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lIVIA DE SOUZA VIEiRA
NAIARA LARSEN
lIVIA DE SOUZA VIEiRA
NAIARA LARSEN
CONECTANDO SABERESMANUAL PARA GESTÃO DE BLOGS ESCOLARES
CONECTANDO SABERESMANUAL PARA GESTÃO DE BLOGS ESCOLARES
2
Lívia de Souza Vieira e Naiara Larsen
Conectando saberes:
Manual para gestão de blogs
escolares
1° edição
Joinville (SC)
Casa da cultura Digital Multiplica
Bom Jesus/Ielusc
3
O trabalho Conectando Saberes: manual para a gestão de blogs escolares de Lívia de Souza Vieira e Naiara
Larsen está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional.
	 V658c Vieira, Lívia de Souza.
			 Conectando saberes : manual para gestão de blogs 		
			 escolares / Lívia de Souza Vieira, Naiara Larsen. – Joinville, 	
		 SC :[s.n.], 2015.
			 Modo de acesso:
		 <https://casadaculturadigitalmultiplica.wordpress.com/>
			 Projeto de Extensão da Associação Educacional 			
			 Luterana Bom Jesus/IELUSC
		 ISBN 978-85-918511-0-2
			 1. Blogs escolares. 2. Comunicação digital. 3. Educação.
		 I. Larsen, Naiara. II. Título.
								 CDD 372.3
Ficha catalográfica elaborada por Alessandra Mara Schroeder – CRB 14/679
Diagramação: Naiara Larsen
Capa: freepik.com
4
AGRADECIMENTOS
	 À Associação Educacional Luterana Bom Jesus/IELUSC, pelo apoio financeiro e institucional.
Obrigada, professores Silvio Iung, Paulo Aires e Silvio Melatti.
	 Ao Núcleo de Estudos em Comunicação do Bom Jesus/IELUSC, por estar sempre de portas aber-
tas para projetos de extensão e pesquisa. Obrigada, Maria Elisa Máximo. Agradecemos também a Pa-
trícia Gaglioti, Almério Francês e Rogério da Silva Filho, que participaram do primeiro brainstorm que
deu origem a esse e-book.
	 À Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Joinville, que incentivou o projeto desde seu iní-
cio. Obrigada, Marco Aurélio Braga, Rodrigo Schwarz e Rogério Kreidlow.
	 À Secretaria de Educação da Prefeitura de Joinville, por nos receber de forma tão carinhosa e por
acreditar no projeto. Obrigada, Mônica Schüler e equipe do Núcleo de Tecnologia.
	 Aos professores Franciele Padoim, Dênis Souza e Everson Luiz dos Reis, que gentilmente nos
concederam entrevistas para um entendimento mais assertivo da realidade escolar.
5
PREFÁCIO
	 Rubem Alves recupera a filosofia dos mestres Zen para falar da educação dos seus sonhos. Ele
nos conta que os mestres Zen eram educadores“estranhos”, pois ao invés de ensinar, pretendiam“de-
sensinar”. “ ‘Desensinavam’ para que os discípulos pudessem ver como nunca tinham visto” (ALVES,
2012, p. 27). E se“só vemos aquilo que a linguagem permite e ordena ver”é preciso desarticular a lin-
guagem,“quebrar seu feitiço”para libertar os olhos dos“saberes”e devolver a eles a condição de olhos
de criança, capazes de ver como nunca haviam visto (ibid, p. 28). Inspirado na pedagogia dos mestres
Zen, Rubem Alves sonha uma educação – e uma escola – que aposte e invista nas desconstruções, nas
desaprendizagens, nas rupturas com os discursos lógicos e na abertura para mundos ainda não vistos
ou conhecidos.
	 Eu diria sem medo que este projeto surgiu de uma série de “desensinamentos” e “desapren-
dizagens”, ou seja, de uma desconstrução gradual, mas revolucionária, do próprio modelo de ensino
no qual estamos imersos e que, paradoxalmente, também ajudamos a construir. Em primeiro lugar,
porque foi uma aluna que nos colocou no caminho desta ideia. E quando um aluno ou uma aluna che-
ga ao professor com uma proposta, quase uma convocação – Que tal esta ideia? Aceita desenvolvê-la
comigo? –, temos uma revolução acontecendo. Quando isso acontece é porque o aluno desaprendeu
a enxergar o professor como centro do processo passando a ver ele mesmo refletido no centro da-
quilo que pensa, produz ou idealiza. Assim, a Naiara Larsen, idealizadora do projeto que aqui começa
a se concretizar, subverteu a nossa rotina escolar, muitas vezes refém dos planos de ensino, dos diários
de classe, dos modelos didáticos e avaliativos, e nos apontou o caminho da aventura: a aventura de
colocar, finalmente, a educação na perspectiva da tecnologia, da dinâmica das redes e das múltiplas
conexões que povoam o contemporâneo.
	 Em segundo lugar, porque a própria tecnologia, renovando-se rapidamente e multiplicando
possibilidades, nos impele a constantes e radicais desaprendizagens. A cada inovação, somos convi-
dados a repensarmos conceitos, práticas e hábitos, buscando novas formas de lidar, transitar e par-
ticipar da vida cotidiana na atualidade. No campo educacional, hoje muito ainda se debate sobre se
devemos ou não incorporar as tecnologias digitais às nossas práticas pedagógicas. Pra mim, é um de-
bate anacrônico, fora do lugar. Afinal, negar que as pessoas e os dispositivos tecnológicos interagem,
atualmente, de formas cada vez mais simétricas e horizontais é negar a própria característica
6
da contemporaneidade. Como afirma Manuel Castells ao descrever as transformações que marcam e
definem a chamada sociedade em rede,“nós sabemos que a tecnologia não determina a sociedade: é
a sociedade” (CASTELLS, 2005, p. 17). Assim sendo, a meu ver, não cabe mais decidirmos se devemos
ou não aceitar que o aluno acesse seu celular ou smartphone em sala de aula; não cabe mais nos inco-
modarmos com os notebooks e tablets conectados ao Facebook, ao Twitter ou aos blogs. Cabe, sim,
discutirmos sobre como incorporar a tecnologia aos processos e percursos educacionais. Cabe, tam-
bém, inventarmos espaços onde a tecnologia possa participar da aprendizagem promovendo a au-
tonomia, a criatividade e a capacidade de encontrar soluções para as demandas cotidianas de nossos
estudantes. Não tenho dúvidas de que a melhor forma de fazer este debate é trazendo, efetivamente,
a web, os dispositivos móveis, as redes sociais online, os blogs, os games, aplicativos etc para o centro
da educação.
	 O material que temos aqui é, certamente, um primeiro passo nesta direção. Um passo pequeno,
sim, mas é o começo de um sonho. Melhor dizendo, “Conectando Saberes” parece surgir como uma
espécie de licença para sonharmos. É isso! O término da primeira etapa de um projeto que se quer
maior e mais ambicioso nos autoriza a acreditar que é possível, sim, transformarmos a forma como
pensamos e fazemos educação. E o que desejamos é que você, que começa a explorar este material,
sonhe conosco e amplie as possibilidades de transformar a nossa realidade educacional.
Maria Elisa Máximo
Dra. em Antropologia Social
Coordenadora do Núcleo de Estudos em Comunicação (Necom) do Bom Jesus/Ielusc
7
SUMÁRIO
Apresentação													 8
Primeiros passos: por que sua escola deve ter um blog?						 10
Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blogs						 22
Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens						 40
Registrando o movimento: vídeos que contam histórias						 56
Para ir além: outras ferramentas úteis									 72
Considerações finais												 77
Referências													 78
Sobre as autoras													 80
8
apresentação
Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas.
Rubem Alves
	 Este e-book parte do entendimento de que inclusão digital é também inclusão social. Ou seja,
indivíduos que são estimulados a criar e inovar nos ambientes digitais estão construindo para si – e para
outros – um empoderamento social.
	 Inicialmente, destacamos que o ‘Conectando saberes: manual para gestão de blogs escolares’ é
o primeiro projeto desenvolvido pela Casa da Cultura Digital Multiplica, e foi viabilizado por meio de
aprovação no Edital no 2/2014 de projetos de extensão do Bom Jesus/IELUSC.
As ‘Casas da Cultura Digital’ são lugares de utopias reunidas, como elas mesmas se definem. São espa-
ços independentes de coworking, em que diversas organizações trabalham em uma filosofia de troca e
cooperação. Atualmente, há unidades em São Paulo, Porto Alegre, Campinas e Belém. Por sua própria
natureza, não há ‘donos’ e, portanto, qualquer pessoa ou instituição pode criar a sua Casa da Cultura
Digital. É o que fizemos e este e-book marca, de forma embrionária, o início de uma empreitada que visa
o compartilhamento de conhecimentos para a comunidade. Por isso adicionamos ao nome a palavra
‘Multiplica’.
	 Nesse contexto entre a interface do jornalismo e a comunicação comunitária, nasceu a ideia de
contribuirmos com a comunicação digital das escolas a partir de uma iniciativa já existente e com muitas
potencialidades: os blogs escolares. Para isso, vamos explicar como tudo começou.
	 No primeiro semestre de 2014, a acadêmica de Jornalismo do Bom Jesus/IELUSC Naiara Larsen
desenvolveu o trabalho “Educação em Ação – Perfis”¹, que retratou, em vídeo, professores com projetos
pedagógicos interessantes e inovadores na área da educação pública na cidade de Joinville (SC). Para
encontrar essas histórias, uma das estratégias utilizadas pela estudante foi a de buscar informações nos
blogs das escolas. Na pesquisa, ela constatou que quase todas as instituições de ensino utilizavam a
plataforma como vitrine para divulgar atividades realizadas em sala de aula.
	 Contudo, durante este processo, foi observado que os blogs são utilizados de forma pouco eficien-
te, sem aproveitar suas potencialidades. Entre os problemas constatados estão a desatualização, falta de
critérios de publicação e a ausência de diálogo com a linguagem e ferramentas para o ambiente digital.
¹ Sob orientação da professora Beatriz Cavenaghi
a
9
	 A percepção destas necessidades surgiu, principalmente, após a acadêmica cursar as disciplinas de
Meios Digitais, Produção Jornalística em Ambiente Digital 1 e 2, ministradas pela professora Lívia Vieira.
Nas aulas, os estudantes são incentivados a utilizar a rede para criar produtos jornalísticos diferencia-
dos, empregando as habilidades da profissão com as ferramentas disponibilizadas pela internet, além de
compreender como a informação circula no ambiente digital e entender os mecanismos de buscas na
rede.
	 A partir desses critérios e também do entendimento sobre a importância da internet no mundo
atual como ponte para compartilhar informações, percebemos as possibilidades que poderiam surgir a
partir da utilização plena de uma ferramenta como o blog.
	 Dessa forma, o objetivo deste e-book é reunir boas práticas de conteúdo para blogs escolares.
A ideia não é, simplesmente, ensinar os professores a fazer; mas orientá-los a saber fazer. Dito de outra
forma: não é nossa pretensão direcionar conteúdos, mas sim mostrar aos professores que existe uma
grande quantidade de ferramentas e de soluções para ampliar a divulgação dos trabalhos realizados nas
escolas. Seguindo a concepção do educador Paulo Freire (2005, p. 77), repudiamos a educação‘bancária’
e perseguimos a educação libertadora.“A educação que se impõe aos que verdadeiramente se compro-
metem com a libertação não pode [...] ser a do depósito de conteúdos, mas a da problematização dos
homens em suas relações com o mundo”.
	 Portanto, o termo‘manual’tem um caráter muito mais didático do que padronizador. Nossa missão
foi compilar as melhores práticas de conteúdo para que elas integrem uma ampla cartela de opções a
que os professores podem recorrer em suas postagens nos blogs. O manual é, nesse entendimento, um
ponto de partida e não um ponto de chegada.
	 Ao percorrer os cinco capítulos - ‘Primeiros passos’, ‘Caminhando pelo texto’, ‘Exercitando o olhar’,
‘Registrando o movimento’ e ‘Outras ferramentas úteis’, o leitor terá orientações técnicas e de conteúdo
para fazer com que o blog escolar seja um espaço de comunicação e aprendizado. Salientamos ainda
que a efetivação deste manual será plena com a capacitação dos professores, próxima etapa de nosso
projeto. Para os que nos leem, incluam essa ação no planejamento pós-leitura do manual.
	 Assim, acreditamos que a pertinência desta iniciativa se dá principalmente no contexto atual, cada
vez mais interligado digitalmente. Não fazer parte desse universo de forma efetiva é estar excluído, tam-
bém socialmente, de uma série de possibilidades oferecidas por esse novo mundo. Além disso, os blogs
surgem como uma possibilidade de comunicação entre escolas, pais, professores, alunos e comunidade,
um diálogo essencial para a construção de uma sociedade mais informada e ativa.
	 Boa leitura!
10
Primeiros passos:
por que a sua escola deve ter um blog?
A
11
N
o Brasil, os primeiros blogs nasceram na década de 1990 como grandes diários virtuais. Hoje, eles são muito
mais abrangentes e utilizados tanto por cidadãos comuns como por profissionais: jornalistas, cientistas, artistas
e professores. A essência de um blog está em sua pertinência para determinado grupo de pessoas, que formam
grandes comunidades virtuais em torno de um assunto específico. O nosso é a Educação.
	 Mas antes de criar um blog, é preciso fazer um questionamento importante: Por que minha escola precisa ter um?
E mais: pra que serve um blog?
	 Para responder a essas perguntas, vamos propor uma viagem no tempo. Tente lembrar da sua época de estu-
dante em idade escolar. Brincadeiras, atividades, professores, colegas de classe, aulas… certamente são momentos
inesquecíveis, que fazemos questão de guardar na memória. Agora, imagine um lugar onde essa memória, somada a
de outras pessoas, pudesse ser acessada a qualquer momento, e não somente nos antigos álbuns de fotografia? É isso
que um blog escolar proporciona: o registro de uma memória de riqueza imensurável, imaterial, que pode ser compar-
tilhada com alunos, pais, professores e comunidade.
	 O jornalista e pesquisador Leonardo Foletto afirma que um blog é:	
[...] um meio de comunicação pessoal e interativo tendo como elemento básico o hipertexto (BLOOD
2002, LÓPEZ 2007) e como componente organizacional principal o Sistema de Publicação de Con-
teúdo (CMS), que confere ao weblog uma interface de edição simplificada que exime o autor da ne-
cessidade de usar códigos de linguagens de programação web e dá, estruturalmente, o formato de
entradas datadas organizadas em uma ordem cronológica reversa onde, em cada uma das entradas,
existe possibilidade do usuário fazer comentários (FOLLETO, 2009, p. 36).
	 De forma simplificada, o autor chama atenção para algumas importantes características dos blogs:
	 Interatividade: os blogs permitem a participação das pessoas por meio dos comentários;
Hipertextualidade: dá autonomia ao leitor para navegar por meio de links para conteúdos dentro e fora do
blog;
Facilidade de publicação: você não precisa ser um programador para ter um blog. Basta que aprenda a utilizar
uma ferramenta de publicação de conteúdo, como ensinaremos aqui.
Estrutura singular: é fácil reconhecer um blog, pois ele possui posts publicados em ordem decrescente (do
mais recente para o mais antigo). Alguns ainda possuem perfil do blogueiro, categorias de assuntos, arquivo
com o histórico das postagens e lista de blogs recomendados.
Dessa forma, o blog escolar é uma poderosa ferramenta de comunicação e de registro de experiências nesse ambiente
tão rico e marcante na vida de todos nós. Mais do que utilizar uma tecnologia ‘da moda’, o blog é uma extensão per-
manente da escola, onde alunos, professores, pais e comunidade podem trocar informações, conhecimento, estreitar
relações de afeto e divulgar as práticas pedagógicas bem sucedidas.
Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog?
12
Blog ou Facebook?
	 Se os blogs são da década de 1990, como dissemos anteriormente, as redes sociais digitais são bem mais recen-
tes. O Facebook, segundo site mais acessado no Brasil² , foi criado em 2004 pelo norte-americano Marck Zuckerberg,
que tinha apenas 20 anos de idade.
	 Atualmente, muitas escolas utilizam as duas mídias sociais e incluem nas fanpages a divulgação das postagens
dos blogs escolares. Essa é uma boa prática, mas chamamos atenção para algumas questões:
	 - Por regra, o Facebook só permite o cadastro de pessoas a partir de 13 anos de idade. No entanto, sabemos
que alunos com menos idade e até crianças estão na rede social, muitas vezes com a permissão dos pais. Ao criar uma
fanpage para se comunicar com os alunos, a escola deve estar ciente dessa norma e refletir sobre a real pertinência da
presença no Facebook. Se a própria rede social estabelece uma idade mínima, é porque há razões para isso, inclusive
com relação à exposição de imagem e risco para as crianças.
	 - Para acessar um blog, não é preciso cadastro. Há plataformas gratuitas para criação de blogs e há também a
possibilidade de instalação de um plugin em um servidor próprio. Dessa forma, a instituição tem total controle sobre o
conteúdo e as mudanças podem ser planejadas de dentro para fora.
	 - O Facebook pertence a uma empresa privada, portanto, fora do controle de seus usuários.Vamos imaginar, por
exemplo, que Marck Zuckerberg acorda um dia de mau humor e resolve acabar com a rede social? É claro que essa é
uma situação hipotética e dificilmente se tornaria realidade, mas bem ilustra que a gestão da ferramenta não está em
nossas mãos. Todo o investimento em conteúdo deve ser pensado sob essa perspectiva. Além disso, a própria exibição
dos posts para que curte a página de uma escola, por exemplo, é controlada pelo Facebook, que utiliza muitos critérios
não divulgados.
	 - Todo o conteúdo de um blog é exibido para quem o acessa, sem restrição. Além disso, há a possibilidade de re-
ceber as atualizações por e-mail para quem se cadastrar ou‘seguir’o blog. Outra opção é a moderação de comentários,
para evitar ofensas ou conteúdo inadequado.
Com essas considerações, não queremos dizer que a escola deve optar por um blog ou descartar o Facebook, mas
que seus gestores precisam ter consciência das vantagens e desvantagens da presença institucional nas mídias
sociais. Como este manual trata especificamente de blogs escolares, nossa atenção está voltada para suas potencia-
lidades de interatividade entre pessoas e ensino-aprendizagem.
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
² Dados da empresa de informação de internet Alexa. O primeiro site mais acessado do Brasil é o Google. Fonte: Infomoney, 2013. Disponível
em: http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/gadgets/noticia/2961393/sites-mais-acessados-brasil-segundo-site-alexa
13
Planejar, planejar, planejar
	 Se a escola já tem um blog ou pretende criar um, a orientação é a mesma: planejar. Um dos maiores desafios está
na atualização do blog, que precisa ser constante, sob o risco de ser esquecido pelos próprios alunos, pais e professores.
Por outro lado, um blog atualizado pode ser mais do que um canal de divulgação das atividades escolares: tem potencial
para ser fonte de informação na comunidade, criar relacionamento com os pais e até virar pauta para a imprensa local.
Tudo isso, como dissemos, requer planejamento. Vamos lá?
- Primeira atitude: Designar pelo menos uma pessoa para ser responsável pela gestão do blog escolar. Em muitos casos,
como nas escolas municipais de Joinville, essa responsabilidade fica com o professor da sala de Informática, que possui
conhecimento técnico para utilizar as ferramentas. No entanto, enfatizamos que qualquer professor pode adquirir conhe-
cimentos para atualizar o blog. Esse é, inclusive, o principal objetivo deste manual: capacitar os profissionais a utilizar com
eficiência o blog escolar.
- Segunda atitude: Estabelecer o fluxo de recebimento, autorização e publicação de conteúdo. Recomendamos que
qualquer professor ou aluno possa ter liberdade para sugerir um assunto para o blog. Ao criar o conteúdo, este deve ser
encaminhado, preferencialmente por e-mail, ao responsável pela atualização do blog, que vai avaliar o material e publicá-
lo. Outra recomendação é para que a diretora ou diretor da escola participe do planejamento de conteúdo (terceiro pas-
so), mas não precise autorizar previamente a publicação de um post no blog, pois isso pode comprometer a dinâmica de
atualização. Educação para a autonomia, como disse o mestre Paulo Freire.
-Terceiraatitude:Definir o público do blog, missão e visão. É de extrema importância saber para quem estamos falando e
é importante que essa informação seja de conhecimento de todos. Pode parecer óbvio que o público de um blog escolar
é composto por alunos, professores, pais, familiares e a própria comunidade em torno da escola. No entanto, poderíamos
acrescentar também imprensa e governo locais, outras escolas, entre outros. O importante é refletir e discutir sobre a
escolha desse público, pois toda a comunicação será direcionada para ele. Além disso, estabeleça a missão (objetivo do
blog) e visão (uma meta, o que ele quer ser). Essas diretrizes serão essenciais para o planejamento do blog, atitude a seguir.
- Quarta atitude: Organizar um planejamento de conteúdo anual para o blog. O melhor momento para isso é antes do
início do ano letivo, quando há reuniões de planejamento pedagógico. Com professores, supervisores e diretores reu-
nidos, deve ser feito o planejamento para as postagens durante todo o ano, já prevendo datas comemorativas, eventos
da escola e projetos a serem desenvolvidos. Enfatizamos que esse planejamento será atualizado e pode ser modificado,
pois é como um organizamo vivo. Mas esse passo é muito importante para que não haja‘falta de assunto’ou sobrecarga
para o professor responsável pela atualização. Nessa etapa, é também fundamental definir a periodicidade de publicação:
recomendamos, no mínimo, 3 vezes por semana. Veja um exemplo simples de planejamento de conteúdo para duas
semanas em um blog escolar:
Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog?
14
Data da
publicação
Assunto Recurso
multimídia
Responsável
pelo conteúdo
Data de envio do
conteúdo por e-mail
Responsável
pela publicação
2.2.2015
O que fazer nas férias?
Opções de brincadeiras e jogos
educativos
Vídeos e fotos Professor 1 1.2.2015 Professor 2
4.2.2015 Retrospectiva do ao anterior,
contada por um aluno
Fotos Aluno 1 3.2.2015
Professor 2
Professor 2
Professor 2
Professor 2
6.2.2015
Depoimento de um pai sobre o
aprendizado do filho
Fotos
Pai 1 5.2.2015
9.2.2015
Volta às aulas. Boas vindas aos
alunos
Fotos de todos os
professores
Professor 3 8.2.2015
11.2.2015 Festa de recepção para os alunos Fotos Professor 4 10.2.2015
Professor 213.2.2015 Novidades para o ano Tabela interativa
Professor 5
12.2.2015
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Caminho das pedras
	 Para a escola que ainda não tem um blog, há inúmeras opções de plataformas gratuitas. No entanto, recomen-
damos que as escolas de uma mesma rede (municipal, estadual ou federal) utilizem uma única plataforma, que deve
estar instalada em servidor próprio. Dessa forma, a gestão é bastante facilitada, para que não haja perda de senhas ou
informações de arquivo.
	 Como sabemos que esse processo é por vezes trabalhoso e depende da articulação com outras áreas, como
Tecnologia da Informação, apresentamos a seguir tutoriais para criação de blog escolar em duas das plataformas
mais populares: Wordpress e Blogspot. Enfatizamos que os layouts das páginas abaixo e os próprios procedimentos
de cadastro podem ser alterados ao longo do tempo, mas muito provavelmente as informações solicitadas serão as
mesmas.
15
3
Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog?
Criação de blog no Wordpress
L
Acesse:
www.wordpress.com
Digite o endereço do blog. Esse item é
importante, pois um endereço simples e
não muito longo facilita a busca. O mais
recomendado é o próprio nome da escola.
(Ex.: www.escolaxx.wordpress.com)
Informe um endereço de ‘E-mail’. Aqui
recomendamos que seja criado um email para a
escola (Ex.: escolaxx@gmail.com), de modo que o
blog não fique atrelado à conta pessoal de algum
professor (isso pode dificultar a gestão futura). O
mesmo para o ‘Nome de usuário’ (colocar o nome
da escola) e para ‘Senha’ (nunca utilizar uma senha
pessoal, mas sim uma genérica que pode ser
lembrada posteriormente.
Ex.: escolaxx1983, em que, hipoteticamente, ‘1983’ é o
ano de fundação da escola).
Embaixo do ‘Endereço do blog’, que já estará pre-
enchido, clique em ‘Não, obrigado, eu vou usar o
Wordpress gratuito’.
Em seguida, clique em‘Criar blog’.
1
2
4
5
16
Configure seu blog: escreva o título, um slogan
para facilitar a busca (opcional) e deixe seleciona-
do o idioma Português. Clique em ‘próxima etapa’.
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
H
6
7
Preencha os campos abaixo com as informações já defi-
nidas de‘E-mail ou nome de usuário’e‘Senha’.
Clique em ‘Login’.
17
8Escolher um tema: há inúmeras opções de temas, entre
pagos e gratuitos. Como se trata de um blog escolar, re-
comendamos que o template seja simples, sem muitos
detalhes. O importante é o conteúdo, já que um layout
muito poluído visualmente pode dificultar a leitura. Lem-
bre-se: menos é mais. Clique em‘próxima etapa’.
Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog?
Compartilhamento de posts: essa opção permi-
te a conexão do blog com as contas do Twitter
e Facebook. Pelos motivos explicitados na pági-
na 12, recomendamos o não compartilhamento.
No entanto, entendemos que essa é uma decisão
institucional. Clique em‘próxima etapa’.
H
9
18
11
Verifique seu endereço de e-mail: para come-
çar a publicar os posts, você deve entrar no e-
mail informado no ato de criação da conta e
clicar no link de confirmação. Clique em ‘con-
firmar endereço de email’.
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Você será direcionado para o blog que acabou de criar.
Clique no lápis que aparece no canto superior direito e
pronto! Você já pode inserir o primeiro post, com título,
texto e opções de adicionar mídia (fotos e vídeos). Ao
concluir, clique em‘publicar’. Irá aparecer a opção de‘Ver
post’. Clique e você verá o post publicado no blog.
10
19
Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog?
Há também a opção de agendar o post, para publicá-lo poste-
riormente. Clique em‘alterar status’, marque‘agendado’e insira a
data e hora desejados.
Outro recurso é inserir ‘tags’, etiquetas que auxiliam na encontrabi-
lidade do conteúdo pelos buscadores. Escolha algumas palavras-
chave que têm relação com o assunto do post. Além disso, é inte-
ressante criar categorias de grandes temas para o blog. (Ex.: Projetos
Educacionais, Eventos, entre outros). Isso facilita a própria organiza-
ção dos conteúdos no blog.
12
13
20
Criação de blog no Blogspot
Acesse www.blogspot.com. Você será direcionado
para a tela de conta do Gmail, pois o Google com-
prou o Blogspot. Então, o primeiro passo é digitar o
e-mail e senha da escola no Gmail (se não tiver um,
é preciso criar).
Clique em‘novo blog’.
Dê um título para o blog e digite o endereço deseja-
do. Aqui fazemos a mesma recomendação: crie um
email para a escola (Ex.: escolaxx@gmail.com), de
modo que o blog não fique atrelado à conta pesso-
al de algum professor (isso pode dificultar a gestão
futura). O mesmo para o ‘Nome de usuário’ (colocar
o nome da escola) e para ‘Senha’ (nunca utilizar uma
senha pessoal, mas sim uma genérica que pode ser
lembrada posteriormente. Ex.: escolaxx1983, em que,
hipoteticamente,‘1983’é o ano de fundação da esco-
la). Escolha também um ‘modelo’ para o blog. Reco-
mendamos o‘simples’. Clique em‘criar um blog’.
Como o Google já tem suas informações de contato, o passo a passo
para criar um blog no Blogspot é mais simples. Basta clicar em‘iniciar
postagem’para publicar seu primeiro post.
1 2
3
4
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
21
5
Escolha o título, digite o texto e adicione
outras opções de mídia (fotos e vídeos). Cli-
que em‘publicar’, no canto superior direito.
Assim como no Wordpress, há a opção de agen-
dar o post, para publicá-lo posteriormente.
Clique em‘programar’e marque‘definir data e
hora’. Após escolher, clique em‘concluído’.
Outro recurso é inserir‘marcadores’, etiquetas que auxiliam na encontrabilidade do
conteúdo pelos buscadores. Escolha algumas palavras-chave que têm relação com
o assunto do post. Clique em‘concluído’.
6
7
Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog?
22
cAMINHANDO PELO TEXTO:
TÉCNICAS DE REDAÇÃO PARA BLOG
l
23
Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
E
ste capítulo é dedicado à escrita do blog. Trazemos do universo jornalístico algumas dicas que podem ser válidas
na construção dos textos. Começamos falando sobre o critério de postagem, ou seja, que tipo de informação é
relevante para um blog escolar. Feita a escolha do que se quer postar, o passo seguinte é a elaboração do texto.
Neste tópico vamos apontar alguns caminhos que podem ajudar na hierarquização das informações e melhorar a clare-
za do post. A etapa final será adequar esse texto para a web. A ideia é que esses posts tenham a linguagem do mundo
digital e aproveitem as ferramentas que a internet oferece, deixando assim o conteúdo ainda mais interessante.
Critérios de postagem
	 Uma das primeiras perguntas com que um estudante de jornalismo se depara na faculdade é“O que é notícia?”.
Aliado a este questionamento outros também aparecem, como,“o que faz um fato virar notícia?”, e ainda,“quem esco-
lhe o que é ou não notícia?”. No jornalismo as respostas para essas perguntas são os critérios de noticiabilidade. Eles
ajudam os jornalistas a determinarem os fatos que serão destacados nos veículos de comunicação. Essa discussão é
longa e muitos teóricos do Jornalismo e da Comunicação estudaram e ainda estudam essas questões.
	 Ainda assim, podemos oferecer uma definição primária que nos ajuda a entender o que é notícia e a definir
alguns critérios de noticiabilidade. Para virar notícia, um fato precisa ter algo fora do comum, que não saiu como plane-
jado, aconteceu ao acaso e de forma inesperada. Por exemplo, milhares de aviões cruzam o céu do país todos os dias,
e isto não é noticiado porque este é o normal, mas se algum avião cai, com certeza isto estará nos jornais. Existe uma
máxima no Jornalismo que ilustra bem o que pode ou não ser considerado notícia:
“SE UM CACHORRO MORDE UM HOMEM, NÃO É
NOTÍCIA. SE UM HOMEM MORDE UM CACHORRO, É.””
	 A partir daí, os critérios de noticiabilidade norteiam a publicação de determinado fato. Pegando novamente o
exemplo de um avião: se uma aeronave cai na Índia e mata cerca de 150 pessoas, com certeza isto será muito noticiado
no país, mas aqui no Brasil ganhará provavelmente apenas algumas linhas de textos de jornais e portais on-line, e não
mais que um minuto nos telejornais e programas de rádio. Mas, se o presidente dos EUA estivesse no avião e morresse,
sem dúvidas isto ganharia um espaço considerável nos veículos de comunicação.
	 Nesses exemplos estão embutidos pelo menos dois critérios de noticiabilidade. O primeiro é a proximidade. Um
avião cai na Índia, o fato é incomum, com certeza é uma notícia, mas por ser um país distante do Brasil e o acidente não
ter nada a ver com nosso país, o fato aqui não será repercutido.
	 Ou seja, é possível perceber que os jornais trazem notícias que se referem à região na qual o veículo está situado,
pois as pessoas se identificam com o que está próximo geograficamente delas.
k
24
	 O segundo exemplo, o da queda do avião com o presidente norte-americano, nos revela como critério de no-
ticiabilidade a proeminência. Este termo se refere a personalidades públicas. Resumindo a ideia, sempre que um fato
incomum acontecer com alguém“importante”, uma pessoa conhecida, como por exemplo, um político, um artista ou
um cantor, o fato vai ganhar destaque na mídia. Neste caso, o presidente dos EUA tem uma importância global e sua
morte geraria implicações mundiais.
	 É importante ressaltar que os critérios de noticiabilidade não se dão de forma isolada, muitas vezes eles são
utilizados conjuntamente para analisar se um fato é pertinente ou não.
Outra questão primordial para a veiculação de uma notícia é sua atualidade. O fato pode ser incomum e inusitado, mas
se ocorreu há dois meses, não tem mais validade, porque os veículos de comunicação trabalham com acontecimentos
recentes, esta é a sua marca.		
	 Você pode estar se perguntando o que toda essa explicação tem a ver com a criação dos blogs escolares. Acre-
ditamos que é importante que a(s) pessoa(s) responsável (eis) pela página da escola se questionem quanto ao material
que será disponibilizado na internet. A ideia com toda essa explicação é estabelecer parâmetros, a partir dos critérios
de noticiabilidade, para a postagem de textos nos blogs.
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Essa questão é importante e a conceituação do que é notícia pode nos
apontar alguns caminhos. Vimos que um fato só vira notícia se ele foge
do comum. Podemos aplicar isto também para encontrar assuntos per-
tinentes para o blog.
Nesse contexto, precisamos exercitar nosso olhar para perceber o que
de incomum e diferente está acontecendo dentro da escola, e este será
um processo peculiar para cada“blogueiro”.
Entre tantas atividades
que acontecem
cotidianamente na
escola, o que seria
relevante postar?
- Feira de ciência ;
- Apresentações Artisticas e culturais de alunos;
- Apresentações artísticas e culturais de artistas de fora;
- Visitas a campo;
- Visitas de autoridades a escola;
- Alunos e professores destaques em premiação ou eventos;
- Alunos destaques em competições esportivas externas;
- Competições esportivas internas;
- Festas ou comemorações de datas representativas.
Conseguimos intuitivamente elencar alguns eventos que poderiam ser destaque no blog:
25
	 Assim como as notícias são divulgadas no dia em que aconteceram ou no
máximo no dia seguinte, é imprescindível que todas essas atividades também sigam
essa regra. Não faz sentido escrever na sexta-feira sobre uma feira de ciência que
ocorreu na segunda anterior, a informação já ficou velha e pode não interessar mais
ao leitor.
	 Outra questão importante quando falamos em internet é a frequência de
postagem. Já destacamos aqui a importância do blog como ferramenta para que as
pessoas conheçam a escola, mas além disso é indispensável que o blog seja sempre
atualizado. Uma página desatualizada demonstra um relaxamento, que pode ser as-
sociado à própria imagem da escola. Ao contrário, um blog alimentado constante-
mente demonstra que a escola é ativa e movimentada.
	 O ideal é que o blog receba conteúdo, pelo menos, três vezes por semana.
Outras possibilidades como a cada 15 dias, ou mesmo, mensalmente, tornam o blog
desinteressante para o leitor. Outra dica importante: não fazer postagens constantes
no blog, por exemplo todos os dias, e depois deixar três semanas sem atualizar.
	 Lembre-se que, para o leitor, o conteúdo vai representar as atividades rea-
lizadas na escola, então, se as postagens forem irregulares, vai parecer que numa
semana o colégio estava fazendo diversas atividades e nas semanas seguintes não
fez nada. Então, quando falamos na frequência de postagens, a palavra chave é re-
gularidade. Se não for possível manter a média de três posts semanais, é importante
que o prazo entre um texto e outro não seja muito longo.
DICA
Podemos ainda elencar
outras informações que
podem ser pauta nos blo-
gs escolares, como por
exemplo, lista do material
escolar, calendário do ano
letivo, convite para festas
e eventos, avisos gerais da
secretaria da escola, entre
outros. Essas informações
são pertinentes para o lei-
tor, principalmente, para
os pais e responsáveis pe-
los alunos.
O texto
	 Agora que já vimos o que é relevante postar no blog, o próximo passo é entender a forma como vamos colo-
car essas informações na internet. Aqui podemos, mais uma vez, pegar emprestadas algumas técnicas do jornalismo
para nos ajudar a escrever um bom texto. A notícia, mais que um conceito subjetivo para entendermos que fato me-
rece ou não ser destaque nos jornais, é também um estilo de texto jornalístico.
	 Quem abrir um jornal vai encontrar, pelo menos, três tipos de textos: as notas, as notícias e as reportagens. As
notas contêm textos curtos, até um parágrafo, com informações factuais, mas que não merecem tanto destaque. As
notícias narram um fato de forma mais profunda que a nota, contextualizando o acontecimento através de informa-
ções mais detalhadas. As reportagens abordam os fatos de forma ainda mais densa e exigem mais investigação do
jornalista, por isso nem sempre são factuais.
	 Desses estilos, o que mais se encaixa com os blogs é a estrutura da notícia. Isso porque ela informa na medida
certa, ou seja, não é tão rasa quanto uma nota, nem tão extensa quanto uma reportagem. A notícia traz as informa-
ções necessárias e pertinentes, destacando os principais fatos e personagens do acontecimento. E estes são os nossos
objetivos para o blog.
Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
26
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
A estrutura da notícia
	 A construção de um texto noticioso é, de certa maneira, fácil, porque segue o mesmo raciocínio de quando
contamos um fato inusitado a alguém. Por exemplo: estamos na rua e presenciamos um atropelamento. Quando
relatamos a história, normalmente dizemos: “Nossa, vi um atropelamento hoje, uma moto bateu em um senhor que
caminhava na calçada, o acidente foi na rua tal!”.
	 Se analisarmos nossa fala, podemos perceber que começamos a história pelo fato principal, ou seja, o que
aconteceu (neste exemplo foi o atropelamento). Depois deta-
lhamos, dizendo quem estava envolvido e continuamos des-
crevendo o local em que tudo isto se passou.
	 Essa é a característica principal da notícia, revelar o
QUE aconteceu já no começo do texto. Depois, seguimos con-
tando QUEM foi a vítima do acontecido e também buscamos
contextualizar o fato, descrevendo ONDE isto aconteceu. 	
	 Quando um jornalista vai escrever sobre o atropela-
mento, apesar de ele usar a mesma estrutura lógica da fato
contado, ele precisa adaptar a narrativa para a linguagem es-
crita e também buscar mais dados para passar uma informa-
ção completa ao seu leitor. Então, ele procura saber também
QUANDO, COMO E POR QUE o fato aconteceu.
	 Por exemplo, nesta notícia do Diário de Santa Maria:
Quem - Um idoso de 87 anos
O quê - morreu atropelado
Onde - na Rua Rio Branco, no bairro Parque Pinheiro
Machado
Quando - perto das 20h deste domingo
Como - Luiz Flores Difante, caminhava ao lado da
mulher quando foi atingido por um motociclista
Aqui a questão “Por quê?” ficou de fora, não foi coloca-
da na notícia. O porque significa a circunstância e pro-
vavelmente seria a resposta do motoqueiro, ou seja, o
idoso foi atropelado na calçada porque o condutor da
moto perdeu a direção do veículo.
27
A partir das sugestões de postagem citadas no tópico anterior, vamos criar dois exemplos fictícios:
Primeiro exemplo: Feira de Ciências
A Escola Municipal Paulo Freire realizou nesta quarta-feira (14/1/2014) a oitava Feira de Ciências “Albert Einstein”. O
encontro ocorreu no pátio e envolveu todos os estudantes da escola. No período da manhã, as turmas do primeiro ao
quinto ano expuseram os trabalhos e, à tarde, foi a vez dos alunos do sexto ao nono ano. A feira é a oportunidade dos
estudantes mostrarem o conhecimento aprendido durante as aulas.
Aqui podemos identificar as questões:
Quem - A Escola Municipal Paulo Freire
O que - realizou a oitava Feira de Ciências...
Quando - Nesta quarta-feira
Onde - No pátio da escola
Como - No período da manhã, as turmas do primeiro..
Porque - A feira é a oportunidade...
Segundo Exemplo: Apresentações artísticas e culturais de artistas de fora
O grupo de teatro Epidemia se apresentou ontem (16/2/2014) na quadra da escola. A trupe encenou para os alunos do
nono ano o espetáculo“Pare, olhe e escute”. A peça fala sobre os riscos que corre quem não obedece as leis de trânsito.
O que motivou a apresentação do espetáculo foi um acidente de carro em frente à escola.
Neste exemplo também podemos identificar as perguntas:
Quem - O grupo de teatro Epidemia
O quê - encenou o espetáculo“Para, Olhe e escute”
Quando - ontem (16/2/2014)
Onde - na quadra da escola
Porque - O que motivou a apresentação do espetáculo foi um acidente de carro em frente à escola.
Dessaforma, estruturabásicadeumanotícia
e dos textos que podemos desenvolver
para o blog envolve seis perguntas:
O QUE
QUEM
quando
Onde
como
Por que
Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
28
Para ir além... (Parte 1)
	
Como pudemos perceber, a composição do primeiro parágrafo de uma notícia pretende responder as questões QUEM, O
QUÊ, QUANDO, ONDE, COMO E PORQUE. A intenção é contextualizar a informação para o leitor. Emprestamos essa ideia
para a elaboração de textos mais interessantes para os blogs. Mas isso não quer dizer que não podemos ir além e acres-
centar mais conteúdo ao nosso post. Mesmo sendo curtas, as notícias normalmente não se limitam ao primeiro parágrafo,
mas agregam outros dados nos parágrafos seguintes. Eles são utilizados pra descrever mais detalhadamente algumas das
questões do início do texto.
Voltamos ao exemplo da Feira de Ciências:
A Escola Municipal Paulo Freire realizou nesta quarta-feira (14/1/2014) a oitava Feira de Ciências “Albert Einstein”. O encontro
ocorreu no pátio e envolveu todos os estudantes da escola. No período da manhã, as turmas do primeiro ao quinto ano expu-
seram os trabalhos e, à tarde, foi a vez dos alunos do sexto ao nono ano. A feira é a oportunidade dos estudantes mostrarem o
conhecimento aprendido durante as aulas.
UmdosdestaquesdaFeirafoiosdesenhoscriadospelosalunosdoterceiroanoA,doperíodomatutino. Aprofessoradeciências
Maria Luiza Ribeiro trabalhou em sala de aula, durante o segundo bimestre, o sistema respiratório. Durante as aulas ela dividiu
a turma em pequenos grupos, e cada um deles ficou responsável por desenhar um órgão que faz parte do sistema. Ao final eles
juntaram todos os desenhos para montar o sistema respiratório completo.
Observamos que, no segundo parágrafo, foram acrescentadas algumas informações mais pontuais, que são interessantes
e ajudam o leitor do blog a entender um pouco mais sobre o evento.
O
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
No exemplo dois, também é possível perceber que o acréscimo de da-
dos deixa o post ainda mais informativo.
O grupo de teatro Epidemia se apresentou ontem (16/2/2014) na quadra da
escola. A trupe encenou para os alunos do nono ano o espetáculo “Pare, olhe
e escute”. A peça fala sobre os riscos que corre quem não obedece as leis de
trânsito.Oquemotivouaapresentaçãodoespetáculofoiumacidentedecar-
ro em frente à escola.
Ao final da apresentação todos os estudantes ganharam uma cartilha com
as principais leis de trânsito. Semana que vem, os estudantes vão fazer uma
caminhada próxima à escola, entregando panfletos para a comunidade e
alertando sobre os perigos da imprudência no trânsito.
Resumindo:
Traga no primeiro parágrafo do
texto as informações mais impor-
tantes que contextualizem o fato
ao leitor e nos parágrafos seguin-
tes narre outros detalhes que vão
deixar o texto informativo e inte-
ressante
29
Para ir além... (Parte 2)
	 Outra questão importante que pode acrescentar qualidade ao texto é saber fazer uma citação. Isso porque, se
quisermos acrescentar ao post a fala de alguém, precisamos fazer de forma correta. Para essa técnica também vamos
nos basear no Jornalismo. Em textos dissertativos e narrativos, quando queremos evidenciar a fala de alguém, ou mes-
mo diálogos, normalmente utilizamos o travessão (-) para indicar as falas, como por exemplo³ :
	
A filha de Niterói, ciente das complicações, adverte-o:
- Por que o senhor não vai plantar em terreno ainda não cultivado? O sítio lá tem cinco
alqueires, pois então escolha o mais distante e faça sua horta nele.
- Planto onde eu quiser. Não faltava mais anda! Um homem como eu, já idoso...
	 No texto jornalístico utilizamos as aspas (“”) quando queremos retratar a fala de al-
guém. O interessante sempre é contextualizar o momento do discurso e então colocar a citação para dar veracidade ao
texto. Utilizando os dois exemplos anteriores, vamos acrescentar uma declaração no terceiro parágrafo:
X
A Escola Municipal Paulo Freire realizou nesta quarta-feira (14/1/2014) a oitava Feira
de Ciências “Albert Einstein”. O encontro ocorreu no pátio e envolveu todos os estudan-
tes da escola. No período da manhã, as turmas do primeiro ao quinto ano expuseram
os trabalhos e, à tarde, foi a vez dos alunos do sexto ao nono ano. A feira é a oportuni-
dade dos estudantes mostrarem o conhecimento aprendido durante as aulas.
Um dos destaques da Feira foi os desenhos criados pelos alunos do terceiro ano A, do
período matutino. A professora de ciências Maria Luiza Ribeiro trabalhou em sala de
aula, durante o segundo bimestre, o sistema respiratório. Durante as aulas ela dividiu
a turma em pequenos grupos, e cada um deles ficou responsável por desenhar um ór-
gão que faz parte do sistema. Ao final eles juntaram todos os desenhos para montar o
sistema respiratório completo.
O grupo do estudante Saulo de Oliveira ficou responsável pelo desenho do pulmão.
Saulo comenta o que aprendeu com a experiência. “Gostei muito de fazer esse projeto,
eu e o grupo pesquisamos bastante para conseguirmos desenhar o pulmão mais pare-
cido com a realidade”.
³ Trecho retirado da crônica“Retrato de velho”do livro a Bolsa e a Vida de Carlos Drummond de Andrade
Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
30
Podemos também ver no texto dois outro exemplo de como acrescentar a citação ao post.
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
O grupo de teatro Epidemia se apresentou ontem (16/2/2014) na quadra da escola. A
trupe encenou para os alunos do nono ano o espetáculo “Pare, olhe e escute”. A peça
fala sobre os riscos que corre quem não obedece as leis de trânsito. O que motivou a
apresentação do espetáculo foi um acidente de carro em frente à escola.
Ao final da apresentação todos os estudantes ganharam uma cartilha com as princi-
pais leis de trânsito. Semana que vem, os estudantes vão fazer uma caminhada próxi-
ma à escola, entregando panfletos para a comunidade e alertando sobre os perigos da
imprudência no trânsito.
“É muito importante que vocês saibam um pouco mais sobre as leis de trânsito. Espero
que a partir de agora prestem mais atenção quando andarem pelas ruas e que tam-
bém levem essas informações aos seus pais”, disse a diretora Rosangela Machado aos
estudantes, no término do espetáculo.
DICA
As citações com aspas muitas vezes utilizam verbos declarativos, que antecedem
ou sucedem a fala ou declaração de uma pessoa. Os mais usados normalmente
são: disse, falou e comentou. Mas existem outras opções que também são usa-
das, como: declarou, afirmou, apontou, comunicou, confirmou, esclareceu, entre
outros. O segredo é saber variar o uso do verbo dependendo da situação.
31
Alémdaestruturadotexto,tambémvamoselencaralgumasdicasquepodemauxiliarnaconstrução
de posts mais interessantes para os leitores.
1Lembre sempre de escrever as palavras corretamente, preste atenção na grafia, nos acentos. Tenha em mente que você
está escrevendo em um blog escolar, então é preciso ter um cuidado extra.
2Além das palavras, preste atenção no contexto e veja se os verbos estão conjugados de forma correta, assim como a rela-
ção entre as palavras no singular e plural. Não são duas‘pessoa’, e sim‘pessoas’;
3Use sinônimos, isso enriquece o texto. Ao invés de falar duas vezes no mesmo parágrafo a palavra aluno, use também
estudante.
4Éinteressanteidentificaradatadopostcolocandoodia,omêseoanoentreparênteses,comoporexemplo,nestaquarta-
feira (13/4/2014), ou ontem (12/5/2014). Isso ajuda a situar o leitor;
5Eviteredundâncias,como‘acabamentofinal’(podesersóacabamento),ou‘ambososdois’(escreve-sesomenteambos),ou
ainda‘regra geral’(é possível dizer apenas regra);
6Não use palavras difíceis, que vão confundir o leitor. Busque sempre a simplicidade, isso não quer dizer que o conteúdo
ficará irrelevante;
7Semprequecitaronomedealguémcoloque-oporcompleto(porexemplo,professoradeinglêsNádiadeSouza).Lembre-
se que esse texto estará na internet, para o mundo inteiro. Na escola todos podem conhecer a professora Nádia, mas fora
dela talvez não, então é importante identificá-la pelo nome completo.
8O texto jornalístico normalmente não utiliza adjetivos. Provavelmente você não verá uma notícia da seguinte forma: aci-
dente horroroso mata cinco pessoas. Mas nos blogs, se for pertinente, é possível usá-los, mas sem exageros.
9Citações precisam de fontes, ou seja, sempre que escrever alguma coisa que alguém disse, lembre-se de dar o crédito. Isto
vale para uma frase de alguém famoso, por exemplo:“Nada se cria, tudo se transforma”(Lavoisier), ou mesmo para falas
que serão acrescentadas ao próprio texto, como: “Esta peça de teatro é muito interessante para os alunos”, falou a diretora
Rosangela Machado.
10Não utilize várias fontes no texto.Não fica interessante para o leitor. Ao contrário, fica confuso.
Escolha uma fonte e utilize-a em todas as postagens ;
11O mesmo vale para cores. Não utilize diversas cores no texto, isso tira o fico do que é realmente importante. Fuja do
colorido, dê preferência ao preto.
12Não escreva com fontes de tamanhos diferentes. Isso também atrapalha a fluência da leitura;
13NÃO ESCREVA OS POSTS EM CAIXA ALTA. Na linguagem da internet, usamos a caixa alta quando estamos gritando
com alguém, então, utilize sempre a caixa baixa nos textos, o post ficará mais elegante.
14Semprequeforcitaralguém,éinteressanteapresentarapessoapelaprofissão,cargooulocalondetrabalha.Porexem-
plo: (...) o prefeito da cidade, Antônio Martins; (...) o contador de histórias da biblioteca pública, Jorge André; (...) a coor-
denadora de Projetos Extracurriculares da Secretaria de Educação, Olívia Pires;
15Na internet não são usuais os parágrafos recuados, essa demarcação da mudança de assunto dentro do texto
normalmente é feita pulando uma linha.
Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
32
O texto para a web
	 Agora que já aprendemos como estruturar um texto de maneira interessante e atraente para leitor, o passo
seguinte é incorporar ao material técnicas que façam com que ele dialogue com o universo digital. A internet oferece
infinitas possibilidades, e por isso é necessário saber utilizar esse potencial a nosso favor. Vamos dar algumas dicas bá-
sicas, que fazem a diferença na composição de um material para a web.
Título
	 O título é uma parte importante de um material escrito, é ele, muitas vezes, que fará com que o leitor leia ou
não o nosso texto. Para postagens na internet, pensar no título se faz ainda mais indispensável. Para encontrar alguém,
a web conta com os buscadores, como o Google, e estes por sua vez, utilizam algumas técnicas de rastreamento de
material e ranqueamento. Uma delas é o título. Ou seja, ao procurar um termo, os motores de busca vão verificar tex-
tos que se referem aquilo que foi pedido, e um dos critérios é se o título do material traz as informações colocadas na
busca. A dica é compor títulos claros, objetivos e que revelem o que o texto vai tratar.
Vamos ver como ficaria o título do exemplo da Feira de Ciências:
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
A Escola Municipal Paulo Freire realizou nesta quarta-feira (14/1/2014) a oitava Feira de Ciências “Albert
Einstein”. O encontro ocorreu no pátio e envolveu todos os estudantes da escola. No período da manhã,
as turmas do primeiro ao quinto ano expuseram os trabalhos e, à tarde, foi a vez dos alunos do sexto ao
nono ano. A feira é a oportunidade dos estudantes mostrarem o conhecimento aprendido durante as
aulas.
Um dos destaques da Feira foi os desenhos criados pelos alunos do terceiro ano A, do período matutino.
A professora de ciências Maria Luiza Ribeiro trabalhou em sala de aula, durante o segundo bimestre, o
sistema respiratório. Durante as aulas ela dividiu a turma em pequenos grupos, e cada um deles ficou
responsável por desenhar um órgão que faz parte do sistema. Ao final eles juntaram todos os desenhos
para montar o sistema respiratório completo.
O grupo do estudante Saulo de Oliveira ficou responsável pelo desenho do pulmão. Saulo comenta o
que aprendeu com a experiência. “Gostei muito de fazer esse projeto, eu e o grupo pesquisamos bastan-
te para conseguirmos desenhar o pulmão mais parecido com a realidade”.
33
O título ideal para qualquer postagem precisa ter a ver com o assunto principal tratado no texto, aqui no caso se-
ria a Feira de Ciências, mas não só isso, é preciso situar ainda mais o tema dentro do título. Assim, o título poderia
ser o seguinte:
Escola Municipal Paulo Freire realiza oitava edição da Feira de Ciências Albert Einstein.
Ao colocarmos títulos que se referem diretamente ao que queremos dizer no texto aumentamos a nossa chance de
sermos encontrados na internet.
Veja um exemplo do resultado de uma pesquisa no Google pelo título:
4
Exemplo fictício4
Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
34
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Palavras-chave
Outra técnica de texto para web que melhora o ranqueamento nos
buscadores é o uso de negrito e itálico em palavras-chave do texto.
Os buscadores entendem que aquelas palavras são importantes para
o texto e por isso estão em destaque. A dica é utilizar o negrito e o
itálico em palavras ou expressões que expliquem ou denotem o con-
texto do material.
Por exemplo, vamos utilizar o negrito para ressaltar algumas partes do
texto exemplificado anteriomente.
O grupo de teatro Epidemia se apresentou ontem (16/2/2014) na
quadra da escola. A trupe encenou para os alunos do nono ano o es-
petáculo “Pare, olhe e escute”. A peça fala sobre os riscos que corre
quem não obedece as leis de trânsito. O que motivou a apresenta-
ção do espetáculo foi um acidente de carro em frente à escola.
Ao final da apresentação, todos os estudantes ganharam uma carti-
lha com as principais leis de trânsito. Semana que vem, os estudantes
vão fazer uma caminhada próxima à escola, entregando panfletos
para a comunidade e alertando sobre os perigos da imprudência no
trânsito.
“É muito importante que vocês saibam um pouco mais sobre as leis
de trânsito. Espero que a partir de agora prestem mais atenção quan-
do andarem pelas ruas e que também levem essas informações aos
seus pais”, disse a diretora Rosangela Machado aos estudantes, no tér-
mino do espetáculo.
TAGS
Outra ferramenta importante na composi-
ção de um texto para a internet são as tags,
também conhecidas como marcadores. Na
web elas são utilizados para sinalizar o tipo
de conteúdo a que se refere aquele mate-
rial, ou seja, são palavras-chave. As tags são
importantes porque também são utilizadas
pelos buscadores para encontrarem conte-
údos relevantes, de acordo com o que foi
buscado. Nos blogs há espaços destinados
para as tags, eles se localizam na mesma
página onde é escrito o texto para a pos-
tagem.
35
Normalmente, essas tags ou marca-
dores ficam no pé do texto. Elas são
importantes ainda porque podem ca-
tegorizar os posts dentro do próprio
blog. Por exemplo, se sempre que um
grupo de teatro visitar a escola os posts
sobre o evento forem identificados
pela tag “teatro”, quando alguém for
buscar pelo tema encontrará todas as
postagens referentes ao assunto. Tam-
bém por isso é indispensável que to-
das as postagens tenham, pelo menos,
duas palavras-chave para caracterizar
o texto.
Blogspost:
Wordpress:
Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
36
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Hipertexto
	 A leitura de textos no ambiente digital é permeada por uma série de possibilidades de interação, ao contrário
do que ocorre no papel. A internet proporciona uma navegação por camadas, ou seja, a partir de links podemos conti-
nuar nossa leitura em outras janelas e nos aprofundarmos nos assuntos que são de nosso interesse. Esse novo formato
de texto na internet é denominado hipertexto.
Exemplos:
37
	 Assim, ao escrever um texto para a internet é preciso levar em consideração que ela oferece infinitas possibili-
dades de acréscimo de conteúdo ao material. É preciso pensar em links que agreguem valor à postagem.
Por exemplo, no post da Feira de Ciências, poderíamos acrescentar os links da Sociedade Brasileira para o Progresso da
Ciência, ou das revistas Ciência Hoje, Super Interessante, Mundo Estranho, Galileu. Ou mesmo acrescentar vídeos que
mostrem experiências científicas, o site www.youtube.com reúne milhões deles.
Por exemplo, este que ensina a“fazer”um pulmão caseiro :
https://www.youtube.com/watch?v=DNbF6bnCoio
Podemos acrescentar outros links ao texto que
têm relação direta com o que está escrito. No
exemplo do grupo Epidemia, uma das ideias
seria colocar um link no nome do grupo de te-
atro, caso ele tivesse um site ou mesmo uma
página no Facebook. Isso é válido porque mui-
tos leitores podem querer saber mais sobre o
grupo e a peça. Poderíamos ainda acrescentar,
como o texto fala em trânsito, o link do Código
Brasileiro de Trânsito.
A dica aqui é entender que a internet oferece inúmeras possibilidades. É preciso dialogar
com essa linguagem e disponibilizar ao leitor conteúdos e informações adicionais, indo
além daquilo que está no texto. A palavra de ordem é criatividade.
Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
38
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Na prática
Até aqui apresentamos diversas dicas para a escrita de conteúdos para a internet. Vamos ver como elas se encaixam
na prática, com os seguintes exemplos:
1 - Título objetivo sintetiza o conteú-
do da postagem;
2 - Primeiro parágrafo traz as informa-
ções essenciais;
3 - Palavras em negrito no texto des-
tacam algumas expressões e termos
importantes;
4 - Hipertexto com links para nave-
gação em outras janelas ou material
adicional;
5 - Citação;
6 - Tags.
39
Podemos também perceber essas características no segundo exemplo:
Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
40
Exercitando o olhar:
A imagem como aliada nas postagens
V
41
Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens
T
oda imagem fotográfica tem atrás de si uma história, lembra o fotógrafo e pesquisador Bóris Kossoy . Por isso
gostamos tanto de fotos. É por meio delas que recontamos experiências vividas e rememoramos momentos es-
peciais.
	 A partir do final do século XX, com o advento da fotografia digital, a prática de fotografar só aumentou. Hoje,
com câmeras acopladas em celulares e com redes sociais especializadas em imagens, fazer fotos tornou-se um hábito
no cotidiano de muitas pessoas, inclusive de crianças e adolescentes. Por isso, um blog escolar precisa ser pensado a
partir dessa perspectiva: vivemos um tempo de popularização das imagens. Utilizá-las de forma assertiva é acertar em
cheio o coração de crianças, professores, pais e comunidade.
	 A seguir, apresentamos algumas orientações básicas para fazer uma boa fotografia no modo automático das
câmeras.
- Enquadramento: na fotografia, há uma regra muito conhecida de enquadramento, a‘regra dos ter-
ços’. Para entendê-la, basta imaginar um ‘jogo da velha’ na cena a ser fotografada. Os quatro pontos
centrais (bolas azuis) são os preferenciais para o enquadramento da foto. Em outras palavras, em uma
das bolinhas azuis (ou em mais de uma) devem estar os elementos que você quer colocar em evidên-
cia. Veja:
Em“Os tempos da fotografia”(KOSSOY, 2007, p. 156)
5
5
42
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Exemplo: Se você está foto-
grafando uma paisagem, posi-
cione o horizonte em uma das
linhas do ‘jogo da velha’. Se es-
tiver um céu bonito (como na
foto ao lado), enquadre na linha
inferior (assim, o céu aparecerá
em destaque). Se o mais impor-
tante for os elementos abaixo
do horizonte, posicione-o na
linha de cima do terço.
Posicionamento: Uma dica
bem simples de posiciona-
mento é perceber a distância
que o fotógrafo está da cena. A
menos que sua câmera seja de
excelente nível, normalmente
a utilização do zoom diminui a
qualidade da foto, deixando-a
pixelada. Então, evite ao máxi-
mo esse recurso e aproxime-se
da cena. Outra recomendação
é: ao invés de abaixar ou levantar a câmera, levante ou abaixe seu corpo
para fazer a foto.
Iluminação: A iluminação natural é a melhor aliada do fotógrafo. Du-
rante o dia, preste atenção na posição do sol, para que a foto não fique
‘estourada’ou escura demais. No caso de câmeras digitais, faça uma foto
de teste e, se não ser certo, mude de posição até que a iluminação fique
boa. À noite, em ambientes não iluminados, é preciso utilizar o flash.
Como esse tipo de iluminação é artificial, não raras vezes o rosto das
pessoas pode ficar iluminado demais, por exemplo. Para evitar isso, veja
se sua câmera tem a opção de ajustar a potência do flash.
Para orientações mais aprofunda-
das, recomendamos este“Manual
de fotografia digital”, elaborado
pela Universidade do Porto (Por-
tugal). https://fauufpa.files.word-
press.com/2012/03/manual-de-
fotografia-digital.pdf
43
Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens
Critérios de seleção
	 A grande quantidade de fotos à disposição de um simples clique é muito positiva, mas, por outro lado, pode
gerar um excesso de imagens. Pense, por exemplo, nas centenas de fotos feitas numa festa de final de ano em uma
escola. Apesar da facilidade de subir essas imagens no publicador do blog, é preciso fazer uma seleção das melhores,
pois, como sabemos, quantidade não é sinônimo de qualidade. 	
	 Veja alguns critérios de seleção para postagem de fotos em blog escolar:
1A escolha das imagens deve ser feita pelo professor responsável pela escrita do post ou pelo professor que faz
a gestão e publicação no blog escolar. Em ambos os casos é preciso que haja um acordo explícito com todos
os envolvidos, visando evitar desentendimentos.
2Analise bem as imagens antes de escolher. Pode ser óbvio, mas às vezes, na pressa, acabamos não perceben-
do alguns detalhes que tiram a qualidade da foto.
3Atente para a questão do direito de imagem. Recomendamos que, no início de cada ano letivo, no ato da
matrícula, seja solicitado aos pais ou responsáveis a assinatura de autorização de uso da imagem do filho
no blog ou em outros veículos de comunicação da escola. Assim, não haverá problemas quanto ao uso de fotos
dos alunos. Caso algum pai se recuse a assinar o documento, esteja atento para não selecionar fotos em que a
respectiva criança apareça.
4Veja se todos os rostos estão com foco, principalmente os que aparecem no primeiro plano da foto.
5Evite escolher fotografias em que pessoas aparecem em posições ou situações incômodas. Por exemplo, se
numa imagem um professor aparece com o cabelo despenteado, por causa do vento, analise se ela é mesmo
essencial ou se você pode escolher outra foto em que ele não esteja assim.
6Ao invés de fazer uma foto de toda a cena (por exemplo, da plateia e do palco de uma festa na escola), prefira
captar algumas cenas isoladas: a emoção no rosto de uma mãe, o abraço de um pai em seu filho, a brincadeira
de três crianças. Lembre-se daquela máxima de que uma boa imagem vale mais que mil palavras. Foto é emoção.
7Certifique-se de selecionar imagens dos momentos mais importantes de um evento, pois uma galeria de fo-
tos é também uma forma de registro. O discurso da diretora, as apresentações, a despedida. Com boas fotos
e legendas que contam a história daquele evento, é preciso somente um texto de contextualização e o post para
o blog está praticamente pronto.
8Depois de fazer uma primeira seleção, faça outra. Quanto mais analisamos as fotos, mais nos tornamos crite-
riosos e percebemos novos detalhes. Uma galeria de fotos com riqueza de cenas não precisa ter mais que 20
imagens. O que passar disso pode acabar sendo cansativo para quem está vendo, por mais interesse que a pessoa
tenha naquelas imagens.
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Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Como salvar em arquivo
	 Após selecionar as melhores fotos, é hora de salvá-las e nomeá-las. Crie uma pasta no computador e dê a ela um
nome que posteriormente será de fácil identificação (Ex.: Dia_mães2014).
	 Quando baixamos as fotos da câmera fotográfica ou do celular, elas vêm nomeadas com letras e números seria-
dos (Ex.: DSC564). Para subir as fotos no blog, é preciso mudar essa nomeação, pois ela é extremamente imprecisa para
os mecanismos de busca. Imagine que alguém quer encontrar as fotos da festa do Dia da Mães da Escola X. Muito
provavelmente a pessoa irá digitar essa frase no Google (ou em outro buscador). Se as imagens estão nomeadas como
DSC 564, DSC 565…, dificilmente o resultado da busca será assertivo. No entanto, se nomear como Dia_maes_Esco-
laX_alunos, Dia_maes_EscolaX_diretora…., as chances de encontrar as fotos publicadas no blog aumentam considera-
velmente.
	 - Salve as fotos em seu computador, com um nome de fácil identificação;
	 - Selecione as que vão para o blog;
	 - Renomeie-as, incluindo o nome do evento e uma palavra que defina o que há em cada
imagem. Isso pode levar um tempo maior, mas acredite, os resultados são compensadores.
	 - Ajuste a resolução de cada foto, pois imagens muito grandes demoram para carregar e
ocupam espaço no servidor do blog. Para isso, utilize qualquer editor de imagem (Photoshop,
Microsoft Office, Corel Draw, entre outros) e escolha uma opção de redimensionamento. Como
as imagens são para internet, o tamanho ideal é 640x480 pixels ou 72 dpi.
Como postar fotos no blog
	 Após a seleção e o correto arquivamento das fotos no computador, é hora de postá-las no blog. Há pelo menos
três formas de fazer isso: adicionar imagens individuais em um post no blog; criar uma galeria de fotos usando o publi-
cador do blog; ou criar uma galeria de fotos por meio de ferramentas online gratuitas.
Adicionar imagens individuais
	 Recomendamos que todo post tenha pelo menos uma foto e quanto maior o texto, maior também a necessi-
dade de romper a uniformidade com uma imagem. Ninguém gosta de ler blocos extensos de texto. A foto ajuda a dar
leveza à leitura e deve compor o post de forma harmoniosa.
resumindo:
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Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens
Na plataforma Wordpress, o passo a passo é:
2Clique na aba‘Enviar arquivo’para subir uma foto nova. Se ela já está no publicador, clique em‘Biblioteca de mí-
dia’. No exemplo, vamos subir uma imagem nova. Para isso, bastar clicar em‘Selecionar aquivos’.
1Clique em‘Adicionar novo’post
- Após inserir o texto desejado, cli-
que em ‘Adicionar mídia’ e posicione
o cursor no local onde você quer que
a foto apareça. No exemplo abaixo,
antes do primeiro parágrafo.
46
3Nesse momento, abra a ja-
nela com os arquivos que
estão salvos em seu computa-
dor. Selecione a foto desejada
na pasta em que ela foi salva e
clique em‘abrir’.
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
4A foto foi adicionada na biblioteca de mídia do publicador. Agora, é preciso preencher informações importantes
que aparecem no lado direito da tela. O ‘título’ da foto é opcional e pode ser o mesmo que serviu para nomeá-la.
O passo seguinte é inserir a ‘le-
genda’, que é muito importante.
Ela não só descreve a foto, mas
a complementa, com detalhes e
informações. Outra ação impor-
tante é mencionar o crédito da
foto na própria legenda. Caso a
imagem seja retirada da internet
e não haja menção ao autor, in-
forme o site de onde você retirou
a imagem. No entanto, dê prefe-
rência para fotos feitas por auto-
res conhecidos.
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Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens
5Ainda na tela à direita, escolha o alinhamento da foto na página
(centro, direita, esquerda ou nenhum). Como a imagem já foi re-
dimensionada, em princípio não é necessário alterar o tamanho. De
qualquer forma, dê preferência para as opções ‘tamanho completo’
ou ‘grande’. Evite ‘médio’ ou ‘miniatura’, pois esses tamanhos podem
prejudicar a visibilidade da foto e não deixam a página tão bonita.
Mesmo que a pessoa possa ver a foto em tamanho real clicando nela,
é um passo desnecessário que obrigamos nosso leitor a dar. Fotos
bonitas merecem destaque. Clique em‘inserir no post’
6Repita o mesmo procedimento para inserir
outras fotos e, quando terminar, clique em
‘publicar’. No exemplo abaixo, utilizamos duas fo-
tos, veja:
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Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Na plataforma Blogspot, o passo a passo é:
2Clique na aba ‘Escolher arqui-
vos’ para subir uma foto nova.
Se ela já está no publicador, clique
em ‘Deste blog’. No exemplo, va-
mos subir uma imagem nova
3Nesse momento, abre a janela com os ar-
quivos que estão salvos em seu compu-
tador. Selecione a foto desejada na pasta em
que ela foi salva e clique em ‘abrir’. Depois,
clique em‘adicionar selecionadas’.
1Clique em‘criar nova postagem’.
Após inserir o texto desejado, clique em
‘inserir imagem’ (ícone da paisagem) e posi-
cione o cursor no local onde você quer que
a foto apareça. No exemplo ao lado, após o
primeiro parágrafo.
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Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens
4A foto foi adicionada no editor.
Ao clicar na imagem, há uma
série de opções. Primeiro, esco-
lha o tamanho (pequeno, médio,
grande, muito grande ou tamanho
original). Como a imagem já foi re-
dimensionada, em princípio não é
necessário alterar o tamanho. De
qualquer forma, dê preferência para as opções ‘muito grande’ ou ‘grande’.
Evite ‘médio’ ou ‘pequeno’, pois esses tamanhos podem prejudicar a visi-
bilidade da foto e não deixam a página tão bonita. Mesmo que a pessoa
possa ver a foto em tamanho real clicando nela, é um passo desnecessário
que obrigamos nosso leitor a dar. Fotos bonitas merecem destaque. Esco-
lha o alinhamento da foto na página (alinha à esquerda, centralizar ou ali-
nhar à direita). O passo seguinte é clicar em‘adicionar legenda’. Ela não só
descreve a foto, mas a complementa, com detalhes e informações. Outra
ação importante é mencionar o crédito da foto na própria legenda. Caso
a imagem seja retirada da internet e não haja menção ao autor, informe o
site de onde você retirou a imagem. No entanto, dê preferência para fotos
feitas por autores conhecidos.
5Repita o mesmo procedimento para inserir outras fotos e, quando ter-
minar, clique em‘publicar’. No exemplo ao lado , utilizamos duas fotos.
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Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Criar galeria de fotos utilizando o publicador do blog
	 Recomendamos a utilização de galeria de fotos quando o post tem a partir de três imagens. Visualmente, não é
interessante posicionar uma foto embaixo da outra quando a quantidade é grande. Dificulta a leitura e torna a navega-
ção mais cansativa, pois o leitor precisa utilizar demasiadamente a barra de rolagem da página. A regra é sempre tentar
facilitar ao máximo.
	
	 A plataforma Blogspot não
tem a opção galeria de fotos. Na
plataforma Wordpress, o passo a
passo é o seguinte:
1Abra um novo post. Clique em
‘adicionar mídia’ e depois, no
canto esquerdo, em ‘criar galeria’.
Clique em ‘selecionar arquivos’ e
escolha todas as fotos para a gale-
ria (aperte a tecla ‘shift’ do teclado
para adicionar mais de uma foto
por vez).
2Com as imagens selecionadas, insira a legenda da galeria e o crédito das fotos. Clique em‘criar uma nova galeria’.
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Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens
3Agora, insira a legenda de
cada foto e escolha o tipo de
galeria: apresentação de slides,
grade de miniaturas, mosaicos,
mosaicos quadrados ou círcu-
los.
4No exemplo abaixo, escolhemos o tipo‘apresentação de slides’. Pronto! A galeria de fotos foi criada. As imagens
passam automaticamente ou com o clique do mouse.
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Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Criar uma galeria de fotos por meio de ferramenta online gratuita
	 Para quem utiliza a plataforma Blogspot ou para os que desejam ter mais opções de galerias de fotos, uma boa
sugestão são as ferramentas gratuitas. Há muitas e a cada dia surgem novas. Selecionamos um exemplo e vamos expli-
car o passo a passo de uma galeria de fotos criada no www.photosnack.com. O único entrave é que o site é em língua
inglesa, mas vamos traduzir os termos na medida do possível.
Digite em seu navegador www.pho-
tosnack.com. Clique em ‘sign in’ (ca-
dastre-se), no canto superior direito.
Selecione ‘new user’ (novo usuário) e
insira email e password (senha). Clique
em‘sign in’. Outra opção é cadastrar-se
utilizando as informações de sua conta
no facebook, google ou twitter. No en-
tanto, para evitar o atrelamento a con-
tas pessoais de professores, recomen-
damos o cadastro utilizando o email da
escola, que pode ser o mesmo já usado
no cadastro do blog.
Clique em‘new slideshow’(novo slideshow), no canto superior da tela
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Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens
Clique em ‘upload your photos’ (carregue suas fotos). Esse processo é igual ao que descrevemos para subir uma ima-
gem no publicador: selecione as que deseja e clique em‘abrir’.
Desça a barra de rolagem. As fotos selecionadas irão aparecer em‘my photos’(minhas fotos). Clique em‘next’(próxi-
mo).
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Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Em seguida, clique em‘edit slideshow’(editar slideshow) para ter aces-
so a algumas opções interessantes.
Dê um título para a galeria de fotos (album
title), adicione uma descrição (album descrip-
tion) e, logo abaixo, clique em‘edit photos’
(editar fotos).
Você pode incluir um título, uma legenda e um
link (opcional) para cada foto. Clique em‘done’
(feito) e depois em‘next’(próximo).
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Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens
Escolha um template para a galeria de fotos e clique, no final da página, em‘finish’(finalizar).
Após criar a galeria de fotos, é preciso incor-
porá-la no blog. Para isso, clique no ícone
laranja ‘Embed’ (incorporar), depois em ‘use
free’ (utilizar versão gratuita). Vai aparecer
uma janela com um código. Clique em‘copy’
(copiar). Em seguida, vá para o editor do tex-
to do blog e clique no ícone‘html’(Blogspot)
ou na aba ‘texto’ (Wordpress). Por fim, cole
(Ctrl V) o código no editor e publique o post.
A galeria de fotos aparecerá incorporada e
com diversos recursos visuais.
56
registrando o movimento:
vídeos que contam histórias
q
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Registrando o movimento: vídeos que contam histórias
Assim como a fotografia, o registro em vídeo também pode ser um importante aliado na construção de uma pos-
tagem mais interessante para o leitor. Sem contar que atualmente a maioria dos celulares, tablets e câmeras fo-
tográficas digitais oferecem o recurso de filmagem. Pensando nisso, elencamos duas possibilidades de elaboração de
vídeos para os blogs escolares e vamos explicá-
las passo a passo.
	 Uma das possibilidades é filmar um tre-
cho de alguma apresentação que está ocor-
rendo na escola. Por exemplo, se o local está
promovendo um Festival de Dança entre os alu-
nos, seria interessante filmar uma das apresen-
tações. Ou mesmo se a quadra da escola está
sendo inaugurada, uma das possibilidades seria
registrar o discurso do prefeito ou da diretora da
escola. Vale salientar que as filmagens são um
complemento ao texto do post, elas servirão
como uma ilustração para o tema que está sen-
do tratado na postagem, um conteúdo a mais.
	 Por isso insistimos em afirmar que o in-
teressante é filmar um trecho do evento e não
ele inteiro, o ideal é que este vídeo não passe de
cinco minutos. Outra dica importante é encon-
trar um ângulo interessante de filmagem que
consiga captar toda a extensão da apresentação
e não só a metade das bailarinas, por exemplo,
no caso da gravação de um trecho de uma apre-
sentação de dança. O indicado é estar de frente para o palco ou para o que se pretende registrar. Outro conselho é
manter a câmera/celular/tablet parado durante a filmagem. Tenha em mente que é muito ruim assistir a um vídeo que
fica tremido ou tem mudanças bruscas de angulação. O que pode ajudar neste caso para as câmeras digitais é o uso de
tripés.
	 Vamos exemplificar as dicas através de um vídeo feito especialmente para este manual. Mensalmente ocorre na
cidade de Joinville, Santa Catarina, um evento chamado de Feira do Príncipe, que reúne vendedores de produtos arte-
sanais e coloniais em barraquinhas no centro da cidade. Além do comércio, o evento também recebe atrações culturais.
Gravamos um trecho de uma destas apresentações e vamos usá-lo para explicar as técnicas de filmagem e ainda como
fazer a edição e postagem do vídeo no Youtube.
	 A primeira dica é encontrar um enquadramento interessante, de preferência de frente para o objeto da gra-
vação. Perceba isso na figura acima. Neste caso, a intenção era filmar a banda e, em especial, o cantor. Vale
salientar que nesta gravação foi utilizado o tripé.
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Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Depois de feita a gravação, o passo seguinte é a postagem do vídeo no Youtube.
Acompanhe o passo a passo:
1Para carregar o vídeo é preciso clicar em“Selecionar arquivos para enviar”
2Selecione o arquivo de vídeo dentro dos seus documentos
Para conseguir acessar o site e subir um vídeo é necessário ter uma conta no Gmail.
6
6
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Registrando o movimento: vídeos que contam histórias
3Após a seleção do arquivo é iniciado o processo de envio do vídeo para o Youtube. Esse
procedimento pode demorar, dependendo da velocidade da internet.
4É importante preencher todos os campos com a identificação do vídeo. Lembre-se que a regra na inter-
net é descrever o máximo possível o evento com palavras-chave para que os buscadores encontrem o
material.
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Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
5Após o envio concluído, clique em Publicar
6Clique no link do vídeo que aparece logo após a identificação do material
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Registrando o movimento: vídeos que contam histórias
7Clique no ícone‘Melhorias’para editar o vídeo
8Nesta tela é possível ver algumas possibilidades de melhorias e edição do vídeo
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Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
9É possível cortar trechos do vídeos que não ficaram interessantes. Para isso, clique no ícone‘cortar’
e selecione na linha que aparecerá abaixo do vídeo as partes que você quer retirar do material
10Com o botão‘Correção Automática’é possível atenuar problemas na
iluminação e cores do vídeo
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Registrando o movimento: vídeos que contam histórias
11É possível ainda‘Estabilizar’o vídeo, deixando-o menos tremido. Essa ferramenta é im-
portante principalmente para aquelas filmagens feitas a partir de celulares
Último Passo: Ao final de todos esses processos salve as alterações no botão‘Salvar’.
O vídeo está pronto!
Assista ao vídeo exemplo neste link:
https://www.youtube.com/watch?v=xdsadwvJ0vc
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Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Depois de feitas a edição e a postagem do vídeo no Youtube, a próxima etapa é a postagem no
blog. Acompanhe como se dá esse processo no Blogspot e no Wordpress:
Blogspot:
Abra um novo post e clique no ícone“Inserir um vídeo”
O passo seguinte é abrir a aba“Do Youtube”e prencher com a URL (endereço) do
seu vídeo e clicar em pesquisar.
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Registrando o movimento: vídeos que contam histórias
A próxima etapa é selecionar o vídeo que você deseja
Por fim, faça uma adequação do texto com o vídeo no post e publique
66
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Wordpress
Selecione a aba‘Inserir YouTube’,
no canto esquerdo, coloque a
URL do seu vídeo e clique em
pesquisar
Abra um novo post e clique no ícone“Adicionar Mídia”
Ao final selecione o vídeo desejado,
faça a adequação do texto e
publique
67
Registrando o movimento: vídeos que contam histórias
Além da possibilidade de gravar um trecho de
uma apresentação para postar no blog, outra ideia
é fazer um vídeo contando, através de imagens,
como foi esse evento. Para compor esse vídeo, que
deve ser curto, no máximo dois minutos, o ideal é
gravar diversas imagens que narrem essa história
para quem não estava lá. A dica é tentar capturar o
máximo de imagens possíveis, desde aquelas que
mostrem a movimentação do evento, as apresen-
tações, até pequenos detalhes. Usamos novamen-
te a Feira do Príncipe para ilustrar a explicação.
Para fazer um vídeo contando um pouco sobre
como foi a feira, mostrando as pessoas no even-
to, foi necessário fazer mais de 30 filmagens. São
vídeos bem curtos de cinco a dez segundos, em
que a câmera fica parada captando a imagem. O
interessante é fazer muitas imagens para depois,
na hora da edição, ter opções para escolher.
Uma dica é filmar a movimentação do evento. Registre vários
desses momentos em diversos pontos do local.
Outra ideia interessante e que traz qualidade ao vídeo é gra-
var detalhes do evento. Objetos ou mesmo pessoas e gestos
que são peculiares daquele momento.
68
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Uma dica importante é gravar momentos ou obje-
tos que contextualizem o evento para quem está
assistindo ao vídeo. Às vezes uma placa com o
nome do local, uma identificação das pessoas que
estão envolvidas no evento, ou mesmo um símbo-
lo, tudo isso é válido.
Após a gravação de todo esse material, a eta-
pa seguinte é editar. Uma boa opção para fazer
esse trabalho é o próprio editor que o Windo-
ws oferece, chamado de Movie Maker. A seguir
relacionamos algumas dicas básicas para editar
um vídeo usando essa ferramenta.
O primeiro passo é abrir o programa e clicar no ícone“Adicionar Vídeos e Fotos”
69
Registrando o movimento: vídeos que contam histórias
O passo seguinte é escolher as filmagens que você quer para compor o vídeo final
Depois de escolhidas as imagens, a próxima etapa é editar, ou seja, encaixar
essas filmagens. Esse momento é peculiar para cada editor, pois é ele que sabe
como construir a narrativa da melhor forma.
70
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Depois que as imagens já foram colocadas em sequência, é interessante
acrescentar uma trilha sonora para o vídeo. Isso pode ser feito clicando no
ícone“Adicionar uma música”.
O passo seguinte é colocar os créditos do vídeo, que nada mais é do que o
nome dos responsáveis pele elaboração do material. Clique em‘Créditos’.
71
Registrando o movimento: vídeos que contam histórias
O passo final, depois de tudo pronto, é salvar o vídeo. Clique em‘Salvar Filme’e depois,‘Recomendável’
para este projeto. É importante seguir esse caminho para salvar o arquivo, para que seja possível disponibi-
lizá-lo posteriormente no Youtube
Assista ao vídeo Retratos da Feira do Príncipe,
usado como exemplo:
https://www.youtube.com/watch?v=6FBxmrfqnyg
72
para ir além:
outras ferramentas úteis
73
Ainternet é essencialmente dinâmica e propícia ao que chamamos convergência de mídias. São características do
meio digital:
Hipertextualidade: conexões, links e vinculações entre os conteúdos;
Interatividade: participação ativa e recíproca de uma pessoa em relação ao conteúdo;
Personalização: possibilidade da pessoa escolher o conteúdo que deseja receber, em função de seus interesses;
Instantaneidade: disposição de informações a cada momento, em tempo real;
Ubiquidade: capacidade de ser encontrado em todo lugar;
Memória: possibilidade de arquivar, conservar e acumular informação;
Multimidialidade: utilização de texto, som, imagem e elementos dinâmicos na construção da narrativa.
	
	 Dessa forma, o planejamento de conteúdo para o blog escolar deve levar em consideração essas caracterís-
ticas que compõem as especificidades do meio digital. No jornalismo, elas são essenciais para compreendermos as
potencialidades da profissão nesse ambiente. Aplicando as características aos blogs escolares, recomendamos:
Inserção de links nos posts para aprofundamento do assunto (hipertextualidade);
Incentivo à participação dos leitores e respostas aos comentários (interatividade);
Habilitação da opção de enviar os posts por e-mail para os que desejarem (personalização);
Planejamento de cobertura ao vivo de eventos, tais como competições esportivas (instantaneidade);
Utilização do blog escolar em sala de aula, por meio de interação nos tablets e/ou nos smartphones dos
próprios alunos (ubiquidade);
Ao fim do ano letivo, pode ser feita uma compilação dos melhores posts e exibição nos murais da escola
(memória);
Planejamento de conteúdo que preveja elementos além de texto e fotos (multimidialidade).
	 Esse último item - a multimidialidade - é o objeto específico deste capítulo. Para ajudar os professores a utilizar
conteúdos multimídia, apresentamos a seguir diversas ferramentas gratuitas, acrescentando sugestões de aborda-
gem em cada uma delas.
Para ir além: outras ferramentas úteis
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Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Ideias de conteúdo
Google Alert: https://www.google.com/alerts
Esse serviço do Google é mui-
to útil como fonte de possíveis
assuntos para o blog escolar.
Basta cadastrar palavras-chave
(ex.:prática pedagógica; inova-
ção em educação) e você rece-
berá por e-mail conteúdos re-
lacionados a elas. Mas atenção:
como o Google simplesmente
faz o rastreamento, é essencial
que o professor analise a pro-
cedência das informações.
Mapa
Mapbox: www.mapbox.com (em
inglês)
Ferramenta que cria mapas interati-
vos, nos quais são incluídas informa-
ções, links, imagens e ícones. Pode
ser utilizada durante uma excursão
escolar, mostrando as cidades a
serem visitadas, além de informações
adicionais.
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Para ir além: outras ferramentas úteis
Linha do tempo
Dipity: www.dipity.com (em inglês)
Ferramenta de linha do tempo interativa, com opções de in-
clusão de texto, foto, vídeo, áudio e links. Uma das melhores
utilizações desse recurso é para contar a história da escola, in-
serindo os marcos mais importantes. Ao invés de um longo
texto retrospectivo, a linha do tempo interativa permite uma
leitura mais imersiva, não linear e lúdica.
Infográfico
Infogram: www.infogr.am
É utilizado quando o elemento visual é per-
tinente em determinado conteúdo. Muito
mais do que acrescentar ícones ou anima-
ções, o infográfico interativo deve ser utiliza-
do em assuntos que envolvem, por exemplo,
números e dados de compreensão mais di-
fícil. No caso do blog escolar, uma boa ideia
é criar um infográfico com informações que
mostram a diversidade da instituição: gênero,
idade, quantidade por turma, por turno, cor-
po docente, entre outras informações.
76
Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
Podcast
SoundCloud: www.soundcloud.com (em inglês)
	 Podcast é um arquivo de áudio di-
gital, mas não é só isso. Quando bem uti-
lizado, o podcast pode ser um excelente
canal de comunicação, que distribui con-
teúdo útil e relevante. Um dos diferenciais
desse recurso é que a pessoa pode ouvir
um podcast enquanto faz outras ativida-
des. Por exemplo: um aluno ouve um pod-
cast sobre a Revolução Francesa enquan-
to faz exercícios na academia ou ao ar livre. Além disso, é bastante indicado para deficientes visuais.
	 Para fazer o podcast, você precisa primeiro de um gravador de áudio (hoje, grande parte dos celulares têm essa
função). Em seguida, escolha o assunto e planeje um roteiro, que pode conter explanação, entrevista e efeitos sonoros. Um
podcast simples pode dispensar até a edição. No entanto, caso seja necessário, baixe o programa Audacity (http://audacity.
sourceforge.net/) em seu computador. Trata-se de um software livre, portanto, gratuito. Após a edição (caso necessário), é
hora de subir o arquivo de áudio na ferramenta indicada acima, o SoundCloud. O passo a passo é bastante intuitivo.
Apresentação interativa
Prezi: www.prezi.com
Ferramenta de apresentação interativa, indicada
tanto para professores como para alunos. Excelente
para exibição de conteúdo em sala de aula (uma op-
ção aos famosos ‘power points’) e também pode ser
incorporada no próprio blog escolar. Possibilita a in-
serção de texto, áudio, vídeo e links, e possui diversos
templates.
A dica é: ao finalizar a criação do mapa, linha do tempo, infográfico ou podcast, procure pelo botão
‘share’(compartilhar). Nele, geralmente há a opção‘embed’(incorporar), na qual fica aquele código que
deve ser copiado e colado no publicador do blog
77
Considerações f nais
	 Ufa! Depois de tantas orientações, você pode estar se perguntando: 'Como colocar tudo isso em
prática? Será que vou conseguir?'. Temos certeza que sim. No início, pode ser difícil apreender tantos
passos, mas depois eles são internalizados e os fazemos quase que de forma automática. O mais im-
portante - e foi isso que tentamos dizer durante todo o e-book - é usar as ferramentas e técnicas para
produção de um conteúdo de qualidade, que toque o coração dos alunos, professores, pais e comuni-
dade.
	 Como salientamos na apresentação, após a leitura do e-book é fundamental o planejamento
de uma capacitação para os professores que cuidam da gestão do blog escolar. Essa etapa serve não
só para operacionalizar os processos, mas para a discussão acerca dessa ferramenta de comunicação
tão importante para o dia-a-dia da escola. Um grande encontro de professores pode suscitar ideias
inovadoras, que despertam a criatividade e melhoram o ensino-aprendizagem.
	 Então, é hora de arregaçar as mangas e começar a transformar o sonho em realidade!
i
78
ALVES, Rubem. A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. Campinas, SP:
Papirus Editora, 2012.
CANAVILHAS, João (Org.). Webjornalismo: 7 características que marcam a diferença. Covilhã, UBI,
Livros LabCom, 2014.
CASTELLS, Manuel. A sociedade em redes: do conhecimento à política. In: CASTELLS, M. e CARDO-
SO, G. A sociedade em rede: do conhecimento à acção política. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da
Moeda, 2005: pp. 17-30.
FOLETTO, Leonardo. O blog jornalístico: definição e características na blogosfera brasileira. Disserta-
ção de mestrado apresentada ao Programa de PósGraduação
em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, 2009.
FLORESTA, Cleide. Técnicas de reportagem e entrevista: roteiro para uma boa apuração. São Paulo:
Saraiva, 2009.
FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005.
KOSSOY, Boris. Os tempos da fotografia: entender a história da imagem para entender a nossa his-
tória. Cotia: Ateliê Editorial, 2007.
LAGE, Nilson. Teorias e técnica do texto jornalístico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005.
NASCIMENTO, Patrícia Ceolin do. Técnicas de redação em jornalismo: o texto da notícia. São Paulo:
Saraiva, 2009.
referências
79
Websites:
Dicas de Fotografia http://www.dicasdefotografia.com.br/a-regra-dos-tercos-na-fotografia
Manual para editores da web - Google
http://www.multlinks.com.br/artigos/wp-content/uploads/2013/01/Manual-para-Editores-da-Web-
Google.pdf
80
sobre as autoras
Lívia de Souza Vieira
Jornalista capixaba que trocou o bloquinho de notas por ca-
racteres digitais criativos. Acredita que a internet abre portas
para um mundo mais democrático e plural. É mestre e dou-
toranda em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa
Catarina (UFSC), além de docente dos cursos de Jornalismo
e Publicidade e Propaganda do Bom Jesus/IELUSC.
Contato: liviasvieira@uol.com.br
Naiara Larsen
Jornalista récem-formada (2015). Apaixonou-se pelo tema
educação depois de realizar, durante a faculdade, o Proje-
to Experimental “Educação em Ação - Perfis”. Acredita que
a educação e o jornalismo podem mudar o mundo e vê na
Casa da Cultura Digital Multiplica uma oportunidade para
concretizar um pouco dessa mudança. Atua também como
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Contato: naiara.larsen@gmail.com
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  • 2. 2 Lívia de Souza Vieira e Naiara Larsen Conectando saberes: Manual para gestão de blogs escolares 1° edição Joinville (SC) Casa da cultura Digital Multiplica Bom Jesus/Ielusc
  • 3. 3 O trabalho Conectando Saberes: manual para a gestão de blogs escolares de Lívia de Souza Vieira e Naiara Larsen está licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercial 4.0 Internacional. V658c Vieira, Lívia de Souza. Conectando saberes : manual para gestão de blogs escolares / Lívia de Souza Vieira, Naiara Larsen. – Joinville, SC :[s.n.], 2015. Modo de acesso: <https://casadaculturadigitalmultiplica.wordpress.com/> Projeto de Extensão da Associação Educacional Luterana Bom Jesus/IELUSC ISBN 978-85-918511-0-2 1. Blogs escolares. 2. Comunicação digital. 3. Educação. I. Larsen, Naiara. II. Título. CDD 372.3 Ficha catalográfica elaborada por Alessandra Mara Schroeder – CRB 14/679 Diagramação: Naiara Larsen Capa: freepik.com
  • 4. 4 AGRADECIMENTOS À Associação Educacional Luterana Bom Jesus/IELUSC, pelo apoio financeiro e institucional. Obrigada, professores Silvio Iung, Paulo Aires e Silvio Melatti. Ao Núcleo de Estudos em Comunicação do Bom Jesus/IELUSC, por estar sempre de portas aber- tas para projetos de extensão e pesquisa. Obrigada, Maria Elisa Máximo. Agradecemos também a Pa- trícia Gaglioti, Almério Francês e Rogério da Silva Filho, que participaram do primeiro brainstorm que deu origem a esse e-book. À Secretaria de Comunicação da Prefeitura de Joinville, que incentivou o projeto desde seu iní- cio. Obrigada, Marco Aurélio Braga, Rodrigo Schwarz e Rogério Kreidlow. À Secretaria de Educação da Prefeitura de Joinville, por nos receber de forma tão carinhosa e por acreditar no projeto. Obrigada, Mônica Schüler e equipe do Núcleo de Tecnologia. Aos professores Franciele Padoim, Dênis Souza e Everson Luiz dos Reis, que gentilmente nos concederam entrevistas para um entendimento mais assertivo da realidade escolar.
  • 5. 5 PREFÁCIO Rubem Alves recupera a filosofia dos mestres Zen para falar da educação dos seus sonhos. Ele nos conta que os mestres Zen eram educadores“estranhos”, pois ao invés de ensinar, pretendiam“de- sensinar”. “ ‘Desensinavam’ para que os discípulos pudessem ver como nunca tinham visto” (ALVES, 2012, p. 27). E se“só vemos aquilo que a linguagem permite e ordena ver”é preciso desarticular a lin- guagem,“quebrar seu feitiço”para libertar os olhos dos“saberes”e devolver a eles a condição de olhos de criança, capazes de ver como nunca haviam visto (ibid, p. 28). Inspirado na pedagogia dos mestres Zen, Rubem Alves sonha uma educação – e uma escola – que aposte e invista nas desconstruções, nas desaprendizagens, nas rupturas com os discursos lógicos e na abertura para mundos ainda não vistos ou conhecidos. Eu diria sem medo que este projeto surgiu de uma série de “desensinamentos” e “desapren- dizagens”, ou seja, de uma desconstrução gradual, mas revolucionária, do próprio modelo de ensino no qual estamos imersos e que, paradoxalmente, também ajudamos a construir. Em primeiro lugar, porque foi uma aluna que nos colocou no caminho desta ideia. E quando um aluno ou uma aluna che- ga ao professor com uma proposta, quase uma convocação – Que tal esta ideia? Aceita desenvolvê-la comigo? –, temos uma revolução acontecendo. Quando isso acontece é porque o aluno desaprendeu a enxergar o professor como centro do processo passando a ver ele mesmo refletido no centro da- quilo que pensa, produz ou idealiza. Assim, a Naiara Larsen, idealizadora do projeto que aqui começa a se concretizar, subverteu a nossa rotina escolar, muitas vezes refém dos planos de ensino, dos diários de classe, dos modelos didáticos e avaliativos, e nos apontou o caminho da aventura: a aventura de colocar, finalmente, a educação na perspectiva da tecnologia, da dinâmica das redes e das múltiplas conexões que povoam o contemporâneo. Em segundo lugar, porque a própria tecnologia, renovando-se rapidamente e multiplicando possibilidades, nos impele a constantes e radicais desaprendizagens. A cada inovação, somos convi- dados a repensarmos conceitos, práticas e hábitos, buscando novas formas de lidar, transitar e par- ticipar da vida cotidiana na atualidade. No campo educacional, hoje muito ainda se debate sobre se devemos ou não incorporar as tecnologias digitais às nossas práticas pedagógicas. Pra mim, é um de- bate anacrônico, fora do lugar. Afinal, negar que as pessoas e os dispositivos tecnológicos interagem, atualmente, de formas cada vez mais simétricas e horizontais é negar a própria característica
  • 6. 6 da contemporaneidade. Como afirma Manuel Castells ao descrever as transformações que marcam e definem a chamada sociedade em rede,“nós sabemos que a tecnologia não determina a sociedade: é a sociedade” (CASTELLS, 2005, p. 17). Assim sendo, a meu ver, não cabe mais decidirmos se devemos ou não aceitar que o aluno acesse seu celular ou smartphone em sala de aula; não cabe mais nos inco- modarmos com os notebooks e tablets conectados ao Facebook, ao Twitter ou aos blogs. Cabe, sim, discutirmos sobre como incorporar a tecnologia aos processos e percursos educacionais. Cabe, tam- bém, inventarmos espaços onde a tecnologia possa participar da aprendizagem promovendo a au- tonomia, a criatividade e a capacidade de encontrar soluções para as demandas cotidianas de nossos estudantes. Não tenho dúvidas de que a melhor forma de fazer este debate é trazendo, efetivamente, a web, os dispositivos móveis, as redes sociais online, os blogs, os games, aplicativos etc para o centro da educação. O material que temos aqui é, certamente, um primeiro passo nesta direção. Um passo pequeno, sim, mas é o começo de um sonho. Melhor dizendo, “Conectando Saberes” parece surgir como uma espécie de licença para sonharmos. É isso! O término da primeira etapa de um projeto que se quer maior e mais ambicioso nos autoriza a acreditar que é possível, sim, transformarmos a forma como pensamos e fazemos educação. E o que desejamos é que você, que começa a explorar este material, sonhe conosco e amplie as possibilidades de transformar a nossa realidade educacional. Maria Elisa Máximo Dra. em Antropologia Social Coordenadora do Núcleo de Estudos em Comunicação (Necom) do Bom Jesus/Ielusc
  • 7. 7 SUMÁRIO Apresentação 8 Primeiros passos: por que sua escola deve ter um blog? 10 Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blogs 22 Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens 40 Registrando o movimento: vídeos que contam histórias 56 Para ir além: outras ferramentas úteis 72 Considerações finais 77 Referências 78 Sobre as autoras 80
  • 8. 8 apresentação Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas. Rubem Alves Este e-book parte do entendimento de que inclusão digital é também inclusão social. Ou seja, indivíduos que são estimulados a criar e inovar nos ambientes digitais estão construindo para si – e para outros – um empoderamento social. Inicialmente, destacamos que o ‘Conectando saberes: manual para gestão de blogs escolares’ é o primeiro projeto desenvolvido pela Casa da Cultura Digital Multiplica, e foi viabilizado por meio de aprovação no Edital no 2/2014 de projetos de extensão do Bom Jesus/IELUSC. As ‘Casas da Cultura Digital’ são lugares de utopias reunidas, como elas mesmas se definem. São espa- ços independentes de coworking, em que diversas organizações trabalham em uma filosofia de troca e cooperação. Atualmente, há unidades em São Paulo, Porto Alegre, Campinas e Belém. Por sua própria natureza, não há ‘donos’ e, portanto, qualquer pessoa ou instituição pode criar a sua Casa da Cultura Digital. É o que fizemos e este e-book marca, de forma embrionária, o início de uma empreitada que visa o compartilhamento de conhecimentos para a comunidade. Por isso adicionamos ao nome a palavra ‘Multiplica’. Nesse contexto entre a interface do jornalismo e a comunicação comunitária, nasceu a ideia de contribuirmos com a comunicação digital das escolas a partir de uma iniciativa já existente e com muitas potencialidades: os blogs escolares. Para isso, vamos explicar como tudo começou. No primeiro semestre de 2014, a acadêmica de Jornalismo do Bom Jesus/IELUSC Naiara Larsen desenvolveu o trabalho “Educação em Ação – Perfis”¹, que retratou, em vídeo, professores com projetos pedagógicos interessantes e inovadores na área da educação pública na cidade de Joinville (SC). Para encontrar essas histórias, uma das estratégias utilizadas pela estudante foi a de buscar informações nos blogs das escolas. Na pesquisa, ela constatou que quase todas as instituições de ensino utilizavam a plataforma como vitrine para divulgar atividades realizadas em sala de aula. Contudo, durante este processo, foi observado que os blogs são utilizados de forma pouco eficien- te, sem aproveitar suas potencialidades. Entre os problemas constatados estão a desatualização, falta de critérios de publicação e a ausência de diálogo com a linguagem e ferramentas para o ambiente digital. ¹ Sob orientação da professora Beatriz Cavenaghi a
  • 9. 9 A percepção destas necessidades surgiu, principalmente, após a acadêmica cursar as disciplinas de Meios Digitais, Produção Jornalística em Ambiente Digital 1 e 2, ministradas pela professora Lívia Vieira. Nas aulas, os estudantes são incentivados a utilizar a rede para criar produtos jornalísticos diferencia- dos, empregando as habilidades da profissão com as ferramentas disponibilizadas pela internet, além de compreender como a informação circula no ambiente digital e entender os mecanismos de buscas na rede. A partir desses critérios e também do entendimento sobre a importância da internet no mundo atual como ponte para compartilhar informações, percebemos as possibilidades que poderiam surgir a partir da utilização plena de uma ferramenta como o blog. Dessa forma, o objetivo deste e-book é reunir boas práticas de conteúdo para blogs escolares. A ideia não é, simplesmente, ensinar os professores a fazer; mas orientá-los a saber fazer. Dito de outra forma: não é nossa pretensão direcionar conteúdos, mas sim mostrar aos professores que existe uma grande quantidade de ferramentas e de soluções para ampliar a divulgação dos trabalhos realizados nas escolas. Seguindo a concepção do educador Paulo Freire (2005, p. 77), repudiamos a educação‘bancária’ e perseguimos a educação libertadora.“A educação que se impõe aos que verdadeiramente se compro- metem com a libertação não pode [...] ser a do depósito de conteúdos, mas a da problematização dos homens em suas relações com o mundo”. Portanto, o termo‘manual’tem um caráter muito mais didático do que padronizador. Nossa missão foi compilar as melhores práticas de conteúdo para que elas integrem uma ampla cartela de opções a que os professores podem recorrer em suas postagens nos blogs. O manual é, nesse entendimento, um ponto de partida e não um ponto de chegada. Ao percorrer os cinco capítulos - ‘Primeiros passos’, ‘Caminhando pelo texto’, ‘Exercitando o olhar’, ‘Registrando o movimento’ e ‘Outras ferramentas úteis’, o leitor terá orientações técnicas e de conteúdo para fazer com que o blog escolar seja um espaço de comunicação e aprendizado. Salientamos ainda que a efetivação deste manual será plena com a capacitação dos professores, próxima etapa de nosso projeto. Para os que nos leem, incluam essa ação no planejamento pós-leitura do manual. Assim, acreditamos que a pertinência desta iniciativa se dá principalmente no contexto atual, cada vez mais interligado digitalmente. Não fazer parte desse universo de forma efetiva é estar excluído, tam- bém socialmente, de uma série de possibilidades oferecidas por esse novo mundo. Além disso, os blogs surgem como uma possibilidade de comunicação entre escolas, pais, professores, alunos e comunidade, um diálogo essencial para a construção de uma sociedade mais informada e ativa. Boa leitura!
  • 10. 10 Primeiros passos: por que a sua escola deve ter um blog? A
  • 11. 11 N o Brasil, os primeiros blogs nasceram na década de 1990 como grandes diários virtuais. Hoje, eles são muito mais abrangentes e utilizados tanto por cidadãos comuns como por profissionais: jornalistas, cientistas, artistas e professores. A essência de um blog está em sua pertinência para determinado grupo de pessoas, que formam grandes comunidades virtuais em torno de um assunto específico. O nosso é a Educação. Mas antes de criar um blog, é preciso fazer um questionamento importante: Por que minha escola precisa ter um? E mais: pra que serve um blog? Para responder a essas perguntas, vamos propor uma viagem no tempo. Tente lembrar da sua época de estu- dante em idade escolar. Brincadeiras, atividades, professores, colegas de classe, aulas… certamente são momentos inesquecíveis, que fazemos questão de guardar na memória. Agora, imagine um lugar onde essa memória, somada a de outras pessoas, pudesse ser acessada a qualquer momento, e não somente nos antigos álbuns de fotografia? É isso que um blog escolar proporciona: o registro de uma memória de riqueza imensurável, imaterial, que pode ser compar- tilhada com alunos, pais, professores e comunidade. O jornalista e pesquisador Leonardo Foletto afirma que um blog é: [...] um meio de comunicação pessoal e interativo tendo como elemento básico o hipertexto (BLOOD 2002, LÓPEZ 2007) e como componente organizacional principal o Sistema de Publicação de Con- teúdo (CMS), que confere ao weblog uma interface de edição simplificada que exime o autor da ne- cessidade de usar códigos de linguagens de programação web e dá, estruturalmente, o formato de entradas datadas organizadas em uma ordem cronológica reversa onde, em cada uma das entradas, existe possibilidade do usuário fazer comentários (FOLLETO, 2009, p. 36). De forma simplificada, o autor chama atenção para algumas importantes características dos blogs: Interatividade: os blogs permitem a participação das pessoas por meio dos comentários; Hipertextualidade: dá autonomia ao leitor para navegar por meio de links para conteúdos dentro e fora do blog; Facilidade de publicação: você não precisa ser um programador para ter um blog. Basta que aprenda a utilizar uma ferramenta de publicação de conteúdo, como ensinaremos aqui. Estrutura singular: é fácil reconhecer um blog, pois ele possui posts publicados em ordem decrescente (do mais recente para o mais antigo). Alguns ainda possuem perfil do blogueiro, categorias de assuntos, arquivo com o histórico das postagens e lista de blogs recomendados. Dessa forma, o blog escolar é uma poderosa ferramenta de comunicação e de registro de experiências nesse ambiente tão rico e marcante na vida de todos nós. Mais do que utilizar uma tecnologia ‘da moda’, o blog é uma extensão per- manente da escola, onde alunos, professores, pais e comunidade podem trocar informações, conhecimento, estreitar relações de afeto e divulgar as práticas pedagógicas bem sucedidas. Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog?
  • 12. 12 Blog ou Facebook? Se os blogs são da década de 1990, como dissemos anteriormente, as redes sociais digitais são bem mais recen- tes. O Facebook, segundo site mais acessado no Brasil² , foi criado em 2004 pelo norte-americano Marck Zuckerberg, que tinha apenas 20 anos de idade. Atualmente, muitas escolas utilizam as duas mídias sociais e incluem nas fanpages a divulgação das postagens dos blogs escolares. Essa é uma boa prática, mas chamamos atenção para algumas questões: - Por regra, o Facebook só permite o cadastro de pessoas a partir de 13 anos de idade. No entanto, sabemos que alunos com menos idade e até crianças estão na rede social, muitas vezes com a permissão dos pais. Ao criar uma fanpage para se comunicar com os alunos, a escola deve estar ciente dessa norma e refletir sobre a real pertinência da presença no Facebook. Se a própria rede social estabelece uma idade mínima, é porque há razões para isso, inclusive com relação à exposição de imagem e risco para as crianças. - Para acessar um blog, não é preciso cadastro. Há plataformas gratuitas para criação de blogs e há também a possibilidade de instalação de um plugin em um servidor próprio. Dessa forma, a instituição tem total controle sobre o conteúdo e as mudanças podem ser planejadas de dentro para fora. - O Facebook pertence a uma empresa privada, portanto, fora do controle de seus usuários.Vamos imaginar, por exemplo, que Marck Zuckerberg acorda um dia de mau humor e resolve acabar com a rede social? É claro que essa é uma situação hipotética e dificilmente se tornaria realidade, mas bem ilustra que a gestão da ferramenta não está em nossas mãos. Todo o investimento em conteúdo deve ser pensado sob essa perspectiva. Além disso, a própria exibição dos posts para que curte a página de uma escola, por exemplo, é controlada pelo Facebook, que utiliza muitos critérios não divulgados. - Todo o conteúdo de um blog é exibido para quem o acessa, sem restrição. Além disso, há a possibilidade de re- ceber as atualizações por e-mail para quem se cadastrar ou‘seguir’o blog. Outra opção é a moderação de comentários, para evitar ofensas ou conteúdo inadequado. Com essas considerações, não queremos dizer que a escola deve optar por um blog ou descartar o Facebook, mas que seus gestores precisam ter consciência das vantagens e desvantagens da presença institucional nas mídias sociais. Como este manual trata especificamente de blogs escolares, nossa atenção está voltada para suas potencia- lidades de interatividade entre pessoas e ensino-aprendizagem. Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares ² Dados da empresa de informação de internet Alexa. O primeiro site mais acessado do Brasil é o Google. Fonte: Infomoney, 2013. Disponível em: http://www.infomoney.com.br/minhas-financas/gadgets/noticia/2961393/sites-mais-acessados-brasil-segundo-site-alexa
  • 13. 13 Planejar, planejar, planejar Se a escola já tem um blog ou pretende criar um, a orientação é a mesma: planejar. Um dos maiores desafios está na atualização do blog, que precisa ser constante, sob o risco de ser esquecido pelos próprios alunos, pais e professores. Por outro lado, um blog atualizado pode ser mais do que um canal de divulgação das atividades escolares: tem potencial para ser fonte de informação na comunidade, criar relacionamento com os pais e até virar pauta para a imprensa local. Tudo isso, como dissemos, requer planejamento. Vamos lá? - Primeira atitude: Designar pelo menos uma pessoa para ser responsável pela gestão do blog escolar. Em muitos casos, como nas escolas municipais de Joinville, essa responsabilidade fica com o professor da sala de Informática, que possui conhecimento técnico para utilizar as ferramentas. No entanto, enfatizamos que qualquer professor pode adquirir conhe- cimentos para atualizar o blog. Esse é, inclusive, o principal objetivo deste manual: capacitar os profissionais a utilizar com eficiência o blog escolar. - Segunda atitude: Estabelecer o fluxo de recebimento, autorização e publicação de conteúdo. Recomendamos que qualquer professor ou aluno possa ter liberdade para sugerir um assunto para o blog. Ao criar o conteúdo, este deve ser encaminhado, preferencialmente por e-mail, ao responsável pela atualização do blog, que vai avaliar o material e publicá- lo. Outra recomendação é para que a diretora ou diretor da escola participe do planejamento de conteúdo (terceiro pas- so), mas não precise autorizar previamente a publicação de um post no blog, pois isso pode comprometer a dinâmica de atualização. Educação para a autonomia, como disse o mestre Paulo Freire. -Terceiraatitude:Definir o público do blog, missão e visão. É de extrema importância saber para quem estamos falando e é importante que essa informação seja de conhecimento de todos. Pode parecer óbvio que o público de um blog escolar é composto por alunos, professores, pais, familiares e a própria comunidade em torno da escola. No entanto, poderíamos acrescentar também imprensa e governo locais, outras escolas, entre outros. O importante é refletir e discutir sobre a escolha desse público, pois toda a comunicação será direcionada para ele. Além disso, estabeleça a missão (objetivo do blog) e visão (uma meta, o que ele quer ser). Essas diretrizes serão essenciais para o planejamento do blog, atitude a seguir. - Quarta atitude: Organizar um planejamento de conteúdo anual para o blog. O melhor momento para isso é antes do início do ano letivo, quando há reuniões de planejamento pedagógico. Com professores, supervisores e diretores reu- nidos, deve ser feito o planejamento para as postagens durante todo o ano, já prevendo datas comemorativas, eventos da escola e projetos a serem desenvolvidos. Enfatizamos que esse planejamento será atualizado e pode ser modificado, pois é como um organizamo vivo. Mas esse passo é muito importante para que não haja‘falta de assunto’ou sobrecarga para o professor responsável pela atualização. Nessa etapa, é também fundamental definir a periodicidade de publicação: recomendamos, no mínimo, 3 vezes por semana. Veja um exemplo simples de planejamento de conteúdo para duas semanas em um blog escolar: Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog?
  • 14. 14 Data da publicação Assunto Recurso multimídia Responsável pelo conteúdo Data de envio do conteúdo por e-mail Responsável pela publicação 2.2.2015 O que fazer nas férias? Opções de brincadeiras e jogos educativos Vídeos e fotos Professor 1 1.2.2015 Professor 2 4.2.2015 Retrospectiva do ao anterior, contada por um aluno Fotos Aluno 1 3.2.2015 Professor 2 Professor 2 Professor 2 Professor 2 6.2.2015 Depoimento de um pai sobre o aprendizado do filho Fotos Pai 1 5.2.2015 9.2.2015 Volta às aulas. Boas vindas aos alunos Fotos de todos os professores Professor 3 8.2.2015 11.2.2015 Festa de recepção para os alunos Fotos Professor 4 10.2.2015 Professor 213.2.2015 Novidades para o ano Tabela interativa Professor 5 12.2.2015 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Caminho das pedras Para a escola que ainda não tem um blog, há inúmeras opções de plataformas gratuitas. No entanto, recomen- damos que as escolas de uma mesma rede (municipal, estadual ou federal) utilizem uma única plataforma, que deve estar instalada em servidor próprio. Dessa forma, a gestão é bastante facilitada, para que não haja perda de senhas ou informações de arquivo. Como sabemos que esse processo é por vezes trabalhoso e depende da articulação com outras áreas, como Tecnologia da Informação, apresentamos a seguir tutoriais para criação de blog escolar em duas das plataformas mais populares: Wordpress e Blogspot. Enfatizamos que os layouts das páginas abaixo e os próprios procedimentos de cadastro podem ser alterados ao longo do tempo, mas muito provavelmente as informações solicitadas serão as mesmas.
  • 15. 15 3 Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog? Criação de blog no Wordpress L Acesse: www.wordpress.com Digite o endereço do blog. Esse item é importante, pois um endereço simples e não muito longo facilita a busca. O mais recomendado é o próprio nome da escola. (Ex.: www.escolaxx.wordpress.com) Informe um endereço de ‘E-mail’. Aqui recomendamos que seja criado um email para a escola (Ex.: escolaxx@gmail.com), de modo que o blog não fique atrelado à conta pessoal de algum professor (isso pode dificultar a gestão futura). O mesmo para o ‘Nome de usuário’ (colocar o nome da escola) e para ‘Senha’ (nunca utilizar uma senha pessoal, mas sim uma genérica que pode ser lembrada posteriormente. Ex.: escolaxx1983, em que, hipoteticamente, ‘1983’ é o ano de fundação da escola). Embaixo do ‘Endereço do blog’, que já estará pre- enchido, clique em ‘Não, obrigado, eu vou usar o Wordpress gratuito’. Em seguida, clique em‘Criar blog’. 1 2 4 5
  • 16. 16 Configure seu blog: escreva o título, um slogan para facilitar a busca (opcional) e deixe seleciona- do o idioma Português. Clique em ‘próxima etapa’. Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares H 6 7 Preencha os campos abaixo com as informações já defi- nidas de‘E-mail ou nome de usuário’e‘Senha’. Clique em ‘Login’.
  • 17. 17 8Escolher um tema: há inúmeras opções de temas, entre pagos e gratuitos. Como se trata de um blog escolar, re- comendamos que o template seja simples, sem muitos detalhes. O importante é o conteúdo, já que um layout muito poluído visualmente pode dificultar a leitura. Lem- bre-se: menos é mais. Clique em‘próxima etapa’. Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog? Compartilhamento de posts: essa opção permi- te a conexão do blog com as contas do Twitter e Facebook. Pelos motivos explicitados na pági- na 12, recomendamos o não compartilhamento. No entanto, entendemos que essa é uma decisão institucional. Clique em‘próxima etapa’. H 9
  • 18. 18 11 Verifique seu endereço de e-mail: para come- çar a publicar os posts, você deve entrar no e- mail informado no ato de criação da conta e clicar no link de confirmação. Clique em ‘con- firmar endereço de email’. Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Você será direcionado para o blog que acabou de criar. Clique no lápis que aparece no canto superior direito e pronto! Você já pode inserir o primeiro post, com título, texto e opções de adicionar mídia (fotos e vídeos). Ao concluir, clique em‘publicar’. Irá aparecer a opção de‘Ver post’. Clique e você verá o post publicado no blog. 10
  • 19. 19 Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog? Há também a opção de agendar o post, para publicá-lo poste- riormente. Clique em‘alterar status’, marque‘agendado’e insira a data e hora desejados. Outro recurso é inserir ‘tags’, etiquetas que auxiliam na encontrabi- lidade do conteúdo pelos buscadores. Escolha algumas palavras- chave que têm relação com o assunto do post. Além disso, é inte- ressante criar categorias de grandes temas para o blog. (Ex.: Projetos Educacionais, Eventos, entre outros). Isso facilita a própria organiza- ção dos conteúdos no blog. 12 13
  • 20. 20 Criação de blog no Blogspot Acesse www.blogspot.com. Você será direcionado para a tela de conta do Gmail, pois o Google com- prou o Blogspot. Então, o primeiro passo é digitar o e-mail e senha da escola no Gmail (se não tiver um, é preciso criar). Clique em‘novo blog’. Dê um título para o blog e digite o endereço deseja- do. Aqui fazemos a mesma recomendação: crie um email para a escola (Ex.: escolaxx@gmail.com), de modo que o blog não fique atrelado à conta pesso- al de algum professor (isso pode dificultar a gestão futura). O mesmo para o ‘Nome de usuário’ (colocar o nome da escola) e para ‘Senha’ (nunca utilizar uma senha pessoal, mas sim uma genérica que pode ser lembrada posteriormente. Ex.: escolaxx1983, em que, hipoteticamente,‘1983’é o ano de fundação da esco- la). Escolha também um ‘modelo’ para o blog. Reco- mendamos o‘simples’. Clique em‘criar um blog’. Como o Google já tem suas informações de contato, o passo a passo para criar um blog no Blogspot é mais simples. Basta clicar em‘iniciar postagem’para publicar seu primeiro post. 1 2 3 4 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares
  • 21. 21 5 Escolha o título, digite o texto e adicione outras opções de mídia (fotos e vídeos). Cli- que em‘publicar’, no canto superior direito. Assim como no Wordpress, há a opção de agen- dar o post, para publicá-lo posteriormente. Clique em‘programar’e marque‘definir data e hora’. Após escolher, clique em‘concluído’. Outro recurso é inserir‘marcadores’, etiquetas que auxiliam na encontrabilidade do conteúdo pelos buscadores. Escolha algumas palavras-chave que têm relação com o assunto do post. Clique em‘concluído’. 6 7 Primeiros passos: por que a sua escola dever ter um blog?
  • 22. 22 cAMINHANDO PELO TEXTO: TÉCNICAS DE REDAÇÃO PARA BLOG l
  • 23. 23 Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog E ste capítulo é dedicado à escrita do blog. Trazemos do universo jornalístico algumas dicas que podem ser válidas na construção dos textos. Começamos falando sobre o critério de postagem, ou seja, que tipo de informação é relevante para um blog escolar. Feita a escolha do que se quer postar, o passo seguinte é a elaboração do texto. Neste tópico vamos apontar alguns caminhos que podem ajudar na hierarquização das informações e melhorar a clare- za do post. A etapa final será adequar esse texto para a web. A ideia é que esses posts tenham a linguagem do mundo digital e aproveitem as ferramentas que a internet oferece, deixando assim o conteúdo ainda mais interessante. Critérios de postagem Uma das primeiras perguntas com que um estudante de jornalismo se depara na faculdade é“O que é notícia?”. Aliado a este questionamento outros também aparecem, como,“o que faz um fato virar notícia?”, e ainda,“quem esco- lhe o que é ou não notícia?”. No jornalismo as respostas para essas perguntas são os critérios de noticiabilidade. Eles ajudam os jornalistas a determinarem os fatos que serão destacados nos veículos de comunicação. Essa discussão é longa e muitos teóricos do Jornalismo e da Comunicação estudaram e ainda estudam essas questões. Ainda assim, podemos oferecer uma definição primária que nos ajuda a entender o que é notícia e a definir alguns critérios de noticiabilidade. Para virar notícia, um fato precisa ter algo fora do comum, que não saiu como plane- jado, aconteceu ao acaso e de forma inesperada. Por exemplo, milhares de aviões cruzam o céu do país todos os dias, e isto não é noticiado porque este é o normal, mas se algum avião cai, com certeza isto estará nos jornais. Existe uma máxima no Jornalismo que ilustra bem o que pode ou não ser considerado notícia: “SE UM CACHORRO MORDE UM HOMEM, NÃO É NOTÍCIA. SE UM HOMEM MORDE UM CACHORRO, É.”” A partir daí, os critérios de noticiabilidade norteiam a publicação de determinado fato. Pegando novamente o exemplo de um avião: se uma aeronave cai na Índia e mata cerca de 150 pessoas, com certeza isto será muito noticiado no país, mas aqui no Brasil ganhará provavelmente apenas algumas linhas de textos de jornais e portais on-line, e não mais que um minuto nos telejornais e programas de rádio. Mas, se o presidente dos EUA estivesse no avião e morresse, sem dúvidas isto ganharia um espaço considerável nos veículos de comunicação. Nesses exemplos estão embutidos pelo menos dois critérios de noticiabilidade. O primeiro é a proximidade. Um avião cai na Índia, o fato é incomum, com certeza é uma notícia, mas por ser um país distante do Brasil e o acidente não ter nada a ver com nosso país, o fato aqui não será repercutido. Ou seja, é possível perceber que os jornais trazem notícias que se referem à região na qual o veículo está situado, pois as pessoas se identificam com o que está próximo geograficamente delas. k
  • 24. 24 O segundo exemplo, o da queda do avião com o presidente norte-americano, nos revela como critério de no- ticiabilidade a proeminência. Este termo se refere a personalidades públicas. Resumindo a ideia, sempre que um fato incomum acontecer com alguém“importante”, uma pessoa conhecida, como por exemplo, um político, um artista ou um cantor, o fato vai ganhar destaque na mídia. Neste caso, o presidente dos EUA tem uma importância global e sua morte geraria implicações mundiais. É importante ressaltar que os critérios de noticiabilidade não se dão de forma isolada, muitas vezes eles são utilizados conjuntamente para analisar se um fato é pertinente ou não. Outra questão primordial para a veiculação de uma notícia é sua atualidade. O fato pode ser incomum e inusitado, mas se ocorreu há dois meses, não tem mais validade, porque os veículos de comunicação trabalham com acontecimentos recentes, esta é a sua marca. Você pode estar se perguntando o que toda essa explicação tem a ver com a criação dos blogs escolares. Acre- ditamos que é importante que a(s) pessoa(s) responsável (eis) pela página da escola se questionem quanto ao material que será disponibilizado na internet. A ideia com toda essa explicação é estabelecer parâmetros, a partir dos critérios de noticiabilidade, para a postagem de textos nos blogs. Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Essa questão é importante e a conceituação do que é notícia pode nos apontar alguns caminhos. Vimos que um fato só vira notícia se ele foge do comum. Podemos aplicar isto também para encontrar assuntos per- tinentes para o blog. Nesse contexto, precisamos exercitar nosso olhar para perceber o que de incomum e diferente está acontecendo dentro da escola, e este será um processo peculiar para cada“blogueiro”. Entre tantas atividades que acontecem cotidianamente na escola, o que seria relevante postar? - Feira de ciência ; - Apresentações Artisticas e culturais de alunos; - Apresentações artísticas e culturais de artistas de fora; - Visitas a campo; - Visitas de autoridades a escola; - Alunos e professores destaques em premiação ou eventos; - Alunos destaques em competições esportivas externas; - Competições esportivas internas; - Festas ou comemorações de datas representativas. Conseguimos intuitivamente elencar alguns eventos que poderiam ser destaque no blog:
  • 25. 25 Assim como as notícias são divulgadas no dia em que aconteceram ou no máximo no dia seguinte, é imprescindível que todas essas atividades também sigam essa regra. Não faz sentido escrever na sexta-feira sobre uma feira de ciência que ocorreu na segunda anterior, a informação já ficou velha e pode não interessar mais ao leitor. Outra questão importante quando falamos em internet é a frequência de postagem. Já destacamos aqui a importância do blog como ferramenta para que as pessoas conheçam a escola, mas além disso é indispensável que o blog seja sempre atualizado. Uma página desatualizada demonstra um relaxamento, que pode ser as- sociado à própria imagem da escola. Ao contrário, um blog alimentado constante- mente demonstra que a escola é ativa e movimentada. O ideal é que o blog receba conteúdo, pelo menos, três vezes por semana. Outras possibilidades como a cada 15 dias, ou mesmo, mensalmente, tornam o blog desinteressante para o leitor. Outra dica importante: não fazer postagens constantes no blog, por exemplo todos os dias, e depois deixar três semanas sem atualizar. Lembre-se que, para o leitor, o conteúdo vai representar as atividades rea- lizadas na escola, então, se as postagens forem irregulares, vai parecer que numa semana o colégio estava fazendo diversas atividades e nas semanas seguintes não fez nada. Então, quando falamos na frequência de postagens, a palavra chave é re- gularidade. Se não for possível manter a média de três posts semanais, é importante que o prazo entre um texto e outro não seja muito longo. DICA Podemos ainda elencar outras informações que podem ser pauta nos blo- gs escolares, como por exemplo, lista do material escolar, calendário do ano letivo, convite para festas e eventos, avisos gerais da secretaria da escola, entre outros. Essas informações são pertinentes para o lei- tor, principalmente, para os pais e responsáveis pe- los alunos. O texto Agora que já vimos o que é relevante postar no blog, o próximo passo é entender a forma como vamos colo- car essas informações na internet. Aqui podemos, mais uma vez, pegar emprestadas algumas técnicas do jornalismo para nos ajudar a escrever um bom texto. A notícia, mais que um conceito subjetivo para entendermos que fato me- rece ou não ser destaque nos jornais, é também um estilo de texto jornalístico. Quem abrir um jornal vai encontrar, pelo menos, três tipos de textos: as notas, as notícias e as reportagens. As notas contêm textos curtos, até um parágrafo, com informações factuais, mas que não merecem tanto destaque. As notícias narram um fato de forma mais profunda que a nota, contextualizando o acontecimento através de informa- ções mais detalhadas. As reportagens abordam os fatos de forma ainda mais densa e exigem mais investigação do jornalista, por isso nem sempre são factuais. Desses estilos, o que mais se encaixa com os blogs é a estrutura da notícia. Isso porque ela informa na medida certa, ou seja, não é tão rasa quanto uma nota, nem tão extensa quanto uma reportagem. A notícia traz as informa- ções necessárias e pertinentes, destacando os principais fatos e personagens do acontecimento. E estes são os nossos objetivos para o blog. Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
  • 26. 26 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares A estrutura da notícia A construção de um texto noticioso é, de certa maneira, fácil, porque segue o mesmo raciocínio de quando contamos um fato inusitado a alguém. Por exemplo: estamos na rua e presenciamos um atropelamento. Quando relatamos a história, normalmente dizemos: “Nossa, vi um atropelamento hoje, uma moto bateu em um senhor que caminhava na calçada, o acidente foi na rua tal!”. Se analisarmos nossa fala, podemos perceber que começamos a história pelo fato principal, ou seja, o que aconteceu (neste exemplo foi o atropelamento). Depois deta- lhamos, dizendo quem estava envolvido e continuamos des- crevendo o local em que tudo isto se passou. Essa é a característica principal da notícia, revelar o QUE aconteceu já no começo do texto. Depois, seguimos con- tando QUEM foi a vítima do acontecido e também buscamos contextualizar o fato, descrevendo ONDE isto aconteceu. Quando um jornalista vai escrever sobre o atropela- mento, apesar de ele usar a mesma estrutura lógica da fato contado, ele precisa adaptar a narrativa para a linguagem es- crita e também buscar mais dados para passar uma informa- ção completa ao seu leitor. Então, ele procura saber também QUANDO, COMO E POR QUE o fato aconteceu. Por exemplo, nesta notícia do Diário de Santa Maria: Quem - Um idoso de 87 anos O quê - morreu atropelado Onde - na Rua Rio Branco, no bairro Parque Pinheiro Machado Quando - perto das 20h deste domingo Como - Luiz Flores Difante, caminhava ao lado da mulher quando foi atingido por um motociclista Aqui a questão “Por quê?” ficou de fora, não foi coloca- da na notícia. O porque significa a circunstância e pro- vavelmente seria a resposta do motoqueiro, ou seja, o idoso foi atropelado na calçada porque o condutor da moto perdeu a direção do veículo.
  • 27. 27 A partir das sugestões de postagem citadas no tópico anterior, vamos criar dois exemplos fictícios: Primeiro exemplo: Feira de Ciências A Escola Municipal Paulo Freire realizou nesta quarta-feira (14/1/2014) a oitava Feira de Ciências “Albert Einstein”. O encontro ocorreu no pátio e envolveu todos os estudantes da escola. No período da manhã, as turmas do primeiro ao quinto ano expuseram os trabalhos e, à tarde, foi a vez dos alunos do sexto ao nono ano. A feira é a oportunidade dos estudantes mostrarem o conhecimento aprendido durante as aulas. Aqui podemos identificar as questões: Quem - A Escola Municipal Paulo Freire O que - realizou a oitava Feira de Ciências... Quando - Nesta quarta-feira Onde - No pátio da escola Como - No período da manhã, as turmas do primeiro.. Porque - A feira é a oportunidade... Segundo Exemplo: Apresentações artísticas e culturais de artistas de fora O grupo de teatro Epidemia se apresentou ontem (16/2/2014) na quadra da escola. A trupe encenou para os alunos do nono ano o espetáculo“Pare, olhe e escute”. A peça fala sobre os riscos que corre quem não obedece as leis de trânsito. O que motivou a apresentação do espetáculo foi um acidente de carro em frente à escola. Neste exemplo também podemos identificar as perguntas: Quem - O grupo de teatro Epidemia O quê - encenou o espetáculo“Para, Olhe e escute” Quando - ontem (16/2/2014) Onde - na quadra da escola Porque - O que motivou a apresentação do espetáculo foi um acidente de carro em frente à escola. Dessaforma, estruturabásicadeumanotícia e dos textos que podemos desenvolver para o blog envolve seis perguntas: O QUE QUEM quando Onde como Por que Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
  • 28. 28 Para ir além... (Parte 1) Como pudemos perceber, a composição do primeiro parágrafo de uma notícia pretende responder as questões QUEM, O QUÊ, QUANDO, ONDE, COMO E PORQUE. A intenção é contextualizar a informação para o leitor. Emprestamos essa ideia para a elaboração de textos mais interessantes para os blogs. Mas isso não quer dizer que não podemos ir além e acres- centar mais conteúdo ao nosso post. Mesmo sendo curtas, as notícias normalmente não se limitam ao primeiro parágrafo, mas agregam outros dados nos parágrafos seguintes. Eles são utilizados pra descrever mais detalhadamente algumas das questões do início do texto. Voltamos ao exemplo da Feira de Ciências: A Escola Municipal Paulo Freire realizou nesta quarta-feira (14/1/2014) a oitava Feira de Ciências “Albert Einstein”. O encontro ocorreu no pátio e envolveu todos os estudantes da escola. No período da manhã, as turmas do primeiro ao quinto ano expu- seram os trabalhos e, à tarde, foi a vez dos alunos do sexto ao nono ano. A feira é a oportunidade dos estudantes mostrarem o conhecimento aprendido durante as aulas. UmdosdestaquesdaFeirafoiosdesenhoscriadospelosalunosdoterceiroanoA,doperíodomatutino. Aprofessoradeciências Maria Luiza Ribeiro trabalhou em sala de aula, durante o segundo bimestre, o sistema respiratório. Durante as aulas ela dividiu a turma em pequenos grupos, e cada um deles ficou responsável por desenhar um órgão que faz parte do sistema. Ao final eles juntaram todos os desenhos para montar o sistema respiratório completo. Observamos que, no segundo parágrafo, foram acrescentadas algumas informações mais pontuais, que são interessantes e ajudam o leitor do blog a entender um pouco mais sobre o evento. O Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares No exemplo dois, também é possível perceber que o acréscimo de da- dos deixa o post ainda mais informativo. O grupo de teatro Epidemia se apresentou ontem (16/2/2014) na quadra da escola. A trupe encenou para os alunos do nono ano o espetáculo “Pare, olhe e escute”. A peça fala sobre os riscos que corre quem não obedece as leis de trânsito.Oquemotivouaapresentaçãodoespetáculofoiumacidentedecar- ro em frente à escola. Ao final da apresentação todos os estudantes ganharam uma cartilha com as principais leis de trânsito. Semana que vem, os estudantes vão fazer uma caminhada próxima à escola, entregando panfletos para a comunidade e alertando sobre os perigos da imprudência no trânsito. Resumindo: Traga no primeiro parágrafo do texto as informações mais impor- tantes que contextualizem o fato ao leitor e nos parágrafos seguin- tes narre outros detalhes que vão deixar o texto informativo e inte- ressante
  • 29. 29 Para ir além... (Parte 2) Outra questão importante que pode acrescentar qualidade ao texto é saber fazer uma citação. Isso porque, se quisermos acrescentar ao post a fala de alguém, precisamos fazer de forma correta. Para essa técnica também vamos nos basear no Jornalismo. Em textos dissertativos e narrativos, quando queremos evidenciar a fala de alguém, ou mes- mo diálogos, normalmente utilizamos o travessão (-) para indicar as falas, como por exemplo³ : A filha de Niterói, ciente das complicações, adverte-o: - Por que o senhor não vai plantar em terreno ainda não cultivado? O sítio lá tem cinco alqueires, pois então escolha o mais distante e faça sua horta nele. - Planto onde eu quiser. Não faltava mais anda! Um homem como eu, já idoso... No texto jornalístico utilizamos as aspas (“”) quando queremos retratar a fala de al- guém. O interessante sempre é contextualizar o momento do discurso e então colocar a citação para dar veracidade ao texto. Utilizando os dois exemplos anteriores, vamos acrescentar uma declaração no terceiro parágrafo: X A Escola Municipal Paulo Freire realizou nesta quarta-feira (14/1/2014) a oitava Feira de Ciências “Albert Einstein”. O encontro ocorreu no pátio e envolveu todos os estudan- tes da escola. No período da manhã, as turmas do primeiro ao quinto ano expuseram os trabalhos e, à tarde, foi a vez dos alunos do sexto ao nono ano. A feira é a oportuni- dade dos estudantes mostrarem o conhecimento aprendido durante as aulas. Um dos destaques da Feira foi os desenhos criados pelos alunos do terceiro ano A, do período matutino. A professora de ciências Maria Luiza Ribeiro trabalhou em sala de aula, durante o segundo bimestre, o sistema respiratório. Durante as aulas ela dividiu a turma em pequenos grupos, e cada um deles ficou responsável por desenhar um ór- gão que faz parte do sistema. Ao final eles juntaram todos os desenhos para montar o sistema respiratório completo. O grupo do estudante Saulo de Oliveira ficou responsável pelo desenho do pulmão. Saulo comenta o que aprendeu com a experiência. “Gostei muito de fazer esse projeto, eu e o grupo pesquisamos bastante para conseguirmos desenhar o pulmão mais pare- cido com a realidade”. ³ Trecho retirado da crônica“Retrato de velho”do livro a Bolsa e a Vida de Carlos Drummond de Andrade Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
  • 30. 30 Podemos também ver no texto dois outro exemplo de como acrescentar a citação ao post. Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares O grupo de teatro Epidemia se apresentou ontem (16/2/2014) na quadra da escola. A trupe encenou para os alunos do nono ano o espetáculo “Pare, olhe e escute”. A peça fala sobre os riscos que corre quem não obedece as leis de trânsito. O que motivou a apresentação do espetáculo foi um acidente de carro em frente à escola. Ao final da apresentação todos os estudantes ganharam uma cartilha com as princi- pais leis de trânsito. Semana que vem, os estudantes vão fazer uma caminhada próxi- ma à escola, entregando panfletos para a comunidade e alertando sobre os perigos da imprudência no trânsito. “É muito importante que vocês saibam um pouco mais sobre as leis de trânsito. Espero que a partir de agora prestem mais atenção quando andarem pelas ruas e que tam- bém levem essas informações aos seus pais”, disse a diretora Rosangela Machado aos estudantes, no término do espetáculo. DICA As citações com aspas muitas vezes utilizam verbos declarativos, que antecedem ou sucedem a fala ou declaração de uma pessoa. Os mais usados normalmente são: disse, falou e comentou. Mas existem outras opções que também são usa- das, como: declarou, afirmou, apontou, comunicou, confirmou, esclareceu, entre outros. O segredo é saber variar o uso do verbo dependendo da situação.
  • 31. 31 Alémdaestruturadotexto,tambémvamoselencaralgumasdicasquepodemauxiliarnaconstrução de posts mais interessantes para os leitores. 1Lembre sempre de escrever as palavras corretamente, preste atenção na grafia, nos acentos. Tenha em mente que você está escrevendo em um blog escolar, então é preciso ter um cuidado extra. 2Além das palavras, preste atenção no contexto e veja se os verbos estão conjugados de forma correta, assim como a rela- ção entre as palavras no singular e plural. Não são duas‘pessoa’, e sim‘pessoas’; 3Use sinônimos, isso enriquece o texto. Ao invés de falar duas vezes no mesmo parágrafo a palavra aluno, use também estudante. 4Éinteressanteidentificaradatadopostcolocandoodia,omêseoanoentreparênteses,comoporexemplo,nestaquarta- feira (13/4/2014), ou ontem (12/5/2014). Isso ajuda a situar o leitor; 5Eviteredundâncias,como‘acabamentofinal’(podesersóacabamento),ou‘ambososdois’(escreve-sesomenteambos),ou ainda‘regra geral’(é possível dizer apenas regra); 6Não use palavras difíceis, que vão confundir o leitor. Busque sempre a simplicidade, isso não quer dizer que o conteúdo ficará irrelevante; 7Semprequecitaronomedealguémcoloque-oporcompleto(porexemplo,professoradeinglêsNádiadeSouza).Lembre- se que esse texto estará na internet, para o mundo inteiro. Na escola todos podem conhecer a professora Nádia, mas fora dela talvez não, então é importante identificá-la pelo nome completo. 8O texto jornalístico normalmente não utiliza adjetivos. Provavelmente você não verá uma notícia da seguinte forma: aci- dente horroroso mata cinco pessoas. Mas nos blogs, se for pertinente, é possível usá-los, mas sem exageros. 9Citações precisam de fontes, ou seja, sempre que escrever alguma coisa que alguém disse, lembre-se de dar o crédito. Isto vale para uma frase de alguém famoso, por exemplo:“Nada se cria, tudo se transforma”(Lavoisier), ou mesmo para falas que serão acrescentadas ao próprio texto, como: “Esta peça de teatro é muito interessante para os alunos”, falou a diretora Rosangela Machado. 10Não utilize várias fontes no texto.Não fica interessante para o leitor. Ao contrário, fica confuso. Escolha uma fonte e utilize-a em todas as postagens ; 11O mesmo vale para cores. Não utilize diversas cores no texto, isso tira o fico do que é realmente importante. Fuja do colorido, dê preferência ao preto. 12Não escreva com fontes de tamanhos diferentes. Isso também atrapalha a fluência da leitura; 13NÃO ESCREVA OS POSTS EM CAIXA ALTA. Na linguagem da internet, usamos a caixa alta quando estamos gritando com alguém, então, utilize sempre a caixa baixa nos textos, o post ficará mais elegante. 14Semprequeforcitaralguém,éinteressanteapresentarapessoapelaprofissão,cargooulocalondetrabalha.Porexem- plo: (...) o prefeito da cidade, Antônio Martins; (...) o contador de histórias da biblioteca pública, Jorge André; (...) a coor- denadora de Projetos Extracurriculares da Secretaria de Educação, Olívia Pires; 15Na internet não são usuais os parágrafos recuados, essa demarcação da mudança de assunto dentro do texto normalmente é feita pulando uma linha. Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
  • 32. 32 O texto para a web Agora que já aprendemos como estruturar um texto de maneira interessante e atraente para leitor, o passo seguinte é incorporar ao material técnicas que façam com que ele dialogue com o universo digital. A internet oferece infinitas possibilidades, e por isso é necessário saber utilizar esse potencial a nosso favor. Vamos dar algumas dicas bá- sicas, que fazem a diferença na composição de um material para a web. Título O título é uma parte importante de um material escrito, é ele, muitas vezes, que fará com que o leitor leia ou não o nosso texto. Para postagens na internet, pensar no título se faz ainda mais indispensável. Para encontrar alguém, a web conta com os buscadores, como o Google, e estes por sua vez, utilizam algumas técnicas de rastreamento de material e ranqueamento. Uma delas é o título. Ou seja, ao procurar um termo, os motores de busca vão verificar tex- tos que se referem aquilo que foi pedido, e um dos critérios é se o título do material traz as informações colocadas na busca. A dica é compor títulos claros, objetivos e que revelem o que o texto vai tratar. Vamos ver como ficaria o título do exemplo da Feira de Ciências: Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares A Escola Municipal Paulo Freire realizou nesta quarta-feira (14/1/2014) a oitava Feira de Ciências “Albert Einstein”. O encontro ocorreu no pátio e envolveu todos os estudantes da escola. No período da manhã, as turmas do primeiro ao quinto ano expuseram os trabalhos e, à tarde, foi a vez dos alunos do sexto ao nono ano. A feira é a oportunidade dos estudantes mostrarem o conhecimento aprendido durante as aulas. Um dos destaques da Feira foi os desenhos criados pelos alunos do terceiro ano A, do período matutino. A professora de ciências Maria Luiza Ribeiro trabalhou em sala de aula, durante o segundo bimestre, o sistema respiratório. Durante as aulas ela dividiu a turma em pequenos grupos, e cada um deles ficou responsável por desenhar um órgão que faz parte do sistema. Ao final eles juntaram todos os desenhos para montar o sistema respiratório completo. O grupo do estudante Saulo de Oliveira ficou responsável pelo desenho do pulmão. Saulo comenta o que aprendeu com a experiência. “Gostei muito de fazer esse projeto, eu e o grupo pesquisamos bastan- te para conseguirmos desenhar o pulmão mais parecido com a realidade”.
  • 33. 33 O título ideal para qualquer postagem precisa ter a ver com o assunto principal tratado no texto, aqui no caso se- ria a Feira de Ciências, mas não só isso, é preciso situar ainda mais o tema dentro do título. Assim, o título poderia ser o seguinte: Escola Municipal Paulo Freire realiza oitava edição da Feira de Ciências Albert Einstein. Ao colocarmos títulos que se referem diretamente ao que queremos dizer no texto aumentamos a nossa chance de sermos encontrados na internet. Veja um exemplo do resultado de uma pesquisa no Google pelo título: 4 Exemplo fictício4 Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
  • 34. 34 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Palavras-chave Outra técnica de texto para web que melhora o ranqueamento nos buscadores é o uso de negrito e itálico em palavras-chave do texto. Os buscadores entendem que aquelas palavras são importantes para o texto e por isso estão em destaque. A dica é utilizar o negrito e o itálico em palavras ou expressões que expliquem ou denotem o con- texto do material. Por exemplo, vamos utilizar o negrito para ressaltar algumas partes do texto exemplificado anteriomente. O grupo de teatro Epidemia se apresentou ontem (16/2/2014) na quadra da escola. A trupe encenou para os alunos do nono ano o es- petáculo “Pare, olhe e escute”. A peça fala sobre os riscos que corre quem não obedece as leis de trânsito. O que motivou a apresenta- ção do espetáculo foi um acidente de carro em frente à escola. Ao final da apresentação, todos os estudantes ganharam uma carti- lha com as principais leis de trânsito. Semana que vem, os estudantes vão fazer uma caminhada próxima à escola, entregando panfletos para a comunidade e alertando sobre os perigos da imprudência no trânsito. “É muito importante que vocês saibam um pouco mais sobre as leis de trânsito. Espero que a partir de agora prestem mais atenção quan- do andarem pelas ruas e que também levem essas informações aos seus pais”, disse a diretora Rosangela Machado aos estudantes, no tér- mino do espetáculo. TAGS Outra ferramenta importante na composi- ção de um texto para a internet são as tags, também conhecidas como marcadores. Na web elas são utilizados para sinalizar o tipo de conteúdo a que se refere aquele mate- rial, ou seja, são palavras-chave. As tags são importantes porque também são utilizadas pelos buscadores para encontrarem conte- údos relevantes, de acordo com o que foi buscado. Nos blogs há espaços destinados para as tags, eles se localizam na mesma página onde é escrito o texto para a pos- tagem.
  • 35. 35 Normalmente, essas tags ou marca- dores ficam no pé do texto. Elas são importantes ainda porque podem ca- tegorizar os posts dentro do próprio blog. Por exemplo, se sempre que um grupo de teatro visitar a escola os posts sobre o evento forem identificados pela tag “teatro”, quando alguém for buscar pelo tema encontrará todas as postagens referentes ao assunto. Tam- bém por isso é indispensável que to- das as postagens tenham, pelo menos, duas palavras-chave para caracterizar o texto. Blogspost: Wordpress: Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
  • 36. 36 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Hipertexto A leitura de textos no ambiente digital é permeada por uma série de possibilidades de interação, ao contrário do que ocorre no papel. A internet proporciona uma navegação por camadas, ou seja, a partir de links podemos conti- nuar nossa leitura em outras janelas e nos aprofundarmos nos assuntos que são de nosso interesse. Esse novo formato de texto na internet é denominado hipertexto. Exemplos:
  • 37. 37 Assim, ao escrever um texto para a internet é preciso levar em consideração que ela oferece infinitas possibili- dades de acréscimo de conteúdo ao material. É preciso pensar em links que agreguem valor à postagem. Por exemplo, no post da Feira de Ciências, poderíamos acrescentar os links da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, ou das revistas Ciência Hoje, Super Interessante, Mundo Estranho, Galileu. Ou mesmo acrescentar vídeos que mostrem experiências científicas, o site www.youtube.com reúne milhões deles. Por exemplo, este que ensina a“fazer”um pulmão caseiro : https://www.youtube.com/watch?v=DNbF6bnCoio Podemos acrescentar outros links ao texto que têm relação direta com o que está escrito. No exemplo do grupo Epidemia, uma das ideias seria colocar um link no nome do grupo de te- atro, caso ele tivesse um site ou mesmo uma página no Facebook. Isso é válido porque mui- tos leitores podem querer saber mais sobre o grupo e a peça. Poderíamos ainda acrescentar, como o texto fala em trânsito, o link do Código Brasileiro de Trânsito. A dica aqui é entender que a internet oferece inúmeras possibilidades. É preciso dialogar com essa linguagem e disponibilizar ao leitor conteúdos e informações adicionais, indo além daquilo que está no texto. A palavra de ordem é criatividade. Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
  • 38. 38 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Na prática Até aqui apresentamos diversas dicas para a escrita de conteúdos para a internet. Vamos ver como elas se encaixam na prática, com os seguintes exemplos: 1 - Título objetivo sintetiza o conteú- do da postagem; 2 - Primeiro parágrafo traz as informa- ções essenciais; 3 - Palavras em negrito no texto des- tacam algumas expressões e termos importantes; 4 - Hipertexto com links para nave- gação em outras janelas ou material adicional; 5 - Citação; 6 - Tags.
  • 39. 39 Podemos também perceber essas características no segundo exemplo: Caminhando pelo texto: técnicas de redação para blog
  • 40. 40 Exercitando o olhar: A imagem como aliada nas postagens V
  • 41. 41 Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens T oda imagem fotográfica tem atrás de si uma história, lembra o fotógrafo e pesquisador Bóris Kossoy . Por isso gostamos tanto de fotos. É por meio delas que recontamos experiências vividas e rememoramos momentos es- peciais. A partir do final do século XX, com o advento da fotografia digital, a prática de fotografar só aumentou. Hoje, com câmeras acopladas em celulares e com redes sociais especializadas em imagens, fazer fotos tornou-se um hábito no cotidiano de muitas pessoas, inclusive de crianças e adolescentes. Por isso, um blog escolar precisa ser pensado a partir dessa perspectiva: vivemos um tempo de popularização das imagens. Utilizá-las de forma assertiva é acertar em cheio o coração de crianças, professores, pais e comunidade. A seguir, apresentamos algumas orientações básicas para fazer uma boa fotografia no modo automático das câmeras. - Enquadramento: na fotografia, há uma regra muito conhecida de enquadramento, a‘regra dos ter- ços’. Para entendê-la, basta imaginar um ‘jogo da velha’ na cena a ser fotografada. Os quatro pontos centrais (bolas azuis) são os preferenciais para o enquadramento da foto. Em outras palavras, em uma das bolinhas azuis (ou em mais de uma) devem estar os elementos que você quer colocar em evidên- cia. Veja: Em“Os tempos da fotografia”(KOSSOY, 2007, p. 156) 5 5
  • 42. 42 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Exemplo: Se você está foto- grafando uma paisagem, posi- cione o horizonte em uma das linhas do ‘jogo da velha’. Se es- tiver um céu bonito (como na foto ao lado), enquadre na linha inferior (assim, o céu aparecerá em destaque). Se o mais impor- tante for os elementos abaixo do horizonte, posicione-o na linha de cima do terço. Posicionamento: Uma dica bem simples de posiciona- mento é perceber a distância que o fotógrafo está da cena. A menos que sua câmera seja de excelente nível, normalmente a utilização do zoom diminui a qualidade da foto, deixando-a pixelada. Então, evite ao máxi- mo esse recurso e aproxime-se da cena. Outra recomendação é: ao invés de abaixar ou levantar a câmera, levante ou abaixe seu corpo para fazer a foto. Iluminação: A iluminação natural é a melhor aliada do fotógrafo. Du- rante o dia, preste atenção na posição do sol, para que a foto não fique ‘estourada’ou escura demais. No caso de câmeras digitais, faça uma foto de teste e, se não ser certo, mude de posição até que a iluminação fique boa. À noite, em ambientes não iluminados, é preciso utilizar o flash. Como esse tipo de iluminação é artificial, não raras vezes o rosto das pessoas pode ficar iluminado demais, por exemplo. Para evitar isso, veja se sua câmera tem a opção de ajustar a potência do flash. Para orientações mais aprofunda- das, recomendamos este“Manual de fotografia digital”, elaborado pela Universidade do Porto (Por- tugal). https://fauufpa.files.word- press.com/2012/03/manual-de- fotografia-digital.pdf
  • 43. 43 Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens Critérios de seleção A grande quantidade de fotos à disposição de um simples clique é muito positiva, mas, por outro lado, pode gerar um excesso de imagens. Pense, por exemplo, nas centenas de fotos feitas numa festa de final de ano em uma escola. Apesar da facilidade de subir essas imagens no publicador do blog, é preciso fazer uma seleção das melhores, pois, como sabemos, quantidade não é sinônimo de qualidade. Veja alguns critérios de seleção para postagem de fotos em blog escolar: 1A escolha das imagens deve ser feita pelo professor responsável pela escrita do post ou pelo professor que faz a gestão e publicação no blog escolar. Em ambos os casos é preciso que haja um acordo explícito com todos os envolvidos, visando evitar desentendimentos. 2Analise bem as imagens antes de escolher. Pode ser óbvio, mas às vezes, na pressa, acabamos não perceben- do alguns detalhes que tiram a qualidade da foto. 3Atente para a questão do direito de imagem. Recomendamos que, no início de cada ano letivo, no ato da matrícula, seja solicitado aos pais ou responsáveis a assinatura de autorização de uso da imagem do filho no blog ou em outros veículos de comunicação da escola. Assim, não haverá problemas quanto ao uso de fotos dos alunos. Caso algum pai se recuse a assinar o documento, esteja atento para não selecionar fotos em que a respectiva criança apareça. 4Veja se todos os rostos estão com foco, principalmente os que aparecem no primeiro plano da foto. 5Evite escolher fotografias em que pessoas aparecem em posições ou situações incômodas. Por exemplo, se numa imagem um professor aparece com o cabelo despenteado, por causa do vento, analise se ela é mesmo essencial ou se você pode escolher outra foto em que ele não esteja assim. 6Ao invés de fazer uma foto de toda a cena (por exemplo, da plateia e do palco de uma festa na escola), prefira captar algumas cenas isoladas: a emoção no rosto de uma mãe, o abraço de um pai em seu filho, a brincadeira de três crianças. Lembre-se daquela máxima de que uma boa imagem vale mais que mil palavras. Foto é emoção. 7Certifique-se de selecionar imagens dos momentos mais importantes de um evento, pois uma galeria de fo- tos é também uma forma de registro. O discurso da diretora, as apresentações, a despedida. Com boas fotos e legendas que contam a história daquele evento, é preciso somente um texto de contextualização e o post para o blog está praticamente pronto. 8Depois de fazer uma primeira seleção, faça outra. Quanto mais analisamos as fotos, mais nos tornamos crite- riosos e percebemos novos detalhes. Uma galeria de fotos com riqueza de cenas não precisa ter mais que 20 imagens. O que passar disso pode acabar sendo cansativo para quem está vendo, por mais interesse que a pessoa tenha naquelas imagens.
  • 44. 44 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Como salvar em arquivo Após selecionar as melhores fotos, é hora de salvá-las e nomeá-las. Crie uma pasta no computador e dê a ela um nome que posteriormente será de fácil identificação (Ex.: Dia_mães2014). Quando baixamos as fotos da câmera fotográfica ou do celular, elas vêm nomeadas com letras e números seria- dos (Ex.: DSC564). Para subir as fotos no blog, é preciso mudar essa nomeação, pois ela é extremamente imprecisa para os mecanismos de busca. Imagine que alguém quer encontrar as fotos da festa do Dia da Mães da Escola X. Muito provavelmente a pessoa irá digitar essa frase no Google (ou em outro buscador). Se as imagens estão nomeadas como DSC 564, DSC 565…, dificilmente o resultado da busca será assertivo. No entanto, se nomear como Dia_maes_Esco- laX_alunos, Dia_maes_EscolaX_diretora…., as chances de encontrar as fotos publicadas no blog aumentam considera- velmente. - Salve as fotos em seu computador, com um nome de fácil identificação; - Selecione as que vão para o blog; - Renomeie-as, incluindo o nome do evento e uma palavra que defina o que há em cada imagem. Isso pode levar um tempo maior, mas acredite, os resultados são compensadores. - Ajuste a resolução de cada foto, pois imagens muito grandes demoram para carregar e ocupam espaço no servidor do blog. Para isso, utilize qualquer editor de imagem (Photoshop, Microsoft Office, Corel Draw, entre outros) e escolha uma opção de redimensionamento. Como as imagens são para internet, o tamanho ideal é 640x480 pixels ou 72 dpi. Como postar fotos no blog Após a seleção e o correto arquivamento das fotos no computador, é hora de postá-las no blog. Há pelo menos três formas de fazer isso: adicionar imagens individuais em um post no blog; criar uma galeria de fotos usando o publi- cador do blog; ou criar uma galeria de fotos por meio de ferramentas online gratuitas. Adicionar imagens individuais Recomendamos que todo post tenha pelo menos uma foto e quanto maior o texto, maior também a necessi- dade de romper a uniformidade com uma imagem. Ninguém gosta de ler blocos extensos de texto. A foto ajuda a dar leveza à leitura e deve compor o post de forma harmoniosa. resumindo:
  • 45. 45 Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens Na plataforma Wordpress, o passo a passo é: 2Clique na aba‘Enviar arquivo’para subir uma foto nova. Se ela já está no publicador, clique em‘Biblioteca de mí- dia’. No exemplo, vamos subir uma imagem nova. Para isso, bastar clicar em‘Selecionar aquivos’. 1Clique em‘Adicionar novo’post - Após inserir o texto desejado, cli- que em ‘Adicionar mídia’ e posicione o cursor no local onde você quer que a foto apareça. No exemplo abaixo, antes do primeiro parágrafo.
  • 46. 46 3Nesse momento, abra a ja- nela com os arquivos que estão salvos em seu computa- dor. Selecione a foto desejada na pasta em que ela foi salva e clique em‘abrir’. Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares 4A foto foi adicionada na biblioteca de mídia do publicador. Agora, é preciso preencher informações importantes que aparecem no lado direito da tela. O ‘título’ da foto é opcional e pode ser o mesmo que serviu para nomeá-la. O passo seguinte é inserir a ‘le- genda’, que é muito importante. Ela não só descreve a foto, mas a complementa, com detalhes e informações. Outra ação impor- tante é mencionar o crédito da foto na própria legenda. Caso a imagem seja retirada da internet e não haja menção ao autor, in- forme o site de onde você retirou a imagem. No entanto, dê prefe- rência para fotos feitas por auto- res conhecidos.
  • 47. 47 Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens 5Ainda na tela à direita, escolha o alinhamento da foto na página (centro, direita, esquerda ou nenhum). Como a imagem já foi re- dimensionada, em princípio não é necessário alterar o tamanho. De qualquer forma, dê preferência para as opções ‘tamanho completo’ ou ‘grande’. Evite ‘médio’ ou ‘miniatura’, pois esses tamanhos podem prejudicar a visibilidade da foto e não deixam a página tão bonita. Mesmo que a pessoa possa ver a foto em tamanho real clicando nela, é um passo desnecessário que obrigamos nosso leitor a dar. Fotos bonitas merecem destaque. Clique em‘inserir no post’ 6Repita o mesmo procedimento para inserir outras fotos e, quando terminar, clique em ‘publicar’. No exemplo abaixo, utilizamos duas fo- tos, veja:
  • 48. 48 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Na plataforma Blogspot, o passo a passo é: 2Clique na aba ‘Escolher arqui- vos’ para subir uma foto nova. Se ela já está no publicador, clique em ‘Deste blog’. No exemplo, va- mos subir uma imagem nova 3Nesse momento, abre a janela com os ar- quivos que estão salvos em seu compu- tador. Selecione a foto desejada na pasta em que ela foi salva e clique em ‘abrir’. Depois, clique em‘adicionar selecionadas’. 1Clique em‘criar nova postagem’. Após inserir o texto desejado, clique em ‘inserir imagem’ (ícone da paisagem) e posi- cione o cursor no local onde você quer que a foto apareça. No exemplo ao lado, após o primeiro parágrafo.
  • 49. 49 Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens 4A foto foi adicionada no editor. Ao clicar na imagem, há uma série de opções. Primeiro, esco- lha o tamanho (pequeno, médio, grande, muito grande ou tamanho original). Como a imagem já foi re- dimensionada, em princípio não é necessário alterar o tamanho. De qualquer forma, dê preferência para as opções ‘muito grande’ ou ‘grande’. Evite ‘médio’ ou ‘pequeno’, pois esses tamanhos podem prejudicar a visi- bilidade da foto e não deixam a página tão bonita. Mesmo que a pessoa possa ver a foto em tamanho real clicando nela, é um passo desnecessário que obrigamos nosso leitor a dar. Fotos bonitas merecem destaque. Esco- lha o alinhamento da foto na página (alinha à esquerda, centralizar ou ali- nhar à direita). O passo seguinte é clicar em‘adicionar legenda’. Ela não só descreve a foto, mas a complementa, com detalhes e informações. Outra ação importante é mencionar o crédito da foto na própria legenda. Caso a imagem seja retirada da internet e não haja menção ao autor, informe o site de onde você retirou a imagem. No entanto, dê preferência para fotos feitas por autores conhecidos. 5Repita o mesmo procedimento para inserir outras fotos e, quando ter- minar, clique em‘publicar’. No exemplo ao lado , utilizamos duas fotos.
  • 50. 50 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Criar galeria de fotos utilizando o publicador do blog Recomendamos a utilização de galeria de fotos quando o post tem a partir de três imagens. Visualmente, não é interessante posicionar uma foto embaixo da outra quando a quantidade é grande. Dificulta a leitura e torna a navega- ção mais cansativa, pois o leitor precisa utilizar demasiadamente a barra de rolagem da página. A regra é sempre tentar facilitar ao máximo. A plataforma Blogspot não tem a opção galeria de fotos. Na plataforma Wordpress, o passo a passo é o seguinte: 1Abra um novo post. Clique em ‘adicionar mídia’ e depois, no canto esquerdo, em ‘criar galeria’. Clique em ‘selecionar arquivos’ e escolha todas as fotos para a gale- ria (aperte a tecla ‘shift’ do teclado para adicionar mais de uma foto por vez). 2Com as imagens selecionadas, insira a legenda da galeria e o crédito das fotos. Clique em‘criar uma nova galeria’.
  • 51. 51 Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens 3Agora, insira a legenda de cada foto e escolha o tipo de galeria: apresentação de slides, grade de miniaturas, mosaicos, mosaicos quadrados ou círcu- los. 4No exemplo abaixo, escolhemos o tipo‘apresentação de slides’. Pronto! A galeria de fotos foi criada. As imagens passam automaticamente ou com o clique do mouse.
  • 52. 52 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Criar uma galeria de fotos por meio de ferramenta online gratuita Para quem utiliza a plataforma Blogspot ou para os que desejam ter mais opções de galerias de fotos, uma boa sugestão são as ferramentas gratuitas. Há muitas e a cada dia surgem novas. Selecionamos um exemplo e vamos expli- car o passo a passo de uma galeria de fotos criada no www.photosnack.com. O único entrave é que o site é em língua inglesa, mas vamos traduzir os termos na medida do possível. Digite em seu navegador www.pho- tosnack.com. Clique em ‘sign in’ (ca- dastre-se), no canto superior direito. Selecione ‘new user’ (novo usuário) e insira email e password (senha). Clique em‘sign in’. Outra opção é cadastrar-se utilizando as informações de sua conta no facebook, google ou twitter. No en- tanto, para evitar o atrelamento a con- tas pessoais de professores, recomen- damos o cadastro utilizando o email da escola, que pode ser o mesmo já usado no cadastro do blog. Clique em‘new slideshow’(novo slideshow), no canto superior da tela
  • 53. 53 Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens Clique em ‘upload your photos’ (carregue suas fotos). Esse processo é igual ao que descrevemos para subir uma ima- gem no publicador: selecione as que deseja e clique em‘abrir’. Desça a barra de rolagem. As fotos selecionadas irão aparecer em‘my photos’(minhas fotos). Clique em‘next’(próxi- mo).
  • 54. 54 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Em seguida, clique em‘edit slideshow’(editar slideshow) para ter aces- so a algumas opções interessantes. Dê um título para a galeria de fotos (album title), adicione uma descrição (album descrip- tion) e, logo abaixo, clique em‘edit photos’ (editar fotos). Você pode incluir um título, uma legenda e um link (opcional) para cada foto. Clique em‘done’ (feito) e depois em‘next’(próximo).
  • 55. 55 Exercitando o olhar: a imagem como aliada nas postagens Escolha um template para a galeria de fotos e clique, no final da página, em‘finish’(finalizar). Após criar a galeria de fotos, é preciso incor- porá-la no blog. Para isso, clique no ícone laranja ‘Embed’ (incorporar), depois em ‘use free’ (utilizar versão gratuita). Vai aparecer uma janela com um código. Clique em‘copy’ (copiar). Em seguida, vá para o editor do tex- to do blog e clique no ícone‘html’(Blogspot) ou na aba ‘texto’ (Wordpress). Por fim, cole (Ctrl V) o código no editor e publique o post. A galeria de fotos aparecerá incorporada e com diversos recursos visuais.
  • 56. 56 registrando o movimento: vídeos que contam histórias q
  • 57. 57 Registrando o movimento: vídeos que contam histórias Assim como a fotografia, o registro em vídeo também pode ser um importante aliado na construção de uma pos- tagem mais interessante para o leitor. Sem contar que atualmente a maioria dos celulares, tablets e câmeras fo- tográficas digitais oferecem o recurso de filmagem. Pensando nisso, elencamos duas possibilidades de elaboração de vídeos para os blogs escolares e vamos explicá- las passo a passo. Uma das possibilidades é filmar um tre- cho de alguma apresentação que está ocor- rendo na escola. Por exemplo, se o local está promovendo um Festival de Dança entre os alu- nos, seria interessante filmar uma das apresen- tações. Ou mesmo se a quadra da escola está sendo inaugurada, uma das possibilidades seria registrar o discurso do prefeito ou da diretora da escola. Vale salientar que as filmagens são um complemento ao texto do post, elas servirão como uma ilustração para o tema que está sen- do tratado na postagem, um conteúdo a mais. Por isso insistimos em afirmar que o in- teressante é filmar um trecho do evento e não ele inteiro, o ideal é que este vídeo não passe de cinco minutos. Outra dica importante é encon- trar um ângulo interessante de filmagem que consiga captar toda a extensão da apresentação e não só a metade das bailarinas, por exemplo, no caso da gravação de um trecho de uma apre- sentação de dança. O indicado é estar de frente para o palco ou para o que se pretende registrar. Outro conselho é manter a câmera/celular/tablet parado durante a filmagem. Tenha em mente que é muito ruim assistir a um vídeo que fica tremido ou tem mudanças bruscas de angulação. O que pode ajudar neste caso para as câmeras digitais é o uso de tripés. Vamos exemplificar as dicas através de um vídeo feito especialmente para este manual. Mensalmente ocorre na cidade de Joinville, Santa Catarina, um evento chamado de Feira do Príncipe, que reúne vendedores de produtos arte- sanais e coloniais em barraquinhas no centro da cidade. Além do comércio, o evento também recebe atrações culturais. Gravamos um trecho de uma destas apresentações e vamos usá-lo para explicar as técnicas de filmagem e ainda como fazer a edição e postagem do vídeo no Youtube. A primeira dica é encontrar um enquadramento interessante, de preferência de frente para o objeto da gra- vação. Perceba isso na figura acima. Neste caso, a intenção era filmar a banda e, em especial, o cantor. Vale salientar que nesta gravação foi utilizado o tripé.
  • 58. 58 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Depois de feita a gravação, o passo seguinte é a postagem do vídeo no Youtube. Acompanhe o passo a passo: 1Para carregar o vídeo é preciso clicar em“Selecionar arquivos para enviar” 2Selecione o arquivo de vídeo dentro dos seus documentos Para conseguir acessar o site e subir um vídeo é necessário ter uma conta no Gmail. 6 6
  • 59. 59 Registrando o movimento: vídeos que contam histórias 3Após a seleção do arquivo é iniciado o processo de envio do vídeo para o Youtube. Esse procedimento pode demorar, dependendo da velocidade da internet. 4É importante preencher todos os campos com a identificação do vídeo. Lembre-se que a regra na inter- net é descrever o máximo possível o evento com palavras-chave para que os buscadores encontrem o material.
  • 60. 60 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares 5Após o envio concluído, clique em Publicar 6Clique no link do vídeo que aparece logo após a identificação do material
  • 61. 61 Registrando o movimento: vídeos que contam histórias 7Clique no ícone‘Melhorias’para editar o vídeo 8Nesta tela é possível ver algumas possibilidades de melhorias e edição do vídeo
  • 62. 62 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares 9É possível cortar trechos do vídeos que não ficaram interessantes. Para isso, clique no ícone‘cortar’ e selecione na linha que aparecerá abaixo do vídeo as partes que você quer retirar do material 10Com o botão‘Correção Automática’é possível atenuar problemas na iluminação e cores do vídeo
  • 63. 63 Registrando o movimento: vídeos que contam histórias 11É possível ainda‘Estabilizar’o vídeo, deixando-o menos tremido. Essa ferramenta é im- portante principalmente para aquelas filmagens feitas a partir de celulares Último Passo: Ao final de todos esses processos salve as alterações no botão‘Salvar’. O vídeo está pronto! Assista ao vídeo exemplo neste link: https://www.youtube.com/watch?v=xdsadwvJ0vc
  • 64. 64 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Depois de feitas a edição e a postagem do vídeo no Youtube, a próxima etapa é a postagem no blog. Acompanhe como se dá esse processo no Blogspot e no Wordpress: Blogspot: Abra um novo post e clique no ícone“Inserir um vídeo” O passo seguinte é abrir a aba“Do Youtube”e prencher com a URL (endereço) do seu vídeo e clicar em pesquisar.
  • 65. 65 Registrando o movimento: vídeos que contam histórias A próxima etapa é selecionar o vídeo que você deseja Por fim, faça uma adequação do texto com o vídeo no post e publique
  • 66. 66 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Wordpress Selecione a aba‘Inserir YouTube’, no canto esquerdo, coloque a URL do seu vídeo e clique em pesquisar Abra um novo post e clique no ícone“Adicionar Mídia” Ao final selecione o vídeo desejado, faça a adequação do texto e publique
  • 67. 67 Registrando o movimento: vídeos que contam histórias Além da possibilidade de gravar um trecho de uma apresentação para postar no blog, outra ideia é fazer um vídeo contando, através de imagens, como foi esse evento. Para compor esse vídeo, que deve ser curto, no máximo dois minutos, o ideal é gravar diversas imagens que narrem essa história para quem não estava lá. A dica é tentar capturar o máximo de imagens possíveis, desde aquelas que mostrem a movimentação do evento, as apresen- tações, até pequenos detalhes. Usamos novamen- te a Feira do Príncipe para ilustrar a explicação. Para fazer um vídeo contando um pouco sobre como foi a feira, mostrando as pessoas no even- to, foi necessário fazer mais de 30 filmagens. São vídeos bem curtos de cinco a dez segundos, em que a câmera fica parada captando a imagem. O interessante é fazer muitas imagens para depois, na hora da edição, ter opções para escolher. Uma dica é filmar a movimentação do evento. Registre vários desses momentos em diversos pontos do local. Outra ideia interessante e que traz qualidade ao vídeo é gra- var detalhes do evento. Objetos ou mesmo pessoas e gestos que são peculiares daquele momento.
  • 68. 68 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Uma dica importante é gravar momentos ou obje- tos que contextualizem o evento para quem está assistindo ao vídeo. Às vezes uma placa com o nome do local, uma identificação das pessoas que estão envolvidas no evento, ou mesmo um símbo- lo, tudo isso é válido. Após a gravação de todo esse material, a eta- pa seguinte é editar. Uma boa opção para fazer esse trabalho é o próprio editor que o Windo- ws oferece, chamado de Movie Maker. A seguir relacionamos algumas dicas básicas para editar um vídeo usando essa ferramenta. O primeiro passo é abrir o programa e clicar no ícone“Adicionar Vídeos e Fotos”
  • 69. 69 Registrando o movimento: vídeos que contam histórias O passo seguinte é escolher as filmagens que você quer para compor o vídeo final Depois de escolhidas as imagens, a próxima etapa é editar, ou seja, encaixar essas filmagens. Esse momento é peculiar para cada editor, pois é ele que sabe como construir a narrativa da melhor forma.
  • 70. 70 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Depois que as imagens já foram colocadas em sequência, é interessante acrescentar uma trilha sonora para o vídeo. Isso pode ser feito clicando no ícone“Adicionar uma música”. O passo seguinte é colocar os créditos do vídeo, que nada mais é do que o nome dos responsáveis pele elaboração do material. Clique em‘Créditos’.
  • 71. 71 Registrando o movimento: vídeos que contam histórias O passo final, depois de tudo pronto, é salvar o vídeo. Clique em‘Salvar Filme’e depois,‘Recomendável’ para este projeto. É importante seguir esse caminho para salvar o arquivo, para que seja possível disponibi- lizá-lo posteriormente no Youtube Assista ao vídeo Retratos da Feira do Príncipe, usado como exemplo: https://www.youtube.com/watch?v=6FBxmrfqnyg
  • 72. 72 para ir além: outras ferramentas úteis
  • 73. 73 Ainternet é essencialmente dinâmica e propícia ao que chamamos convergência de mídias. São características do meio digital: Hipertextualidade: conexões, links e vinculações entre os conteúdos; Interatividade: participação ativa e recíproca de uma pessoa em relação ao conteúdo; Personalização: possibilidade da pessoa escolher o conteúdo que deseja receber, em função de seus interesses; Instantaneidade: disposição de informações a cada momento, em tempo real; Ubiquidade: capacidade de ser encontrado em todo lugar; Memória: possibilidade de arquivar, conservar e acumular informação; Multimidialidade: utilização de texto, som, imagem e elementos dinâmicos na construção da narrativa. Dessa forma, o planejamento de conteúdo para o blog escolar deve levar em consideração essas caracterís- ticas que compõem as especificidades do meio digital. No jornalismo, elas são essenciais para compreendermos as potencialidades da profissão nesse ambiente. Aplicando as características aos blogs escolares, recomendamos: Inserção de links nos posts para aprofundamento do assunto (hipertextualidade); Incentivo à participação dos leitores e respostas aos comentários (interatividade); Habilitação da opção de enviar os posts por e-mail para os que desejarem (personalização); Planejamento de cobertura ao vivo de eventos, tais como competições esportivas (instantaneidade); Utilização do blog escolar em sala de aula, por meio de interação nos tablets e/ou nos smartphones dos próprios alunos (ubiquidade); Ao fim do ano letivo, pode ser feita uma compilação dos melhores posts e exibição nos murais da escola (memória); Planejamento de conteúdo que preveja elementos além de texto e fotos (multimidialidade). Esse último item - a multimidialidade - é o objeto específico deste capítulo. Para ajudar os professores a utilizar conteúdos multimídia, apresentamos a seguir diversas ferramentas gratuitas, acrescentando sugestões de aborda- gem em cada uma delas. Para ir além: outras ferramentas úteis
  • 74. 74 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Ideias de conteúdo Google Alert: https://www.google.com/alerts Esse serviço do Google é mui- to útil como fonte de possíveis assuntos para o blog escolar. Basta cadastrar palavras-chave (ex.:prática pedagógica; inova- ção em educação) e você rece- berá por e-mail conteúdos re- lacionados a elas. Mas atenção: como o Google simplesmente faz o rastreamento, é essencial que o professor analise a pro- cedência das informações. Mapa Mapbox: www.mapbox.com (em inglês) Ferramenta que cria mapas interati- vos, nos quais são incluídas informa- ções, links, imagens e ícones. Pode ser utilizada durante uma excursão escolar, mostrando as cidades a serem visitadas, além de informações adicionais.
  • 75. 75 Para ir além: outras ferramentas úteis Linha do tempo Dipity: www.dipity.com (em inglês) Ferramenta de linha do tempo interativa, com opções de in- clusão de texto, foto, vídeo, áudio e links. Uma das melhores utilizações desse recurso é para contar a história da escola, in- serindo os marcos mais importantes. Ao invés de um longo texto retrospectivo, a linha do tempo interativa permite uma leitura mais imersiva, não linear e lúdica. Infográfico Infogram: www.infogr.am É utilizado quando o elemento visual é per- tinente em determinado conteúdo. Muito mais do que acrescentar ícones ou anima- ções, o infográfico interativo deve ser utiliza- do em assuntos que envolvem, por exemplo, números e dados de compreensão mais di- fícil. No caso do blog escolar, uma boa ideia é criar um infográfico com informações que mostram a diversidade da instituição: gênero, idade, quantidade por turma, por turno, cor- po docente, entre outras informações.
  • 76. 76 Conectando Saberes: manual para gestão de blogs escolares Podcast SoundCloud: www.soundcloud.com (em inglês) Podcast é um arquivo de áudio di- gital, mas não é só isso. Quando bem uti- lizado, o podcast pode ser um excelente canal de comunicação, que distribui con- teúdo útil e relevante. Um dos diferenciais desse recurso é que a pessoa pode ouvir um podcast enquanto faz outras ativida- des. Por exemplo: um aluno ouve um pod- cast sobre a Revolução Francesa enquan- to faz exercícios na academia ou ao ar livre. Além disso, é bastante indicado para deficientes visuais. Para fazer o podcast, você precisa primeiro de um gravador de áudio (hoje, grande parte dos celulares têm essa função). Em seguida, escolha o assunto e planeje um roteiro, que pode conter explanação, entrevista e efeitos sonoros. Um podcast simples pode dispensar até a edição. No entanto, caso seja necessário, baixe o programa Audacity (http://audacity. sourceforge.net/) em seu computador. Trata-se de um software livre, portanto, gratuito. Após a edição (caso necessário), é hora de subir o arquivo de áudio na ferramenta indicada acima, o SoundCloud. O passo a passo é bastante intuitivo. Apresentação interativa Prezi: www.prezi.com Ferramenta de apresentação interativa, indicada tanto para professores como para alunos. Excelente para exibição de conteúdo em sala de aula (uma op- ção aos famosos ‘power points’) e também pode ser incorporada no próprio blog escolar. Possibilita a in- serção de texto, áudio, vídeo e links, e possui diversos templates. A dica é: ao finalizar a criação do mapa, linha do tempo, infográfico ou podcast, procure pelo botão ‘share’(compartilhar). Nele, geralmente há a opção‘embed’(incorporar), na qual fica aquele código que deve ser copiado e colado no publicador do blog
  • 77. 77 Considerações f nais Ufa! Depois de tantas orientações, você pode estar se perguntando: 'Como colocar tudo isso em prática? Será que vou conseguir?'. Temos certeza que sim. No início, pode ser difícil apreender tantos passos, mas depois eles são internalizados e os fazemos quase que de forma automática. O mais im- portante - e foi isso que tentamos dizer durante todo o e-book - é usar as ferramentas e técnicas para produção de um conteúdo de qualidade, que toque o coração dos alunos, professores, pais e comuni- dade. Como salientamos na apresentação, após a leitura do e-book é fundamental o planejamento de uma capacitação para os professores que cuidam da gestão do blog escolar. Essa etapa serve não só para operacionalizar os processos, mas para a discussão acerca dessa ferramenta de comunicação tão importante para o dia-a-dia da escola. Um grande encontro de professores pode suscitar ideias inovadoras, que despertam a criatividade e melhoram o ensino-aprendizagem. Então, é hora de arregaçar as mangas e começar a transformar o sonho em realidade! i
  • 78. 78 ALVES, Rubem. A escola que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir. Campinas, SP: Papirus Editora, 2012. CANAVILHAS, João (Org.). Webjornalismo: 7 características que marcam a diferença. Covilhã, UBI, Livros LabCom, 2014. CASTELLS, Manuel. A sociedade em redes: do conhecimento à política. In: CASTELLS, M. e CARDO- SO, G. A sociedade em rede: do conhecimento à acção política. Lisboa: Imprensa Nacional – Casa da Moeda, 2005: pp. 17-30. FOLETTO, Leonardo. O blog jornalístico: definição e características na blogosfera brasileira. Disserta- ção de mestrado apresentada ao Programa de PósGraduação em Jornalismo da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Florianópolis, 2009. FLORESTA, Cleide. Técnicas de reportagem e entrevista: roteiro para uma boa apuração. São Paulo: Saraiva, 2009. FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2005. KOSSOY, Boris. Os tempos da fotografia: entender a história da imagem para entender a nossa his- tória. Cotia: Ateliê Editorial, 2007. LAGE, Nilson. Teorias e técnica do texto jornalístico. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. NASCIMENTO, Patrícia Ceolin do. Técnicas de redação em jornalismo: o texto da notícia. São Paulo: Saraiva, 2009. referências
  • 79. 79 Websites: Dicas de Fotografia http://www.dicasdefotografia.com.br/a-regra-dos-tercos-na-fotografia Manual para editores da web - Google http://www.multlinks.com.br/artigos/wp-content/uploads/2013/01/Manual-para-Editores-da-Web- Google.pdf
  • 80. 80 sobre as autoras Lívia de Souza Vieira Jornalista capixaba que trocou o bloquinho de notas por ca- racteres digitais criativos. Acredita que a internet abre portas para um mundo mais democrático e plural. É mestre e dou- toranda em Jornalismo pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), além de docente dos cursos de Jornalismo e Publicidade e Propaganda do Bom Jesus/IELUSC. Contato: liviasvieira@uol.com.br Naiara Larsen Jornalista récem-formada (2015). Apaixonou-se pelo tema educação depois de realizar, durante a faculdade, o Proje- to Experimental “Educação em Ação - Perfis”. Acredita que a educação e o jornalismo podem mudar o mundo e vê na Casa da Cultura Digital Multiplica uma oportunidade para concretizar um pouco dessa mudança. Atua também como produtora da Rádio Educativa Joinville Cultural. Contato: naiara.larsen@gmail.com
  • 81. 81
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