Volume #2 da "5 Slides Sobre...", série de apresentações com reflexões sobre a comunicação contemporânea.
Créditos de imagens:
Slide 1. Bridge on Masa Paper, Leslie White - http://lesliepaints.wordpress.com/tag/bridge/
Slide 3. Love Starbucks, ~jumigrace - http://jumigrace.deviantart.com/art/Love-Starbucks-175445207
Slide 4. Divulgação, Red Bull Stratos - http://www.redbullstratos.com/
Slide 5. Trecho de London Tube, Barbara Kruger - http://www.barbarakruger.com/
5 slides sobre…As duas grandes pontes entre as marcas e as boas sensações
1. 5 slides sobre...
As duas grandes pontes entre as
marcas e as boas sensações
Por Carlos Alexandre Monteiro
about.me/carlosalexandremonteiro
2. boas sensações > coisas > marcas.
E, muito menos, são marcas.
Muito, mas muito melhores que coisas e marcas são
as melhores as boas sensações. Todas, todas as pessoas as
buscam, sejam de origem física ou espiritual. Boas
sensações.
coisas da Algumas boas sensações são estimuladas por
coisas, ou ao menos passam por elas. Por sua vez,
algumas coisas são feitas por marcas.
vida não O sonho de toda marca é ser uma grande sensação.
Algo indescritível, que afete as pessoas para valer.
Má e óbvia notícia: marcas nunca serão sensações.
são coisas. Que seus donos e gestores saibam disso.
Boa notícia: marcas
podem ser as
(Art Buchwald) condutoras de várias sensações
bacanas. Como? Através de dois excelentes
canais.
3. Talvez você já tenha ido a uma loja da Starbucks, a maior rede de cafeterias do mundo. Fundada em
1971 e líder no comércio de um produto cultivado desde a Antiguidade, vendido desde o século XV.
produtos encantam;
experiências marcam.
O segredo da Starbucks? Simples: ir muito além do ato de se beber café. Buscar não só promovê-lo, mas
amplificá-lo. Dar ainda mais sentido a ele. Fazer daquele momento o melhor possível, ambientado em
iluminação baixa, poltronas e mesas confortáveis, música ambiente agradável. Com o tempo, vieram as
tomadas para gadgets, o wi-fi gratuito... Tudo para tentar fazer de cada loja Starbucks um segundo lar.
O que é mais certo: dizer que o Starbucks vende café ou que cria experiências?
Promover uma experiência não é fácil. Não é simples e, muitas vezes, não é barato. A experiência está
presente em detalhes que compõem algo maior no qual o produto está inserido - é o centro dela! -, mas nem de
perto a define. Da embalagem ao momento de consumo, da recepção a despedida, passando pelo residual.
Experiências são o todo ou o tudo, como quiser chamar.
Se oferecer um bom produto é essencial, promover
uma bela experiência em torno de seu
consumo é elevá-lo a um outro patamar - diferenciado, especial, estimulante.
É se importar de verdade com que o consumidor quer.
4. mergulhe em seu
universo.
Existem marcas que, lamentavelmente, só sabem falar de si mesmas ou de seus
produtos. Ou ainda, dedicam porções imensas de tempo e do espaço de suas
comunicações fazendo isso.
Tsc. Por que não falar de algo maior, mais interessante e mais envolvente?
Toda marca está inserida em um universo que,
independentemente de sua dimensão, pode e deve ser
abraçado. Uma vez que isso é feito com intensidade, frequência e eficácia reais,
pouco a pouco esta marca vai sendo percebida como parte deste universo, ou até
mesmo como uma espécie de "sócia" dele.
Veja o exemplo da Red Bull e sua apropriação do universo dos esportes e desafios
radicais e extremos. A marca não só patrocina atletas como gera conquistas para eles.
Não apenas chancela conteúdo inédito sobre o tema em diversos canais, mas também
o cria. Enfim, saudavelmente mete-se em quase toda iniciativa em que o homem se
propõe extrapolar seus limites físicos e (por que não dizer?) mentais. Diz-se que um
executivo da empresa chegou a afirmar: "A Red Bull é uma empresa de conteúdo que
também fabrica energéticos". Que lição.
Envolver-se com o universo da marca é romper de forma espetacular os limites dos
produtos. É
aproximar esta marca das sensações que
ela tanto queria ser.
5. marcas coisas boas sensações.
Marcas podem e devem ser conectoras entre pessoas
e o que elas tanto buscam na vida. Curadoras de
momentos especiais, promotoras de instantes
positivos, legais, relevantes. Fazer coisas que, juntas,
criem experiências. Falar das coisas que compõem
seus universos, não importa o tamanho de que sejam.
Marcas nunca serão sensações mas têm a incrível
chance de se aproximar delas através do que
proporcionam ao seu público. Se pensarmos no quão
imensa é uma sensação, essa aproximação até pode
parecer menor, mas não é. Até porque sensações são
generosas com quem as sente...e, quando são marcas
que as provêm, com elas também.
Sua marca pode tão somente falar dela mesma?
Tratar só dela? Ok, é uma escolha.
você realmente acha
Mas aí pergunto:
possível saber destas outras
possibilidades e não querer
experimentá-las?