1. Dados interessantes:
Estudo do Observatorio do Turismo de Lisboa
Oferta hoteleira cresce 113% em 15 anos
Deloitte analisa oferta nacional do sector da hotelaria
A Deloitte apresenta o seu relatório anual do sector hoteleiro português, o Atlas da
hotelaria, que compreende a análise da oferta de alojamento e a distribuição geográfica,
assim como define os desafios e oportunidades futuras para o sector. Pelo quinto ano
consecutivo, o Pestana Hotels & Resorts / Pestana Pousadas é o grupo com a maior
capacidade de alojamento em Portugal, conquistando o primeiro lugar no ranking dos
Grupos Hoteleiros / Entidades de Management.
O grupo Pestana Hotels & Resorts / Pestana Pousadas detinha 69 estabelecimentos
hoteleiros no território nacional, aos quais correspondiam 6.338 unidades de
alojamento, no ano 2009. À semelhança da edição anterior, o grupo português Vila Galé
Hotéis, com 15 estabelecimentos hoteleiros e 3.459 unidades de alojamento, e o grupo
francês Accor Hotels, com 27 estabelecimentos hoteleiros e 2.896 unidades de
alojamento, ocupam a segunda e a terceira posições do ranking, respectivamente. Os
cinco primeiros lugares ficam completos com o grupo Espírito Santo Hotéis, 2.704
unidades de alojamento, e o VIP Hotels com 2.258 unidades.
Em 2009, os vinte maiores Grupos Hoteleiros / Entidades de Managment a operar em
Portugal dispunham de 19 por cento do número total de estabelecimentos hoteleiros
existentes no território nacional e 32 por cento das unidades de alojamento. Estes
valores indicam uma clara tendência para os grandes grupos hoteleiros deterem
estabelecimentos com uma dimensão média superior aos estabelecimentos hoteleiros
independentes.
Da totalidade dos estabelecimentos hoteleiros contabilizados em Portugal (1.303), 63
por cento são hotéis e 18 por cento são apartamentos turísticos. Face à
representatividade por unidades de alojamento, os dois primeiros lugares são ocupados
pelas tipologias hotéis e hotéis-apartamentos, com 68 por cento e 14 por cento,
respectivamente. No que toca à distribuição dos estabelecimentos hoteleiros por
categoria, verifica-se que os estabelecimentos de três e quatro estrelas são a maioria
nacional e correspondem 42 por cento e 36 por cento da oferta nacional
respectivamente. Em termos de unidades de alojamento, os quartos e apartamentos de

2. categoria quatro estrelas, cerca de 46 por cento das unidades de alojamento, ultrapassam
as unidades de três estrelas, com 33 por cento, enquanto a 7 por cento dos
estabelecimentos de cinco estrelas correspondem 14 por cento das unidades de
alojamento.
Ao analisar a distribuição da oferta hoteleira pelo território nacional constata-se que o
Algarve é a região com maior número de estabelecimentos hoteleiros (31%), seguindo-
se o Centro (18%), Norte e Lisboa (15% cada região). O Algarve mantém a primeira
posição no ranking de unidades de alojamento com 37 por cento, enquanto Lisboa e o
Centro ocupam a segunda e terceira posições com 19 e 13 por cento, respectivamente.
Estas três regiões juntas representam 69 por cento da oferta de unidades de alojamento
em Portugal.
Para além de uma tendência de evolução qualitativa, a dinâmica do sector hoteleiro é
evidenciada, sobretudo, pela inauguração de novos estabelecimentos hoteleiros, assim
como pela ocorrência de transacções de alienação de estabelecimentos hoteleiros entre
grupos hoteleiros e outras entidades. Ao longo de 2009, entraram em funcionamento
diversos estabelecimentos hoteleiros. Esta dinâmica observada ao nível da inauguração
de novos estabelecimentos hoteleiros foi perceptível, sobretudo, na região do Algarve,
com três novos hotéis, e na região autónoma da Madeira com dois. Por outro lado, é
possível constatar uma tendência para a crescente qualificação da oferta, com
inaugurações de hotéis de quatro e cinco estrelas.
O manager da Deloitte, Pedro Rosa, destaca que “Com a operacionalização da nova Lei
dos Empreendimentos Turísticos, cujo objectivo central é a requalificação da oferta
turística nacional, irá assistir-se a um processo contínuo de reconversão da oferta
hoteleira nacional. Esta necessidade de reconversão decorre, essencialmente, da
redefinição das tipologias de empreendimentos turísticos que deverá estar concluída até
31 de Dezembro de 2010. Deste modo, as alterações provenientes deste novo regime
jurídico serão visíveis na próxima edição do Atlas da hotelaria.”
“É ainda possível antever que, no curto e médio prazos, Lisboa será a região em que a
oferta hoteleira irá registar um crescimento mais acentuado, prevendo-se a abertura de
um número relativamente significativo de estabelecimentos hoteleiros num horizonte
temporal de 5 anos. Paralelamente, as regiões do Centro e do Algarve irão assistir a um

3. acréscimo da oferta e na Região Autónoma da Madeira deverá assistir-se à reabertura de
hotéis, entretanto, encerrados para requalificação”, finaliza Pedro Rosa, Manager da
Deloitte.