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DERIVAÇÕES URINÁRIAS
Bruno Jorge Pereira
MD, FEBU, FECSM
Indicações
Disfunções Vesicais
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
1. Hidronefrose progressiva e refractária
a terapêutica médica ou conservadora
2. Urossépsis recorrente
3. Falência de esvaziamento ou
armazenamento intratável ou quando
CIC é impossível
4. Hematúria persistente (ex: cistite de
irradiação)
5. (Carcinoma espinho-celular)
Tipos de Derivação
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
A. Conduto Ileal Não Continente
B. Ureterostomias Cutâneas
C. Reservatório Continente
D. Neobexiga e Anastomose
Uretral
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
Uso de Segmentos
Intestinais
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
LIMITAÇÕES:
• Síndrome do intestino curto
• Doença inflamatória intestinal
• Ileíte rádica
• Síndrome do cólon irritável com
sintomatologia significativa
A. Conduto Ileal
Não Continente
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
• Mais comum e universal (1950)
• É a derivação urinária com segmento
intestinal mais simples e com menores
complicações intra e pós-operatórias
imediatas
• Alteração da imagem corporal
• Necessidade de receptáculo externo
• Leaks e potencial odor urina
• Refluxo urinário potencial  ITU | Litíase
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
B. Ureterostomias
Cutâneas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
• Derivação urinária simples
• Menor tempo cirúrgico
• Evita cirurgia intestinal
• Opção em casos de exposição a
elevadas doses de radiação
• Terapêutica paliativa
B. Ureterostomias
Cutâneas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
• Alteração da imagem corporal
• Necessidade de receptáculo(s) externo(s)
• Leaks e potencial odor urina
• 2 estomas separados
• Doentes obesos vs. comprimento ureter
• Estenose praticamente universal
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
C. Reservatório
Continente
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
• Permite continência
• Manutenção da imagem corporal
• Não necessita de receptáculo externo
• Baixo risco de leaks e de refluxo uretérico
• Ausência de odor a urina
C. Reservatório
Continente
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
• Necessidade de cateterismo 4 a 6x/dia
• Exige destreza manual
• Exige manutenção capacidade cognitiva
• Obstrução por muco
• Alterações metabólicas mais significativas
• Litíase (+++ estase e muco)
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
D. Neobexiga com
Anastomose Uretral
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
• Mimetiza uma bexiga normal
• Melhor QoL
• Manutenção da imagem corporal
• Não necessita de estoma
• Não necessita de receptáculo externo
• Baixo risco de refluxo VU
• Boa opção para doentes obesos
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
• Procedimento cirúrgico mais complexo
• Estado da uretra e esfíncter externo?
• Clearance creatinina > 60 mL/min.
• Potencial necessidade de autocateterismo
• Exige destreza manual
• Exige manutenção capacidade cognitiva
• Risco incontinência urinária (++ nocturna)
• Uso de dispositivos absorventes
• Alterações metabólicas mais significativas
• Obstrução por muco
• Litíase (+++ estase e muco)
• Hérnias incisionais  ???
D. Neobexiga com
Anastomose Uretral
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
Consequência da absorção alterada de
solutos através dos condutos intestinais
Dependem de:
1. Tipo de segmento utilizado
2. Área total do conduto exposta
3. Tempo de exposição
4. Concentração dos elementos na urina
5. Função renal prévia
6. pH urinário
7. Outras comorbilidades
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS Metabolic complications of urinary intestinal diversion
Indian J Urol. 2013 Oct-Dec; 29(4): 310–315
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
1. Função Intestinal Alterada / Malabsorção
• Diarreia crónica
• Reabsorção de sais biliares
• Esteatorreia
• Deficiência de vitamina B12
– Anemia megaloblástica
– Parestesias periféricas
– Reservas hepáticas 3-5 anos
 Colestiramina + Fibra (Dieta) + Loperamida
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
Acidose Metabólica Hiperclorémica
• Reabsorção de Cloreto de Amónio
• Excreção de CO2 e H2O, Na+ e Bicarbonato
• Tratamento: Alcalinização com Bicarbonato
de Sódio ou com Ácido Cítrico + Ci.Na + Ci.K
2. Balanço Ácido-Básico
McDougal WS. J Urol. 1986;135:698–701
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
Acidose Metabólica Hiperclorémica
• Compensação respiratória
• Ativação osteoclástica
• Desmineralização óssea | Osteomalacia
• Atraso de crescimento
2. Balanço Ácido-Básico
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
3. Distúrbios Hidroelectrolíticos
Segmentos
Ileais
• Elevação da Ureia e Creatinina
• Função renal alterada ou reabsorção ileal?
• Hipocaliémia
• Hipomagnesémia
• Hipocalcémia
Van der Aa F, Joniau S, Van Den Branden M, Van Poppel H. Adv Urol 2011
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
4. Desmineralização Óssea
Segmentos
Ileais
• Compensação da Acidose Metabólica
• +++ em doentes com DRC
• Redução da absorção de Ca2+ intestinal
• Redução da absorção de Vitamina D
• Osso osteóide  Osteomalacia
• Atraso de crescimento
• Risco de fracturas e complicações de
cirurgias ortopédicas
• Artralgias nas articulações de carga
• Miopatias proximais
Kawakita M et al. J Urol. 1996 Aug; 156 :355-9.
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
5. Formação de Cálculos
Segmentos
Ileais
• 10-12% em condutos ileais
• Acidose metabólica hiperclorémica
• Infecções urinárias crónicas por Proteus,
Klebsiella e Pseudomonas
• Corpos estranhos (suturas, agrafes)
• Hipercalciúria e Hiperoxalúria (absorptiva)
• Segmento intestinal longo
• Estase urinária e obstrução por muco
• Desidratação Terai A, J Urol. 1995 Jan; 153(1):37-41
Terai A, J Urol. 1996 Jan; 155(1):66-8
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
5. Formação de Cálculos
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Ileais
Estruvite
Oxalato de cálcio
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
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6. Infecção
Segmentos
Ileais
• Bacteriúria
• Bacteriémia
• Pielonefrite aguda (10 a 17%)
• Episódios septicos e infecções
complicadas major
Sepsis é causa de morte em 4% dos doentes
com condutos ileais (Schmidt et al., 1973)
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
7. Deterioração da Função Renal
Segmentos
Ileais
• Obstrução uretérica | estenose das
anastomoses ureteroentéricas
• Técnicas refluxivas vs. antirrefluxivas...
• Infecções urinárias recorrentes
• Litíase urinária
•  GFR 15-25% 11 anos após derivação
• Follow-up analítico e imagiológico
• Tratamento Proteus / Pseudomonas
Kristjansson A. et al., Br J Urol 1995; 76: 539-45
Complicações Metabólicas
DERIVAÇÕES
URINÁRIAS
8. Reabsorção de Fármacos
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QT EM DOENTES COM
RESERVATÓRIO VESICAL 
Precauções | Ajustes de dose
• Fenitoína
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Hinweis der Redaktion

  1. - A utilização de derivações urinárias supravesicais é, habitualmente, o último recurso no tratamento das disfunções vesicais; - São mais frequentemente utilizadas após cistectomias por motivos oncológicos (carcinoma invasivo da bexiga); DOENTES COM DERIVAÇÕES URINÁRIAS POR DISFUNÇÃO VESICAL SÃO MAIS SUJEITOS A COMPLICAÇÕES A-LA-LONG UMA VEZ QUE TÊM UMA SOBREVIDA MAIS LONGA TVM’s, Espinha Bífida e outras disrafias espinhais, Bexiga neurogénica de outras causas,...
  2. Remonta a 1950 (Bricker)  larga experiência.
  3. Utiliza 10 a 15 cm de um segmento de íleo que é removido a 10 a 15 cm da válvula íleo-cecal; Regra geral a bexiga é removida mas em casos não oncológicos poderá ser apenas funcionalmente excluída; Diversas técnicas: Bricker, Wallace, de acordo com o tipo de anastomoses a que se procede;
  4. 1 estoma: ureterostomia “em cano de espingarda” | transuretero-ureterostomias
  5. 1 estoma: ureterostomia “em cano de espingarda”
  6. Estoma no UMBIGO ou ABAIXO DA LINHA DO BIKINI.
  7. Estoma no UMBIGO ou ABAIXO DA LINHA DO BIKINI. Destreza manual, capacidade cognitiva e MOTIVAÇÃO!
  8. Estoma no UMBIGO ou ABAIXO DA LINHA DO BIKINI.
  9. Perda do GUARDING REFLEX. Doentes muito bem seleccionados.
  10. Perda do GUARDING REFLEX. Autocateterismo Lavagem vesical  impactação de muco Completar o esvaziamento do reservatório
  11. Não existem maneiras de determinar se este ou aquele paciente vão ou não desenvolver complicações metabólicas após a derivação urinária uma vez que dependem da capacidade compensatória de cada um. O que se sabe é que, de acordo com a derivação utilizada e comorbilidades existentes, a probabilidade de desenvolver consequências metabólicas é maior. Complicações metabólicas são raras ou praticamente ausentes com condutos ileais não continentes mas são frequentes em neobexigas ileais em que quer a área, quer o tempo de exposição intestinal à urina são francamente maiores (50-55 vs. 10-12 cm).
  12. A vitamina B12 é absorvida no íleo terminal  no entanto, devido às reservas elevadas de vitamina B12, os sintomas podem ser apenas evidentes anos mais tarde. Colestiramina é uma resina que neutraliza dos ácidos biliares e a sua acção “irritativa” no cólon (4-8 mg 2id)
  13. Quando a urina está em contacto com a mucosa intestinal verifica-se reabsorção de (...) o que resulta numa carga ácida crónica elevada. Terapêutica oral: O Bicarbonato pode ser relativamente mal tolerado pela produção de gás intestinal que pode promover e pode ser incomportável em doentes obstipados. Uralyt-U: Citrato de Potássio, Citrato de Sódio e Ácido Cítrico (se não houver CONTRA-INDICAÇÕES CARDÍACAS OU RENAIS ao uso de potássio e que poderá ser até desejável em doentes com neobexigas que possam apresentar algum grau de hipocaliémia (embora a hipocaliémia seja rara com segmentos ileais).
  14. Se não tratada a acidose metabólica será compensada pelo carbonato ósseo num processo que promove a libertação de cálcio ósseo e uma hipercalciúria.
  15. As perdas de potássio, magnésio e cálcio podem ser agravadas pela acidose metabólica severa (segmentos ileais). A correção da acidose pode também conduzir a uma depleção acentuada de potássio se não for devidamente compensada. Se não tratada a acidose metabólica será compensada pelo carbonato, cálcio e sódio ósseos com hipercalciúria e consequente hipocalcémia.
  16. Factores de Risco Litogénico Bactérias produtoras de urease Cálculos: +++ Estruvite e Oxalato de Cálcio EPITAXIA
  17. Bacteriúria: 3/4 das colheitas urinárias de condutos estão infectadas. O intestino, ao contrário do urotélio, é incapaz de inibir o crescimento e desenvolvimento bacteriano! Recomendada terapêutica ativa se as culturas forem puras para Proteus ou Pseudomonas  mais susceptíveis a deterioração renal. Culturas mistas assintomáticas  observação! Pielonefrites predominantemente de causa ascendente.
  18. Mantém-se a polémica acerca de se existe diferença entre técnicas refluxivas ou não refluxivas e o seu impacto na função renal.