Este documento resume um poema de Mário Cesariny de Vasconcelos chamado "A um rato morto encontrado num parque". O poema está dividido em quatro partes e descreve a vida e morte de um rato de uma perspectiva surrealista.
1. Trabalho realizado por:
Alexandra Vaz, nº 1
Diogo Vaz, nº 6
Luís Espírito Santo, nº 18
PinturasdeMárioCesarinydeVasconcelos(M.C.V.)Mário
Cesariny
“Estou num pedestal muito alto, batem
palmas e depois deixam-me ir sozinho para
casa. Isto é a glória literária à portuguesa.”
M.C.V.
Escola Secundária de Castro Verde
2010/2011
2. 2010/2011
Escola Secundária de Castro Verde
Nome: Mário Cesariny de Vasconcelos
Nascimento: 1923
Morte: 2006
Nacionalidade: Portuguesa
Corrente Literária: Surrealismo
Primeira Obra: Corpo Visível
Vida e Obra
Poema
Estrutura Externa
Estrutura Interna
3. 2010/2011
Escola Secundária de Castro Verde
Vida eVida e
ObraObra
Cesariny fundou o Grupo Surrealista
Português juntamente com algumas figuras tais como
Alexandre O’Neill e António Pedro.
Acaba por se afastar e funda também o Grupo
Surrealista Dissidente.
Nos últimos anos
de vida, dedicou-se
principalmente às artes
plástica.
4. 2010/2011
Escola Secundária de Castro Verde
As obras mais importantes do autor são:
• Corpo Visível , 1950;
• Discurso sobre a Reabilitação do Real
Quotidiano, 1952;
•Louvor e Simplificação de Álvaro de Campos, 1953;
•Manual de Prestidigitação, 1956;
•Pena Capital, 1957;
•Alguns Mitos Maiores e Alguns Mitos Menores Postos
à Circulação pelo Autor,1958;
•Nobilíssima Visão, 1959;
•Poesia, 1944 - 1955 (s./d.);
5. 2010/2011
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EstruturaEstrutura
ExternaExterna
Este poema possui uma estrutura externa
caracteristicamente moderna e surrealista.
Estrofes: Este possui uma única estrofe.
Versos: O poema contém 30 versos.
Rima: Todo o poema é composto por rimas brancas ou soltas.
Métrica: Este possui uma métrica confusa e variada.
6. 2010/2011
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Este findou aqui sua vasta carreira
de rato vivo e escuro ante as constelações
a sua pequena medida não humilha
senão aqueles que tudo querem imenso
e só sabem pensar em termos de homem ou árvore
pois decerto este rato destinou como soube (e até como não soube)
o milagre das patas - tão junto ao focinho! -
que afinal estavam justas, servindo muito bem
para agatanhar, fugir, segurar o alimento, voltar
atrás de repente, quando necessário
Está pois tudo certo, ó "Deus dos cemitérios pequenos"?
Mas quem sabe quem sabe quando há engano
nos escritórios do inferno? Quem poderá dizer
que não era para príncipe ou julgador de povos
o ímpeto primeiro desta criação
irrisória para o mundo - com mundo nela?
Tantas preocupações às donas de casa - e aos médicos -
ele dava!
Como brincar ao bem e ao mal se estes nos faltam?
Algum rapazola entendeu sua esta vida tão ímpar
e passou nela a roda com que se amam
olhos nos olhos - vítima e carrasco
Não tinha amigos? Enganava os pais?
Ia por ali fora, minúsculo corpo divertido
e agora parado, aquoso, cheira mal.
Sem abuso
que final há-de dar-se a este poema?
Romântico? Clássico? Regionalista?
Como acabar com um corpo corajoso e humílimo
morto em pleno exercício da sua lira?
M.C.V., 1957
A um rato morto encontrado num parque
7. 2010/2011
Escola Secundária de Castro Verde
EstruturaEstrutura
InternaInterna
Este findou aqui sua vasta carreira
de rato vivo e escuro ante as constelações
a sua pequena medida não humilha
senão aqueles que tudo querem imenso
e só sabem pensar em termos de homem ou árvore
pois decerto este rato destinou como soube (e até como não soube)
o milagre das patas - tão junto ao focinho! -
que afinal estavam justas, servindo muito bem
para agatanhar, fugir, segurar o alimento, voltar
atrás de repente, quando necessário
1ª Parte
8. 2010/2011
Escola Secundária de Castro Verde
Está pois tudo certo, ó "Deus dos cemitérios pequenos"?
Mas quem sabe quem sabe quando há engano
nos escritórios do inferno? Quem poderá dizer
que não era para príncipe ou julgador de povos
o ímpeto primeiro desta criação
irrisória para o mundo - com mundo nela?
Tantas preocupações às donas de casa - e aos médicos -
ele dava!
Como brincar ao bem e ao mal se estes nos faltam?
2ª Parte
9. 2010/2011
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Algum rapazola entendeu sua esta vida tão ímpar
e passou nela a roda com que se amam
olhos nos olhos - vítima e carrasco
Não tinha amigos? Enganava os pais?
Ia por ali fora, minúsculo corpo divertido
e agora parado, aquoso, cheira mal.
3ª Parte
10. 2010/2011
Escola Secundária de Castro Verde
Sem abuso
que final há-de dar-se a este poema?
Romântico? Clássico? Regionalista?
Como acabar com um corpo corajoso e humílimo
morto em pleno exercício da sua lira?
4ª Parte