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Agroecologia e saber
ambiental
Leff, Enrique
O Renascimento do Ser
no Concerto do Saber
 A Agroecologia foi definida como um novo
paradigma produtivo, como uma constelação
de ciências, técnicas e práticas para uma
produção ecologicamente sustentável, no
campo. Neste Seminário, que congrega os
mestres destas novas artes e ofícios, e eu
não sendo o que conduz o arado, quem, com
seu arado, remove a terra e planta a nova
semente, que dirige um olhar ao caldeirão no
qual se fundem e se amalgamam os
conhecimentos que promovem esta mudança
de paradigma, sobre o próprio sentido do
saber agroecológico.
 As práticas agroecológicas nos remetem à
recuperação dos saberes tradicionais, a um
passado no qual o humano era dono do seu
saber, a um tempo em que seu saber
marcava um lugar no mundo e um sentido da
existência...como sapateiros, alfaiates ou
ferreiros; como músicos e poeta. À época dos
saberes próprios.
 A Agroecologia, como reação aos modelos
agrícolas depredadores, se configura através
de um novo campo de saberes práticos para
uma agricultura mais sustentável, orientada
ao bem comum e ao equilíbrio ecológico do
planeta, e como uma ferramenta para a
autosubsistência e a segurança alimentar das
comunidades rurais.
 A Agroecologia sugere alternativas
sustentáveis em substituição às práticas
predadoras da agricultura capitalista e à
violência com que a terra foi forçada a dar
seus frutos.
 Os saberes exigem e se aferram ao seu lugar
de origem, à sua terra e à arte culinária de
seus povos, e morrem de nostalgia ao serem
desterritorializados e expatriados.
 A produtividade agronômica não garante a
distribuição de alimentos nem a segurança
alimentar; avança sepultando os sentidos do
cultivo e os sabores da terra.
A groecologia, produtividade
ecotecnológica e
racionalidade ambiental
 A Agroecologia incorpora o funcionamento
ecológico necessário para uma agricultura
sustentável, mas ao mesmo tempo introjeta
princípios de equidade na produção, de
maneira que suas práticas permitam um
acesso igualitário aos meios de vida.
 Em suas aplicações pontuais, a
Agroecologia contribui para desmontar os
modelos agroquímicos tradicionais; mas
sua ação transformadora implica a inserção
de suas técnicas e suas práticas em uma
nova teoria da produção (Leff, 1994, 2000).
 A Agroecologia reconceptualiza a
terra e a natureza como
agroecossistema produtivo. Isso
significa libertar o conceito de terra e
de recurso, das formas limitadas de
significação do natural submetido à
racionalidade econômica, que
levaram a desnaturalizar a natureza.
 As práticas agroecológicas recuperam
também o sentido do valor de uso
(ecológico) da terra e seus recursos,
e o devolvem a seu verdadeiro ser.
Paradigma agroecológico:
interdisipinaridade e diálogo de
saberes
 A Agroecologia convoca a um diálogo de
saberes e intercâmbio de experiências; a
uma hibridação de ciências e técnicas, para
potencializar as capacidades dos
agricultores; a uma interdisciplinaridade,
para articular os conhecimentos ecológicos
e antropológicos, econômicos e
tecnológicos, que confluem na dinâmica
dos agroecossistemas.
 As unidades agroecológicas se
reforçam através de afinidades de
interesses, em um diálogo de saberes
que se reproduz por meio do
intercâmbio de experiências (agricultor
a agricultor, indígena a indígena) que
não é somente de saberes técnicos,
mas de matrizes culturais.
 A Agroecologia e a agronomia capitalista não
se enfrentam por seus “paradigmas de
conhecimento” simplesmente contrastando a
efetividade de seus modelos produtivos,
tomando a natureza como objeto. Em ambos
os casos, a produção está vinculada a
cosmovisões de mundo: assim, enquanto a
Agroecologia se nutre dos saberes culturais
dos povos, de valores tradicionais que
vinculam o momento da produção com as
funções simbólicas e o sentido cultural do
metabolismo social com a natureza, a
agricultura capitalista se funda na crença no
mercado e na valorização da especialização
tecnológica do processo e do crescimento
sem limites, que vai desnaturalizando a
natureza e a relação do homem com a terra.
 O saber ambiental fertiliza o campo da
Agroecologia, articula seus saberes e práticas
com uma nova teoria da produção e os
constitui na ponta de lança e em um pilar para
a construção de uma racionalidade produtiva
alternativa (Leff, 1998, 2001).
 O objetivo da Agroecologia não é,
simplesmente, contribuir para uma produção
mais sustentável, dentro dos mecanismos do
desenvolvimento limpo, ou para ocupar
nichos de mercado de produtos “verdes”
dentro das políticas da globalização
econômico-ecológica. O saber agroecológico
contribui para a construção de um novo
paradigma produtivo ao mostrar a
possibilidade de produzir “com a natureza”, de
gerar um modo de produção fundado no
potencial ecológico-tecnológico da natureza e
da cultura.
Agroecologia e gestão
comunitária dos recursos
naturais
 Os princípios da Agroecologia e o manejo
integrado de recursos suscitam a
possibilidade de construir uma economia
mais equilibrada, justa e produtiva, fundada
na diversidade biológica da natureza e na
riqueza cultural dos povos da América
Latina. Entretanto, para gerar este novo
potencial, é necessário legitimar os direitos
e fortalecer politicamente as comunidades,
dotando-as, ao mesmo tempo, de uma
maior capacidade técnica, administrativa e
financeira, para a autogestão de seus
recursos produtivos.
O movimento agroecológico e a
reapropriação social da
natureza
 Os movimentos sociais associados ao
desenvolvimento do novo paradigma
agroecológico e as práticas produtivas no
meio rural não são senão parte de um
movimento mais amplo e complexo
orientado em defesa da transformação do
Estado e da ordem econômica dominante.
O movimento para um desenvolvimento
sustentável é parte de novas lutas pela
democracia direta e participativa e pela
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camponeses, abrindo perspectivas para
uma nova ordem econômica e política
mundial.
A Agroecologia poderia converter-se,
assim, na ponta de lança para a
cristalização de um paradigma de
produtividade ecotecnológica. A
agroecologia será o arado para o
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Agroecologia e saber ambiental

  • 2. O Renascimento do Ser no Concerto do Saber  A Agroecologia foi definida como um novo paradigma produtivo, como uma constelação de ciências, técnicas e práticas para uma produção ecologicamente sustentável, no campo. Neste Seminário, que congrega os mestres destas novas artes e ofícios, e eu não sendo o que conduz o arado, quem, com seu arado, remove a terra e planta a nova semente, que dirige um olhar ao caldeirão no qual se fundem e se amalgamam os conhecimentos que promovem esta mudança de paradigma, sobre o próprio sentido do saber agroecológico.
  • 3.  As práticas agroecológicas nos remetem à recuperação dos saberes tradicionais, a um passado no qual o humano era dono do seu saber, a um tempo em que seu saber marcava um lugar no mundo e um sentido da existência...como sapateiros, alfaiates ou ferreiros; como músicos e poeta. À época dos saberes próprios.  A Agroecologia, como reação aos modelos agrícolas depredadores, se configura através de um novo campo de saberes práticos para uma agricultura mais sustentável, orientada ao bem comum e ao equilíbrio ecológico do planeta, e como uma ferramenta para a autosubsistência e a segurança alimentar das comunidades rurais.
  • 4.  A Agroecologia sugere alternativas sustentáveis em substituição às práticas predadoras da agricultura capitalista e à violência com que a terra foi forçada a dar seus frutos.  Os saberes exigem e se aferram ao seu lugar de origem, à sua terra e à arte culinária de seus povos, e morrem de nostalgia ao serem desterritorializados e expatriados.  A produtividade agronômica não garante a distribuição de alimentos nem a segurança alimentar; avança sepultando os sentidos do cultivo e os sabores da terra.
  • 5. A groecologia, produtividade ecotecnológica e racionalidade ambiental  A Agroecologia incorpora o funcionamento ecológico necessário para uma agricultura sustentável, mas ao mesmo tempo introjeta princípios de equidade na produção, de maneira que suas práticas permitam um acesso igualitário aos meios de vida.  Em suas aplicações pontuais, a Agroecologia contribui para desmontar os modelos agroquímicos tradicionais; mas sua ação transformadora implica a inserção de suas técnicas e suas práticas em uma nova teoria da produção (Leff, 1994, 2000).
  • 6.  A Agroecologia reconceptualiza a terra e a natureza como agroecossistema produtivo. Isso significa libertar o conceito de terra e de recurso, das formas limitadas de significação do natural submetido à racionalidade econômica, que levaram a desnaturalizar a natureza.  As práticas agroecológicas recuperam também o sentido do valor de uso (ecológico) da terra e seus recursos, e o devolvem a seu verdadeiro ser.
  • 7. Paradigma agroecológico: interdisipinaridade e diálogo de saberes  A Agroecologia convoca a um diálogo de saberes e intercâmbio de experiências; a uma hibridação de ciências e técnicas, para potencializar as capacidades dos agricultores; a uma interdisciplinaridade, para articular os conhecimentos ecológicos e antropológicos, econômicos e tecnológicos, que confluem na dinâmica dos agroecossistemas.
  • 8.  As unidades agroecológicas se reforçam através de afinidades de interesses, em um diálogo de saberes que se reproduz por meio do intercâmbio de experiências (agricultor a agricultor, indígena a indígena) que não é somente de saberes técnicos, mas de matrizes culturais.
  • 9.  A Agroecologia e a agronomia capitalista não se enfrentam por seus “paradigmas de conhecimento” simplesmente contrastando a efetividade de seus modelos produtivos, tomando a natureza como objeto. Em ambos os casos, a produção está vinculada a cosmovisões de mundo: assim, enquanto a Agroecologia se nutre dos saberes culturais dos povos, de valores tradicionais que vinculam o momento da produção com as funções simbólicas e o sentido cultural do metabolismo social com a natureza, a agricultura capitalista se funda na crença no mercado e na valorização da especialização tecnológica do processo e do crescimento sem limites, que vai desnaturalizando a natureza e a relação do homem com a terra.
  • 10.  O saber ambiental fertiliza o campo da Agroecologia, articula seus saberes e práticas com uma nova teoria da produção e os constitui na ponta de lança e em um pilar para a construção de uma racionalidade produtiva alternativa (Leff, 1998, 2001).  O objetivo da Agroecologia não é, simplesmente, contribuir para uma produção mais sustentável, dentro dos mecanismos do desenvolvimento limpo, ou para ocupar nichos de mercado de produtos “verdes” dentro das políticas da globalização econômico-ecológica. O saber agroecológico contribui para a construção de um novo paradigma produtivo ao mostrar a possibilidade de produzir “com a natureza”, de gerar um modo de produção fundado no potencial ecológico-tecnológico da natureza e da cultura.
  • 11. Agroecologia e gestão comunitária dos recursos naturais  Os princípios da Agroecologia e o manejo integrado de recursos suscitam a possibilidade de construir uma economia mais equilibrada, justa e produtiva, fundada na diversidade biológica da natureza e na riqueza cultural dos povos da América Latina. Entretanto, para gerar este novo potencial, é necessário legitimar os direitos e fortalecer politicamente as comunidades, dotando-as, ao mesmo tempo, de uma maior capacidade técnica, administrativa e financeira, para a autogestão de seus recursos produtivos.
  • 12. O movimento agroecológico e a reapropriação social da natureza  Os movimentos sociais associados ao desenvolvimento do novo paradigma agroecológico e as práticas produtivas no meio rural não são senão parte de um movimento mais amplo e complexo orientado em defesa da transformação do Estado e da ordem econômica dominante. O movimento para um desenvolvimento sustentável é parte de novas lutas pela democracia direta e participativa e pela autonomia dos povos indígenas e camponeses, abrindo perspectivas para uma nova ordem econômica e política mundial.
  • 13. A Agroecologia poderia converter-se, assim, na ponta de lança para a cristalização de um paradigma de produtividade ecotecnológica. A agroecologia será o arado para o cultivo de um futuro sustentável e haverá de articular-se a processos de transformação social que permitam passar da resistência à globalização à construção de um novo mundo.