, Where e How) como processo
mnemônico para uma futura utilização na implementação de ferramentas da qualidade e
melhorias.



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    Trilha                                  Tecnologia                       Avanço tecnológico
                                      convencional e estado da                repentino, novas
                                               arte.                        invenções e teorias.

    Requisitos Práticos                     Requer pouco                      Requer muito
                                          investimento, mas             investimento, mas poucos
                                        grandes esforços para            esforços para mantê-lo.
                                              mantê-lo.
    Orientação dos Esforços                     Pessoas.                        Tecnologias.
    Critério de Avaliação             Processos e esforços para            Resultados para obter
                                        melhores resultados.                      lucros.
    Vantagem                          Opera bem numa lenta e             Adapta-se melhor a uma
                                       crescente economia.                 economia rápida e
                                                                               crescente.
                                      Fonte: Masaaki Imai, Kaisen.




Relacionamento Cliente/Fornecedor

Mais do que um chavão, “ouvir o cliente” se tornou tarefa indispensável para a
condução de um negócio eficiente. Embora isso possa parecer um ponto óbvio,
podemos considerar a situação americana por um momento para verificar que não foi
sempre assim. Após a 2ª Grande Guerra, os EUA foram a única grande potência que
não teve sua infra-estrutura econômica abalada. Isso possibilitou que eles pudessem
produzir itens de qualquer qualidade e vendê-los durante anos. Observar as
necessidades dos clientes nesse contexto se tornou irrelevante, e as indústrias foram
conduzidas internamente, e não orientadas para os clientes.

             Estratégias para melhorar as relações entre clientes e fornecedores:
             Torne a visão organizacional voltada para a satisfação do cliente.
             Premie os fornecedores.
             Direcione-se à uma única fonte.
             Minimize a multiplicidade de fornecedores.
             Identifique os clientes internos e externos.
             Identifique os usuários finais e distribuidores.
             Estabeleça rotinas de diálogos com os clientes.
             Envolva os clientes no planejamento e desenvolvimento.
                                       Adaptado de BROCKA, 1994.


Na prática, os empregados que fornecem um produto ou serviço são também um
cliente, nem que seja por um certo espaço de tempo. Isto significa que os
empregados administrativos devem entender como os seus relatórios vão ser
utilizados e como os produtos funcionam.




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Autonomia dos Empregados

Ao fornecer autonomia aos empregados possibilitamos que cada um deles execute o
seu potencial mais elevado. Nessa estrutura, fica claro que o papel das gerências, em
qualquer setor, é auxiliar os empregados na resolução de problemas – não servir de
obstáculos às melhorias.

Algumas dicas para dar mais autonomia aos empregados:

   1. Autoridade: para dar mais autonomia aos empregados, a coisa mais
      importante é oferecer autoridade a cada um sobre suas tarefas e/ou
      processos, para que eles tenham a liberdade de executar da melhor forma
      possível.

   2. Valorize todas as contribuições: não se esqueça de aumentar a auto-estima
      dos colaboradores no processo.

   3. Preste atenção em todas as opiniões, por mais humildes que sejam: não
      importa o tempo de casa ou a escolaridade do colaborador – boas
      contribuições podem vir de qualquer lugar.

   4. Dê prêmios àqueles que aperfeiçoarem o seu negócio.

   5. Delegue autoridade a todos os níveis da empresa: se você está cercado de
      pessoas competentes, permita-lhes fazer os seus próprios trabalhos, pois,
      ninguém conhece melhor a respeito do trabalho do que as pessoas
      diretamente envolvidas.


Treinamento

O objetivo do treinamento é modificar determinado comportamento. No entanto,
quando falamos de treinamento não estamos falando apenas das aulas tradicionais –
colegas que treinam outros colegas na realização de um determinado serviço também
pode ser uma forma muito eficiente de treinamento.




                                        “O melhor caminho para aprender qualquer coisa
                                                                           é ensinar”.
                                                                   Erwin Schroedinger




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Ao treinar alguém, o instrutor começa a considerar a tarefa sob um ponto de vista
diferente – contudo, conduzir todos os treinamentos internamente pode levar a uma
estagnação do conhecimento em longo prazo.

As necessidades e os resultados do treinamento devem ser avaliados com o
empregado para que ele ganhe entendimento. Naturalmente, haverá, de tempo em
tempo, mais empregados para um treinamento específico. É muito importante,
nesses casos, encaminhar um ou mais empregados para treinamento. Se este for
bem-sucedido, o comportamento alterado será aparente e ajudará a convencer os
demais sobre a importância do treinamento.


Implementação

Para que um programa de Boas Práticas possa ser bem implementado, como toda
mudança, todo o pessoal deve ser integrado em um plano de implementação
coerente – lembre-se que “fazer alguma coisa” não é o mesmo que “fazê-la bem”.

Processo: algumas recomendações são necessárias para que o processo de
implementação seja efetivo. Veja só:

   1. Tenha uma visão orientada: a implementação só será bem sucedida se houver
      uma visão clara da sua utilidade para toda empresa.

   2. Inicie pequeno: modificar todos os setores e operações ao mesmo tempo é
      suicídio. Comece com pequenos passos e siga em frente.

   3. Seja obcecado: planeje estrategicamente, entre nos detalhes. Torne-se
      obcecado com a implementação da visão.

   4. Celebre o sucesso: mantenha a motivação dos empregados comemorando até
      os menores progressos.

O modelo Espiral:

O modelo espiral mostrado relata os conceitos e princípios do gerenciamento da
Qualidade. Enquanto a maioria dos modelos são apresentados de forma linear, o
modelo espiral serve como um lembrete para mostrar que o gerenciamento da
qualidade precisa fazer parte de toda a empresa.

Do centro da espiral emana a visão da organização. A primeira camada consiste nos
princípios fundamentais; a segunda, no gerenciamento dinâmico necessário pelos
gerentes de nível médio e supervisores; e a terceira camada, a da implementação,
contém algumas ferramentas sugeridas.




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Imagem 2.1 – Layout Modelo espiral do gerenciamento da qualidade.


Resumo

Nesse capítulo vimos que:

      O primeiro passo para que qualquer empresa consiga implementar melhorias é
       a criação de uma poderosa visão estratégica, que permita que todos os
       envolvidos saibam para onde estão caminhando.

      Num processo de implementação de melhorias em processos e atividades é
       comum encontrar obstáculos à sua assimilação imediata. Essas barreiras
       devem ser removidas para que possamos trabalhar em mudanças
       significativas. Lembre-se: todos têm medo de mudanças em um nível ou
       outro, o importante é focar nos benefícios que serão trazidos por elas.

      A comunicação é parte importantíssima de todo o processo. Assim como uma
       comunicação deficiente pode dar origem a uma série de conflitos e mal
       entendidos, uma comunicação conduzida de maneira eficiente pode ser uma
       fantástica ferramenta para resolvê-los.

      A avaliação contínua, o popular “feedback”, é uma condição fundamental
       durante todo o processo de implementação. É através dela que podemos
       verificar se o barco está correndo para o lado certo, e fazer as correções de
       rota ao longo do caminho. Lembre-se: avaliações posteriores podem sair
       muito caras.

      A melhoria contínua é um compromisso fundamental na implantação de Boas
       Práticas. Através desse compromisso utilizamos nossos recursos em



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    capacidade ótima, fazendo o máximo possível com os itens que temos a nossa
    disposição.

   Todo desenvolvimento e melhoria adotada deve ser pautado em nosso
    relacionamento com clientes e fornecedores, nunca nos esquecendo que os
    clientes podem ser tanto externos (os consumidores finais dos nossos
    produtos) quanto internos (nossos colaboradores diretos). Qualquer
    implementação que objetive ser eficiente deve ser considerar a satisfação
    desses grupos.

   Numa empresa que visa melhorias, a concessão de autonomia aos empregados
    é a mudança com resultados mais significativos. Todas as pessoas devem ter o
    direito de executar seu trabalho da melhor forma possível sem enfrentar
    grandes obstáculos. Nas organizações que concedem autonomia a toda cadeia
    hierárquica, as funções gerenciais devem atuar no auxílio à resolução de
    problemas, mas não na criação de regras e novos empecilhos.

   Onde houver mudança haverá a necessidade de treinamento para a nova
    forma de operar. No entanto, a função dos treinamentos não se restringe a
    tornar alguém apto a realizar determinada tarefa. O treinamento também
    deve ser utilizado de maneira a reciclar o conhecimento empresarial e trazer
    novas maneiras de se pensar determinado modo de executar tarefas e
    trabalhos.

   Para uma implementação eficaz de mudanças e melhorias todos os passos
    devem estar bem planejados em uma programação executável como recursos
    que a empresa dispõe no momento. Além disso, o modelo de espiral nos
    mostra que essa implementação deve ter como base princípios bem definidos
    que orientem toda a hierarquia da empresa.




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Exercícios

1. Assinale a opção correta:

   a. No processo de implementação de Boas Práticas a principal barreira
      encontrada é:

       (   )   Resistência e Mudança
       (   )   Simples Mudanças
       (   )   Processos e Resistência

   b. Existem algumas estratégias recomendadas para a remoção de barreiras de
      resultados. Entre elas está:

       (   )   Não divida o crédito pelo sucesso
       (   )   Despreze os individuais e coletivos
       (   )   Reviste e remove os sistemas de avaliação de resultados

   c. Qual é o objetivo do treinamento?

       (   )   Modificar determinado comportamento
       (   )   Modificar as aulas tradicionais
       (   )   Modificar o comportamento e as aulas tradicionais

   d. O que o modelo espiral enfatiza?

       (   )   Que o gerenciamento da qualidade precisa fazer parte de toda a
               empresa
       (   )   Que o gerenciamento da qualidade precisa fazer parte de um setor
               específico
       (   )   Que o gerenciamento da qualidade precisa fazer parte da
               concorrência

   e. Para a implementação de melhorias é preciso criar:

       (   )   Contratar mais gerentes
       (   )   Uma visão estratégica
       (   )   Visão, contratação e boas práticas




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2. Ligue os termos aos seus respectivos conceitos.

                        a. BARREIRAS .                         . Escrita, verbal e não-verbal.

                                                               . É mais fácil de gerenciar, pois
                 b. OUVIR O CLIENTE .
                                                               utiliza os talentos de cada um.

                                                               . É fundamental para a aplicação
                   c. COMUNICAÇÃO .
                                                               de programas de Boas Práticas.

                                                               . Tornou-se tarefa indispensável
  d. REALIMENTAÇÃO OU FEEDBACK .                               para a condução de um negócio
                                                               eficiente.

                                                               . Devem ser analisadas de
              e. MELHORIA CONTÍNUA .                           acordo com a seriedade do
                                                               problema.



3. Palavras-cruzadas:




 Verticais:                                           Horizontais:

 2. Na prática o que fornece um                       1. O objetivo é modificar determinado
 produto ou serviço é também um                       comportamento.
 cliente. Estamos falando de:                         4. É identificado como qualquer coisa
 3. Este tipo de comunicação tem lugar                que esteja no caminho da
 em uma variedade de situações, entre                 implementação.
 as principais está “falar em público”.               5. É oferecido aos empregados para
                                                      dar mais autonomia.




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                                                              Capítulo 03:
               Principais conceitos e materiais.
Introdução

Aqui fornecemos definições para os vários termos que são únicos
para os materiais plásticos. É importante conhecê-los para
podermos selecionar o material adequado (ou família de materiais)
que são necessários para um produto ou processo específico.

Também falaremos um pouco sobre as principais maneiras de transformar e moldar o
plástico, além das principais variáveis as quais eles estão sujeitos (como variações de
temperatura, pressão, tempo e distancia).


A definição de plástico

O termo “plástico”, quanto utilizado para descrever materiais industriais, é definido
como qualquer composto polimerizado, orgânico e complexo capaz de ser moldado.
Em linhas gerais, os termos “plástico” e “polímero” são usados quase que como
sinônimos, apesar de que de maneira exata um polímero é um plástico, mas um
plástico não tem que ser necessariamente um polímero. Plásticos podem se
apresentar de maneira líquida ou sólida, ou em um estado intermediário.


             Plásticos são feitos através do refinamento de produtos comuns ao
             petróleo; onde o óleo cru e o gás natural são os blocos de construção
             principais. Trabalhos experimentais estão sendo realizados no mundo
             todo para tentar criar plástico de outros materiais que não o petróleo;
             havendo relativo sucesso em algumas tentativas com óleo e carvão
             vegetal.



Polimerização

Quando falamos de plásticos, nós normalmente estamos nos referindo a compostos
criados pelo processo conhecido como “polimerização”, uma reação causada pela
combinação de moléculas menores (monômeros) com um catalisador sobre pressão e
com calor.

              Um monômero é um composto único de moléculas. No processo de
              polimerização, nós combinamos várias unidades de plástico com várias
              unidades combinadas de plástico, conhecidas como “polímeros” – daí o
              nome polimerização.




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Divisão dos Plásticos

Os plásticos são divididos em dois grupos, de acordo com suas características de
fusão ou derretimento: termoplásticos e termorrígidos.

      Termoplásticos: é o polímero que, quando é elevado em sua temperatura, sua
      maleabilidade aumenta, chegando a um ponto semelhante ao de materiais
      fundidos. Exemplos de termoplásticos são: o polipropileno, polietileno, o PVC,
      entre outros.

      Termorrígidos: são aqueles que uma vez moldados não podem ser fundidos e
      remodelados, portanto não são recicláveis mecanicamente. Exemplos:
      baquelite, poliuretanos (PU) e Poliacetato de Etileno Vinil (EVA), poliésteres,
      resinas fenólicas etc.




O termoplástico é um material polimérico sintético que, quando sujeito à ação de
calor, facilmente se deforma podendo ser remodelado e novamente solidificado
mantendo a sua nova estrutura. Isso significa que, sendo os plásticos divididos em
termoplásticos e termorrígidos, os primeiros são altamente recicláveis ao contrário
dos termorrígidos. Isso acontece porque as cadeias macromoleculares dos
termoplásticos se encontram ligadas por forças de Van Der Waals ou Pontes de
Hidrogênio, que se quebram por ação do calor, fundindo-se o material. O
termoplástico, ao ser novamente aquecido, restabelece as suas ligações covalentes
dos monômeros que formam a macromolécula.

Os termorrígidos, ao contrário, quando aquecidos ficam quebradiços e não podem ser
remodelados, logo eles não se fundem e uma vez moldados e endurecidos, não
oferecem condições para reciclagem. Um exemplo de termorrígido é o baquelite,
material utilizado nos lustres que, com a intensa temperatura produzida
principalmente por lâmpadas incandescentes, ele começa a rachar.


Confecção

Os materiais feitos de plástico são confeccionados através da polimerização. Dentro
desse processo existem 03 maneiras comuns de polimerização de materiais. A
primeira é chamada de adição, uma combinação simples de moléculas na qual não é
gerado nenhum subproduto. Na verdade, a polimerização por adição pode ser
atingida de diversas formas, mas as mais comuns envolvem ativação química das




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moléculas, a qual faz com que elas se combinem entre si numa reação em cadeia.
Esse método é utilizado para criar etilenos.

                 O segundo tipo de polimerização, chamado condensação, envolve
                 remover átomos específicos de cada molécula, permitindo assim
                 que as moléculas se interliguem. Nesse processo, determinados
                 subprodutos devem ser removidos dos polímeros reagentes para que
                 polimerizações posteriores não sejam inibidas. Esse método é
                 utilizado para fazer alguns tipos de nylon e fenólicos.

Combinando a adição e a condensação temos o terceiro processo: combinação. Nesse
método, um polímero é primeiramente formado utilizando o método de
condensação. Então, esse polímero ainda ativo é exposto a um processo de
polimerização por adição, formando polímeros maiores através da adição de um
terceiro ingrediente. Esse é o processo que dá origem a alguns tipos de poliésteres.


Processamento de Termoplásticos

Extrusão:

Processo de fabricação de um semimanufaturado contínuo de plástico (ou também de
elastômero - borrachas). Ele ocorre em extrusoras, um equipamento que é
constituído basicamente de um tubo contendo um parafuso rosqueado. O plástico,
em pó em grânulos, é alimentado na parte traseira do tudo, sendo levado para a
parte frontal do tubo pela rosca em rotação. Nesse percurso o plástico é aquecido
através de resistências elétricas e do atrito com o parafuso. No final do percurso o
plástico deverá estar totalmente plastificado, sendo então comprimido contra uma
matriz que irá conter o desenho do perfil a ser aplicado ao plástico. Ao sair, o
semimanufaturado é resfriado e bobinado, sendo ideal para a fabricação de tubos,
filmes, placas, perfis etc.

Injeção:

Processo de transformação de plásticos similar à fundição de metais sob pressão. O
plástico, na forma de grânulos ou pó, é plastificado num equipamento similar à uma
extrusora. Só que nesse caso, após a plastificação do polímero, o parafuso atua como
um êmbolo, injetando-o de uma vez só num molde. É o processo de transformação
mais popular, respondendo por 60% do parque de máquinas nacional.

Calandragem:

Processo de transformação de plásticos parecido com a laminação de metais. A
resina, na forma de massa ou chapas espessas, é conformada através da passagem
entre rolos altamente polidos, aquecidos e sob grande pressão. Esse é o método ideal
para a produção de produtos planos, como filmes, encerados, cortinas, chapas para
piso etc.

Termo moldagem:

Processo de transformação que consiste em impelir contra a superfície de um molde,
por ação de uma pressão mecânica (no caso de moldes fechados), ou usando o vácuo



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(no caso de moldes abertos), uma folha de plástico aquecida. Esse é o método ideal
para a produção de chapas onduladas de PVC.

Moldagem por sopro:

Processo de transformação de plásticos utilizados na fabricação de produtos vazados.
Consiste na extrusão ou injeção de um tubo semimanufaturado (parison), que a
seguir é envolvido por um molde e soprado. É ideal para a fabricação de garrafas,
embalagens, bóias, tanques de combustível, etc.

Processamento de Termorrígidos (ou termofixos)

Moldagem por compressão:

Processo de moldagem que consiste na introdução de uma resina termoendurecível,
que pode ser pré-aquecida, num molde quente contendo uma ou mais cavidades na
parte inferior. A parte superior, popularmente chamada de "molde macho", desce e
comprime a resina plástica. Esse procedimento pode ser feito a frio ou a quente, por
via úmida ou por via seca, e é normalmente utilizado para o processamento de peças
lisas utilizadas na fabricação de carrocerias para a indústria automobilística.

Moldagem por transferência:

É o processo para moldagem de plásticos como resinas fenólicas, uréias, melaminas e
resinas alquilamidas. Ele difere da moldagem por compressão pela maneira através
da qual o material e introduzido na cavidade do molde. Nesse procedimento, o
material não é introduzido diretamente na cavidade, mas numa câmara exterior
(câmara de carga). Depois de o molde estar fechado, o material previamente
aquecido é transferido da câmara de carga por um êmbolo que o injeta através de
canais apropriados no molde. Após o material moldado passar pelo período de cura,
transformasse num material polimérico rígido reticulado, e então a peça é ejetada
do molde.



Principais características dos plásticos

Devido à quantidade de materiais poliméricos existentes, e considerando que hoje
em dia não é mais tão complicado que esses materiais sejam combinados e
recombinados em laboratório, gerando novos materiais; fica difícil identificar todos
os polímeros, e também as suas características particulares. Por isso, vamos tentar
definir algumas características base que tornam mais fácil a identificação e
classificação desses materiais.

Massa volumétrica: a pequena massa volumétrica é uma característica comum a
todos os tipos de plásticos. Essa é a característica responsável pela sua leveza.

Peso molecular: durante o processo de polimerização, não são gerados monômeros
com um mesmo peso molecular - daí, quando falamos do peso molecular de um
determinado polímero, estamos falando sempre de um valor médio característico.
Essas médias podem ser relacionadas com propriedades mecânicas dos polímeros,




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através de relações empíricas. Os polímeros de peso molécula muito baixo são mais
maleáveis, já os de peso molecular mais alto, são mais firmes - porém mais difíceis
de processar.

Cristalinidade e amorfismo: quando estão em seu estado sólido, os polímeros podem
ter dois tipos de morfologia: amorfo ou semicristalino.



Categorização de Parâmetros

Existem vários parâmetros que devem ser controlados na transformação do plástico,
mas eles podem ser agrupados em quatro categorias principais:


                                  Temperatura;
                                  Pressão;
                                  Tempo; e
                                  Distância.



Temperatura.

Aqui consideramos o valor e/ou frio que incidem sobre o material, sobre o seu molde
(quando necessário) e a temperatura utilizada no óleo da máquina. A primeira
preocupação é determinar a temperatura adequada para lidar com o tipo de plástico
na atividade a ser realizada. Em seguida, vêm a preocupação com o molde, uma vez
que a função dele é dar uma forma específica ao material enquanto ele esfria e
solidifica. Já a temperatura do óleo é uma preocupação quando falamos de
maquinário hidráulico: se ele estiver muito frio, ele ficará grosso e não irá fluir bem;
se ele estiver muito quente, irá se tornar um líquido fino, repleto de partes de outros
materiais presentes na máquina e isso poderá entupir as passagens dos mecanismos
hidráulicos internos ao sistema.

Pressão.

O sistema de moldagem normalmente fornece uma pressão regulada de fábrica na
casa dos 13 MPa, podendo ser ajustada para cima ou para baixo de acordo com a
aplicação necessária. Por exemplo, a pressão de injeção pode ser ajustada de
aproximadamente 03 MPa para um material plástico de fluxo rápido, até 138 MPa ou
mais, para materiais altamente viscosos. Os tipos de pressão mais comumente
mencionados são pressão específica de injeção e pressão de recalque.

Tempo.

O tempo necessário para trabalhar com determinado material plástico depende da
quantidade de material que estamos trabalhando, do tipo de transformação que está
sendo realizada, da viscosidade do material e da capacidade das máquinas utilizadas.
Mas não é só isso. Não devemos encarar o tempo somente de maneira geral, do início
da fabricação da peça/produto até a sua finalização. Existem outros tempos parciais
que devem ser conhecidos e monitorados durante a fabricação, tais como: tempo de
resfriamento e tempo de cura.



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Distância.

O parâmetro final que devemos analisar é a distância. Embora seja o último nessa
lista de prioridades, controlar a distância é fundamental para produzir produtos de
alta qualidade e de custo acessível. Isso acontece, pois, o excesso de distância entre
as etapas e procedimentos seqüências pelos quais o material deve passar nada mais é
que desperdício de tempo. E como diz o ditado: “tempo é dinheiro”!


Resumo


      O termo “plástico”, quanto utilizado para descrever materiais industriais, é
       definido como qualquer composto polimerizado, orgânico e complexo capaz
       de ser moldado. Plásticos são feitos através do refinamento de produtos
       comuns ao petróleo; onde o óleo cru e o gás natural são os blocos de
       construção principais.

      Os plásticos são divididos em dois grupos, de acordo com suas características
       de fusão ou derretimento: termoplásticos e termorrígidos.

      Termoplásticos: é o polímero que, quando é elevado em sua temperatura, sua
       maleabilidade aumenta, chegando a um ponto semelhante ao de materiais
       fundidos.

      Termorrígidos: são aqueles que uma vez moldados não podem ser fundidos e
       remodelados, portanto não são recicláveis mecanicamente.

      Os materiais feitos de plástico são confeccionados através da polimerização.
       Dentro desse processo existem 03 maneiras comuns de polimerização de
       materiais: por adição, por condensação e por combinação.

      Os termoplásticos podem ser processados de diversas maneiras: por extrusão,
       injeção, calandragem, termo moldagem e moldagem por sopro. Já os
       termorrígidos, podem ser processados principalmente por compressão e
       transferência.

      Existem mais de 100 parâmetros que devem ser controlados na transformação
       e moldagem de plástico. Esses parâmetros podem ser agrupados em 04
       categorias: tempo, temperatura, pressão e distância.

      As propriedades do material plástico podem ser alteradas de maneira
       significativa apenas ajustando os parâmetros acima.




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Exercícios

1. Assinale a opção correta:

   a. Eles são feitos através de refinamento de produtos comuns ao petróleo:

       (   )   Moléculas
       (   )   Plásticos
       (   )   Condensação

   b. O que é um monômero?

       (   )   É um composto único de moléculas
       (   )   É um composto duplo de moléculas
       (   )   É um composto unificado

   c. De acordo com suas características de fusão ou derretimento, os plásticos são
      divididos em dois grupos. Quais são estes grupos?

       (   )   Polimerização e Monômero
       (   )   Termoplásticos e Termorrígidos
       (   )   Termoplásticos e Polimerização

   d. Quais são as três maneiras comuns de polimerização de materiais?

       (   )   Adição, condensação e combinação
       (   )   Adição, subtração e combinação
       (   )   Adição, moléculas e combinação

   e. Na transformação do plástico existem vários parâmetros que devem ser
      controlados. Eles são agrupados em quatro categorias que são:

       (   )   Temperatura, condensação, tempo e distância
       (   )   Temperatura, pressão, tempo e combinação
       (   )   Temperatura, pressão, tempo e distância




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2. Ligue os termos aos seus respectivos conceitos.


                                                           . É um material polimérico
a. AMORFO OU SEMICRISTALINO      .                         sintético que quando sujeito
                                                           à ação de calor, facilmente
                                                           se deforma.

                                                           . É o processo para
b. TERMORRÍGIDOS   .                                       moldagem de plásticos como
                                                           resinas fenólicas, uréias,
                                                           melaminas e resinas
                                                           alquilaminas.

                                                           . Quando estão no seu
c. MOLDAGEM POR SOPRO      .                               estado sólido, os polímeros
                                                           podem ter dois tipos de
                                                           morfologia.

                                                           . Processo de
d. TERMOPLÁSTICO   .                                       transformação de plásticos
                                                           utilizados na fabricação de
                                                           produtos vazados.

                                                           . Quando aquecidos ficam
                                                           quebradiços e não podem ser
e. MOLDAGEM POR TRANSFERÊNCIA        .                     remodelados. Eles não
                                                           fundem e não oferecem
                                                           condições para reciclagem.




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3. Palavras-cruzadas:




 Verticais:                                           Horizontais:

                                                      1. Processo de transformação de
 2. Ele remove átomos específicos de                  plásticos similar à fundição de metais
 cada molécula, permitindo assim que                  sob pressão.
 as moléculas se interliguem.
                                                      4. Reação causada pela combinação de
 3. É definido como qualquer composto                 moléculas menores com um catalisador
 polimerizado, orgânico e complexo                    sobre pressão e com calor.
 capaz de ser moldado.
                                                      5. Processo de fabricação de um
                                                      semimanufaturado contínuo de
                                                      plástico.




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                                                              Capítulo 03:
                   História e Conceitos Básicos da
                            Produção da Borracha.
Introdução

A história da indústria da borracha no Brasil está profundamente ligada a interesses
políticos e econômicos. Nesse capítulo, veremos brevemente o surgimento e
exploração da borracha no Brasil, bem como alguns conceitos básicos sobre os tipos
de borracha existentes e seu fluxo de produção. Aperte o cinto, e aproveite a
viagem.

Uma breve história mundial da borracha


A borracha já era conhecida dos índicos bem antes da América ser descoberta. No
ano de 1525, P. d'Anghieria fez relatos de índios mexicanos jogaram com bolas
elásticas. Durante uma viagem ao Peru em 17235, Charles de la Condamine entrou
em contato com a borracha e foi o primeiro a fazer um estudo científico sobre ela.
Um engenheiro francês, Fresnau, que la Condamine havia encontrado na Guiana,
estudara a borracha no local e concluíra que esta não era senão "uma espécie de óleo
resinoso condensado".

Mas que utilidade encontraram todos esses europeus ao novo achado das Américas? A
primeira utilização encontrada para a borracha foi como apagador, proposto por
Magellan (descendente de um célebre navegador). Na Inglaterra o produto recebeu o
nome "India Rubber", ou "Raspador da Índia". Em Portugal, e por conseqüência no
Brasil, o nome "borracha" também se originou de uma das primeiras aplicações úteis
para o produto. Os portugueses utilizaram a borracha na fabricação de botijas, em
substituição às chamadas "borrachas de couro" utilizadas no transporte de vinho.

Macquer, retomando os trabalhos de la Condamine, indicou pela primeira vez o modo
de fabricação de tubos flexíveis de borracha. Desde então, numerosos artesãos se
interessaram pela borracha: o ourives Bernard, o boticário Winch, Grossart,
Landolles, entre outros. Em 1820 um industrial inglês, Nadier, fabricou fios de
borracha e procurou utilizá-los em acessórios de vestuário. Por volta dessa época,
começou a reinar na América a febre da borracha: os calçados impermeáveis dos
índios faziam sucesso. Produziam-se tecidos impermeáveis e botas de neve na Nova
Inglaterra.

Em 1832 foi criada a fábrica de Rosburg. Infelizmente, as alterações que os artefatos
de borracha natural não vulcanizada sofriam sob a influência do frio (tornando-se
quebradiços) e o inconveniente de se aderirem uns aos outros caso ficassem expostos
aos raios de sol, desinteressaram os consumidores. Após tentar desenvolver por um
longo período um processo para o melhoramento das qualidades da borracha




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(incorporação de ácido nítrico, por exemplo) e ser levado à ruína, Goodyear
descobriu acidentalmente, em 1840, a vulcanização.

Em 1845 R.W. Thomson inventou o pneumático, a câmara de ar e até a banda de
rodagem ferrada. Em 1850 fabricavam-se brinquedos de borracha, bolas ocas e
maciças (para golfe e tênis).A invenção do velocípede por Michaux, em 1869,
conduziu à invenção da borracha maciça, depois da borracha oca e, por último, à
reinvenção do pneu, pois a invenção de Thomson havia caído no esquecimento.
Payen estudou as propriedades físicas da borracha, do mesmo modo que Graham,
Wiesner e Gérard.

Finalmente, Bouchardt realizou a polimerização do isopreno, entre 1879 e 1882,
obtendo produtos de propriedades semelhantes à borracha. O primeiro pneumático
para bicicleta data de 1830. Em 1895 Michelin teve a idéia audaciosa de adaptar o
pneu ao automóvel. Desde então a borracha passou a ocupar um lugar preponderante
no mercado mundial.

Sendo a borracha importante matéria-prima e dado o papel que vem desempenhando
na civilização moderna, logo foi despertada a curiosidade dos químicos para conhecer
sua composição e, posteriormente, sua síntese. Desde o século XIX trabalhos vem
sido feitos com esse objetivo, logo se esclarecendo que a borracha é um polímero do
isopreno.

Os russos e os alemães foram os pioneiros nos trabalhos de síntese da borracha. Mas
os produtos obtidos não suportaram a concorrência da borracha natural. Somente
com a Primeira Guerra Mundial a Alemanha, premida pelas circunstâncias, teve de
desenvolver a industrialização de seu produto sintético. Foi o marco inicial do grande
desenvolvimento da indústria de borrachas sintéticas, ou elastômeros, no mundo.

    Curiosidade:

    Em 1815, Hancock, um modesto serralheiro, tornou-se um dos maiores fabricantes
    do Reino Unido. Ele havia inventado um colchão de borracha e, associado a Mac
    Intosh, fabricava as famosas capas impermeáveis "mac intosh". Além disso, havia
    descoberto e realizava industrialmente o corte, a laminação e a prensagem da
    borracha. Tinha verificado a importância do calor na prensagem e construído uma
    máquina para este fim.

    Mac Intosh descobriu o emprego da benzina como solvente e Hancock preconizou a
    prévia "mastigação" e aquecimento, para obter uma perfeita dissolução da borracha.
    Hancock descobriu também a fabricação de bolas elásticas. Por fim, Hancock, em
    1842, de posse da borracha vulcanizada de Goodyear, procurou e encontrou o
    segredo da vulcanização, fazendo enorme fortuna.

       Fonte: http://www.mucambo.com.br/novosite/institucional/historiadaborracha.pdf



A borracha no Brasil: os "ciclos da borracha"

O chamado "ciclo da borracha" é uma fase muito importante na história social e
econômica do Brasil, especialmente na região da Amazônia. Ele se refere ao período
de extração e comercialização da borracha, responsável pela grande expansão da



                                                50
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Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e Borracha

  • 1. BOAS PRÁTICAS DE PRODUÇÃO NA INDÚSTRIA DO PLÁSTICO E DA BORRACHA
  • 2.
  • 3. PREFEITURA DE DIADEMA O PDS - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha faz parte do Programa da Melhoria da Competitividade Industria, promovido pela Prefeitura de Diadema e implementado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Trabalho. O objetivo principal deste programa é o de fomentar o desenvolvimento das indústrias de Diadema e região, visando a melhoria da competitividade, rentabilidade e sustentabilidade de forma inovadora. Os principais objetivos desse programa são: - Suprir as deficiências de gestão das empresas através de capacitação de seus gestores e colaboradores; • Disseminar o conceito de inovação e apresentar ao empresário a importância da inovação e da sua utilização como estratégia de desenvolvimento da empresa; • Apresentar às empresas os instrumentos de inovação disponíveis; • Realizar cursos/treinamentos de gestão e inovação; • Promover Encontros Tecnológicas setoriais visando debater os problemas, soluções e tendências do setor sob o aspecto da inovação; • Apresentar as linhas de crédito e financiamento à P,, D & I disponíveis nas p f p instituições de fomento e apoio à inovação; • Estimular a internacionalização da empresa e a busca a novos mercados nacionais e internacionais;
  • 4. SINDIBOR S SINDICATO DA INDÚSTRIA DE ARTEFATOS DE BORRACHA C O ÚS OS O C NO ESTADO DE SÃO PAULO O Sindicato da Indústria de Artefatos de Borracha no Estado de São Paulo -SINDIBOR, representa há mais de 77 anos os interesses da indústria paulista de artefatos de borracha. O segmento gera aproximadamente 80.000 empregos diretos, além de ocupar indiretamente outros 60.000 p f profissionais. Estima-se que, do total nacional, 68% das indústrias de artefatos de borracha estejam localizadas no Estado de São Paulo, onde a demanda por acabados corresponde a 70% da produção nacional, estimada em 1.300.000 toneladas. Cerca d 180 empresas f C de formam o cadastro d empresas associadas ao d de i d SINDIBOR, cuja produção é direcionada aos mais variados segmentos, com destaque para automotivo, construção civil, saúde, mineração, calçadista e petrolífero, entre outros. Finalmente, sabedora de seu papel participativo na sociedade, o SINDIBOR envolve-se permanentemente em atividades de Responsabilidade Social, através de participações na Fundação ABRINQ - Nossas Crianças e Instituto Empresarial de Apoio à Formação da Criança e do Adolescente - PRÓ-CRIANÇA.
  • 5. SINDIPLAST SINDICATO DA INDÚSTRIA DE MATERIAL PLÁSTICO DO ESTADO DE SÃO PAULO O Sindiplast – Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de São Paulo – mantém uma atuação pró-ativa em relação às questões políticas e conjunturais que afetam o setor d t f t t de transformação d materiall plá ti F d d em 1941 o Si dipl t f ã de t i plástico. Fundado 1941, Sindiplast representa atualmente 4136 empresas em todo o estado de São Paulo. Sua missão básica é favorecer o desenvolvimento do setor de transformação de material plástico. O Sindiplast participa de diversos Fóruns de Competitividade do Ministério do Desenvolvimento, Desenvolvimento Indústria e Comércio com atuação mais intensa naqueles Comércio, relacionados à cadeia produtiva do setor, que tem como principais objetivos: promover a reorganização da indústria de transformação do plástico a fim de aumentar sua competitividade; reverter o déficit da balança comercial do setor e criar condições favoráveis para a redução da informalidade de forma a propiciar um crescimento sustentável. Além dessas ações, ainda oferece serviços aos seus associados, como: consulta para a verificação da existência de produtos similares no mercado; orientação e assessoria em questões de ordem tributária, civil, trabalhista e comercial, por meio de convênios com grandes escritórios de advocacia; consultoria e suporte para participação em feiras no Brasil B il e no exterior e t d o acompanhamento fi l e aduaneiro com vistas à t i todo p h t fiscal d i it exportação. Atua ainda, como representante nas negociações trabalhistas com as entidades representativas dos empregados do setor no Estado.
  • 6. ABDI AGÊNCIA BRASILEIRA DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL A Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial, entidade ligada ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, foi instituída em dezembro de 2004 com a missão de promover a execução da Política Industrial do Brasil (PDP), em consonância com as políticas de Comércio Exterior e de Ciência e Tecnologia (Lei 11.080). Ainda no âmbito da PDP, a ABDI é responsável por coordenar as ações e p og programas dos chamados Destaques Estratégicos, iniciativas que tratam de s c dos est q es st tég cos, c t s q e t t questões fundamentais para desenvolver a indústria brasileira, perpassando diversos complexos produtivos. Neste nível, foram estabelecidas iniciativas de grande relevância para seis dimensões de destaque: ampliação das exportações; fortalecimento das micro e pequenas empresas; regionalização; integração produtiva da América Latina e Caribe, com foco inicial no Mercosul; integração com a África; e produção sustentável sustentável. O principal enfoque da ABDI está nos programas e projetos estabelecidos pela Política de Desenvolvimento Produtivo - PDP, da qual é Secretaria Executiva, ao lado do Ministério da Fazenda e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social – BNDES Nesta função cabe à ABDI o monitoramento programático da BNDES. função, Política, por meio do Sistema de Gerenciamento de Projetos já utilizado pela Agência. O Sistema permite o monitoramento contínuo das ações que integram a PDP, possibilitando a emissão de relatórios periódicos, a análise de indicadores associados à evolução das metas compromissadas, e, principalmente, seu acompanhamento pelo setor privado.
  • 7. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha
  • 8. Créditos: Kaptiva Consultoria e Desenvolvimento Ltda. 2010 Coordenação Pedagógica: Priscilla Nunes. Projeto Gráfico-Editorial: Elaine Santos. Tratamento de linguagem e revisão do texto: Kaptiva. 2 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 9. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Apresentação: O que esperamos que você seja capaz de fazer com este material? Seja bem-vindo à cartilha “Boas Práticas de Produção da Indústria do Plástico e da Borracha”. Esperamos que com esse material, você seja capaz de colocar a sua empresa em um novo rumo – um rumo muito mais sintonizado com as constantes mudanças do mercado, e com a necessidade de se aperfeiçoar sempre. Essa cartilha está dividida em 06 Unidades:  Unidade 01: Conceitos Práticos sobre Boas Práticas. Nessa primeira unidade, procuramos mostrar para você um painel geral do que está envolvido na adoção de Boas Práticas, as lições da história e do presente momento, e todos os elementos presentes na maioria das empresas que podem atuar tanto quanto incentivadores, quanto como barreiras na aplicação de um programa de Boas Práticas. Estar ciente desses elementos é parte fundamental para conseguir trabalhar com eles.  Unidade 02: Conceitos Básicos sobre a Indústria do Plástico. Na segunda unidade, sintonizamos com a sua indústria e alguns elementos básicos que muitas vezes deixamos de olhar no dia-a-dia. Por exemplo, revemos o que são os plásticos e seus principais produtos.  Unidade 03: Conceitos Básicos sobre a Indústria da Borracha. Qual é a história da produção da borracha no Brasil? quais os principais tipos de borracha fabricados e como funcionaria um controle de qualidade adequado na indústria da borracha? Essas são questões que a unidade tenta ajudar a responder.  Unidade 04: Conceitos para melhoria da produção nas indústrias. Não importa se falamos em plástico ou borracha, será preciso saber como planejamos um layout eficiente e todos os custos envolvidos na operação da Indústria. Sem esses conhecimentos sobre “o que medir”, seria impossível adotar melhorias (melhorias em relação a que?).  Unidade 05: Análises necessárias. Na terceira unidade vamos verificar mais a fundo um panorama da organização que deve ser considerado para a implantação de Boas Práticas? Como está o comprometimento da alta direção da empresa, dos supervisores e dos empregados? Existe algum aspecto ao qual devemos estar atentos para que o nosso esforço não seja jogado por água abaixo?  Unidade 06: As Ferramentas e as Técnicas para as Boas Práticas. Na quarta unidade oferecemos as ferramentas e técnicas para colocar as coisas para funcionar. Como organizar as mudanças? Como planejá-las? Como verificar nosso desempenho atual, levar as pessoas a trabalhar em consenso 3 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 10. em busca de um objetivo e como analisar estatisticamente os efeitos conseguidos? Nessa unidade você irá encontrar as ferramentas. Por ser um material bem extenso e completo, oferecemos a seguir uma forma de acompanhar o seu desenvolvimento. A idéia é que você divida seus estudos em 03 momentos:  Leitura individual do material.  Resolução dos exercícios propostos.  Aplicação no seu dia-a-dia. Uma ferramenta também muito eficaz para o aprendizado é ensinar. Se existem mais pessoas em sua empresa que se beneficiariam com esse conteúdo, trabalhe como agente disseminador: ao finalizar cada um dos capítulos, elabore uma maneira de explicar esse conteúdo a outra pessoa. Não se limite a emprestar a apostila para leitura – pense em como você explicaria os itens principais a outra pessoa, dentro do que seria interessante para a sua empresa. Guia de estudo: UNIDADE 01 Aplicação no Útil para outra Capítulo Leitura Exercícios dia a dia. pessoa? Quem? Capítulo 01 Capítulo 02 UNIDADE 02 Aplicação no Útil para outra Capítulo Leitura Exercícios dia a dia. pessoa? Quem? Capítulo 03 UNIDADE 03 Aplicação no Útil para outra Capítulo Leitura Exercícios dia a dia. pessoa? Quem? Capítulo 04 UNIDADE 04 Aplicação no Útil para outra Capítulo Leitura Exercícios dia a dia. pessoa? Quem? Capítulo 05 Capítulo 06 UNIDADE 05 Aplicação no Útil para outra Capítulo Leitura Exercícios dia a dia. pessoa? Quem? Capítulo 07 Capítulo 08 Capítulo 09 4 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 11. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha UNIDADE 06 Aplicação no Útil para outra Capítulo Leitura Exercícios dia a dia. pessoa? Quem? Capítulo 10 Capítulo 11 Capítulo 12 Capítulo 13 Capítulo 14 Exercícios: Os exercícios estão divididos em 02 tipos: com resolução e para reflexão. Os exercícios com resolução (identificados ao longo da cartilha simplesmente como “exercícios”) possuem respostas que podem ser verificadas ao final da apostila. Os exercícios para reflexão (identificados ao longo da cartilha como “exercícios para reflexão”) são para a reflexão e aplicação prática na sua empresa, e não possuem resposta correta – pelo menos não uma que possamos fornecer via gabarito. Esperamos que você aprenda muito e possa aplicar muito mais em sua empresa. Bons estudos! 5 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 12. 6 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 13. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Índice: Encontre o que está procurando aqui. UNIDADE 01: CONCEITOS BÁSICOS SOBRE BOAS PRÁTICAS Capítulo 01: Boas Práticas e o Gerenciamento da Qualidade na Produção.  Definição, princípios e conceitos. 13  Lições da História e de Hoje. 15  Forças Modernas. 16 o Competição Global. 16 o Mudanças tecnológicas. 16 o Forças Sociais e a Ética no Trabalho. 16  Resumo. 17  Exercícios. 18 Capítulo 02: Principais elementos da criação de Boas Práticas.  Introdução. 21  Visão Organizacional. 21  Remoção de Barreiras. 23  Comunicação. 24  Avaliação Contínua. 26  Melhoria Contínua. 26  Relacionamento cliente/fornecedor. 27  Autonomia aos empregados. 28  Treinamento. 28  Implementação. 29  Resumo. 30  Exercícios. 32 UNIDADE 02: CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A INDÚSTRIA DO PLÁSTICO Capítulo 03: Principais conceitos e Materiais.  Introdução. 37  A definição de plástico. 37  Polimerização. 37  Divisão dos Plásticos. 38  Confecção. 38  Processamento dos termoplásticos. 39  Processamento dos termorrígidos. 40  Principais características. 40  Categorização de parâmetros. 41  Resumo. 42  Exercícios. 43 7 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 14. UNIDADE 03: CONCEITOS BÁSICOS SOBRE A INDÚSTRIA DA BORRACHA Capítulo 04: História e Conceitos Básicos da Produção da Borracha.  Introdução. 49  Uma breve história mundial da borracha. 49  A borracha no Brasil: os "ciclos da borracha". 50  Dados sobre a Indústria da Borracha na Atualidade. 51  Introdução aos Polímeros, Elastômeros e Borrachas. 52  A Qualidade na Produção da Borracha. 57  O Controle de Qualidade na Indústria da Borracha. 58  Esboço de um Sistema de Controle de Qualidade. 59  Matérias-Primas. 60  Misturação. 60  Calandragem e Extrusão. 61  Vulcanização. 62  Inspeção Final. 63  Resumo. 64  Exercícios. 65 UNIDADE 04: CONCEITOS PARA MELHORIA DAPRODUÇÃO NAS INDÚSTRIAS. Capítulo 05: Planejamento do Layout.  Introdução. 69  Objetivos do Layout. 69  Uso efetivo do chão de fábrica. 70  Construindo os planos de layout de máquinas e células de produção. 71  Otimização do fluxo de produção. 76  Criando critérios para o local. 77  Considerações Geográficas sobre o local. 78  Resumo. 78  Exercícios. 79 Capítulo 06: Determinando custos.  Introdução. 81  Requisitos de Capital. 81  Departamento de Manutenção. 85  Custos de Operação. 85  Análise do Custo por produto. 87  Determinando o preço da peça. 88  Resumo. 89  Exercícios. 90 UNIDADE 05: ANÁLISES NECESSÁRIAS. Capítulo 07: Análises necessárias no nível empresarial.  Introdução. 95  Cultura corporativa. 96 8 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 15. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha  Liderança. 98  Planejamento Estratégico. 99  Gerenciamento da Mudança. 100  Resumo. 103  Exercícios. 104 Capítulo 08: Análises necessárias no nível da supervisão.  Introdução. 107  Motivação. 107  Comprometimento dos Empregados. 109  Construção de Equipes. 110  Resumo. 111  Exercícios. 112 Capítulo 09: Análises necessárias no nível individual.  Introdução. 113  Gerenciamento do estresse. 113  Gerenciamento do tempo. 116  Criatividade e inovação. 119  Resumo. 120  Exercícios. 121 UNIDADE 06: AS FERRAMENTAS E TÉCNICAS PARA AS BOAS PRÁTICAS. Capítulo 10: Organização.  Introdução. 125  Diagramas de causa efeito. 125  Folhas de verificação e coleta de dados. 130  Apresentação de Dados. 132  Fluxogramas e análise de entrada-saída. 138  Análise do fluxo de trabalho. 141 Capítulo 11: Planejamento.  Introdução. 143  Ciclo de Deming. 143  Análise dos campos de força. 146  Estabelecimento de metas. 149  Desdobramento da função qualidade. 152 Capítulo 12: Auto-análise  Introdução. 157  Auditoria. 157  Marcos de excelência. 159  Modo de falhas e análise de efeitos. 160  Senso comum. 162  Custo da qualidade. 163  5W1H. 164 9 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 16. Capítulo 13: Técnicas de Grupo.  Introdução. 167  Brainstorming. 167  Técnica de Delphi. 169  Técnica de nomeação de grupo. 172  Círculo da qualidade. 173 Capítulo 14: Ferramentas Estatísticas.  Introdução 175  Medidas estatísticas e amostragem. 175  Cartas de controle. 176  Projeto de experimentos. 177  Análise de Pareto. 178 ELEMENTOS FINAIS  Gabaritos. 181  Glossário. 189  Referências. 195 10 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 17.
  • 18. 12 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 19. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Capítulo 01: Boas práticas e o Gerenciamento da Qualidade na Produção. Definição, Princípios e Conceitos O que são boas práticas? Você deve estar se perguntando o que são “Boas Práticas”. Ainda mais ao se estabelecer “Boas Práticas de Fabricação na Indústria Transformadora do Plástico e na Indústria da Borracha”. Por mais que possa parecer óbvio, “boas práticas” referem-se às melhores práticas a serem executadas em uma determinada tarefa, processo ou projeto – e é claro que isto está profundamente ligado à introdução de padronizações, indicadores e verificação da eficiência, pois, adotar “boas práticas” em qualquer setor nada mais é do que adotar um compromisso completo com a excelência e a qualidade. O gerenciamento da qualidade na produção combina diversas técnicas básicas de administração com esforços de melhoria contínua dos processos, diminuição dos custos, visão de mercado e claro: preocupação com o meio ambiente. No Brasil, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos a fim de garantir a qualidade sanitária e a conformidade dos produtos alimentícios com os regulamentos técnicos. Essa preocupação se estende para a área de embalagens, tanto de alimentos quanto de medicamentos. No entanto, não é preciso esperar que exista regulamentação Federal para que as empresas trabalhem na adoção de Boas Práticas. 13 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 20. Ao adotar processos melhores podemos perceber:  Aumento da produtividade;  Redução de custos e desperdícios;  Aumento da competitividade, etc. A adoção de um programa de Boas Práticas deve, para funcionar corretamente: 1. Contar com a participação e colaboração das lideranças da empresa; 2. Se basear em uma cultura empresarial voltada para a melhoria contínua; 3. Satisfazer as necessidades e expectativas dos clientes e do mercado; 4. Conquistar os indivíduos em um nível pessoal na melhoria de seus processos de trabalho; 5. Reconhecer que as pessoas são o recurso mais importante, criando relacionamentos construtivos e com trabalho em equipe. Além disso, é preciso mudar o foco do resultado para o processo. Isso não quer dizer que o resultado obtido não importe, muito pelo contrário. Em muitas empresas, quando o foco está exclusivamente nos resultados, é comum que não se pense muito na maneira como esses resultados são obtidos. Você deve conhecer a frase: Pois bem, através da adoção de Boas Práticas “Os fins justificam é exatamente esse os meios” comportamento que queremos evitar. Focando nos processos, e em todas as etapas que os compõe, podemos verificar se cada uma das atividades está sendo realizada da melhor forma possível – e conseqüentemente, isso terá impacto positivo nos resultados finais. Com essa preocupação, evitamos aquela casa limpinha, na qual a sujeira se joga para baixo do tapete. 14 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 21. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Lições da História e de Hoje Se você ainda não está convencido da importância de adotar Boas Práticas, de se comprometer com a melhoria contínua dos processos de sua empresa, talvez a lista a seguir lhe ajude a pensar a respeito. Ela nos apresenta 10 lições sobre a história das nações que eram líderes no cenário econômico, e remotamente industrializadas, publicadas no trabalho “A two minute warning” (algo como “o aviso de 02 minutos”), dos autores Grayson e O’Del: 1. Complacência é o câncer da liderança. 2. Os líderes não tomam conhecimento do crescimento daqueles que estão em progresso. 3. As taxas de crescimento são pequenas e não são adotadas medidas até que seja tarde demais. 4. Números são pobres estimadores do sucesso. 5. Os que estão em mudança possuem os “olhos de tigre” (desejo); os líderes podem perdê-los. 6. Os que estão em mudança dão ênfase à educação e às melhorias; os líderes somente quando o orçamento permite. 7. Os que estão em mudança copiam estratégias, os líderes encontram-nas sob os seus auspícios, mas muitas vezes não os põem em prática. 8. Os que estão em mudança orientam-se pelos clientes; os líderes por sua conveniência. 9. O protecionismo quebra os líderes e auxilia os que estão em mudança. 10. A habilidade dos líderes em mudar e reagir se perde com o tempo. Isso conta muito sobre o porquê das nações anteriormente líderes terem sido passadas para trás com a industrialização. E tenho a impressão que essa é uma história que empresa nenhuma gostaria de repetir. Mas infelizmente, mesmo nos dias de hoje, a maioria da empresas necessita de um empurrão externo para adotar Boas Práticas. Em uma pesquisa sobre 700 executivos da Grã-Bretanha1, verificou-se que 73% dos programas de melhoria são iniciados com base na demanda do cliente por melhores produtos e serviços. No entanto, no nosso cenário de alta competitividade, pensar em qualidade apenas quando nossos clientes apontam falhas é uma atitude reativa demais – até suicida. 1 LASCELLES e BARRIE 15 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 22. Forças Modernas Um dos grandes fatores que vêem alterando a forma como pensamos nossos negócios é o poder da força de trabalho – elas estão se deslocando de um local para o outro do planeta, em busca do equilíbrio financeiro em um sistema econômico que está cada vez mais complexo. Em um nível pessoal, os trabalhadores não procuram apenas boas remunerações – eles esperam encontram no ambiente de trabalho uma forma de realização e crescimento pessoal. As transformações que vemos são dificultadas pelas forças da competição global, pelas mudanças das tecnologias, no meio ambiente, no contexto social e pelas mudanças na ética de trabalho – e são as forças que modificam nossa maneira de trabalhar. Não podemos sanar o impacto negativo dessas forças simplesmente com a adoção de Boas Práticas. No entanto, estas permitirão que todos os recursos disponíveis na empresa estejam envolvidos na minimização desses impactos. Competição Global A melhoria nas formas de comunicação, nas formas de transporte e diminuição das barreiras comerciais aumentaram a competição em todos os setores. Matérias primas, produtos e em alguns casos até mesmo serviços podem ser contratados em qualquer lugar do planeta. Se a sua empresa não estiver apta a atender as demandas de seus clientes, outra estará. E essa outra pode ser tanto seu vizinho quanto uma empresa na China. Mudanças Tecnológicas Não estar atento para as mudanças tecnológicas pode varrer sua empresa do mapa de uma hora para a outra; veja, por exemplo, o que a indústria do Compact Disc (CD) fez pela indústria dos discos de vinil. Nesse aspecto, gerenciar a qualidade dentro da empresa reduz a turbulência pelas novas tecnologias, adotando-as ao invés de ignorá- las, uma vez que elas podem estimular novas oportunidades de negócio. Forças Sociais e a Ética no Trabalho “Nós passamos grande parte do nosso tempo no trabalho e um outro tanto mais nos capacitando, viajando a serviço e pensando à respeito dele. Para muitas pessoas entre as idades de 21 a 65 anos, o trabalho é primordial em suas vidas. Podemos nos casar, nos divorciar, ter a custódia das crianças por muito ou pouco tempo, mas durante grande parte de nossa vida quase sempre estaremos empregados. Com tal enfoque, não é surpreendente que as pessoas vejam o trabalho como um preenchimento e enriquecimento; algumas vezes podem até mesmo procurar uma motivação em seu trabalho.” (BROCKA, 1994) 16 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 23. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Toda angústia que o trabalhador típico carrega dentro de si faz com que sua mente se direcione para tudo, exceto suas tarefas. A adoção de boas práticas pode não resolver esse problema, mas pode ajudar na criação de um ambiente de trabalho no qual o tratamento humano e honesto possa ser encontrado juntamente com uma dose de estímulo. Resumo Nesse capítulo vimos que:  Boas Práticas são as melhores práticas a serem adotadas na execução de uma tarefa, processo ou projeto.  As principais vantagens na adoção de Boas Práticas estão no aumento da produtividade, na redução de custos e desperdícios e no aumento da competitividade empresarial.  Para que a adoção de um programa de Boas Práticas funcione corretamente, ele deve contar com o comprometimento de toda a empresa, das lideranças aos profissionais envolvidos diretamente na produção.  A adoção de Boas Práticas retira o foco do resultado e coloca o foco no processo, pois, os meios são tão importantes quanto os fins.  O contexto empresarial do século XXI está em constante mudança, onde a adoção de boas práticas ajuda a empresa a pelo menos manter uma cultura de sintonia com as modificações que estão acontecendo. 17 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 24. Exercícios 1. Assinale a opção correta: a. O termo “Boas Práticas” refere-se à: ( ) Melhores práticas a serem executadas apenas em uma determinada tarefa. ( ) Melhores práticas a serem executadas em uma determinada tarefa, processo ou projeto. ( ) Melhores práticas não executadas em uma determinadas tarefa, processo ou projeto. b. Ao adotar boas práticas estamos contribuindo entre outras para: ( ) Aumento da produtividade. ( ) Diminuição de produtos. ( ) Aumento de desperdícios. c. Os trabalhadores estão procurando mais do que boas remunerações, eles também buscam: ( ) Mais benefícios e tarefas. ( ) Realização e crescimento pessoal. ( ) Boas práticas com carga horária reduzida. d. Com a melhoria nas formas de comunicação, nas formas de transporte e diminuição das barreiras comerciais aumentamos: ( ) A competição em todos os setores. ( ) A competição no setor envolvido. ( ) A competição entre setores. e. Devemos direcionar o foco para todas as etapas que o compõem, para termos impactos positivos nos resultados finais. Estamos falando de: ( ) Boas Práticas. ( ) Processos. ( ) Resultado. 18 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 25. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha 2. Complete os espaços: a. Devemos nos basear em uma ___________ empresarial voltada para a melhoria contínua. b. É preciso mudar o foco do _____________ para o processo. c. Não podemos sanar o impacto negativo das forças simplesmente com a adoção de _____________ _____________. d. As transformações que vemos são dificultadas pelas forças da ______________ _____________, pelas mudanças das tecnologias, no meio ambiente, no contexto social e pelas mudanças na _____________ de trabalho. e. As nações anteriormente líderes foram passadas para trás com a _________________. 3. Palavras-cruzadas: Verticais: Horizontais: 1. Em qualquer setor nada mais é do 4. É preciso verificar se cada uma das que adotar um compromisso completo atividades está sendo realizada da com a excelência e a qualidade. melhor forma, para bons resultados 2. É preciso reconhecer que este é o no final. Estamos falando de: recurso mais importante, criando 5. A falta de atenção neste assunto relacionamentos construtivos e com pode varrer a empresa do mapa de trabalho em equipe. uma hora para outra. 3. Estabelece um conjunto de medidas que devem ser adotadas pelas indústrias de alimentos. 19 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 26. 20 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 27. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Capítulo 02: Principais elementos da Criação de Boas Práticas. Introdução Nesse capítulo veremos alguns dos fatores que devem estar resolvidos na empresa antes da implementação de um programa de Boas Práticas. Ignorar esses fatores é planejar o fracasso, pois são eles que garantem um solo fértil para que as iniciativas de melhoria possam florescer. Entre esses itens estão: 1. A visão organizacional da empresa. 2. A remoção de barreiras. 3. Preocupação com a comunicação. 4. Avaliação contínua. 5. Melhoria contínua. 6. Bom relacionamento com clientes e fornecedores. 7. Autonomia dos trabalhadores. 8. Treinamento. A seguir veremos em mais detalhes cada um desses aspectos. Visão Organizacional Você sabe qual a visão organizacional da sua empresa? Em uma definição simples, a visão organizacional é uma crença sobre o “porquê” a empresa existe e o que se propõe a realizar. Isso pode dar origem a um lema simples, como “produzir os melhores produtos, com o menor custo para nosso consumidor” quanto uma visão detalhada que englobe cada setor da empresa e suas finalidades. A essência da visão corporativa deve ser simples como um lema, de modo que todo empregado a conheça e, mais importante que isso, acredite nela. 21 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 28. Compare o lema da Starbucks “Recompensando momentos do dia-a-dia”, à declaração da missão da empresa: “Fazer da Starbucks a principal fornecedora do melhor café do mundo e, ao mesmo tempo, manter absoluta integridade de princípios ao se desenvolver2”. De qual dos dois é mais fácil se lembrar? Se formos habilidosos ao enunciar essa crença, ela pode fluir durante grandes mudanças dos produtos ou tecnologias. Por exemplo, se você fosse um construtor de carroças para cavalos no ano de 1910 e decidisse que faria apenas carroças de luxo, uma ou duas décadas depois você estaria falido. Porém se decidisse fornecer uma carroça independente da força que a movesse, você teria se adaptado rapidamente em função das novas mudanças. A visão estratégica precisa levar em conta tanto os clientes externos (consumidores e fornecedores) quanto os clientes internos (os empregados). Ela também precisa ser mais objetiva e prática; todos nós gostaríamos de ser “os melhores do mercado”, mas é preciso traduzir isso de uma forma objetiva através da qual possamos agir à respeito, como: “o mais rápido do mercado”, o “de mais baixo custo” etc. Além disso. Estabelecer apenas a visão não suficiente. Ela precisa ser demonstrada por meio das ações de toda a cadeia hierárquica, de maneira contínua, em todas as ações e iniciativas. Os empregados conhecer a verdadeira diferença entre a política da “porta aberta” e a da “meio aberta”. Exercício de Reflexão Escreva a visão estratégica/lema da sua empresa. Se você não se lembra dele, ou se ainda não existe um, essa é a hora de pensar em como ele deveria ser, contextualizando a sua participação de mercado e sua visão de futuro. Escreva como você acha que ele deveria ser. 2 KAWASAKI, 2006. 22 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 29. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Remoção de Barreiras A principal barreira encontrada no processo de implementação de Boas Práticas, melhoria contínua e gerenciamento da qualidade é uma só: a resistência à mudança. No entanto, se é para enfrentar resistência à mudança, é bem melhor que ela venha de pessoas diretamente envolvidas no processo de mudança, do que resistências que possa vir de deliberações administrativas. Estratégias recomendadas para a remoção de Barreiras: 1. Despreze os receios individuais e coletivos. 2. Encoraje e premie o pensamento criativo, mesmo que as idéias não estejam implementadas. 3. Divida o crédito pelo sucesso. 4. Reviste e renove os sistemas de avaliação de resultados. 5. Verifique o custo sobre o ciclo de vida do produto, e não sobre o resto inicial. 6. Estabeleça a inter-relação entre as tarefas e os projetos. Adaptado de BROCKA, 1994. As barreiras que encontramos na empresa não são, no entanto, impossíveis de se ultrapassar. Com um conjunto de técnicas simples podemos identificar as barreiras e inventar soluções criativas para ultrapassá-las. Identifique as barreiras: qualquer coisa que esteja no caminho da implementação deve ser considerada uma barreira. Isso significa que devemos examinar os procedimentos internos nas relações e interesses dos clientes e como o pessoal está distribuído – tudo que aparente ser uma barreira deve ser considerado. Nessa fase não devemos julgar a prioridade ou validade dos dados levantados, apenas colhe-los. A geração dessa coleta deve ser acompanhada por meio das técnicas descritas na unidade 04, “As ferramentas e as técnicas para as Boas Práticas”. Separe as barreiras em categorias: As barreiras identificadas e suas causas podem ser agora analisadas, embora ainda devamos manter em suspenso o julgamento sobre a validade. A categorização pode ser facilitada utilizando-se os diagramas de causa-efeito ou outras ferramentas de organização (capítulo 09). E fique atento para as barreiras que escondem ou mascarram outras: não é comum que uma montanha de problemas seja causada por algumas poucas dificuldades. 23 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 30. Estabeleça prioridades: Agora sim é hora de priorizar. Isto deve ser feito com a utilização de ferramentas como a “Análise de Pareto” (capítulo 13), diagramas de causa-efeito (capítulo 09) ou a técnica de Delphi (capítulo 10). Para que se estabeleça um processo objetivo, alguns cuidados deverão ser tomados, evitando que o processo seja influenciado pela gerência ou por algum “agente oculto”. Nesse estágio as barreiras devem ser analisadas de acordo com a seriedade do problema. Solucione o problema: Aqui devemos chegar à raiz do problema, não apenas lidar com os sintomas. Na medicina, o alívio dos sintomas permite ao paciente pensar que está curado e, mesmo que não esteja tratado, ele poderá se recupera no mesmo período de tempo, como poderá também jamais se recuperar. As empresas doentes não se recuperam ao longo do tempo. Se os seus sintomas estiverem maquiados. Na melhor das hipóteses, o mascaramento dos sintomas pode demonstrar em um quadro de melhora irreal. Objetivos e estratégias para resolução de problemas: A preocupação com a resolução de problemas pode gerar uma série de medidas que podem necessitar de meses ou até anos para serem realizadas. Os objetivos devem ser realistas e realizáveis com os recursos disponíveis, com estratégias que garantam que os objetivos possam ser acompanhados. Não se esqueça que os objetivos numéricos não são o mais importante. Uma melhoria de 15% sem estratégia é insignificantes. Objetivos numéricos podem também limitar o crescimento, em especial nas organizações acostumadas a trabalhar em torno de uma “média”, como ocorre em muitas situações de trabalho por tarefa (empreitada). Ao permitirmos que as pessoas trabalhem em seus pontos ótimos, sem prejudicar outros trabalhadores, teremos medidas mensuráveis sem estabelecer quotas numéricas. Comunicação “A Comunicação é a cola que solidifica tudo, as técnicas, as práticas, as filosofias e as ferramentas”. Ao falar de comunicação aqui, estamos nos referindo a três tipos de comunicação: escrita, verbal e não-verbal. Todas elas estão presentes em qualquer organização e sua condução adequada pode levar a resolução de diversos conflitos. Veremos à seguir cada uma delas em mais detalhes. 24 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 31. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Antes disso, no entanto, vale lembrar que todas formas de comunicação envolvem quatro elementos: o transmissor, o receptor, a mensagem e o meio de comunicação. O meio é o canal através do qual a mensagem é destinada e pode influenciar a mensagem. Isso pode ser percebido com um exemplo bem exagerado e simples: imagine em qual situação um funcionário se sentiria mais lisonjeado:  Sendo elogiado informalmente por seu supervisor; ou  Sendo elogiado publicamente em um evento na empresa? O mesmo funciona na situação oposta; o que você acharia menos constrangedor:  Ser repreendido informalmente por seu supervisor; ou  Ser repreendido publicamente em um evento da empresa. Tenha em mente que: boa parte dos conflitos causados por falhas de comunicação não são causados pelo “o que” é dito (mensagem), mas pela forma como é dito (meio). Comunicação escrita: As habilidades de escrita presentes sobretudo nos escritórios levaram muito tempo para chegar no atual nível de aperfeiçoamento. Os memorandos e relatórios são freqüentemente resultado de centenas de horas (estudos indicam que 21% a 70% do tempo gasto nos escritórios está ligado à manipulação de documentos e informações escritas) de trabalho, e sua finalização é decorrente de um bom tempo gasto para conseguir a forma correta. Dica: fuja da linguagem burocrática e escreva na voz ativa. O uso do espaço em branco e de elementos gráficos, tais como figuras e cartas, melhora a leitura de qualquer documento escrito. Comunicação Verbal: A comunicação verbal tem lugar em uma variedade de situações e suas formas são variadas. As principais habilidades da comunicação verbal são: falar em público e interação em pequenos grupos. Pesquisas mostram que falar em público assusta as pessoas mais do que a morte. Esse medo não diminui caso a pessoa precisa falar para um grupo de pessoas conhecidas; podendo ser até pior. Treinamento e prática parecem ser as melhores alternativas para superar as dificuldades. Já a interação de pequenos grupos (de conversas normais à popularmente conhecida “rádio peão”) não é sempre identificada como um tipo separado de discurso, mas quando mudanças e melhorias devem ser implementadas, é preciso estar atento sobre como esses pequenos grupos interagem. Comunicação não-verbal: Esse tipo de comunicação inclui a linguagem corporal. Antropólogos descobriram que as emoções são registradas no rosto independente da origem cultural. 25 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 32. Resolução de conflitos: A comunicação pode ser a causa e a cura dos conflitos que surgem na empresa. Um processo de resolução de conflitos precisa identificar os problemas por meio da identificação de quem, o que, por quê, quando e como3 de cada lado da situação e tratar ambos os competidores legítimos. Avaliação Contínua A realimentação, ou o popular “feedback” é fundamental para a aplicação de programas de Boas Práticas. É através dela que podemos identificar se os nossos objetivos estão direcionados e os resultados estão sendo aqueles que esperávamos. Os mecanismos de realimentação podem ser simples relatórios orais ou escritos, sistemas de informação ou análise estatística integrada a sistemas especializados. A chave é receber a informação a tempo para permitir o início da ação corretiva. Melhoria Contínua Ao contrário do que acontece com a inovação, que pode demandar grandes recursos, um compromisso com a melhoria contínua é mais fácil de gerenciar pois utiliza os talentos de cada um. As empresas japonesas têm utilizado essa idéia por algum tempo e a chamam de “Kaisen”. Em um ambiente fabril, tradicionalmente um departamento de controle de qualidade inspeciona os produtos em função de uma série de especificações. O quadro à seguir mostra a diferença de uma abordagem para a melhoria contínua e uma abordagem para a inovação. Aspecto Melhoria Contínua Inovação Efeito Longo e duradouro prazo, Curto prazo, mas mas não dramático. dramático. Progresso Pequenos passos. Grande Passos. Tempo Contínuo e Incremental. Intermitente e não incremental. Mudança Gradual e constante. Abrupta e Volátil. Envolvimento Todos. Seleção de poucos campeões. Abordagem Coletivismo, grupo de Individualismo desigual, esforços, abordagem idéias e esforços sistêmica. desiguais. Modo Manutenção e Melhorias. Destruição e 3 Correspondência com o 5W1H (Who, What, Why, When, Where e How) como processo mnemônico para uma futura utilização na implementação de ferramentas da qualidade e melhorias. 26 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 33. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Reconstrução. Trilha Tecnologia Avanço tecnológico convencional e estado da repentino, novas arte. invenções e teorias. Requisitos Práticos Requer pouco Requer muito investimento, mas investimento, mas poucos grandes esforços para esforços para mantê-lo. mantê-lo. Orientação dos Esforços Pessoas. Tecnologias. Critério de Avaliação Processos e esforços para Resultados para obter melhores resultados. lucros. Vantagem Opera bem numa lenta e Adapta-se melhor a uma crescente economia. economia rápida e crescente. Fonte: Masaaki Imai, Kaisen. Relacionamento Cliente/Fornecedor Mais do que um chavão, “ouvir o cliente” se tornou tarefa indispensável para a condução de um negócio eficiente. Embora isso possa parecer um ponto óbvio, podemos considerar a situação americana por um momento para verificar que não foi sempre assim. Após a 2ª Grande Guerra, os EUA foram a única grande potência que não teve sua infra-estrutura econômica abalada. Isso possibilitou que eles pudessem produzir itens de qualquer qualidade e vendê-los durante anos. Observar as necessidades dos clientes nesse contexto se tornou irrelevante, e as indústrias foram conduzidas internamente, e não orientadas para os clientes. Estratégias para melhorar as relações entre clientes e fornecedores:  Torne a visão organizacional voltada para a satisfação do cliente.  Premie os fornecedores.  Direcione-se à uma única fonte.  Minimize a multiplicidade de fornecedores.  Identifique os clientes internos e externos.  Identifique os usuários finais e distribuidores.  Estabeleça rotinas de diálogos com os clientes.  Envolva os clientes no planejamento e desenvolvimento. Adaptado de BROCKA, 1994. Na prática, os empregados que fornecem um produto ou serviço são também um cliente, nem que seja por um certo espaço de tempo. Isto significa que os empregados administrativos devem entender como os seus relatórios vão ser utilizados e como os produtos funcionam. 27 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 34. Autonomia dos Empregados Ao fornecer autonomia aos empregados possibilitamos que cada um deles execute o seu potencial mais elevado. Nessa estrutura, fica claro que o papel das gerências, em qualquer setor, é auxiliar os empregados na resolução de problemas – não servir de obstáculos às melhorias. Algumas dicas para dar mais autonomia aos empregados: 1. Autoridade: para dar mais autonomia aos empregados, a coisa mais importante é oferecer autoridade a cada um sobre suas tarefas e/ou processos, para que eles tenham a liberdade de executar da melhor forma possível. 2. Valorize todas as contribuições: não se esqueça de aumentar a auto-estima dos colaboradores no processo. 3. Preste atenção em todas as opiniões, por mais humildes que sejam: não importa o tempo de casa ou a escolaridade do colaborador – boas contribuições podem vir de qualquer lugar. 4. Dê prêmios àqueles que aperfeiçoarem o seu negócio. 5. Delegue autoridade a todos os níveis da empresa: se você está cercado de pessoas competentes, permita-lhes fazer os seus próprios trabalhos, pois, ninguém conhece melhor a respeito do trabalho do que as pessoas diretamente envolvidas. Treinamento O objetivo do treinamento é modificar determinado comportamento. No entanto, quando falamos de treinamento não estamos falando apenas das aulas tradicionais – colegas que treinam outros colegas na realização de um determinado serviço também pode ser uma forma muito eficiente de treinamento. “O melhor caminho para aprender qualquer coisa é ensinar”. Erwin Schroedinger 28 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 35. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Ao treinar alguém, o instrutor começa a considerar a tarefa sob um ponto de vista diferente – contudo, conduzir todos os treinamentos internamente pode levar a uma estagnação do conhecimento em longo prazo. As necessidades e os resultados do treinamento devem ser avaliados com o empregado para que ele ganhe entendimento. Naturalmente, haverá, de tempo em tempo, mais empregados para um treinamento específico. É muito importante, nesses casos, encaminhar um ou mais empregados para treinamento. Se este for bem-sucedido, o comportamento alterado será aparente e ajudará a convencer os demais sobre a importância do treinamento. Implementação Para que um programa de Boas Práticas possa ser bem implementado, como toda mudança, todo o pessoal deve ser integrado em um plano de implementação coerente – lembre-se que “fazer alguma coisa” não é o mesmo que “fazê-la bem”. Processo: algumas recomendações são necessárias para que o processo de implementação seja efetivo. Veja só: 1. Tenha uma visão orientada: a implementação só será bem sucedida se houver uma visão clara da sua utilidade para toda empresa. 2. Inicie pequeno: modificar todos os setores e operações ao mesmo tempo é suicídio. Comece com pequenos passos e siga em frente. 3. Seja obcecado: planeje estrategicamente, entre nos detalhes. Torne-se obcecado com a implementação da visão. 4. Celebre o sucesso: mantenha a motivação dos empregados comemorando até os menores progressos. O modelo Espiral: O modelo espiral mostrado relata os conceitos e princípios do gerenciamento da Qualidade. Enquanto a maioria dos modelos são apresentados de forma linear, o modelo espiral serve como um lembrete para mostrar que o gerenciamento da qualidade precisa fazer parte de toda a empresa. Do centro da espiral emana a visão da organização. A primeira camada consiste nos princípios fundamentais; a segunda, no gerenciamento dinâmico necessário pelos gerentes de nível médio e supervisores; e a terceira camada, a da implementação, contém algumas ferramentas sugeridas. 29 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 36. Imagem 2.1 – Layout Modelo espiral do gerenciamento da qualidade. Resumo Nesse capítulo vimos que:  O primeiro passo para que qualquer empresa consiga implementar melhorias é a criação de uma poderosa visão estratégica, que permita que todos os envolvidos saibam para onde estão caminhando.  Num processo de implementação de melhorias em processos e atividades é comum encontrar obstáculos à sua assimilação imediata. Essas barreiras devem ser removidas para que possamos trabalhar em mudanças significativas. Lembre-se: todos têm medo de mudanças em um nível ou outro, o importante é focar nos benefícios que serão trazidos por elas.  A comunicação é parte importantíssima de todo o processo. Assim como uma comunicação deficiente pode dar origem a uma série de conflitos e mal entendidos, uma comunicação conduzida de maneira eficiente pode ser uma fantástica ferramenta para resolvê-los.  A avaliação contínua, o popular “feedback”, é uma condição fundamental durante todo o processo de implementação. É através dela que podemos verificar se o barco está correndo para o lado certo, e fazer as correções de rota ao longo do caminho. Lembre-se: avaliações posteriores podem sair muito caras.  A melhoria contínua é um compromisso fundamental na implantação de Boas Práticas. Através desse compromisso utilizamos nossos recursos em 30 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 37. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha capacidade ótima, fazendo o máximo possível com os itens que temos a nossa disposição.  Todo desenvolvimento e melhoria adotada deve ser pautado em nosso relacionamento com clientes e fornecedores, nunca nos esquecendo que os clientes podem ser tanto externos (os consumidores finais dos nossos produtos) quanto internos (nossos colaboradores diretos). Qualquer implementação que objetive ser eficiente deve ser considerar a satisfação desses grupos.  Numa empresa que visa melhorias, a concessão de autonomia aos empregados é a mudança com resultados mais significativos. Todas as pessoas devem ter o direito de executar seu trabalho da melhor forma possível sem enfrentar grandes obstáculos. Nas organizações que concedem autonomia a toda cadeia hierárquica, as funções gerenciais devem atuar no auxílio à resolução de problemas, mas não na criação de regras e novos empecilhos.  Onde houver mudança haverá a necessidade de treinamento para a nova forma de operar. No entanto, a função dos treinamentos não se restringe a tornar alguém apto a realizar determinada tarefa. O treinamento também deve ser utilizado de maneira a reciclar o conhecimento empresarial e trazer novas maneiras de se pensar determinado modo de executar tarefas e trabalhos.  Para uma implementação eficaz de mudanças e melhorias todos os passos devem estar bem planejados em uma programação executável como recursos que a empresa dispõe no momento. Além disso, o modelo de espiral nos mostra que essa implementação deve ter como base princípios bem definidos que orientem toda a hierarquia da empresa. 31 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 38. Exercícios 1. Assinale a opção correta: a. No processo de implementação de Boas Práticas a principal barreira encontrada é: ( ) Resistência e Mudança ( ) Simples Mudanças ( ) Processos e Resistência b. Existem algumas estratégias recomendadas para a remoção de barreiras de resultados. Entre elas está: ( ) Não divida o crédito pelo sucesso ( ) Despreze os individuais e coletivos ( ) Reviste e remove os sistemas de avaliação de resultados c. Qual é o objetivo do treinamento? ( ) Modificar determinado comportamento ( ) Modificar as aulas tradicionais ( ) Modificar o comportamento e as aulas tradicionais d. O que o modelo espiral enfatiza? ( ) Que o gerenciamento da qualidade precisa fazer parte de toda a empresa ( ) Que o gerenciamento da qualidade precisa fazer parte de um setor específico ( ) Que o gerenciamento da qualidade precisa fazer parte da concorrência e. Para a implementação de melhorias é preciso criar: ( ) Contratar mais gerentes ( ) Uma visão estratégica ( ) Visão, contratação e boas práticas 32 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 39. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha 2. Ligue os termos aos seus respectivos conceitos. a. BARREIRAS . . Escrita, verbal e não-verbal. . É mais fácil de gerenciar, pois b. OUVIR O CLIENTE . utiliza os talentos de cada um. . É fundamental para a aplicação c. COMUNICAÇÃO . de programas de Boas Práticas. . Tornou-se tarefa indispensável d. REALIMENTAÇÃO OU FEEDBACK . para a condução de um negócio eficiente. . Devem ser analisadas de e. MELHORIA CONTÍNUA . acordo com a seriedade do problema. 3. Palavras-cruzadas: Verticais: Horizontais: 2. Na prática o que fornece um 1. O objetivo é modificar determinado produto ou serviço é também um comportamento. cliente. Estamos falando de: 4. É identificado como qualquer coisa 3. Este tipo de comunicação tem lugar que esteja no caminho da em uma variedade de situações, entre implementação. as principais está “falar em público”. 5. É oferecido aos empregados para dar mais autonomia. 33 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 40. 34 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 41.
  • 42. 36 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 43. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Capítulo 03: Principais conceitos e materiais. Introdução Aqui fornecemos definições para os vários termos que são únicos para os materiais plásticos. É importante conhecê-los para podermos selecionar o material adequado (ou família de materiais) que são necessários para um produto ou processo específico. Também falaremos um pouco sobre as principais maneiras de transformar e moldar o plástico, além das principais variáveis as quais eles estão sujeitos (como variações de temperatura, pressão, tempo e distancia). A definição de plástico O termo “plástico”, quanto utilizado para descrever materiais industriais, é definido como qualquer composto polimerizado, orgânico e complexo capaz de ser moldado. Em linhas gerais, os termos “plástico” e “polímero” são usados quase que como sinônimos, apesar de que de maneira exata um polímero é um plástico, mas um plástico não tem que ser necessariamente um polímero. Plásticos podem se apresentar de maneira líquida ou sólida, ou em um estado intermediário. Plásticos são feitos através do refinamento de produtos comuns ao petróleo; onde o óleo cru e o gás natural são os blocos de construção principais. Trabalhos experimentais estão sendo realizados no mundo todo para tentar criar plástico de outros materiais que não o petróleo; havendo relativo sucesso em algumas tentativas com óleo e carvão vegetal. Polimerização Quando falamos de plásticos, nós normalmente estamos nos referindo a compostos criados pelo processo conhecido como “polimerização”, uma reação causada pela combinação de moléculas menores (monômeros) com um catalisador sobre pressão e com calor. Um monômero é um composto único de moléculas. No processo de polimerização, nós combinamos várias unidades de plástico com várias unidades combinadas de plástico, conhecidas como “polímeros” – daí o nome polimerização. 37 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 44. Divisão dos Plásticos Os plásticos são divididos em dois grupos, de acordo com suas características de fusão ou derretimento: termoplásticos e termorrígidos. Termoplásticos: é o polímero que, quando é elevado em sua temperatura, sua maleabilidade aumenta, chegando a um ponto semelhante ao de materiais fundidos. Exemplos de termoplásticos são: o polipropileno, polietileno, o PVC, entre outros. Termorrígidos: são aqueles que uma vez moldados não podem ser fundidos e remodelados, portanto não são recicláveis mecanicamente. Exemplos: baquelite, poliuretanos (PU) e Poliacetato de Etileno Vinil (EVA), poliésteres, resinas fenólicas etc. O termoplástico é um material polimérico sintético que, quando sujeito à ação de calor, facilmente se deforma podendo ser remodelado e novamente solidificado mantendo a sua nova estrutura. Isso significa que, sendo os plásticos divididos em termoplásticos e termorrígidos, os primeiros são altamente recicláveis ao contrário dos termorrígidos. Isso acontece porque as cadeias macromoleculares dos termoplásticos se encontram ligadas por forças de Van Der Waals ou Pontes de Hidrogênio, que se quebram por ação do calor, fundindo-se o material. O termoplástico, ao ser novamente aquecido, restabelece as suas ligações covalentes dos monômeros que formam a macromolécula. Os termorrígidos, ao contrário, quando aquecidos ficam quebradiços e não podem ser remodelados, logo eles não se fundem e uma vez moldados e endurecidos, não oferecem condições para reciclagem. Um exemplo de termorrígido é o baquelite, material utilizado nos lustres que, com a intensa temperatura produzida principalmente por lâmpadas incandescentes, ele começa a rachar. Confecção Os materiais feitos de plástico são confeccionados através da polimerização. Dentro desse processo existem 03 maneiras comuns de polimerização de materiais. A primeira é chamada de adição, uma combinação simples de moléculas na qual não é gerado nenhum subproduto. Na verdade, a polimerização por adição pode ser atingida de diversas formas, mas as mais comuns envolvem ativação química das 38 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 45. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha moléculas, a qual faz com que elas se combinem entre si numa reação em cadeia. Esse método é utilizado para criar etilenos. O segundo tipo de polimerização, chamado condensação, envolve remover átomos específicos de cada molécula, permitindo assim que as moléculas se interliguem. Nesse processo, determinados subprodutos devem ser removidos dos polímeros reagentes para que polimerizações posteriores não sejam inibidas. Esse método é utilizado para fazer alguns tipos de nylon e fenólicos. Combinando a adição e a condensação temos o terceiro processo: combinação. Nesse método, um polímero é primeiramente formado utilizando o método de condensação. Então, esse polímero ainda ativo é exposto a um processo de polimerização por adição, formando polímeros maiores através da adição de um terceiro ingrediente. Esse é o processo que dá origem a alguns tipos de poliésteres. Processamento de Termoplásticos Extrusão: Processo de fabricação de um semimanufaturado contínuo de plástico (ou também de elastômero - borrachas). Ele ocorre em extrusoras, um equipamento que é constituído basicamente de um tubo contendo um parafuso rosqueado. O plástico, em pó em grânulos, é alimentado na parte traseira do tudo, sendo levado para a parte frontal do tubo pela rosca em rotação. Nesse percurso o plástico é aquecido através de resistências elétricas e do atrito com o parafuso. No final do percurso o plástico deverá estar totalmente plastificado, sendo então comprimido contra uma matriz que irá conter o desenho do perfil a ser aplicado ao plástico. Ao sair, o semimanufaturado é resfriado e bobinado, sendo ideal para a fabricação de tubos, filmes, placas, perfis etc. Injeção: Processo de transformação de plásticos similar à fundição de metais sob pressão. O plástico, na forma de grânulos ou pó, é plastificado num equipamento similar à uma extrusora. Só que nesse caso, após a plastificação do polímero, o parafuso atua como um êmbolo, injetando-o de uma vez só num molde. É o processo de transformação mais popular, respondendo por 60% do parque de máquinas nacional. Calandragem: Processo de transformação de plásticos parecido com a laminação de metais. A resina, na forma de massa ou chapas espessas, é conformada através da passagem entre rolos altamente polidos, aquecidos e sob grande pressão. Esse é o método ideal para a produção de produtos planos, como filmes, encerados, cortinas, chapas para piso etc. Termo moldagem: Processo de transformação que consiste em impelir contra a superfície de um molde, por ação de uma pressão mecânica (no caso de moldes fechados), ou usando o vácuo 39 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 46. (no caso de moldes abertos), uma folha de plástico aquecida. Esse é o método ideal para a produção de chapas onduladas de PVC. Moldagem por sopro: Processo de transformação de plásticos utilizados na fabricação de produtos vazados. Consiste na extrusão ou injeção de um tubo semimanufaturado (parison), que a seguir é envolvido por um molde e soprado. É ideal para a fabricação de garrafas, embalagens, bóias, tanques de combustível, etc. Processamento de Termorrígidos (ou termofixos) Moldagem por compressão: Processo de moldagem que consiste na introdução de uma resina termoendurecível, que pode ser pré-aquecida, num molde quente contendo uma ou mais cavidades na parte inferior. A parte superior, popularmente chamada de "molde macho", desce e comprime a resina plástica. Esse procedimento pode ser feito a frio ou a quente, por via úmida ou por via seca, e é normalmente utilizado para o processamento de peças lisas utilizadas na fabricação de carrocerias para a indústria automobilística. Moldagem por transferência: É o processo para moldagem de plásticos como resinas fenólicas, uréias, melaminas e resinas alquilamidas. Ele difere da moldagem por compressão pela maneira através da qual o material e introduzido na cavidade do molde. Nesse procedimento, o material não é introduzido diretamente na cavidade, mas numa câmara exterior (câmara de carga). Depois de o molde estar fechado, o material previamente aquecido é transferido da câmara de carga por um êmbolo que o injeta através de canais apropriados no molde. Após o material moldado passar pelo período de cura, transformasse num material polimérico rígido reticulado, e então a peça é ejetada do molde. Principais características dos plásticos Devido à quantidade de materiais poliméricos existentes, e considerando que hoje em dia não é mais tão complicado que esses materiais sejam combinados e recombinados em laboratório, gerando novos materiais; fica difícil identificar todos os polímeros, e também as suas características particulares. Por isso, vamos tentar definir algumas características base que tornam mais fácil a identificação e classificação desses materiais. Massa volumétrica: a pequena massa volumétrica é uma característica comum a todos os tipos de plásticos. Essa é a característica responsável pela sua leveza. Peso molecular: durante o processo de polimerização, não são gerados monômeros com um mesmo peso molecular - daí, quando falamos do peso molecular de um determinado polímero, estamos falando sempre de um valor médio característico. Essas médias podem ser relacionadas com propriedades mecânicas dos polímeros, 40 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 47. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha através de relações empíricas. Os polímeros de peso molécula muito baixo são mais maleáveis, já os de peso molecular mais alto, são mais firmes - porém mais difíceis de processar. Cristalinidade e amorfismo: quando estão em seu estado sólido, os polímeros podem ter dois tipos de morfologia: amorfo ou semicristalino. Categorização de Parâmetros Existem vários parâmetros que devem ser controlados na transformação do plástico, mas eles podem ser agrupados em quatro categorias principais:  Temperatura;  Pressão;  Tempo; e  Distância. Temperatura. Aqui consideramos o valor e/ou frio que incidem sobre o material, sobre o seu molde (quando necessário) e a temperatura utilizada no óleo da máquina. A primeira preocupação é determinar a temperatura adequada para lidar com o tipo de plástico na atividade a ser realizada. Em seguida, vêm a preocupação com o molde, uma vez que a função dele é dar uma forma específica ao material enquanto ele esfria e solidifica. Já a temperatura do óleo é uma preocupação quando falamos de maquinário hidráulico: se ele estiver muito frio, ele ficará grosso e não irá fluir bem; se ele estiver muito quente, irá se tornar um líquido fino, repleto de partes de outros materiais presentes na máquina e isso poderá entupir as passagens dos mecanismos hidráulicos internos ao sistema. Pressão. O sistema de moldagem normalmente fornece uma pressão regulada de fábrica na casa dos 13 MPa, podendo ser ajustada para cima ou para baixo de acordo com a aplicação necessária. Por exemplo, a pressão de injeção pode ser ajustada de aproximadamente 03 MPa para um material plástico de fluxo rápido, até 138 MPa ou mais, para materiais altamente viscosos. Os tipos de pressão mais comumente mencionados são pressão específica de injeção e pressão de recalque. Tempo. O tempo necessário para trabalhar com determinado material plástico depende da quantidade de material que estamos trabalhando, do tipo de transformação que está sendo realizada, da viscosidade do material e da capacidade das máquinas utilizadas. Mas não é só isso. Não devemos encarar o tempo somente de maneira geral, do início da fabricação da peça/produto até a sua finalização. Existem outros tempos parciais que devem ser conhecidos e monitorados durante a fabricação, tais como: tempo de resfriamento e tempo de cura. 41 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 48. Distância. O parâmetro final que devemos analisar é a distância. Embora seja o último nessa lista de prioridades, controlar a distância é fundamental para produzir produtos de alta qualidade e de custo acessível. Isso acontece, pois, o excesso de distância entre as etapas e procedimentos seqüências pelos quais o material deve passar nada mais é que desperdício de tempo. E como diz o ditado: “tempo é dinheiro”! Resumo  O termo “plástico”, quanto utilizado para descrever materiais industriais, é definido como qualquer composto polimerizado, orgânico e complexo capaz de ser moldado. Plásticos são feitos através do refinamento de produtos comuns ao petróleo; onde o óleo cru e o gás natural são os blocos de construção principais.  Os plásticos são divididos em dois grupos, de acordo com suas características de fusão ou derretimento: termoplásticos e termorrígidos.  Termoplásticos: é o polímero que, quando é elevado em sua temperatura, sua maleabilidade aumenta, chegando a um ponto semelhante ao de materiais fundidos.  Termorrígidos: são aqueles que uma vez moldados não podem ser fundidos e remodelados, portanto não são recicláveis mecanicamente.  Os materiais feitos de plástico são confeccionados através da polimerização. Dentro desse processo existem 03 maneiras comuns de polimerização de materiais: por adição, por condensação e por combinação.  Os termoplásticos podem ser processados de diversas maneiras: por extrusão, injeção, calandragem, termo moldagem e moldagem por sopro. Já os termorrígidos, podem ser processados principalmente por compressão e transferência.  Existem mais de 100 parâmetros que devem ser controlados na transformação e moldagem de plástico. Esses parâmetros podem ser agrupados em 04 categorias: tempo, temperatura, pressão e distância.  As propriedades do material plástico podem ser alteradas de maneira significativa apenas ajustando os parâmetros acima. 42 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 49. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Exercícios 1. Assinale a opção correta: a. Eles são feitos através de refinamento de produtos comuns ao petróleo: ( ) Moléculas ( ) Plásticos ( ) Condensação b. O que é um monômero? ( ) É um composto único de moléculas ( ) É um composto duplo de moléculas ( ) É um composto unificado c. De acordo com suas características de fusão ou derretimento, os plásticos são divididos em dois grupos. Quais são estes grupos? ( ) Polimerização e Monômero ( ) Termoplásticos e Termorrígidos ( ) Termoplásticos e Polimerização d. Quais são as três maneiras comuns de polimerização de materiais? ( ) Adição, condensação e combinação ( ) Adição, subtração e combinação ( ) Adição, moléculas e combinação e. Na transformação do plástico existem vários parâmetros que devem ser controlados. Eles são agrupados em quatro categorias que são: ( ) Temperatura, condensação, tempo e distância ( ) Temperatura, pressão, tempo e combinação ( ) Temperatura, pressão, tempo e distância 43 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 50. 2. Ligue os termos aos seus respectivos conceitos. . É um material polimérico a. AMORFO OU SEMICRISTALINO . sintético que quando sujeito à ação de calor, facilmente se deforma. . É o processo para b. TERMORRÍGIDOS . moldagem de plásticos como resinas fenólicas, uréias, melaminas e resinas alquilaminas. . Quando estão no seu c. MOLDAGEM POR SOPRO . estado sólido, os polímeros podem ter dois tipos de morfologia. . Processo de d. TERMOPLÁSTICO . transformação de plásticos utilizados na fabricação de produtos vazados. . Quando aquecidos ficam quebradiços e não podem ser e. MOLDAGEM POR TRANSFERÊNCIA . remodelados. Eles não fundem e não oferecem condições para reciclagem. 44 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 51. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha 3. Palavras-cruzadas: Verticais: Horizontais: 1. Processo de transformação de 2. Ele remove átomos específicos de plásticos similar à fundição de metais cada molécula, permitindo assim que sob pressão. as moléculas se interliguem. 4. Reação causada pela combinação de 3. É definido como qualquer composto moléculas menores com um catalisador polimerizado, orgânico e complexo sobre pressão e com calor. capaz de ser moldado. 5. Processo de fabricação de um semimanufaturado contínuo de plástico. 45 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 52. 46 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 53.
  • 54. 48 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 55. Boas Práticas de Produção na Indústria do Plástico e da Borracha Capítulo 03: História e Conceitos Básicos da Produção da Borracha. Introdução A história da indústria da borracha no Brasil está profundamente ligada a interesses políticos e econômicos. Nesse capítulo, veremos brevemente o surgimento e exploração da borracha no Brasil, bem como alguns conceitos básicos sobre os tipos de borracha existentes e seu fluxo de produção. Aperte o cinto, e aproveite a viagem. Uma breve história mundial da borracha A borracha já era conhecida dos índicos bem antes da América ser descoberta. No ano de 1525, P. d'Anghieria fez relatos de índios mexicanos jogaram com bolas elásticas. Durante uma viagem ao Peru em 17235, Charles de la Condamine entrou em contato com a borracha e foi o primeiro a fazer um estudo científico sobre ela. Um engenheiro francês, Fresnau, que la Condamine havia encontrado na Guiana, estudara a borracha no local e concluíra que esta não era senão "uma espécie de óleo resinoso condensado". Mas que utilidade encontraram todos esses europeus ao novo achado das Américas? A primeira utilização encontrada para a borracha foi como apagador, proposto por Magellan (descendente de um célebre navegador). Na Inglaterra o produto recebeu o nome "India Rubber", ou "Raspador da Índia". Em Portugal, e por conseqüência no Brasil, o nome "borracha" também se originou de uma das primeiras aplicações úteis para o produto. Os portugueses utilizaram a borracha na fabricação de botijas, em substituição às chamadas "borrachas de couro" utilizadas no transporte de vinho. Macquer, retomando os trabalhos de la Condamine, indicou pela primeira vez o modo de fabricação de tubos flexíveis de borracha. Desde então, numerosos artesãos se interessaram pela borracha: o ourives Bernard, o boticário Winch, Grossart, Landolles, entre outros. Em 1820 um industrial inglês, Nadier, fabricou fios de borracha e procurou utilizá-los em acessórios de vestuário. Por volta dessa época, começou a reinar na América a febre da borracha: os calçados impermeáveis dos índios faziam sucesso. Produziam-se tecidos impermeáveis e botas de neve na Nova Inglaterra. Em 1832 foi criada a fábrica de Rosburg. Infelizmente, as alterações que os artefatos de borracha natural não vulcanizada sofriam sob a influência do frio (tornando-se quebradiços) e o inconveniente de se aderirem uns aos outros caso ficassem expostos aos raios de sol, desinteressaram os consumidores. Após tentar desenvolver por um longo período um processo para o melhoramento das qualidades da borracha 49 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha
  • 56. (incorporação de ácido nítrico, por exemplo) e ser levado à ruína, Goodyear descobriu acidentalmente, em 1840, a vulcanização. Em 1845 R.W. Thomson inventou o pneumático, a câmara de ar e até a banda de rodagem ferrada. Em 1850 fabricavam-se brinquedos de borracha, bolas ocas e maciças (para golfe e tênis).A invenção do velocípede por Michaux, em 1869, conduziu à invenção da borracha maciça, depois da borracha oca e, por último, à reinvenção do pneu, pois a invenção de Thomson havia caído no esquecimento. Payen estudou as propriedades físicas da borracha, do mesmo modo que Graham, Wiesner e Gérard. Finalmente, Bouchardt realizou a polimerização do isopreno, entre 1879 e 1882, obtendo produtos de propriedades semelhantes à borracha. O primeiro pneumático para bicicleta data de 1830. Em 1895 Michelin teve a idéia audaciosa de adaptar o pneu ao automóvel. Desde então a borracha passou a ocupar um lugar preponderante no mercado mundial. Sendo a borracha importante matéria-prima e dado o papel que vem desempenhando na civilização moderna, logo foi despertada a curiosidade dos químicos para conhecer sua composição e, posteriormente, sua síntese. Desde o século XIX trabalhos vem sido feitos com esse objetivo, logo se esclarecendo que a borracha é um polímero do isopreno. Os russos e os alemães foram os pioneiros nos trabalhos de síntese da borracha. Mas os produtos obtidos não suportaram a concorrência da borracha natural. Somente com a Primeira Guerra Mundial a Alemanha, premida pelas circunstâncias, teve de desenvolver a industrialização de seu produto sintético. Foi o marco inicial do grande desenvolvimento da indústria de borrachas sintéticas, ou elastômeros, no mundo. Curiosidade: Em 1815, Hancock, um modesto serralheiro, tornou-se um dos maiores fabricantes do Reino Unido. Ele havia inventado um colchão de borracha e, associado a Mac Intosh, fabricava as famosas capas impermeáveis "mac intosh". Além disso, havia descoberto e realizava industrialmente o corte, a laminação e a prensagem da borracha. Tinha verificado a importância do calor na prensagem e construído uma máquina para este fim. Mac Intosh descobriu o emprego da benzina como solvente e Hancock preconizou a prévia "mastigação" e aquecimento, para obter uma perfeita dissolução da borracha. Hancock descobriu também a fabricação de bolas elásticas. Por fim, Hancock, em 1842, de posse da borracha vulcanizada de Goodyear, procurou e encontrou o segredo da vulcanização, fazendo enorme fortuna. Fonte: http://www.mucambo.com.br/novosite/institucional/historiadaborracha.pdf A borracha no Brasil: os "ciclos da borracha" O chamado "ciclo da borracha" é uma fase muito importante na história social e econômica do Brasil, especialmente na região da Amazônia. Ele se refere ao período de extração e comercialização da borracha, responsável pela grande expansão da 50 PDS Diadema - Plano de Desenvolvimento Setorial do Plástico e da Borracha