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COMÉDIA
A comédia é um gênero dramático que se
caracteriza porque suas personagens
protagonistas se veem enfrentados às dificuldades
da vida cotidiana, movidos por seus próprios
defeitos para desvincules felizes onde se faz
escárnio da debilidade humana, usando noções de
comicidade, humor, riso, sátira e leveza. De forma
geral, "comédia" é o que é engraçado, que faz rir.
A comédia surgiu por volta de 500 a.C., em pleno
classicismo grego, onde atingiu durante seu
primeiro século de vida um dos momentos de
plenitude, mas vai-se desenvolvendo ao longo da
Idade Média e a Idade Moderna, até chegar a
nossos dias.
Comédia é um termo de origem grega (komoidía,
de kômos, que significa festa, e oidós, cantor) que
designa um subgênero dramático que se opõe a
tragédia e cujo conteúdo apresenta a vida
cotidiana e ações humanas. A comédia utiliza
recursos que provocam o riso no espectador,
recorrendo ao imprevisto, ao ridículo, à surpresa,
à desordem.
A comédia é originária do Canto do "Kómos" que
eram cânticos rituais nas procissões em honra do
deus Dionísio, em que pessoas dançavam e
cantavam pelos campos, embriagados pelo vinho,
usando gestos obscenos e mímicas burlescas.
No surgimento do teatro, na Grécia, a arte era
representada, essencialmente, por duas máscaras:
a máscara da tragédia e a máscara da comédia.
Aristóteles, em sua Arte Poética, para diferenciar
comédia de tragédia diz que enquanto esta última
trata essencialmente de homens superiores
(heróis), a comédia fala sobre os homens
inferiores (pessoas comuns da pólis).
Na Grécia, a comédia evolui em três fases
distintas, a comédia antiga, a comédia mediana e a
comédia nova. Na antiga comédia grega (458 a 404
a.C.) destaca-se Aristófanes, que além de grande
comediógrafo foi um lutador pela causa da paz.
Foi o criador da chamada comédia antiga que se
trata de um gênero composto de paródia
mitológica, sátiras políticas e pesadas críticas
pessoais.
A comédia antiga caracteriza-se pelo tom de humor
e de sátira com que se criticam assuntos da vida
cotidiana, aspetos políticos e sociais e figuras e
instituições proeminentes, sendo a sua finalidade
principal a diversão, para além do objetivo
moralizante. Emprega uma linguagem lúdica,
através de jogos de palavras, equívocos, ironia,
clichês e apresenta ainda personagens de forma
caricatural.
A segunda fase denomina-se comédia mediana ou
intermediária. A comédia deste período, cultivada
por Antífanes e Alexis, entre outros, aborda
assuntos mitológicos ou literários e caracteriza-se,
sobretudo pela ausência de coro.
A terceira fase, a comédia nova (340 a 260 a.C.),
iniciada por Menandro e desenvolvida também
por Filemon, Apolodoro de Carystos, entre
outros, trata principalmente o tema do amor e do
comportamento humano. Este tipo de comédia
revela economia na apresentação dos
acontecimentos e na função do coro, apresenta
simplicidade no espetáculo teatral e valoriza o
predomínio completo do diálogo.
Em Roma, o teatro começou a ultrapassar a fase das
formas primitivas por volta de 250 a.C., sob influência,
no que diz respeito à comédia, de Menandro. A atitude
moralista dos romanos para com a comédia fez com
que os autores ambientassem suas obras na Grécia,
dando origem à comédia palliata, denominada assim
pela veste (pallium), que os atores trajavam, que se
aproxima do modelo grego da comédia nova e é
cultivada por Plauto e Terêncio, entre outros. A
comédia togata, caracterizada pelo uso da toga
(vestimenta romana), que os atores vestiam. Recria
temas, cenas e personagens geralmente populares e é
explorada por Titinio.
Na Idade Média, a comédia perde protagonismo,
deixando de ser praticamente cultivada. No
entanto, passa empregar-se o vocábulo para as
narrativas ou poemas de desfecho feliz, como é
disso exemplo a Divina Comédia de Dante. A partir
do século XIII, a comédia, recuperando as
características primitivas, renasce com o
florescimento de farsas.
O Renascimento rompeu com a inspiração
popular da idade Média. O teatro renascentista
rompeu com os modelos da antiguidade clássica e
se transformou em divertimento da corte e dos
intelectuais.
Por fim pode-se concluir que a comédia mostra
exageradamente nossos vícios e defeitos, com
uma intenção moralizante e educativa. A
comédia, então, põe em ridículo os vícios ou maus
costumes para corrigir mediante o riso. No
entanto, não trata dos corrigir em quem os
praticam, senão que os representa com um
método preventivo para evitar que o adquiramos
os demais.

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História da comédia desde a Grécia antiga até os dias atuais

  • 2. A comédia é um gênero dramático que se caracteriza porque suas personagens protagonistas se veem enfrentados às dificuldades da vida cotidiana, movidos por seus próprios defeitos para desvincules felizes onde se faz escárnio da debilidade humana, usando noções de comicidade, humor, riso, sátira e leveza. De forma geral, "comédia" é o que é engraçado, que faz rir.
  • 3. A comédia surgiu por volta de 500 a.C., em pleno classicismo grego, onde atingiu durante seu primeiro século de vida um dos momentos de plenitude, mas vai-se desenvolvendo ao longo da Idade Média e a Idade Moderna, até chegar a nossos dias.
  • 4. Comédia é um termo de origem grega (komoidía, de kômos, que significa festa, e oidós, cantor) que designa um subgênero dramático que se opõe a tragédia e cujo conteúdo apresenta a vida cotidiana e ações humanas. A comédia utiliza recursos que provocam o riso no espectador, recorrendo ao imprevisto, ao ridículo, à surpresa, à desordem.
  • 5. A comédia é originária do Canto do "Kómos" que eram cânticos rituais nas procissões em honra do deus Dionísio, em que pessoas dançavam e cantavam pelos campos, embriagados pelo vinho, usando gestos obscenos e mímicas burlescas.
  • 6. No surgimento do teatro, na Grécia, a arte era representada, essencialmente, por duas máscaras: a máscara da tragédia e a máscara da comédia. Aristóteles, em sua Arte Poética, para diferenciar comédia de tragédia diz que enquanto esta última trata essencialmente de homens superiores (heróis), a comédia fala sobre os homens inferiores (pessoas comuns da pólis).
  • 7. Na Grécia, a comédia evolui em três fases distintas, a comédia antiga, a comédia mediana e a comédia nova. Na antiga comédia grega (458 a 404 a.C.) destaca-se Aristófanes, que além de grande comediógrafo foi um lutador pela causa da paz. Foi o criador da chamada comédia antiga que se trata de um gênero composto de paródia mitológica, sátiras políticas e pesadas críticas pessoais.
  • 8. A comédia antiga caracteriza-se pelo tom de humor e de sátira com que se criticam assuntos da vida cotidiana, aspetos políticos e sociais e figuras e instituições proeminentes, sendo a sua finalidade principal a diversão, para além do objetivo moralizante. Emprega uma linguagem lúdica, através de jogos de palavras, equívocos, ironia, clichês e apresenta ainda personagens de forma caricatural.
  • 9. A segunda fase denomina-se comédia mediana ou intermediária. A comédia deste período, cultivada por Antífanes e Alexis, entre outros, aborda assuntos mitológicos ou literários e caracteriza-se, sobretudo pela ausência de coro.
  • 10. A terceira fase, a comédia nova (340 a 260 a.C.), iniciada por Menandro e desenvolvida também por Filemon, Apolodoro de Carystos, entre outros, trata principalmente o tema do amor e do comportamento humano. Este tipo de comédia revela economia na apresentação dos acontecimentos e na função do coro, apresenta simplicidade no espetáculo teatral e valoriza o predomínio completo do diálogo.
  • 11. Em Roma, o teatro começou a ultrapassar a fase das formas primitivas por volta de 250 a.C., sob influência, no que diz respeito à comédia, de Menandro. A atitude moralista dos romanos para com a comédia fez com que os autores ambientassem suas obras na Grécia, dando origem à comédia palliata, denominada assim pela veste (pallium), que os atores trajavam, que se aproxima do modelo grego da comédia nova e é cultivada por Plauto e Terêncio, entre outros. A comédia togata, caracterizada pelo uso da toga (vestimenta romana), que os atores vestiam. Recria temas, cenas e personagens geralmente populares e é explorada por Titinio.
  • 12. Na Idade Média, a comédia perde protagonismo, deixando de ser praticamente cultivada. No entanto, passa empregar-se o vocábulo para as narrativas ou poemas de desfecho feliz, como é disso exemplo a Divina Comédia de Dante. A partir do século XIII, a comédia, recuperando as características primitivas, renasce com o florescimento de farsas.
  • 13. O Renascimento rompeu com a inspiração popular da idade Média. O teatro renascentista rompeu com os modelos da antiguidade clássica e se transformou em divertimento da corte e dos intelectuais.
  • 14. Por fim pode-se concluir que a comédia mostra exageradamente nossos vícios e defeitos, com uma intenção moralizante e educativa. A comédia, então, põe em ridículo os vícios ou maus costumes para corrigir mediante o riso. No entanto, não trata dos corrigir em quem os praticam, senão que os representa com um método preventivo para evitar que o adquiramos os demais.